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MANUAL

DO
Coração de Jesus
PARA OS ASSOCIADOS

DO

APOSTOLADO DA ORAÇÃO

31• EDIÇAO BRASILEIRA


505•-554• MILHEIROS

I 96�
Imagem do Sagrado
Jesus venerada na Igreja
tíssimo nome de Jesus
DIAS DE GUARDA

Circunci ão de Nos o Senhor 1• de janeiro.


-

Epifania (Reis) 6 de janeiro.


-

A c. de Nosso Senhor 40 dias depois da Páscoa.


-

SA,;TOS
Corpo de Deus - 5•-feira depois da SS. Trindade.
São Pedro e São Paulo - 29 de junho.
Assunção de Nossa Senhora - 15 de agôsto.
Todos os Santos 1° de novembro.
-

Imaculada Conceição - 8 de dezembro.


atai - 25 de dezembro.

Imprimi Poteu

Ex commissione Emmi. ac Revmi. Archiepisc. S. Se·

P. losephm Gemi/, S .I.


bastiani Flumio. Ianuarii.
da Frota
a
Flumine J an u ri o, 8 dec. 1964.

TODOS O DIREITOS RF ERV.ADO


O APO. TOLADO DA ORAÇÃO
. ·o BRA. IL

O tttiiJJfÍmtnlo tJPiritual Jo BraJil ;


obra do lfpoJtolado da Orarão. Ora, q

Apostolado da Orarão tudo dtr•t ao Pt.


Taddti. (Cardtal L•mt).

A dev ào ao S. Cornçilo de Jesus cantada nos inA­


plrados rsos de Anchieta, primeiro apóstolo do Dra­
sU, prop ada no éculo XVIU pelo ardor lncansâ­
vel de briel 1\lalagrida, o apóstolo mârtir, teve
com um erceiro filho da Companhia de Jesus, o
apogeu orioso do seu apostolado.

A l9 d outubro de 1871, o Pe. Bartolomeu Taddei,


chamado om razllo Apóstolo do Coração de Jesus,
fundava ltu o primeiro centro do Apostolado da
Oraçllo n Brasil. Era o grllozlnho de mostarda. Ho­
je, passa s 90 anos, os centros são mnls de 6.000 com
4.000.000 associados.

O Apost ado da Oraçllo, aproximando ns ntmaA do


Coração ino e da Eucaristia, de terrou o janse­
nismo no rasU e lançou os mais sólidos alicerces
p!Lra a vi cristã de nossa pátria. Com seu humUdo
:'IIEN AO O de Itu, o ardente Pe. Taddei, alertou
ns consciê las para a defesa dos seus direitos
Bala o 19 Congresso Católico do Bra­
om os outros do Rio e de . Paulo, fo­
delras Jlrimlclas da AÇAO CATóLI A
OClAL.

lo da Oração no Urasil, entoa um hino


o Cora�\lio 'antlsslmo, fonte de todo o
bem, rnj:'a -lhe humildemente dilate e consolide
seuREI '0 E A11JOR ·o. CORAÇOE DE TOnOS
OS Ull.ASlllllOS. ganhando-os Individualmente pe­
la sua con ração pessoal, col tlvamente pela con-
:! MANUAL DO CORAÇAO DE JESUS

çõos religiosas e ch·ls, dos Rens m u nicfplo


dos, até reinar plenamente como REI DO B A IL,
t
so.graç>io de tõdas a� suas famlllas, de suas o.asocln­
osta­

conforme pede a CON AORAÇAO NACION que


Ih fiz m os no XXXVI Congresso Eucarlst o In-
ternacional.

OFERECIME TO DO DIA
· i
Ofereço-Vos, 6 meu Deus, em união co o San­
tíssimo Coração de Jesus, e pelo Coração macu­
lado de Maria, as orações, obras, sofri ntos e
alegrias dêste dia, em reparação de nossas fensas
c por tôdas as intenções pelas quais o m mo di­
vino Coração está de contínuo a interce r e sa­
crificar-se em nossos altares. Eu vo-los o eço de
modo particular pelas intenções recomen das aos
associados do Apostolado neste mês e te dia.

Indulgências

1. Plenária, nas condições de costume, os fiéis


que, pela manhã, oferecerem a Deus, co ualquer
fórmula, o trabalho de todo o dia, quer m ai, quer
intelectual;

2. Parcial do 1100 anos, tOdas as vêzes q


pelo menos de coração contrito, renovar devota­
mente, com qualquer piedosa. invocação, a erta dês­
te trabalho presente. O presente decreto lerá pa­
ra sempre, não obstante qualquer coisa e ontrârlo.

Em Roma, da Sagrada Penitenciaria


aos 25 de novembro de 1961.
ESTATUTOS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

TA PONTIFíCIA DE APROVAÇÃO
Ao nosso dileto Filho

JOÃO BATISTA JANSSENS


·Prepó to Geral da Companhia de Jesus e Diretor
Geral a Associação do «Apostolado da Oração»

PIO XII, PAPA

Filho,
Saú e Bênção Apostólica.
A (i de atender às necessidades dos tempos, as
divers instituições de zêlo pastoral precisam al­
gumas êzes, conservando embora sua índole e es­
pírito �óprio, adaptar-se às novas circunstâncias.
Tal fi o que aconteceu outrora à Pia Associa­
ção de inada Apostolado da Oração. Nascida de
modest inícios, desenvolveu-se depois pelo espa­
ço de is de cem anos, como uma grande Obra
que, pa se adaptar às novas condições, mais de
uma ve (foi a última em 1896) remodelou seus
Estatut, conservando porém integralmente o que
parecia sencial à Associação.
De de tão são já passados 50 anos, durante os
quais a ApostóliC'.a publicou não poucos doeu;
·
10 MA U A L DO CORAÇAO DE JESUS

mento e exortações sôbre as diversas espécies de


apostolado e que louvam grandemente o Pio Soda­
lício, como oportuno para os nossos temp s. Jul­
garam pois, com razão, seus diretores, que êle te­
ria por diante muito maior eficácia, se assi ilasse
e como que se impregnasse da fôrça dêstes tos da
Santa é. Por êste motivo fêz-se uma c dadosa
revisão dos E tatutos da Pia Associação ue sob
nova forma, foram apresentados à Sé Ap tólica.
Nó , que conhecemos perfeitamente o frutos
abundantissimos dêste Apostolado especia e que
em várias ocasiões o recomendamos com t to en­
carecimento, mandamos examinar os s reditos
Estatutos e a sim revistos pareceram-No dignos
de Nossa inteira aprova�ão.
Com efeito, êles mostram em plena I
portãncia e o valor do piedoso Sodalício,
tando-o como instrumento eficacíssimo p a o mi­
nistério apostólico dos nossos dias, que
salvação individual dos fiéis, quer para o
universal das almas.
Em relação a ê te ofício pastoral, há ês pon­
tos nos novos Estatutos que julgamos erecer
uma recomendação particular.
Em primeiro lugar, levando esta Ass ação os ·
fiéis a auxiliarem o ministério da lgre , com o ·

oferecimento que fazem a Deus de sua orações,


trabalhos, sofrimentos e sacrifícios, e a olabora­
rem a sim em propagar o Reino de sto, não
õmente desperta nêles o zêlo das ai e uma
intensa solicitude da salvação do pró o, mas
também anima e desenvolve o uso daq s meios
e fôrças sobrenaturais, dos quais depen o suces­
so e eficácia de todos os trabalhos ap ó!icos.
APROVAÇÃO PONTIFICIA li

Por esta razão faz também com que tal aposto­


lado não se limite a urna mera atividade exterior,
nem fique desprovido de. frutos duradouros.
Além disto, merece especial menção o modo per­
feitíssimo com que os associados do «Apostolado
da Oração» são levados a orar e dedicar-se ao
apostolado. Dêles não se exige apenas urna ou ou­
tra forma de oração, mas são exortados a trans­
formar a vida inteira numa oração que se eleva
a Deus, e num sacrifício de si mesmos pela causa
do apostolado. Por meio do oferecimento diário,
que é o elemento essencial do «Apostolado da Ora­
ção», e que se aperfeiçoa com outros exercícios de
piedade, dirigidos principalmente ao Coração San­
tíssimo de Jesus, tôda a vida de seus membros
se .transforma num sacrifício de louvor, de im­
petração e desagravo.
Põe-se desta maneira em prática o que no batis­
mo se havia iniciado: o dever do cristão viver urna
vida que seja um sacrifício oferecido, em Cristo
e com Cristo, a Deus Pai, para a salvação das ai-
. mas. Os variados exercícios de piedade de que o
«Apostolado da Oração:�> lança mão, para comple­
tar e aperfeiçoar êste oferecimento, considerados
em conjunto, formam um resumo da perfeição cris­
tã, e proporcionam todos os meios para os fiéis
santificarem sua vida no sacrifício do Apostolado
e tornarem frutuosissirno o mesmo apostolado com
a santidade da sua vida.

Pelo mesmo fato de proporcionar uurna forma


perfeitíssima de vida cristã» (Carta Ap. de Pio
XII ao Prep. Geral da C. dt! J., 19 de setembro de
1948, A.A.S. , a. XL, vol. XV, p. 500), o cApostola­
do da Oração:. encerra também um corno resumo
12 MANUAL DO CORAÇÃO DE JE US

-ediretório do ofício pastoral, que pode ser de


grande utilidade aos Sagrados Pastôres, em meio
da ll'rande variedade das obras apostólicas.
Se êles conseguirem que as ovelhas a· Si confia­
das façam com empenho e constância os atos pro­
postos pelo «Apostolado da Oração», sem dúvida
alguma se terão desincumbido de grande parte do
eu encargo pastoral. Sim, porque levar os fiéis
ao oferecimento cotidi:mo, é habituá-los e exor­
tá-los a oferecer a própria vida em sacrifício a
Deus Pai, juntamente com Cristo, e a aspirar to­
dos os dias àquela perfeição cristã, que fará real­
mente da vida de cada um urna oblação que não
seja Índigna de Deus.
Convidando os associados a unirem êste ofere­
cimento ao Sacrifício Eucarístico e a se aproxi­
marem com a maior freqüência possível da Mesa
agrada em espírito de reparação, esforçam-se os
Sagrados Pastôres para que os fiéis façam do In­
cruento Sacrifício do Altar o centro de sua vida.
I
Exortando-os ainda a oferecer a sua oblação pe­
las mãos de Maria, e a rezar, com piedade e de
bom grado o Rosário, como filhos amantíssimos,
que desejam testemunhar sua confiança no Cora­
ção tão misericordioso de nossa Mãe, os Pastôres
Sagrados os formam na devoção prática e sólida
para com a Virgem Mãe de Deus.
Quando ensinam aos associados que devem ofe­
recer todos os dias suas orações, frabalhos e so­
frim nto , pelas necessidades da anta Madre Igre­
ja segundo os desejos do Vigário de Cristo, ou co­
mo se costuma dizer, pelas sua intenções, não só
fomentam nêlcs o amor à Igreja e o hábito de sen­
tir perfeitamente de acôrdo com Ela, mas nutrem,
APROVAÇAO PONTIFICIA 1:1

como filhos da obediência, uma intensa dedicação


ao Sumo Pontífice, sem a qual não pode haver
união verdadeira entre os membros e a Cabeça
do Corpo Místico.
Finalmente na devoção acendr.ada ao Coração
acratíssimo de Jesus, que é como que a alma des­
ta Pia Associação, os fiéis são chamados à união
mais intima com Cristo. Daí a caridade mais fer­
vorosa para com o próximo, daí suas orações, tra­
balhos e sofrimentos elevados ao grau mais alto
de eficácia. Daí vem o zêlo de se consagrarem ao
Divino Coração e de Lhe oferecerem incessantes
atos de desagravo, os quais, sabemos de suas divi­
nas promessas, O levarão a derramar, como vemos,
torrentes de misericórdia e de graça sôbre os ho­
mens oprimidos por tantas misérias.
E não devemos esquecer que êste resumo e di­
retório do ofício pastoral, de que falamos, se pode
fàcilmente acomodar às diversas classes da socie­
dade, de modo a corresponder à índole, às aspira­
ções e às exigências de cada um, graças às Secções
especializadas, que a Associação organiza - co­
mo, por exemplo, as «Ligas do Sagrado Coração»
para os homens e a «Cruzada Eucarística» para as
crianças, já tão louvadas pela Sé Apostólica.
Pelo que, com Nossa autoridade, de bom grado
aprovamos os novos Estatutos da Pia União do
«Apostolado da Oração», e assim renovada a reco­
mendamos encarecidamente aos sagrados Antísti­
tes, confiando plenamente que êles haverão de pro­
pagá-la, com todo o cuidado e diligência, à medida
de suas fôrças. Pois alimentamos segura esperan­
ça de que a Pia Associação, longe de perturbar e
invadir as outras obras de apostolado, haverá de
14 MANUAL 00 CORAÇI\0 OE J ESUS

elevá-las a um grau mais alto de santidade, im­


pregnando-as daquele espírito de santidade e de
amor para com Deus e os homens, que assiste con­
tinuamente no Coração Santíssimo de Jesus, e que
inspira a agir como se deve.
Entretanto, como penhor das graças celestiais
e de Nossa paterna benevolência, a Ti, dileto Fi­
lho, e a todos os diretores e membros da mesma
Associação, concedemos, com todo o afeto no Se­
nhor a Bênção Apostólica.
Dada em Roma, junto a S. Pedro, no dia 28 de
outubro, na festa de Nosso Senhor Jesus Cristo­
Rei, do ano de 1951, décimo terceiro do Nosso Pon­
tificado.
PIO XII, PAPA

* * *
ESTATll'l'OS DO .\POSTOLADO DA OHAÇ,\0

PltOtl:l\110

Êstes novos E tatutos não alteram a natureza


e o fim do Apostolado da Oração, mas tem por
objetivo apenas explicá-lo, de acôrdo com as Cons­
tituições Apostólicas mais recentes e adaptá-lo às
necessidades atuais, conservando fielmente a idéia
do seus fundadores.
Portanto, em qualquer lugar que o Apostolado
se desenvolva de modo a não concordar com os
novos Estatuto , sem ir, no entanto, de encontro
ao fim, à natureza e aos elementos essenciais da
nos a associação, com grande discreção e prudên­
cia deverá acomodar-se aos novos Estatutos de
maneira que nem se destrua bem algum, nem se
de cuidem a nova orientaçõe .

J. 'A1' HEZA E FUr 00 APOSTOI.AilO DA.


O RA Ç O

O Apostolado da Oração é uma pia umao de


fiéis que vivem não sõmente para a própria sal­
vação, mas colaboram também, com a oração e o
sacrifício apo tólicos, para edificar o orpo 1\fís­
tico de Cri to ou seja, para propagar o seu Heino
na tena.
abendo que, como membros de Cristo, são res­
ponsáveis também pela alva�.ão do próximo, unem
sua vida com o mesmo Cristo, que está sempre a
interceder no céu e a se oferecer no sacrifício da
Missa: isto é, rezam e oferecem sacrifícios segun-
16 MANUAL DO CORAÇAO DE JESUS

do as intenções de Seu Coração, não só recitando


certas fórmulas, mas também oferecendo tôda a
sua vida com Cristo a Deus Pai.
Com esta oferta de si mesmos desejam pôr em
prática aquilo que pela fé sabemos: que somos
uma só coisa em Cristo pela graça, numa inefá­
vel comunhão de vida, e que nos devemos confor­
mar com :ltle. no· trabalho, na oração e no sofri·
mento, à medida de nossas fôrças.

11. O APO TOLADO DA ORAÇAO E A DEVOÇAO


AO CORAÇAO Sl\10. DE JE U

Esta união íntima com Cristo na oração e no


sacrifício, não é possível sem a união mútua do
amor. Da parte de Cristo o símbolo e a fonte dês­
te amor é o seu Coração, do qual manaram todos
os mistérios da nossa religião e a própria Igreja.
Da nossa parte de nenhum outro modo podemos
corresponder melhor a êste amor do que com a
devoção ao Coração Santíssimo de Jesus, que nos
leva ao conhecimento do mistério do amor divino
e nos· excita ao verdadeiro amor de Deus.
Portanto o Apostolado da Oração, prÓmóve por
todos os meios a devoção ao Coração Santíssimo
dE' Jesus. Anima os seus associados a se formarem
no espírito desta devoção, a praticarem e a pro·
pagarem os seus exercícios. Além disto também a
considera como um meio que. conforme o modo
de pensar da Igreja, corresponde de maneira par·
ticular às necessidades do nosso tempo, preparan·
do e promovendo o advento do Reino de Deus
no mundo.
ESTATUTOS 17

De modo que a devoção ao Santíssimo Coração


de Jesus está tão unida e é tão própria do Apos­
tolado da Oração que «com tôda a razão se pode
dizer que o Apostolado da Oração é uma forma
perfeita de piedade para com o Coração Santíssimo
de Jesus, e vice-versa, que a piedade para com o
Coração Santíssimo de Jesus não se pode de ma­
neira alguma separar do Apostolado da Oração»
(Pio XII ao M .R .P . Prepósito Geral da C. de J.
19 de setembro de 1948).

Ill. �fEIOS E PRATIOAS

Para alcançar o seu fim, usa o Apostolado da


Oração de meios ou práticas que, apesar de não
serem todos obrigatórios para todos, formam no
entanto em seu conjunto uma verdadeira regra
de vida cristã, e encerram um resumo da perfei­
ção cristã.
Lembrem-se os Pastôres de almas que êste con­
junto dos vários exercícios do Apostolado da Ora­
ção se lhes oferece um ótimo meio de formar no
verdadeiro espírito cristão e apostólico tôda a
classe de fiéis a si confiados, conforme a medida
da graça que Deus lhes concede.

A) Primeira prática : O oferecimento cotidiano.


A primeira e principal obrigação dos associados
é o oferecimento cotidiano, em que cada um ofe­
rece diàriamente a Deus tôdas as suas orações,
obras, alegrias e sofrimentos em união com Cris­
to e com as intenções de Seu Coração, segundo
lll MANUAL DO CORAÇAO DE J ESUS

as quais �le, como Cabeça de seu Corpo Místico,


está continuadamente intercedendo e oferecendo-
e em sacrifício por nós. Em virtude de nossa união
com Cristo esta oblação não só confere às nossas
ações uma fôrça impetratór'ia e satisfatória, mas
transforma a nossa vida inteira num sacrifício de
louvor e de expiação.
E porque esta nossa união com Cristo nossa Ca­
beça supõe necessàriamente uma união íntima com
o Sumo Pontífice, seu Vigário na terra, o Aposto­
lado da Oração propõe, cada mês, a todos os asso­
ciados, doi motivos de orar ou intenções, uma
geral e outra missionária «que o próprio Romano
Pontífice examina, aprova e abençoa com uma
bên�.ão celestial» (Cf. Epist. Pio XII «Cum pro­
xime exeat», de 16 de junho de 1944).

B) egunda prática : O S. acrificio da Missa


e a comunhão reparadora.
Êste oferecimento cotidiano recebe a sua per­
feição plena da união com o Sacrifício Eucarís­
tico, no qual as nossas oblações em Cl"isto e com
Cristo, sacerdote e vítima, se santificam e se tor­
nam participantes do infinito valor do seu sacri­
fício. Portanto unam o associados o mais inti­
mamente possível seu ofereciménto diário com o
acrifício da Missa, e particularmente se persua­
dam que, sendo o pecado o maior obstáculo para o
Reino de Cristo, êste sacrifício nos proporciona o
grande meio de satisfazer ao Eterno Pai ofendido­
pelos nossos pecados e também de desagravar as
injúrias feitas ao mesmo Coração de Jesus.
Façam, portanto, os associados, pelo menos uma
vez no mês, a comunhão em espírito de desa gravo,
ESTATUTOS 19

para satisfazer ao Senhor pelos pecados próprios e


pelos alheios e implorar Sua misericórdia. ·
São também aconselhados a ouvir Missa duran­
te a semana com a assiduidade que lhes fôr possí­
vel e a se aproximar freqüentemente da Sagrada
Mesa, durante o mês.

C) Terceira prática: A devoção a ossa Senhora.


Conhecendo bem que a Bem-aventurada Virgem
Maria faz junto de Deus as vêzes de nossa Mãe e
Advogada, e que sua intercessão dá a nossas ora­
ções uma eficácia particular, os associados recor­
rem também ao Coração Imaculado e maternal da
Bem-aventurada Virgem Maria e por suas mãos
oferecem a oblação cotidiana ao Coração de Jesus
e a Deus Pai. Além disto, são também aconselha­
dos a rezar cada dia, como prova de confiança fi­
lial no Coração misericordiosíssimo da Mãe de
Cristo e nossa Mãe, pelo menos uma dezena do
rosário de ossa Senhora, ou também o têrço in­
teiro, se fôr possível.

IV. EXERCICIO DE DEVOÇAO AO !110.


CORAÇAO DE JESU

endo a devoção ao Santíssimo Coração de Jesus


essencial ao Apostolado da Oração, os associados
promovem por todos os meios as principais formas
dêste culto, tantas vêzes recomendadas pela auto­
ridade eclesiástica, a saber: em primeiro lugar a
consagração pessoal ao Santíssimo Coração de Je­
sus, e também a das famílias e de tôdas as comu­
nidades; a celebração da Festa de Cristo-Rei;
além disto os vários exercícios de «reparação»,
20 MANUAL DO COHAÇÃO DE JESUS

tais como a hora santa, a Comunhão reparadora,


principalmente na 1' sexta-feira do mês, e em pri­
meiro lugar a celebração da Festa do Sagrado Co­
ração de Jesus.

V. ORGANIZAÇAO DO APOSTOLADO DA
ORAÇAO

A) O Apostolado da Oração tem sua organização


própria, a qual no entanto - ressalvados os ele­
mentos essenciais - pode e deve adaptar-se às di­
n•rsas circunstâncias.
B) O Diretor Supremo do Apostolado da Oração
P o próprio Prepósito Geral que ao tempo fôr da
Companhia de Jesus, o qual pode delegar o seu ofí­
cio a outra pessoa de sua escolha. Êste, por sua vez,
nas várias regiões é auxiliado pelos Secretários
Nacionais ou Regionais, conforme desempenham o
ofício numa nação inteira, ou nalguma região, ou
em relação a algumas obras do Apostolado da Ora­
ção. O «Centro» principal do Apostolado da Ora­
!;ãO está em Roma, na Cúria Generalícia da Com­
panhia de Jesus.
C) O Apostolado da Oração se organiza de acôr­
do com as dioceses. Em cada diocese se pode no­
mear um ou, se assim parecer conveniente por
motivos particulares, ainda mais Diretores dioce­
sanos os quais são designados pelo Ordinário do
lugar e t!m seguida constituídos pelo Diretor Ge-
'
ral ou pelo seu Delegado.
D) Na diocese podem-se erigir Centros, em to­
dos os lugares que parecer conveniente, por exem­
plo: em paróquias, igrejas, institutos religiosos,
escolas, etc. Os dito.11 Centros são eretos pelo Di-
ESTATUTOS 21

t·ctor diocesano. E' êle também quem, com a apro­


vação do Ordinário do lugar, nomeia os seus dire­
tores, que se chamam Diretores locais e devem
ser sacerdotes. Tal nomeação, se fôr anexa a de­
terminado oficio (por exemplo: de Pároco, de Di­
retor espiritual, etc.) valerá também, se não fôr
expressamente revogada, para seus sucessores no
mesmo ofício.
E) Tanto os Diretores diocesanos como os locais
estão sujeitos ao Ordinário do lugar, mesmo no
que diz respeito ao Apostolado da Oração, e.'tce­
tuando o que c refere aos Estatutos aprovados
pela Sé Apostólica.
F) Compete aos Secretários nacionais ou regio­
nais ajudar os l>iretores diocesanos e locais, sub­
ministrando-lhes tudo o que fôr útil, para propa­
gar e desenvolver o Apostolado da Oração na re­
gião que lhes é confiada. Êles ·também editam o
«Mensageiro do Coração de Jesus:o, órgão oficial
do Apostolado da Oração, e outros folhetos e es­
critos, que sirvam para o fim do Apostolado da
Oração. E' por êle , finalmente, que de ordinário
se correspondcm a Direção Geral e os Diretores
diocesanos e locais.

VI. ADl\H , l'ÃO DOS AS OCIADOS

Para válida admissão dos associados é necessá­


l'ia e suficiente a in crição de seus nomes, feita
com seu consentimento, no livro de registo ou no
fichário de um Centro legalmente constituído.
Para serem membros da associação exige-se de
todos unicamente o oferecimento cotidjano, pelo
modo acima mencionado. - Recomenda-se-lhes, po-
22 M A N U A L DO CORA ÇAO DE JESUS

rém, insistentemente que, além da dita oblação,


façam a comunhão reparadora uma vez ao mês e
· rezem todos os dias uma dezena do têrço de Nossa
Senhora. - Todos os restantes exercícios de pie­
dade são recomendados como meios para levar
mais fàcilmente uma vida cristã e alcançar o fim
do Apostolado da Oração.
. Façam os associados, conforme as possibilidades
de cada um, com tôda a fidelidade os vários exer­
cícios, de modo especial o oferecimento diário, e
se esforcem com tôda a diligência por viverem
cada dia mais conforme o espírito do Apostolado
da Oração.

