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1. RADIOATIVIDADE
Radioatividade é a propriedade que alguns átomos, como urânio e rádio, possuem de emitirem
espontaneamente energia na forma de partículas e onda, tornando-se elementos químicos mais
estáveis e mais leves.
Tipos
A radioatividade apresenta-se com duas formas diferentes de radiações: partícula — alfa (α) e
beta (β); e onda eletromagnética — raios gama ().
Raios alfa: são partículas positivas constituídas por dois prótons e dois nêutrons e com
baixo poder penetração.
Raios beta: são partículas negativas que não contêm massas constituídas por um elétron
(massa desprezível), e seu poder de penetração é superior ao dos raios alfa, porém inferior
ao dos raios gama.
Raios gama: são ondas eletromagnéticas de alta energia e, por não serem partículas,
também não possuem massa.
Leis
A emissão radioativa de partículas segue determinados comportamentos que são explicados pelas
leis da radioatividade (uma para a partícula alfa e outra para a partícula beta), que foram descritas
pelo químico inglês Frederick Soddy e pelo químico e físico polonês Kazimierz Fajans.
Segundo essa lei, quando um átomo radioativo emite uma radiação do tipo alfa, ele dará origem a
um novo átomo com núcleo contendo dois prótons e dois nêutrons a menos, totalizando uma
massa quatro unidades menor. Podemos representar a primeira lei da radioatividade com a
seguinte equação genérica:
Vejamos um exemplo:
Note que, ao emitir uma radiação alfa, o novo átomo formado, Urânio-235, possui número de
massa quatro unidades menor e o número atômico duas unidades menor — exatamente os
valores correspondentes à partícula α emitida pelo núcleo do plutônio.
A segunda lei fala sobre a emissão beta. Quando um átomo emite uma partícula beta, constituída
por um elétron e de massa desconsiderada, sua massa atômica permanece inalterada e seu
número atômico aumenta uma unidade. Genericamente, representamos da seguinte forma:
Veja o exemplo:
Pode-se perceber que o átomo de nitrogênio formado possui a mesma massa do átomo de C-14,
ou seja, são isóbaros, e seu número atômico aumenta em uma unidade. O aumento do número
atômico foi explicado pelo cientista Henrico Fermi, que propôs que um dos nêutrons do núcleo
sofre uma transmutação, segundo a equação seguinte, gerando um elétron (a partícula beta
emitida), um neutrino (uma partícula subatômica sem carga elétrica e sem massa) e um próton (p).
O elétron e o neutrino são emitidos para fora do núcleo, permanecendo apenas o próton, o que
explica o aumento do número atômico.
Aplicações
Apesar da visão negativa que depositam sobre a radioatividade, ela tem aplicações importantes
no nosso cotidiano, por exemplo, na produção de energia elétrica em usinas nucleares por meio
da fissão de átomos radioativos.
Atualmente, o Brasil não utiliza a energia nuclear como sua principal fonte de energia, mas possui
usinas nucleares (Angra 1 e 2) trabalhando no fornecimento de energia elétrica para o país.
Podemos citar também a datação de materiais encontrados por arqueólogos utilizando carbono-14.
Radioatividade natural
Descoberta
O estudo da radioatividade teve início com pesquisas do físico alemão Wilhelm Röentgen, em
1895, quando esse investigava o efeito da luminescência. Outro cientista importante para o
desenvolvimento da radioatividade foi o físico francês Antoine-Henri Becquerel, que percebeu, em
1896, marcações feitas em um filme fotográfico por uma amostra de sal de urânio.
No entanto, foi o casal Curie que utilizou o termo radioatividade pela primeira vez. Em 1987, a
polonesa Marie Curie deu seguimento aos estudos relativos à radioatividade e fez descobertas
valiosas para a área, como a descoberta de dois novos elementos radioativos: o polônio (Po) e o
rádio (Ra).
Posteriormente, Ernest Rutherford descobriu as radiações do tipo alfa (α) e beta (β), o que
permitiu melhores explicações para seu modelo atômico, bem como o avanço das pesquisas
relacionadas à radioatividade.
Decaimento
O decaimento radioativo (ou transmutação) é o processo natural em que um núcleo instável emite
radiação, de forma sucessiva, a fim de diminuir sua energia e tornar-se estável.
