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INTRODUÇÃO AO
ENSINO DE HISTÓRIA
Autores
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Unidade I: A história e o historiador: da antiguidade aos dias atuais. . 202
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
1.2 Reflexões sobre a História, do mundo antigo ao mundo
contemporâneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
1.3 A história como ciência a partir do século XIX . . . . . . . . . . . . 205
1.4 A História: do século XX ao século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
1.5 A História hoje: ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
1.6 A “História nova”: pesquisa e função social . . . . . . . . . . . . . . 212
1.7 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
Unidade II: História: relações entre passado e presente e a produção do
conhecimento histórico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
2.2 A história do ensino de história no brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
2.3 Passado e presente: imagens construindo a história . . . . . . . . 221
2.4 Ensino de história: do positivismo ao marxismo . . . . . . . . . . . 223
2.5 A produção do conhecimento histórico e o ensino de história. . 225
2.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228
Unidade III: O historiador e as metodologias de ensino . . . . . . . . . . . 229
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
3.2 O que é história? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
3.3 Para que serve a história? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
3.4 Como produzir história? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
3.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Unidade IV: Análise crítica das competências do ensino de história. . . 237
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
4.2 O ensino e a aprendizagem de história . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
4.3 A história e a historiografia no brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
4.4 Concepção de história e historiografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
4.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246
Unidade V: História e ensino: novos fatos e novas abordagens . . . . . . 247
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
5.2 Dimensões, abordagens e domínios historiográficos . . . . . . . . 247
5.3 Ensino de história: novos fatos e novas abordagens . . . . . . . . 249
5.4 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Referências básicas e complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
APRESENTAÇÃO
199
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
200
História Caderno Didático - 1º Período
Os Autores
201
1 UNIDADE 1
A HISTÓRIA E O HISTORIADOR: DA ANTIGUIDADE
AOS DIAS ATUAIS
1.1 INTRODUÇÃO
202
História Caderno Didático - 1º Período
Fonte: http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=2055&iLingua=1
http://historiaeatualidade.blogspot.com/2008/05/tal-revoluo-francesa.html
Você acredita
Fonte: http://www.eb23-monte-caparica.rcts.pt/webquests/republica/
images/constituint1911_s_inaug1.jpg
que a democracia é o
direito de todos
participarem da vida
pública e política? Os
gregos nos ensinaram
que não, pois mulheres,
escravos e estrangeiros
não eram considerados
cidadãos gregos, E
hoje? Como se
e s t r u t u r a a
Figura 04: Modelo de Assembléia democrática democracia? Talvez
inspirados nos gregos a
maioria dos estados ocidentais vivem sob uma “democracia
representativa” onde, por meio de eleições, o povo se faz representado. A
história da Grécia, portanto, nos permite pensar a nossa própria história.
Os gregos foram os primeiros a tratar a história como objeto de
203
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
204
História Caderno Didático - 1º Período
205
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
206
História Caderno Didático - 1º Período
ciência, inclusive com forte crítica à escola positivista do século XIX. O que
esses historiadores estão propondo, na verdade, é uma história “nova”,
que repense o papel do homem na sociedade na primeira metade do
século XX.
Pouca a pouco os annales converteram-se no centro de
uma escola histórica. Foi entre 1930 e 1940 que Febvre
escreveu a maioria de seus ataques aos especialistas
canhestros e empiricistas, além de seus manifestos e
programas em defesa de “um novo tipo de história”
associado aos annales – postulando por pesquisa
interdisciplinar, por uma história voltada para problemas,
por uma história da sensibilidade, etc.
Peter Burke, A Escola dos Annales (1929-1989), p. 38.
A partir da historiografia francesa, outros grandes centros
intelectuais foram se destacando, tendo como exemplo a Inglaterra. No ATIVIDADES
Brasil, o avanço da historiografia também se fez sentir, permitindo um
aprimoramento no ensino e na pesquisa da história. Contudo, foi nas
últimas décadas que a história teve os seus avanços mais siginificativos. Pesquise na internet um
Com a queda do Muro de Fonte: http://nacionalismo-de-futuro.blogspot.com/ pouco da biografia dos três
2004/04/o-declnio-da-europa-e-ideologia_16.html grandes nomes da escola
Berlim e tantos outros eventos no dos annales: Marc Bloch,
final do século XX, a História Lucien Febvre e Fernande
enquanto ciência passou por Braudel.
inúmeras transformações, sendo
necessário “revolucionar” o ensino
de História.
Com a queda do muro de
Berlim e o fim da União Soviética, o
mundo se viu diante de novos
desafios. Tais mudanças também
atingiram o historiador. Será que
ser historiador hoje requer as
mesmas estratégias e
metodologias que existiam no
século XIX? O que você acha que
Figura 09: Queda do Muro de Berlim
significa “ser historiador” e
“ensinar história” no mundo de hoje?
207
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Fonte: http://minefpp.blogspot.com/2007/03/cinema-corrompido.html
http://filmes_portugueses.blogs.sapo.pt/30159.html
208
História Caderno Didático - 1º Período
http://www.musica.com/letras.asp?letra=1080692
209
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
210
História Caderno Didático - 1º Período
211
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Fonte: www.br.geocities.com/.../fotos/Getul-a.gif
atravessava na sua política interna e
internacional.
