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Índice

1. Introdução.................................................................................................................. 2
1.1. Objectivos do relatório .......................................................................................... 2
1.1.1. Geral................................................................................................................... 2
1.1.2. Específicos ......................................................................................................... 2
1.1.3. Contributo .......................................................................................................... 3
1.2. Metodologias ......................................................................................................... 3
1.3. Organização do relatório ....................................................................................... 3
2. Decurso do Estágio Pedagógico ................................................................................ 4
2.1. Local e duração do estágio .................................................................................. 65
2.2. Caracterização Física e Organizacional ADPP da Machava ............................... 65
2.3. Antecedentes do Estágio Pedagógico .................................................................. 65
2.4. Termos de Referências do Estágio Pedagógico................................................... 86
2.4.1. Tarefas e Responsabilidades do Estagiário ...................................................... 86
2.5. Situação etno-linguística e comportamental da turma......................................... 97
2.6. A observação no processo de ensino-aprendizagem (PEA) ................................ 97
2.7. Reflexões sobre as aulas observadas ............................................................... 1210
2.8. Planificação e Leccionação das aulas .............................................................. 1210
2.8.1. Planificação das aulas .................................................................................. 1210
2.8.1.1. Importância da Planificação ..................................................................... 1311
2.8.1.2. Momentos das aulas ................................................................................. 1412
2.9. Leccionação das aulas ..................................................................................... 1614
2.9.1. Antes da Leccionação .................................................................................. 1614
2.9.2. Durante a Leccionação................................................................................. 1614
2.9.3. Depois da Leccionação ................................................................................ 1715
2.10. Aspectos positivos e negativos .................................................................... 1715
2.11. Oficinas Pedagógicas ................................................................................... 1715
2.12. Avaliação da turma ...................................................................................... 1816
3. Considerações finais............................................................................................ 1917
Referências Bibliográficas.......................................................................................... 2018

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1. Introdução

De acordo com Dias (2008), o relatório é um conjunto de informações utilizadas para


reportar resultados parciais ou totais de uma determinada actividade, experimento,
projecto, acção, pesquisa, ou outro evento que esteja finalizado ou em andamento.

O curso de Ensino de Línguas Bantu termina com um estágio pedagógico, com a


produção de um relatório, um portefólio que é um dossier de projectos e trabalhos para
apresentação profissional individual documentado com evidências do estágio e uma
unidade de competências. Commented [U1]: Refaça este parágrafo ou por outra o que
está por detrás deste estágio pedagógico?

Segundo LIBÂNEO (1992), “O o trabalho docente é parte integrante do processo


educativo mais global pelo qual os membros das sociedades são preparados com vista a
participação na vida social. A educação, ou seja, a pratica educativa, e é um fenómeno Formatted: Highlight
Formatted: Highlight
social e universal, sendo uma actividade humana necessária a existência e
funcionamento de todas as sociedades. Os homens são potenciados para se darem com
este fenómeno educativo e de aprendizagem”. Commented [U2]: Reveja este parágrafo, pois não me parece
comunicativo

O presente relatório, integra de uma forma geral todas as actividades inerentes à Commented [U3]: Tratando-se de uma citação directa,
apresente as páginas por favor
componente teórica e prática do Estágio I e II, que foi realizado na Escola de Formação
de Professores do Futuro (EPF_ADPP), entre os meses de Abril e Agosto de 2019, .
Trata-se de um relatório que visae tem como objectivo trazer a tonadescrever todo
trabalho desenvolvido durante um longoo período em alusão, com vista a
(….COMPLETE!) melhor preparação daqueles que terão como actividade esta prática Commented [U4]: ESTE DEVE SER O PRIMEIRO PARÁGRAFO!

educativa, desde a aprendizagem na sala de aulas ate as práticas pedagógicas que


decorreram em diversos momentos e locais para melhor contribuição e manutenção do
desenvolvimento do país em geral. Commented [U5]: Refaça isto!

1.1.Objectivos do relatório
1.1.1. Geral
 Compreender Descrever através da descrição das actividades desenvolvidas
nas Práticas Pedagógicas (P’ PP) e nodurante decurso do Estágio
Pedagógico (EP).
1.1.2. Específicos
 Reflectir sobre o decurso das PP’s desenvolvidas na EPF_ADPP da
Machava;

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 Descrever Apresentarr as actividades desenvolvidas nas actividades
pedagógicasPP;
 Reflectir sobre Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino.

