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[1] Um arrematante pede ao juiz a expedição da carta de arrematação e um mandado de imissão na posse de um bem, após ter adquirido o bem em um leilão judicial e descoberto que o bem está na posse ilegítima de terceiros. [2] O arrematante argumenta que cumpriu com todas as obrigações da arrematação e tem direito de receber a carta e assumir a posse do bem. [3] O juiz é solicitado a expedir a carta de arrematação e o
[1] Um arrematante pede ao juiz a expedição da carta de arrematação e um mandado de imissão na posse de um bem, após ter adquirido o bem em um leilão judicial e descoberto que o bem está na posse ilegítima de terceiros. [2] O arrematante argumenta que cumpriu com todas as obrigações da arrematação e tem direito de receber a carta e assumir a posse do bem. [3] O juiz é solicitado a expedir a carta de arrematação e o
[1] Um arrematante pede ao juiz a expedição da carta de arrematação e um mandado de imissão na posse de um bem, após ter adquirido o bem em um leilão judicial e descoberto que o bem está na posse ilegítima de terceiros. [2] O arrematante argumenta que cumpriu com todas as obrigações da arrematação e tem direito de receber a carta e assumir a posse do bem. [3] O juiz é solicitado a expedir a carta de arrematação e o
autos em epígrafe na qualidade de Arrematante, vem, por meio desta, à presença de Vossa Excelência, expor e, ao final, requerer o que segue:
Este(a) Arrematante participou do Leilão Judicial
realizado por este Douto Juízo, em DIA/MÊS/ANO, no qual veio a adquirir o bem penhorado nos autos em epígrafe, qual seja: “DESCREVER O BEM”.
Ocorre, que este(a) Arrematante tomou conhecimento
que o bem arrematado encontra-se atualmente na posse de terceiros ilegítimos, restando-se totalmente temeroso(a) quanto à conservação do mesmo, haja vista que os atuais detentores não terão o mesmo zelo e cuidado com o bem adquirido.
Salienta-se que este(a) Arrematante cumpriu com
todos os seus deveres, desde o recolhimento dos valores devidos a título de lance até a quitação da comissão do(a) Leiloeiro(a), não havendo nenhuma objeção para expedição da carta de arrematação.
Portanto, em vista da irretratabilidade da arrematação,
a expedição da Carta de Arrematação já é possível no caso em tela, conforme se infere pela simples leitura do artigo 903 do NCPC, vejamos:
Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de
leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4º deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos. (grifo nosso)
Assim sendo, a expedição da competente Carta de
Arrematação no presente caso é perfeitamente cabível, isto porque a arrematação já encontra-se perfeita, acabada e irretratável, fazendo-se imperioso que a norma supra transcrita seja cumprida e a Carta de Arrematação seja de plano expedida, para que o(a) Arrematante tome posse do bem que adquiriu.
Ademais, acerca do bem encontrar-se na posse de
terceiros ilegítimos, faz-se imperioso que seja emitido o mandado de Imissão na Posse em favor deste Arrematante, pois o mesmo é meio legítimo e assegurado em lei, para que se conceda a posse sobre o bem adquirido, face ao direito que possui, sendo absolutamente possível que tal pedido seja pleiteado nos presentes autos, conforme se vê pela jurisprudência a seguir:
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO.
ARREMATAÇÃO. IMISSÃO NA POSSE DE IMÓVEL. AÇÃO PRÓPRIA. DESNECESSIDADE. I. Ao adquirente do imóvel arrematado em execução não se exige a propositura de nova ação para imitir-se na posse do bem, podendo fazê-lo nos autos do processo executivo por meio de mandado judicial. Precedentes. II. Recurso especial conhecido e provido. REsp 742303/MG. RECURSO ESPECIAL 2005/0061235-4. Relator: Min. Aldir Passarinho Junior. Órgão Julgador: T4 - Quarta Turma. Data do Julgamento: 30/05/2006. Data da Publicação/Fonte: DJ 26/06/2006, p. 160.
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE
COBRANÇA DE DÉBITO CONDOMINIAL EM FASE DE EXECUÇÃO – ARREMATAÇÃO DO BEM, COM EXPEDIÇÃO DA REFERIDA CARTA – PEDIDO DE IMISSÃO NA POSSE – AÇÃO PRÓPRIA – DESNECESSIDADE – DIREITO LEGITIMO DO ARREMATANTE – ART. 694 E 625 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – DECISÃO REFORMADA PARA A EXPEDIÇÃO DO MANDADO – AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento n.º 0101393-51.2012.8.26.0000, Relator Eros Piceli – Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Seção de Direito Privado – 33ª Câmara, Julgamento 30 de julho de 2012). (Grifo nosso)
Cabe ao(à) Arrematante receber o bem que adquiriu de
forma mansa e pacífica, sob a tutela do Estado-Juiz, para que surta seus jurídicos e legais efeitos, por não ter qualquer relação com a presente demanda, salvo as decorrentes da arrematação.
Por fim, o(a) Arrematante é terceiro(a) de boa-fé que
ingressou nos autos por ato da própria justiça, e vem efetuando todos os atos para a perfectibilização da arrematação, como de fato vem ocorrendo.
Diante do acima exposto, faz-se a presente para
requerer a Vossa Excelência que se digne em:
a) expedir a competente Carta de Arrematação, o
mais breve possível, possibilitando a este(a) Arrematante transferir a propriedade do bem adquirido, a fim de usufruí-lo de forma plena, vez que não há quaisquer questões jurídicas controvertidas quanto a legitimidade da arrematação ocorrida;
b) determinar a expedição do mandado de imissão
na posse do móvel, com auxílio do Sr. Oficial de Justiça, caso houver alguma resistência por parte dos atuais ocupantes, objetivando que este(a) Arrematante tome posse do veículo adquirido de forma mansa e pacífica, a fim de usufruí-lo de forma plena, segundo critério de pura e verdadeira justiça.
Por fim, caso seja necessário entrar em contato com
este arrematante, seguem dados abaixo:
Endereço: Telefone: E-mail:
Termos em que, Pede e aguarda deferimento.
Cidade/Estado, Data/Mês e Ano.
______________________________ NOME DO(A) ARREMATANTE -Arrematante-