Quais as questões que você,
enquanto historiador pode fazer a essa
fonte? Como um aluno pode
compreender o Brasil da época e o Brasil
de hoje a partir dessa carta-testamento?
Seria possível relacionar a postura de
Getúlio à alguns políticos da atualidade?
Essas questões só encontram
respostas a partir de reflexões no
cotidiano da sala de aula, exigindo do
professor habilidade para lidar com as
Figura 14: Getúlio Vargas foi, diferentes posições sobre o tema.
talvez, o principal representante Mesmo assim, uma questão é
da história republicana
indiscutível: um historiador consciente
brasileira, e legou importantes
fontes para a História do Brasil. do seu papel em sala de aula, ao
trabalhar essa fonte, se verá diante de
212
História Caderno Didático - 1º Período
Fonte: http://www.imagem.ufrj.br/index.php?acao=detalhar_imagem&id_img
213
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=642
214
História Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
Sites
http://www.musica.com/letras
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris
215
2
UNIDADE 2
HISTÓRIA: RELAÇÕES ENTRE PASSADO E PRESENTE E
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
2.1 INTRODUÇÃO
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História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Fonte: http://anapaulass.wordpress.com/category/sem-categoria/
riqueza de possibilidades
DICAS para seu estudo e o quanto
ainda há para investigar.
No Brasil, nos
Pesquise na internet artigos últimos dez anos, poucos
e textos que reflitam sobre autores se preocuparam
o ensino de História no em pesquisar sobre o
Brasil. Ver sites sobre
ensino de História.
História e educação, e
história da educação. Professores e pesquisado-
res se debruçam, principal-
mente, sobre temas ligados
ao cotidiano da sala de
aula e que merecem maior
atenção dos professores e,
principalmente, dos
pesquisadores interessa-
Figura 22: Arquivos e bibliotecas são fundame-
dos.
ntais na formação do professor de História.
No Brasil, o tema
Ditadura Militar é recorrente nos trabalhos e pesquisas de História, pois é
um tema muito ligado às experiências pessoais e ao cotidiano da socieda-
de brasileira.
Fonte: http://www.bonde.com.br/imgsistema/bondenews/2008/06/img.jpg
218
História Caderno Didático - 1º Período
Fonte:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=341993&ID=C8DEF68F7D8081E0035200993
219
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
220
História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Unidos da América.
Essas duas imagens demonstram claramente o quanto passado e
presente se confundem na percepção de análise do historiador. A
impressão que se passa é que a história estaria se repetindo, 200 anos
PARA REFLETIR depois da Revolução Francesa. Mas, será que é tão simples assim?
Uma importante questão a levantar é o impacto que tais imagens
provocaram em suas épocas. No caso da queda da Bastilha, por mais que
tal evento tenha sido de enorme importância, com certeza a imagem não
Liberdade, igualdade e
teve uma exploração tão intensa quanto o caso das torres gêmeas. O
fraternidade: você acredita
nesses princípios para o seu evento de 11 de setembro de 2001 foi filmado sob diversos ângulos e
cotidiano? analisado sob inúmeras perspectivas. Isso revela o quanto a mídia e os
recursos audiovisuais são imprescindíveis para o historiador do século XXI.
Fonte: http://www.valedoamanhecer.com/.../imagens/MaePaiTv.jpg
B GC
GLOSSÁRIO E
A F
Terrorismo: modo de
coagir, combater ou
ameaçar pelo uso
sistemático do terror.
222
História Caderno Didático - 1º Período
223
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
significativo de fatos;
? os fatos devem ser
Fonte: http://www.i8.ebayimg.com/04/i/000/bf/f0/9d0b_1_sbl.JPG
organizados em uma sequên-
cia cronológica, e todo reflexão
teórica é nociva; e
a História-ciência
?
pode atingir a objetividade e
conhecer a verdade histórica
objetiva (REIS, 2004, p.17).
Durante décadas
foram os princípios positivistas
que nortearam o ensino da
História. O historiador deveria
estar atento a todas as ques-
tões mencionadas acima para
que fosse possível compreender
o papel da História enquanto
ciência. A verdade e a realida-
de eram objetivos primordiais
na produção do conhecimento Figura 30: O positivismo tornou-se
histórico. filosofia e referência das ciências humanas
e sociais.
Historiadores como
Marc Bloch estabeleceram uma forte crítica aos positivistas. Para Bloch, o
historiador não deveria apenas coletar fatos e fontes, mas sim ser “o
produto de uma construção ativa de sua parte para transformar a fonte em
documento e, em seguida, constituir esses documentos, esses fatos
históricos, em problema (BLOCH, 2001, p. 19).
Mesmo assim, a História Fonte: http://www.dawgsports.com
Positivista foi fundamental em sua
época, possibilitando à História
absorver parte da sua cientificida-
de.
