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Nome __________________________________________________________________________________________
Grupo I
Ouve o Texto A com atenção e copia a alínea correta para a folha de respostas:
1. Luís Cardoso começou a escrever em português 4. Ele dava redações ao colega, em troca de
1 2
3 4
7 8
5 6
Lê agora o Texto C com atenção e responde de forma completa às questões. Usa a folha de
respostas.
Avô na gaiola
1 Três dias depois de estar a viver em nossa casa, o meu avô declarou com grande solenidade(1):
-Pareço uma rolinha dentro de uma gaiola…
Minha mãe não gostou.
- Fala de barriga cheia, meu pai. Tomara muita gente ter a sua sorte. Vive aqui em melhores
5 condições do que na casa da aldeia. Tem casa de banho, tem uma casinha sempre limpa, tem comer
a horas certas, tem televisão, rádio, pode ler o jornal… descanse que já trabalhou muito.
E o avô:
- Entre nós não é preciso mentiras. Isto não me diz respeito. Passo o dia metido aqui dentro. Sou
uma rolinha dentro de uma gaiola. E não me venhas com essa conversa da aldeia. A minha terra
10 chama-se Torna-Ó-Rego, ouviste?
- Pode dar o seu passeiozinho, graças a Deus que o prédio tem elevador.
- E tu achas que eu tenho paciência para me meter dentro daquele caixote? Se a traquitana(2)
avaria, fica ali dentro um pobre de Cristo com as calças na mão. Há modernices a mais neste mundo.
São as modernices que vão fazer com que ele estoire e não há de demorar muito tempo!
15 O nosso andar fica no quarto piso. O avô entrou no elevador apenas no dia em que lá chegou,
talvez por ir cheio de sono e não se ter apercebido. E quando deu fé já era tarde. Depois nunca mais
lá quis entrar. E a única vez que saiu à rua sujeitou-se a descer a interminável escadaria, com a luz
a apagar-se de minuto a minuto. A minha mãe dizia-lhe:
- Vá até ao jardim, vá arejar um bocadinho, meu pai.
20 - Não me apetece… por estas bandas não conheço ninguém.
Da televisão gostava de ver o boletim meteorológico(3), tudo o resto fazia-o adormecer
profundamente.
Quando finalmente saiu à rua, foi ver o mar. Num fim de tarde, meu pai meteu-o no carro,
prometeu que ia conduzir muito devagarinho. Fomos até ao Castelo do Queijo e o avô com aquele
25 chapéu preto, de feltro, na cabeça, os sapatos grossos e roupas que já não se usavam há não sei
quantos anos destoava(4) imenso no meio de toda aquela gente.
- Parecem lagartos ao sol! E não têm um pingo de vergonha na cara!... – disse o avô, visivelmente
embaraçado com os corpos estendidos na praia.
O mar tinha ondas encapeladas(5) e sobre elas havia gente que se divertia a fazer surf.
30 O avô tirou o casaco e pouco depois tivemos de correr pelo areal fora para conseguir apanhar o
chapéu que voava como se fosse a pena de uma gaivota.
- Não há dúvidas, o mar é uma coisa linda! E os barcos são bem maiores do que eu pensava.
1. Como se pode classificar o narrador deste texto, quanto à sua posição na história?
Justifica a tua resposta.
2. O avô afirma que se parece com “uma rolinha dentro de uma gaiola”. Explica, por
palavras tuas, o sentido desta expressão.
3. O avô e a mãe do narrador têm opiniões diferentes sobre a vida. Com base no texto,
explica essa diferença.
4. Quando finalmente foram à praia, o narrador diz que o avô “destoava”. Porquê?
4.1. O avô do narrador gostou dessa experiência? Justifica a tua resposta com base no
texto.
Grupo II
1. Analisa o processo de formação das palavras da coluna A e faz corresponder cada uma à
alínea correta, da coluna B (pode haver mais de uma palavra para a mesma alínea). Responde
na folha de respostas:
Coluna A Coluna B
Grupo III
Imagina que vais visitar um dos teus avós. Escreve uma página de diário, a contar a tua
impressão desse dia.
O teu texto deve ter 120 a 150 palavras e ser do género Diário.
Bom trabalho!