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Sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias

de operacionalização (Conclusão)
Formando: José Cesário Moreira

Quadro – Análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE


nos relatórios da Avaliação Externa das Escolas, da IGE, dos
Agrupamentos de Escolas Frei Estêvão Martins (2010) (Alcobaça), Josefa
de Óbidos (2009) (Óbidos) e São João do Estoril (2010) (Cascais).

Antes de iniciar o trabalho de análise dos relatórios, não queria deixar de justificar as minhas
escolhas. Estando actualmente a desempenhar funções de professor bibliotecário no
Agrupamento de Escolas da Nazaré, entendi que seria mais enriquecedor conhecer as
referências ao trabalho das bibliotecas de agrupamentos da mesma região, aferindo dessa
forma o trabalho desenvolvido na biblioteca onde exerço. Daí a escolha por um agrupamento
de Alcobaça e outro de Óbidos. No entanto, para que pudesse estabelecer uma comparação
com o trabalho desenvolvido por uma biblioteca de outra área geográfica, decidi analisar
também o relatório de um agrupamento da linha de Cascais.

A metodologia que desenvolvi para o trabalho partiu da leitura dos relatórios para o registo
das referências a respeito das BEs numa tabela com os domínios das conclusões da avaliação,
permitindo obter uma visão global da incidência dessas mesmas referências.

Assim, numa primeira análise há a salientar que em nenhum dos três relatórios existe
referência à biblioteca nos pontos correspondentes à introdução e à caracterização dos
agrupamentos.

E relação ao ponto sobre as conclusões por domínio, no que concerne aos domínios 1,
Resultados, e 2, Prestação do serviço educativo, não existem referências nos relatórios
analisados. Em relação ao domínio 3, Organização e gestão escolar, a BE é referida como é um
espaço dinâmico, bem organizado e atractivo no relatório do Ag. Frei Estêvão Martins. No
relatório do Ag. De S. João do Estoril faz-se referência à partilha de recursos com as escolas do
1º CEB, designadamente a biblioteca itinerante e computadores, como forma de promover a
igualdade no acesso a experiências de aprendizagem estimulantes.

Em relação ao domínio 2, Prestação do serviço educativo, no que diz respeito à articulação e


sequencialidade, o relatório do Ag. Frei Estêvão Martins refere que A BE optimiza a
articulação nos vários departamentos curriculares através do PNL e com a dinamização de
actividade para todas as crianças e alunos.

Sobre o domínio 3, Organização e gestão escolar, o relatório do AG. De S. João do Estoril e no


que respeita à gestão dos recursos humanos, refere a afectação do pessoal não docente em
função da sua formação ou perfil, destacando as assistentes operacionais da biblioteca. Sobre
a gestão dos recursos materiais e financeiros, verificam-se referências à BE nos relatórios dos
Ag. Josefa de Óbidos e S. João do Estoril. No primeiro, a A BE/centro de recursos educativos da
escola sede é referida como um espaço condigno e muito frequentado pelos alunos, incluindo
os adultos e a população escolar de outras unidades educativas, na sequência do plano de
acção que visa a articulação com as actividades lectivas e o fomento do gosto pela leitura. Do
relatório do segundo, salienta-se a partilha de materiais tecnológicos com as escolas do 1º
CEB e a biblioteca itinerante. Este indica ainda uma adequação dos recursos financeiros
disponíveis ao Projecto Educativo, investindo no acervo da biblioteca enquanto prioridade
pedagógica e didáctica. Quanto à participação dos pais e outros elementos da comunidade
educativa, apenas existe referência ao papel da BE no relatório do Ag. Frei Estêvão Martins,
pela oferta de valências, desenvolvimento de actividades diversificadas em articulação com os
departamentos e pela partilha de recursos. Finalizando este domínio, no que diz respeito à
equidade e justiça, o relatório do Ag. F. Estêvão Martins refere a actividade da BE como
orientada para a adequação do horário de forma a acolher os alunos que chegam cedo à
escola. Por sua vez, o relatório do Ag. De S. J. do Estoril salienta o ensino do Português Língua
não Materna a alunos estrangeiros, bem como a dinamização de uma biblioteca itinerante,
por serem considerados pelos docentes como um factor promotor de experiências de
aprendizagem estimulantes e de igualdade.

Sobre o domínio 4, Liderança, ao contrário dos pontos anteriores, os relatórios focaram alguns
aspectos em comum. No que diz respeito às parcerias, protocolos e projectos, nos três
relatórios é focada a RBE. Já o PNL não é mencionado no relatório do Ag. Frei Estêvão Martins.

Entrando na última parte dos relatórios, “Considerações finais”, apenas se verificam


referências, e como pontos fortes, nos relatórios dos Ag. Frei Estêvão Martins e de São João
do Estoril. No primeiro, a BE é referenciada como bem organizada, dinâmica e atractiva para
os alunos, desenvolvendo actividades em articulação com as várias escolas e departamentos.
No segundo volta a ser feita alusão à dinamização de uma biblioteca itinerante como forma
de promover a igualdade no acesso a experiências de aprendizagens estimulantes.

Deste trabalho de análise resultam algumas anotações que me parecem pertinentes:

 Em nenhum dos relatórios se faz referência à opinião dos alunos relativamente aos
serviços disponibilizados pela BE.
 Salienta-se o papel da BE na gestão dos recursos materiais e financeiros. Pelos serviços
que presta e pelos recursos que disponibiliza, a BE é cada vez mais um importante
parceiro no desenvolvimento do currículo e na promoção de um ensino inovador que
se centra na mudança de atitudes dos alunos face a novos desafios.
 A BE apresenta-se como referencial no que diz respeito à equidade e justiça ao
pretender, no seu dia-a-dia, abranger a totalidade dos alunos do agrupamento.
 A orientação, a organização, a diversidade de valências e de actividades, o trabalho em
articulação com os departamentos e a abertura e inclusão no seu plano de acção da
comunidade educativa fazem da BE são uma referência de qualidade inquestionável
para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem.
 Por último, contudo de igual significado, não é efectuada qualquer menção ao
professor bibliotecário/coordenador da BE nos três relatórios seleccionados.

Parece evidente que a referência à BE nos relatórios teve como fundamento alguns dos
resultados da aplicação do MAABE, principalmente no que diz respeito à orientação, à
articulação e à vocação para a existência de um plano de acção minimamente definido e com
o objectivo bem claro de abranger todos os alunos do agrupamento.

Contudo parece-me, ainda, que, na sua amplitude, os relatórios não correspondem nem
reflectem o trabalho que a BE desenvolve e o seu contributo para o sucesso das
aprendizagens dos alunos.

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