ATIVIDADES Ainda no século XIX, mas
principalmente durante grande
parte do século XX, o Marxismo
Pesquise a biografia de Karl possibilitou uma nova leitura da
Marx e a maneira como ele
História.
compreendia a História.
A partir do que Marx
chamou de materialismo histórico
foi possível reinterpretar o ensino
de História no mundo e no Brasil.
Enquanto ciência da
História, o Marxismo apresenta
três hipóteses principais: Figura 31: Karl Marx
224
História Caderno Didático - 1º Período
225
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
2.5.1 O tempo
2.5.2 Os homens
226
História Caderno Didático - 1º Período
Bloch (2001) nos deixa ainda uma última lição: o historiador deve
ser obcecado pelas origens.
Conforme nos propusemos nessa unidade, estabelecer uma
ligação entre passado e presente é fundamental para entender História.
Por mais que nossas indagações sejam fruto de nossas experiências do
presente, é no passado que buscamos as respostas. Assim, se não
compreendermos as origens dos fatos, dificilmente conseguiremos ensinar
História com qualidade. Onde estariam as origens da corrupção o Brasil?
Onde estariam as origens do ódio entre judeus e palestinos? Onde estariam
as origens do poder dos Estados Unidos da América sobre o restante do
mundo?
Essas questões revelam que o historiador e o professor de História
devem, incessantemente, buscar as origens dos fatos. Somente assim é
possível produzir um conhecimento histórico que atinge diretamente o
interesse dos alunos.
Somente assim é possível responder à inquietante pergunta que
ainda atormenta tantos e tantos profissionais da área de História: “Afinal,
para que serve a História?”
227
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
Sites
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris
228
3
UNIDADE 3
O HISTORIADOR E AS METODOLOGIAS DE ENSINO
3.1 INTRODUÇÃO
229
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
decifrá-lo e entendê-lo.
Borges (1985) remete ao Dicionário Aurélio, simplificando a
explicação acerca do que é história, que poderia ser:
? o passado da humanidade: os acontecimentos realizados pelos
homens em um tempo definido, ou seja, o PASSADO;
? o estudo desse passado: a construção do conhecimento por
meio do estudo dos acontecimentos realizados pelos homens no passado;
? narração: é o relatar, contar ou narrar os acontecimentos
realizados pelo homem no passado, porém sem análise ou leituras nas
suas entre-linhas e passíveis de serem decifradas.
? conto: são as estórias das fadas madrinhas, do Chapeuzinho
Vermelho, Cinderela, Branca de Neve e tantas outras que levam a lições de
moral.
? Lorota: a história apresenta várias versões, assim como é
relativa, pois as fontes podem alterá-la. Dessa forma, qual a história
verdadeira?
? Complicação: a história que faz parte do mundo da
“decoreba”,ou seja, saber de cor nomes de pessoas, os acontecimentos e
as datas. Por isso, a história é muito complicada e difícil.
230
História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
DICAS
232
História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Figuras 38 e 39: Processo produzido pelo Fórum Gonçalves Chaves sob custódia
da Unimontes. Ação de crédito – 1797. Transcrição da Ação de Crédito.
histórico do historiador:
O quê?
?
Quando?
?
Onde?
?
Por quê?
?
Para quê?
?
Como?
?
Para quem?
?
Contra quem?
?
A favor de quem?
?
234
História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
236
4
UNIDADE 4
ANÁLISE CRÍTICA DAS COMPETÊNCIAS DO
ENSINO DE HISTÓRIA
4.1 INTRODUÇÃO
O tempo histórico é
diferente do tempo
cronológico, ou seja, do
tempo pensado na
perspectiva do relógio e do
calendário. Confor me
abordagem anterior, o
tempo da história está
Figura 40: Relógio dimensionado enquanto
idéia de PROCESSO. Consiste na caminhada do homem e nas relações
que estabelece ao longo da sua existência.
Os acontecimentos identificados pelas datas assumem a idéia de
regularidade, uniformidade, sucessão crescente, cumulativa e uma
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
c) Agente cultural:
Figura 41: Pesquisadora no
Arquivo da Unimontes. 2001. órgãos de documenta-
?
ção: arquivo, biblioteca, museu, casa de cultura, centro cultural, centro de
documentação, etc;
no âmbito dos órgãos públicos e das organizações não-
?
governamentais, o historiador presta assessoria e consultoria para a
preservação de monumentos históricos, a identificação e a manutenção de
documentos e a administração de museus; e
outro importante nicho de trabalho para o historiador é o
?
turismo histórico, em que geralmente assessora e orienta eventos e roteiros
em torno de patrimônios.
d) Comunicação:
Cinema, telenovela, teatro, documentários: o historiador é
?
requisitado para dar consultoria na reconstituição de cenários para cinema
ou televisão, para colaborar na elaboração de roteiros de documentários e
dramatizações que busquem retratar períodos históricos determinados.
Carnaval.
?
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
grandes eventos.
c) Objetos de estudo:
Os objetos de estudos são assuntos diplomáticos, políticos e
religiosos. Apresentam uma preocupação com fatos do passado que se
encontram organizados no tempo linear e progressista.
