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CONCRETO ARMADO I
Materiais
Solicitações Normais
Flexão Simples – seção retangular
Flexão Simples – seção T
Cisalhamento
Lajes
2013
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
MATERIAIS
1
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
MATERIAIS
1 . CONCRETO ARMADO
O concreto é um excelente material para resistir aos esforços de compressão e resisti pouco à
tração ( cerca de 10% da resistência à compreensão ) .
q
x
L
linha elástica: y = f (x)
y
2
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
2 . CONCRETO
O concreto é um material constituído por mistura pré-fixada de aglomerante com água e com
agregados graúdos e miúdos. O conjunto cimento mais água é denominado de pasta;
adicionando-se o agregado miúdo à pasta, obtém-se a argamassa. Adicionando-se a esta o
agregado graúdo, tem-se o concreto.
aglomerante agregados
pasta
argamassa
concreto
O concreto depende dos materiais, da qualidade da mistura e do seu correto manuseio. Após a
mistura, o concreto deve ser transportado, lançado, adensado e curado conforme as
recomendações das normas brasileiras.
3
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
3. PROPRIEDADES DO CONCRETO
a) Peso específico:
b) Deformações:
1,0 10 5 /º C
4
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tg E
tempo
A verificação da resistência é feita em corpos de prova e a idade normal para a ruptura é aos
28 dias, podendo também ser rompido com idades menores ( 3, 7 dias, etc ).
Tabela Aproximada
6
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
Exemplo: Seja calcular o valor de fck, sendo fc,28 = 26,6 MPa, na condição A (sd = 4,0MPa)
C20 = 20 MPa; C25 = 25 MPa; C30 = 30 MPa; C35 = 35MPa; C40 = 40 MPa; C45 = 45 MPa;
C50 = 50 MPa.
A classe C20, ou superior, se aplica a concreto com armadura passiva e a classe C25, ou
superior, a concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em fundações
e em obras provisórias, conforme NBR 6118:2003.
5. AÇO
Passivas
Segundo o valor característico da tensão de escoamento, os aços são divididos nas seguintes
categorias (NBR 7480:1996) :
7
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
Diagrama tensão–deformação
fyd
Es
yd
Para cálculo nos estados limites de serviço e último pode-se utilizar o diagrama tensão–
deformação simplificado mostrado acima, para os aços com ou sem patamar de escoamento.
CA-50: É o mais usado dos aços quando necessitamos de grandes áreas de armaduras, pois
se apresenta no mercado com bitolas grossas, diferencia-se do CA-25, pois a superfície
externa é não lisa (nervurada).
6.3, 8.0, 10.0, 12.5, 16.0, 20.0, 25.0, 32.0 mm
É muito usado em vigas, pilares, muros de arrimos, etc.
CA-60: É o mais usado dos aços quando necessitamos de pequenas áreas de armaduras, pois
se apresenta no mercado com bitolas finas, superfície externa lisa ou nervurada.
4.2, 5.0, 6.0, 7.0, 8.0, 9.5 mm.
É muito usado em lajes, estribos de vigas ou de pilares.
8
FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
Solução:
fyd
Es
yd
f yd
yd , fyd =Tensão de escoamento à tração de cálculo.
Es
Es = módulo de elasticidade do aço.
Es = 2.100.000 kgf/cm² = 210.000 MPa = 21.000 kN/cm²
fy 50
f yd
s 1,15
Coeficiente de minoração do aço = 1,15
50 / 1,15
yd 0,00207 2,07% 0 (por mil)
21.000
2,07
a) εsd = 2,07 ‰ => σsd = 21.000 43,48kN / cm²
1000
Neste caso particular εsd = εyd, σsd = fyd
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam
sobre as estruturas de concreto.
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
Cnominal ≥Φ barra
Item 7.4.7.4 da NBR 6118:2003 : Quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos
limites de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução pode ser adotado o valor
∆c = 5mm, mas a exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto,
permite-se, então, a redução dos cobrimentos prescritos na tabela 7.2 em 5mm.
Lajes
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Materiais
Vigas
C = 25 mm para Classe I
C = 30 mm para Classe II
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
SOLICITAÇÕES NORMAIS
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
SOLICITAÇÕES NORMAIS
Hipóteses Básicas
As seções transversais planas antes do carregamento, permanecem planas até a ruptura (as
deformações são proporcionais à sua distância à L.N.).
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
c = 2‰ na compressão centrada
s = 10‰
Admite-se que no estado último, as tensões de compressão na seção transversal tenham uma
distribuição de acordo com o diagrama parábola – retângulo da figura abaixo.