1.1.3. Contributo

Este relatório é importante, visto que vai ajudar a melhorar na elaboração de trabalhos
de conclusão do curso através de relatório de Estágio feito por estudantes de outros
cursos leccionados nesta Universidade, em especial aos estudantes do curso de Ensino
de Línguas Bantu. Commented [U6]: Reveja este contributo, pois não sendo um
guião para a elaboração de trabalhos de conclusão de curso não me
parece que isto esteja bem colocado. Se calhar assumi-lo como um
dos instrumentos de consulta para os futuros estagiários!

1.2. Metodologias

Quanto a à metodologias, recorremos à abordagem estratégia e abordagem do ensino e


aprendizagem usadas em contexto linguístico e culturalmente heterogéneo, no nosso
EP, era participativa, isto é foram aplicadosmediante a aplicação dos seguintes os
métodos: elaboração conjunta, interactivointeracção, e trabalho independente onde
todos formandos tinham que apresentar o trabalho no quadro, usando a sua língua Bantu
tendo em conta a morfologia verbal da língua, a sintaxe e o sistema ortográfico da
língua em estudo e que posteriormente colocava-se questões sobre o tema apresentado..
Além destes, privilegiamos a

Observação observação, na qual … (COMPLETE O QUE FIZESTE NA SALA DE Formatted: Font: Not Bold

AULA)que tem a ver com a obtenção de informações sobre a realidade por intermédio
dos sentidos (visão, audição, tacto, etc.), permitiu-nos recolha de informações
importantes sobre as PP’s; Commented [U7]: Isto é muito geral…

Método Reflexivo que são procedimentos de reflectir sistemática e fundamentadamente


sobre o processo de formação de professores de línguas e de outros agentes visando à
descrição do processo para tomada de consciência da abordagem e competências para
ensinar e aprender num dado momento da trajectória profissional ou de aprendizagem
no caso dos alunos. Neste caso, permitiu-nos reflectir sobre todo o processo de ensino-
aprendizagem nas nossas PP’s. Commented [U8]: Diga o que fizeste concretamente com ele!

1.3. Organização do relatório

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O presente relatório obedece a seguinte estrutura:

 Introdução que é composto por subtítulo; contextualização, objectivos,


contributo, metodologia e a organização do relatório.
 Desenvolvimento das práticas pedagógicas subdivididas em seis subtítulos a
nomear: Local e Duração do Estágio; Descrição do local do estágio; situação
étnica linguística; Antecedentes do Estágio, etc.
 Considerações finais e Referência Bibliográfica. Commented [U9]: Primeiro diga em quantas partes e de
seguida descreve o que se fez em cada parte…

2. Decurso do Estágio Pedagógico

Nesta parte do relatório serão descritas todas actividades desenvolvidas nas práticas
pedagógicas realizadas ao longo de todo período de estágio pedagógico na EPF_ADPP
da Machava. Sua importância na formação de um professor reflexivo, sem perder de
vista o local e duração do nosso estágio pedagógico. As descrições serão executadas
feitas tendo em conta as inferências e fundamentações de alguns autores. FALTA Formatted: Highlight

ALGO AQUI PARA FAZER PONTE COM O PARÁGRAFO SEGUINTE!

Assim, a formação permanente inscreve-se na natureza inconclusiva do ser humano, na


infinitude do conhecimento e na dinâmica das relações sociais. Portanto, não se
restringe e nem se confunde com as modalidades da formação inicial e continuada,
embora as incorpore. Ela se realiza, preponderantemente, através da reflexão sobre a
prática. (FREIRE, 1985, 1997, 2006). Assim, formação e prática pedagógica, embora
guardem especificidades, uma não existe sem a outra.

Ainda nNesta linha de pensamento, debruçando-se sobre a pertinência do estágio


pedagógico na formação do professor, Matos (2009) referido citado por DIAS (2010, p.
4), faz menção a pertinência do estágio pedagógico na formação do professor,
afirmando que “o estágio integra o estudante estagiário na vida profissional de forma
progressiva e orientada, em contexto real, desenvolvendo-o as competências
profissionais na sua futura função”. Assim sendo,

Oo Estágio Pedagógico tem uma grande importância, pois possibilitam-nos a vivência


do no meio escolar mediante em contacto com os alunos, professores, pais e
encarregados de educação, funcionários e colegas, de modo a criar hábitos de
colaboração e de convivência próprias desse meio. Nele, dDesenvolvem-se actividades
do PEA, pesquisa, desenvolvimento de competências do saber ensinar, aprender, saber

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ser e saber conviver profissionalmente assim como desenvolver capacidades de análise
e contribuição crítica e criadora para uma melhoria da qualidade de ensino.