Esse formato de escrever e ensinar a história é característico
desde a antigüidade até o século XVIII, quando a Ilustração e/ou
Iluminisimo repensa as ciências, dentre elas, a História.
245
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
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5
UNIDADE 5
HISTÓRIA E ENSINO: NOVOS FATOS E
NOVAS ABORDAGENS
5.1 INTRODUÇÃO
247
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
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Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
Fonte: http://images.google.com.br
ATIVIDADES
252
História Caderno Didático - 1º Período
bandeira nacional; e
ritual de
? hinos
pátrios.
A escola é o espaço
criado pelo Estado para formar o
cidadão por meio do ensino das
tradições inventadas. Os livros
didáticos, as aulas dos Figura 48: Proclamação da República,
professores, as festas e as na Praça da Aclamação, hoje
Praça da República.
253
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
5.3.2.5 A mídia
255
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
DICAS
256
História Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
257
RESUMO
259
REFERÊNCIAS
BÁSICA
COMPLEMENTAR
261
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
REVISTA Nossa História. Caio César Boschi, História: Por que e para que?
Setembro de 2004.
262
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
UNIDADE 1
a) ( ) França e Egito
b) ( ) Inglaterra e França
c) ( ) Grécia e Roma
d) ( ) Inglaterra e Roma
e) ( ) Itália e Inglaterra
a) ( ) o conceito de democracia
b) ( ) a cultura, como o teatro
c) ( ) a filosofia
d) ( ) a História com método marxista
e) ( ) a mitologia
263
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
A sequência correta é:
a) F, V, V, F
b) F, F, V, F
c) V, V, V, F
d) F, F, V, V
e) F, F, F, F
Com o auxílio das idéias defendidas pelo historiador Lavisse, julgue os itens
que se seguem.
264
História Caderno Didático - 1º Período
a) 1 e 4
b) 1 e 2
c) 2, 3 e 4
d) 3 e 4
e) Todas
UNIDADE 2
a) ( ) icnografia
b) ( ) paleografia
c) ( ) historiografia
d) ( ) caligrafia
e) ( ) antropologia
Fonte: http://www.mirrors.org/historical/2001-09-
Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/.../Ba/2766/1045.jpg 11-World-Trade_Center/wtc/wtc_005.jpg
265
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
266
História Caderno Didático - 1º Período
UNIDADE 3
2) O termo História é utilizado com freqüência, por isso muitas vezes deixa
controvérsias e ambigïdades. Nesse sentido, história de acordo com a
perspectiva da Nova História pode ser definida da seguinte forma:
a) ( ) É o relato dos acontecimentos realizados pelo homem no passado,
porém sem análise ou leituras nas suas entre-linhas e passíveis de serem
decifradas.
b) ( ) A história apresenta várias versões, pois tudo é relativo. A história,
dessa forma, apresenta opiniões diferentes das pessoas.
267
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
UNIDADE 4
268
História Caderno Didático - 1º Período
1998, p.17-18.
269
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
UNIDADE 5
270
História Caderno Didático - 1º Período
271
Introdução ao Ensino de História UAB/Unimontes
272
1º PERÍODO
SOCIOLOGIA
DA EDUCAÇÃO
AUTORES
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277
Unidade I: O surgimento e a consolidação da sociologia . . . . . . . 281
1.1 Sociologia: aspecto conceitual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
1.2 A imaginação sociológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
1.3 O contexto do surgimento da Sociologia. . . . . . . . . . . . . . 285
1.4 O Positivismo como uma primeira Sociologia . . . . . . . . . . 287
1.5 Os autores clássicos da Sociologia e a diversidade na
explicação da vida social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292
1.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
1.7 Vídeos sugeridos para debate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Unidade II: A sociologia de Karl Marx . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
2.1 O contexto geral da obra de Karl Marx. . . . . . . . . . . . . . . 296
2.2 Papel do cientista, objeto e método de análise . . . . . . . . . 296
2.3 A Teoria dos Modos de Produção Social . . . . . . . . . . . . . . 300
2.4 A divisão social do trabalho e classes sociais. . . . . . . . . . . 303
2.5 A análise da sociedade capitalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
2.6 Luta de classes, mercadoria e mais-valia . . . . . . . . . . . . . 309
2.7 Conceitos de alienação e ideologia . . . . . . . . . . . . . . . . . 310
2.8 Atualidades do marxismo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312
2.9 Karl Marx e a educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
2.10 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317
2.11 Vídeos sugeridos para debate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
Unidade III: A sociologia de Émile Durkheim . . . . . . . . . . . . . . . . 319
3.1 Vida e obra do autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
3.2 Diálogo com o positivismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
3.3 Instituições sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
3.4 Patologia social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
3.5 Fatos sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
3.6 Mudança social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325
3.7 Divisão do trabalho social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
3.8 Tipos de solidariedade social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
3.9 Considerações sobre o método: a objetividade dos fatos
sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
3.10 Socialização e educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
3.11 Durkheim e a Sociologia da Educação . . . . . . . . . . . . . . 334
3.12 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
3.13 Vídeos sugeridos para debate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Unidade IV: A sociologia de Max Weber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