A simplificação é perfeitamente viável, uma vez que as resultantes de cada diagrama são
praticamente iguais.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
Diagramas de deformação
1º Caso
A ruína ocorre por ruptura do concreto comprido
Seção parcialmente comprimida
2º Caso
Seção totalmente comprimida por compressão excêntrica ou centrada.
A ruína também ocorre por ruptura do concreto.
3º Caso
Alongamento excessivo da armadura. Seção parcialmente comprimida ou totalmente
tracionada. A ruptura ocorre por alongamento excessivo da armadura.
εs = 10‰ corresponde à fissura de 1mm para cada 10cm de peça.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Solicitações Normais
4º Caso
Não há ruína pois não foi atingido nenhum limite último.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
FLEXÃO SIMPLES
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
FLEXÃO SIMPLES
Como estamos dimensionando uma seção genérica, de maneira que ela não esteja no domínio
4, podemos afirmar que εsd está entre εyd e 10‰. (Domínio 3 ou Domínio 2).
Equações de equilíbrio
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Md
Sejam : K
fc b d 2
y
y d
d
sd
f yd
Substituindo, temos:
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
d
d d
2 A s f yd d d
K
d 2
fc b d 2
d
A s f yd 1
d
K 1
2 fc b d
Seja K 1
2
d
A s f yd 1
d
K K
fc b d
d
A s f yd 1
d
K K
fc b d
f c b d K K
A s
f yd d
1
d
21
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
As f yd f c b y A`s `sd
As f yd f c b d A`s f yd
f c .b.d . A`s . . f yd
As
f yd f yd
As As1 As 2
f c .b.d k k `
As 2 A´s . .
. f yd 1 d `
d
f c .b.d k k `
As 2
f yd 1 d `
d
f c .b.d .
e As1 , mas como K` 1 -
f yd 2
2 2
Temos : K ´ K ` 0, é uma equação do 2º grau em ,
2 2
As1
f c .b.d
f yd
1 1 2K `
As As1 As 2
y 0,80 x
Como K` 1 - e ,
2 d d
22
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
xlim d xlim
3,5 yd
3,5d
xlim e
3,5 yd
0,80 x
Como , temos :
d
0,80 xlim 0,80 3,5 d
lim
d d (3,5 yd )
2,8
lim e K`lim lim (1 - lim )
3,5 yd 2
À medida que o momento (M) aumenta, a L.N. abaixa (aumentando a área comprimida), de
modo a fazer o equilíbrio da seção.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Ainda nesse sentido o item 17.2.3 da NBR 6118:2003 diz: “Nas vigas, principalmente nas
zonas de apoio, ou quando feita redistribuição de esforços, é importante garantir boas
condições de dutilidade, sendo adotada, se necessário, armadura de compressão que garanta
a posição da linha neutra (x), respeitando-se os limites de 14.6.4.3.
Segundo opinião dos Professores de Concreto da UFMG, deve-se impor as condições do item
14.6.4.3 em todos os locais das vigas, pois uma estrutura “real” já é calculada com
redistribuição de esforços quando se calcula com programas (softwares) do mercado, pois os
pórticos são calculados com redistribuição de esforços (relaxamento).
2,8 f yd
lim ; yd , inclusive para o CA 60
3,5 yd 21.000
f yd em kN / cm 2 .
xlim
E considerando que lim 0,8 podemos escrever que:
d
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
CA-25
αlim = 0,617 (Desprezada)
αlim = 0,40 para fck≤ 35 MPa
αlim = 0,32 fck> 35 MPa
CA-50
αlim = 0,502 (Desprezada)
αlim = 0,40 para fck≤ 35 MPa
αlim = 0,32 fck> 35 MPa
CA-60
αlim = 0,468 (Desprezada)
αlim = 0,40 para fck≤ 35 MPa
αlim = 0,32 fck> 35 Mpa
K lim lim 1 lim
2
Temos a tabela 1
fck≤ 35 MPa KL = 0,320
fck> 35 MPa KL = 0,269
Só haverá A´s (armadura de compressão, também chamada de armadura dupla), quando K> KL
e nesse caso K`= KL.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Se o momento (M) for pequeno (K é pequeno) não teremos armadura dupla. K ≤ KL faça K`= K,
zerando o valor de A`s.
