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CAMINHOS
DA
EDUCAÇÃO
Marcus
De Mario
Marcus De Mario
Aviso
Direitos Autorais
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Os Caminhos da Educação
Marcus De Mario
Os Caminhos da Educação
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Marcus De Mario
Os Caminhos da Educação
Marcus De Mario
1ª edição: junho de 2009
Edição eletrônica no formato Ebook
Capa e Diagramação:
O Autor
.
Marcus De Mario
Rua Panamá, 40 fundos
Rio de Janeiro, RJ, CEP 21020-310
Tel. (21)3381-1429
www.marcusdemario.com.br
marcusdemario@gmail.com
O autor cedeu parte dos direitos autorais para o Instituto Brasileiro de Educação Moral.
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Os Caminhos da Educação
Índice
Introdução – pág. 06
1. A violência nas escolas – pág. 07
2. Sentir e crescer – pág. 8
3. É assim que se educa – pág. 10
4. Professor, você está se educando? – pág. 12
5. O professor e sua conduta – pág. 14
6. A educação moral e a pedagogia da sensibilidade – pág. 16
7. Orientação para a liberdade – pág. 18
8 – Onde tudo tem início – pág. 20
9 – Nós somos – pág. 22
10 – Não aguento mais ser professor – pág. 23
11 – Como educar meu aluno – pág. 25
12 – Ensinar e educar – pág. 27
13 – Até quando? – pág. 29
14 – Como é bom educar! – pág. 30
15 – Para que serve a escola? – pág. 32
16 – O mundo das crianças – pág. 34
17 – A educação moral com o jovens – pág. 36
18 – Espiritualidade na educação – pág. 38
19 – Transcendência e educação – pág. 40
20 – Responsabilidade emocional – pág. 42
21 – A violência na escola e a verdadeira educação – pág. 44
22 – Lugar de ensinar ou educar? – pág. 46
23 – Os caminhos da educação – pág. 48
24 – Mudar a educação para mudar a sociedade – pág. 50
25 – Vamos ouvir os pássaros – pág. 52
26 – A família também educa – pág. 54
27 – Conhecendo a si mesmo – pág. 56
28 – Como se educa quem deve educar – pág. 57
29 – A educação – pág. 59
30 – O encanto do amor – pág. 61
31 – Do que necessitamos para educar – pág. 63
32 – Se você educar com amor – pág. 65
33 – O salário e a qualidade – pág. 67
34 – Direitos humanos – pág. 69
Sobre o autor – pág. 71
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Marcus De Mario
Introdução
Olhei para meus artigos, escritos continuamente por vários anos, e eis que,
escolhidos, revisados e, alguns, reescritos, aglutinados formam este livro Os Caminhos
da Educação. Antes de ser uma coletânea de escritos esparsos, é uma obra em defesa
da educação moral e do amor no ato de ensinar.
Cada capítulo – formado a partir do que escrevi e o IBEM (Instituto Brasileiro de
Educação Moral) publicou em seu site na Internet – deve provocar no leitor reflexão e
angústia, medo e sonhos.
Reflexão, porque para educar é preciso pensar.
Angústia, porque educar solicita muito trabalho.
Medo, porque nem sempre o que se está fazendo é o melhor.
Sonhos, porque os caminhos para a educação são possíveis.
Meu convite é para você trabalhar com dedicação e esperança, para ser visto
pelas crianças – e também pelos jovens – como educador do amor, aquele que acredita,
faz e renova.
Saboreie cada página. Sinta cada frase. Emocione-se com cada palavra.
Você pode ser um educador muito especial, e para facilitar seu trabalho é que
oferto os caminhos da educação, da educação que forma o caráter, sensibiliza o coração
e transforma o mundo.
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Os Caminhos da Educação
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A violência nas escolas
Não é só o Brasil que sofre com a violência nas escolas, fenômeno que não é
exclusividade dos países pobres ou em desenvolvimento, mas também presente em
países como os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha, todas elas consideradas
nações desenvolvidas, fazendo parte do seleto grupo dos países mais ricos do mundo.
Na Inglaterra os professores se sentem ameaçados por armas de fogo dentro da
escola, e na Alemanha o índice de ataque contra professores dobrou em apenas dez
anos.
Esses dois países sugerem algumas medidas: colocação de detectores de metais
nos portões de entrada; instalação de circuito interno de câmeras de vídeo; realização de
exames aleatórios para detectar o uso de drogas; pressão sobre os pais de alunos
problemáticos; vigilância policial externa. Perguntamos: atacando os efeitos através de
medidas de segurança pública conseguiremos resolver a questão da violência dentro das
escolas?
Os professores alegam que o problema está na família, que a maioria dos pais
não sabe educar seus filhos. Temos que concordar ser a família uma das causas, com
gravíssimos problemas quando se trata de dar bons exemplos, colocar limites, exigir
responsabilidades, interagir com a escola, etc., entretanto, colocar toda a culpa na família
é um exagero, pois a própria escola, quando não realiza sua missão de educar o ser
total, ficando apenas no preparo intelectual dos alunos, também tem sua parcela de
culpa.
E é culpada a sociedade quando mantém leis injustas que privilegiam
determinados setores em prejuízo de outros. Quando não promove, através dos meios
educacionais, valores de vida profundos e enobrecidos. Quando não dá importância ao
desenvolvimento do senso moral das pessoas, tudo se complica.
A solução da violência nas escolas - que é de médio e longo prazo - só
acontecerá quando formos na causa. Enquanto considerarmos que a educação é
questão de segurança pública, e não de formação das consciências, continuaremos a
assistir esse doloroso quadro.
Precisamos com urgência rever nossos valores na educação e também o que
estamos fazendo no sistema de ensino. A escola é lugar do amor pedagógico, e não da
polícia.
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Sentir e crescer
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É assim que se educa
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Toda criança é educável, todo adolescente é reeducável, todo jovem pode ser
sensibilizado para sua transformação, mas não resta dúvida que se a criança recebe a
educação moral necessária, nem o adolescente necessitará ser reeducado, nem o jovem
necessitará ser sensibilizado.
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Professor, você está se educando?
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com o grupo sem fazer alarde e apontar as falhas dos colegas? Esforça-se por dar aulas
com dinamismo e amor?
Professor, procure responder com sinceridade essas perguntas para realizar uma
autoavaliação, e não caia na tentação de se autodesculpar com frases do tipo : "não
adianta, os alunos não querem saber de nada", "é perda de tempo, não temos a
colaboração dos pais", "se pelo menos pagassem um salário melhor". Essas frases são
como fogos de artifício, o efeito é passageiro e depois tudo continua na mesma.