4.1 Biografia de Max Weber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
4.2 Contexto histórico do pensamento weberiano . . . . . . . . . . 340
4.3 Indivíduo e sociedade na perspectiva weberiana . . . . . . . 342
4.4 Especificidade das Ciências Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . 343
4.5 Subjetividade e objetividade do conhecimento . . . . . . . . . 344
4.6 O que é tipo ideal? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345
4.7 Tipos puros de ação social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346
4.8 As relações sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348
4.9 Os três tipos puros de dominação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350
4.10 Max Weber e a educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
4.11 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
4.12 Vídeos sugeridos para debate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346
Unidade V: As contribuições de Antonio Gramsci e John Dewey para
a sociologia da educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357
5.1 Biografia de Antonio Gramsci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 358
5.2 O homem como sujeito histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
5.3 Gramsci e a importância da escola unitária . . . . . . . . . . . 361
5.4 Dados biográficos de John Dewey . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367
5.5 John Dewey: pragmatismo e educação progressiva. . . . . . 369
5.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 371
5.7 Vídeos sugeridos para debate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373
Referências básica, complementar e suplementar . . . . . . . . . . . . 381
Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385
APRESENTAÇÃO
277
Apresentação UAB/Unimontes
278
História Caderno Didático - 1º Período
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1
História Caderno Didático - 1º Período
UNIDADE 1
O SURGIMENTO E A CONSOLIDAÇÃO DA SOCIOLOGIA
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História Caderno Didático - 1º Período
dinâmica.
A estática corresponde à ordem moral vigente na sociedade, e a
dinâmica do progresso, representado pela urbanização, industrialização,
etc. Ambos se complementam, mas é importante destacar que ORDEM e
PROGRESSO são fundamentais se o primeiro regular o segundo; caso
contrário teremos crises sociais e uma sociedade “doente”, debilitada de
regras e valores morais capazes de garantir a coesão social. Com essa
idéia, Comte propõe estudar as instituições sociais responsáveis pela
ordem e pelo progresso, a estática e a dinâmica social, influenciando toda
uma geração de intelectuais nos séculos XIX e XX.
291
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
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Germinal
1993. França/Bélgica/Itália.. Direção de Claude Berri. 170 min. A cena
tem lugar no norte da França enquanto uma greve provocada pela redução
dos sálarios. Além dos aspectos técnicos das extrações minerais e as
condições de vida dos trabalhadores ineiros, Zola, autor do livro que deu
origem ao filme, também descreve as condições de vida e o principio das
organizações política e sindical da classe operária.
294
2 História
UNIDADE 2
A SOCIOLOGIA DE KARL MARX
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Quadro 2
Te se Antítese Síntese
Sociedade feudal Transformações: Sociedade Capitalista
? negação das ?
instituições feudais
?
300
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301
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
SUPER-
ESTRUTURA
Todas as formas
de consciência
social: Estado, leis,
justiça, idéias e
costumes.
INFRA-ESTRUTURA
Relações Sociais de Produção + Forças
Produtivas
(Meios de Produção + Força de Trabalho
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304
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305
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Fonte: http://www.rosanevolpatto.trd.br/incas.gif
PARA REFLETIR
306
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Fonte: http://br.geocities.com/a_capitalismo_2.jpg
307
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308
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309
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Alienação
Fonte: http://bp3.blogger.com/_U9c-kWSRqX4/R7IcPBUDh6I/AAAAAAAABzw
para Marx é a ação /nkT4rOY4Q2A/s1600-h/trabalhador-engrenagens-~-IND022.jpg
310
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Fonte: http://saladeaula.terapad.com/resources/2771/assets/images
está orientada para a posse / /alienação.jpg
311
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História Caderno Didático - 1º Período
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Sociologia da Educação UAB/Unimontes
Quadro 4
Autores Temas Ano
Pierre ? Estudo sobre os estudantes 1964
Bourdieu e universitários de Paris
Jean-Claude ? A reprodução: elementos para uma 1970
Passeron teoria do sistema de ensino
? Estudo da ação pedagógica e
violência simbólica
James ? Enquête nacional onde documenta 1966
Samuel as desigualdades escolares.
Coleman
Alain ?Movimento estudantil na Fran ça e 1967
Touraine e nos EUA
Seymour
Martin Lipset
Pierre ?Mobilidade – saber, a educação 1971
Dandurand como controle simbólico e
reprodução social.
316
História Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
317
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
Tempos Modernos.
O filme conta a história de um operário e uma jovem. O operário é
empregado em uma grande fábrica e desempenha um trabalho repetitivo
de apertar parafusos. De tanto realizar essa tarefa, o operário tem
problemas de stress e estafa.
318
3
História Caderno Didático - 1º Período
UNIDADE 3
A SOCIOLOGIA DE ÉMILE DURKHEIM
319
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
320
História Caderno Didático - 1º Período
321
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
das sociedades.
Nesse sentido, é importante perguntar o que é uma sociedade?