VII. ZELADORES

A) Para propagar o Apostolado da Oração e


suas obras também os zssociados devem concor­
rer. Os que estão para isto preparados e são admi­
tidos pelo Diretor, se chamam Zeladores. Seu ofí­
cio é recrutar associados e formá-los ·no espírito
do Apostolado da Oração.
B) Para fazerem como devem e com proveito o
seu ofício, reúnam-se em tempos determinados,
possivelmente todos os meses, e o Diretor local
ou outro sacerdote competente os instrua, fortale­
cendo e desenvolvendo sua vida espiritual e ades­
trando-os também particularmente no. modo de
exercitar o seu apostolado. Tenham principalmen­
te a peito firmar-se no espírito apostólico e na
prática fervorosa da devoção ao Sagrado Coração
de Jesus, por meio dos dias de recolhimento e
dos exercícios espirituais.
C) Sendo de máxima importância para o bem
do Apostolado da Oração e de suas obras que os
ESTATUTO 23

Zeladores estejam imbuídos do espírito de oração


e de apostolado, devem esforçar-se grandemente os
Diretores, a fim de que êles sejam sempre em nú­
mero suficiente e se empreguem conforme as vá­
rias necessidades e condições pastorais. Tanto vale
e alcança o Apostolado da Oração, quanto valerem
o Zeladores e Diretores.

Vl.U. 'EQÇOE. DO APO 'TOLADO DA ORAÇAO

A) Para se adaptarem melhor às diversas con­


dições de pessoas e de lugares, podem-se estabe­
lecer nas várias localidades, com a aprovação do
Diretor Geral, ecções especiais do Apostolado da
Oração, designadas com seus nomes próprios, co­
mo «Cruzada Eucarística», «Ligas do Sagrado Co­
ração», etc.
B) Estas secções conservam os fins, as práti­
cas e a organização substancial do Apostolado da
Oração; acrescentam porém algumas obras parti­
c.ulares de piedade e de zêlo apostólico.
IX. REJ,AÇAO DO APO TOLADO DA ORAÇAO
COM A AÇAO CATOLICA E O TUA OBRAS
UELIGIO AS

utrindo e fomentando o Apostolado da Oração


a vida interior, que nos une continuamente a Deus
e que é a alma e a fôrça de todo o apostolado vigo­
roso; alentando e instruindo, além disto, os asso­
ciados, no zêlo apostólico, grandemente «Contribui
para promover e tornar cada dia mais fecundas
a Ação Católica e as outras associações que auxi­
liam a obra de apostolado da Igreja». Portanto, o
Apostolado da Oração exorta grandemente e incita
os associados a darem seus nomes e a colaborarem
nas obras apostólicas, principalmente na Ação Ca-
24 MANU A L DO CORAÇAO DE JESUS

tólica (Cf. Carta de Pio XII, de 16 de junho de


l944).
X. INDULGE:NCIA E PRIVILE:GIO

Para o futuro terão vigor unicamente os priVI­


légios e indulgências que foram reconhecidos pela
Sé Apostólica no dia I• de abril de 1952 e que se
enumeram a seguir.

* * *
A Sagrada Penitenciaria Apostólica, por ocasião
da aprovação dos novos Estatutos do Apostolado
da Oração benignamente concedeu, a 1• de abril de
)952, as seguintes indulgências em favor da men­
cionada Associação:

A) Indulgências para todos os Associados.


I. PLENARIA, 1• nas condições costumadas:
a) no dia da entrada nesta Pia União ou em qual­
quer uma de suas Secções;
b) nas festas do Santíssimo Coração de Jesus,
de N. S. Jesus Cristo-Rei e da Imaculada Concei­
ção de Nossa Senhora;
c) na primeira sexta-feira e no primeiro sábado
de cada mês;
d) na festa do S. Padroeiro mensal indicado pe­
los Diretores da Associação a cada associado no ·

próprio bilhetinho de cada mês;


e) uma vez na semana;
f) tôdas as semanas também quando, conforme
o Rescrito de Pio IX de 13 de maio de 1875 e o Bre­
ve de Leão XIII de 30 de março de 1886, fizerem
o exercício da Hora Santa;
26 MA 'UAL DO CORAÇAO DE JESUS

g) se costumarem rezar diàriamente uma deae­


na do S. Rosário: nas festas da Oração de N. .
Jesus Cristo (Têrça-feira depois da septuagésima),
do Coração Imaculado de Maria e na Solenidade
de S. José, Espôso da mesma Bem-aventurada Vir­
gem Maria Mãe de Deus;
2• tôdas as vêzes que, confes ados, fizerem a
Comunhão reparadora, visitando piamente alguma
Igreja ou oratório público e rezando pelas inten­
ções do Sumo Pontífice;
3• tôda as vêzes que no tempo pascoal, depoi
de haverem satisfeito ao preceito e de se haverem
confessado, se aproximarem da Mesa Eurarística,
com intenção de reparar com seu exemplo o escân­
dalo dado pela transgres ão dêstc preceito, se aljm
disto, visitarem alguma igreja ou oratório público,
c piamente orarem como acima ficou dito;

4° cada mês, no dia da Comunhão Geral, se dela


participarem, depois de se haverem confessado e
e, além di to, visitarem alguma· igreja ou orató­
rio público e rezarem pelas intenções do Sumo
Pontífice;
s• em artigo de morte, para cada um dos associa­
dos que, depoi da confissão e da comunhão ou,
se o não puder fazer, pelo menos contrito invo­
car de coração o antissimo om de Je us (não
lhe sendo po ível pronunciá-lo oralmente) e acei­
tar pacientemente a morte das mãos de os o
nhor como castigo do pecado;
11. PAR lAL, a lucrar-se pelo menos com o co­
ração contrito:
Jv de 300 dias, uma vez ao dia, se recitarem o
ato de oferecimento próprio da A sociação;
I DULOI!NCJAS 27

2• de 100 dias,
a) cada vez que o renovarem durante o dia;
. b) a cada ação que fizerem nas intenções do
Apostolado;
c) cada vez que assistirem a funções públicas,
trazendo ostensivamente a imagem do Sagrado Co­
ração de Jesus;
d) cada vez que rezarem uma dezena do Rosário
pelas intenções do Sumo Pontífice.

B) I ndulgências para os zeladores.


I. PLENÁRIA, nas condições costumadas:
1• no dia em que fizerem sua consagração total
ao Sagrado Coração de Jesus;
2• duas vêzes no ano quando, trazendo a cruz
própria de seu cargo, ornada com a imagem do
Sagrado Coração de Jesus, renovarem a mesma
consagração;
3• duas vêzes no mês nas festas dos Ss. Padroei­
ros, que o Diretor Geral assinalar para cada região;
li. PARCIAL de 300 dias, a lucrar- e pelo me­
nos com o coração contrito, tôdas as vêzes que se
reunirem ou todos juntamente, ou em grupos de
dois ou três, para se admoestarem un aos outros
e para se animarem a promover mais eficazmente
a glória de Deus.
211 M A N U A L DO CORAÇ!IO DE JESUS

PAOROEIRQ;; :llENSAI� J'Alt O RUASJI,

Aprovados pela Direção Geral do Apostolado da


Oração .

Janeiro: 25. Conversão de S. Paulo, Apóstolo.


29. S. Francisco de Sales, Bispo e Dou­
tor da Igreja.
Fevereiro: I. S. Inácio de Antioquia, Bispo e
Mártir.
4. S. João de Brito, Mártir.
Março: 7. S. Tomás de Aquino, Confessor e
Doutor da Igreja.
21. S. Bento, Patriarca.
Abril: 27. S. Pedro Canísio, Confessor e Dou-
tor da Igreja.
30. S. Catarina de Sena, Virgem.
Maio: 20. S. Bernardino de Sena, Confessor.
29. S. Maria Madalena de Pazzis, Vir­
gem.
Junho: 21. S. Luís Gonzaga, Confessor.
29. S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos.
Julho: 22. S. Maria Madalena, Penitente.
31. S. Inácio de Loiola, Confessor.
Agôsto: 20. S. Bernardo, Confessor e Doutor da
Igreja.
28. S. Agostinho, Bispo e Doutor da
Igreja.
Setembro: 17. S. Franci�co das Chagas, Confessor.
29. S. Miguel Arcanjo.
PADROEIROS MENSAIS PARA O BRASIL �9

Outubro: 3. . Teresa do Menino Jesus, Virgem.


17. S. Margarida Maria Alacoque, Vir­
gem.
Novembro: 16. • Gertrudes, Virgem.
30. S. André, Apóstolo.
Dezembro: 3. S. Francisco Xavier, Confessor.
27. S. João, Apóstolo e Evangelista.

* * *
NOVA SECÇÃO DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Para pedir instantemente a união dos cristãos


na única Igreja de Cristo
Entre os desejos que mais inflamavam o Cora­
ção de nosso Salvador durante a sua vida terrena
e que, no céu, constituem sem dúvida objeto par­
ticular de sua intercessão junto ao Eterno Pai, a
unidade da Igreja por Êle fundada ocupa certa­
mente um lugar principal. Pois aquêle grande de­
sejo do Senhor «de que todos sejam uma coisa só»
(Jo 17,21), não se pode realizar senão na sua mes­
ma Igreja, a qual, assim como é, por sua natureza,
santa e apostólica, assim é também una e católica,_
Portanto, quanto mais os cristãos de tôdas as
denominações, há tanto tempo separados pelas dis­
S('nc;ões de vários séculos, procuram e desejam nos
nossos dias a Igreja de Cristo una e santa, de tan­
ta maior importância é que tais indústrias e esfor­
ços sejam ajudados, em primeiro lugar, com a ora­
ção assídua de todos os fiéis.
Correspondendo, pois, perfeitamente ao fim do
Apostolado da Oração, que seus associados façam
sua esta intenção do Coração de Jesus e rezem
com fervor para que cesse esta separação dos ccis­
tãos e todos se unam à verdadeira Igreja de Cris­
to, fica instituído no Apostolado da Oração uma
Secção, cujos membros terão como obrigação prin­
cipal rezar para o mesmo fim e levar também ou­
tros a fazê-lo.
NOVA SECÇÃO DO APOSTOLADO DA ORAÇAO 31

As Normas para a constituição e govêrno desta


ecção serão as seguintes:

I. FIM

O fim da «Secção para implorar a umao de to­


dos os cristãos na única Igreja de Cristo» é pro­
mover entre os associados do Apostolado da Ora­
ção a prática de rezar pela união de todos os cris­
tãos na Igreja única de Cristo e despertar e alen­
tar nêles o espírito de caridade apostólica, que
leva a promo.ver também com sua atividade a obra
da união.
H. MEIOS

1. O Culto do Santíssimo Coração de Jesus -

Sendo o culto do Santíssimo Coração de Jesus, por


sua mesma índole, o melhor meio para superar as
dificuldades e as necessidades peculiares do nosso
tempo, ofereça-se a oblação diária, que os associa­
dos fazem pelas intenções do Coração de Nosso Se­
nhor, também para implorar a volta de todos os
cristãos ao único ovil de Cristo.
E todos os meses se celebre uma Hora Santa,
na qual e ofereça também ao Santíssimo Coração
de Jesus uma reparação pelos pecados cometidos
por todo aquêles que se gloriam do nome de cris­
tãos, na separação e depois da separação.
Deixa-se ao zêlo e às circunstâncias particulares
implorar do Senhor a graça da união, com outros
exercício de culto do Sagrado Coração, dirigidos
para o mesmo fim.
2. Exercícios de piedade. a) por ocasiãó da no­
ena de Pentecostes introduzida por Leão Xlll e
32 MA U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

na Oitava de Orações, que se costuma fazer do


dia 18 a 25 de janeiro, se se celebrarem publica­
mente, nelas tomem parte e cooperem. Se nalgum
lugar não se celebrarem em público, procurem fa­
zê-las pelo menos em particular, individualmente
ou em companhia de outros, e as promovam com
aprovação da autoridade eclesiástica.
b) Entre outros exercícios de piedade que os
associados podem fazer a seu arbítrio, recomen­
da-se principalmente que os sacerdotes rezem e
os fiéis mandem celebrar a Missa «ad tollendum
schisma» (para a cessação do cisma), cujo texto
se aplica muito bem aos outros cristãos separados
da unidade da Igreja; e que se reze o Rosário de
Nossa Senhora.

III. ORGANIZAÇÃO

1. Esta Secção pode ser organizada em qualquer


Centro do Apostolado da Oração pelo Diretor local
do mesmo Apostolado.
2. Podem ser nela recebidos todos os associados
do Apostolado da Oração, que estiverem dispostos,
não somente a rezar pela união de todos os cris­
tãos na única Igreja, mas também a promover nos
outros êste modo de orar e êste espírito apostó­
lico de união.
3. Para alguém ser membro desta Secção é ne­
cessário e suficiente que peça admissão ao Diretor
Local do Apostolado da Oração, e que por êle seja
recebido, de viva voz ou por escrito. Tôdas as de­
mais condições e cerimônias que, conforme os vá­
rios lugares, se julgar bem estabelecer, não atin·
gem a validade da admissão. Recomenda-se, porém,
NOVA SECÇAO DO APOSTOLADO DA ORAÇAO 33

aos Diretores locais, que só admitem os associa­


dos que estiverem em condições de exercitar êste
apostolado.
4. Cada mês ou, pelo menos, de três em três me­
ses, réúnam-se os associados desta Secção, para
tratar dos assuntos que possam ajudar a promo­
ver o fim da Secção.

IV. COOPERAÇÃO

Os associados unam e subordinem seus esforços


e trabalhos ao apostolado da paróquia e da dio­
cese e, quanto fôr possível, cooperem estreitamen­
te com as outras sociedades e associações que se
dedicam ao mesmo fim da união dos cristãos.
Roma, 5 de junho de 1959
Na Festa do Sagrado Coração de Jesus.

João B. Janssens
Diretor Geral do Apostolado da Oração.
Prep. Geral da Companhia de Jesus.

ORAÇ,\.0 PARA A UNIÃO

Senhor Jesus, ouvi as orações de vossos indignos


servos, que se confessam pecadores.
Fazei que nós sejamos uma coisa só, na vossa
única Igreja, santà e apostólica.
Enchei as nossas almas de vossa luz inextin­
guível.
Ponde têrmo à discórdia religiosa, a fim de que
todos Vos adorem com uma única voz e um só
coração.
:J� M A N U AL DO CORAÇÃO DE J ESUS

Senhor, que concedeis a graÇa, fazei que em bre­


ve se cumpra a vossa promessa de que haja um
só rebanho e um só pastor.
Fazei que todos reconheçam a vossa única Igre­
ja, e tornai-nos dignos da graça de louvar o vosso
nome a�ora e por todos os séculos. Amém.
(Oração composta por LeOnldas Fedcrov, sacerdote
russo, falecido depois de heróicos sofrimentos, sob
o regime comunista).

* * *
Para a recepção dos Zeladores e Zeladoras
do Coração d e Jesus
Os diretores diocesanos e locais, sfto convidados a obser­
var quanto lõr posslvel, as regras seg uintes, na ocaslfto de
entregar às pessoas que forem julga da5 dignas, o diploma
de Zeladores e Zeladoras do Coraçfto de Jesus.
I• Em geral a recepçfto deve ser na capela, ou diante
do �ltar do Coração de Jesus.
2• As medalhas, os diplomas e manuais sllo colocados
antecipadamente sObre o altar, diante do qual os novos
Zeladores e Zeladoras estilo reunidos.
3• O Diretor, revestido de sobre p eliz e estola, entoará
ou rezará o "A nós descei, divina L uz" ou o

Veni, Creátor Spíritus


Mentes tuórum visita
lmple supérna grãtia,
Qure tu creãsti péctora.
Qui díceris Parãclitus,
Altíssimi donum Dei,
Fons vivus, ignis, cháritas,
Et spiritãlis unctio.
:l6 M A N U A L DO CORA Ç A O DE J ESUS

Tu septifórmis múnere,
Dígitus patérnre déxterre
Tu rite promíssum Patris,
Sermóne ditans gúttura.
Accende lumen sénsibus,
lnfúnde amórem córdibus,
lnfírma nostri córp oris
Virtute firmans p é rpeti.
Hoste in repéllas lón gius,
Pacémque dones prótinus ;
Ductóre sic te prrevio,
Vitémus omne nóxium.
Per te sciámus da Patrem,
Noscámus atque Filium.
Teque utriúsque Spiritum
Credámus omni témpore.
Deo Patri sit glória
Et Filio, qui a mórtuis
Surréxit ac Paráclito
In sreculórum srecula. Amen.
Yl. Emitte Splritum tuum et creabúntur.
�. Et renovábis fáciem terrre.

Orémus
Deus, qui corda fidélium Sancti S p íritus illus­
tratióne docuísti: da nobis in eódem S píritu recta
sápere, et de eius semper consolatióne gaudére.
Per Christum Dóminum Nostrum. R. Amen.-

4• l!m seguida dirá algumas palavras acomodadas à oca·


slilo e procederá à benção das cruzes-medalhas e bentl·
nhos (tudo juntamente).
RECEPÇAO DOS ZELADORES 37

Bênção das medalhas

'fl. Adiutórium nostrum in nómine Dómini.


�- Qui fecit crelum et terram.
'fl. Dóminus vobiscum.
If. Et cum spíritu tuo.

Orémus
Omn ipotens, sempitérne Deus, qui, sanctórum
tuórum imagines sculpi aut pin&i non réprobas, u t
quóties illas óculis córporis intuemur, tóties, córum
actus et sanctitátem ad imitándum memória: óculis
meditémur : has, quresumus, imágines in honórem
et memóriam sacratíssimi Cordis uni �éniti Filii tui
adaptátas bene t dícere et sancti t flcáre dignéris
et prresta, ut quicúmque eas gestándo unigénitum
Filium tuum suppl iciter cólere et honoráre studúerit,
illíus meritis et obténtu a te grátiam in prresénti et
a:térnam glóriam obtíneat in futúrum. Per eúndem
Christum Dóminum nostrum. Amen.
O diretor asperge com água benta as medalhas
e entrega a cada um a sua, dizendo : '
"Recebei esta insígnia e trazei-a sôbre o coração,
para que vos iembreis continuamente do amor com
que o Coração do vosso Deus vos obsequiou, e
da dedicação a que vos obrigastes".
Entregando o Manual do A postolado dirá :
" Recebei êste livro que contém não só as instru­
ções doutrinais do Apostolado da Oração, mas tam­
bém as regras práticas que haveis de observar no
cumprimento do vosso cargo".
• Se forem rnullos bastará pronunciar urna' vez as fór­
mulas para a en trega da medalha, do manual e do diploma .
311 MANUAL DO CORAÇÃO DE J ESUS

Em seguida entrega a cada Zelador ou Zeladora


o seu diploma, dizendo:
"Recebei o diploma, em virtude do qual sois do­
ravante zelador (zeladora) do Coração de Jesus
e do Apostolado da Oração. Nosso Santo Padre o
Papa vos concede por êste título, duas indulgências
plenárias cada mês; duas vêzes por ano, quando
renovardes a vossa consagração e uma indulgência
de 300 dias cada vez que vos reunirdes, para vos
advertirdes mutuamente e vos excitardes a promo­
ver mais eficazmente a divina glória. Recitai o ato
de vossa consagração".

Ato de Consagração dos Zeladores


ao Divino Coração de Jesus

Dulcíssimo Jesus, fonte inesgotável de amor, *


Pai das misericórdias e Deus de tõda a consolação,
* que apesar de nossas misérias e de nossa indig­
nidade • vos dignastes descobrir-nos • as riquezas

inefáveis de vosso Coração.
Eu N . . . em ação de graças • pelos inumeráveis
benefícios que me tendes feito • a mim e a todos
os fiéis, • sobretudo em reconhecimento • da ins­
tituição da Divina Eucaristia, • e do amor que vos
leva • a imolar-vos cada dia • pela salvação do
mundo ; • em reparação dos ultraj es, • com que
eu e os demais fiéis • temos ofendidO o vosso Co­
ração amabilíssimo • neste mistério da vossa imen­
sa caridade para conosco; • e em união do divino
Apostolado • que exerceis sem cessar no santo
Tabernáculo ; * pela glória de vosso Pai, • pelo
triunfo da vossa !�reja ; • pelo adiantamento dos
justos • e conversao dos infiéis, hereges e pecado-
RECEf'ÇAO DOS ZELADORES :19

res, • me dedico inteiramente • ao vosso agrado


Coração • para a salvação destas almas, • e vos
consagro tudo o que me pertence, • todos os meus
bens, todo os merecimentos que tenho adquirido •
ou possa adquirir com a vossa graça ; • c prometo
propagar • o Apostolado do vosso divino Cora­
ção • quanto a minha fraqueza mo permitir.
• Além disso, • escolho a Bem-aventurada Vir­
gem Maria, • Rainha dos Apóstolos, e refúgio dos
pecadore , • para ser minha Mãe de um modo es­
pecial. • Eu me consagro e dedico • com tudo o
que me pertence • ao seu Imaculado Coração, •
propondo especialmente imitar seu terno amor aos
pecadores ; * c a fim de os socorrer mais eficaz­
mente, • prometo propagar, como puder, • o culto
do seu compassivo Coração.
Suplico-vos, poi , • meu dulcíssimo jesu , • por
vossa infinita bondade, • que recebais êste holo­
causto • em odor de suavidade • e como me inspi­
rastes o de ejo de vo-lo oferecer, • concedei-me
também graça abundante para o cumprir. Amém.
E' de tõda a conveniência acrescentar:
- "Considerando que os Soberanos Pontífices •
condenaram repetidas vêzes a maçonaria • e ou­
tras sociedades do mesmo gênero, • o espiritismo,
• o ateísmo comunista, • e as seitas protestantes •
eu . N. querendo obedecer • com amor filial •
à autoridade do Vigário de Jesus Cristo • tomo
a resolução e o compromi so • de nunca me alistar
nestas sociedades • e de não as favorecer, por ne­
nhum modo, • antes prometo combater corajosa­
mente, • empre e em tôda parte, • sua influência
maléfica, • suas doutrinas e os seus planos. •
Assim seja".
40 MANUAL DO CORAÇIIO DE JESUS

O Diretor levanta-se e dá a bênção dizendo :


"Senhor Jesus, dignai-vos receber sob a bandei­
ra do vosso divino Coração estas almas que de­
sejam dedicar-se à defesa dos vossos interêsses e
à propagação da vossa glória. A insígnia com que
as condecorastes seja para elas alento na luta con­
tra vossos inimigos visíveis e invisíveis, e sinal de
eterno triunfo".
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
ADMISSÃO DOS ASSOCIADOS
Não é necessária nenhuma solenidade, mas ape­
nas a inscrição dos candidatos no Registo do Cen­
tro. Em todo o caso, querendo-se fazer alguma
cerimônia particular benzem-se e entregam-se as
insígnias como à 'P· 37 e em seguida reza-se êste
ato de consagração :
O ' Coração infinitamente generoso • d e Jesus,
meu Salvador! Vós, não contente com derramar
• até a última gõta de sangue na Cruz, • vos dais
inteiramente a nós * na Sagrada Eucaristia, • em
que vos estais sempre oferecendo • a vosso Eterno
Pai • para a conversão dos pecadores, • para a
santificação dos j ustos * 'e triunfo da Santa Igreja.
Desejando eu corresponder • aos desígnios de
vosso Coração cheio de amor, • venho hoje con­
sagrar-me • inteiramente a Vós, * alistando-me
no Apostolado da Oração. Sim, ó Jesus, • eu dese­
jo viver intimamente • da vossa vida, * unindo
minhas orações, trabalhos e sofrimentos, • à vossa
oblação eucarlstica, • para dilatar o vosso reino •
no coração dos homens • e na vida pública das
nações.
BeNÇAO DA BANDEI RA 41

Dignai-vos, pois, • Coração cheio de bondade


• e de misericórdia • aceitar êste oferecimento
que vos faço • pelo _�.
1... oração Imaculado de Maria, •
vossa Mãe, • e concedei-me, • por sua intercessão,
• a graça de cumpri-lo fielmente • até o último
dia de minha vida. • Assim seja.

BeNÇAO DA BANDEIRA

'f. Adiutórium nostrum in nómine Dómini.


�. Qui fecit crelum et terram .
. 'f . Dóminus vobiscum.
�. Et cum spíritu tuo.

Orémus

Dómine lesu Christe, cuius Ecclésia e'st véluti


castrorum ácies ordinata : benetdic hoc vexillum,
ut omnes sub eo tibi, Dómine Deo exercítuum mi­
litantes, inimicos suos visíbiles et invisibiles in hoc
saéculo superare, et post victoriam in caelis trium­
phare mereantur. Per te, lesu Christe: qui vivis
et regnas in saécula saeculorum.
�. Amen.
(Et aspergatur aqua benedicta)
Pode-se acrescentar o Oremus do S. Coraç!lo ( p . 1 50) .

* * *
CERIMONIAL
Para a Consagração das Famílias
No dia aprazado com antecedência ( p à ra que a famlila
'
r ossa ler o folheto, fazer os preparativos externos e rece­
ber os sacramentos), à hora determinada, e presente, sendo
posSI\'cl, u m Sacerdote, reúne-se a fnmilía Inteira, no local
onde a imagem deve ser benzida.
O Sacerdote de sobrepeliz c estola explica brevemente o
que é a consagração - da f a m l l l a - ao Coração - de
Cr isto-Rei - e as novas obrigações que então se contraem.