Educar-se para poder melhor educar é a chave para os professores terem menos
queixas e mais histórias felizes para contar.
Pensemos, eu, você, todos nós, sobre isso e, depois de pensar, vamos começar a
nos preocupar com a questão e dar início ao nosso processo de autoeducação?
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O professor e sua conduta
No dia a dia da escola, diante dos desafios da vida que invadem a sala de aula,
principalmente com relação aos temas como sexualidade, luto, morte, separação, drogas,
violência doméstica é possível detectar cinco posturas comuns ao professor do ensino
fundamental e médio (e também do ensino superior):
Tentar ignorar os problemas
Diante de questões como drogas, sexualidade, violência e outras, a tendência do
professor é ignorar o assunto em sala de aula, ou aplicar um bom sermão para calar
qualquer tentativa de abordagem do mesmo, como se isso resolvesse os dramas e
indagações dos alunos.
Dizer que não foi preparado para lidar com isso
Embora reconheça a importância das questões apresentadas pelos alunos,
declara não ter conhecimento nem preparo pedagógico específico para tratar do tema, e
muitas vezes empurra a questão para a coordenação ou a direção da escola.
Fingir que está diante do quadro apenas para passar os conteúdos
Postura comum de grande parte dos professores, entrando e saindo da sala de
aula com um planejamento fechado, como se dar aula fosse sinônimo de escrever e
apagar, ditar lições e corrigir exercícios, muitas vezes fazendo com que os alunos
"gastem" o tempo da aula apenas copiando matéria.
Alegar que não ganha para encarar essas questões
Comum, mas irresponsável essa atitude. Nenhum profissional pode se eximir de
dar tudo de si no trabalho que exerce, e o professor não é diferente, mesmo porque a
formação intelectual e moral do futuro cidadão está em suas mãos. Como todo mundo
sabe que o salário de professor é baixo, e nem por isso deixa de procurar a profissão, o
argumento, por isso mesmo, também não é válido.
Repetir, ano a ano, as mesmas provas, testes, trabalhos, textos, exercícios
Por comodidade e facilidade o tempo passa e o trabalho se repete, de tal forma
que alunos de séries mais adiantadas explicam para aqueles das séries iniciais tudo o
que o professor vai fazer e dar em sala de aula. Essa atitude do professor é porta aberta
para a desatualização pedagógica e seu desligamento da realidade da vida.
O que fazer para mudar essas atitudes comuns do professorado? Propomos seja
trabalhado em grupos de estudo e cursos de capacitação os Princípios de Conduta do
Educador, que são os seguintes:
1. Afeto - Desenvolver o sentimento de simpatia e afeição dos educandos.
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A educação moral e a pedagogia da sensibilidade
Quando deitamos o olhar sobre os quadros da vida humana, não podemos deixar
de admirar o quanto o homem ainda é prisioneiro dos mais variados vícios de ordem
moral e o quanto se debate nos meandros do conhecimento à procura de si mesmo e do
significado da vida. Nessa ânsia por respostas satisfatórias envereda por caminhos nem
sempre os melhores, e deixa-se cristalizar por uma insensibilidade diante dos outros que
estabelece cenas cotidianas de surpresas e amarguras. Mas há o retrato contrário,
quando os sentimentos afloram, quando as emoções equilibradas mobilizam o homem
para "ser" no mundo, e não apenas "ter" coisas no mundo.
"Ser no mundo", eis a meta a atingir!
Estabelecer critérios éticos de convivência e possuir uma visão ampla e profunda
de si mesmo e da vida, tanto na perspectiva filosófica, religiosa, psicológica, histórica,
antropológica, cultural, etc. em uma palavra, uma visão integral, constituem o conteúdo
de "ser no mundo". E não há instrumento mais valioso para isso do que a educação
moral. Isso porque a educação moral estimula no homem suas potencialidades naturais;
dá-lhe direcionamento firme do caráter; equilibra o uso da inteligência com ações éticas
de benefício geral; coloca-o disposto afetivamente para viver com o outro; abre-lhe
perspectivas muito melhores de vida com a conseqüência do estabelecimento de uma
ordem geral justa e hu-mana. Trilhando o caminho da educação moral, o mais importante
não será "ter" o título acadêmico, mas "ser" útil a si mesmo e aos outros.
A educação moral, já preconizada por diversos educadores ao longo da história
humana, como Sócrates, Jesus, Agostinho, Comênio, Pestalozzi e outros, é o objeto de
aplicação da Pedagogia da Sensibilidade, a partir da visão integral do ser.
Acreditamos sinceramente no que escrevemos, porque sentimos profundamente o
que dizemos e as experiências demonstram o acerto dos princípios da Pedagogia da
Sensibilidade.
Escrevemos aos homens de coração sincero, aos homens de boa vontade, aos
professores que amam sua profissão, aos pais que zelam por seus filhos, a todos que
acreditam na educação como instrumento de construção do ser.
Pode parecer paradoxal acreditarmos na educação moral quando tanto se
defende a educação pelo conhecimento, mas é que temos a nosso favor os fatos
históricos, e contra os fatos não há argumento possível. Os que defendem a educação
através do conhecimento são conteudistas, com visão exclusiva no acúmulo de
informações apreendidas. Metrificam a cultura, dão-lhe valor exagerado e classificam o
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homem pelo resultado da soma de seus diplomas. E que importa se ele utiliza o
conhecimento para esmagar os outros? Para projetar artefatos bélicos de eliminação da
vida? Para manipular a economia em favor de si mesmo ou de grupos minoritários? Que
são dos doutores da cultura de todos os tempos, que preencheram laudas sobre laudas
de teses, estudos, palestras, senão repasto para as traças? Por ventura melhoraram a si
próprios, moralizando seus hábitos? Foram úteis para a sociedade? Grandes líderes
festejados pelas objetivas da história, são apenas retrato de barbárie e tolice. Fosse o
conhecimento o mais importante na educação do homem, e o avanço científico já teria
determinado nossa felicidade.
Cada vez mais sentimos a necessidade do afeto, da virtude, do amor nas
expressões de vida do homem, a lhe responderem aos anseios e encaminhá-los à sua
totalidade.
Não é de cultura o que mais necessitamos, é de amor. Não é o império da
inteligência que gera felicidade, mas a força do sentimento enobrecido.