Durkheim afirmou que a sociedade deve ser compreendida como um
corpo social. Para a Biologia, o corpo humano é produto de uma complexa
relação entre órgãos e tecidos, que cumprem funções específicas e
mutuamente dependentes. Não adianta o coração cumprir bem sua
função de bombeamento do sangue, se o pulmão estiver comprometido,
doente. Certamente, o corpo como um todo padecerá.
Tomando de empréstimo esse raciocínio e também a noção
positivista de que as sociedades são regidas por determinadas lógicas que
podem ser compreendidas pelo pensador social, Durkheim desenvolverá a
idéia herdada de corpo social.
Mas de que maneira?
O corpo social é composto por um conjunto de órgãos ou
organismos sociais. Durkheim herda essa noção do organicismo. Para ele,
as instituições sociais seriam esses organismos, que teriam funções
específicas. Portanto, ao sociólogo caberia a missão de identificar as
instituições sociais presentes em variadas sociedades e, principalmente,
quais as suas funções. Isto é, qual a razão de sua existência? Qual a sua
serventia? Quais as suas atribuições?
Fonte: http://www.institutover.org.br/imagens/pessoas.jpg
De onde vêm as
PARA REFLETIR instituições? Como elas emergem?
As instituições sociais não são
As formas de agir, de
naturais. Elas não são criações
pensar e de sentir são fatos
divinas. Ao contrário, as instituições
sociais para Durkheim.
são criações da vida em sociedade
Têm uma vida própria, são
ao longo da história humana.
coercitivos e por isto se
As instituições sociais
impõem a todos, de
expressam as representações de que
geração em geração os
as sociedades têm e constroem
costumes são repassados.
sobre si mesmas, sobre seus
membros, e sobre as coisas com as
Figura 13: Os grupos sociais são
quais se estabelecem relações.
organizações da vida social e coletiva.
Durkheim desenvolveu o conceito
de Representação Social, que estudaremos mais adiante, para dar conta
dessa análise.
Nesse sentido, as instituições sociais, ao serem guardiãs das
representações sociais, cumprem a função de organizar as práticas,
pensamentos e sentidos da vida dos indivíduos em sociedade.
Quando se fala em instituições sociais, Durkheim está se referindo
às estruturas sociais que têm dimensão material e também simbólica. A
família, a escola, o governo, a polícia são alguns exemplos de instituições
322
História Caderno Didático - 1º Período
sociais.
Sociedades não modernas, como as indígenas, por exemplo, são
também compostas por instituições sociais. Assim, cabe ao sociólogo,
identificá-las, caracterizá-las e entender suas atribuições para o
funcionamento do corpo social.
Em suma, as instituições sociais podem ser entendidas como um
conjunto de regras e procedimentos socialmente definidos e aceitos pela
sociedade. Assim, as instituições sociais objetivam manter a organização
do corpo social.
323
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
324
História Caderno Didático - 1º Período
325
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
326
História Caderno Didático - 1º Período
sociedade.
O processo anômico se verificaria em três situações: a) crises
industriais e comerciais; b) conflito entre capital e trabalho, desarmonia
entre patrões e empregados; c) especialização extrema no interior da
ciência. (QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA, 2002).
Mas retomemos então a indagação feita anteriormente. Como
Durkheim entende a mudança social?
As condutas individuais são conformadas pelas maneiras de
pensar, agir e sentir que são suscetíveis de exercer coerção exterior; em
outras palavras a ação individual é constrangida pelos Fatos Sociais, a
mudança social reside na transformação destes. Se as instituições sociais
regem a vida em sociedade, é também aí o foco da perspectiva de análise da
mudança.
Os Fatos Sociais que se expressam nas regras, normas, leis, acordos
tácitos, tradições, costumes, ritos, expectativas de comportamento, etc.
estão profundamente arraigados à prática institucional. A família, a escola,
as leis/códigos do direito, o estado, dentre outras instituições, portam e são
os guardiões das regras de funcionamento da vida social.
Portanto, a mudança social só se efetiva a partir de mudanças nos
fatos sociais, nas instituições sociais. É, então, produto da relação entre os
indivíduos e as instituições sociais. De um lado, deriva do tensionamento, da
coerção exercida pelos fatos sociais, por intermédio das instituições sociais
e, de outro, dos “espíritos” ou consciências individuais. São mudanças que,
para se consolidarem como tal, demandam tempo na história.
Essa abordagem de Durkheim faz com que observemos nele muito
mais um teórico do funcionamento social, no sentido da coesão social, do
que propriamente um teórico da mudança social. Vem, principalmente,
dessa perspectiva, a crítica de que Durkheim é um pensador conservador.
Como Durkheim analisaria as transformações decorrentes das
insurreições revolucionárias? O êxito de mudanças profundas ou radicais
na estrutura das relações sociais estaria ancorado à capacidade de tais
processos de imprimirem alterações nas maneiras de pensar, agir e sentir
que exercem coerção sobre os indivíduos. Isto é, transformações no
conteúdo funcional das instituições sociais.
Dessa maneira, Durkheim acreditava que as revoluções eram muito
mais suscetíveis de produzir patologias sociais e anomia; a desagregação
social.