Bênção da Imagem
Y. Adiutórium nostrum in nomme Dómini.
1�. Qui fecit crelum et terram.
V Dóminus vobiscum.
RI Et cum spíritu tuo.
Orémus
Omnípotens sempiterne Deus, qui Sanctorum
tuorum imágines sculpi aut pingi non réprobas, ut
quóties illas óculis córporis intuémur, tóties eorum
actus, et sanctitatern ad imitandum memória! óculis
meditému r ; hanc, quresumus, imAginem in honorem
CONSAORAÇAO DAS FAMILIAS 43

et memóriam Sacratíssimi Cordis Unigéniti Filii tui


Oómini nostri lesu Christi adaptátam benetdicere
et sanctitficare dignéris; et prresta, ut quicumque
coram illa Cor Sacratissimum Unigéniti Filii tui
supplíciter cólere et honoráre studuerit, illíus mé­
ritis et obténtu, a te grátiam in prresénti et aeter­
nam glóriam obtíneat in futúrum. Per eundem Chris­
tum Dóminum nostrum.
�- Amen.
O sacerdote asperge a imagem com água benta,
e todos os assistentes recitam em voz alta o Credo.
Se um sacerdote não puder assistir à entroniza­
ção, a bênção da imagem deve fazer-se antes.
Cortejo
Do lugar onde se efetuou a bênção até ao local
onde há de ser entronizada, convém se leve em
triunfo e com cânticos a imagem do Sagrado Cora­
ção, conduzida pelo dono da casa, ou pela pessoa
de maior dignidade na família.
Em seguida, estando todos de joelhos, recita o
Sacerdote a
Súplica
I

Amorosíssimo Jesus, dignai-vos, em companhia


de Vossa Mãe dulcíssima, visitar esta morada, e en­
cher seus ditosos habitantes das graças prometi­
das às famílias que de modo especial se consa­
gram ao vosso divino Coração.
Vós mesmo, ·dulcíssimo Jesus, em revelação à
vossa serva Margarida Maria, com amorosos de­
sígnios de misericórdia, solicitastes do mundo in­
teiro a homenagem solene de amor ao vosso Cora­
ção santíssimo, que tanto amou OS· homens, e dos
quais é tão pouc� amado.
�� M A N U A L DO CORA Ç AO DE J ESUS

Esta família, pois, acudindo pressurosa ao vosso


convite, em desagravo do abandono e apostasia
de tantas almas, vos proclama amável soberano
seu, e vos consagra absolutamente as alegrias e
tristezas, as dores e trabalhos, o presente e o fu­
turo dêste lar, de hoje para sempre inteiramente
vosso.
Abençoai, pois, Coração antíssimo, todo os pre­
sente ; abençoai os queridos ausentes ; e firmai
nesta casa, Senhor, - nós vo-lo rogamos pelo
amor de vossa Mãe santíssima - firmai nesta casa
o domínio da vossa caridade ; infundi em cada um

dos seus moradores o espírito de fé, de santidade


e de pureza : fazei que estas almas só a Vós per­
tençam, desapegando-as completamente do mundo
e de suas loucuras e vaidades.
Abri-lhes, Senhor, a chaga do vosso paternal Co­
ração, e nela, como em arca salvadora, guardai
até a vida eterna êstes, que vossos são e vossos
para sempre querem ser. V iva sempre neste lar,
amado, bendito e glorificado, o Coração santíssi­
mo de Jesus. Assim seja.
Pelos defuntos e ausentes reza-se um Pai-Nosso
e Ave-Maria.

Entronização

O chefe da família toma então a imagem do di­


vino Coração, coloca-a no trono de antemão pre­
parado, e vem ajoelhar-se com os mais para o
' CONSAORAÇI\0 DAS FAMILIAS 45

Ato de Consagração '

Coração saJ;rado de Jesus, que manifestastes a


anta Marganda Maria o desejo de reinar sõbre
as familias cr.istãs : sõbre a nossa vimos nós hoje
proclamar aqui vossa realeza absoluta. Queremos
viver doravante da vossa vida, queremos que flo­
resçam no seio desta família aquelas virtudes a
que prometestes já neste mundo a paz ; queremos
desterrar para longe de nós o espírito mundano,
que vós amaldiçoastes.
Vós reinareis em nossos entendimentos pela sim­
plicidade da nossa fé, reinareis em nossos cora­
ções pelo amor sem reservas em que hão de para
t:onvosco arder, e cuja chama hão de alimentar com
a recepção freqiiente da divina Eucaristia.
Dignai"vos, Coração divino, presidir às nossas
reuniões, abençoar as nossas emprêsas espirituais
e temporais, afastar de nós as angústias, santificar
ag nossas alegrias, e aliviar as nossas penas.
Se algum dia um ou outro de nós tiver a des­
graça de vos desgostar, lembrai-lhe, Coração san­
tíssimo, que sois ainda bom e misericordioso para
t:om o pecador arrependido.
E, quando soar a hora da separação, quando a
morte vier lançar no meio de nós o luto, nós todos,
os que partem e os que ficam, seremos submissos
a v.ossos eternos decretos. Consolar-nos-emos com
o pen amento de que há de vir um dia, em que tôda
a família, reunida no céu, possa cantar, para sem­
pre, as vossas glórias e os vossos benefícios.
' A b�nçllo do quadro e �ste A to de Consagra ç ão slo
as únicas orações In dispensáveis para as Indu lgências ( P.
et pia opera ) .
46 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

Digne-se o Coração I maculado de Maria, digne­


se o glorioso Patriarca S. José, apresentar-vos esta
consagração, e trazê-la à nossa memória todos os
dias da nossa vida !
Viva o Coração de Jesus, nosso Rei e nosso Pai !
( Rescr. de 1 9 de maio de 1 908 ) ,

últimas orações
Depois da consagração, o sacerdote diz de pé as
orações seguintes:

Orémus
Réspice, quresumus, Domine, super hanc famíliam
tuam, pro qua Dóminiis noster Jesus Christus non
dubitavit mánibus tradi nocéntium et crucis subire
tormentum.
Famíliam tuam, qu<Esumus, Dómine, contínua pie­
tate custódi, ut a cunctis adversitátibus, te pro­
tegente, sit libera, et in bonis áctibus tuo nómini
sit devota.
Deus, qui nobis, in Corde Fílii tui, nostris vul­
neráto peccatis infinitos dilectionis thesáuros mise­
ricórditer largiri dignáris, concéde, quresumus ; ut
illi devótum pietátis nostrae pra!Stántes obséquium,
dignre quoque satisfactiónis exhibeámus officium.
Per Christum Dominum nostrum.
�. Amen.
O sacerdote, ajoelha-se de nôvo e recira com a
família o
CONSAORAÇ.\0 DAS FAMIL I AS 47

Ato de Consagração ao Puríssimo Coração


de Maria
que se pode louvavelmente acrescentar, atendendo
ao pedido de Nossa Senhora de Fátima e ao apêlo
do Santo Padre Pio X I I '
Maria, Virgem poderosa e Mãe de misericórdia,
Rainha do Céu e refúgio dos pecadores, nós nos
consagramos ao Vosso Coração Imaculado. Nós
Vos consagramos o nosso ser e nossa vida inteira,
tudo o que temos, tudo o que amamos, tuno o que
.somos. A Vós nossos corpos, nossos corações, nos­
sas almas. A Vós nossos lares, nossas famílias,
nossa Pátria. Queremos que tudo em nós, tudo o
que nos rodeia vos pertença e participe dos bene­
fício de vossas bênçãos maternas. E para que es­
ta consagração seja realmente eficaz e duradoura,
nós renovamos hoje, a vossos pés, Maria, as pro­
messas do nosso Batismo e da nossa primeira Co­
munhão.
Nós nos comp'rometemos a professar corajosa­
mente e sempre a verdades da Fé, a viver como
católico inteiramente submissos a tôdas as ordens
do Papa e dos Bispos que estão em comunhão com
J:õle. Nós prometemos observar os Mandamentos de
Deus e da Igreja, e particularmente a santificação
do Domingo. Nós prometemos arraigar na nossa
vida, quanto nos fôr possível, as consoladoras prá­
ticas da religião cristã e principalmente a sagrada
Comunhão.
• "Da prática desta devoção unida à consagração ao
I maculado Coração de Maria , depende a guerra o u a paz no
mundo; por isso eu desejo tanto n sua propagação, e sobre­
tudo por $er essa a vontade do nosso Bom Jesus e d a nossa
tão querida Mãe do Céu" U1cia em l!l-3-1939 ao seu DI­
retor E. plritua l .
48 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

Nós vos prometemos finalmente, gloriosa Mãe de


Deus e Mãe carinhosa dos homens, pôr todo o noS!iO
coração ao serviço do · vosso culto bendito, a iim
de apressar, de assegurar, pelo Reino de Vosso
I maculado Coração, o Reino do Coração de vosso
Filho adorado nas nossas almas e em tôdas as al­
mas, na nossa Pátria querida e no mundo inteiro,
assim na Terra como no Céu. Assim seja.
3 anos de indulgência , plenária ao fim de um mEs.

Salve Rainha.
Sacratíssimo Coração de Jesus, tende piedade
de nós ! (três vêzes).
Coração I maculado de Maria, rogai por nós!
S. Jorge, rogai por nós !
Santa Margarida Maria, rogai por nós !
Sacratíssimo Coração de Jesus, protegei as nos-
sas famllias.
O sacerdote, de pé, dá a

Bênção final
Benedictio Dei omnipotentis, Patris, et Filii t. et
Spiritus Sancti, descenda! super vos, et mancat
sem per.
�. Amen.
E conclui-se a solenidade com alguns cânticos
em honra do Coração de Jesus e de Nossa Senhora.
D I RETORI O DAS REUNJOES 49

Indulgências
I • No dia da consagraç4a: 7 .anos para os membros da
fnmllla que assistirem devotamente ao ato de consagração,
com o cornçlo contrito; Indulgência plenária se se tiverem
confessado e comungado, e orarem pelo S. Pontlflce.
2• Na rcnovardo da consagraçlia (pode ser no anlverdrlo
ou em outro dia) : 3 3nos aos que renovarem o ato de con­
�agraçl!o diante da Imagem do C oração de Jesus, e plenária
nas condições de costu me.
Para a consagração de uma paróquia, de um co­
légio, de uma associação, de um município, etc.,
pode-se usar qualquer fórmula aprovada pelo R ró­
prio Ordinário. sem perder as indulgências (Ver
também p. 1 44). L

DIRETORIO
Das reuniões mensais dos Zeladores e Zeladoras
O Presidente ou a Presidente, rezará as orações
seguintes, que os demais acompanharão.
Vinde, Santo Espfrito, enchei os corações dos vos­
sos fiéis e acendei nêles o fogo do vosso amor.
Y. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
no. E renovareis a face da terra.

Oração
O' Deus que ensinastes os corações dos vossos
fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que por
êste mesmo Espírito saibamos praticar o bem e
gozemos sempre de sua consolação. Por Jesus Cris
to Nosso Senhor. Amém.
5 anos de lnd . ; plenária no mê�.
Em seguida farão o oferecimento segundo a in�
tenção do mês.
50 MANUAL DO CORAÇAO DE JESUS

Ofereço-vos, ó meu Deus, em união com o San­


tíssimo Coração de Jesus, por meio do Coração
I maculado de Maria, as orações, obras e sofri­
mentos dêste dia, em reparação das nossas ofen­
sas e por tõdas as intenções, pelas quais o mesmo
divino Coração está continuamente intercedendo e
sacrificando-se em nossos altares ; eu v o-lo mfereço
de modo particular por (aqui se dif:em as intenções
do mês).
I Pai-Nosso e 10 Ave-Marias, com a eguinte
jaculatóri a :
Doce Coração d o meu Jesus, fazei que e u vos
ame cada vez mais.
Sentados todos, o Diretor fará uma exortação
ou mandará ler algumas páginas do "Mensageiro",
do Manual, ou de um livro e piritual. O Secretário
lê então a ata da essão anterior e o tesoureiro o
movimento do mês.
Depois o Presidente e em eguida os Zeladores
contarão com simplicidade as indústrias que o Co­
ração de Jesus lhes sugeriu e as ocasiõe que se
lhes ofereceram de exercer o apostolado, v. g. : fa­
vorecer algum casamento de gente pobre; assistir
algum doente e ministrar-lhe socorros ; vestir al­
gum menino para poder freqüentar o catecismo ou
a Comunhão reparadora ou a escola ; concorrer
para o entêrro de algum defunto pobre ; fazer su­
frágios por sua alma ; recomendar às orações dos
associados alguma alma necessitada; promover al­
guma devoção, primeiras comunhões, auxiliar algu­
ma igrej a pobre com paramentos; a consagração
das famtlias ao S. Coração ; promover a leitura do
Mensageiro e de boas publicações, ajudar alguma
vocação, bem como outras boas obras que a ca-
D I RETó R I O DAS REUNI OES .51

ridade sugere e que por vêzes vêm indicadas no


Mensageiro por iniciativa dos outros.
Além destas obras habituais, circunstâncias par­
ticulares poderão aconselhar outros empreendimen­
tos que os Zeladores ou Zeladoras abraçarão com
tanto maior ardor e empenho, quanto a deliberação
comum tiver melbor demonstrado a sua utilidade.
Em resumo: as deliberações devem versar ordi­
nàriamente sõbre dois objetos; primeiramente, sõ­
bre a propagação do Apostolado e a regularidade
dos seus vários exercícios; em segundo lugar, sõ­
bre as obras que o Conselho há de adotar de ma­
neira permanente, como mais conformes aos dese­
jos de Nosso Senhor e às necessidades dos diversos
lugares.
Procurem conhecer e observar com particular
cuidado as recomendações pontifícias, diocesanas
e P..a roquiais, sõbre as Missões, Vocações sacerdo­
tais, Ação Católica, Catequese, etc.
Deve-se observar muita ordem e respeito du­
rante as reuniões, evitando-se o atropêlo de idéias
e discussões inúteis. O Diretor ou o Presidente pro­
porá os diferentes assuntos que estão na ordem
do dia da sessão presente, depois, dará sucessiva­
mente a palavra aos membros do Conselho ; e quan­
do todos tiverem dado seu parecer, êle resumirá
a deliberação e porá a questão a votos, se parecer
conveniente.
Ao Diretor Local devem ser submetidas as de­
liberações tomadas nas reuniões, quando êle não
as presidir.
Nessa reunião os Zeladores ou Zeladoras darão
conta dos novos associados an �ariados, dos fale­
cidos, da consagração .de famihas, de nov�s assi­
naturas e das esmolas que tiverem recolh1do du-
52 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

rante o mês, as quais o Tesoureiro receberá e lan­


çará no livro competente, depois de somá-las à
vista.
Se o Diretor estiver presente, a êle compete di­
rigi r a reunião e encerrá-la, depois que as idéias
mais úteis e práticas tiverem sido apresentadas.
Estas reuniões convém sejam feitas na última
semana de cada mês, a fim de que os Zeladores
e Zeladoras recebam os bilhetes · das intenções do
mês seguinte, a tempo de os poderem distribuir
com a devida antecedência.
E' conveniente também haver um livro, onde o
Zelador-Secretário e a Zeladora-Secretária escre­
vam as atas de cada sessão, a fim de que fiquem
conservadas, para lembrança e boa execução, as
deliberações tomadas, e notados os fatos edifican­
tes para glória do Sagrado Coração.
Leiam-se, para maior clareza e direção, os arti­
gos dêste Manual, que dizem respeito aos Zeladores
e Zeladoras em geral, e a cada um dos ofícios em
particular.
Lembrem-se que cada vez que se reunirem para
se advertirem mutuamente e se excitarem a promo­
ver mais eficazmente a divina glória, lucram os
Zeladores e Zeladoras 300 dias de indulgência.
Termina-se a reunião com a reza de um Pai­
Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai e as jaculatórias :
1• Por tõda a parte seja a'mado o Sagrado Co- ·

ração de Jesus.
2• Meu Jesus, misericórdia I
300 :11as cada vez e plenária ao IIm de um mU.

* * *
ORAÇõES DA MANHA

Ao despertar - Em nome do Pai, e· do Filho,


e do Espírito Santo. Amém. Bendito sejais, meu
Deus, porque ainda me conservais a vida. Fazei,
Senhor, que seja só para vos servir.
Vestindo-se - Glória vos seja dada, ó Trin­
dade Santíssima, por mim e por tôdas as criaturas,
a!{ora e por todos os séculos. Amém. Não permi­
tais, Senhor, que eu tenha menos cuidado da mi­
nha alma, que do meu corpo; nem que ela seja des­
pojada da preciosa vestidura da graça divina.
De joelhos - Adoro-vos, ó meu Deus, e vos
agradeço os muitos benefícios que me tendes feito
n'alma e no corpo, especialmente o de me terdes
guardado esta noite, e conservado a vida até êste
dia. Prometo servir-vos e nunca mais vos ofender,
nem hoje nem dia algum da minha vida. Quero,
Senhor, emendar-me dos defeitos em que costumo
cair muitas vêzes, e fugir de tôdas as ocasiões de
pecar. O' meu Deus, concedei-me a graça de cum­
prir êste propósito e de viver até à morte na vossa
graça e no vosso santo amor.
Na igreja ou capela - Bendito, louvado e
adorado seja o Santlssimo Sacramento do altar.
BeQdita e louvada a puríssima Conceição da bem­
aventurada Virgem Maria, concebida em graça e
sem mácula do pecado original desde o primeiro
instante do seu ser. Amém.
54 MANUAJ. DO CORAÇAO DE JESUS

·
Oferecimento do dia - Eterno Deus, Pai, Fi­
lho e Espírito Santo, eu vos ofereço, em união com
os merecimentos de Jesus Cristo, todos os meus
pensamentos, palavras, obras e sofrimentos ' dêste
dia para -yossa maior glória, e honra de Maria San­
tíssima, minha querida Mãe, do meu anjo da guar­
da e de todos os santos meus advogados ; remissão
plena e satisfação de meus pecados ; pela conver­
são dos pecadores e perseverança dos justos; pe­
las intenções recomendadas aos associados do Apos­
tolado para ê�te mês e dia (lembrá-las) segundo
as intenções dos S!Jmos Pontífices; para ganhar as
santas indulgências em sufrágio das almas do pur­
gatório; para utilidade e perfeição espiritual de to­
dos aquêles por quem sou obrigado a pedir; em
agradecimento de tõdas as graças que até agora
me tendes concedido e que me concedereis pelos
merecimentos de Jesus Cristo. Amém.
Coração de Jesus, que tanto me amais :
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
Oferecimento do · dia- (Fórmula do Aposto-
lado da Oração). Ofereço-vos, ó meu Deus, em
união com o' Santíssimo Coração de Jesus, e pelo
Coração Imaculado de Maria, as orações, obras e
:sofrimentos dêste dia, em reparação de nossas ofen­
sas e por tõdas as intenções pelas quais o mesmo
divino Coração está de continuo a interceder e sa­
crificar-se em nossos altares.
Eu vo-los ofereço em modo particular pelas in­
tenções recomendadas aos associados do Aposto-
·

lado neste mês e neste dia.


Vrr l nllul .:ncias. p. 8.
ORAÇOES DA MANHA 55

Atos de fé, Esperança e · Caridade - Meu Deus,


neio em vós, e em tudo o que revelastes, porque
sois a suma verdade.
Çspero em vós, porque sois infinitamente mise­
ricordioso. Amo-vos, porque sois infinitamente bom
.e amável ; e por amor de vós amo o meu próximo
como a mim mesmo.
Consagração a Nossa Senhora - O' minha
senhora e minha Mãe, eu me ofereço todo a vós,
e em prova da minha devoção para convosco, vos
con agro neste dia meus olhos, meus ouvidos, mi­
nha bôca, meu coração e todo o meu ser ; e por­
que as im sou vosso, ó incomparável Mãe, guar­
dai-me e defendei-me como coisa e propriedade
vossa.
500 dlns de lndulg�ncla ; plenária no m<�

Y!. Lembrai-vo que vos pertenço, terna Mãe, Se­


nhora no sa :
I . A h ! guardai-me e defendei-me como coisa
própria�vossa.
O' Coração Imaculado de Maria, por vosso amor
estou resolvido a não admitir neste dia nenhum
mau pensamento e juízo temerário. Maria Santís­
gima, ajudai-·me a vencer tôdas as tentações dos
inim_igos. A ve-Maria,
O' Imaculado Coração de Maria, por vosso amor
estou resolvido a não dizer neste dia nenhuma men­
tira· ou palavra indecente� Purificai, ó Mãe benignis­
•i ma, e ta minha lín � ua. A ve-Maria.
O' Coração Imaculado de Maria, estou resolvido
a não fazer neste dia nenhuma ação pecaminosa
t a fugir de tôdas as' ocasiões perigosas. I mpetrai-
56 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

me, Virgem Santíssima, o precioso dom da castidade


e alcançai-me que em tôdas as minhas ações agra�
de ao meu Senhor e dê gôsto também ao vosso
Puríssimo Coração. A ve-�aria.
Ao Anjo da Guarda Santo Anjo do Se­
-

nhor, meu zeloso guardador, já que a ti me con­


fiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, go­
verna e ilumina. Amém.
300 dias d indu lgencla ; plenária no mb

Invocação - S. José, Padroeiro da Igreja,


Yl.
ll'. Rogai por nós !
Y. S. Luís Gonzaga, padroeiro da j uventude,
R'. Rogai por nós!
Yl. Anjos da nossa guarda, santos dos nossos
nomes e todos os santos da nossa especial devoção,
ll'. lntercedei por nós !

* * *
MEDITAÇÃO

A) Método para a meditação


Preparação remota. 1 • . Evitar: I ) a soberba ;
2) a sensualidade ; 3) a dissipação.
29 Excitar as virtudes opostas : I ) a humildade ;
2) a mortificaçãoj 3) o recolhimento.
Preparação próxima. 1• Antes do deitar, pre­
parar de véspera os pontos da meditação, nalgum
livro.
2• Antes de adormecer, lembrar-se da hora de
levantar e recordar brevemente a meditação que
se há de fazer.
·
3• Ao desperta ;, pensar lo�o na meditação.
4• Antes da meditação, entreter-se em conside­
rações acomodadas à matéria que se há de meditar.
5• Entrar na oração com espírito sossegado.
L Princípio da meditação. 1 • De pé, lembrar­
se por alguns instantes da presença de Deus.
2• Ajoelhado, adorá-lo profundamente.
3• Fazer a oração preparatória com o ato de
contrição, oferecimento das faculdades, e petição
geral de luz e graça.
58 11\A ' U A L D O CORAÇIIO DE JESUS

. 4• Prelúdios: trazer à memória a matéria da


meditação; fazer a composição do lugar, i to é,
imaginar algum quadro ou cena que prenda a ima­
ginação ; pedir graça : a) para entender, b) para
querer.
11. Meio ou corpo da meditação.
t • Exercício da memória. Recordar o ponto
que se vai meditar.
2• Exercício do entendimento. Pensar e refle­
tir consigo : I ) que há de con iderar na matéria
apresentada pela memória? 2) que conclusão prá­
tica tirar? 3) que motivos o podem levar a pôr por
obra esta conclu ão prática? - isto é, ponderar
quanto é : a) ju to e racional, b) útil, c) agradável,
d) fácil, e) necessário ; 4) como observou isso até
aqui? 5) que há de fazer para o futuro? 6) que ·
impedimento há de tirar para o futuro? 7) que meio
há de empregar?
3• Exercício da vontade. I ) Excitar afetos du­
rante tôda a meditação, mais com o coração do que
com os lábios. 2) Fazer propósitos no fim de cada
conclusão, os quais sejam : a) práticos, b) parti­
culares, c) acomodados ao estado presente, d) fun­
dados em motivos sólidos, e) humildes, f) acompa­
nhados de petição de graça para os observar.
111. Fim da meditação. 1 • Recapitular todo o
exercício, confirmando-se nos propósitos feitos.
2• Tomar como resumo da meditação e dos pro­
pósitos alguma sentença da Sagrada Escritura, ou
outra máxima, para lembrar durante o dia.
3• Fazer um ou mais colóquios, dirigidos a Deus,
a Jesus Cristo, à Santíssima Virgem ou a algum
santo.
�EDITAÇÃO 59

B) Exame da meditação
1• Como preparei os pontos? . . . Antes de dor­
mir pensei nêles, e ao despertar ocupei nêles o pen­
samento? . . . Levei bem considerado o fruto que
havia de tirar? . . .
2• Como fiz a oração preparatória e os prelú­
dios? . . .
3• Como exercitei a memória? . . . O entendimen-
to? . . . Tirei a conclusão prática? . . . Qual? . . . Em
que motivos se apóia? . . . Como exercitei a vonta­
de? . . . Fiz propósitos? . . . Quais? . . . Que meios
escolhi para os cumprir? . . .
4• Empreguei mais tempo no discorrer do que
nos afetos? . . . Passei dum ponto a outro, achando
matéria no antecedente? . . .
5• Fiz o colóquio? . . . Falei sempre a Deus com
· reverência e veneração? . . .
6• Senti-me tíbio? . . . Por quê? . . . Tive sono por
minha culpa? . . . Tive distrações? . . . Por quê? . . .
Afastei-as? . . . No tempo da frouxidão e secura
procurei ajudar-me com atos de humildade, ora­
ções e jaculatórias? . . .
·1· Procurei e tar tranqüilo, recolhido interior e
exteriormente?. . . Se tirei pouco fruto, por que
foi ? . . .
fazer um resumo. I ) de tõda a meditação,
2) das conclusões práticas, 3) dos motivos, 4) dos
afetos, 5) dos propósitos particulares, 6) das luzes
especiais que recebeu.
ANGELUS
Y . O anjo do Senhor anunciou a Maria.
E'. E ela concebeu do Espírito Santo. A ve-Maria,
60 MA U A L DO CORAÇI\0 DE JESUS

Y. Eis aqui a escrava do Senhor.


:&'. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
A ve-Maria.
Y . E o Verbo se fêz homem.
:&'. E habitou entre nós. A ve-Maria.
Y . Rog11i por nós, Santa Mãe de Deus.
�. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.
Oremos - Infundi, Senhor, em nossos cora­
ções a vossa graça, vo-lo suplicamos, a fim de que,
conhecendo pela embaixada do A njo a encarnação
de . Jesus Cristo, vosso Filfio, pelos merecimentos­
de sua paixão e morte cheguemos à glória da res­
surreição. Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amém.
Reza-se o Anjo do Senhor de joelhos, exceto aos
sábados à tarde e nos domingos, por todo o dia,
em que se reza de pé.
No tempo pascal A começar no Domingo de
-

Páscoa até Sábado da Trindade, em lugar dos ver­


sículos acima, rezam-se sempre · de pé, os seguintes:
Y. Rainha do céu, alegrai-vps, Aleluia.
Porque o que merecestes trazer em vosso pu-
:&'.
ríssimo seio, Aleluia.
Yl. Ressuscitou como disse, Aleluia.
:n>. Rogai por nós a Deus, Aleluia.
Yl. Exultai e alegrai-vos, ó V irgem Maria, Aleluia.
� . Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramen-
te, Aleluia.
M E O I T AÇIIO 61

Oremos - O' Deus, que vos dignastes ale­


grar o mundo com a ressurreição do vosso Filho
Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, vo-to su-.
plicamos, que por sua Mãe, a V i rgem Maria, al­
cancemos os prazeres da vida eterna. Pelo mesmo
Senhor Jesus Cristo. Amém
10 anos dt cada vtz . Plenária no mh.

