Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal
de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado
vago.
Resumo
→ O PR e o Vice são eleitos pelo sistema eleitoral majoritário.
Em que se consagra vencedor aquele candidato que obtém maior nº de votos.
Majoritário simples É aquele em que será eleito o candidato que obtiver na eleição o maior nº
ou puro de votos, em um só turno de votação. Ex: eleição de senadores e prefeitos
Sistema (municípios de até 200 mil eleitores).
majoritário
- É aquele em que só será considerado eleito o candidato que obtiver
Majoritário de maioria absoluta dos votos válidos.
dois turnos - Se essa maioria não for alcançado no 1º turno, realiza-se um 2º turno.
Ex: eleição PR, governadores, prefeitos (municípios + 200 mil eleitores.
Estar no pleno gozo dos direitos políticos
Ser Brasileiro nato
Requisitos p/ cidadão Possuir filiação partidária Não se admite a chamada candidatura avulsa ou autônoma.
ser candidato a PR Possuir idade mínima de 35 anos
Aplica-se tbm ao vice Não ser inelegível
Situação 1: “A” já eleito morre após a sua eleição, mas antes da expedição do respectivo diploma ?
- O vice-presidente será considerado eleito, com direito ao exercício de todo o mandato.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para
missões especiais.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
forma da lei.
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do
Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de
perda do cargo.
Resumo
São afastamentos temporários, cabe ao vice o exercício pleno.
Casos de impedimento
Cabe ao vice-presidente Vacância é o afastamento definitivo do PR.
substituir o presidente Suceder-lhe no caso de vaga
Presidente
Não poderão sem Ausentar-se do Período superior a Pena perda
licença do CN País 15 dias do cargo
Vice-presidente
- Esta regra se estende aos governadores dos estados, devendo ser observado o princípio da simetria.
- Não pode a constituição estadual estabelecer regra mais rígida (licença p/ ausência por prazo igual ou inferior a
15 dias) do que a adotada pela constituição federal.
Vacância Renúncia - O vice-presidente é o único que sucede o PR definitivamente, por todo o mandato
faltante.
Perda do cargo
Nos Primeiros 2 anos do mandato - Eleição 90 dias depois de aberta a última vaga.
Nos últimos 2 anos do mandato - Eleição para ambos os cargos será 30 dias depois de aberta a última vaga, pelo CN.
→ Em qualquer dessas obs. o vice-presidente ou os canditados eleitos somente completarão o período de seus
antecessores, cumprindo o chamado “mandato tampão”.
Seção II
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura
da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
Resumo
STF- Considerou válida portaria de ministro de Estado que, no uso da competência delegada pelo PR, aplicou a pena de demissão
(desprovimento) a servidor público.
A competência para prover cargos públicos abrange tbm a de desprovê-los.
Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da República
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento. federal
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas
infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo
Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Resumo
→ Os crimes de responsabilidades são infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal,
que, se cometidas pela autoridade pública, poderão resultar no impedimento para o exercício da função
pública.
STF 722- São de competência legislativa da união a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.
Processo de impeachment do presidente:
2 3
1 Oferecida a acusação, a câmara dos Se admitida a acusação pela câmara dos
Qualquer cidadão oferece a deputados apreciará a matéria, deputados, o processo será encaminhado ao
acusação contra o presidente assegurando-se o contraditório e a ampla senado federal, para processar e julgar o
da república perante a câmara defesa ao PR, decidindo, ao final, pela PR, hipótese em que o senado estará
dos deputados. recusa da acusação ou pela sua admissão, obrigado a processar e julgar.
por 2/3 de seus membros.
Durante o processo de julgamento dos crimes de responsabilidade pelo senado, funcionará como presidente o do
STF, hipótese em que tal casa legislativa atuará como órgão judicial híbrido
No momento em que é instaurado o processo de julgamento pelo senado federal, o PR ficará suspenso de suas
Senado funções, somente retornando ao exercício da presidência se for absolvido ou se, decorrido o prazo de 180 dias, o
julgamento não estiver concluído, hipótese em que retornará ao exercício de suas funções, sem prejuízo do
regular prosseguimento do processo.