Um novo tempo histórico, no amálgama da vida humana, tem início. O tempo da
educação moral, para transformar o homem e a sociedade e dar-lhe verdadeiras e
sólidas razões de viver. Para sua implantação é que oferecemos a Pedagogia da
Sensibilidade.
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Orientação para a liberdade
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Onde tudo tem início
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Nós somos
Amigo educador, seja você professor, pai ou mãe, ou mesmo tio, tia, avô, avó,
enfim, tendo aos seus cuidados uma criança, um adolescente ou um jovem, pense sobre
a importância de trabalhar em grupo, de ceder suas opiniões em benefício da opinião
alheia, de aprender com os que estão com você. É tão bonito quando um grupo se
entende, tudo decide em conjunto. Mas é tão feio quando as pessoas brigam entre si,
discutem por qualquer coisa, se apegam ao orgulho próprio para defender posições e,
muito pior, quando desconfiam daqueles que ali estão para lhe ajudar.
Seja na escola ou no lar, sempre estamos às voltas com os outros, e temos visto
muitas cenas desanimadoras na convivência: são professores que não admitem a opinião
de um colega de trabalho; são mães que não aceitam um conselho de outras mães. E
ainda temos os que, sem mais nem menos, se apropriam das idéias alheias, não
admitindo interferência no seu pensar, no seu modo de agir, querendo impor suas idéias
aos outros. E os conflitos aumentam, e as rupturas acabam tornando-se inevitáveis.
A escola mais parece uma arena de lutas individuais, e o lar desmorona
alquebrado por injúrias e ofensas.
Lembre-se, amigo educador: quando nosso discurso está recheado de "eu acho",
"eu acredito", "eu quero", "eu sei" e outros "eus", estamos mergulhando no egoísmo, no
orgulho e na vaidade, ervas daninhas da alma, que em silêncio vão corroendo nosso
caráter e disseminando separações. Mas, quando nosso discurso sai do coração com o
"nós somos", tudo se harmoniza, todas as atividades concorrem para um mesmo fim, e a
união se estabelece sobre o individualismo.
Todos nós somos educandos, em primeiro lugar.
Todos nós somos falíveis, antes de julgarmo-nos sábios.
Todos nós somos dependentes dos outros.
Todo trabalho depende da contribuição dos outros.
O tijolo necessita do barro para existir, e na seqüência, depende do cimento para
se ligar a outro tijolo e formar uma parede.
Assim também na educação, porque as ideias, os planejamentos, as atividades,
os conteúdos, não surgem do acaso, mas dos estudos e das experiências realizadas por
cada um para o somatório final.
Amigo educador, mais uma vez, nossa lembrança: antes de emitir qualquer
opinião ou julgamento, lembre-se que o mais importante é estar com os outros e não ser
motivo de desunião.
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Não aguento mais ser professor
Fim de ano, hora de rever a vida e planejar o futuro. Que futuro? Que
planejamento? Muitos professores não conseguem alinhar perspectivas porque estão de
tal maneira desiludidos com a profissão que seus sonhos estão nublados, suas metas
estão soterradas. Talvez um concurso público federal em outra área, ou uma licença
médica, ou a desistência pura e simples do magistério. São caminhos possíveis entre
vários outros. Difícil de escolher, pois, como dizem muitos professores, "eu não aguento
mais ser professor!".
"Meu salário mal dá para fazer as compras do mês".
"Os alunos não têm mais respeito com o professor".
"Estou completamente estressado com a falta de limites das crianças e jovens".
"Já estou cansado de chamar a atenção".
"É muita fofoca e puxada de tapete, o coleguismo foi para a lata de lixo faz
tempo".
"Cobranças da direção, cobranças dos pais, cobranças dos meus familiares, até
quando vou suportar isso?"
E o professor não consegue ser feliz e considera o magistério um "carma", um
peso excessivo, verdadeiro pesadelo diário de frustrações, mágoas, revoltas, estresses.
Se não consegue manter os sonhos, o equilíbrio, aliena-se ou corrompe-se, abrindo
fissuras dolorosas e profundas em seu psiquismo.
Contudo, professor, a vida não é feita só de dissabores, ou melhor dizendo, a vida
não é feita para chorarmos, e sim para sermos felizes, percebendo em cada "prova", em
toda dificuldade, aquela maravilhosa oportunidade de mostrar o quanto somos capazes
de trabalhar com a diversidade e com a adversidade, transformando situações
aparentemente ruins em aprendizados e construções para uma vida melhor.
Ninguém pode viver sem sonhos, sem metas, sem planejamento e sem disciplina.
Como educar é uma missão, fica fácil projetar tudo isso, pois cada dia é nova
oportunidade de continuidade na realização dessa missão, desse ideal.
Comece o novo ano dizendo a si mesmo:
"Eu adoro ser professor".
"Amo meus alunos".
"Gosto muito do que faço".
"Tentarei aprender cada vez mais".
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Como educar meu aluno
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Ensinar e educar
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Até quando?
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Como é bom educar!
Como é bom saber que, como educador, sou responsável pela formação moral e
intelectual dos jovens. Sou como o jardineiro ajudando as plantas crescerem, para depois
admirar as flores multicoloridas.
Tem muito professor que reclama da profissão, e muitas queixas são relevantes,
mas deixemos elas de lado para ter um olhar positivo sobre o que realizamos, afinal não
caímos de paraquedas na escola, escolhemos esse trabalho. E se ele não satisfaz, é
porque estamos insatisfeitos conosco, estamos mal resolvidos perante a vida. Nesse
caso, é melhor fazer as malas e ... boa viagem!
Ser um professor aborrecido, que a todos aborrece, é ser um professor
aborrecente, desses que deixam o clima pesado na sala de professores, que os colegas
procuram evitar, pois não é fácil aguentá-lo.
Então, aceite este convite: tenha um olhar positivo sobre o ato de educar; olhe a
você e o que você faz com alegria. Essa postura vai desanuviar os ombros, liberar a
consciência e fazer o dia escolar passar na velocidade do vento, com gosto de quero
mais.
Sorria com o sorriso dos seus alunos. Dê boas gargalhadas com as histórias
contadas pelos colegas. Aconselhe sempre com bom senso. Descubra o prazer de dar
aula. Visite a biblioteca e arrisque-se a contar uma história para a meninada. Volte a ser
criança, limpando o coração de mágoas e frustrações, para deixar crescer o sentimento
do amor.