Com relação aos valores do nível de tensão na armadura comprimida
3,5%o
d`
`s
x
sd Es s
1 (1)
f yd f yd
s x d
0,0035 x
d
s 0,00351
x
x x
, então :
d d limite
1 1
s 0,00351 0,0035 1
x d
d x
d d d d limite
Levando em (1),
E 1
0,0035 s 1 1 (2)
f yd d x
d d
limite 26
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Fazendo :
Es 1 1
0,0035 1
f yd d x
d d limite
d 1
(3)
d f yd x
(1 - )
0,0035 E s d limite
x
Para f ck 35MPa 0,50
d limite
x
Para f ck 35MPa 0,40
d limite
d
e, substituindo, temos os valores de para 1,0; na equação (3)
d
Qualquer valor de (d/d´) maior que os valores acima, implica em φ=1,0; e se (d/d´) for inferior
aos valores acima, deve-se calcular φ pela expressão:
Es
1 1,0
0,0035 1
f yd d x
d´ d
lim ite
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
Comentários adicionais:
1) A posição mais comum das vigas é sob as lajes ( a ), porém pode-se executar a viga sobre a
laje ( c ) a qual denominamos de viga invertida, ou com a laje passando por seu intermédio ( b )
a qual denominamos de viga semi-invertida.
2) Item 13.2.2 da NBR 6118:2003: “A seção transversal das vigas não deve apresentar largura
menor que 12cm. Este limite pode ser reduzido, respeitando um mínimo absoluto de 10 cm em
casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitados os cobrimentos mínimos exigidos por
esta norma.”
3) Para o cálculo da armadura longitudinal mínima de tração nas vigas, a NBR 6118:2003 no
item 17.3.5.2.1 permite a utilização da tabela 17.3
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
pele ) deve ser 0,10% Ac,alma em cada face da viga, composta por barras de alta aderência
com espaçamento inferior a d/3 ou 20 cm. Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode
ser dispensada a utilização da armadura de pele.
5) Nas vigas denomina-se de vão livre ( 0 ) a distância entre as faces dos apoios. O vão
É usual adotar o vão teórico como a distância entre os eixos dos apoios.
Nas vigas em balanço, o vão teórico é a distância da extremidade livre da viga a face do pilar
6) A NBR 6118:2003 prescrevi que o espaçamento mínimo livre entre as faces das barras
longitudinais deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:
- na direção horizontal ( a h ) :
- 20 mm;
- diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
- 1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
29
FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
- na direção vertical ( a v ) :
- 20 mm;
- diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
- 0,5 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Flexão Simples
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
VIGAS DE SEÇÃO T
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
VIGAS DE SEÇÃO T
a) Momento Positivo
b) Momento Negativo
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
bf bf
hf
hf
y2
y1
x1 x2
b4 b2
bw b1 bw b1
b3 ba b1
b2 = É a distância entre dois (ba) consecutivos, no caso das vigas que não apresentarem
mísulas, b2 fica sendo a distância entre faces de duas vigas consecutivas.
bf = É a largura da mesa
hf = É a espessura da mesa (da laje).
b1 = É o valor a se considerar para cada lado, incorporando a mesa da viga T, no caso de laje
não em balanço.
b3 = É o valor a se considerar para cada lado, incorporando a mesa da viga T, no caso de laje
em balanço.
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
0,10 a
b1
0,5 b2 a = Distância entre pontos
de momento fletor nulo.
0,10 a
b3
b4
Onde a, pode ser estimado assim:
1) Viga Bi-Apoiada
a = ¾l = 0,75l
a = 3/5 l 2 = 0,60 l 2
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
a = 1/4l 1 + 1/4l 2
a = 1/5l 2 + 1/5l 3
a = 1/4 l 1 + 1/5l 2
37
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
a=2
M A 0
hf
M REF Rcc (d )
2
hf
M REF f c b f h f (d )
2
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
MREF > Md
1) Verificar se a viga pode ser calculada como viga T (Existe compressão na mesa?).
2) Calcular o valor de bf.
b f = b1 + ba + b1
b f = b3 + ba + b3
b f = b3 + ba + b1
h
M REF f c b f h f d f
2
4.1) Se MREF > Md, a linha neutra sobe cortando parcialmente a mesa , e a viga
pode ser calculada como viga T, usando as fórmulas de seção retangular com b = bf.
4.3) Se MREF < Md, a linha neutra desce cortando a nervura , e a viga deve ser
dimensionada pelo processo rigoroso (ver página 8).