Em particular aParticularmente para os estudantes do curso de ELB, o Estágio


Pedagógico é de extrema importância, porque é através dele que se adquiriadquire mos
a capacidade de transmitir os conhecimentos teóricos que aprendemos aprendidos ao
longo do percurso académico e transformá-los em prática durante o processo de estágio
e na futura profissão de professor.

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2.1. Local e duração do estágio

O estágio teve lugar na Escola de Formação de Professores do Futuro, antigamente


designada por ADPP, localizada no Posto Administrativo da Machava, Distrito da
Matola, Província de Maputo. Esta escola localiza-se exactamente na rua de Wiriamo,
Caixa Postal 489, Machava.

Com e teve a duração de um ano, ou seja,o que corresponde a dois (2) semestres
lectivos. na UEM e seis (6) meses na EPF_ADPP da Machava entre, o nosso EP foi
realizado na Escola de Formação de Professores do Futuro antigamente designada por
ADPP localizada no Posto Administrativo da Machava, Distrito da Matola, Província de
Maputo. Esta escola localiza-se exactamente na rua de Wiriamo, Caixa Postal 489,
Machava.

2.2. Caracterização Física e Organizacional da EPF_ADPP da Machava Formatted: Normal, None, No bullets or numbering

A Escola de Formação de Professores do Futuro (EPF_ADPP) possui 8 salas de aulas


com capacidade de acolher vinte e cinco (25) formandos par cada sala. A EPF_ADPP
possui 20 formadores sendo treze (13) homens e sete (7) mulheres incluindo o Director
e a Directora-Pedagógica. Possui ainda dezasseis (16) funcionários não docentes, dos
quais cinco (5) são homens e onze (11) mulheres.

2.3.2.2. Antecedentes do Estágio Pedagógico

Segundo PATEL (2012), o plano curricular do curso de licenciatura em Ensino de


Línguas Bantu (ELB), concretamente o 4º Ano, apresenta o estágio como uma das
disciplinas que constitui a espinha dorsal para a materialização do curso. Esta disciplina
chama-se O Estágio, subdividido subdivide-se em nos dois semestres, (i) o Estágio I
para o primeiro semestre, sétimo do curso, (7º), que tem sua essência, preparar o
estudante para a leccionação de aulas no Estágio II, . por Por isso, é caracterizada pela
submissão às assistências das aulas, fazendo com que o estudante observe atentamente,
a forma ou a metodologia de ensino usada e/ou aplicada pelos professores e, (ii) o
Estágio II para o segundo semestre, oitavo do curso, (8º), onde a sua essência é fazer
com que o estudante deste curso pratiquem ou encarem a realidade de leccionação de
aulas, basicamente, nos IFP’s.

No nosso caso, antes de começar com as nossas PP’s realizámos as aulas em seminários
nas Oficinas Pedagógicas (OP’s) sob orientação dos supervisores do EP, o que foram
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capazes de abrir as nossas mentes, no que diz respeito às PP’s, vistona medida em que
tivemos várias dicas e simulações de aulas através de vários métodos de ensino de
línguas, bem como a forma de como tínhamos que nos apresentar na sala de aula, como
enfrentar vários problemas em contexto concreto de sala de aulas (postura). Depois
disso é que o supervisor conseguiu espaço nos IFP’s para praticarmos as nossas PP’s o
que efectivou-se e fomos aos locais de estágio. Commented [U10]: Reveja esta passagem. Não flui.

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2.4.2.3. Termos de Referências do Estágio Pedagógico

O curso de Llicenciatura em Ensino de Línguas Bantu, no âmbito da sua organização, Commented [U11]: O documento não foi concebido pelo
curso, mas pelos orientadores do estágio.
preparou um documento que serve de guião orientador do saber ser e estar em qualquer
situação relacionada com as PP’s. Este documento é composto por termos de
referências, através dos quais, contam informações sobre as linhas orientadoras para as
práticas pedagógicas a realizarem-se nos Institutos de Formação de Professores de
Matola, / e na Escola de Formação de Professores do Futuro/EPF_ADPP na disciplina
de Línguas Bantu de Moçambique e Metodologias de Educação Bilingue.