É muito bom educar, e se você não consegue perceber isso, talvez esteja na hora
- ou a hora já vai tarde? - de rever seus valores, de rever seu entendimento sobre
educação, de rever sua postura em sala de aula. Pode ser hora de reciclagem, que
entendo como hora de avaliar a validade do seu diploma (ou diplomas). Procure a data
de validade. É, não tem. Isso quer dizer que o prazo também não é indeterminado, senão
estaria marcado em algum lugar.
Moral da história: avaliar-se, aprender sempre, renovar-se, são obrigações do
professor. Você está fazendo isso? E sabe porque você está professor?
Bem, seja como for, volto a afirmar: educar é muito bom! Entretanto, aquele que
dá aula, mas sente-se meio perdido, ainda não pode subir de nível, ou seja, ser chamado
e reconhecido como educador, isso porque tem muito, mas muito professor que ensina,
quando estamos necessitados, e procurando, aquele que educa.
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Para fazer a diferença e estar de bem consigo e com a vida, uma dica: procure
subir de nível. Os educandos, os pais, a comunidade e a educação, vão agradecer de
todo coração.
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Para que serve a escola?
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desligada da vida dos seus alunos e da comunidade à qual ela pertence e para quem
desenvolve seus serviços. Escola onde ninguém aguenta ficar nem mais um minuto, não
é uma verdadeira escola.
Se você está na escola considerando que ali está apenas para desenvolver seu
trabalho profissional, como atestam seus diplomas, não está na hora de rever seu papel e
no que você está transformando a escola?
A escola não é uma indústria ou um negócio comercial como outro qualquer. Lá
dentro, em todos os setores, em todas as atividades, o tempo todo, lidamos com gente,
com a formação dessa gente, trabalhando no presente aquilo que será o futuro.
Não está na hora de pensarmos seriamente nisso?
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O mundo das crianças
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A educação moral com os jovens
Tivemos oportunidade muito gratificante de trabalhar mais de uma vez com jovens
adolescentes na faixa etária de 14 a 16 anos, participantes de trabalho profissionalizante
realizado por organização não governamental que gentilmente nos convidou para
realização de uma palestra e, posteriormente, uma oficina de vivências.
Na primeira oportunidade o tema foi "Educação da Sexualidade", e na segunda
vez em que lá estivemos desenvolvemos uma oficina de vivências sobre "Técnicas de
Sensibilização dos Sentimentos".
Ao realizar uma atividade bastante diferenciada do que convencionalmente se
entende por uma palestra, de certa forma surpreendemos os jovens e os coordenadores
do trabalho, pois sempre partimos do princípio que o jovem possui amplas
potencialidades, e que eles mais necessitam de apoio, de estímulo, de reforço à auto-
estima, do que sermões e disciplinas rígidas. Assim, convidamos a uma atividade de
integração para estimular a afetividade.
Surpresos, no início demonstraram um pouco de má vontade, deixando que
estereótipos e preconceitos aflorassem, mas, estimulados, incentivados, levaram a bom
termo a proposta da atividade, o que facilitou a sequência da palestra, ou seja, fazê-los
pensar, chegar a uma tomada de consciência, individual e social, sobre o assunto, por si
mesmos. Foi gratificante. E assim também aconteceu com a oficina de vivências.
O educador deve ser, sempre, um facilitador do processo educacional, e deve
acreditar nas finalidades e resultados da educação, assim como acreditar nas
potencialidades do educando. E não temer fazer abordagens que levem à reflexão moral
do assunto, ou seja, sobrepor-se a preconceitos de ordem pessoal, religiosa, etc., e fazer
com que todos pensem e atuem no campo da ética e dos valores.
Contudo, não basta fazer pensar e atuar dentro de uma sala de aula. É necessário
também fazer com que se coloquem no lugar do outro, invertendo papéis sociais, e,
igualmente, fazer com que transportem o pensar e atuar para o coletivo social ao qual
pertencem, desde o núcleo familiar ao contexto maior da nacionalidade e da humanidade.
E o jovem adora fazer isso. Pensar, questionar, dialogar, interpretar, encontrar soluções,
mostrar o que pensa e o que pode fazer. E está à procura de bons exemplos, de
parâmetros seguros para construção de sua vida com objetivos superiores à
mediocridade reinante.
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Espiritualidade na educação
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Transcendência e educação
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Enquanto olharmos para as crianças como indivíduos sem alma, deixando que a
opressão da sociedade de valores imediatos as eduquem - disfarçando seus interesses
egoístas em discursos de ajuda humanitária e sustentabilidade mundial, pois que a
verdade é pouca ação para o muito que se tem a fazer - essas crianças serão levadas a
repetir e repetir esse falso discurso e a vivenciar esses falsos valores.
É o que queremos para o amanhã?
Não acreditamos nisso, motivo pelo qual nossa proposta de educação moral tem
por base uma filosofia espiritualizante do ser, que se concretiza no sentir e compreender
o homem como uma alma, transcendendo o aqui e agora, o lógico-matemático, para
transfundir-se em valores humanos, éticos e soberanos, equilibrando nos seus
procedimentos pedagógicos o desenvolvimento intelecto-emocional dessa individualidade
mais que biológica, porque também, e porque não dizer, espiritual (e para os que
subentenderem um misticismo ou uma mítica religiosa, por favor, revisem seus
paradigmas).
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Responsabilidade educacional
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não ter validade na vida real, e isso por culpa da teorização sem a correspondente prática
por parte dos que teorizam - os educadores.
Como dito por uma professora: "se isso fosse comigo não ia ficar assim, já tinha
tomado providências, não ia ter essa compreensão". Acontece que ela é uma educadora,
mas não está consciente disso. No cotidiano ela é explosiva, exigente e defensora radical
dos seus interesses, o que, naturalmente, merece de sua parte critica desse tipo de
comportamento nos outros.
Queremos um nova escola, um novo ensino, um novo cidadão, um novo mundo?
Queremos trabalhar a Responsabilidade Sócio-Educacional? Então comecemos a lição
dentro de casa, a nossa casa íntima, pois transformação social sem transformação
individual é discurso com muita teoria e nenhuma prática.
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A violência na escola e a verdadeira educação
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“Acredito que o mundo hoje está de ponta cabeça e sofre muito porque existe tão
pouco amor no lar e na vida familiar. Não temos tempo para nossas crianças, não temos
tempo para nos darmos uns aos outros, não temos tempo para apreciarmos uns aos
outros”.