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
PROCESSO RIGOROSO
Quando MREF < Md, a Linha Neutra desce cortando a nervura, e a viga deve ser dimensionada
pelo processo rigoroso, que veremos a seguir
VIGAS DE SEÇÃO T
Ma 0
M d f c bw y(d y ) f c b f bw .h f d f
h
As ' sd
(d d ' ) 1
2 2
H 0
As f yd f c bw y f c b f bw .h f A's 'sd 2
hf
f c bw y (d ( y ) f c (b f bw )h f (d
2 A's 'sd (d d ' )
Md )
2
f c bw d 2
f c bw d 2
f c .bw .d 2 f c .bw .d 2
y
Md bf h f h f y d 2 A's 'sd (d d ' )
1 1
f c bw d 2 bw d 2d d2 f c .bw .d 2
40
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
Sejam:
Md b h hf
K f 1 f 1
f c bw d bw d
2
2d
y '
y d , sd , temos:
d f yd
K
.d d . d 2 A' . . f
s yd (d d ' )
d .d f c .bw .d .d
Seja K ' 1
2
A's . . f yd d '
K K ' 1
f c .bw .d d
f c .bw .d K K '
A's
. f yd 1 d ' d
Da equação 2 , temos:
As f yd f c bw y f c b f bw h f A's 'sd
As f yd f c bw d f c b f bw h f A's f yd
f c bw d f c bw b f A' s f yd
As 1h f
f yd f yd bw f yd
As1 As2
As As1 As2
41
FEA – FUMEC Concreto Armado – Vigas de Seção T
f c .bw .d K K '
As2 A's As2
f yd 1 d ' d
f c bw d f c bw b f
As1 1 h f
f yd f yd bw
Mas como K ' 1 , temos uma equação do 2° grau em , e uma das raízes é
2
1 1 2 K ' , logo:
As1
f c bw d
f yd
f .b .d b
1 1 2 K ' c w f 1.h f
f yd .d bw
As1
f c bw d
bf
hf
1 1 2k ' bw 1. d
f yd
Se K KL K ' K
(Mesmas explicações da seção retangular)
Se K KL K ' KL
Para o cálculo da armadura longitudinal mínima de tração para as vigas, a NBR 6118:2003 no
item 17.3.5.2.1 permite a utilização da tabela 17.3, ressaltando que nas vigas de seções tipo T,
a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela alma acrescida da mesa
colaborante.
Tabela 17.3 da NBR 6118:2003
Valores de min (As,min / Ac)
%
Forma da seção fck
20 25 30 35 40 45 50
mim.
Retangular 0,035 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
T (mesa 0,024 0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197
comprimida)
T (mesa 0,031 0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0.229 0,255
tracionada)
Circular 0,070 0,230 0,288 0,345 0,403 0,460 0,518 0,575
* Os valores de min estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50, c = 1,4 e s = 1,15. Caso
esses fatores sejam diferentes, min deve ser recalculado com base no valor de mín dado.
Nas seções tipo T, a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela alma acrescida da
mesa colaborante.
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FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
CISALHAMENTO
43
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
CISALHAMENTO
1. FISSURAS DE CISALHAMENTO
= Tensão de tração
= Tensão de Compressão
1) Barras Dobradas
CAVALETE
2) Estribos
44
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
45
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
1) Não podemos atribuir às barras dobradas mais do que 60% do esforço de cisalhamento.
2) Logo, em conseqüência, os estribos devem resistir a um mínimo de 40% do esforço
total de cisalhamento.
3) A tensão nas barras dobradas deve ser reduzida de 30%, ou seja, a tensão de
cálculo = 0,70.fyd.
4) A tensão de cálculo nas barras de combate ao cisalhamento deve obedecer a:
A sw f
sw 0,2 ctm
b w s sen f ywk
bw = largura da viga
Para s = 100 cm (estribos totais em 100 cm) e, considerando fywk = 500 MPa, estribos com
= 90º, temos:
46
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
2/3
A sw, estribo mín 0,012 b w fck , considerando agora 2 ramos de estribos, temos:
Vsd
Sendo wd ,e
bw d
TRELIÇA DE MÖRSCH
biela
comprimida s (espaçamento das barras tracionadas)
banzo comprimido
h d
z
zcotg zcotg
Vsd
banzo tracionado
z(cotg+cotg)
47
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
VSd VRd 2 1
VRd 2 = força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas, obtida
de acordo com o modelo de Cálculo I ou II, descritos adiante.
VRd 3 Vc Vsw = força cortante de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal, onde Vc é a
O modelo de cálculo I admite diagonais de compressão inclinadas de θ=45º e admite ainda que
a parcela complementar Vc tenha valor constante, independente de VSd .
VRd 2 0,27 v 2 f cd bw d wd 2 bw d
Onde,
48
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
Obs.: Embora para o cálculo de v 2 a unidade utilizada seja o MPa, para a obtenção do
VSd
wd wd 2 0,27 v 2 f cd
bw d
30 0,170 fck
Modelo I
Mo
Vc Vc 0 1 2 Vc 0 na flexo-compressão
M Sd max
3
Com Vc 0 0 ,6 f ctd b w d τ c 0 b w d
0,7 0,3f ck
2/3
f ctk,inf
f ctd
γc γc
Da equação 3
2/3
0,7 0,3fck
0,6 b w d c0 b w d
1,4
c0 0,09fck 2/3 , deve-se primeiro fazer fck = MPa e depois transformar c0 para KN/cm2.