Isso ocorre normalmente com átomos de números atômicos maiores que 84, que são átomos com
alta instabilidade nuclear devido à quantidade de carga positiva (prótons) acumulada no núcleo.
Nesse processo, os nêutrons não são suficientes para estabilizar todos os prótons aglomerados
no núcleo, e, então, o núcleo começa a sofrer o decaimento radioativo até que seu número
atômico seja menor que 84.
Em alguns casos, pode acontecer que átomos com número atômico inferior a 84 tenham núcleos
instáveis e também passem pelo processo de decaimento, mas, para isso, precisam ter um
número de prótons bem superior ao número de nêutrons.
mf – massa final
mo – massa inicial
x – quantidade de meias-vidas decorridas
t – tempo de desintegração
P – período de meia-vida
Elementos radioativos
Lixo radioativo
O lixo radioativo ou lixo nuclear é o resíduo das indústrias que utilizam material radioativo em seus
processos que não possuem mais aplicação prática. Esse lixo é oriundo, principalmente, das
usinas nucleares e de aplicações médicas.
A grande produção de lixo radioativo tem sido um problema ambiental para todo o mundo, devido
às escassas e inadequadas condições de descarte e armazenamento.
Esses rejeitos estão associados à contaminação do solo, dos cursos de água e do ar, resultando
na destruição do meio ambiente de forma gradual. Além disso, também causam riscos à saúde
humana, como infecções, câncer e, em casos mais severos de contaminação, podem levar à
morte.
2. FISSÃO NUCLEAR
Os primeiros estudos sobre o processo de fissão nuclear foram descobertos em 1939, por Otto
Hahn (1879-1968) e Fritz Strassmann (1902-1980).
Este processo tem origem quando o núcleo pesado é atingido por um nêutron e após a colisão,
ele libera uma imensa quantidade de energia.
Durante a colisão, são liberados novos nêutrons que colidirão com novos núcleos, provocando
sucessivas fissões de núcleos, estabelecendo assim uma reação que é denominada reação em
cadeia, conforme o esquema abaixo:
A falta de nêutrons pode tornar a distância entre prótons muito curta, que a repulsão se torna
inevitável, causando a fissão do núcleo. Entretanto, a força nuclear é de curto alcance e o excesso
de nêutrons pode causar uma superfície de repulsão eletromagnética insustentável, que também
pode causar a fissão do núcleo.
O exemplo de fissão nuclear mais conhecido é a reação que ocorre com o urânio. Quando um
nêutron com energia suficiente atinge o núcleo do urânio, ele libera nêutrons que poderão
provocar a cisão de outros núcleos, conforme a imagem abaixo:
Entretanto, a fissão nuclear também é utilizada em outros processos, como a radioatividade, que
resulta do processo de fissão e é utilizada na medicina para tratamento de tumores e outras
doenças, por exemplo.
Porém, sua maior utilização está na produção de bombas atômicas, que são originadas do
processo de fusão e de fissão nuclear. Elas tem um alto pode de destruição.
FUSÃO NUCLEAR
Dá-se o nome de fusão nuclear ao processo de combinação de dois núcleos atômicos para a
formação de um terceiro elemento mais pesado. No momento da formação do novo elemento, há
liberação de energia.
As fusões nucleares não ocorrem naturalmente aqui na Terra. Para chocar dois elementos iguais e
originar uma fusão, é necessária uma enorme quantidade de energia para vencer a força de
repulsão eletrostática entre os elementos. Essa força de repulsão recebe o nome de barreira de
Coulomb. Em muitas estrelas no universo, como o Sol, esse processo ocorre naturalmente. A luz e
o calor provenientes da estrela resultam da fusão de átomos de hidrogênio, o que produz átomos
de Hélio e energia (luz + calor).
A massa do átomo de Hélio é de fato maior que a soma das massas dos hidrogênios que o
formam, mas não é exatamente o dobro. A conta não bate porque certa quantidade de matéria no
momento da fusão é convertida em energia. Essa transformação foi prevista pelo físico Albert
Einstein em sua famosa equação E = m.c2.
O processo de fusão nuclear pode ser reproduzido em laboratório, mas ainda não de forma a
gerar uma quantidade de energia considerável.