E reforçando nossa concepção da importância do amor, o maior dos sentimentos,
na prática educacional, afirma:
“O amor começa em casa; o amor habita nos lares e é por isso que existe tanto
sofrimento e tanta infelicidade no mundo... Todos, hoje em dia, parecem estar com tanta
pressa, ansiosos por grandes desenvolvimentos e grandes riquezas e assim por diante,
de modo que as crianças não têm tempo para os pais. Os pais têm pouco tempo para
darem-se uns aos outros, e no próprio lar começa a destruição da paz do mundo”.
A violência na escola começa com a violência da falta de amor na família, e é
agravada com a continuidade do não amor entre professor e aluno. Mas existe um
remédio, uma solução: a educação moral. Começando pela aplicação em nós
educadores, e depois contagiando os adultos de amanhã, as crianças e jovens que estão
dependentes de nossas ações e exemplos.
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Lugar de ensinar ou educar?
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perda de tempo, pois isso seria papel da família e não da escola. Um argumento
apresentado é que a criança e o jovem passam mais tempo no lar do que na escola. Mas
esses mesmos especialistas concordam que o ideal para a escola é o trabalho em tempo
integral, num período de seis a oito horas diárias de estudos e atividades
complementares. Não há coerência entre os dois pensamentos. Se a família deve educar
para valores e ética, como tirar o tempo da família para colocá-lo na escola, que somente
deve ensinar conteúdos curriculares de disciplinas fechadas em si próprias?
E quem já provou, por a mais b:
1. Que a escola que ensina não é também a escola que educa?
2. Que o professor que ensina não é também, ou não deveria ser, um educador?
3. Que a escola nada tem a ver com a família?
4. Que a formação em valores não pode ser feita ao mesmo tempo que a
instrução em conteúdos curriculares?
E tomei coragem para afirmar, em outra palestra, que eu não era um professor.
Fui imediatamente interrompido pela platéia que, indignada, disse que quem ensina é
professor, e, portanto, como estava ali a ensinar algo, não podia deixar de ser um
professor. E arremataram: "Mas o senhor é mais que um professor, é um educador,
porque trabalha a essência das coisas e do ser humano".
Será que eles sentiram a grandiosidade e profundeza do que disseram?
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Os caminhos da educação
Pesquisa realizada pela UNESCO, que é o órgão das Nações Unidas para a
educação, sobre o ensino médio (antigo segundo grau) brasileiro revelou aspectos
alarmantes e que merecem nossa reflexão. Vejamos o resumo dos resultados dessa
pesquisa: "A pesquisa da Unesco, "Ensino Médio: Múltiplas Vozes", realizada em 13
capitais, entrevistando 7 mil professores e mais de 50 mil alunos da rede pública e
privada, revelou o alto grau de insatisfação dos estudantes com o que aprendem nas
escolas. Não é surpresa, portanto, que 43% dos 8,7 milhões de alunos matriculados
nesse nível de ensino já tenham "repetido de ano" - como se diz. Curiosamente,
professores e alunos concordaram sobre quais são os três principais problemas do
ensino médio: desinteresse do aluno, indisciplina e falta de espaço - social, cultural e
esportivo na escola."
Temos então os seguintes itens destacados:
1. Alto grau de insatisfação por parte dos alunos.
2. Índice de repetência (43%) muito alto.
3. Desinteresse dos alunos pelo ensino e pela escola.
4. Problemas de indisciplina.
5. Falta de espaço social, cultural e esportivo na escola.
Lembramos que o ensino médio brasileiro trabalha com alunos na faixa etária de
15 a 18 anos de idade, portanto estamos nos referindo a adolescentes e jovens que já
possuem bagagem cultural, já tem certo nível de consciência social, jovens que estão
apontando o dedo para a escola, dizendo que a mesma não os satisfaz, não preenche
seus anseios, o que quer dizer, em outras palavras, que a filosofia da educação e seus
projetos pedagógicos não estão atingindo essa juventude. Por quê? A resposta está no
enfoque central, básico dessa filosofia: a falta de visão integral do ser, das virtudes, etc.
As causas da situação estão claras: falta de profundidade sobre o ser e a vida,
falta de crença na eficiência da educação moral, falta de sentimento para equilibrar o
desenvolvimento da inteligência. A escola é reflexo desses posicionamentos equivocados
que não levam em conta a espiritualidade do homem, o finalismo superior da existência.
Enquanto insistirem os responsáveis pela educação brasileira em ignorar a necessidade
da formação do caráter com a aplicação da educação moral, a escola continuará sendo
alvo de inúmeros questionamentos e o ensino se caracterizará por não conseguir
preencher as necessidades do aluno.
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Mudar a educação para mudar a sociedade
Desde que o homem se entende por um ser consciente na face da Terra, vem
procurando a melhor maneira de conservar sua cultura, passando-a de geração a
geração, assim como aprimorando as conquistas intelectuais que aperfeiçoam essa
cultura. Passo a passo vem o homem descobrindo a si mesmo e, embora o formidável
avanço em todas as áreas do conhecimento, não raro é surpreendido com um novo
achado, muitas vezes desmoronando conceitos ou redefinindo as pesquisas. É que o
Universo está longe de sua capacidade total de apreensão, assim como a natureza do
planeta em que vive ainda é um maravilhoso mundo a oferecer descobertas.
E o próprio homem? O corpo físico é a mais perfeita organização que se conhece,
no entanto, não sabemos boa parte do como e porque ele funciona tão perfeitamente. E a
questão da mente, da personalidade, do consciente e inconsciente? Em todas as épocas
especulações de ordem filosófica, teológica, política, psicológica, científica, vem
procurando responder às inúmeras indagações que envolvem o homem e a vida e, pelo
menos, uma certeza resiste a todas as investigações: que a educação é o fator primordial
que coordena o comportamento humano, que a educação é a grande formadora do
homem e responsável pela transmissão cultural e seus avanços, de geração a geração.
Dentro desse entendimento é que pouco a pouco surgiram as escolas, os métodos, as
técnicas, os recursos e assim por diante, numa proclamação da importância da
educação. Entretanto, o homem ainda é um ser deseducado.
A violência marca profundamente o viver humano. A morte é encarada com horror
e ao mesmo tempo como solução. As discussões de ordem espiritual são relegadas ao
misticismo ou à indiferença dos gabinetes científicos. A dissolução social é evidente
mesmo onde predomina o avanço cultural e tecnológico.
Numa palavra, encontramo-nos enredados em concepções materialistas que vem
sufocando os melhores propósitos, e chegamos a declarar que a escola já não está mais
educando, e que essa tarefa, também de responsabilidade da família, parece ter sido por
esta esquecida.