TABELA 2 – Valores de c0
25 0,0769
30 0,0869
z
s
z(cotg + cotg)
VSd
50
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
Supondo θ = 45 0 , modelo I
Vsw Dst sen
compriment o z (cotg + cotg )
Nº. de barras no trecho = =
espaçament o s
z (cotg + cotg )
A sw f yd Dst
s
z (cotg + cotg )
Vsw A sw fyd sen
s
0,90d A sw
Vsw 43,5
s
VSd V V
c 0 sw
bw d bw d bw d
0,90 d A sw 43,5 1
τ wd τ c0
s bw d
51
FEA – FUMEC Concreto Armado - Cisalhamento
A sw 39,15
τ wd τ c0 , então:
s bw
A sw τ wd τ c0
bw
s 39,15
τ τ
A sw wd c0 100 b w Área total em cm2 (depois tem que dividir por 2 ramos)
39,15
VSd 2
wd , c0 0,09f ck 3 ( Ver tabela 2 )
bw d
Onde:
52
FEA – FUMEC Concreto Armado I - Cisalhamento
wd2
fck (MPa) wd wd2
θ=30º θ=45º
VRd 3 Vc Vsw
Com:
c1 Vc1 b d
w
53
FEA – FUMEC Concreto Armado I - Cisalhamento
A
Vsw sw z ( cot g + cot g ) f ywd senα
s
Fazendo VSd Vc Vsw ( equação 2 ), dividindo por bw d , adotando z = 0,9d , = 90° e s = 100
cm (como foi feito para o modelo de cálculo I ), temos:
τ wd τ c1
Asw 100 bw cm2/m depois tem que dividir por 2 pernas.
39 ,15 cot gθ
54
FEA-FUMEC Concreto Armado – Cisalhamento
55
FEA-FUMEC Concreto Armado – Cisalhamento
56
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
LAJES
57
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
LAJES
Arquibancadas = 4 kN//m²
Biblioteca = 6 kN/m²
Casa de Máquinas = 6.000/área do poço 2300 kgf/m² = 23 kN//m²
Gancho no teto da Casa de Máquinas = 2500 kgf = 25 kN (total)
Escritório = 2 kN/m²
Salão de festas para bailes e esportes = 5 kN/m²
58
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
As lajes são calculadas como placas, podendo ser usado o Regime Elástico.
Tabela para cálculo dos Momentos Fletores em Lajes no Regime Elástico – TABELA 1
Ma, Mb = Momentos fletores positivos máximos, por unidade de largura da laje (Ma atuando na
direção do vão a e Mb atuando na direção do vão b).
Xa, Xb = Momentos fletores negativos máximos, por unidade de largura da laje (Xa atuando na
direção do vão a e Xb atuando na direção do vão b).
59
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
MOMENTOS FLETORES
p a²
Momentos positivos =
m
p a²
Momentos negativos =
n
p = carga total distribuída
p=g+q
g = carga permanente
q = carga acidental
b = 5,20m
Laje Tipo C
a = 4,0m
h=8 b 5,20
1,30
a 4
5,20
b
Entrando na tabela Laje Tipo C , 1,30 ,
a
temos os coeficientes:
60
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
p a² 4,5 4²
Ma 2,93 kN m
ma 24,6
p a² 4,5 4²
Mb 1,80 kN m
mb 40
p a² 4,5 4²
Xa 6,73 kN m
na 10,7
p a² 4,5 4²
Xb 5,63 kN m
nb 12,8
2,93
Ma
Mb Xb 1,80 5,63
6,73
Xa
REAÇÕES DE APOIO
Ra = Reação de apoio, suposta uniformemente distribuída, que ocorre nas bordas a (no caso
em que as duas bordas tenham diferentes condições de apoio, R’a será a menor reação,
correspondendo à borda apoiada, e R”a a maior reação, correspondendo ao engaste).
61
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
ra r'a
b
R r p a ou
R"a r"a p a
ra r''a
a a
4,05
5,71
3,29
7,02
FLECHAS
Vejamos em primeiro lugar o caso da laje armada em duas direções, para a qual usamos a
FÓRMULA de Bares (tabela 3).
62
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Flecha imediata
Teremos também os mesmos 6 (seis) tipos de lajes e a flecha é dada por:
p* a 4
Flecha imed x , x é obtido na Tabela 3.
Ec s h 3
p* g 2 q
g carga permanente
q carga acidental
2 fator de redução de combinação quase permanente
De acordo com a NBR 6118:2003 é necessário verificar se, para o momento máximo no vão, a
laje está trabalhando no Estádio I ou Estádio II. Portanto, deve-se fazer a comparação do
momento de serviço com o momento de fissuração.
Momento de serviço:
M serviço M g 2 M q
63
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Ic
M r f ct
yt
Caso o momento de serviço M serviço M g 2 M q seja menor que o momento de
fissuração Mr, a laje está trabalhando no Estádio I, caso contrário, está no Estádio II.