Durkheim via no socialismo “apenas indicadores de um mal-estar
social expresso em símbolos”. Ele rejeitava “as soluções para os problemas
sociais propostas pelos grupos que se qualificavam socialistas”.
(QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA, 2002, p. 45). Para ele, essa
abordagem concentrava nos aspectos econômicos da vida, inobservando
sua dimensão moral.
A mudança social estaria associada à noção de progresso. As
sociedades evoluem, progridem e se complexificam. Não havia dúvida para
Durkheim de que a Europa industrial da segunda metade do século XIX era
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Fonte: http://www.adrenaline.com.br/forum/papo-cabeca/220030-1968-
ano-que-nao-terminou.html
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Fonte: http://www.adrenaline.com.br/forum/papo-cabeca/220030-1968-ano-que-nao-terminou.html
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Fonte: http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens/escola-criança.jpg
Fonte: http://ursasentada.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
335
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2. ed.
São Paulo: Editora Moderna, 2005.
COSTA, Lúcio Flávio F. “A divisão do trabalho na perspectiva da
Sociologia clássica”. Cadernos de Ciências Sociais.
Unimontes,Departamento de Ciências Sociais, n° 02, ano 02, dez. 1996,
p. 15-24.
DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo:
Altas, 1995.
DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Martins
Fontes, 1995.
336
História Caderno Didático - 1º Período
Os miseráveis.
Na França, Jean Valjean é condenado a passar cinco anos na prisão por
roubar um pão. A pena vai aumentando devido às suas repetidas tentativas
de fuga, de forma que Jean Valjean acaba por passar dezenove anos na
prisão. Após cumprir a pena é posto em liberdade condicional, sendo que
se não se apresentar regularmente, nos termos da condicional, ficará preso
por toda a vida. Por isso, Valjean sente-se marginalizado por todos que
encontra, pois carrega o "passaporte amarelo" que o identifica como ex-
presidiário. O filme retrata a sociedade francesa onde os valores sociais
estão presentes em meio à tradição e a mudança.
337
4
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
UNIDADE 4
A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER
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História Caderno Didático - 1º Período
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Sociologia da Educação UAB/Unimontes
toda sua vida, mas conseguirá realizar em três períodos de quatro anos
cada: 1903 a 1906, de 1911 a 1913, de 1916 a 1919 uma extraordinária
produção intelectual.
Weber casa-se em 1893, com Marianne Schnitger, uma
intelectual que participou ativamente do movimento feminista da época.
Após morte sua morte, em 14 de Julho de 1920, ela organizou e publicou
vários textos deixados pelo esposo e escreveu uma rica biografia de sua
vida.
340
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350
História Caderno Didático - 1º Período
Fonte: http://br.geocities.com/vestihistoria/TextoII.htm
Figura 22: Getúlio Dornelles Vargas - Governou o Brasil por mais de 18 anos,
sendo até hoje o mais polêmico de todos os políticos brasileiros, graças ao
carisma capaz de mobilizar milhões de brasileiros.
351
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
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História Caderno Didático - 1º Período
353
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
354
História Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
COHN, G. Max Weber. 5. ed. São Paulo: Ática, 2006. p. 7-34. (Coleção
Grandes Cientistas Sociais)
______. Capitalismo e Moderna Teoria Social. Lisboa: Editora Presença,
1990.
GONZALEZ, Wânia R. C. A educação à luz da teoria sociológica
weberiana. Disponível em
www.anped.org.br/reunioes/25/minicurso/educacaoteoriaweberiana.doc
Acesso em 09.09.2008.
LERENA, Carlos. Educación y Cultura en Max Weber. Stuttgart: kroner
Verlasg, 1988.
NOGUEIRA, Claudio Marques. Considerações Sobre a Sociologia de Max
Weber. Caderno de Filosofia e Ciências Humanas – Unicentro Newton
Paiva, Ano VIII, nº 13, Belo Horizonte, outubro de 1999.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA,
Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos – Marx, Durkheim e Weber.
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002. (Coleção Aprender)
355
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
MACUNAÍMA
1976, Brasil. Macunaíma, uma adaptação da rapsódia de Mário de
Andrade, é a história de um anti-herói, ou "um herói sem nenhum caráter",
nascido no fundo da mata virgem. De preto vira branco, troca a mata pela
cidade, onde vive incrívieis aventuras, sempre acompanhado de seus
irmãos. Na cidade, segue um caminho zombeteiro, conhecendo e amando
a guerrilheira Ci e enfrentando o vilão milionário, Venceslau Pietro
Petrarca, para reconquistar o amuleto que herdara de Ci, o muirakitã.
Vitorioso, Macuinaíma retorna à floresta carregado de eletrodomésticos
inúteis, troféus da civilização.
356
5
História Caderno Didático - 1º Período
UNIDADE 5
AS CONTRIBUIÇÕES DE ANTONIO GRAMSCI E JOHN
DEWEY PARA A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
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História Caderno Didático - 1º Período
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Sociologia da Educação UAB/Unimontes
Fonte: http://mensnewsdaily.com
Os indiferentes
Odeio os indiferentes.