2.4.1.2.3.1. Tarefas e Responsabilidades do Estagiário

a) Respeitar e cumprir com o regulamento interno da instituição acolhedora (Uso


obrigatório da bata branca, participação das paradas para o início de cada período de
aulas; etc.

b) Ser íntegro pessoal e profissionalmente;

c) Ser auto-avaliativo, reflexivo e pedagogicamente crítico com o seu desempenho;

d) Participar de todas as aulas da disciplina na qual decorrem as suas práticas


pedagógicas;

e) Observar, planificar e leccionar aulas na turma de Estágio com apoio do docente da


turma e do supervisor do Estágio;

f) Preparar, de forma atempada, a leccionação das aulas planificadas em coordenação


com o supervisor do Estágio;

g) Participar das sessões de análise de aulas, das oficinas de Estágio;

h) Elaborar relatórios e diários de campo referentes ao decurso do Estágio;

i) Desenvolver um portfólio físico com o material didáctico usado no Estágio e;

j) Cumprir com as orientações definidas nos Termos de Referência e no plano de


actividades a ser elaborado pelo docente da turma em coordenação com os docentes do
estágio e os estagiários.

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2.5.2.4. Situação etno-linguística e comportamental da turma

As nossas PP’s decorreram na EPF_ADPP da Machava, na Turma C do 1º Ano do


Curso de formação de Professores 10ª + 3 anos, nos módulos de Línguas Moçambicanas
e Metodologias de Ensino Bilingue. A turma estava sob responsabilidade da formadora
que, de forma sábia e estratégica conseguia transmitir e orientar o PEA para os futuros
professores.

A turma era composta por 19 formandos, sendo 10 do sexo masculino e 9 do sexo


feminino. Esta turma era etno-linguisticamente heterogénea, isto é, era composta por
formandos falantes de 4 línguas bantu de Moçambique, distribuídos da seguinte forma:
1 formando falante da língua Changana, 6 formandos falantes da língua Makonde, 8
formandos da língua Makhuwa e 5 formandos falantes da língua Mwani.

Para permitir o melhor acompanhamento e facilitar o PEA aos formandos, ficaram


distribuídos em 4 grupos linguísticos, com a língua Makhuwa subdividida em 2 grupos
de 4 formandos cada.

A turma C era uma turma com formandos activos, participantes, muito interactivos e
criativos. Tratando-se do seu primeiro contacto com o estudo das suas línguas bantu, os
formandos comportavam-se bem e mostravam interesses de saber mais sobre as
características das línguas bantu, bem como as metodologias de ensino bilingue.

2.6.2.5. A observação no processo de ensino-aprendizagem (PEA)

Entender o papel pedagógico da observação no ensino-aprendizagem requer o


esclarecimento do que significa essa categoria e seus principais componentes
cognitivos: aparência, apreensão, aprendizado, interpretação e percepção.

De acordo com ABBAGNANO (1998, p. 725), observação é a “verificação ou


constatação de um facto” e, segundo o autor, ela pode acontecer a partir da verificação
espontânea ou ocasional ou ainda pode ocorrer com base na verificação metódica ou
planejada (observação experimental, racional). Nesse caso, há uma contraposição entre
a experiência ingénua, primitiva, comum ou ocasional.

Nesse mesma linha, FOULQUIÉ (1967, p. 714 – 715) escreve: “observar tem o mesmo
sentido de conservar-se diante do observado (não deixar de olhar). Considerar
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atentamente uma coisa a fim de conhecê-la melhor”. Para esse autor, observar é muito
mais difícil que imaginar e deduzir. A observação é, portanto, “uma severa e poderosa
apreensão da mente” (FOULQUIÉ, op cit., p. 715). Ainda segundo Foulquié, existe uma
espécie de antagonismo entre a observação e a imaginação. Às vezes, a imaginação
acaba substituindo a observação; assim, este último processo fica impedido pelas
hipóteses do imaginário.

É necessário, antes de tudo, reformular as ideias para aprender a observar. As ideias são
frutos da percepção da realidade e esta é resultado da observação (LENOBLE apud
FOULQUIÉ, 1967). Silva (1979, p. 94) define observação como:

“o processo de investigação social que consiste na aplicação do sentido Formatted: Indent: Left: 0.98"

para a apreensão da realidade social. [...] muitas vezes a simples


observação não é suficiente para dar ao observador uma sensibilidade e
uma compreensão exacta dos comportamentos do universo pesquisado, o
que só será possível se o pesquisador assumir papéis reais.”

Segundo BECHKER (1972), a observação seria uma solução para o estudo de


fenómenos complexos e institucionalizados, quando se pretende realizar análises
descritivas e exploratórias ou quando se tem o objectivo de inferir sobre um fenómeno
que remeta à certas regularidades, passíveis de generalizações.