M serviço M r Estádio I
M serviço M r Estádio II
O item 19.3.1 da NBR 6118:2003, Estado Limite de Deformação de Lajes, estabelece que
devem ser usados os mesmos critérios dados para as vigas (item 17.3.2), tanto para o
Estádio I quanto para o Estádio II.
Os critérios para a flecha imediata em vigas se baseiam no cálculo de rigidez equivalente pela
formulação de Branson, a saber:
M
3
M
3
EI eq E cs r I c 1 r I II E cs I c
M a M a
Ma = Momento fletor da seção crítica do vão considerado, momento máximo no vão para vigas
biapoiadas ou contínuas e momento no apoio para balanços, para a combinação de ações
considerada nessa avaliação;
64
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
d'
x
d
Es
n Relação Modular
Ecs
b x2
n 1 A' s x d ' n As ( d x)
2
b x3
I II n 1 A' s x d ' n As ( d x) 2
2
Segundo o Prof. Ney Amorim da Silva, “Quando o momento em serviço for menor que o de
fissuração, ou seja, estádio I, deve-se adotar para a rigidez equivalente a equação
(EI)eq = Ecs . Ic.
Quando ocorrer o estádio II em lajes armadas em duas direções, a rigidez equivalente de
Branson deve ser usada, conforme recomendação da NBR 6118.
65
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
M
3
M
3
Estádio II - EI eq E cs r I c 1 r I II E cs I c
M a M a
A equação de Bares, que calcula a flecha em lajes retangulares, apresenta o valor do produto
Ecs.h3 e não a rigidez à flexão EI. Portanto, no cálculo da flecha no Estádio II, para levar em
conta a rigidez equivalente, basta usar na fórmula de Bares o valor da altura equivalente
heq=(12.Ieq/100)(1/3)” .
Ou seja:
p* a 4
Flecha imed x , x é obtido na Tabela 3.
Ec s heq
3
Para o uso da fórmula acima, é necessário analisar se a laje está trabalhando no Estádio I ou
Estádio II.
12
Para Estádio II EI eq usar a fórmula de Branson dada na página 8, com I II da seção fissurada.
66
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Leva-se em conta o efeito da fluência. Chamando a flecha imediata de fimediata, a flecha diferida
f∞ é dada por:
f f imediata 1 f
infinito
A'
f onde ρ' s
1 50 bd
TEMPO (T)
MESES
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 ≥70
COEFICIENTE
(T) 0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
15 dias
≥70 meses
f f imediata ( 1 α f )
f f imediata (1 1,46)
f f imediata 2,46
67
FEA – FUMEC Concreto Armado - Lajes
Voltando ao exemplo
b = 5,20m
a = 4,0m
Laje Tipo C
h=8 b
1,30
a
5,20
p* a 4 p* g 2 q
f imediata x
Ec h 3
No exemplo
revestimento 1,0 kN/m
2
4,5 kN/m 2
p* a 2 3,45 42
Ma,serviço 2,24 kN m
ma 24,6
Coeficiente de momento obtido na tabela 1
68
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
3
I c bh , yt h
12 2
100 8 3
M r 1,5 0,221 12 354 kN cm ou 3,54 kN m
8
2
Neste caso, não há necessidade de reduzir o momento de inércia da seção bruta, ou seja,
Ecs 0,85 5.600 fck 0,85 5.600 20 21.287 MPa ou 2.128,7 kN/cm2
p* a 4 3,45 4 4
f imediata x 0,038 0,00307 m
Ec h 3 2.128,7 10 4 0,08 3
ou na unidade cm
0,000345 400 4
f imediata 0,038 0,307 cm
2.128,7 8 3
vão 400
f adm 1,6 cm
250 250
69
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
a) ESPESSURA
Item 13.2.4.1, Limites Mínimos para a espessura h das lajes maciças.
a.1) 5 cm para lajes de forro não em balanço;
a.2) 7 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço;
a.3) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30kN;
a.4) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30kN;
a.5) 16 cm para lajes lisas (sem capitéis) e 14 cm para lajes cogumelo com capitéis.
b) ARMADURAS
b.1) O diâmetro máximo das barras não deve ultrapassar a h 8 da espessura da laje;
b.2) As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no
máximo igual a 2h ou 20cm, prevalecendo o menor desses dois valores na região dos
maiores momentos fletores;
b.3) A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20% da armadura
principal, mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de, no máximo, 33cm.
c) COBRIMENTO MÍNIMO
CAA Cnominal 20 mm
CAA Cnominal 25 mm
CAA Cnominal 35 mm
CAA V Cnominal 45 mm
Obs.: Permite-se reduzir 5mm nos valores acima quando houver um adequado controle de
qualidade durante a execução, mas a exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos
desenhos de projeto.