Reclama-se, e com razão, da necessidade de revermos o sistema escolar, de
repensarmos a educação, e aqui está o ponto nevrálgico da questão, pois não se pode
fazer uma reforma do sistema escolar, ou seja, do ensino, sem que a educação seja
repensada e entendida.
Todo ensino está sujeito a desvios e mesmo inoperância quando distanciado dos
fins da educação, por isso que a construção e reforma de escolas, a contratação de
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Vamos ouvir os pássaros
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A família também educa
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cotidiano das famílias que conhecemos, inclusive a nossa, quando percebemos nelas um
desgaste emocional acentuado e uma intrincada rede de dissabores morais.
Sendo as relações familiais de ordem moral, fica claro que as questões
empregatícias, salariais, orçamentárias, culturais, de lazer, etc., ficam subordinadas aos
padrões éticos estabelecidos para a convivência.
Na família antiga encontramos um espaço de convivência maior entre seus
membros, embora aqui não estejamos discutindo sua qualidade. Na família atual, pelo
contrário, e apesar das facilidades tecnológicas, encontramos um espaço de convivência
menor. A própria tecnologia é responsável indireta por isso, pois ocupamos espaços
vitais para assistir televisão, ouvir música, navegar na rede mundial de computadores - a
Internet - e assim por diante. Diante disso, somos forçados a declarar que a família atual
necessita de serviços de suporte para encontrar seu equilíbrio moral.
A questão está no que fazemos da tecnologia à disposição e como entendemos
sejam as finalidades da educação, pois vários "problemas domésticos" persistem porque
os mantemos através de uma educação moralmente falseada às novas gerações. E
esses problemas se estendem à sociedade, transformando-se em "problemas sociais".
A família deve participar de grupos sócio-educativos que proporcionem a ela uma
retomada do seu papel e permitam uma discussão dela mesma enquanto espaço de
convivência de seres humanos.
Cabe à escola dimensionar os serviços de suporte à família atual, mas não de
forma isolada. Deve a escola integrar suas ações com outras instituições, tanto de caráter
religioso como social, na busca da melhor qualidade do atendimento individual e coletivo,
naturalmente sem perder sua identidade, mas objetivando o resgate da ordem moral que
deve alicerçar a família como espaço de convivência.
Entre os serviços de apoio à família, destacamos os cursos de formação para os
pais e também as reuniões de pais enquanto grupos de discussão, estudo e apoio, além
dos grupos de pais voluntários para tarefas junto à escola e à comunidade. O
desenvolvimento moral da humanidade passa antes pelo desenvolvimento moral dos
indivíduos que a compõem, e as novas gerações necessitam receber através da
educação os princípios e as regras da ciência da moral, assim como recebem da ciência
do intelectual.
O conhecimento moral deve ser propiciado aos pais pela escola, que é a
instituição capacitada para trabalhar a família do ponto de vista de sua finalidade como
espaço de convivência de seres humanos que trabalham seu progresso moral.
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Conhecendo a si mesmo
"Só é feliz e grande aquele que não necessita mandar nem obedecer para chegar
a ser alguém" (Goethe).
É um engano pensar que o poder de comando sobre as pessoas gere a felicidade
tão sonhada. Se esse poder for gerido pelo egoísmo e pelo orgulho, semeará mágoas,
revoltas, ódios, que mais cedo ou mais tarde se voltarão contra quem fez essa mesma
semeadura.
O poder temporal é sempre passageiro. Somos substituíveis a qualquer momento,
e se não soubemos cultivar a verdadeira autoridade, que é a autoridade moral, só
teremos decepções para colher.
A felicidade também não está em ser subserviente a tudo e a todos, obedecendo
em qualquer circunstância, pois isso denota caráter fraco, tão egoísta quanto daquele
que manda sem compaixão, pois obedecemos por conveniência, seja para ganhar
determinadas vantagens, seja para não sermos incomodados.
Para ser alguém na vida temos que nos conhecer, sentir em nós mesmos a
potencialidade espiritual de que somos dotados, trabalhando pacientemente por acionar
essas potencialidades a nosso próprio benefício e a benefício dos outros.
Para ser alguém na vida temos que ter objetivos mais profundos, procurando
estabelecer ideais de ação que visem construir um mundo melhor.
Para ser alguém na vida necessário se faz gostarmos de nós mesmos e,
agradecidos a Deus pelo que somos e pelo que podemos ser, andarmos de cabeça
erguida, comandando com humildade ou obedecendo com sabedoria.
Conhecendo-nos seremos realmente felizes.
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Esta mensagem é para você, professor, que, cabisbaixo diante de tantos
problemas na escola, tem se estressado, conhecido a depressão ou simplesmente tem
"chutado o balde".
Você pode ser feliz e pode reverter o quadro atual do ensino, mas para isso é
necessário mudar o seu olhar sobre a educação, e mudar a sua postura em sala de aula.
Acredite em você, olhe com profundidade a educação e, a cada dia, reinicie o
trabalho com vontade de acertar e de caminhar passo a passo com seus alunos.
Sinta-se. Conheça seu potencial. Avalie seus ideais. Reveja suas ações. Renove-
se. E seja feliz. Ou você não acredita que isso é possível?
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Como se educa quem deve educar
A sala de aula está repleta de olhares sedentos de conhecimento, afinal todos ali
estão com um objetivo comum: tornarem-se pedagogos, estarem preparados para
trabalhar nas escolas e dar aula a crianças, adolescentes, jovens. A professora explica,
sem meias palavras: "Não se iludam! Esse negócio de diálogo com os alunos, construção
do aprendizado e outras coisas, é tudo bobagem. Tenho mais de vinte anos de
magistério e posso afirmar a vocês que o professor deve entrar em sala e marcar bem a
sua autoridade. É ele quem manda e quem ensina. É um erro tirar das salas aquele
tablado, porque o professor tem que "ficar por cima". Se vocês, quando começarem a dar
aula, não fizerem isso, os alunos tomam conta e fazem de vocês verdadeiros palhaços!".
Quem me narra a cena, com olhar de espanto e indignação, é uma amiga,
atualmente fazendo a faculdade de pedagogia. Reflito e argumento: "Discurso e postura
mudaram bem pouco nesses vinte e pouco anos que separam minha história de aluno na
faculdade, da sua história, hoje, também como aluna numa faculdade".
Diante da realidade que enfrentamos, com a proliferação de faculdades de
pedagogia, a maioria particulares, como atestam estatísticas do Ministério da Educação,
devemos perguntar: como estamos educando aqueles que devem educar? É
questionamento bem mais forte do que se formulássemos a questão desta outra maneira:
o que se ensina a quem deve ensinar? Isso porque um pedagogo deveria ser exemplo de
educador, fazendo a diferença na escola. E porque professor não é sinônimo de
repassador de conteúdos. Infelizmente, não é o que se vê.