Acredito que viver
significa tomar partido.
Indiferença é apatia,
parasitismo, covardia.
Não é vida.
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História Caderno Didático - 1º Período
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Sociologia da Educação UAB/Unimontes
justificar toda liberdade de espírito, mas, por outro lado, tem conteúdo
preciso...” (JESUS, 1998, p.36).
Assim, através da aquisição dos instrumentos apropriados
poderiam influenciar novas relações sociais e, conseqüentemente alterar e
transformar as condições de vida dos menos favorecidos, verificados sob a
orientação da construção de uma nova hegemonia.
A concepção de cultura adotada por Gramsci, propiciará o
alargamento da convivência democrática e independente do domínio
ideológico e intelectual, fora da passividade e da subordinação. A sua
definição está relacionada às condições do desenvolvimento da
consciência crítica do ser social, e também da
organização, disciplina do próprio interior, tomada de posse
da própria personalidade, conquista da consciência
superior pela qual se consegue compreender o próprio valor
histórico, a própria função da vida, os próprios direitos e os
próprios deveres. (JESUS, 1998, p.32)
O fator determinante na concepção gramsciana é que ela
apresenta alguns elementos considerados bastantes significativos para a
formação de uma “consciência unitária” do proletariado que não pode
ocorrer espontaneamente ou de forma natural, o que significa dizer que ela
é resultado de um intenso trabalho de penetração cultural.
Através da cultura é possível conectar-se ao campo de
organização das massas e ter acesso à aquisição de instrumentos para o
raciocínio lógico ou seja a “liberdade de pensamento”.
No pensamento gramsciano, a vida social, na verdade a ação
política libertadora é, pois, produto da ação dos homens, conscientes,
capazes de provocarem transformações na realidade, organizados através
da “atividade prática”, motivados pela vontade.
O fato de ter construído seu pensamento a partir de problemas
reais, estando plenamente envolvido no movimento da história, da
sociedade e os desafios que sua época provocou, lhe permitiu elaborar as
analises tomando como referência às mudanças nas condições de vida dos
menos favorecidos.
O encaminhamento do processo de estruturação da hegemonia
se dará a partir de todas as relações sociais, fundamentalmente dos
campos econômico e político, pois a própria estrutura da sociedade é
fortemente determinada por idéias e valores, ou seja, uma questão de
cultura.
É por isso, que a esfera da cultura, enquanto espaço de
desenvolvimento da consciência critica do ser social, que o torna capaz de
intervir na realidade, é re-significada por Gramsci como reação à ideologia
secular da igreja e da mentalidade católico –jesuítica, que criou uma
postura de passividade, subserviência e conformismo, aos dogmas da
sociedade burguesa e ao avanço do poder do Estado.
Assim é que a elevação cultural das massas assume importância
decisiva nesse processo, a fim de que possam libertar-se da pressão
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História Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
371
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
Sarafina
Um som de liberdade. (EUA, 1993) Em pleno Apartheid, numa escola de
Soweto, em que o exercito patrulha de armas e as crianças gritam
“Libertem Mandela”, uma professora ensina história de uma forma
censurável fugindo ao currículo aprovado pelo regime. Sarafina é uma
aluna negra, que relata a história sobre a forma de uma carta dirigida a
Nelson Mandela e que, como tantos outros adolescentes, se sente
revoltada face às injustiças do sistema.
Mentes Perigosas
(EUA, 1995) O filme “Mentes Perigosas” conta a história verídica da ex-
fuzileira naval e professora Louanne Johnson. Sua trajetória em uma
escola norte-americana de Ensino Médio para alunos muito capazes,
porém, com grandes problemas sociais é abordada. Ao se deparar com
esses alunos problemáticos e sem interesse em se dedicar aos estudos, ela,
que a princípio mantinha uma postura tradicional de ensino, percebe que
precisa reformular sua prática pedagógica para criar um vínculo com seus
alunos, a fim de motivá-los. Ao transformar radicalmente a sua atitude
dentro de sala de aula, trazendo para suas aulas assuntos relevantes à
realidade de mundo de seus alunos, ela enfrenta automaticamente a
resistência da direção da escola que insiste na idéia de que os alunos
devem, exclusivamente, se deter ao programa educacional pré-
estabelecido, e jamais participar de atividades que não forem relacionadas
a ele.
372
RESUMO
373
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
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375
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378
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REFERÊNCIAS
BÁSICA
COMPLEMENTAR
COHN, G. Max Weber. 5. ed. São Paulo: Ática, 2006. p. 7-34. (Coleção
Grandes Cientistas Sociais)
381
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
LEMOS, Miguel. São Paulo: Nova Cultural, 1988. (Os Pensadores), p. 43-
61.
D E W E Y, J o h n . D e m o c r a c i a e E d u c a ç ã o . D i s p o n í v e l e m
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/dewey/cap12.htm Acesso
em 09.09.2008
www.anped.org.br/reunioes/25/minicurso/educacaoteoriaweberiana.doc
Acesso em 09.09.2008.
382
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SUPLEMENTAR
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ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
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