70
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
Comentários:
e) ARMADURA EM BALANÇOS
/2 /2 /2 /2
L1 L2
BALANÇO
71
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
mim.
Retangular 0,035 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
T (mesa
0,024 0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197
comprimida)
T (mesa
0,031 0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0.229 0,255
tracionada)
* Os valores de min estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50, c = 1,4 e s = 1,15. Caso
esses fatores sejam diferentes, min deve ser recalculado com base no valor de mín dado.
Nas seções tipo T, a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela alma acrescida da
mesa colaborante.
72
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
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FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
EXEMPLO DE CÁLCULO DE FLECHAS EM LAJES NO ESTÁDIO II
Exemplo 1
Calcular a flecha final da laje L1 da figura abaixo
Dados:
Concreto C20
Aço CA50 ou CA60
Edifício residencial
Revestimento de piso é 1,0 kN/m2.
Sobrecarga é 2,0 kN/m2.
Solução:
1. Cargas atuantes na laje
Peso Próprio =1x1x0,11x25= 2,75 kN/m2
Revestimento = 1,0 kN/m2
Sobrecarga = 2,0 kN/m2
Carga total p = 5,75 kN/m2.
p=g+q, sendo:
g =carga permanente = 3,75 kN/m2.
q = carga acidental = 2,0 kN/m2.
2. Cálculo dos MOMENTOS FLETORES
1,4 (laje armada em duas direções)
Da tabela de Momentos Fletores ‐ Lajes Retangulares, extraímos os
valores: ma=14,1 e mb=25,0.
Os momentos fletores são:
∙ ,
Ma= = 10,2 kN. m
,
∙ ,
Mb= = 5,75 kN. m
77
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
3. Armaduras
Para Ma=10,20 kN.m k=0,163 As,calc=4,25 cm2/m (CA50)
da tabela de AÇO, temos: N1‐8.0c/11
Para Mb=5,75 kN.m k=0,092 As,calc=1,91 cm2/m (CA60)
da tabela de AÇO, temos: N2‐5.0c/10
4. Cálculo da Flecha
A laje é tipo A com 1,4 da tabela de Flechas ‐ lajes retangulares, tem‐se o valor de x=0,083.
4.1. Cálculo do MOMENTO FLETOR EM SERVIÇO
,
A carga em serviço é ∗ ∙ 3,75 0,3 2,0 4,35 / ou ∗ /
,
Assim, , ç 7,71 . = 771 kN.cm
,
4.2. Cálculo do MOMENTO DE FISSURAÇÃO
∙ ∙ . Mas, 0,3 ∙ 0,3 20 2,21 0,221 /
100 11 ⁄12
1,5 0,221 669 .
11⁄2
4.3. Cálculo da INÉRCIA EQUIVALENTE
Comparando Mr com Ma,serviço, verificamos que Mr < Ma,serviço a laje está trabalhando no ESTÁDIO II e
deve ser empregada a FÓRMULA DE BRANSON:
∙ ∙ 1 ∙ ∙
O módulo de deformação do concreto, , é dado por:
0,85 5600 0,85 5600 √20 21287 ou ≅ 2129 /
78
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
Alguns valores intermediários:
0,653 e 11092
Para o cálculo do MOMENTO DE INÉRCIA NO ESTÁDIO II, é necessário o valor da altura da linha neutra
no estádio II, que é a raiz da seguinte equação:
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , sendo a relação modular 9,86
´
A armadura de compressão 0, pois . Assim, temos:
∙
9,86 4,57 8,5 , tendo sido considerada , 4,57 8.0 /11
Resolvendo a equação acima, temos 2,36 .
Com este resultado, calculamos a inércia :
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , ficando:
,
0 9,86 4,57 8,5 2,36 ≅ 2137
Finalmente, temos a rigidez equivalente:
2129 0,653 11092 1 0,653 2137
2129 7985 . , sendo, então
7985 ,.
4.4. Cálculo da FLECHA IMEDIATA
A altura equivalente é dada por:
⁄
12 ∙ 12 7985
9,86
100 100
A flecha imediata é:
∗
∙ 4,35 500
∙ 0,083 1,106
∙ 10 2129 9,86
4.5. Cálculo da FLECHA DIFERIDA,
2,46 ∙ 2,46 1,106 2,72
4.6. Cálculo da FLECHA ADMISSÍVEL,
ã 500
2,0
250 250
79
FEA – FUMEC Concreto Armado – Estudo das Lajes
4.7. Conclusão
Como a laje não passou na flecha (ou seja, não foram cumpridas as verificações de norma
no que diz respeito à flecha da laje)
Podem ser analisadas as soluções:
1ª. aumentar a altura da laje;
2ª. aumentar o ;
3ª. aplicar uma contraflecha.
