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RESUMO
Este estudo tem como objetivo identificar o Transporte do Recém-Nascido de Alto Risco, e
descrever a equipe de transporte e os cuidados de enfermagem, enfocado na literatura
científica. Trata-se de um estudo bibliográfico com busca realizada na Biblioteca Virtual de
Saúde, de artigos publicados no período de 2011 a 2017, utilizando os descritores: Cuidados
de enfermagem, Neonatal, Transporte de pacientes. Os critérios de inclusão para o
desenvolvimento do estudo foram: artigos de pesquisa, com resumo disponível e
apresentavam texto completo, disponíveis eletronicamentepublicado em português, espanhol,
inglês. Resultados: Após leitura dos 50 artigos pesquisados, foram selecionados 15 artigos
com aderência ao estudo. Os principais temas abordados nos artigos analisados foram:
Transporte de Recém Natos de risco, Equipe de Transporte Neonatal e Cuidados de
Enfermagem. Conclusão: Considerando o transporte intra e inter hospitalares, o estudo traz as
abordagens de autores pesquisados, sobre a importância de uma equipe treinada e
INTRODUÇÃO
O transporte de pacientes em situações críticas requer um profissional dedicado e com
estímulo para tal atividade, pois as condições dos pacientes e o ambiente de trabalho são
complexos. Conforme o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e
Emergência no trabalho em pré-hospitalar móvel, destacam-se como requisitos gerais para o
enfermeiro a disposição pessoal para a tarefa; equilíbrio emocional; preparo físico e mental
para a atividade; experiência anterior em serviço de saúde de assistência às urgências e
emergências; iniciativa e boa comunicação (BRASIL, 2002).
De acordo com Rodrigues, Oliveira (2004), as experiências estrangeiras exerceram
influência nos cuidados ao RN no Brasil, a partir do século XX, com adoção de métodos
usados em países desenvolvidos. Junto com a evolução das tecnologias no cuidado neonatal, a
atenção pré-natal de qualidade contribuiu de forma significativa para a diminuição da
morbimortalidade neonatal.
O deslocamento de recém-nascidos de alto risco exige uma sistemática de atendimento
que pode ser guiado com o uso de protocolos. Estes permitem o direcionamento dos cuidados
de enfermagem com possibilidade de organizar e uniformizar a prática.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Após leitura dos 50 artigos pesquisados, foram selecionados 15 artigos com aderência
ao estudo Os principais temas abordados nos artigos analisados foram: Transporte de Recém
Natos de risco, Equipe de Transporte Neonatal e Cuidados de Enfermagem.
Transporte de Neonatos
Para um transporte neonatal de qualidade é imprescindível que seja efetuado em
condições seguras para reduzir os riscos de intercorrencias. Quando o RN de alto risco nasce
em centros que não dispõem dos recursos indispensáveis ao seu cuidado, torna-se necessário o
transporte inter-hospitalar, cujo objetivo é proporcionar condições de tratamento, diminuindo
os riscos de morbidade e mortalidade
Marba (2011) aponta para uma correlação significativa entre o transporte neonatal
adequado e a redução dos índices de morbidade e mortalidade neonatal.
Loersch (2011) considera que a incubadora é um equipamento que fornece calor, que
precisa de uma fonte de alimentação por bateria para manter-se em funcionamento durante o
transporte e, mais comumente utilizado para o transporte neonatal. Assim, suas corretas
configurações são importantes para a continuidade dos cuidados durante o deslocamento, bem
como de outros equipamentos que precisam de suporte por bateria, como as bombas de
infusão, dispositivos de monitoramento, equipamento ventilatório.
Na tarefa de transportar pacientes, dentre outras, o enfermeiro é responsável pela
verificação dos materiais da ambulância, testagem dos equipamentos e análise das condições
gerais da viatura de transporte. A atuação exige conhecimentos e competências específicas
com o objetivo de atender o paciente em situações emergenciais, detectar precocemente
alterações e agir prontamente com a equipe para a adoção de terapêutica adequada ao caso
(MARTINS; MARTINS, 2015).
Sampedro et al, (2016) referem que a segurança do paciente e também da própria
equipe de transporte é uma prioridade contendo a prevenção de complicações um foco de
atenção de preferencia.
É recomendado um período de estabilização previamente ao transporte, com especial
atenção as vias aéreas e circulação. O modo de transporte deve ser adequado para comodar o
paciente e a equipe de transporte de forma segura, contendo materiais, equipamentos e
medicamentos necessários para um bom atendimento (TRABERI; ANDREOLIO;
LUCHESE, 2016).
Mata et al, 2017, relatam que existe uma variação na organização dos transporte
pediátrico em cada pais e região. No Chile o sitema de transporte é mixto, pediátrico e adulto,
51.4% dos hospitais tem um sistema de formação de pessoal de transporte e, 36,4% a
formação especifica em transporte pediátrico. Na Espanha e Portugal os sistemas de
transportes são fundamentalmente públicos, enquanto na America Latina coexsitem sistemas
públicos e privados. O equipamentos de transporte na península ibérica tem mais matrial
pediátrico e neonatal e recebem mais formação em transporte pediátrico do que na America
Latina.
