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11/04
INTRODUÇÃO
Cromatografia gasosa
Devido a sua simplicidade, sensibilidade e efetividade para separar os componentes de
misturas, a análise cromatográfica é um dos métodos físico-químicos mais importantes
na busca de resultados em alguns casos no estudo da química. É amplamente usada para
análises quantitativas e qualitativas de espécies químicas e para determinar constantes
termoquímicas tais como calores de solução e vaporização, pressão de vapor e
coeficientes de atividades. Muito útil também em processos industriais, análises no
campo medicinal, em produtos alimentícios, na identificação de analitos, por meio da
comparação com padrões previamente existentes ou ainda, pode servir para a purificação
de compostos, separando-se as substâncias indesejáveis. (SKOOG, 2006)
A data histórica da cromatografia, com importância científica, foi em 1906,
quando o botânico russo Mihail Tswett descreveu seu trabalho sobre a separação de
pigmentos de folhas como a clorofila e a xantofila. Ele passou soluções desses
componentes em uma coluna de vidro empacotada com carbonato de cálcio finamente
dividido e o extrato de plantas separou-se em faixas e cores diferentes. Devido à coloração
separada dos extratos observados, o método utilizado por Mihail Tswett passou a ser
denominado Tswett de “cromatografia”, do grego chroma = cor e graphein = escrita
(NETO, 2004). A partir daí as aplicações e variações da cromatografia evoluíram
vertiginosamente e atualmente é um dos mais importantes métodos de separação de
misturas da atualidade.
Há diversos formas de cromatografia. Todas elas podem ser classificadas de acordo com
a suas fases móvel, estacionaria e suporte. A principal maneira de categorizar técnicas de
cromatografia é de acordo com a sua fase móvel. Se um gás é a fase móvel, o método
utilizado é da ‘cromatografia gasosa’ ou ‘GC’. Se a fase móvel é um liquido a técnica
chama-se ‘cromatografia líquida’ ou ‘CL’. É possível utilizar um fluído supercrítico
como fase móvel, criando o método conhecido como cromatografia de fluído supercrítico
ou ‘CFL’. Todos esses métodos podem ser divididos em subcategorias em função de seu
mecanismo de separação e tipo de fase estacionária. (HAGE, 2012)
O método cromatográfico baseia-se na migração de uma ou mais fases de uma
determinada solução, que ocorre devido a diferentes interações entre duas fases
imiscíveis, sendo uma fase fixa que tem uma grande área superficial chamada fase
estacionária, e a outra uma fase que se move através da estacionaria, sendo chamada de
fase móvel. A cromatografia pode ser aplicada em dois tipos de sistemas, em coluna e
planar. O sistema de coluna é o sistema mais utilizado e mais abrangente na
cromatografia. A coluna consiste em um tubo contendo um suporte sólido revestido, no
qual o revestimento do suporte interage com uma amostra à medida que passa pelo
sistema, a amostra original e fase móvel é aplicada em uma extremidade da “coluna” para
que a fase móvel percorre a coluna sendo separada da fase estacionaria até chegar ao
detector ou o dispositivo de coleta. No sistema planar temos a mesma ideia, no entanto,
para que a fase móvel se mova através do meio (papel ou placa de vidro).(HAGE, 2012)
É importante ressaltar que a seleção do tipo de cromatografia a ser utilizada depende do
material a ser isolado, da amostra, analito envolvido, por isso, frequentemente, diversos
métodos cromatográficos podem ser usados em sequência, além de serem associados a
outras diversas técnicas instrumentais, buscando assim, análises cada vez mais precisas
(TEREZINHA, 2002).
Neste artigo será dado maior ênfase à cromatografia gasosa, por ela ser uma das
técnicas analíticas mais utilizadas, além de possuir alto poder de resolução, ela é bastante
vantajosa, já que possibilita detecções em escala de nano a pictogramas. A cromatografia
gasosa possui alta confiabilidade e custo benefício, tem aplicação em diversas áreas, por
isso é tão bem-conceituada e empregada.
2. Desenvolvimento
2.1 Descrição geral da cromatografia
2.1.1 Classificação dos métodos cromatográficos
2.1.2 Eluição em cromatografia em coluna
estacionária
móvel
Equação 1: Coeficiente de partição.
t r ( )
t r ( )
Tal que, se obtivermos valor de α > 1, temos o composto A por mais tempo na
coluna, como mostra a Figura 1. (skoog, 2006)
Figura 1: Cromatograma representando eluição de três analítos, A, B e C. A interage de forma mais eficiente com a
fase estacionaria, assim ele é retido e eluído da coluna depois de B e C. A área sobre cada pico da a quantidade do
analito eluído
O alargamento dessas bandas dado pelo tr pode fazer com que o processo
cromatográfico fique ineficiente e pode fazer que fique eficiente se obtiver um t r
controlado, pois, se obtivermos uma análise com tr das amostras de forma que se tenha
eficiência em separar os compostos um do outro com bandas medianas, teremos uma
análise eficaz, mas, se obtivermos uma análise com tr extremamente grande, teremos uma
separação boa dos analítos, no entanto ainda sim pode ser uma análise ineficaz devido ao
tempo da mesma.
Note que no cromatograma essas alterações foram feitas para se reduzir o valor
de k, no entanto, essa alteração ficou ineficaz devido aos analítos 1, 2 e 3 ,4. Neste caso,
teríamos de usar outra forma de solucionar o problema, que seria alterar o valor k para
alguns analítos e manter para outros, por exemplo, se reduzirmos o k após os analítos 1 e
2 serem processados a ponto que os analítos 3 e 4 ficassem com uma banda menor e com
uma identificação melhor (como no cromatograma c) e repentíssimos o mesmo para os
analítos 5 e 6, teríamos um cromatograma perfeito.
Cromatografia gasosa
As amostras gasosas e líquidas podem ser injetadas com uma seringa. Na forma
mais simples a amostra é injetada primeiro em uma câmara aquecida, onde se evapora
antes de ser transferida para a coluna. Quando são utilizadas colunas empacotadas, a
primeira parte da coluna, em geral, serve como câmara de injeção, aquecida
separadamente a uma temperatura adequada. Para colunas capilares utiliza-se uma
câmara de injeção separada onde somente uma pequena parte da amostra vaporizada/
gasosa é transferida à coluna, este método é conhecido como split-injectíon. Isto é
necessário para não sobrecarregar a coluna com volume de amostra.