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Ela corria como se sua vida dependesse disso. Ela queria saber motivos. Ela queria
saber quem fora. Ela queria saber o que ele queria. Não ligava que estava desarmada.
Nem lhe passava pela cabeça ligar para a policia. Sua respiração estava acelerada, seu
coração parecia que estava apostando uma corrida com seus passos. A rua que ela
percorria era longa, e em nenhum momento ela perdeu de vistas as pegadas.
Annabeth parou para respirar por um segundo, estava cansada e nervosa, morria de
medo do que a esperava naquela noite. Ela olhou para o chão a sua frente, a ultima
pegada. As pegadas desapareciam ali. Não tinha para onde foi, para onde ia, se virara
ou não. Ela olhou para um lado da rua, só mato, era possível que ele tivesse limpado o
sapado e ido por ali. Do outro lado tinha um casarão abandonado. Ele sempre esteve
ali, quando ela era pequenas os garotos do bairro diziam que era mal assombrada e
faziam apostas para ver quem entrava. Ela nunca entrava, mas não acreditava que era
assombrado. Hoje não tinha tanta certeza assim, com essa serie de assassinatos, o
sexto sentido, os calafrios, hoje ela acreditava em tudo. Fora por ali que ele havia ido.
Ela não sabia dizer de onde tirou essa idéia, mas o sexto sentido apontava para aquele
velho casarão.
Ela andou vacilante por entre a porta impedida, mas o pedaço de madeira estava tão
velho e podre que sem esforço nenhum Annabeth tirou-o do caminho. Adentrou na
casa com cuidado, não tinha a mínima idéia do que a esperava ali. Coisa boa é que não
era. Outro calafrio subiu pela espinha dela. Um vento entrou pela porta e balançou
todo o seu cabelo. Ela não via nada naquele escuro e o frio a deixava tremendo.
De repente o vento parou. Annabeth parou de tremer. Mas o sexto sentido ainda
estava vivo dentro dela. A visão aos poucos ia se acostumando à escuridão e ela podia
ver um pouco da sala. Não havia móvel nenhum, o lugar estava completamente vazio,
mas cheio de teias de aranhas. Annabeth virou-se para a escada e quase caiu para
trás.
Parado no meio da escada estava um garoto de jeans escuro e jaqueta de couro. Sua
boca estava toda manchada de vermelho. Era sangue. Ele olhava para Annabeth sem
nenhuma expressão, o que a assustou ainda mais. Ele desceu alguns lances de escada
que faltava para ficar na mesma base que Annabeth. Ela automaticamente arredou os
pés para trás, mas parou na parede.
- Eu sabia que você viria até mim. – ele disse. Sua voz era doce e encantadora que
Annabeth até esqueceu o que havia acontecido por alguns segundos.
Em um piscar de olhos ele estava colado nela. Annabeth não viu como ele fizera aquilo.
Ele pegou o queixo dela e levantou o rosto que ela tentava manter baixo, pensando em
uma maneira de sair dali.
- Não se acanhe, eu não vou fazer nada contra você. – Ele falou com sua voz doce. Ele
não a prendia na parede, mas Annabeth sentia-se que não podia sair dali. Ele estava
perto demais, ela podia sentir sua respiração no pescoço, ela podia ver como seus
olhos eram verdes, ela podia ver como seus cabelos negros pareciam macios. Ela não
sabia de onde saíra aqueles pensamentos, ele, por onde ela pensava, era um assassino
anormal.
- Quem é você? – Ela conseguiu dizer, e logo se xingou pela pergunta idiota, ela que
deveria estar tentando fugir.
- Que mal educado eu sou. Meu nome é Percy Jackson, minha dama. – E como se fosse
um cavalheiro de antigamente se arredou para trás e pegou a mão de Annabeth e a
beijou com uma reverencia.
- O que é você? – ela falou. Ainda estava nervosa.
- Pensei que já soubesse querida. – Ele arredara o pescoço de Annabeth deixando-o a
mostra e prensava-a na parede. Ele não era quente, mas não era frio também. Ele
chegou sua cabeça para perto do pescoço dela. Perto demais. Ela não tinha idéia do
que ele estava fazendo. Que atração era aquela que ele exercia sobre ela? As coisas
estavam mais estranhas do que deviam ser. De repente ele crava os dentes no
pescoço.
Aqueles gritos desumanos que Annabeth ouvira nas outras vezes dessa vez saíra da
boca da própria. A dor lacrimejante que ela sentia parecia não parar mais. Os dentes
de Percy pareciam afundar cada vez mais forte no pescoço dela. Quando ele a soltou
ela vacilou, mas as mãos dele estavam prontas em sua cintura.
Ela estava assustada. Os lábios e o queixo dele estavam sujos de sangue, o sangue
dela. Ele era um vampiro. E só agora ela percebia, no corpo de Thalia vira dois furos na
base do pescoço e o mesmo no de Luke, mas não havia reparado muito nesses
detalhes.
- O q... O que você quer de mim?? – Ela perguntou, estava com mais medo do que
esteve no dia inteiro.
- Apenas que fique comigo para sempre. – Ela olhou para ele como quem se olha para
alguém que não bate bem da cabeça, como ele queria isso?
- Não! Não! Eu não ficarei com ninguém! Você é um assassino! – ela tentava sair do
aperto do vampiro, mas não conseguia, ele era forte demais.
- Isso não é algo que você possa escolher. Está no seu destino. No seu sangue. – ele
disse sem solta-la.
- Então eu vou lutar contra o destino! E lutarei até morrer, se não tiver outra escolha. –
Annabeth mostrava garra e força.
- Não se pode lutar contra o destino, minha dama. Cada um de nós, vampiros, temos
uma parceira definida já quando nascemos, e quando as encontramos sabemos quem
é ela. Você é minha. – sem esperar uma resposta ele a beijou. Um beijo quente e cheio
de paixão. Annabeth sem perceber o que fazia respondeu-o. Ele beijava muito bem e
ela se esqueceu de tudo mais uma vez.
Ao longe uma musica leve tocava, marcando aquele dia para sempre. Há meia-noite o
destino começava a mudar totalmente para Annabeth Chase. E a única coisa que ela
tinha que fazer era aceitar aquilo.