Equipe de Transporte Neonatal
Assim como a manutenção e controle dos recursos físicos e materiais no veiculo de
transporte neonatal, a equipe de profissionais qualificados deve estar disponível 24 horas por
dia, devidamente treinada para execução do processo de transferência, de forma a garantir a
estabilidade do neonato e a eficiência dos cuidados.
Para o transporte de recém-nascidos na assistência à saúde, o Enfermeiro apresenta-se
como membro da equipe de transporte com ações importantes para um transporte seguro.
Karlsen et al., (2011), ao pesquisarem sobre a força de trabalho e a formação das equipes de
transporte neonatal nos Estados Unidos, constatou a ausência do Enfermeiro ou Enfermeiro
neonatal em apenas uma das 335 equipes em atuação. Este dado mostra como o profissional
de enfermagem está envolvido com essa modalidade de cuidado em saúde.
Vieira et al (2011) enfatizam que os transportes intra hospitalares apresentam risco
elevado de hipotermia, mostrando que devem ser realizados por equipes habilitadas e com
equipamentos adequados., considerando q hipotermia a intercorrencia clinica mais freqüente.
Albuquerque; Santos. (2012) ressaltam que o transporte neonatal é uma ação relevante
na assistência perinatal, em que sua eficácia envolve atividades de organização, comunicação,
recursos humanos e materiais, além de unidades adequadas para essa tarefa com um sistema
de atenção perinatal regionalizado e hierarquizado.
A estabilidade dos sinais vitais das crianças antes do inicio do transporte é pré
requisito para o transporte seguro. A ambulância do tipo UTI quando em configuração
Neonatal, dispõe de incubadora aquecida de dupla parede, ventilador mecânico neonatal,
bomba de infusão continua e monitores (ROMANZEIRA; SARINHO, 2014). Balbino,
Cardoso e Silva (2015) relatam que não há uma padronização referente a composição da
equipe que realizara o transporte neonatal, porem destacam que a presença do medico no
transporte inter hospitalar de recém nato, auxiliado por um enfermeiro é importante uma vez
que é o profissional habilitado para intervir em qualquer intercorrencia durante o transporte.
Quinn, Pierce e Adler (2015) identificam que o transporte neonatal ocorre por via
aérea ou terrestre, sendo a ambulância o modo básico, formado por equipes de transporte
capacitadas e com treino em habilidades de transporte. Essas equipes possuem competência
para executar ações de suporte de vida, administração de medicamentos em bolus de
inotrópicos, suporte ventilatório, atuação em arritmias, procedimentos de cardioversão ou
desfibrilação.
Pimenta e Alves (2016) consideram que definida a necessidade de transporte inter
hospitalar, as recomendações devem enfatizar a estabilização respiratória, cardivascular,
metabólica, térmica e o acesso vascular seguro. O transporte neonatal seguro deve ser
garantido independente da região, mas não há como organizar um protocolo universal para
esse tipo de atendimento, devido a diferenças das condições e da demanda do serviço.
Carneiro, Duarte e Magro (2017), enfatizam que a participação enfermeio tem a
predominacia de 95% na equipe multiprossional.
Cuidados de Enfermagem no Transporte Neonatal
Os cuidados de enfermagem são cada vez mais importantes no transporte neonatal,
para garantir a qualidade e segurança no atendimento. O sucesso depende diretamente do
planejamento, da atuação organizada da equipe, bem como da escolha de equipamentos
adequados.
Para Snow (2014), o treinamento de enfermeiros, utilizando protocolos para guiar os
cuidados com participação de simulação de cuidados de enfermagem no transporte de
neonatos de alto riscos, analisando os resultados no debriefing, ajuda no desenvolvimento de
habilidades individuais e na atuação em equipe.
Pimenta e Alves, (2016) consideram que o enfermeiro tem a responsabilidade durante
o percurso de observar eventuais alterações nos sinais vitais do recém nato, alterações na face,
choro e atentar para que os ruídos e luminosidade não prejudiquem, pois esses fatores
predispõem ao maior estresse do recém nato durante o percurso.
CONCLUSÃO
Considerando o transporte intra e inter hospitalares, o estudo traz as abordagens de
autores pesquisados, sobre a importância de uma equipe treinada e equipamentos adequados
para a qualidade da assistência e segurança do neonato, evitando as intercorrencias e morbi
mortalidade. O estudo mostra que o transporte deve ser preparado com equipamentos e
materiais para suporte dos procedimentos que garantam a segurança do neonato.
É possível observar a abordagem sobre a impossibilidade de uma padronização de
equipe de transporte, considerando a diversidade regional e demanda de atendimento.
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