* * *
ORDINARIO DA MISSA
Versão aprovada pela
Assembléia Geral da C . N . B. B .
em 5 e 1 2 de novembro de 1 964.
ENTRADA E PREPARAÇÃO DA
ASSEMBLtiA
AO Pl:: DO A LTAR DE JOELHOS
• Omile-se quando a Missa fôr pre­
cedida de llfiW ação liiúrgica.
S. Em nome do Pai t e do Filho e do t::spírito
Santo. Amém.
S. Irei ao altar de Deus
T. A Deus que é minha alegrlal
S. A nossa proteção está no nome do Senhor,
T. Que fêz o céu e a terra.
S. Eu, pecador, me confesso a Deus . . .
T. O Deus todo-poderoso tenha compaixão de
ti, I perdoe os teus pecados e te conduza à
vida eterna:
S. · Amém.
Ordinário da Missa 6J

Eu, pecador, me confesso a Deus todo-po·


deroso, 1 à bem-aventurada sempre Virgem
Maria, 1 ao bem-aventurado São Miguel Ar·
canjo, 1 ao bem-aventurado São João Ba·
tista, 1 aos santos Apóstolos São Pedro e
São Paulo, 1 a todos os Santos, e a ti, Pa­
dre, 1 porque pequei muitas vêzes, por pen­
samentos, palavras e obras, I por mtnha cul­
pa, minha culpa, minha máxima culpa. 1
Portanto peço à bem-aventurada sem pre Vir·
gem Marta, 1 ao bem-aventurado S ão Ml·
guel Arcanjo, 1 ao bem-aventurado São João
Batista, I aos santos Apóstolos São Pedro
e São Paulo, I a todos os Santos, e a ti,
Padre, I que rogueis por mim a Deus nosso
Senhor.
O Deus todo-poderoso tenha compaixão de
vós, I perdoe os vossos pecados e vos con­
duza à vida eterna !
Amém.
O Senhor todo-poderoso e cheio de miseri­
córdia nos conceda a indulgência, t a absol­
vição e a remissão de nossos pecados.
Amém.
Voltai-Vos para nós, ó Deus, e dai-nos a
Vossa vida.
E o Vosso povo se alegrará em Vós.
Manifestai, Senhor, a Vossa misericórdia.
E dai-nos a Vossa salvação.
Ouvi, Senhor, minha oração.
E chegue a Vós meu clamor.
O Senhor esteja convosco.
E contigo também.
64 Manual do Coração de j csus

• O Sacerdote sobe ao altar:


• OREMOS :· Perdoai, Senhor, as nossas faltas
para que possamos entrar no Vosso san­
tuário com a alma purificada. Por Cristo
nosso Senhor. Amém.
e Nós Vos pedimos, Senhor, pelos méritos dos
Vossos santos, cujas relíquias aqui estão, e
de todos os Santos, que Vos digneis per­
doar todos os · nossos pecados. A mém.

ANT I FONA AO INTROITO � DE Pê

KYRIE (Súplica)
S. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
S. Senhor, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
S. Senhor, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
S. Senhor, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
S. Senhor, tende piedade de nós.
GLOR I A .
S. Glória a Deus nas alturas. I
T. e paz na terra aos homens de boa vontade.
1 Nós Vos louvamos. 1 Nós Vos bendize·
mos. 1 Nós Vos adoramos. 1 Nós Vos glo·
rificamos. 1 Nós Vos damos graças por Vos·
NOTA : e Indica que as orações são rezadas em latim
pelo celebrunte.
NOTA : a flecha � significa V E R NO M ISSAL.
Ordiná rio da Missa 65

sa imensa glória. 1 Senhor Deus, Rei do


céu, Deus Pai todo-poderoso. 1 Senhor,
· filho único, Jesus Cristo! I . Senhor Deus,
Cordeiro de Deus, filho de Deus Pai! I
Vós, que tirais os pecados do mundo, 1
tende piedade de nós. 1 Vós, que tirais os
pecados do mundo, 1 acolhei a nossa sú­
plica. I Vós, q ue estais sentado à direita
do Pai, 1 ten de piedade de nós. 1 Por­
que- só Vós sois o Santo, 1 só Vós sois o
Senhor, I só Vós sois o Altíssimo, 1 Jesus
Cristo, I com o Espírito Santo na glória de
Deus Pai. I Amém .

• J ' rtlo t d,r >S fU:is :


S. O Senhor esteja convosco.
T. E contigo também.
S. Oremos.
ORAÇÃO �

S. . . . por todos os séculos dos séculos.


T. Amém.
66 Manual do Coração de Jesus

I
MESA DA PALAVRA DE DEUS
EPISTOLA � SENTADO
S. Leitura da Epístola . . .
(Ao fmal do lertura)
T. Demos graças a Deus.
GRADUAL - ALELU IA - TRA CTO �
e Purificai o meu coração e os meus lábios,
Deus todo-poderoso, Vós que purificastes os
lábios do Profeta Isaías com uma brasa ar­
dente. Peço também dignar-Vos, em Vossa
misericordiosa bondade, purificar-me o co­
ração e os lábios para que eu possa pro­
clamar dignamente o Vosso Santo Evange­
lho. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
e Dai-me, Senhor, a Vossa bênção. O Senhor
esteja em meu coração e em meus lábios,
para que eu proclame o Seu Evangelho com
dignidade e perfeição. Amém.
EVA NGELHO � DE Pé
Sinal da Cruz COfTI o Sacerdote
S. O Senhor esteja convosco.
T. E contigo também.
S. Leitura t do Santo Evangelho segundo . . .
T. Glória a Vós, Senhor!
e O Sacerdote beija o missal;
T. Louvor a Vós, ó Cristo!
e Pelo Evangelho anunciado, apaguem-se os
nossos pecàdos.
HOMILIA SENTADO
Ordinário da Missa 67

CREDO DE Pé
S. Creio em um só Deus,
T. Pai todo·poderoso, 1 criador do céu e da
terra, 1 de tôdas as coisas visíveis e invi­
síveis. 1 Creio em um só Senhor Jesus Cristo,
1 filho único de Deus, I nascido do Pai an­
tes de todos os séculos; 1 Deus de Deus,
1 Luz da Luz, 1 Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro ; 1 gerado não criado, 1 consubs­
tanciai · ao Pai, 1 por quem tõdas as coi­
sas foram feitas. 1 E que por nós homens
e por nossa salvação, I desceu do céu ; 1
e Se encarnou pelo Espírito Santo, 1 no
seio da Virgem Maria, 1 e Se fêz homem.
1 Também foi crucificado por nós; I sob
Põncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. 1
Ressuscitou ao terceiro dia, 1 conforme as
Escrituras, 1 e subiu ao céu, 1 onde está
sentado à direita de Deus Pai, 1 e de nôvo
há de vir cheio de glória, 1 para julgar os
vivos e os mortos, 1 e o Seu reino não terá
fim. 1 Creio no Espírito Santo, 1 Senhor e
fonte de vida, 1 que procede do Pai e do
filho; 1 e com o Pai e o filho recebe a
mesma adoração 1 e a mesma glória. 1 foi
�te que falou pelos profetas. 1 Creio na
Igreja I una, santa, católica e apostólica. 1
Reconheço um só batismo para o perdão dos
pecados. I E espero a ressurreição dos mor­
tos I e a vida do mundo que há de vir. 1
Amém.
O Senhor esteja convosco.
T. E contigo também.
Oremos . .
.

ORAÇÃO DOS F I É I S
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11

MESA DO CORPO DO SENHOR

PREPARAÇÃO DO SACRIFICIO

A N T I FONA AO OFERTORIO �

OFERECIMENTO DO PÃO SEN T WO


• Recebei, Pai santo, Deus eterno e todo-pode­
roso, esta hóstia imaculada, que eu, indigno
servo, Vos ofereço a Vós, meu Deus vivo e
verdadeiro, por meus inu meráveis pecados,
ofensas e negligências, por todos os presen­
tes e por todos os fiéis, vivos e defuntos,
a fim de que ela sirva à minha e à sua
salvação para a vida eterna. Amém.
PREPA RAÇÃO DO CALICE
e O' Deus, que maravilhosamente criastes o
homem em sua dignidade e o reformastes
ainda mais maravilhosamente, concedei-nos,
como simboliza esta água misturada ao vi­
nho, que tenhamos parte na divindade da­
quele que Se dig nou unir-Se à nossa
humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho, nosso
Senhor, que convosco vive e reina, na uni­
dade do Espírito Santo, Deus, por todos
·

os séculos dos séculos. Amém.


O FERECIMENTO DO CAL I C E
• Nós Vos oferecemos, Senhor, o cálice d a
Salvação, implorando que a Vossa clemên-
Ordinãrio !la Missa . 69

cia o faça subir como um suave perfume


diante da Vossa divina majestade, para sal­
vação nossa e de todo o mu ndo. Amém.
OFEREC IMENTO DOS FIÉIS
e De alma humilde e coração contrito, · seja­
mos, Senhor, recebidos por Vós, e assim
êste nosso sacrifício se realize hoje na Vossa
presença, de modo agradável, Senhor Deus.

BE:NÇAO DOS DONS


• Vinde, Santificador, Deus eterno e todo-po­
deroso, e abençoai êste sacrifício, prepara­
do em honra de Vosso nome.
ABLUÇÃO DAS MAOS
e Lavo as minhas mãos na inocência ; circun­
do, Senhor, o Vosso alt11r, fazendo ressoar
a ação de graças ; anunciando as Vossas
maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza de
Vo.ssa casa, e o lugar em que reside a
Vossa glória. Não junteis a minha almà
aos transviados, nem a minha vida aos san­
guinários, os quais têm as mãos cheias de
infâmia, a direita transbordante de lucro.
Eu, porém, caminho na i nocência ; salvai­
me, Senhor, e tende pena de mim ! Meus
pés não se desviam do caminho direito ;
eu Vos bendigo, Senhor, na assembléia dos
justos. Glória ao Pai e ao Filho e ao Es­
pírito Santo ; assim como era no princípio,
agora e semp re e por todos os séculos dos
s é culos. Am ém.
70 Manunl do Coração de Jesus

OFEREC IMENTO A SS. TRINDADE


e Recebei, Trindade Santa, esta oblação que
nós Vos oferecemos em memória da Pai­
xão, Ressurreição e Ascensão de Jesus Cristo
nosso Senhor, e em honra da bem-aventu­
rada sempre Virgem Maria, de São João
Batista, dos santos apóstolos Pedro e Paulo,
dos santos cujas relíquias estão neste altar
e de todos os santos ; sirva ela para honra
dêles e nossa salvação e por nós interce­
dam, no céu, aquêles cuja memória cele­
bramos na terra. Pelo mesmo Cristo, Se­
nhor nosso. Amém.
ORAI IRMÃO DE PE

S. Orai, irmãos, para que o meu sacrifício,


que também é vosso, seja aceito por Deus
Pai todo-poderoso.
T. Receba o Senhor por tuas mãos êste sa·
crifício, para honra e glória do Seu nome,
para o nosso bem e o de tôda a Sua santa
Igreja.

ORAÇÃO SOBRE OS DONS � ' ecrcta

S. . . . por todos os séculos dos séculos.


T. Amém.
CANON
PREFACIO �

S. O Senhor esteja convosco.


T. E contigo também.
Ordinário da Missa 71

S. Corações a o alto.
T. já os temos no · Senhor.
Demos araças ao Senhor, nosso Deus.
T. E' digno e justo.
e E' verdadeiramente digno e justo, razoável
e salutar, dar-Vos graças em todo tempo e
lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, que, com Vosso Filho único
e o Espírito Santo, sois um só Deus, um
só Senhor, não uma única pessoa, mas três
Pessoas, eifl um só Deus. Por isso, tudo o
que nos rcvelastes e nós cremos a respeito
da Vossa grandeza, nós o atribuímos, igual­
mente, ao Vosso Filho e ao Espírito Santo.
Assim, proclamando a• nossa fé numa só di­
vindade, adoramos ao mesmo tempo as três
Pessoas distintas, a Sua única natureza, a
Sua igual majestade. Os Anjos e os Ar­
canjos, os Querubins e os Serafins, não a
cessam de louvar e proclamar todos os dias,
dizendo a uma só voz :
SANTO
T. Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do
universo !
Céus e terras estão cheios da Vossa glória.
Hosana nas alturas! Bendito Aquêle que
vem em nome do Senhor! Hosana nas ai·
turas!
72 Manual do Coração de Jesus

P ELA I GREJA
• A Vós, portanto, Pai clementíssimo, por
Jesus Cristo, Vosso Filho e nosso Senhor,
nós Vos pedimos e rogamos humildem�nte,
que aceiteis êstes dons, estas dádivas, es­
tas oferendas santas e imaculadas. Nós Vos
oferecemos, em primeiro lugar, pela Santa
Igreja Católica : dignai-Vos, por tôda a terra,
dar-lh e a paz, protegê-la, uni-la e gover­
ná-la, em u nião com o Vosso servo, o nosso
Papa . . . com o nosso Bispo . . . e com to­
dos ClS que conservam a fé católica e apos­
tólica.

PELOS V I VOS
e Lembrai-Vos, Senhor, dos Vossos servos
(N. N.) e de todos os presentes, cuja fé
e devoção conheceis, pelos quais nós Vos
oferecemos - e êles Vos oferecem tam­
bém - êste sacrifício de louvor por si e
por todos os seus, pela redenção de suas
almas e por sua saúde e segurança ; e êles
Vos prestam o seu culto, Deus eterno, vivo
e verdadeiro.

COM OS SA NTOS DO CÉU


e Unidos na mesma assembléia; veneramos,
em primeiro lugar, a memória da gloriosa
sempre Virgem Maria, Mãe de nosso Deus
e Senhor, Jesus Cristo ; em seguida, a de
São José, espôso da mesma Virgem, e a
dos Vossos santos apóstolos e mártires :
Ordinário da Missa 73

Pedro e Paulo, A ndré, Tiago, João, Tomé,


Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e
Tadeu ; Li no, Cleto, Clemente, Xisto, Cor­
nélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João
e Paulo, Cosme e Damião, e de todos os
Vossos santos. Concedei, por seus méritos
e preces, que em tudo encontremos o so­
corro de Vossa valiosa proteção. Pelo mes­
mo Cristo, nosso Senhor. Amém.

PELA ACEITAÇÃO DOS DONS


e Eis, pois, a oblação dos Vossos ministros
e de tôda a Vossa família ; recebei-a, Se­
n hor, com benevolência, disponde na Vos­
sa paz os nossos dias, livrai-nos da con­
denação eterna, dai que sejamos contados
em o número dos Vossos eleitos. Por Cris­
to, nosso Senhor. Amém.
e Esta oblação, dignai-Vos, ó Deus, fazer que
seja em tudo abençoada, confirmada, rati­
ficada, adequada e agradável para que se
faça para nós o Corpo e o Sangue do Vosso
Filho muito amado nosso Senhor Jesus
Cristo.
CONSAGRAÇÃO DO P.AO DL ]OEL.HO

S. O qual, na véspera de Sua Paixão, tomou


o pão em Suas mãos santas e veneráveis,
e, erguendo os olhos ao céu, a .Vós, ó
Deus, Seu Pai todo-poderoso, rendeu gra­
ças, abençoou ; e partiu o p ão e deu-o a
Seus discípulos, dizendo : c Tomai e comei
dêle todos : POIS ISTO E' O MEU CORPO:..
7� Manual do Coração de Jesus

CONSAGRAÇÃO DO VINHO
• Do mesmo modo, ap ós a ceia, tomou êste
precioso Cálice em S uas mãos santas e ve­
neráveis, e, outra vez, dando-Vos graças,
abençoou e o deu aos Seus discípulos, di­
zendo : «Tornai e bebei dêle todos: POIS
E:STE E' O CALICE DO MEU SANGUE,
DA NOVA E ETERNA ALIANÇA - MIS­
TÉRIO DA FE' - QUE SERA DERRA­
MADO POR VOS E PELA MULTI DÃO
DOS HOMENS EM REMISSÃO DOS PE­
CADOS. TODAS AS VE:ZES QUE FIZER­
DES ISTO, EM MEMORIA DE MIM O
FAREIS:..
e Braços rstcndido , o Sacerdote con­
ltnua :

OBLAÇÃO DA V I TIMA DE P€
• Recordando, pois, Senhor, nós os Vossos
Servos e o Vosso povo santo, a bem-aven­
turada Paixão ·de Cristo, Vosso Filho e
nosso Senhor, bem .como a Sua Ressurrei­
ção e gloriosa Ascensão ao céu, oferece­
mos a Vossa augusta majestade, dentre os
bens que nos destes, a Vítima pura, a Ví­
tima santa, a Vitima perfeita, o Pão sa­
grado da vida eterna e o Cálice da per­
pétua salvação.
e Sôbre os quais, dignai-Vos olhar com bon­
dade e benevolência e aceitá-los como acei­
tastes as ofertas do Vosso servo Abel, o
justo, e o sacriflcio do nosso patri arca
Ordinário da Missa

Abraão e o que Vos ofereceu Melquisede­


que, Vosso Sumo-Sacerdote, sacrifício san­
to, hóstia imaculada.
Sú PLICA
• Humildemente Vos suplicamos, ó Deus to­
do-poderoso, sejam levadas estas oferendas,
pelas mãos do Vosso santo Anjo, ao Vosso
altar celeste, diante da Vossa divina ma­
jestade, para que todos os que, participan­
do dêste altar, recebermos o sacrossanto
Corpo c Sangue de Vosso Filho, sejamos
repletos de tôdas as graças e bênçãos do
céu. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

PELOS FALECIDOS
• Lembrai-Vos também, Senhor, dos Vossos
servos e servas (N. N.) que nos precede­
ram marcados com o sinal da fé e dor­
mem o sono da paz. A êles, Senhor, e a
todos os que repousam em Cristo, pedimos
que concedais o lugar do descanso, da luz
e da paz. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

PELOS PRESENTES
• o sa�crdote ba't no peito :

• A nós também, Vossos servos pecadores,


que esperamos em Vossa infinita bondade,
dignai-Vos conceder-nos um lugar na com­
panhia dos Vossos santos apóstolos e már-
_
7ti
"-
"___ ..:.
h
___:. ·l;:..
an;.:u a:. l do Coração de Jesus

tires : joão, Estêvão, Matias, Barnabé, Iná­


cio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicida­
de, Perp.étua, Agueda, Luzia, Inês, Cecilia,
Anastácia, e de todos os Vossos santos.
Admiti-nos no meio dêles sem considerar
os nossos méritos, mas, antes, a largueza
do Vosso perdão. Por Cristo nosso Senhor.
• Por t:.le, Senhor, Vós não cessais de criar
êstes bens, Vós os santificais, Vós lhes
dais a vida, Vós os abençoais e no-los
concedeis.

PEQUENA ELEVAÇÃO
e Cum Hóstw na mau a
r r • t. c n /c. '' 11"

S. Por t:.le, com t:.le e n"t:.le, Vos é dada tôda


a honra e tõda a glória, ó Deus, Pai todo­
poderoso, na unidade do Espírito Santo, por
todos os séculos dos séculos.
S. . . . per omnia saecula saeculorum.
T. AMEN !

COMUNHÃO
PAI NOSSO
S. OREMOS : Fit!is il ordem do Salvador e
i nstruídos por Seu divino ensinamento, ou­
samos dizer :
Ordinário da Missa 77

T. Pai nosso, que estais no céu, 1 san�ificado


seja o Vosso nome ; 1 venha a nós o Vosso
remo; 1 seja feita a Vossa vontade, I assim
na terra como no céu. 1 O pão nosso de
cada dia nos dai hoje ; 1 perdoai·nos as nossas
ofensas, 1 assim como nós perdoamos a
quem nos tem ofendido. I Não nos deixeis
cair em tentação. I Mas livrai·nos do mal.
Livrai-nos, Senhor, de todos os males, pas­
sados, presentes e futuros ; e, pela interces- ·
são da santa e gloriosa sempre Virgem
Maria, Mãe de Deus, dos bem-aventurados
apóstolos Pedro e Paulo e André, e de to­
dos os Santos, dicrnai-Vos conceder-nos a
paz em nossos dias, de modo que, auxilia­
dos pela ação da Vossa misericórdia, este­
jamos sempre livres do pecado e preserva­
dos de tõda perturbação.
FRAÇÃO DA H OSTIA
S. Pelo mesmo Jesus Cristo, Vosso Filho c
nosso Senhor, que convosco vive e reina
na unidade do Espírito Santo, por todos
os séc1.1,las dos séculos.
T. Amém.
• Trarando tr€� suwi.� da cruz Cl)fll
uma frariio ela Hó ·tia nos dedos o
Sacr 1)/t •'i
S. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
T. E contigo também.
78 Manual do Coração de Jesus

e Esta mistura e a consagração do Corpo é


do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo,
para nós que os recebemos, transforme-se
em vida eterna. Amém.

CORDEIRO DE DEUS

S. Cordeiro de Deus,
T. que tirais os pecados do mundo, tende pie­
dade de nós.
T. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados
do mundo, tende piedade de nós.
T. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados
do mundo, dai-nos a paz.

• Nas Missas de .defuntos:


S. Cordeiro de Deus,
T. que tirais os pecados do mundo, dai-lhes
o descanso.
T. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados
do mundo, dai-lhes o descanso.
T. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados
do mundo, dai-lhes o descanso eterno.
Ordinário da Missa 79

ORAÇÃO PELA PAZ

e Omite-se nas missas de defuntos.

• Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos Vos-.


sos apóstolos : «Deixo-vos a paz, dou-vos a
minha paz:., não olheis para os meus pe­
cados, mas para a fé da Vossa Igreja; con­
cedei-lhe a paz e a unidade, segundo o
Vosso desejo. Vós, que viveis e reinais,
Deus, por todos os séculos dos séculos.
Amém.

PRECES PARA A COMUNHÃO


• Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo,
que por vontade do Pai, e com a coope­
ração do Espírito Santo, destes pela Vos­
sa morte a vida ao mundo, livrai-me, por
êste Vosso sacrossanto Corpo e Sangue, de
todos os meus pecados e de todo o mal ;
fazei-me seguir sempre os Vossos precei­
tos, e não permitais que jamais me separe
de Vós, que viveis e reinais com Deus
Pai e o Espírito Santo, Deus, por todos
os séculos dos séculos. Amém.
e A comunhão do Vosso Corpo, Senhor Je­
sus Cristo, que eu, embora indigno, ouso
receber, não seja para mim juízo e con­
denação, mas antes, por Vossa misericór-
80 Manual do Coração de Jesus f
dia, sirva-me de proteção e remédio para
a alma e para o corpo. Vós, que viveis e
reinais com Deus Pai na u nidade do Espí­
rito Santo, Deus, por todos os séculos dos
séculos. A mém.
o ' 111} I

• Tomarei o Pão do céu e invocarei o no­


me do Senhor.

COMU N H ÃO DO CELEBRANTE fF JOELHO .

e Senhor, eu não sou digno de que entreis


em minha casa, mas dizei uma só pala­
vra, e a minha alma será salva ( três vêzes).
1 r
li •

• O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo


guarde a minha alma para a vida eterna.
Amém.
e Que retribuirei ao Senhor por todos os
Seus beneficios? Tomarei o Cálice · da sal­
vação e i nvocarei o nome do Senhor. Lou­
vando e invocando o Senhor, serei salvo
dos meus inimigos.
Ce m 1 na mão, faz o mal
da Cruz e comunga, dtzendo:
Ordinário da Missa 111

S. O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo


guarde a minha alma para a vida eterna.
A mém.