Entrincheirados numa cultura acadêmica distanciada da realidade escolar básica,
e fazendo de mestrados e doutorados escudo protetor para hipocrisias, diletantismos,
favorecimentos e perpetuação no cargo, grande parcela dos professores do ensino
superior mantém discurso e postura desantenados, desplugados e dissociados da
realidade e das conquistas pedagógicas e psicológicas referentes ao homem.
Minha amiga tem razão em ficar indignada. O conselho dado por sua professora é
medieval, demonstrando preconceitos com relação aos alunos e colocando o professor
como detentor de um autoritarismo ditatorial e antididático - talvez seja melhor dizer
antipedagógico.
Quantas vezes, já perdi a conta, professores ficaram olhando para mim sem
conseguir definir o que é educação? E a definição de pedagogia? E por que estão em
sala de aula? A maioria é pedagogo, está fazendo ou já fez pós-graduação. E não
conhecem muitos pensadores e educadores. Nunca leram sobre eles ou algo que
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escreveram. Às vezes desconhecem o mínimo sobre didática. Será que podemos chamá-
los de pedagogos?
Desde a década de sessenta do século vinte perdemos o rumo da educação em
nosso país. Lá se vão mais de cinquenta anos de formação deficiente do professor,
desqualificação da escola e substituição do educar pelo ensinar. E os resultados aí estão,
sem necessidade de comentários.
Enquanto ficarmos assistindo, ano após ano, pedagogos de papel, exibindo um
certificado da faculdade, adentrarem ao sistema de ensino com visão e valores
deturpados, o que podemos esperar como consequência?
Repetindo frase verdadeira que se perde no tempo: só quem ama pode realmente
educar.
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A educação
O educando, seja qual for sua faixa etária, é um ser integral objeto da educação,
ou seja, é com ele, para ele, por causa dele que a educação existe.
O educando não é uma coisa. Também não é um objeto. Igualmente não pode ser
classificado como um boneco.
Quando está numa sala de aula, o professor deve ter consciência que os alunos à
sua frente são seres humanos, são almas dotadas de potencialidades perfectíveis,
esperando por estímulos positivos que auxiliem seu processo de crescimento interior.
São seres humanos ansiosos por aquisição de conhecimentos e também por conquista
de si mesmos, para vivenciarem plenamente ideais superiores de vida.
Todo professor deve estar consciente do seu papel de educador de almas.
A criança, o adolescente, o jovem e o adulto possuem fases distintas de
desenvolvimento, fases essas que possuem ampla interação com os contextos
educacionais que já estudamos. Para que melhor ele se eduque, o processo educacional
deve trabalhar em harmonia com todos os contextos.
O educando é a causa da educação. O conteúdo curricular não é a causa da
educação. A carga horária de ensino não é a causa da educação. As disciplinas
curriculares não são a causa da educação.
É e sempre será a causa da educação o próprio homem. Somente a
insensibilidade e a ignorância podem trabalhar tudo, menos a criança que ali está, rica
em si mesma, inteligente e afetiva, com seus olhos repletos de esperança, depositando
toda sua confiança no professor, pois sua vida está nas mãos e no coração daquele
mestre.
Minha memória está repleta de cenas vivas com crianças, jovens e adultos.
Abraços bem apertados, sorrisos de alegria, palavras de agradecimento, lágrimas de
gratidão, felicidade em aprender, e tantas outras cenas que talvez um livro não pudesse
conter todas as descrições. São cenas vivas porque sempre me dediquei com todo amor
ao ato de educar, mesmo trabalhando com adultos em cursos de capacitação, pois
reconheço em todos eles seres humanos, iguais a mim mesmo, com suas
potencialidades aguardando meu afeto, meu ideal, minha visão integral, mesmo com
falhas, pois eles sentem em mim mais do que um coordenador, a sagrada esperança de
ter encontrado um educador, e eu somente poderei chegar a esse patamar se
compreender que diante de mim está outro ser humano. Assim deve ser todo professor.
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Pais e professores, em sua maioria, não possuem visão plena da influência que a
educação exerce na vida de seus filhos e alunos. As preocupações de ordem material e
intelectual sufocam a educação, substituída pela instrução, verdadeiro adestramento para
a vivência social.
Exemplo do que estamos falando é a escola que, de forma geral, sempre com
suas exceções, está preocupada em realizar a preparação dos seus alunos para as
provas universitárias, direcionando todos os seus esforços para o conteúdo curricular,
deixando em segundo plano a formação do caráter, a sensibilização dos sentimentos e
outros fatores essenciais da verdadeira educação.
Outro exemplo é o quadro normalmente encontrado nas famílias e que podemos
compreender com a seguinte história: "O pai e a mãe estavam reformando o quarto da
filha, que havia completado cinco anos de idade. Naquele momento estavam pintando as
paredes, com o pai sobre uma escada, enquanto a mãe pintava a parede da metade para
baixo. A filha entrou no quarto, com os braços cruzados sobre o peito, e, muito séria,
perguntou: "Que diabos! Quando vocês vão terminar?". A menina saiu batendo os pés no
chão, mostrando sua contrariedade, o que deixou o pai extremamente irritado. Este,
olhando, atônito, para a esposa, perguntou: "Mas, que diabos, onde nossa filha aprendeu
a falar assim?" E arrematou dando um chute no degrau da escada".
Esta história retrata bem o poder da influência da educação, e o quanto os pais
não são conscientes dessa influência.
O educando é extremamente influenciável pelos exemplos, pelo que lhe é
proporcionado. Se recebe bons estímulos desenvolve com mais facilidade suas
potencialidades. Se não recebe esses bons estímulos, sua dificuldade em mostrar suas
capacidades é maior.
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O encanto do amor
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Do que necessitamos para educar
Quando seu filho corre pela casa e derruba alguma coisa, você normalmente
reage com gritos, ameaças e castigos, certo? Errado!
Você tem dois filhos, um de seis anos, que já está na escola, e outro que está
com dois anos. Você vai pegar seu filho na escola, levando o outro no colo. Quando
chega, o mais velho se põe aos gritos, se joga no chão e grita que a mamãe é apenas
dele. O que você faz quando chega em casa? Castigo, para que ele aprenda a não ser
manhoso. Certo? Errado!