A observação, neste nosso EP, deve-se ao facto de ser um dos métodos mais adequado
para a aquisição de uma experiência na área de formação, isto é, é através da observação
que apreciamos como os professores leccionam as suas aulas na realidade.
A observação de aulas contribuiu de forma decisiva para a consolidação das nossas
estratégias de ensino. Nesta fase, aprendemos observando a forma como o professor
lidava com as diversas situações decorrentes do contexto de sala de aulas.

Duma forma geral, observamos um total de 3 aulas leccionadas pela formadora


hospedeira e cerca de 20 aulas leccionadas pelo colega estagiário, visto que éramos dois
estudantes estagiários afectos naquela turma do 1º ano do curso de formação de
professores do futuro.

A primeira aula leccionada pela formadora decorreu no dia 12 de Abril de 2019 e tinha
como tema: “O preenchimento da tabela comparativa”. Esta aula marcou a nossa estreia

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nas PP’s em situação real de sala de aula, por isso que a formadora começou a aula
apresentando os estagiários à turma. A segunda aula da formadora que observamos
falava da Morfologia Nomina, com enfoque para a estrutura do nome, e, por último, a
aula sobre os prefixos e classes nominais.

Na aula sobre a estrutura do nome nas línguas bantu, a formadora entrou na sala de
aulas entoando uma canção em línguas bantu e que os formandos respondiam-na em
suas línguas bantu como forma de criar uma predisposição aos formandos, e isso
contribuiu bastante para o sucesso e interacção permanente durante toda a aula. Esta
estratégia inspirou-nos bastante porque foi possível ver o ambiente de boa disposição
que os formandos apresentaram e que serviu-nos de exemplo que ficou como nossa
inspiração. Após essa entrada escaldante da formadora, pediu aos formandos para fazer
um resumo da aula anterior que tratava sobre o preenchimento da tabela comparativa.
Os formandos fizeram-na muito bem e a formadora fez uma breve conclusão
sintetizando o que os formandos, de forma voluntaria, disseram.

Depois do resumo da aula anterior, a formadora introduziu a aula sobre a estrutura do


nome nas línguas bantu através de questões direccionadas aos formandos, que
respondiam-nas apresentando exemplos no quadro. A aula foi muito interactiva por isso
o a formadora e os formandos tiveram uma boa relação, bem como entre formandos.
Quando a formadora notava alguma fraca participação dos formandos na aula recorria a
vários métodos de superação a ponto de esclarecer o que criava a fraca participação.
Essas estratégias da formadora foram nossa inspiração durante todas as nossas PP’s.

No dia 17 de Abril de 2019 observamos a primeira aula no nosso colega estagiário da


turma. A aula falava sobre “os aumentativos e diminutivos nas línguas bantu e, a
integração de empréstimos nominais.

Duma forma geral, a aula foi bem orientada, atendendo e considerando o feedback dado
pelos formandos durante a aula. Apenas o nervosismo é que não faltou devido ao facto
de ter sido a sua primeira vez a dar aulas em situação concreta de sala de aulas, mas que
não pode tirar o mérito da aula, visto que, após a aula a formadora deu-nos o feedback
dos pontos a melhorar durante a leccionação.

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2.7.2.6. Reflexões sobre as aulas observadas

Como foi apresentado na secção anterior, observamos, ao todo, cerca de 23 aulas, sendo
3 aulas leccionadas pela formadora hospedeira do EPF_ADPP da Machava e 20 aulas
leccionadas pelo colega do EP.

Em relação às aulas da formadora hospedeira, foram muito importantes para a nossa


leccionação, visto que, foi através das observações que tivemos, que conseguimos traçar
estratégias apropriadas para encarar a realidade da nossa turma de estágio (Turma C). A
formadora hospedeira usava vários métodos, sendo alguns deles: o interactivo, tomada
de decisão, participativo, elaboração conjunta, etc. A formadora motivava os formandos
através de canções em línguas bantu o que fez com que a turma, na sua maioria com
formandos da zona norte de Moçambique, correspondesse como se conhecessem a
língua da formadora. Foi um bom exemplo a seguir.

Nas aulas leccionadas pelo colega, notamos algum nervosismo, de início mas, mais
tarde, ganhou o ritmo e conseguiu leccionar sem dificuldades.

Duma forma geral, as observações foram um instrumento fundamental para que as


nossas PP’s se realizassem como deveriam ser. Ressaltando a posição de RÚDIO (2002)
quando reforça que “o termo observação possui um sentido mais amplo, pois não trata
apenas de ver, mas também de examinar e é um dos meios mais frequentes para
conhecer pessoas, coisas, acontecimentos e fenómenos”, há que salientar que as
observações por nós feitas foram muito além do uso da visão, pois devíamos analisar ou
examinar e reflectir em torno da prática docente dos envolvidos na leccionação.