COM U N H Ã O DOS FIÉIS


L , . ., , .r. .,mm do nto da ro­
munhuo dizendo A teM.

fJ un f C po lo 'cnlwr ·
S. Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquêle que
tira os pecados do mundo.
T. Senhor, não sou digno de que entreis em
minha casa, mas dizei uma só palavra e mi­
nha alma será salva (3 vêzes).

I '
" l orpo do cnhor ·
S. O Corpo de Cristo !
fiel rc pandr ·

f. Amém. 1; rcrrbe a 1/óslia).

ABLUÇOES �ENTADO


. Fazei, Senhor, que com tôda a pureza con­
servemos o que a nossa bôca recebeu, e
que desta dádiva temporal nos venha re­
médio para a eternidade.
11'2 Manual do Coração s_
<le _J,_e_• • s_____.

e Purifica os dedos:
• Concedei, Senhor, que o Vosso Corpo que
comi e o Sangue que bebi se unam às mi­
nhas entranhas ; e fazei que, refeito que
fui por êstes puros e santos sacramentos,
não fique em mim mancha alguma de pe­
cado. Vós que viveis e reinais pelos sé­
culos dos séculos. Amém.

ANT I FONA A COMU NHÃO � DE Pé

S. O Senhor esteja convosco.


T. E contigo também.

POS-COMU N H. ÃO �
S. Oremos . . . Por todos os séculos dos sé­
culos.
T. Amém.
RITO DE DESP E D I DA
S. O Senhor esteja convosco.
T. E contigo também.
S. Ide em paz. E o Senhor vos acompanhe.
T. Demos graças a Deus!

e Em algumas Missas :
S. Bendigamos ao Senhor.
T. Demos graças a Deus.
Ordinário da Missa

• Nas de defuntos:
S. Descansem em paz.
T. Amém.

OFERTA FINAL
• Seja-Vos agradável, ó Trindade Santa, a
homenagem cfo Vosso servo ; c êstc sacri­
fício, que cu, embora indigno aos olhos
de Vossa majestade, acabo de oferecer­
Vos, seja por Vós aceito, c, pel1} Vossa mi­
sericórdia, seja propício a mim e àqueles
por quem o ofereci. Por Cristo nosso Se­
nhor. Amém.

Bf.NÇÃO FINAL D E jOELHOS


• Persignar-se.

S. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai t c


Filho e Espírito Santo.

T. AMÉM !
PARTES PRóPRIAS
DA MISSA 00 SAGRADO CORAÇÃO

Intróito. SI 32, 1 1 - 1 9
Os pensamentos d o seu Coração vão de geração
em geração ; quer arrancar as suas almas da morte
e alimentá-los na fome. (SI ibid. I ) . Regozija i-vos,
justos, rio Senhor ; aos retos convém entoar um
hino de louvor.
Glória ao Pai . . . Os pensamentos . . .

Coleta

O' Deus que, profusamente nos concedes, no Co­


ração do teu Filho, ferido por nossos pecados, os
infinitos tesouros do teu amor : dá-nos a graça de
que, prestando-lhe o obséquio devoto da nossa pie­
dade, igualmente tributemos o ofício de uma digna
:.atisfação. Pelo mesmo nosso Senhor.
Lição da epístola de São Paulo aos efésios
(3,8- 1 9) :
I rmãos : a mim, o menor de todos os santos, foi
dada a graça de evangelizar, en tre as g entes, as
im.:ompreensíveis riquezas de Cristo e iluminar a
86 hi�NUAL/ DO CORAÇJIO DE J ESUS

Epístola
todos sôbre a dispensação do Sacramento, desde
séculos oculto em Deus, que tudo criou. Quis que
aos princinados e às potestades nos céus fôsse re­
velada pela Igreja . a multiforme sabedoria de Deus,
conforme aquêle eterno decreto que executou em
Jesus Cristo S�hor nosso. Nêle podemos confia­
damente aproximar-nos de Deus, pefa fé que nêle
temos. Por isso · dobro os joelhos perante o Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toma o no­
me tôda a paternidade nos çéus e na terra, para
que êle, segundo as riquezas da sua glória, vos
conceda sejais, no homem inter�or, corroborados
com a virtude pelo seu Espírito, e que Cristo, pela
fé, habite em vossos corações, sendo vós arraiga•
dos e fundados em caridade, a fim de que, com to­
dos os Santos, possais' compreender qual seja a
largura e o comprimento, à aftura e a profundidade,
e conhecer a caridade de ' Cristo, que excede todo
o entendimento, para ficardes clieios segundo tôda
a plenitude de Deus.
Gradual. SI 24,8-9
Suave e reto é o Senhor, por isso dará lei aos
que erram no caminho. '/1. Dirige os mansos com
seus preceito , e ensina aos brandos os seus ca­
minhos.
Aleluia, aleluia, '/1. (Mt 1 1 ,29) : Tornai sôbre vós
o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de Coração, e achareis descanso para as
vos .as a.,l mas. Aleluia.
1 J "'i' a " ��� da setuagcslma ontltem- t as
\'C f'ICulo, e em lugar dêlcs se dl7'
M I SSA 00 SAGRj\00 CORAÇI\0 87

Trato. SI 1 02,8- 1 0 . .
O Senhor é misericordioso e compassivo, lon-
gânime e mui bondoso. : ·.

Y. Não há de se ira r eternamente . nem amea- •


çará perpetuamente.
Yl. Não conforme os n"ossos pecados nos castiga,
nem nos trata· conforme as nossas iniqüidades .
. o tcmp pa cal omltern·S� radual • trato t. e reza o
crso C Mt t I ��·29) •

Aleluia, aleluia.
f . . Tornai sõbre vó s• ·o meu jugo e aprendei de
mim que sou mànso e humilde de Coração e acha­
reis descanso para as vossas almas. Aleluia. '/1.
Vinde a mim, todos os qué andai� aflitos e sobre­
carregados e eu · vos aliyiarei. Aleluia.
Evangelho
• Continuação do santo Evangelho de S. João
( 1 9,31 -37) :
Naquele tempo, estando-se em dia de parásceve,
para que os corpos (dos· crucificados) não ficassem
na cruz durante o sábado - pois era de grande
solenidade aquêle sábado - foram os judeus pe­
dir a P.ilatos que se lhes quebrassem os ossos e se
tirassem dai. Vieram, pois, os soldados e quebra­
ram os ossos aos dois que foram crucificadós com·
jesu . Chegando, porém, a Jesus e verificando que
já estava morto, não lhe quebraram os ossos ; mas
um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança,
e imediatamente saiu sangue e água. Quem isto pre­
senciou dá testemunho do fato, e o seu testemunho
é verfdico. E êle sabe que diz a verdade ·para que
88 M A N U A L DO CORAÇAO DE JE SUS

também vos creiais. E isto aconteceu para que se


cumprisse a Escritura : Não se lhe há de quebrar
osso algum. Diz também em outro lugar a Escri•
tura : Contemplarão aquêle a quem transpassaram.

Ofertório. SI 68,2 1
O meu coração recebeu ofensas e afrontas; es­
perava por quem comigo se entristecesse, e não o
havia ; buscava quem me consolasse, e a ninguém
encontrei.
Ofertório. SI 39,7-9

Holocaustos e expiações não exigiste ; pelo que


eu disse: Eis que eu venho. No comêço do livro
está escrito de mim que devia cumprir tua vontade ;
meu Deus, assim o quero e quero tua lei bem den­
tro do meu coração, aleluia.

Sec reta

O' Senhor, atende à inefável caridade do Coração


do teu dileto Filho para que o nosso sacriflcio
se torne a ti presente agradavel e expiação dos nos­
sos delitos. Pelo mesmo nosso Senhor.

Prefácio

Verdadeiramente é digno e justo, racional e pro­


veitoso, render-te graças em todo o tempo e lu­
gar, ó Senhor santo, Pai onipotente, eterno Deus :
que quiseste fôsse teu U nigênito suspenso na cruz,
M I SSA DO SAORADO CORAÇÃO 89

transpassado pela lança do soldado, para que o


Coração aberto, sacrário da divina largueza, jor­
rasse sôbre nós torrentes de misericórdia e graça
e que êle, que nunca deixou de arder em amor por
nós, fôsse para os devotos remanso, e para os pe­
nitentes franco asilo de salvação. E por isso can­
tamos com os anjos e arcanjos, com os tronos e
as dominações e com tôda a mil ícia do exército
celeste o hino da tua glória, dizendo sem fim :
Santo, etc.
Communio. jo 1 9,34

Um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lan­


ça e imediatamente saiu sangue e água.

Quem tiver sêde, venha a mim e beba. A leluia,


aleluia.
Postcommunio
Comuniquem-nos Senhor Jesus teus santos mis­
térios um fervor divino, para que, tendo experi­
mentado a doçura do tetr dulcíssimo Coração, apren­
damos a desprezar as coisas terrenas e amar as
celestes. Que vives e reinas.
11 1
I " IS� ... .
•ntl5 t m o Sacrnmento
O. llé1S Qlle fizeram uma uõvena ( nlio Interrompid a ) d
u d1taç cs ou or. çõc:s. rara dcsa rllvar o :;anti imo Sa­
cramento, rodem lut"r r 1 nos de on<lult:!nc!n t
T6das a vhcs que asslsllre(ll à m• >3 durante a no,e­
•a 1 0 ano de f ;.Jutg,ncin.
o I m da no>tna l ndulg�ncla rlcuéna nn condi 6c•
d co ·tu me
90 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

OUTRO MODO DE OUVIR MISSA


Oração de Santa Margarida Maria

Eterno Pai, eu vos ofereço as infinitas satisfa­


ções que Jesus deu à vossa justiça pelos pecadores,
no lenho da Cruz, e vos rogo que torneis eficaz o
merecimento de seu precioso Sangue para tôdas as
almas criminosas a quem o pecado deu a morte, a
fim de que, re su citando para a graça, elas vos
glorifiquem eternamente.
Eterno Pai, eu vos ofereço os ardores do Divino
Coração de Jesus, para satisfazer pela tibieza e
covardia de vosso povo escolhido, pedindo-vos pelo
ardente amor que o levou a sofrer a morte, vos
digneis aquecer-lhes os corações tíbios no vosso
serviço e abrasá-los do vosso amor, a fim de q"ue
êles vos amem eternamente.
Eterno Pai, eu vos ofereço a submissão de je­
su à vossa vontade, pedindo-vos pelos seus mere­
cimentos a consumação de tôdas as vossas graças
e o cumprimento de tôdas as vossas santas vonta­
des. Louvado seja Deus.
3 anos �e lndulgcncia , fllenarln ao f l rn do rnt!s.

Ao Glória
( Ver p. 66)
A Epístola
Oração a Maria Santíssima
Virgem Santíssima, Mãe do Verbo Humanado,
Tesoureira das graças e refugio dêstes miseráveis
pecadores, com viva fé recorremos ao vosso mater­
nal amor, e vos pedimos a graça necessária para fa­
zer sempre a vontade de Deus. Entregamos o nosso
MODO DE OUV I R M I SSA 91

coração às vossas santíssimas mãos, pedindo-vos


a saúde da alma e do corpo. Esperamos com cer­
teza que Vós, ó Mãe amorosíssima, nos ouvireis, e
assim dizemos com viva fé:
Ave-Maria (três vêzes).
5CJO dias de indulgência

Ao Credo
( Ver p. 68)
Ao Ofertório
jaculatórias
Seja feita, louvada e eternamente exaltada a jus­
tíssima, altíssima e amabilís ima vontade de Deus
em tôda as coisas.
51�1 dias de indulg�ncla • plcn. ria ao Jim de um m�'
Bendita seja a Santa e Imaculada Conceição da
Bem-aventurada Virgem Maria.
:lOO dias de indul�:�ncia c p l e ná r i a no f l m d< um m�s.

Ao Lavabo
Atos de obséquio a Maria
Eu vo venero com todo o coração, ó Santíssima
Virgem, acima de todos o Anjos e Santos do pa­
raíso, como Filha do Eterno Pai e vos consagro
a minha alma com tôda as suas potências. A ve­
Maria.
Eu vos venero com todo o coração, ó Santíssima
Vi rgem, acima de todos os Anjos e Santos do pa­
raíso, como Mãe do Filho Unigênito, e vos consa­
gro o meu corpo com todos os meus sentido .
Ave-Maria.
92 M A N U A L DO CORAÇÃO UE J ESUS

Eu vos venero com todo o coração, ó Santíssima


Vi rgem, acima de todos os Anjos e Santos do pa­
raíso, como Espôsa dileta do D ivino Espírito, e vos
consagro o meu coração com todos os seus afetos,
rogando-vos que me alcanceis da Santíssima Trin­
dade todos os meios para salvar-me. A ve-Maria.
'O :1 . J i td 1 �ncin p1 ·n 1, IIm ur r�c.

Ao Sanctus
Santo, Santo, Santo, é o Sen hor Deus dos exér­
citos. Os céus e a terra e tão cheios de vossa glória.
11 l U I de 1n du �l·Ol' • • r r ria m�

H osana no mais alto dos céus! Bendito o que vem


em nome do Senhor! H osana no mais alto dos c�us !

Ao Cânon
Breve consagração ao Coração de Jesus
Eu, para ser-vos grato e para reparar minhas
infidelidades, vos dou o meu coração e me consa­
gro inteiramente a Vós, ó meu amável Jesus, e com
o vosso auxílio proponho não tornar a pecar.
11 1 Ji i uul n ia, r >ad� J o a n t c J 1 lm em de
<;,,� ado c, a • ' ' j u. pl náoh ao fim " um m �

Ao memento dos vivos


Oração un iversal
Por vossa piedade nós vos rogamos, Senhor, que
nos liberteis das cadeias de nossos pecados e pela
intercessão da Bem-aventurada sempre Vi rgem Ma­
ria, Mãe de Deus, de S. José, dos vossos bem-aven­
turados Apóstolos, S. Pedro e S. Paulo e de todos
os Santos, nos guardeis a nós, vossos servos e as
nossas moradas em tôda a santidade ; que a todos
MODO DE OUV I R M I SSA 93

os nossos pa rentes e amigos purifiqueis de vícios


e ilustreis com virtudes ; que nos deis pão e satide,
que afugenteis os nossos inimigos visíveis e invisí­
veis; que afasteis- de nós os desejos impu ros ; que
deis salubridade ao ar que respiramos ; que con­
cedais a nossos amigos e inimigos caridade ; que
guardeis a nossa cidade ; q ue conserveis o nosso
Pontífice N. ; que a todos os P relados, Governantes
e a todo o povo cristão, defendais de tôda a adver­
sidade. Conosco esteja sempre a vossa bênção e
a todos os fiéis defuntos concedei o eterno des­
canso. Amém.
n < h . l <' n c t � cada Vt7 e plcnana ao hm de
me

À Elevação da Hóstia

G raças e louvore se dêem a todo o momento


ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
.>W <Ira. :l • n., c d e lo San i srmo )llcn la ao f t m
d u m mê .

À Elevação do Cálice
Eterno Pai, eu vos ofereço o Sangue preciosís­
simo de Jesus Cristo em desconto de meus pecados,
em sufrágio das santas almas do purgatório e pe­
las necessidades da Santa I greja.
51{) dia ndul �cl. t ri n r •o lint de "rn t t

Eterno Pai, pelo Sangue preciosíssimo de Jesus


Cristo glorificai o seu santíssimo nome, segundo
os desejos do seu adorável Coração.
anl• f d PJ . c a:ttl•·u a h1 UI ,en r a t 7 an
•c como , ·�n n u1: (Z l r a.n (s thercm de
vldam ntc comungado) a todos os fiéis <.JUC no ato da
elevaçfto da hostia no santo sac:rlh o da li sn ou q· a<�do
94 MANUAL DO CORAÇÃO DE JESUS

n ·Santlsslmo estiv e r exposto solenemente, olharem com fé,


piedade c amo r para a hóstia sacrossanta, recitando ao
· mesmo tempo a in,·ocação ·
Dominus meus et Deus meus
Meu Senhor e Meu D�us I
Sete oferecimentos do Sangue de Jesus Cristo
I • Ofereço-vos, Eterno Pai, os merecimentos do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vosso amado Filho
e meu Divino Redentor, pela propagação e exal­
tação da minha terna Mãe, a Santa Igreja, pela
conservação e prosperidade de seu Chefe visível, o
Sumo Pontífice Romano, pelos Cardeais, Bispos e
Pastôres das almas e por todos os · Ministros do
santuário.
Glória ao Pai. Bendito e louvado seja para sem­
pre Jesus, que nos salvou com seu sangue.
2• Ofereço-vos, Eterno Pai, os merecimentos do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vos?o amado Fi­
lho e meu Divino Redentor, pela paz e concórdia
entre o príncipe� católicos, pela confusão dos ini­
migos da santa Igreja e pela felicidade do povo
cristão.
Glória ao Pai. Bendito e louvado, etc . . .
3• Ofereço-vos, Eterno Pai, os merecimentos do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vosso amado Filho
e meu D ivino Redentor, para obter o regresso dos
incrédulos à verdade, a extirpação de tôdas as here­
sias e a conversão dos pecadores.
Glória ao Pai. Bendito e louvado, etc . . .
4° Ofereço-vos, Eterno Pai, os merecimentos do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vosso amado Filho
e meu Divino Redentor, por todos os meus parentes,
MODO DE OUV I R M I SSA 95

amigos e inimigos, pelos pobres, pelos enfermo e


aflitos, e por todos aquêles por quem sabeis que
devo pedir e quereis que peça.
Glória ao Pai. Bendito e louvado, etc . . .
5• Ofereço-vos, Eterno Pai, os merecimentos do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vos o amado Filho
e meu Divino Redentor, por todos os que pas arem
hoje à outra vida, a fim de que os livreis das penas
do inferno, e os leveis logo à posse da vossa glória.
Glória ao Pai. Bendito e louvado, etc . . .
6• Ofereço-vos, Eterno Pai, o merecimento do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vosso amado Filho
e .meu DIVino Redentor, por todos os que apreciam
o valor de tão granrle e belo tesouro, pelos que
estão unidos comigo para O adorarem e hon ra­
rem e finalmente pelos que trabalham em propagar
esta devoção.
Glória ao Pai. Bendito e louvado, etc . . .
7• Ofereço-vos, Eterno Pai, os merecimentos do
preciosíssimo Sangue de Jesus, vosso amado Filho
e meu Divino Redentor, por tôdas as mirihas neces­
sidades espi rituais e temporais, em su frágio das
santas almas do purgatório e em particular daque­
las que foram mais devotas do preço da nossa Re­
denção e das dores e angústias de nossa terna
Mãe, Maria Santíssima.
Glória ao Pai. Bendito e louvado, etc . . .
Louvado seja o Sangue de Jesus agora e sempre,
por todos os séculos dos séculos. Assim seja.
3 anos dt Indulgência cada vez e plenária ao IIm <Ir
u m m�&.
96 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JES U S

Ao Pai-Nosso
O' Pai, ó Filho, ó Espírito Santo ! O' Santíssima
Trindade ! O' Jesus! O' Maria!
A njos benditos, Santos e Santas do Paraíso al­
cançai-me estas graças que peço pelo preciosíssimo
Sangue de Jesus Cristo :
De fazer sempre a vontade de Deus, de estar
sempre unido com Deus, de não pen ar senão em
Deus, de amar só a Deus, de buscar só a glória
de Deus, de fazer-me santo só por Deus, de co­
n hecer bem o meu nada, de conhecer cada vez mais
a vontade de meu Deus e . . . (pedi aqui alguma
graça que necessiteis para a salvação). Maria San­
tíssima, oferecei ao Eterno Pai o Sangue precio­
síssimo de Jesus Cristo por minha alma, pelas almas
.santas do purgatório, pelas necessidades da San­
ta Igreja, pela conversão dos pecadores e por todo
o mundo.
orla 'atr ao prccao o angue u ri •

' I
Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, entre os res.:
plendores ela luz perpétua. Descansem em paz.
Amém.

Ao Agnus Dei
Cordeiro de Deu , que tirais os pecados do mun­
do, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deu , que tirais os pecados do mun­
do, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mun­
do, dai-nos a paz.
MODO DE OUV I R M I SSA 97

Ao Domine, non sum dignus


f f C" Yl'/t

Senhor, não sou digno que entreis na minha alma,


ma dizei uma só palavra e ela será curada.
!'>IM I dld' U tnJ1 ,ç a t pl II�P1 , O j j n <k um cn�:.

A Comunhão
Slo J'lfhlt-ruJo conaur,,.:-ar .. cram-.;nt lr1..-11tt, 1 ." 7�1

A comunhão espiritual.
Creio, meu bom Je us, que estais presente no
Santíssimo Sacramento e nêle vos adoro ; amo-vos
õbre tõdas as coisa e desejo muito receber-:vo ;
vinde pois, vinde ao meu pobre coração, que vos
consagro e ofereço. Como se vos tivera já rece­
bido, uno-me todo a Vós. A h ! Senhor, não permi­
tais que me aparte de Vó�.
'! an() IJ< I lll�onCIA t plctl ria 111 fitI tl< Uni me

Oração ao Santíssimo Sacramento e ao Sagrado


Coração de Jesus
'
Ei a que ponto chegou a vossa excessiva ca­
ridade, ó amanti imo Jesus meu ! Vós me prepa­
ra te um banquete divino da vossa Carne e do
vo so precio is imo Sangue, para vos dardes todo
a mim. Quem pôde impelir-vo a tai transRorte
de amor? Foi unicamente o vo so amorosíssimo
Coração. O' Coração adorável de meu Jesus, for­
nalha ardentíssima do divino amor, recebei na vos­
sa sacrati ima chaga a minha alma, para que,
nesta escola de caridade, eu aprenda a pagar com
amor àquele Deus que me deu tão admiráveis pro­
vas do seu amor. Assim seja.
5<MI tli" tl• intluiR�ntiA e plrnjr,a ��� ftm tlc um 111�
Oração para antes do exame de consciência
Senhor, Deus onipotente, prostrado humildemente
diante da vossa divina majestade, vos rendo infi­
nitas graças por todo o benefícios que de vossa
inefável bondade tenho recebido, em particular por
me terdes cr-iado, conservado, remido, e cumulado
de tanto bens e mercês, muitos dos quais eu i �p10ro.
Rogo-vos, Senhor, humildemente, que vos dtgneis
conceder-me abundante luz para conhecer tôdas
as faltas e pecados, com que vos tenho ofendido, e
graça eficaz para me arrepender e emendar dêles.

Exame
Prlm lro mandamento. - Tenho rezado a s orações
da manhã. e da noite? - Tenho falado contra a re­
lighlo ou contra os que a praticam? - Tenho lido
ou ouvido ler algum livro proibido pela Igreja ? -
Tenho desconfiado da minha salvação? - Tenho
faltado ao respeito na Igreja, profanado Imagens ou
coisas sagradas? - Tenho recebido algum sacramen­
to e m pecado mortal?
CONFI SSAO 99

. egundo mandamento. - Tenho jurado falso? -


Tenho j u rado verdade, mas sem ser necessário? -
Tenho proferido blasfêmias? - Tenho rogado pragas
ou maldições? - Tenho cumprido as promessas fei­
tas a Deus ou aos Santos?
Terceiro mandamento. - Tenho ouvido missa in­
teira todos os domingos e dias santos? - Tenho assis­
tido a ela com atençll.o e respeito? - Tenho Impedi­
do que outros a ouvissem? - Tenho comido carne
nos dias proibidos?
Quarto mandamento. - Tenho respeitado os meus
pais o u superiores? - Tenho obedecido ao que êles
me mandam? - Tenho-os ofendido com . palavras?
- Tenho falado mal dêles diante de outras pessoas?
- Tenho-os socorrido em suas necessidades? - Se
já faleceram, tenho-os encomendado a Deus?
Quinto mandamento. - Tenho ferido ou maltra­
tado os meus companheiros? - Tenho desejado a
\ morte a mim mesmo, ou a outro? - Tenho-me ale­
grado d o mal alheio? . - Tenho mostrado ódio em
não falar, em dizer Injúrias, em rogar pragas, em
mandar fazer algum mal por Inveja ou vingança?
- Tenho-me excedido em comer ou beber?
exto o nono mandamentos. - Tenho Üdo maus
pensamentos e consentido nêles? - Tenho tido maus
desejos'? - Tenho dlto palavras desonestas, ou ou­
vido outros dizê-las sem protestar? - Tenho feito
ações contra a santa castidade? - Tenho lido livros
obscenos, olhado para gravuras e objetos Indecentes?
- E qu antas vllzos tenho cal�o nestes pecados?
étlmo e décimo mandamentos. - Tenho roubado
alguma coisa a alguém? - Tenho aconselhado ou­
tros a que o façam? - Tenho causado prejulzos a
outrem?
Oitavo m a nd amento . - Tenho feito juizos teme­
rãrlos? - Tenho murmurado, ou ouvido murmurar
com prazer? - Tenho levantado alguma calúnia ou
falso testemunho, quer por palavras, quer por escri­
to? - Tenho dito mentiras?
1 00 MANUAL UO CORAÇi\0 DE JESU

Pecados capitais. - Pequei por soberba, exaltan­


do-me sObre os outros, amando desordenadamente
a própPia excelência, desprezando os Inferiores? -
Pequei por avareza, apegando-me ao dinheiro, ten­
do um cuidado desordenado das coisas da terra, ou
tratando com dureza os pobres? - Pequei por luxú­
ria, ofendendo a castidade por pensamentos, pala­
vras ou obras? - Pequei por Inveja, entristecendo­
me do bem alheio? - Pequei por gula, comendo ou
bebendo com sofreguidão e demasl.adamente? - Pe­
quei por ira, agastando-me com os meus compa­
nheiros? - Pequei por preguiça, ao levantar, em
rezar, no trabalho?