Seja, então, adotar a terceira solução, ou seja, calcular um valor de contraflecha a ser aplicada à laje,
desde que seja obedecido o limite de norma (NBR6118:2003):
ã 500
1,42
350 350
Neste exemplo, pode‐se aplicar uma contraflecha de:
2,72 2 0,72 cm, ou, para efeito de simplificar a execução, pode‐se adotar uma
contraflecha de 1,0 cm.
80
FEA‐FUMEC Concreto Armado ‐ Estudo das Lajes
Exemplo 2
Calcular a flecha final em uma laje armada em uma direção, bi‐apoiada, com vão de 4 m e espessura igual a
10 cm.
Dados: o concreto é C25; o aço é CA50 ou CA60, o edifício é residencial; o revestimento de piso é 1,0 kN/m2
e a sobrecarga é 2,0 kN/m2.
Solução:
1. Cargas atuantes na laje
Peso próprio =1x1x0,10x25 = 2,5 kN/m2
Revestimento = 1,0 kN/m2
Sobrecarga = 2,0 kN/m2
Carga total p = 5,5 kN/m2.
p=g+q, sendo:
g =carga permanente = 3,5 kN/m2.
q = carga acidental = 2,0 kN/m2.
2. Cálculo dos MOMENTOS FLETORES
Como a laje é armada em UMA direção, calcula‐se como uma viga, cuja seção transversal tem a base
igual a 1 m e altura igual à espessura da laje (100xh).
Assim, o momento fletor é:
∙ ,
M= = 11 .
3. Armaduras
Para M=11 kN.m k=0,18 As,calc=5,24 cm2/m (CA50) da tabela de AÇO, temos: N1‐10.0c/14
As,existente=5,61 cm2/m
4. Cálculo da Flecha
4.1. Cálculo do MOMENTO FLETOR EM SERVIÇO
,
A carga em serviço é ∗ ∙ 3,5 0,3 2,0 4,1 / ou ∗
/
,
Assim, ç 8,2 . = 820 kN.cm
4.2. Cálculo do MOMENTO DE FISSURAÇÃO
∙ ∙ . Mas, 0,3 ∙ 0,3 25 2,56 0,256 /
100 10
12
1,5 0,256 640 .
10
2
81
FEA‐FUMEC Concreto Armado ‐ Estudo das Lajes
4.3. Cálculo da INÉRCIA EQUIVALENTE
Comparando Mr com Ma,serviço, verificamos que Mr < Ma,serviço a laje está trabalhando no ESTÁDIO II e
deve ser empregada a FÓRMULA DE BRANSON:
∙ ∙ 1 ∙ ∙
O módulo de deformação do concreto, , é dado por:
0,85 5600 0,85 5600 √25 23800 ou 2380 /
Alguns valores intermediários:
0,475 e 8333
Para o cálculo do MOMENTO DE INÉRCIA NO ESTÁDIO II, é necessário o valor da altura da linha neutra
no estádio II, que é a raiz da seguinte equação:
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , sendo a relação modular 8,82
´
A armadura de compressão 0, pois . Assim, temos:
∙
8,82 5,61 7,5 , tendo sido considerada , 5,61 10.0 /14
Resolvendo a equação acima, temos 2,274 .
Com este resultado, calculamos a inércia :
∙ ´ ´
1 ∙ ∙ ∙ ∙ , ficando:
,
0 8,82 5,61 7,5 2,274 ≅ 1743
Finalmente, temos a rigidez equivalente:
2380 0,475 8333 1 0,475 2380
2380 5208 . , 12395040 . .
4.4. Cálculo da FLECHA IMEDIATA
Como a flecha imediata é calculada para uma faixa de um metro de largura, a carga p* é uma carga
uniformemente distribuída:
∗ , ,
100 /
Assim, a flecha imediata fica:
82
FEA‐FUMEC Concreto Armado ‐ Estudo das Lajes
∗
∙ ∙ 4,1 400
5 0,083 1,103
384 10 384 12395040
4.5. Cálculo da FLECHA DIFERIDA,
2,46 ∙ 2,46 1,103 2,72
4.6. Cálculo da FLECHA ADMISSÍVEL,
ã 400
1,60
250 250
4.7. Conclusão
Como a laje não passou na flecha (ou seja, não foram cumpridas as verificações de norma
no que diz respeito à flecha da laje)
Seja, então, adotar a solução de aplicar uma contraflecha à laje, obedecendo o limite de norma
(NBR6118:2003):
ã 400
1,14
350 350
Neste exemplo, pode‐se aplicar uma contraflecha de:
2,72 1,6 1,12 cm, que está dentro do limite da Norma.
83