2.8.2.7. Planificação e Leccionação das aulas


2.8.1.2.7.1. Planificação das aulas

A planificação é uma tarefa indispensável quando quer se iniciar uma actividade, ou


seja, o resultado depende da planificação onde discutira os métodos ou caminhos pelos
quais chegara ao seu destino.

Nesta perspectiva, para NÉRICI (1988:252) “Planejar bem a aula segundo o tipo da
mesma, é desenvolver a aula com segurança e enfrentar as situações da classe com

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disposição corresponde a algumas normas recomendadas na direcção da classe por parte
do professor.”
No mesmo diapasão, CAROLO (2016, p. 63), descreve a planificação da aula como um
processo que providência, em parte, uma certa segurança de que actividade do professor
será mais eficiente e ajustada às condições de ensino, ou sucesso de uma aula e as
competências esperadas nos alunos só serão possíveis quando o professor põe em
prática a planificação da actividade de leccionação.

Isso quer dizer que este termo leccionação está ligado a prática ou o acto de ensinar
protagonizado pelo professor reflexivo cujo sucesso se dá através de planificação desta
actividade.

Segundo MOTA (2008), ensinar requer do professor o conhecimento e reflexão sobre o


processo educativo, planificação das actividades de ensino e aprendizagem e a sua
organização metodológica, elaboração de propostas para o seu aperfeiçoamento.

De acordo com os dados acima citados, podemos entender que a escolha do conteúdo a
ser dado deve ser feito em grupo com a finalidade de uniformizar o apontamento.

Quanto à previsão dos métodos, esta era feita com base no tipo do conteúdo, de aula
assim como nos objectivos a serem alcançados. Por isso, nas nossas PP’s durante os
dois módulos que leccionamos, usámos métodos que vão de acordo com o ensino de
línguas, p.e. o método interactivo.

2.8.1.1.2.7.1.1. Importância da Planificação

Para (LIBÂNEO 1994:25), planificar significa, portanto, uma actividade consciente de


previsão das acções docentes fundamentadas em opções político-pedagógicas e tendo
como referência permanente as situações didácticas concretas.

Através da planificação, o professor escolhe e determina os objectivos, os métodos e


meios dirigindo todo o processo na base dos programas de ensino que contém as
orientações metodológicas para assimilação dos conteúdos da matéria de ensino pelos
alunos. O professor planifica, controla e avalia todos os passos didácticos e
metodológicos da assimilação dos alunos.

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2.8.1.2.2.7.1.2. Momentos das aulas
 Introdução e Motivação

Para LIBÂNEO (1994: 181), não se deve iniciar uma aula de repente, mas sim, com um
discurso inicial para que os alunos se descontraiam…. Ao invés de chegar ao quadro –
negro e colocar as palavras, as teorias ou conceitos e os exemplos, a gente começa
conversando, pede à classe para definir um conceito. É necessário partir de um ponto
em que os alunos participem, para não ficarem naquela atitude passiva.

Nestes termos, todas as nossas aulas eram iniciadas por uma saudação seguida de um
breve resumo da aula anterior no sentido motivar os formandos para a aula.

Como se pode verificar nos planos, havia nesta função a consolidação da matéria
anterior, através da recapitulação feita pelo formando e sistematização dos conteúdos
das aulas anteriores pelo formador. E também a colocação do tema da matéria nova no
quadro.

A recapitulação tinha como principal objectivo, diagnosticar ou testar nos formandos o


ponto de situação real no que diz respeito a assimilação da matéria anterior, para poder
decidir ao avanço ou não a matéria nova.

 Mediação e Assimilação

Segundo LIBÂNEO (1994: 182), é importante apresentar a matéria nova como um


problema a ser resolvido, e mediante perguntas, trocas de experiências, colocação de
possíveis soluções e estabelecimento de causa - efeito, o problema tangente ao tema vai
se encaminhando para se tornar também problemas para os alunos em sua vida prática.

Nas nossas PP’s, a introdução ou apresentação da matéria nova era feita através da
apresentação dos resumos da aula, visto que os formandos eram recomendados, no fim
de cada aula, para ler e resumir a aula seguinte. Também, eram feitas questões dirigidas
aos formandos sobre a nova matéria.