Ato de Contrição

Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verda­


deiro, Criador e Redentor meu : por serdes vós
quem sois, sumamente bom e digno de ser amado
sõbre tõdas as coisas, e porque vos amo e estimo,
pêsa-me, Senhor, de todo o meu coração de vos
ter ofendido, e proponho firmemente, ajudado com
os auxílios de vossa divina graça, emendar-me e
nunca mais vos tornar a ofender e espero alcançar
o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita mi­
sericórdia. Amém.

Oração para depois da Confissão

Meu bom Jesus, que bondoso sois I Oh I quem nun­


ca vos ofendera ! Apesar de ter sido tão ingrato
para convosco, ainda me recebeis na vossa ami­
zade ! Podíeis ter-me dado a morte, quando estava
em pecado ; podíeis ter-me sepultado no inferno
para castigar a minha ou adia em tran gredir a
vossa lei. Mas o vo so amor superou a minha in-
CONPISSAO IOI

gratidão, e trouxestcs-me a vossos pés para ai me


pordes de nõvo na vossa graça e tranqüilizastes o
meu coração. Bendito sejais, 6 meu Deus mi ericor­
dioso! Não permitais que eu perca de nõvo a graça
recebida! Antes morrer, que ofender-vos ! Meu bom
Jesus, minha Mãe Maria Santíssima, meu Anjo da
guarda, vaiei-me para que não torne a pecar.

* * *
COMUNHAO
Atos para antes da Comunhão
Ato de Fé
Quão santa é a ação que vou fazer, e quão gran­
de o favor que o céu me prepara ! Vou receber no
meu peito a Jesus Cristo, meu Deus, meu Salvador,
meu Redentor, meu Divino Mestre, Senhor do céu e
da terra, J uiz Supremo dos vivos e dos mortos.
Creio isto e estou pronto a derramar até a última
gôta do meu sangue para sustentar esta verdade.
Ato de H u mildade
E tou para receber o meu amável Jesus, cujo
Coração é o mais santo, mais puro, mais digno das
minhas adorações, do meu respeito, do meu amor
e de todos CJS afetos do meu coração.
Vou receber aquêle mesmo Jesus, que foi conce­
bido no seio puríssimo de Maria, aquêle mesmo
Je ·us, que foi imolado por mim na cruz, e cujo
coração faz no céu as delícia de todos os Santos.
Mas como está preparado o meu coração para re­
ceber aquêle Coração tão santo, tão puro e tão
perfeito? A h ! que o meu coração é o mais despre­
zível e indigno de todos os corações ! E' um coração
tíbio, frou xo, ingrato e infiel ; é um coração que
foi tantas vêzes vil traidor, seduzido miseràvel­
mente e por tanto tempo extraviado ; coração a in-
COMU HAO

da agora apegado ao mundo e aos e us van íssí­


mo ben . A h ! Coração do meu Deus, como vos
dignai entrar numa alma tão mal disposta e pre­
parada? Os palácios dos reis não ão dignos de
receber-vos ; mesmo o Anjos, não são bastante
puro a vossos olhos ; como pois podereis entrar no
meu coração cheio de tantas misérias e de tantos
defeitos ! A h I meu Deus, detesto, aborreço todos os
meus pecados ; esta é a única homenagem que vos
po so oferecer. Senhor, não sou digno de entrar
no vo so santo templo, e Vós quereis entrar no meu
pobre coração? E com que preparação me posso
eu dispor para receber tão inesti mável benefício?
O' bondade infinita do meu Deus ! O' Santíssimo
Coração do meu Divino Senhor, quem me dera
ter a pureza de todos o A njos, os a rdores e o
transporte. amoro o de todos os erafins para
preparar-vo morada digna de vós?
Ato de Oferecimento
Coração adorável ..-d Jesus, sendo eu incapaz
de oferecer-vos esta santas dispo ições do meu co­
ração, quero apre entar-vos ao menos o sincero e
ardente desejo que delas tenho, e reconhecendo a
vossa infinita bondade, oferecer-vos também as mes­
mas misérias do meu coração, e perando que delas
vos compadecereis e que Vós me mo preparareis
a minha alma e suprireís o que me falta.
H aurirei no vosso Coração os sentimentos que
vos hei de oferecer . . .
A to de Esperança
Cheio de santa confiança, venho a Vós ; se a mi­
nha indignidade me faz tremer, a vossa bondade
e misericórdia me dão ânimo e confiança . . .
1 04 MANUAL D O CORAÇAO D E J ESUS

O meu coração é pobre ; en riquecei-o com vossos


dons celestiais ; é tíbio, animai-o Vós com os vos­
sos divinos ardores . . .
Meu Deus, olhai não para os meus merecimen­
to , mas para as minhas neces idades ; não para as
minhas miséria mas para a vos a mi ericórdia . . .
Vireis a mim como Salvador, e o vosso Coração
derramará no meu graças de salvação e de vida . . .
Vireis como amante pastor, e o vosso Coração
me receberá como a ovelha perdida que volta para
Vós . . .
Vireis como piedoso médico e o Vosso Coração
-curará as doenças e feridas do meu coração . . .
Vireis também como Pai de misericórdia e me
darei entrada no v o o Coração, todo amor . . .
Virei como Deus das virtude , e o vosso Coração
há de produzi-la e fomentá-las tôdas em mim . . .
O' meu Deus, minha fôrça, minha esperança, mi­
nha paz, eu vo abro o meu coração para receber­
vos ; di nai-vos de abrir-me o vosso para dispor
o meu ; infundi no meu fé viva, e perança firme ,
caridade ardente e humildade profunda, que de­
vem preparar a entrada ao vosso adorável Coração.

Ato de Desejo
Vinde já, ó meu adorável Salvador ; o meu cora­
ção su pira pela felicidade que lhe está preparada ;
como o cervo sequioso corre para a fonte d'água
viva, como a térra árida parece suspirar pela fres­
cura do orvalho, a sim o meu coração uspira por ·
Vós, 6 meu Deus, autor da minha vida.
COMUNHÃO 105

Vinde, ó Coração do meu Deu ; não retardeis


essa felicidade ao meu coração ; vinde, e dai-me
convosco a abundância de tõdas as vo sas graças.
Meu Deu , meu Salvador, o vos o Coração é
santíssimo: santificai o meu . . . o vosso Coração
é puríssimo : purificai o meu . . .
O vo so Coração é resignadissimo: submetei o
meu . . . O vo. so Coração é humilde e manso, ou
antes, é a mesma humildade e mansidão: produzi
no meu estas santas virtudes . . .
- O vosso Coração é desapegado de tódas as coi­
sas do mundo ; quebrai as cadeias que prendem o
meu a essas coisa . . .
O vo o Coração detesta o pecado : penetrai e
meu de santo horror a êle . . .
O vo o Coração e tá inflamado em amor ; acen­
dei ê te sagrado fogo também no meu . . .
O vo o Coração está triunfante e glorioso no
céu ; elevai pois ao céu os afetos do meu coração . . .
Chegou finalmente o felicissimo instante ; alma
venturosa, ai vem o teu celeste Espõso. Eis que
desce ao teu peit o Rei dos reis com espírito de
doçura e paz.
Vou entrar na ala do convite com os convida­
do ao celeste banquete ; é o convite do Cordeiro
de Deus, do Cordeiro Imaculado. Eis o Cordeiro de
Deus! Repete, ó minha alma, estas palavras, e dei­
xa-te penetrar dos sentimentos, que a mesma San­
ta Igreja te inspira - Senhor, não sou digno que
entreis na minha morada ; mas dizei uma s6 palavra
e minha alma será salva.
· Creio em Vós, meu Deu , aumentai a minha fé.
Espero em Vós, animai a minha confiança! Amo­
vos, meu Deus, inflamai-me no vosso amor.
1116 M A N U A L DO CORAÇAO DE J ESUS

Atos para depois da Comunhão


Ato de Adoração
Oh ! graça e felicidade da qual nem os Anjos são
dignos ! E' possível que eu tenha agora dentro de
mim o Coração do meu Deus? Que o meu Deus se
tenha dignado vir a mim e dar-me o seu Cora­
ção? . . . Sim, eu o possuo. tle está comigo e eu
estou com êle. O seu Coração e o meu não são mais
que um só coração.
Adoro-vos, Coração do meu Deus, do meu Salva­
dor, do meu Rei, que estais agora no meu cora­
ção . . . Adorem-vos comigo, louvem-vos e bendi­
gam-vos todos os Anjos, todos o� espíritos bem­
av.enturados e tõda a cõrte celestial.
Ato de Amor·
Oh ! amor! oh ! excesso de amor ! O' Coração in­
finitamente amável, santo e perfeito! eu vos amo ;
sim, eu vos amo com todo o meu coração ! A h ! por
que não tenho eu todo os corações dos homens
para vo-los oferecer? por que não possuo o amor
�e tõdas as almas j ustas, para vo-lo consagrar? . . .
Só tenho um coração : mas êste há de ser vosso
e todo vosso.
O vosso amor para c.:omi �o é imenso ; também o
meu para convosco não lera limites.
O' Coração do meu Deus, como vos h umilhastes
tanto, que viestes a mim? Os céus não são dignos
de conter-vos e Vós viestes encerrar-vos no meu
pequeno e miserável coração! Eu não merecia a
mínima das vossas graças e contudo quisestes dar­
me o vosso Coração !
ATOS P A R A DEPO I S DA COMUNHÃO 1 07

A to de Oferecimento
O' meu Deus, como sois admi rável com o vosso
poder e grandeza ! mas quanto mais o sois pela
vossa infinita bondade e misericórdia ! . . .
Minha alma, bendize ao Senhor e desfaze-te em
tranportes de alegria e muito mais de gratidão
para com Deus.
O' Coração do meu Deu , sim quero oferecer­
vos um coração reconhecido e grato aos dons ine­
fáveis; nunca me esquecerei do meu divino ben­
feitor, nem· da grandeza do benefício, nem da mes­
quinhez e vileza de quem era tão pouco digno de
recebê-lo.
Meu Deus, para suprir a minha insuficiência con­
vido o céu, a terra e tõdas as criatu ras para ado­
rarem as vossa grandezas, admirarem os prodí­
gios do vosso amor, cantarem os vossos louvores, e
me auxiliarem a mostrar-vos a minha justa gratidão.

Ato de Petição
O' Sagrado Coração, agora que estais dentro
de mim, e na po e do meu coração, falai-lhe, fazei­
lhe ouvir a �ossa divina voz : dizei-lhe tudo o que
fõr para vos a glória e sua salvação.
Mas não vo contenteis somente de falar ao meu
Çoração, operai nêle também os prodígios inexpli­
cáveis do vosso poder e amor ; de terrai do meu
coração tudo quanto vo desagrada, e não permi­
tais que fique nêle coisa alguma que ofenda vossos
olhos puríssimo e magoe o vosso Coração. De­
sapegai-o de tudo ; fazei conhecer a vaidade e o
nada dê te mundo e de tõdas a coisas humanas.
t!JS M A N U A L DO CORAÇÃO DE J ESUS

O' Deus de amor, não permitais que eu vos ame


tibiamente ! A h ! que desgôsto é para mim lem­
brar-me de vos ter amado tão pouco e servido
tão mal !
E poderei apegar o meu coração a outra coisa
fora de Vós? E serei tão ingrato, que torne a dei­
xar-vos?
Sagrado Coração, Coração adorá'!el, não quero
limitar-me a louvar-vos e bendizer-vos. Vós vos
dais todo a mim sem reserva alguma ; e o meu cora­
ção não há de mostrar que é inteiramente vosso?
Fazei-me, pois, ó meu Deus, conhecer o que de
mim quereis ; o meu coração está prestes a fazer
tudo. Sim meu Deu , em espírito de gratidão quero
oferecer-vos não só todos os meus sentimentos e
afetos mas também todos os sacrifícios de que é
capaz o meu coração.
Por vosso amor quero fazer-me violência naque­
las circunstâncias (nomeai-as), reprimindo os arre­
batamentos e a demasiada suscetibilidade e incons­
tância do meu coração .
Por vosso amor quero sofrer aquela aflição, aque�
la cruz, que quanto mais aflige o meu coração,
tanto mais vos glorificará ; eu vo-la ofereço em
espírito de amor.
Por vosso amor hei de ter paciência naquela oca­
sião em q..ue o meu coração tantas vêzes se tem
ressentido.
Por vosso amor, finalmente, quero sofrer o mau
humor daquela pessoa com a qual hei de conviver
e que me dá tantos motivos de queixar-me e de
merecer.
ATOS PARA DEPOIS DA COMUNHAO 109

A to de Propósito
Coração do meu Deus, sinto que ainda quereis
mais alguma coisa do meu coração; hâ muito tempo
que vos nego um sacrifício que a vossa graça exi­
ge de mim. Pois bem, neste mesmo instante eu
vo-lo ofereço. Como poderia eu ainda negá-lo ao
vo so Coração, que mo pede com tanta bondade?
Não serei eu bastante feliz se êle mo aceita? Sim
meu Deus, eu ·vo-lo ofereço com tôda a efusão do
meu coração. Quero ser fiel a esta minha resolução
por mais que me custe. O vosso Coração, ó meu
Deus, merece ainda maiores acrifícios depois de
tantas graças que me tem feito.
Coração divino, em tudo, em tudo escutarei a­
vossa voz, seguirei os vossos conselhos, imitarer
as vossas máximas e viverei conforme a vossa vidà.
Que dita para mim, poder dizer com o Apóstolo
entre transportes de gratidão e de amor. Não sou
eu que vivo, mas é Jesus que vive e opera em mim!
Oxalá, Coração sacrossanto, vivais em mim para
sempre. Fazei que a nova vida e o nôvo coração
que tendes formado em mim, sejam penhor da vi­
da imortal que me tendes preparado no vosso Co­
ração e na vossa glória. Assim seja.

Oferta de si mesmo
S. Inácio tle Loiola
Tornai, Senhor, e recebei tôda a minha liberdade,
a minha memória, o meu entendimento e tôda a
minha vontade. Tudo quanto tenho e pos:;uo, de
vós o recebi : a vós, Senhor, o entrego e re. tituo,
para que disponhais de tudo sej.!undo � vossa san-
1 10 11\ A N U A L DO CORA ÇÃO DE J ESUS

tissima vontade. Concedei-me só a vossa graça e


o vosso amor que isto me basta, nem outr.a coisa
desejo. Amém.
3 anos de in dulgt!n cia . Plenária ao fim de um mês.

Invocações
Senhor, eu não sou digno de que entreis em mi­
nha casa, mas dizei apenas uma palavra e minha
alma será salva.
1100 dias de ln dulgencla , quando rep ellila 3 vêzes. Ple­
ndría ao fim de um mês, nas condiç õ es do costume.
O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde
minha alma para a vida eterna.
1100 dias de lndulg�ncla ; plenária ao fim de um mês.

* * *
Oração a Jesus crucificado

Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesus, que pros­


trado de joelhos em vossa divina presença, vos peço
e suplico, com o mais ardente fervor, que vos dig­
neis imprimir em meu coração ardentes sentimen­
tos de fé, esperança e caridade, e um verdadeiro
arrependimento de meus pecados com vontade fir­
míssima de os emendar ; enquanto eu, com grande
afeto e dor d'alma, considero e medito as vossas
cinco chagas, tendo diante dos olhos o que já o
santo profeta David dizia de vós, ó bom Jesus,
"Transpassaram minhas mãos e meus pés, conta­
ram todos os meus ossos".
10 anos d e l ndulgeocia . I ndu lgência plenária a quem re­
zar esta oração d i a n te de uma Imagem do cruclllxo ( ten­
Lio- se con l essa do • c o .n u n g ado ) e o r a r pelas lntençOos do
S u m o Pontl flce .

Ato de conformidade
Senhor, meu Deus, de todo o meu coração, de
plena vontade, aceito desde já de vossa mão, com
tõdas as suas angústias, penas e dorl.'s, o gênero de
morte que vos aprouver reservar-me.
7 a n os de indulgência : plená r i a . apllclivel na hora da
m o r te .
1 12 M A N U A L. DO CORAÇÃO DE J ESUS

Invocações
Alma de Cristo, antificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Agua do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cri to, confortai-me.
o· bom Jesus, ouvi-me.
Nas vossas chagas escondei-me.
Não permitais que me separe de vós.
Do inimigo maligno defendei-me.
Na hora da minha morte chamai-me.
E mandai-me ir para vós,
Para que vo louve com vossos Santos.
Por todos os séculos do éculos. Amém.
:i 1 u o u< ondul;:•n 3 Jl , , ro a ao f o m 11, "'" mb . 1
no , dcp •1 da comunhão

Oração a Nossa Senhora


Eu me recomendo a vós, ó gloriosa Virgem Ma­
ria, Rainha do céu e da terra, que trouxestes em
osso eio aquêle Senhor e Criador, que eu aca­
bo de receber. Eu vos suplico, Mãe santíssima de
Deus, que intercedais por mim ante vosso divino
Filho e me alcanceis dêle perdão de tôdas as fal­
tas que eu possa ter cometido em receber tão
grande sacramento. Vós fôstes sempre pura e ino­
cente, e a vossa pureza e inocência csesceu ainda
mais, depois da encarnação do Filho de Deus. Pos­
sa eu também depois de receber êste augustissimo
Sacramento cre cer na y ureza de minha alma, e
conservar o meu coraçao e o meu corpo isentos
de todo o pecado. Vós, depois da conceição de
vosso Filho, cantastes o louvores de Deus e vos
. alegraste em Deus vosso Salvador. Alcançai-me
ORAÇJ\0 DE O. LEME PELO CLERO 1 13

também que eu possa render a Deus as graças de­


vidas pOr tãO <Yrande benefíCiO, e mOStrar-me Sem­
pre fiel ao seu amor.
Oração de D. Leme pelo clero
Deixai, ó Jesus, que em vosso Coração Eucarís­
tico depositemos nossas mais ardentes preces pelo
nosso clero.
Multiplicai as vocações sacerdotais na nossa Pá­
tria ; atraí ao vosso altar os filhos do nosso Bra­
sil ; chamai-os com instância ao vosso ministério.
Conservai, na perfeita fidelidade ao vosso servi­
�:o, aquêles a quem já chamastes ; afervorai-os, pu­
rificai-os, antificai-os, não permitindo que se afas­
tem do espírito da vossa Igreja.
Não, consintais, 6 Jesu , nós vos suplicamos, que
debaixo do céu b ra ileiro sejam, por mãos indignas,
profanados os vosso mistérios de amor.
Também vos pedimos com instância : deixai que
a misericórdia do vo so Coração vença a vossa
justiça divina por aquêles que se recusaram à hon­
ra da vocação sacerdotal ou desertaram das fileiras
sagradas.
Por vo sa Mãe, Maria Santíssima, rainha dos
Sacerdotes, atendei, ó Jesus, a esta nossa insistente
oração.
O' M á ria, a vosso Coração confiamos o nosso
Clero; guiai-o, protegei-o, salva i-o.
7 ""\. Ú< •ntlu1�cncia p1cn rta ao Iom J< um me.

* * *
EXAMES DE CONSCiêNCIA
A ) Exame geral
( Método úe S . Inácio)
1• Agrad e ce r os beneficios recebidos. - Meu Deus,
meu Pai e meu Criador, eu vos adoro, louvo e reve­
rencio, e vos dou I nfinitas graças por me terdes
criado, feito cristão e cumulado de beneficios . . .
2• Pe di r luz para conhecer os próprios pecados e
!:" raça para os aborrecer e detestar. - O' divino Es­
plrito Santo, dignai-vos conceder-me luz para conhe­
cer os meus pecados, negligências e defeitos, e gra­
ça eficaz para me arrepender e emendar dêles.
3• Examinar as ofensas feitas a Deus por pensa­
mentos, palavras e obras desde o último exame até
n hora presente, r:espondendo ao seguinte interroga­
tório <ou outro semelhante, conforme o estado e con­
dição de cada um) : - Como cumpri os deveres para
com Deus 'f • . . Flz a oração da manhã . . . Estive com
a devida reverência, terlor e exterior, a todos os
atos religiosos ? . . . Ofereci a Deus as minhas ações
e tive reta intenção em tOdas elas, ou procedi por
amor-próprio, vaidade ou paixão? . . . Que devoções
particulares tenho eu, e como as rezei? . . .
Cumpri todos os meus deveres para com o pr6xl­
m9? . . . Obedeci com amor, respeito e submissão aos
superiores ?. . . Fui cordial com os Iguais?. . . Mos­
trei-me altivo, falto de caridade, desprezador ou de­
masiado exigente com os Inferiores ? . . . Fui justo,
leal e sincero com todos? . . . Faltei à verdade, mur­
murei ou fiz utzos temerá.rios do róximo? . . .
E X A MES DE CONSC I I:!NC J A 1 15

Como cu n:rjl rl os devere s para comigo! . . .


Consenti
em )Tlaus pensamentos, pronunciei mãs palavras ou
violei d'algum modo a castidade? . . . Andei com más
companhias, . tive leituras per)gosas ? . . . Deixei-me
vencer do respeito humano? . . . · Excedi-me na comi­
d a ? . . . Estive ocioso? . . . Cumpri as obrigações do
meu estado ou condição? . . .
4• Fazer um ato de contrição das faltas cometidas,
Incluindo nêle as ' mais graves da vida passada.
Que teria sido de mim, ó meu Deus, se me tivésseis
castigado como eu merecia? Ai ! quanto me pesa das
minhas culpas, que grandes castigos provocaram I
E como fui louco em renunciar à felicidade eterna
da bem-aventurança pela mesquinha satisfação de
um pecado que ainda neste mundo me aviltou e en­
cheu de remorsos ! . . . E ofender-vos eu a vós ! . . . eu
tão miserável, tão Ingrato, tão cheio de graças e
dons . . . a vós, meu Crlado'r, met: Redentor, Infini­
tamente bom e amável, a própria onipotência, san­
tidade e amor ! . . .
5• Propor a emenda ,com a graça divina. - Ah !
mas nunca mais pecarei, Senhor, nunca mais vos
ofenderei. Antes a
'
rDOf.le,
Senhor, antes todos os tra­
balhos do mundo, po rqi.te tudo passa e a eternidade
não acaba ; porque o pecado é um mal maior que o
inferno ; porque não há, nem pode haver, compensa­
ção para a perda de um bem Infinito, qual é o céu ;
porque o pecado vos ofende e desgosta, a vós, meu
Deus, meu Pai e meu Criador, beleza e amabilidade
Infinita . . .
Prometer evitar alguma falta mais particular ou
alguma ocasião de pecado, e terminar com um
Pai-Nosso.
8) Exame particular
1• Todos os dias de manhã, apenas levantado, pro­
ponha evitar algum defeito particular, ou falta em
que mais costume cai r ; - ou praticar alguma vir­
tude determinada, que mais deseje alcançar.
1 16 M A N U A L 00 CORAÇAO DE JESUS

2• Ao melo dia. (ou antes da. refeição, à hora. certa.),


observados o 1• e 2• pontos do exame gera.!, discor­
rendo por tOdas as horas do dia até àquele momento,
examinar e apontar o número de vêzes que caiu no
defeito que quer evitar (ou o número de atos que
praticou da virtude que deseja alcançar) e propor
emenda. (ou mais fervor) até ao 2• exame que há
de fazer.
3• A noite, antes de se deitar, fazev o 2• exame do
mesmo modo que ao melo-dia., apontando também
1 o número das faltas cometidas ou dos atos de vir­
tude praticados.
A) Pelo dia. adiante, cada vez que cair naquele
pecado ou defeito particular, arrepender-se logo dessa
falta. (ainda que não fOsse senllo pondo a mllo no
peito), e I r notando o número dessas faltas, ou dos
atos da virtude praticada.
B) Conferir o exame da manhll com o da tarde, e
ver se há emenda do defeito ou progresso na virtude.
C) Conferir do mesmo modo os exames de um dia
com os do outro.
D) Conferir uma semana com outra, um mês com
outro, a ver se há emenda ou progresso.
Pelo exame de conscl�ncia com ato de arrependimento e
propósito, 500 dias de indulgencia ; plenária no m�s.
Multo lhe aproveitará Igualmente examinar as prin­
cipais ações do dia logo depois de as ter praticado,
vendo se as ofereceu a Deus ou as fêz com esta. ln­
tençllo, se durante elas levantou o pensamento a
Deus, se trabalhou com empenho, etc.

ORAÇOES DA N�ITE
Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso
Senhor, dos nossos inimigos. Em · nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo. Amém. .

Meu Deus, meu Pai e meu Criador. Eu vôs ado­


ro e reverencio de todo o meu coração. Dou-vos
i nfinitas graças por me terdes criado, feito cris­
tão e conservado neste dia.
ORAÇOES DA NOITE I 17

Creio em vós, porque sois a mesma verdade.