Ao final, se condenado, por decisão de 2/3 dos membros do senado, o PR perderá o cargo e ficará inabilitado,
por 8 anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Crimes comuns:
3
1 2 Se recebida a denúncia ou queixa- 4
A denúncia ou queixa- crime pelo STF, o PR ficará Ao final, se condenado, o PR
Ainda que haja
crime contra o PR será suspenso de suas funções, somente perderá o mandato e lhe será
autorização da câmara
apresentada ao STF, mas retornando ao exercício da imposta, ainda, a pena
dos deputados, o STF
este só a receberá e presidência se for absolvido ou se, criminal, na forma da
não é obrigado a receber
instaurará o respectivo decorrido o prazo de 180 dias, o legislação penal.
a denúncia ou queixa-
processo de julgamento se julgamento não estiver concluído,
crime.
houver autorização da hipótese em que retornará ao
câmara dos deputados, por exercício de suas funções, sem
2/3 dos seus membros. prejuízo do regular prosseguimento
do processo.
Imunidades do PR:
→ O PR não dispõe de imunidade material, isto é, ele não é imune por suas palavras e opiniões, ainda que
no estrito exercício das funções presidenciais.
• O PR não se sujeita à prisão cautelar (temporária, em flagrante delito), haja vista que, enquanto não
sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o PR não estará sujeito a prisão.
• O PR, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas
funções.
Ele só responderá por esse crime após a cessão do mandato, como cidadão comum, perante a justiça comum.
Se houver pertinência entre o delito cometido e o exercício da presidência da república, o PR será julgado
pelo STF, na vigência do mandato.
Juízo de Processo e
admissibilidade Julgamento
Crime de Responsabilidade CD SF
Infração penal
cometida pelo
Relacionados ao CD STF
PR mandato
Crime Comuns
- Imunidade durante o mandato (CF, art. 86, §4º)
Estranhos - Suspende-se a prescrição
- Após o mandato → Justiça comum.
Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um
anos e no exercício dos direitos políticos. Natos ou naturalizados. Exceto M. defesa que é nato.
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública.
Resumos
→ A competência para o julgamento dos ministros de Estado é do STF, tanto nos crimes
comuns quanto no crimes de responsabibidade.
Exceto no caso dos crimes de responsabilidade conexos com os do presidente da república, hipótese em que a
competência de desloca para o senado federal.
Nesse caso exige que a câmara dos deputados autorize previamente, por decisão de 2/3 dos seus membros.
• Convocados pela câmara dos deputados, pelo senado federal ou qualquer de suas comissões, para prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado e inerentes a suas atribuições, deixarem
de comparecer sem justificação adequada.
• As Mesas da câmara dos deputados ou do senado federal encaminharem pedidos escritos de informações e
eles se recusarem a fornecê-las, ou não os atenderem, no prazo de 30 dias, ou prestarem informações falsas.
Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
Do Conselho da República
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos
assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa;
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção
federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a
independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.
a) Crimes próprios → Em se tratando de infrações político-administrativas, apenadas com a perda do cargo, a competência para
julgamento é da câmara municipal.
b) Crimes impróprios → Em se tratando de infrações penais (impropriamente denominados de “crime de responsabilidade” pelo
legislador), sancionadas com penas comuns, a competência para julgamento é do TJ.
QPP's
Jurisprudência:
- Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o STJ receba denúncia
ou queixa e instaure ação penal contra Governador de Estado, por crime comum.
- Vale ressaltar que se a Constituição Estadual exigir autorização da ALE para que o Governador seja
processado criminalmente, essa previsão é considerada inconstitucional.
- Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas que condicionem a instauração de ação penal
contra Governador por crime comum à previa autorização da Casa Legislativa.
- Se o STJ receber a denúncia ou queixa-crime contra o Governador, ele não ficará automaticamente
suspenso de suas funções. Cabe ao STJ dispor, fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares
penais, inclusive afastamento do cargo.