E assim poderíamos listar outras cenas cotidianas do universo familiar, ilustrando
atitudes erradas de pais e mães na educação de seus filhos. Mas, por que estão
erradas?
Na primeira cena, não reconhecer que a criança é agitada por natureza, possui
muita energia, e que nem sempre ela entende estar fazendo algo ruim, mas apenas uma
inocente brincadeira, é dar prova de impaciência, de ser mais importante a arrumação da
casa que o próprio filho. Gritos não resolvem pois a criança não compreende porque
estão gritando com ela. Ameaças não funcionam porque ou as cumprimos ou elas se
tornam mero palavreado sem efeito. Castigos não corrigem porque eles são aplicados
sem as devidas explicações, ou seja, sem explicarmos os porquês.
Na segunda cena, no lugar do castigo você deveria dar afeto, atenção, amor, pois
seu filho está dizendo: "estou com carência afetiva, você carrega meu irmão no colo e
não faz mais isso comigo". E o verdadeiro mal do século é a carência afetiva, e também a
falta de amor, a inexistência de diálogo construtivo, a não prática de bons exemplos.
E tudo fica mais agravado quando entendemos que a educação é missão sagrada
dos pais.
E do que necessitamos para sermos, pais e mães, avós e responsáveis, bons
educadores dos nossos filhos? Vamos responder por etapas.
Primeiro, necessitamos compreender nossa espiritualidade. Compreender a
espiritualidade humana é fundamental para melhor educar.
Segundo, como decorrência do primeiro enunciado, compreenda que a criança, e
também o adolescente e o jovem, é uma alma. Ela não é um brinquedo, uma boneca e
nem mesmo um adulto em miniatura. É gente como a gente, para utilizar a expressão do
educador brasileiro Paulo Freire, portanto, deve ser respeitada na sua condição
intelectual e moral.
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Terceiro, para melhor educar é preciso amar esse ser que Deus confiou para nós.
Não existe verdadeira educação fora do amor. Mas não esse amor que se dissipa um
minuto depois, quando passamos a tratar nosso filho de "coisa" que atrapalha nossa vida.
O amor, acima de tudo, compreende e renuncia.
Quarto enunciado: a melhor educação é aquela realizada através dos nossos
próprios exemplos. Se você fuma, fala palavrão, grita, fofoca a vida alheia, é egoísta, age
com violência, e tantas outras coisas que caracterizam vícios do caráter e maus hábitos,
como pode querer que seu filho seja diferente?
E, finalmente, deixe seu filho ter suas próprias experiências. Não faça as coisas
no lugar dele. Interaja com ele e delegue tarefas. Deixe ele compreender o que são
limites, responsabilidades, deveres. Se você sempre limpar onde ele sujou, sempre
guardar as roupas que ele espalhou, sempre desculpar os erros que ele cometeu, a
deseducação estará instalada.
Lembre-se que a missão de educar significa formar o caráter, fazer com que o
filho adquira o senso moral, saiba distinguir entre o bem e o mal.
E o diploma, não é importante? É, sim, mas não da maneira como normalmente
entendemos, dando tanta importância à preparação para o vestibular e a carreira
universitária, que esquecemos de tornar nosso filho um bom cidadão.
Do que necessitamos para educar? Necessitamos de espiritualidade, de
compreensão, de renúncia, de amor, de bons exemplos e de uma ação prática que não
tolha a alma, agora nosso filho.
E, para terminar estas considerações, uma palavra aos professores: não sejam
simplesmente transmissores de conteúdo curricular, sejam educadores de almas! Não
basta ensinar a ler e escrever. Não basta desenvolver o cognitivo. É preciso desenvolver
o senso moral. É preciso desenvolver os sentimentos. Todo educador reveste-se do
sagrado manto de tornar-se um segundo pai ou segunda mãe. Mas quando teimamos em
estagiar apenas como professor, quase sempre ficamos na superfície do processo
educacional, e depois nos queixamos dessa geração que não liga para nada e
desrespeita os códigos básicos da cidadania, quando a culpa por esse estado de coisas
também é nossa, ou melhor, dos que teimam em se considerar apenas professor.
Agora que você já conhece algumas ferramentas necessárias para melhor educar,
medite sobre as mesmas, suas conseqüências quando aplicadas. E, por favor, não fique
apenas na meditação, faça a sua parte, educando-se, para melhor educar os outros.
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Se você educar com amor
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O salário e a qualidade
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Direitos humanos
Desde o início da década de 1990 temos ouvido das autoridades públicas e dos
responsáveis pela educação, em todos os níveis, discurso sobre cidadania e
intervenções sócio-esportivas nas chamadas comunidades - antigas favelas - dos
grandes centros urbanos. E assistimos o surgimento de organizações não
governamentais e projetos públicos trabalhando formação cidadã através do esporte, da
dança, da música e da distribuição de renda. Tudo isso em nome dos direitos humanos,
da justiça social, da igualdade de oportunidades, da formação de consciências.
Na contramão dessa corrente de ideias e ações, assistimos a aplicação cada vez
maior de verbas na segurança pública, fomentando operações militares - verdadeira
guerra civil urbana - sobre as comunidades; vemos acordos acontecendo para encobrir a
corrupção; hospitais públicos deteriorados e escolas sem os equipamentos mínimos,
além do professorado da rede básica não ganhar um salário digno.
Entretanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, onde lemos, no artigo 1º: "Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade".
Ainda estamos longe do entendimento e da aplicação das três idéias básicas
apresentadas nesse artigo da Declaração.
Todos somos livres e iguais - Contudo, preconceitos e discriminações
avassalam a humanidade, desde o nascimento da criança. Separamos por cor da pele;
distinguimos por origem social. E isso fazemos tanto na família quanto na escola,
originando desigualdades, falta de oportunidades e distorções nas instituições sociais. A
liberdade e igualdade devem ser entendidas no âmbito de todo homem poder viver com
dignidade e com os mesmos direitos. Trabalhamos isso na escola? Se o fazemos, de que
forma estamos fazendo? Conceituamos isso na família? E se o fazemos, com que
exemplos?
Temos razão e consciência - Sim, todo ser humano pensa, raciocina, escolhe,
possui consciência de si, de seus atos e da vida. Mas, em que nível? E deixamos que
ele, através da educação, consiga elevar o seu nível de consciência, de agir livremente e,
ao mesmo tempo, com responsabilidade? Ao estar alfabetizado e acumulando saberes,
estará o homem apto para agir de acordo com a ética? Será um verdadeiro cidadão,
preocupado moralmente consigo e com o outro?
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