Espero em vós, porque sois fiel às vossas promes­
sas. Amo-vos de todo o meu coração, porque sois
infinitamente bom e amável. E amo ao meu pró­
ximo como a mim mesmo por amor de vós.
Ato de contrição
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verda­
deiro, Criador e Redentor meu : por serdes vós
quem sois, sumamente bom e digno de ser amado
·õbre tõdas as coisas, porque vos amo e estimo,
pêsa-me, Senhor, de todo o meu coração de vos
ter ofendido, e proponho firmemente, ajudado com
os auxilio da vossa divina graça, emendar-me e
nunca mais vos tornar a ofender e espero alcan­
çar o perdão da minhas culpas, pela vossa infini­
ta misericórdia. Amém.
Súplicas
Dignai-vos Senhor, conservar-me esta noite sem
pecado ; abençoai o descanso que vamos tomar, a
fim de reparar as fôrças para vos servir melhor
e com mais fervor.
Corações santíssimos de Jesus e Maria, entrego­
vos nesta noite a minha alma e o meu corpo, para
que em vó descansem tranqüilamente ; e porque eu,
enquanto dormir, não posso louvar a Deus, peço­
vos que o louveis por mim, de modo que, quantas
forem as pulsações do meu coração, tantos sejam
os louvores que vós por mim deis à Santlssima
Trindade.
O' Virgem Santíssima, Mãe do meu Deus e de­
pois de Deus minha esperança, meu refúgio e meu
amparo, socorrei-me em tõdas as minhas necel-õ-
1 18 MANUAL DQ CORAÇA.O DE JESUS

sidádes, defendei-me nesta noite contra to os os


inimigos, e livrai-me de todo o mal.
S. José, amante do Sagrado Coração, rogai
por nós.
Amado Jesus, José e Maria, o meu coração vos
' ·
dou e minha alma.
Amado Jesus, José e Maria, assisti-me na última
agonia.
Amado Jesus, Jo é e Maria, expire em paz entre
vós a minha alma.
7 anos e indulgência ; p l e n á r i a no mês .

Santo A njo do Senhor, meu zeloso guardador,


já que a ti me confiou a piedade divina, sempre
me rege, guarda, governa e ilumina.
Pelas almas do purgatório
O. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso,
R. Entre os resplendores da luz perpétua.
O. Descansem em paz.
R. A mém.

* * �·
AO SANTISSIMO SACRAMENTO DO ALTAR

. Oração de S. Afonso de Ligório


Senhor meu Jesus Cristo, que, pelo amor que
tendes aos homens, estais de noite e de dia neste
Sacramento, todo cheio de piedade e de amor, es­
perando, chamando e recebendo todos os que . vêm
visitar-vos ; eu creio que estais presente no San­
tíssimo Sacramento do Altar. Eu vos adoro do
abismo do meu nada e vos dou graças por todos os
benefídos que me tendes feito ; especialmente por
vós mesmo vos dardes a mim nesse Sacramento,
por me terdes concedido como advogada vossa
Mãe, Maria Santíssima, e por me terdes chamado a
visitar-vos nesta igreja. Eu saúdo, pois, hoje, o
vosso amantíssimo Coração e a minha i ntenção é
fazê-lo por três motivos: primeiro, em ação de
graças por esta grande dádiva ; segundo, para com­
pensar-vos de tôdas as inj úrias que tendes rece­
bido, neste Sacramento, de todos os vossos inimi­
gos ; terceiro, com a iqtenção de adorar-vos, nesta
visita, em todos os luga-res da terra onde na vossa
presença sacramental estais menos reverenciado e
em maior abandono. Meu Jesus, eu vos amo de todo
n meu coração ; pêsa-me de ter, no passado, tantas

vêzes ofendido a vossa . divina bondade. P roponho,


com o aux ilio de vossa graça, nunca mais ofender-
1 20 M A N U A L DO CORAÇilO DE J E S U S

vos para o futuro. E, no presente, miserável qual


sou, eu me consagro todo a vós e renuncio a tôda
a própria vontade, a todos os afetos e desejos, e
a tudo o que é meu, para vo-lo oferecer. De hoje
em diante fazei vós de mim e de tudo o que me
pertence aquilo que fõr de vos o agrado.
Só procuro e só pe�·o o vosso santo amor, a per­
severança final e o perfeito cumprimento de vo sa
vontade. Recomendo-vos as almas do purgatório,
especialmente as mais devotas do Santíssimo Sa­
cramento e da Bem-aventurada Vi rgem Maria. Re­
comendo-vos também todos os pobres pecadores.
Finalmente, desejo unir, meu querido Salvador, to­
dos os meus afetos com os do vosso amaro ís imo
Coração; e, assim unidos, os ofereço a vosso Eterno
Pai e lhe peço em vo so nome que por vosso amor
os queira aceitar e atender.
Diante o.Jo S a n t l s,lnJO 7 .t no . • nlen a r 1J n o m oh

illdUI�mcra dn d ra tU<'<Ifl i/�0 - 0� Jiéi qu� V J"tarem


a ·snt i s si m o Sacramento . nosto � adora ao publica .Jt�-
llt a manha ate � tnr.Je podcr�o lu crar 15 ano u · indul
�t?ncia, ou u m a 111d1ti)(Cucin plrnárit� �c �( li\!.: rem cr ����·
-s.AUO c . f�lto ;t cumunhoto
lndull!(;tUta lfn mi:� tuc. url�tl• o - Os. f u ! 1 . que.: rc:z 3rc n.
l l p u na oraçlo ou li.tcr-.:m a lt{U III3 .. tt
.• \'Oc;âo t.Jurant�.: uu1 mt
friJ(fJO l u c r a r 7 nno: c.Jt.• IIH.IU ��i'IICI3 ta d o1 \Jta Unia ir ll.I UI..
�· nc1:1. ph:n.ut:t :10 bm Jo m .!' .

Ato de adoração e reparação


J• Eu vos adoro com profundo respeito, meu
Jesus, no San1í sit:no Sacramento ; recon heço-vos por
verdadeir� Deus e homem ; e tenho tenção de su­
prir, com êste atd de adoração, a frieza de tan­
tos cristfios que ao passarem diante de vossos
templos e, às vêzes, mesmo diante de vosso sa­
grado tabernáculo, em que vos dignais estar a tõ-
AO SANTISSIMO SACRAMENTO DO ALTAR 1�1

da a hora, desejando, com impaciência amorosa,


comunicar-vos aos vos os fiéi , - nem ao menos
vos saúdam ! E com a sua indiferença se mostram
como o hebreus no deserto, nauseados dêste maná
celeste ! Eu vos ofereço o preciosíssimo Sangue que
derramastes da chaga do vosso pé esquerdo, em
reparação de tão in uportável tibieza; e, encerran­
do-me espiritualmente nesta sagrada chaga, repito
mil e mil vêze :
Graças e louvores sejam dados, a todo momento !
Ao Santi simo e diviníssimo Sacramento !
Pai- osso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
2• Eu vo adoro com profundo re peito, meu
Jesus. Reconheço-vos pre ente no Santíssimo Sa­
cramento, tenho . tenção de reparar a ingratidão de
tantos cristão que, vendo-vos sair a visitar os po­
bres enfermo , para ser o seu confôrto e consola­
ção na grande viagem para a eternidade, vos dei­
xam pa sar sem acompanhar-vos e apenas se dig­
nam fazer um ato de externa adoração. Eu vos
ofereço, em reparação de tamanha frieza, o precio­
sí imo Sangue que derramastes da chaga do vosso
pé direito ; e, encerrando-me espirituafmente nes­
ta agrada chaga, repito mil e mil vêzes :
Graças e louvores sejam dados, a todo momento !
Ao sa.ntíssimo e divinl simo Sacramento!
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
3• Eu vos adoro com profundo respeito, meu
je us, verdadeiro Pão da vida eterna ; e .com esta
adoração, tenho tenção de compen ar as mu itas
feridas que o vosso Coração sofre, todos os dias,
pela profanação das igrejas, onde vos dignai es­
tar debaixo das e pécies sacramentais, para ser
1 22 M A N U A L DO CORAÇAO DE J ESUS

adorado e amado por vossos fiéis. Eu vos ofereço,


em reparação de tantas i rreverências, o preciosís­
simo Sangue que derramastes da chaga da vossa
mão esquerda ; e, encerrando-me espiritualmente
nesta agrada chaga, repito a cada instante :
Graças e louvores sejam dados, a todo momento �
Ao santíssimo e diviníssimo Sacramento!
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. -
4• Eu vos adoro com profundo respeito, meu
Jesus, Pão vivo descido do céu ; e tenho tenção de
reparar, com êste ato de adoração, tantas e tão
repetidas irreverências que cada dia cometem os
vossos fiéis ao assistirem à Santa Missa, na qual,
por excesso de amor, renovais, de modo incruento,
o mesmo Sacrifício que consumastes no Calvário,
para a nossa salvação. Eu vos ofereço, em repa­
ração de tanta ingratidão, o preciosíssimo San � ue
que derramastes da chaga da vossa mão dire1ta ;
e, encerrando-me espiritualmente nessa sagrada
chaga, reúno a minha voz às vozes dos A njos,
que, em adoração, vos rodeiam, dizendo, juntamen-
·
te com êles :
Graças e louvores sejam dados, a todo momento !
Ao santíssimo e diviníssimo Sacramento!
Pai-Nos o, Ave-Maria e Glória ao Pai.
5• Eu vos adoro com profundo respeito, meu
Jesus, verdadeira vítima de expiação por nossos
pecados ; e vos ofereço êste ato de adoração em
compensação dos sacrilégios e ultraje que recebeis
de tantos cristãos ingratos, que se atrevem até a i r
receber-vos na Santa Comunhão, tendo . sua alma
em pecado mortal ! Eu vos ofereço, em reparação
de tão abomináveis sacrilégios, as últimas gôtas de
Bf!NÇiW DO SS. SACRAMENTO 1 23

vosso preciosíssimo Sangue, que derramastes da


chaga do lado ; e, encerrando-me nela, eu vos adoro,
bendigo e amo, repetindo, em união com tôdas as
almas devotas do Santí simo Sacramento :
Graças e louvores sejam dados, a todo momento !
Ao santíssimo e diviníssimo Sacramento !
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
7 anos de indulgcncia e p l e n á r i a ao I I m de um m�s.

BeNÇAO DO SS. SACRAMENTO


O Salutarís Hóstia

O salutaris hostia, o· vítima da paz,


Qure creli pandis os­ Que o céu abriste ao
ti u m : pobre pecador,
Bella premunt hos­ Guerra crua sofremos :
tilia. a h ! dá fôrça,
Da robur, fer auxi­ Socorre-nos, Senhor.
lium.
Uni trinoque Domino. Ao trino e uno Deus
eterna glória,
Sit sempiterna glo- Do céu na imensidade,
ria :
Qui vitam sine ter­ Pátria, onde um dia nos
mino, dará, benigno,
Nobis donet in pa­ Perene felicidade.
tria.
Amen. A mém.
7 �nos de lndulgcncla e plenária n o IIm de um m�s.
124 MA U A L DO CORAÇAO DE jESU

Tantum ergo
Tantum ergo Sacra­ este grande Sacramen­
mentum to,
Veneremur cernui. Humildemente a d o r e­
m os :
Et antiquum documen­ Da <Antiga lei as figu­
tum ras
Novo cedat ritui. Cedam ao nôvo misté­
rio;
Prrestet fides supple­ A fraqueza dos senti­
mentum dos
Sensuum defectui. Sirva a fé de suple­
mento.
Genitori Genitóque AQ Pai, ao Filho igual­
mente
Laus et iubilatio, Louvores mil tribute­
mos.
Salus, honor, virtus SeJJS altos dons inefá­
quoque veis
Sit et benedictio; Por justo tributo hon­
remos.
Procedenti ab utro­ E ao que de ambos
que procede
c"�mpar sit laudatio. Os mesmos : l�uvores
demos.
Amen. Amém.
'f. Panem de ca!lo 'f. Vós, Senhor, lhes
prrestitisti eis, concedestes o Pão db céu.
.E'. Omne delectamen­ .E'. Que em si encerra
·
tum in se habentem. tôda a doçura.
Hl!!I:ÇAO DO SS. SACRAMENTO 1 25

Oremi{S Oração
Deus, qui nobis suQ O' Deus, que nesJe ad­
Sacramento m i r a b i I i mirável Sacramento nos
passionis ture memoriam conservastes a memória
reliquisti : tribue, quresu­ de vossa paixão, concedei­
mus ; ita nos corporis et nos, vo-lo pedimos, que
sanguinis tui sacra mys­ veneremos os sagrados
teria venerari, ut re­ mistérios do vosso corpo
demptiobis ture fructum e sangue, de modo que
in .nobis iugiter sentia­ sintamos em nós o fruto
mus. Qui vivis et reg­ de vossa redenção : vós
nas in Séi!Cula sreculó­ que viveis e reinais por
rum. todos os séculos dos sé­
culos.
Amen. Amém.
Durante a bênção
Meu Jesus, meu Senhor e meu Deus, eu vos ado­
ro no Santíssimo Sacramento em união com to­
dos os Anjos, e vos peço,· pelo vosso amor e pelo
vosso preciosíssimo Sangue, a vossa divina bênção.
Jesus, para vós vivo!
Jesus, para vós morro!
Jesus, vosso sou na vida e na morte. Amém.
;ji)O dia� lle I ndulgência , plena ri no mes.
Meu amabilíssimo Jesus, eu vos agradeço esta
divina bênção. O' dulcíssimo Coração de Jesus, sê­
de para sempre o meu amor !
Bendito e louvado sej a a todo o momento!
O santíssimo e divin íssimo Sacramento !
·ll � l •li•• <I• mdul�:lncla , plenária ao fim de um mé . .
1 26 MANUAL DO CORAÇÃO DE JESUS

Depois da bênção
Bendito seja Deus.
Bendito seja seu Santo nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e ver-
dadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja seu preciosís imo Sangue.
Bendito seja je us no Santíssimo Sacramento do
Altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria San�
tís ima.
Bendita seja a sua Santa e lmacul lida Conceição.
Bendita seja sua gloriosa Assunção.
Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito seja S. J osé, seu castíssimo espõso.
Bendito seja Deus nos seus A njos e nos seus
Santos.
:1 anos tl e i n d u lg�ncla ; 5 anos e m público c plenária ao
fim de u m mês.

Oração pela Pátria,


pela Igreja e pelo Santo Padre
Deu e Senhor nosso, • protegei a vossa I gre­
ja, • dai-lhes Santos Pastõres e dignos Ministros.
"' Derramai as vossas bênçãos • sôbre o nosso
Santo Padre, o Papa, • sôbre o nosso Bispo, *
sôbre o nosso Pároco, • sôbre todo o clero ; • sô­
bre o chefe da Nação e do Estado • e sôbre tõdas
as pessoas constituídas em dign idade • para que
governem com j ustiça. • Dai ao povo brasileiro
• paz constante • e prosperidade completa . • Fa- .
BI!NÇI\0 DO SS. SACRAMENTO 127

vorecei, com os efeitos contínuos de vossa bondade,


* o Brasil, * êste bispado, • a paróquia em que
habitamos, • a cada um de nós em particular *
e a tôdas as pessoas • por quem somos obrigados
a .orar • ou que se recomendaram às nossas ora­
çl)es. Tende misericórdia das almas dos fiéis • que
padecem no purgatório ; • .dai-lhes, Senhor, • o
descanso e a luz eterna.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Salmo 1 1 6
Laudate Dóminum, Louvai ao Senhor tõ­
omnes gentes, • p!ã!di­ das as nações, • louvai-o
cate eum, omnes populi. todos os povos.
Quoniam confirmata Porque está confirma­
est super nos misericor­ da sôbre nós a sua mi­
dia eius, • et véritas sericórdia : * e a verda
Domini manet in reter­ de do Senhor permanece
num. eternamente.
500 dias de ln�ulgéncia , 3 anos e m público e plenária ao
IIm de um mês.

Gloria Patri et Filio Glória ao Pai e ao Fi­


* et Spiritui Sancto. lho • e ao Espírito Santo.
Sicut erat in princi­ Assim como era no
pio, et nunc et semper • princípio, agora e sem­
et in srecula sreculorum. pre • e por todos os sé­
culos dos séculos.
Amen. Amém.

* * * ;
do Sagrado Coração de Jesus
I. Meu amorosíssimo Jesus, quando medito no
vosso clementíssimo Coração e o vejo todo cheio
de piedade e doçura para com os pecadores, a mi­
nha alma se inunda de · alegria e sinto-me cheio
de doce confiança de ser por Vós benignamente
recebido. Ah ! quantos pecados tenho eu cometido !
Mas agora, qual outro Pedro e qual outra Ma­
dalena penitente, os choro e detesto porque são
ofensas feitas a vós, ó meu sumo . Bem. Concedei­
me o perdão de todos os· pecado . A ntes morrer,
eu vo-lo peço pelo vosso Santíssimo Coração, an­
tes morrer do que tornar a ofend�r-vos. Fazei que
eu não viva senão para vo amar.
I Pai-Nos o e 5 Glória ao Pai.
Doce Coração de meu Jesus,
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
2. Meu Jesus, eu bendigo o vosso hum'ílimo Co­
ração e vo dou graças porque, dando-mo por mo­
dêlo, não só me convidais, pelo modo ·mais forte,
a imitá-lo, mas ainda por tantas humilhações vos.
sas me mostrais e aplainais o caminho desta imi­
tação. Oh ! quanto fui insensato e in grato ! Quanto
COIWI HA DO S. C. DE jE U l l9

me desviei do bom caminho! Perdoai me l ão !


Nada mai quero de soberba e ambição; quero e­
uir-vos, com o coração humilde, através da hu­
milhações, para alcançar a sim a paz e a salvação.
Dai-me, ó Je us, ânimo para isto e bendirei eter-
namente o vo so Coração.
I Pai-Nosso e 5 Glória ao Pai.
Doce Coração dd meu Jesus,
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
3. Meu Jesus, admiro o vosso pacienti simo Co­
ração e vos dou graças por tantos exemplos ma­
ravilhosos de i nvicta paciência que nos deixastes.
Pêsa-me de que em vão me repreendam da minha
tão grande delicadeza, que não sabe sofrer nada.
Meu amável Jesus, in fundi em meu coração um
ardente e çonsfante amor às tribulações, à cruz, às
mortificações e à penitência, a fim de que, seguin­
do-vos ao palvário, chegue convosco à glória e à
felicidade ct( Paraíso.
I Pai-Nosso e 5 Glória ao Pai.
Doce Coração de meu Jesus,
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
4. Meu amado Jesus, considerando o vosso aman­
tíssimo Coração, eu me horrorizo ao ver meu co­
ração tão diverso do vosso.
Quantas vêzes, infelizmP.nte, um nada, um gesto,
a menor sombra de contradição me irritam e me
fazem romper em queixas !
A h I Perdoai-me êstes arrebatamentos e dai-me a
graça de imitar para o futu ro, em qualquer on-
1 30 M A N U A L DO CORA ÇAO DE JESUS

trariedade, vossa inalterável mansidão e brandu­


ra, e assim gozar sempre a vossa santa paz.
I Pai-Nosso e 5 Glória ao Pai.
Doce Coração de meu Jesus,
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
5. O' Jesus, entoem-se com razão cânticos de
louvor ao vosso generosíssimo Coração, que triun­
fou da morte e do inferno, merecendo, na verdade,
tôda a glória. Quanto a mim porém, estou mais
que nunca humilhado ao ver o meu coração tão
pusilânime que estremece a qualquer zombaria e
respeito humano. Mas não será mais assim. Dai­
me fortaleza e ânimo para que, depois de ter com­
batido e vencido na terra, tenha a felicidade de
triunfar convosco no céu.
I Pai-Nosso e 5 Glória ao Pai.
Doce Coração de meu Jesus,
Fazei que eu vos ame cada vez mais.
Voltemo-nos para M a ria Sant lsslm a ; consagremo-nos tam-
blm a ela. e, chtlos de con llo nça na bondade de seu ma­
l rnal Co raçlo, lhe dlcamos:
O' Maria, augusta Mãe de Deus e também mi­
nha Mãe, pelas altas prerrogativas de vosso dul­
císsimo Coração, alcançai-me uma verdadeira e
constahte devoção ao Santíssimo Coração de Je­
sus, vosso Filho, para que, encerrando-me nêle,
com todos os meus pensamentos e afetos, cumpra
fielmente todos os meus deveres e, com alegria de
coração sirva a Jesus para sempre, mas especial­
mente neste dia. Amém.
Coração de Jesus, abrasado de amor por nós,
Inflamai o nosso coração de amor por vós.
COROINHA DO S. C. DE JESUS 131

Oração
Nós vos pedimos, Senhor, que o Espírito San­
to nos inflame o coração com aquêle fogo que Nos­
so Senhor Jesus Cristo tirou do Santuário de seu
coração para espalhar sôbre a terra e de cujas
chamas deseja ver tudo abrasado. Que convosco
vive e reina em u nião com o mesmo Espírito Santo
Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
7 anos de lndul&encla ; plen,rla no me • .

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus


Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
Citriste, eleison. Jesus Cristo, tende pieda-
de de nós.
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei-nos.
Pater de crelis, Deus, Deus, Pai dos çéus,
"
ten-
miserere nobis. de piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Deus Filho, Redentor ·do
Deus, mundo,
Spiritu Sancte, Deus, Deus Espírito Santo,
Sancta Trinitas, u nus Santíssima Trindade que
Peus, sois um só Deus,
Cor lesu, Fili Patris Coração de Jesus, ·Fi Ího
ceterni, do Pai Eterno.
Cor lesu, in sinu Vir- Coração de Jesus, forma­
g inis Matris a Spiritu do pelo Éspírito San­
S ancto formatum,
I to no seio da Virgem
Mãe,
132 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

Cor le u, Verbo Dei Coração de Jesus, uni­


sub tantiáliter unitum, do substancialmente ao
Verbo de Deus,
Cor lesu, maiestatis in­ Coração de Je us, de ma­
finitre. jestade infinita,
Cor lesu, templum Dei Coração de Jesus, templo.
Sanctum, santo de D eus,
Cor lesu, tabernaculum Coração de Jesus, taber­
Altíssimi, náculo do Altíssimo,
Cor lesu, domus Dei et Coração de Jesus, casa de
porta creli, Deus e porta do céu,
Cor lesu, fórnax árden Coração de Jesus, forna­
caritatis, lha ardente de caridade,
Cor lesu, iustitire et Coração de Jesus, recep­
amoris receptáculum, táculo .de justiça e de
amor,
Cor lesu, bonitate et Coração de Je u , cheio
amore plenum, de bondade e de amor,
Cor lesu, virtutum om­ Coração de Jesu , abismo
nium abyssus, de tõdas as virtudes,
Cor lesu, omni laude Coração de Je us, dignís­
signi simum, simo de todo o louvor,
Cor lesu, rex et centrum Coração de Jesus, rei e
om nium cordium, centro de todos o co­
rações,
Cor lesu, in quo sunt Coração de Jesus, no qual
omnes thesauri sapi­ estão todos os te ou­
entire et scientire, ros da sabedoria e ci­
ência,
Cor le u, in quo hábitat Coração de Jesus, no qual
omnis plenitudo divi­ habita tôda a plenitu­
nitatis, de da divindade,
Cor lesu, in quo Pater Coração de Jesus, no qual
sibi bene complacuit, o Pai põe as suas com­
placências,
CORO I NH:O. DO S. C. DE J ESUS 133

Cor Iesu, de cuius pie- I Coração de Jesus, de


nitúdir:te omnes nos cuja plenitude • nós to-
accepimus, dos participamos,
Cor lesu, de iderium Coração de Jesus, desejo
collium �ter i , das colinas eternas,
Cor lesu, patien t ui- Coração de Jesus, pacien-
t<E mi ericor . 1 te e misericordioso,
Cor lesu, dive 1 om- Coração de Jesus, rico pa-
nes qui invocant te, ra todos os que vo in­
vocam,
Cor lesu, tons vit<E et Coração de Jesus, fonte
sanctitatis, de vida e santidade,
Cor lesu, propitiatio pro Coração de Jesus, propi­
peccatis nostris, ciação pelos nos os pe­
cados,
Cor lesu, saturatum Coração de Je us, satura­
oppróbriis, do de opróbrios,
Cor lesu1 attritum prop­ Coração de Jesus, atribu­
ter sc�lera nostra, lado por causa de nos­
sos crimes,
Cor Iesu, usque ad Coração de Jesus feito
mortem obediens fac­ obediente até ã morte,
tum,
Cor Iesu, láncea perfo­ Coração de Jesus, atra­
ratum, vessado pela lança,
Cor fesu, tons totius Coração de Jesus, fonte
consolationis, de tõda a consolação,
Cor lesu, vita et resur­ Coração de Jesus, nossa
rectio nostra, vida e ressu rreição,
Cor lesu, pax et recon­ Coração de Jesus, nossa
ciliatio nostra, paz e reconciliação,
Cor fesu, victima recca­ Coração de Jesus, vítima
torum, dos pecadores,
Cor lesu, salus in te Coração de Jesus, salva­
sperantium, ção dos que esperam
em vós,
1 34 MANUAL D O CORAÇAO DE JESUS

Cor lesu, spes in te mo­ Coração d e Jesus, espe­


rientium, rança dos que expiram
em vós,
Cor lesu, deliciéf San­ Coração de Jesus, delícia
ctorum omnium, de todos os Santos,
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, parce tirais os pecados do
nobis, Domine. mundo, ·perdoai-nos, Se­
nhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, exaudi tirais os pecados do
nos, Domine. mundo, ouvi-nos, Se­
nhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, mise­ tirais os pecados do
rere nobis. mundo, tende piedade
de nós.
Y. lesu, mitis et humi­ Y. Jesus, manso e hu­
lis Corde, milde de coração,
.&'. Fac cor nostrum E'. Fazei nosso coração
secundum Cor tuum. semelhante ao vosso.
Oremus Oração
Omnipotens sempiter­ Deus onipotente e eter­
ne Deus, résp ice in Cor no, olhai para o coração
dilectissimi F ilii tui, et de vosso Filho diletíssi­
in laudes et satisfactio­ mo e para os louvores e
ne , quas in nómine pec­ as satisfações que êle, em
catorum tibi persolvit, nome dos pecadores, vos
i i s q u e misericórdiam tributa ; e aos q ue implo­
tuam peténtibus, Tu ve­ ram a vossa misericórdia
n iam concede placatus, concedei benigno o per­
in nómine eiusdem Filii dão em nome do vosso
tui lesu Ch risti, qui te­ mesmo Filho Jesus Cristo,
cum vivit et regnat i n que convosco vive e reina
COROINHA DO S. C. DE JESUS 1 :$5

umtate Spiritus Sancti em umao com o Espírito


Deus per scecula srecu­ Santo, Deus por todos os
lorum. éculos dos séculos.
�. Amen. �. A mém..
l&�n cla ; plenária ao IIm de u m m h.