Entretanto, apôs o discurso inicial da aula e a correspondência dos formandos acerca do


conteúdo e/ou tema exposto procedia-se com a explanação do tema em causa duma

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forma organizada e científica, esta explanação era acompanhada pela elaboração
conjunta, exposição e interacção, em que os formandos traziam exemplos nas suas
línguas bantu, o que facilitava a compreensão por parte deles.

 Domínio e Consolidação

É preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos


alunos, a fim de que estejam disponíveis para orientá-lo nas situações concretas de
estudo e de vida, (LIBÂNEO, 1994:188).

Foi com essa intenção que nessa fase, usavam-se muito mais questões direccionadas
assim como o parafraseamento do mais essencial na matéria e a síntese das respostas
dadas pelos formandos e da própria aula, onde traziam exemplos nas suas línguas bantu.

 Controlo e Avaliação

Os resultados que decorrem nesse processo, dizem respeito ao grau em que se atingem
os objectivos e em que se cumprem as exigências do domínio dos conteúdos,
(LIBÂNEO, 1994).

A assimilação da matéria era controlada em todos momentos da aula, durante a


recapitulação, o trabalho independente do formando, a interacção formador-formando, a
sistematização com intenção de avaliar o nível de assimilação do conteúdo pelos
formandos.

O TPC que os alunos realizavam e nos momentos introdutórios das aulas pelas sínteses
das aulas anteriores, permitiam avaliar o grau de assimilação ou de acomodação dos
conteúdos de acordo com os objectivos pré-estabelecidos.

Os meios de ensino que eram usados são: quadro, giz, apagador, módulo de línguas
moçambicanas (na primeira fase do nosso EP) e módulo de Metodologias de Ensino
Bilingue (na segunda e última do nosso EP), entre outro material didáctico que ia de
acordo com a aula leccionada.

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2.9.2.8. Leccionação das aulas

A leccionação das nossas aulas eram feitas nas manhãs de segundas-feiras das 07h00 às
08h50, terças-feiras das 08h55 às 10h20 e nas quintas-feiras das 10h50 às 12h30.

Duma forma geral, na turma C, leccionamos um total de 36 aulas, sendo 11 aulas no


módulo de Línguas Moçambicanas, no IIº Bloco, e 25 aulas no módulo de Metodologias
de Ensino Bilingue, no III Bloco. Essas 36 aulas foram suficientes para melhorar o
saber ser/estar no âmbito da realidade escolar, particularmente, da prática docente.

2.9.1.2.8.1. Antes da Leccionação

Antes da nossa presença na turma, corria em nós, uma enorme ansiedade de tudo quanto
ia decorrer nas nossas PP’s, o que motivava essa ansiedade era o desconhecimento real
da prática docente. A formadora hospedeira foi muito importante para a nossa adaptação
naquele instituto para lograrmos os resultados esperados porque ela sempre dava alguns
pontos motivadores e encorajadores para a prática docente.

2.9.2.2.8.2. Durante a Leccionação

No decorrer das nossas PP’s acabamos percebendo que não era nada difícil leccionar,
por isso, com o tempo fomos aperfeiçoando e o nervosismo demonstrado nas primeiras
aulas foi passando aos poucos. Com o tempo, acabamos conhecendo os formandos mais
activos e os menos activos na turma, os respectivos nomes o que contribuiu para ter o
domínio por completo da turma.

Nos dois módulos em que realizamos o nosso EP, foi tudo fácil de leccionar no módulo
de LM’s visto que, por muito tempo havíamos aperfeiçoado a descrição das línguas
bantu durante os quatro anos de permanência e frequência do curso de ELB ao passo
que no módulo de MEB, era caracterizado por aulas práticas devido a natureza do
ensino actual centrado no aluno.

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2.9.3.2.8.3. Depois da Leccionação

Depois da nossa permanência por seis meses no nosso local de EP, ficamos com a
sensação de que cumprimos com zelo e dedicação todas as nossas obrigações, visto que
o aproveitamento pedagógico dos formandos foi muito satisfatório, o feedback
transmitido pelos formandos foi muito satisfatório bem como os comentários da
formadora hospedeira foi encorajadora. Por nós, sentimo-nos lisonjeados pela
oportunidade que o instituto nos concedeu bem como a confiança que em nós depositou.

Hoje em dia nos sentimos verdadeiros pedagogos e portadores de um saber capaz de


conduzir com eficiência o PEA que é requerido legal e actualmente. Com isso,
queremos afirmar que, depois da nossa permanência na sala de aulas, sentimo-nos
capacitados, professores de verdade e que podemos enfrentar, de hoje em diante, a
situação de transmissão do saber numa sala de aulas.