Qualquer sistema físico em que se possa controlar uma fusão nuclear é chamado de reator de
fusão nuclear ou reator termonuclear. A energia (limpa) gerada nesses reatores pode ser
convertida em energia elétrica e abastecer milhões de pessoas de forma infinitamente mais eficaz
do que os métodos utilizados hoje em dia, mas essa ainda é uma realidade distante em virtude
das dificuldades para gerar as fusões.
O reator funciona basicamente da mesma forma que o Sol, colidindo átomos de hidrogênio e
gerando átomos de hélio. A dificuldade está em gerar energia suficiente para que a barreira de
Coulomb seja vencida e a fusão ocorra. Para isso, as temperaturas a que se deve elevar o
sistema podem ultrapassar 99 milhões °C.
Em outubro de 2015, o reator Wendelstein 7-X (W7-X) ficou pronto após quase duas décadas de
construção. Esse reator está na cidade de Greifswald, na Alemanha, e é uma esperança para a
produção de energia a partir da fusão nuclear.
BOMBA ATÔMICA
A bomba atômica, ou bomba nuclear, é uma arma de explosão com um grande poder de
destruição, em virtude da grande quantidade de energia que ela libera. Essa bomba funciona por
meio do processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que possibilita uma grande liberação
de energia a partir de uma pequena quantidade de matéria.
História
Com o avanço da Segunda Guerra Mundial, foi preciso desenvolver armas mais potentes que
pudessem causar maiores impactos nos adversários. Com essa intenção, os norte-americanos
deram início a uma corrida contra a Alemanha nazista para criar a primeira arma nuclear. A esse
projeto foi dado o nome de “Projeto Manhattan”, que durou de 1942 até 1945, quando foi realizado
o primeiro teste de um dispositivo de fissão nuclear.
A Segunda Guerra teve fim com o uso das primeiras bombas atômicas utilizadas na história da
humanidade. As bombas foram lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e
9 de agosto de 1945, respectivamente. Essas bombas ficaram conhecidas como Little boy e Fat
man, por causa dos seus formatos e da capacidade de explosão de cada uma.
Como funciona uma bomba atômica?
Bomba de urânio
Um dos elementos usados na construção de bombas atômicas é o urânio, mas não é qualquer
isótopo de urânio que pode ser utilizado – apenas o U-235 é considerado instável suficiente para
esse fim. A seguir, está representada a reação de fissão de um átomo de urânio-235:
Note que cada átomo de urânio que sofre desintegração libera outros três nêutrons, que, na
bomba atômica, são utilizados para partir outros três núcleos, gerando a reação em cadeia e
liberando uma grande quantidade de energia, como é mostrado na imagem a seguir:
A reação em cadeia provocada pela fissão nuclear do urânio é usada como princípio das bombas atômicas.
Embora a quantidade de armas nucleares seja enorme, o Brasil é considerado um país livre de
armas de destruição em massa, que englobam as armas nucleares. Para declarar tal feito, foi
assinado, em 1998, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que tem o objetivo
de evitar a criação de novas armas e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à produção
delas.
Sabe-se que o Brasil utiliza a tecnologia para fins pacíficos (conforme a Constituição Brasileira
permite), o que inclui as usinas nucleares para produção de energia elétrica, o uso para fins
médicos, na agricultura, entre outros. Todas essas ações são regulamentadas e fiscalizadas por
órgãos internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Agência
Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
Little boy é como ficou conhecida a bomba atômica lançada em Hiroshima, em 1945, pelos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra
Mundial.
A bomba lançada sobre a cidade de Hiroshima era uma bomba nuclear de urânio-235 com uma
potência estimada de 16 quilotons (1 quiloton = 1000 toneladas de TNT). Ela explodiu a uma
altura de aproximadamente 570 metros do chão e provocou uma nuvem de fumaça que alcançou
18 km de altura.
Sua explosão gerou uma bola de fogo com uma temperatura de aproximadamente 300 °C, a qual
atingiu um raio de 2 km de destruição, além de espalhar uma nuvem radioativa. Isso resultou na
morte de mais de 80 mil vítimas imediatas e um total de mais de 140 mil mortes em decorrência
das queimaduras e dos ferimentos causados pela explosão e dos danos causados pela exposição
à radiação.
REFERÊNCIA
https://brasilescola.uol.com.br/
https://www.significados.com.br/fissao-nuclear