2.10.2.9. Aspectos positivos e negativos

Positivos: A formação de grupos linguísticos na turma facilitou o processo de ensino-


aprendizagem nos formandos, bem como uma harmonia entre formador-formando e
formando-formando; o bom comportamento demonstrado pelos formandos durante as
aulas foi encorajador; adquirimos a assiduidade natural e sem esforços quanto a chegada
no instituto o que contribuiu para atribuição de uma nota positiva pelos formandos.

Negativos: Um dos pontos negativos foi os atrasos verificados por alguns formandos e
interrupções das nossas aulas para dar lugar a outras aulas de outros módulos; às vezes
não se preparavam devidamente para seminários, aulas e apresentações.

2.11.2.10. Oficinas Pedagógicas

Durante o 4º ano do curso de licenciatura em ELB participamos em 24 aulas das OP’s,


É nestas aulas onde aprendemos a alavancar as nossas PP’s como futuros professores
reflexivos. A postura na sala de aulas, como enfrentar a situação real de sala de aulas no
caso de deparar com algum obstáculo, ensaios dos temas de leccionação, foram alguns
aspectos que aprendemos nas aulas das OP’s.

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Duma forma geral, é nas OP’s onde reflectíamos sobre a aceitabilidade da prática
docente na pedagogia e todas as questões didáctico-pedagógicas encaradas numa
realidade de sala de aulas. Em suma, aprendemos a ser críticos e reflexivos
pedagogicamente.

2.12.2.11. Avaliação da turma

Segundo LIBÂNEO (1994:196) a avaliação é o espelho e lâmpada do PEA, pois


permite-nos conceber a imagem do nosso trabalho e dos problemas a nossa volta, e
lâmpada porque ilumina-nos indicando todos os caminhos em que estamos a percorrer e
dá perspectiva para onde vai e o que se prevê encontrar.

Nestes termos, durante o período de leccionação, submetemos aos formandos a


realização de quatro testes escritos sendo, dois no Módulo de LM’s e dois no Módulo de
MEB. Duma forma geral o aproveitamento dos formandos é possível como mostra a
pauta de aproveitamento pedagógico constante nos anexos.

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3. Considerações finais

Todo o trabalho que o homem aprende, precisa de ter duas fases que são a teoria e a
pratica. Na teoria e onde o Homem aprende o que deve fazer e na pratica onde se
implementa o saber fazer fazendo. Commented [U12]: Reveja

O processo de ensino e aprendizagem, não esta está fora desta prática. Neste caso,
primeiro passa da sala de aulas onde vai ter a formação teórica científica, incluindo a
formação académica nas disciplinas ou área em que o docente vai se especializar e a
formação pedagógica, que envolve os conhecimentos da filosofia, Sociologia, História
da Educação da própria Pedagogia que contribui para o esclarecimento do fenómeno
educativo no contexto histórico social; A formação técnico-prática visando a preparação
profissional específico para a docência, incluindo a didáctica, as metodologias
específicas das matérias, a Psicologia da Educação, a Pesquisa Educacional e outras.

A organização dos conteúdos de formação de professores, aspectos teóricos e práticos,


de modo algum significa considerá-los isoladamente. São aspectos que devem ser
articulados.

Desta forma o estágio pedagógico foi muito importante porque permitiu-nos como
professor professor-formado fazer uma vivência prática pedagógica, e que como
académicos aproximamo-nos da realidade da nossa área de formação e auxiliou-nos na
compreensão de diferentes teorias que regem o exercício profissional. Por isso, o estágio
é avaliado como uma prática positiva, não só para o campo de educação, mas sim para
tantas outras áreas do saber fazer.

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Referências Bibliográficas

DIAS, Hildizina Norberto, et al. (2010). Manual de Práticas e Estágio Pedagógico. 2ª


Edição. Maputo: Editora Educar.

GIL, António Carlos. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.

LIBÂNEO, José Carlos. (1990). Democratização da escola pública - a pedagogia


crítico-social dos conteúdos. São Paulo: edições Loyola.

LIBÂNEO, José Carlos. (1994). Didáctica. 13ª Edição, São Paulo: Cortez editora.

LIBÂNEO, J.C. (2004). Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática, 5. ed.


Goiânia, Alternativa.

NÉRICI, I. G. Didáctica: uma introdução. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1988, 310p.

PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. (2004). 23ª Edição. São Paulo: Editora Ética.

PILETTI, Nelson. (1997). Psicologia Educacional. São Paulo: Editora Ética.

RÚDIO, F. C. (2002). Introdução ao projecto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes.


144p.

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