Ato de Reparação
ao Sacratíssimo Coração de Jesus
Sacratíssimo Coração de Jesus, humildemente
prostrados aos vossos pés, prometemos, agora e
sempre, oferecer humilde reparação pelas ofensas
que, infelizmente, vo são infligidas da parte dos
homens.
Assim o prometemos, ó Sacratíssimo Coração.
Coração de Jesus, santificação de nossas almas,
GUanto mais forem vossos mistérios ultrajados pe­
los ímpios, tanto mais queremos oferecer a êstes
mesmos mistérios o tributo da nossa fé.
Assim o prometemos, ó Sacratíssimo Coração.
Coração de Jesus, ún ica esperança dos homens,
quanto mais a incredulidade se empenhar em rou­
bar-nos a esperança nas coisas do céu, tanto mais
havemos de pôr em vós tôda a nossa esperança.
Assim o prometemos, ó Sacratíssimo Coração.
Coração de Jesus, infinitamente amável, quan­
to mais os pecadores resistirem aos impulsos de
vossa graça e aos afagos de vosso divino Coração,
tanto mais vos havemos de amar.
Assim o prometemos, ó Sacratíssimo Coração.
1 36 \ A � U A L DO CORAÇAO DE JESUS

Divino Coração de Jesus, quanto mais os ho­


mens se esforçarem em negar vo a divindade, tan�
to mais havemo. nós de adorá-la com profundo
respeito.
Assim o prometemos, ó Sacratis imo Coração.
Coração de Jesus, fonte de tôda a santidade,
quanto mais forem infringidos e olvidados os vos­
o divinos mandamento , tanto mais o havemos
de cumprir e observar.
Assim o prometemos, 6 Sacratíssimo Coração.
Liberalíssimo Coração de Jesu , quanto mais o
homens de prezarem os vos os acramento , com
tanto mais amor e reverência havemos de recebê-los.
Assim o prometemos, ó Sacrati simo Coração.
Coração úe Jesus, modêlo de tõdas as perfeiçõe ,
quanto mais qesconhecidas forem as vossas admi­
ráveis perfeiçõe , tanto mai queremos esforçar­
nos para que em nós resplandeçam.
Assim o prometemos, ó Sacratíssimo Coração.
Coração de Jesus, Salvador das almas, quanto
mais o inferno se e forçar por perverter as alma ,
tanto mai havemos de empenhar-nos na su11
salvação.
Assim o prometemos, 6 Sacratíssimo Coração.
Coração de Jesus, saturado de opróbrios, quanto
mais o sensualismo e o orgulho conduzirem os ho­
men ao e quecimento de seus imortais destinos,
tanto mais havemos de imolar-nos como vitimas de
·

mortificação.
A im o prometemos, 6 Sacrati imo Coração.
137

Dulcissimo Coração de Jesus, quanto mais os


homens combaterem a vossa santa Igreja, tanto
mais nos esforçaremos por mostrar-nos eus fi­
lhos dedicados.
Assim o prometemos, ó Sacrati simo Coração.
Coração de Jesu , atrave sado pela lança, quan­
to mais perseguido fôr o vosso representante na
terra, tanto mais havemos de cercá-lo de honra e
tle amor como chefe infalível da Igreja.
Assim o prometemos, 6 Sacratíssimo Coração.

Oração
Divino Coração de Jesus cone d§ nos a graça,
de que temos mister, para sermos agora e sempre
filhos dedicados da vossa Igreja, vossos apóstolos
neste mundo e depois vosso escolhidos na bem­
aventurança eterna. Assim seja.

Ato de desagravo
Para a festa d o Sagrado Coração de jesus

l n lf a tnh a s !lo Sagrado Coração . diante do


Santiuimo expo to

Dulcissimo Jesus, • cuja infinita caridade para


com os homens • é dêles tão ingratamente corres­
pendida • com esquecimentos, friezas e desprezos,
• eis-nos aqui prostrado diante do vosso altar, •
para vos desagravarmos com especiais homena­
gens • da insensibil idade ão insensata • e das ne­
fanda inj urias • com que é de tõda a parte· alve­
jado • o vosso amorosíssimo Coração.
1 38 M A U A L D O CORAÇAO D E JESUS

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor,


$ que também nós, mais de uma vez, * cometemos
as mesmas indignidades, * para nós, em primeiro
lugar, • imploramos a vossa misericórdia, • pron­
tos a expiar não só as próprias culpas, • senão
também as daqueles * que, errando longe do cami­
nho da salvação, • ou se obstinam na sua infideli­
dade, * não vos querendo como pastor e guia, •
ou, conculcando as promessas do batismo, • sacu.
uiram o suavíssimo jugo da vossa santa Lei. De to­
dos êste tão deploráveis crimes, Senhor, • q uere­
mos nós hoje desagravar-vos, * mas particularmen­
te da licença dos costumes e imodéstias do vestido,
c de tantos laços de corrupção armados à inocên­
cia, • da violação dos dias santificados, • das exe­
crandas blasfêmias contra Vós e vossos Santos, •
dos insultos ao vosso Vigário e a todo o vosso cle­
ro, • do desprêzo e das horrendas e sacrílegas pro­
fanações do Sacramento do divino amor, • e en­
fim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações
• contra os direitos e o magistério da vossa I gre­
ja. Oh ! se pudéssemos lavar com o próprio sangue
·
tantas iniqüidades !
Entretanto, • para reparar a honra divina ultra.­
jada, • vos oferecemos, juntamente com os mere­
cimentos da Virgem Mãe, • de todos os Santos e
almas piedosas, • aquela infinita satisfação, que
Vós oferecestes ao Eterno Pai sôbre a cruz, • e que
não cessais de renovar todos os dias sôbre nossos
altares.
Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vo�sa gra­
ça, • para que possamos, como é nosso firme pro­
pósito, • com a viveza da Fé, • com a pureza dos
costumes, • com a fiel observância da lei e cari­
dade evangélica, • reparar todos os pecados co-
COROI NHA DO S. C. DE J ESUS 139

metidos por nós e por nossos próximos, • impedir


por todos os meios • novas injúrias de vossa di­
vina Majestade • e atrair ao vosso serviço o maior
número de almas possível.
Recebei, ó beni gn íssimo Jesus, • pelas mãos de
Maria Santíssima Reparadora, • a espontânea ho­
menagem dêste nosso desagravo • e concedei-nos
a grande graça • de perseverarmos constantes até
a morte • no fiel cumprimento dos nossos deveres
e no vosso santo serviço, • para que possamos
chegar todos à pátria bem-aventurada, • onde vós
com o Pai e o Espírito Santo • viveis e reinais
Deus • por todos os sécu dos séculos. Assim seja.
!i ano de lndulgencl • te ria ao IIm de um mh. 7
anos, por ocasllo do at p o na frente do Sacrado Co­
raçlo, e plenllrla se o fie e tiver confes ado e comun r;ado.

jaculatórias
Por tôda a parte seja amado o Sagrado Cora­
ção de Jesus.
300 dias de lndulg�ncla .

Jesus, manso e humilde de Coração, fazei o meu


coração semelhante ao vosso.
500 dias de lndulglncla , plenária no mes.

Doce Coração de meu Jesus, fazei que vos ame


cada vez mais.
300 dias de índulgencla . pltnllrla no mh.

Coração de Jesus, abrasado de amor por nós,


inflamai nosso coração de amor por vós.
!100 dias dt indulgencta , plenária no mh.

Doce Coração de Jesus, sêde meu amor.


300 dias de l nduleencla, plcnArla no mh.
140 MANUAL DO CORAÇÃO DE JESUS

Ato de desagrayo e reparação pública


ao Sagrado Coração de Jesus
Para os dia de arnava l t de p<cados publico .
O' Coração dulcíssimo de Jesus! . .. . Coração Hós­
tia! Coração . . . vitima ! . . . para quem o homens
inl.!ratos só têm esquecimento, indiferença e desprê­
zol . . . Permiti que vossos filhos devotos venham
neste dia de alvação e de perdão pedir misericór­
dia a vossos pés e dar-vo reparação pública pe­
las traiçõe , ateqtados e sacrilégios de que sois
vitima adorável em vosso Sacramento de amor!
A h! pecadores taml;lém, apenas ousamos apre­
sentar-nos! . . . Cada um de nós teme, e não se sen­
te com ânimo para elevar a voz em favor de seus
irmãos ! . . . Entretanto, 6 Jesus, confiando na in­
finita bondade do vosso Coração e prostrando-nos
humildemente, perante vossa Majestade ultrajada
pelos crimes que inundam a terra, ousamos dizer­
vos: Senhor,· não castigueis ! . . . não castigueis ! . . .
ou pelo menos não casti gueis ainda! . . . O vosso
indulgente amor perdoará a nossa temeridade !
Ú' Coração de Jesus ! Coração tão generoso e
tão terno, Coração tão amante e tão doce ! . . . per­
dão primeiramente para nós . . . perdão para os
pobres pecadores ! Aceitai o nosso desagravo, a
nossa reparação pública pelas blasfêmias, com que
a terra tremendo ressoa ! Perdão para os blasfe­
madore I
Reparação pública pela profanaçõe · dos vossos
sacramento e do santo dia que vos é consagra­
do . . . Graça e perdão para os profanadores !
Reparação pública pelas i rreverências e imodés­
tias cometidas no lugar santo . . . Graça e perdão
para .a rilego !
COR O I N H A DO S. C. DE j l:: US 141

Reparação pública pela indiferença que de vós


aparta tantos cristãos . . .
Graça e perdão para os ingratos!
Reparação pública por todos os crimes . . . Ainda
uma vez, meu Deus ! graça e perdão para todos
o homens!
Favorecei-nos, Senhor, em consideração do Co­
ração adorável de vosso D ivino Filho, que vela em
todos os santuários, Vítima permanente por nos­
sos pecados !
Seja ouvido em nosso favor o seu Sangue pre­
ciosíssimo! . . . Cessem as ofensas! . . . Estabeleça­
-se o vosso divino amor! reine, triunfe nos cora�tões.
de todos os homens, para que todos os homens
reinem um dia convosco no céu ! Assim seja.

Oração a Cristo-Rei
O' isto Jesus, eu vos reconheço como Rei Uni-
ver I
Tu ·o que foi feito, para vós foi criado.
Exercei sôbre mim todos os vossos direitos. Re­
novo as minhas promessas do batismo, renuncian­
do a satanás, às suas pompas e às suas obras, e
prometo viver como bom cristão. E muito parti­
cularmente empenhar-me-ei em fazer triunfar por
todos os meios ao meu alcance os direitos de Deus
e da vossa I greja.
Divino Coração de Jesus, ofereço-vos as minhas
pobres ações para alcançar que todos os corações
reconheçam a vossa realeza sagrada, e que por
êste modo o reino da vossa paz se estabeleça em
todo o mundo. Assim seja.
lndulgtncla pl•n A r l a . u ma vez por dia . n� conlllçõt. co­
l u ft•a.Jas.
1 42 M A N U A L DO CORAÇÃO DE J ES U S

Consagração do gênero humano


ao Sagrado �ração de Jesus
Para a Festa de Cristo-Rei

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano,


• lançai sôbre nós • que humildemente estamos
prostrados diante do vosso altar, • os vossos olha­
res. • Nós somos e queremos ser vossos ; e, a fim
de podermos viver mais intimamente unidos a Vós,
• cada um de nós se consagra espontãneamente,
neste dia, • ao vosso Sacratissimo Coração.
Muitos há que nunca vos conhecera m ; • mui­
tos, desprezando os vossos mandamentos, Vos re­
negaram. • Benigníssimo Jesus, tende piedade duns
e doutros • e trazei-os todos ao vosso Sagrado
Coração.
Senhor, sêde Rei não somente dos fiéis • que
nunca de Vós se afastaram, • mas também dos fi­
lhos pródigos que Vos abandonaram ; • fazei que
êstes tornem quanto antes à casa paterna • para
não perecerem de miséria e de fome.
Sêde Rei dos que vivem iludidos no êrro • ou
separados de Vós pela discórdia ; • trazei-os ao
pôrto da verdade e à u nidade da Fé, • a fim de que
em breve haja um só rebanho e um só pastor.
Senhor, conservai incólume a vossa I greja • e
dai-lhe uma l iberdade segura. e sem peias ; con­
cedei ordem e paz a todos os povos ; • fazei que
de um pólo a outro do mundo ressoe uma só voz :
• Louvado seja o Coração divino, • que nos trou­
xe salvação ; • honra e glória a ele por todos os
séculos. A mém.
5 anos de Indulgência . Plenária n o IIm de u m mês No
aro público do dia de C risto-Rei, 7 anos, e plenérla aos que
.e tiverem conle sado e comungado .
COROI N H A 00 S. C. DE JESUS 1 4:!

Meu Jesus, misericórdia.


300 dias tle lntlulgêncla . plenária no mês.
Dulcíssimo Jesus, não sejais para mim juiz, mas
Salvador.
300 dias tle i ndulgência, plenária no mh

Primeira consagração ao Coração de Jesus


composta por Santa Margarida
Para a consagração individual
Eu N. N. dou e consag ro ao ·Sa � rado Coração
de Nosso Senhor Jesus C risto a mmha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não que­
rendo servir-me de parte alguma de meu ser, se­
não para o honrar, amar e glorificar.
E' esta a minha vontade i rrevogável - perten­
cer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando
completamente ao que não fõr do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por
único objeto do meu amor, protetor de minha vida,
. egurança de minha salvação, remédio de minha
fragilidade e inconstância, reparador de todos os
meus defeitos e asilo se g uro na hora da morte.
Sê e ó Coração de b ondade, minha j ustifica­
ção p éÚía com Deus vosso Pai, e afastai de mim
os c\!
- os de sua justa cólera. O' Coração de
amo p' nho em Vós tõda a minha confiança, pois
tudo ceio de minha fraqueza e malicia, mas tu­
do espero da vossa bondade.
Destrui em mim tudo o que vos possa desagra­
dar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave
tão profundamente no meu coração, que eu não
possa jamais esquecer-me nem separar-me de Vós.
Supl ico-vos também, por vossa suma bondade,
que o meu nome seja escrito em Vós, pois eu que-
1 �4 MA UAL DO CORAÇ/\0 DE )ESU.

ro fazer con i tir tôda minha felicidade e minha


glória em viver e morrer convo co na qualidade
de vossa escrava. As im seja.
J a n n� Jt lndulgencia , pl<nâria nn ltm d< um ""''

Consagração de uma Paróquia, Associação, etc.

O' amado Jesus, Vós, que para con olar a Igreja,


vossa Espôsa, em suas tribulaçõe , e curar os ma­
les da sociedade, fô tes servido revelar-no · com
mais e plendor, nestes calamitosos tempos, a imen­
sa bondade do vosso Coração, ímbolo do vosso
amor divino e inal da salvação, ao . redor do qual
devem reunir-se os vossos fiéis para combater e
vencer os vos os inimigos, dignai-vos acolher os
voto e a homenagens de vossos servos, de ejoso ·

de acudir ao vosso chamamento e concorrer para


a realização de vossos misericordiosos desígnios.
Vimos hoje consagrar ao vosso divino Coração
as nossas pes oas, as nossas famílias, o nossos
amigos, tudo o que somos e possuímos.
Já vos pertencíamos todos, bom Jesus, pois na­
da tínhamos q ue não devêssemos ao vosso amor.
Queremos por é m desde hoje pertencer-vos de modo
especial, submeter-nos com maior docilidade ao
vosso domínio; conservar mais constantemente os
olhos fitos em vosso Coração, imitar suas virtudes,
reproduzir em nós seus sentimentos, adotar seus
desejos como regra de nossa vida, e empregar tô­
da a nossa influência para o triunfo de seus di­
vi nos interêsses.
Se à roda de nós grande número dos que en­
chestes de benefícios, vos retribuem com a mais
negra ingratidão, desconhecem vo sa bondade e lu-
CORO I N HA DO S. C. DE JE US 145

tam contra o vos o amor, nós queremos com a mais


g nerosa fidelidade, reparar o seu culpável endu-.
recimento e ressarcir-vos de suas afrontas com as
mai fervoro as e reverente homenagens.
O' dulcíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus, e
no a terna Mãe, que bem conheceis e honrais dig�
na e perfeitamente o Coração do vosso Filho, aj u­
dai-no · a executar com ilimitada generosidade e
inabalável constância, a consagração que ne te mo­
mento lhe fazemos ; apresentai-a ao vosso amado
Filho (dedicai-lhe o Pastor e o rebanho) ; alcan­
çai-nos a graça de não viver doravante senão para
amar a Jesus, morrer em seu santo amor e gozar
todos juntos, em vo sa companhia, de suas delícias
por tõda a eternidade. Assim seja.
- Esta consagração, com leves alterações, pode
ervir para a consagração de um colégio, asso­
ciaçãõ, etc.

* * *
Consagração das Crianças da Comunhão
Reparadora ou da Cruzada Eucaristica
ao Sagrado Coração de Jesus

Amabilíssimo Redentor, doce Jesus, terno aman­


t� de todos os homens, mas de modo particular,
extremoso pai das criancinhas, de quem vos pre­
záveis de estar rodeado durante vossa vida mortal,
mostrando-lhes singular amor ; olhai agora benigna­
mente para nós que, prÇJstrados aos vossos pés,
queremos testemunhar o nosso afeto e consagrar­
uos para sempre ao vosso dulcíssimo Coração.
Bem sabeis que nosso desejo mais ardente é po­
dermos empre �ar os nosso talentos, as nossas fôr­
ças, a nossa v1da em servir-vo fielmente para um
dia têrmos a dita de vos gozar para sempre na
glória celeste. Vêde, porém, quantos inimi gos cer­
�:am a nossa inocênci a ! Quantas embosca das para
nos fazerem cair na cu I a! Fracos e inexperientes
como somos, de quem n _.. deremos valer contra
as ciladas dos inimigos?

Sêde Vós, Senhor, o nosso g uia, 0- nosso conse­


lheiro, o nosso amparo, e na da temeremos.
CONSAORAÇAO DAS CRIANÇAS DA COMUNHAO 1 �7

Eis pois, Senhor, a graça que pedimos ao vosso


misericordiosissimo Coração neste dia, em que vi­
mos reparar publicamente as ofensas que recebei!'
neste augusto Sacramento de amor.
Estamos certos de que ouvireis nossas súplicas,
avigoradas pela Vf!liosa inte.rcessão de no_:;sos Pa­
droeiros e de um modo espec1al da nossa Mae aman­
tíssima, a Virgem I maculada. Assim seja.

Consagração e oração universal


ao Santíssimo Coração

O' Coração amantíssimo de Jesus, fonte inesgo­


tâvel de graças e objeto querido das delícias e do
amor do céu e da terra ! Vós, tendo infinito dese­
jo do nosso bem, chegastes a queixar-vos a San­
ta Margarida do esquecimento dos homens em pe­
dir-vos graças. Eis-nos prostrados diante de Vós,
para desagravar o vosso amor ofendido e despre­
zado e para satisfazer êsse ardente desejo de en­
riquecer-nos de bens celestiais. Nós nos oferecemos
e consagramos plenamente ao vosso amor, e humil­
demente pedimos cumprais as divinas promessas
que nos fizestes, derramando sôbre nós e sôbre
todos os vossos adoradores as vossas bênçãos. Der­
ramai-as também copiosamente, ó amabilíssimo Co­
ração, sôbre a santa I greja, sôbre o nosso Santo
Padre, o Sumo . Pontífice, e sôbre todo o clero ; dai
aos justos a perseverança, convertei os pecadores,
ilummai os infiéis, abençoai os nossos parentes e
amigos, assisti aos moribundos, livrai as benditas
almas do purgatório e estendei sôbre todos os co­
rações o império do vosso santo amor, para que
sejais conhecido, amado e adorado no céu e na
terra por todos os séculos dos séculos. Amém.
I� MANIJAL D O CORAÇ.-1:0. DE JESUS

Novena para a Festa


ou para a t• sexta-feira de .cada mês

I • Dia
- O' Coração amável de Jesus, Cora­
ção puríssimo e santíssimo, todo' che1o de amor ;
Coração em que reinam tõdas as perfeições e vir­
tudes: Vós mereceis o amor de todos os coraçõe .
A h l meu Jesus ! destrui no meu coração tõdas as
afeições que o impedem de ser todo vosso. Eu vos
amo, ó meu Jesus, e não quero amar, enão a Vós.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Doce Coração do meu Jesus, fazei que �vos ame
· cada vez mais. ·
Oremos p 1!>11
2• Dia - O' Coração de Jesus, 'Coração infla­
mado de amor para com os homens, ah I por que é
que êles vos correSpondem tão mal e so com des­
prêzo vos tratam? E eu também fui do número
dêsses ingratos que não vos sabem amar ! Não
permitais que para o futuro viva ainda esquecido ·

do vosso amor.
3° Dia - O' Coração de Jesus, desejoso de ser
amado, Coração que achais vossas dellcias•em ser
amado pelos homens, eu merecia, pelo meus . pe­
cados, viver privado da vossa graça ; mas vejo que
ainda continuais a pedir-me o meu amor. A h ! fa­
zei que muito vos ame um pecador que muito vo
tem ofendido.
4• Dia - O' Coraçao aflito de Jesus, detesto o
que vos desagrada. Dài-me tal horior ao pecado
que tenha mêdo até das mais leves faltas/ unica­
mente porque vos desgo �� Vós, que so1s digno
de amor infinito. Conce ei fri e a graça, meu amá­
vel Salvador, de empre me · igir a Vós com esta
-

súplica : o· meu Je us, dai-me o vosso amor.


O AORAÇi\0 DAS C R I A ÇAS DA COMUNIY.I:O 149

5• Dia
- O' Coração misericordioso de Jesus,
quando me achava na vossa desgraça, vossa bon­
dade me iluminou e me ofereceu o perdão ; conce­
dei-me a graça de chorar os meus pecados e de de-
ejar o vosso amor. A h ! não deixeis, ó meu Jesus,
de ter piedade de mim. A ·misericórdia que vos peço
é que me comuniqueis luz e fôrça para que nunca
mais vo veja ingrato.
6• Dia
- O' Coração generoso de Jesus, está no
vos o poder tornar o meu coração inteiramente
vosso. De mim mesmo nada tenho e nada posso ;
mas vós me destes um coração que pode e deseja
amar-vos. Fazei pois, ó meu Jesus, que de hoje
em diante a vossa santa vontade seja a única regra
de todos os meus pensamentos, desejos e ações.
.
7• Dia
- O' Coração reconhecido de Jesus, te­
n ilo-me mostrado sempre reconhecido às criaturas,
ao passo que só convosco tenho sido ingrato. Amá­
vel Jesus, quero agora amar-vos sõbre tõdas as
coisas e ma1s que a mim mesmo ; o resto da minha
vida quero empregá-lo unicamente em vos amar, ó
tiem supremo da minha alma. Fazei que conheça
.a vossa santá vontade e pronto' estou para tudo,
com o socorro da vossa graça.
8• Dia
- Q' Coração desprezado de Jesus, abis­
mo de -misericórdia e de amor, a h! não permitais
que para mim as vossas dores sejam como que
perdidas. Lembrai-vos, 6 meu Jesus, das lágrimas
e do sàngue que derramastes por meu amor e per­
doai-me. Fazei que eu morra para mim mesmo, a
fim de viver unicamente para Vó uma vida fer­
vorosa no vosso anto amor.
9• Dia- O' Coraçãq de Jesus, fiel para com
aquêles que chamais ao vosso amor; quantas vê-
1 50 M A N U A L D O CORAÇI\0 DE JESUS

zes, depois de ter prometido ser todo vosso, não


vos neguei o meu amor! Reconheço a minha in­
gratidão e detesto-a sinceramente. I nflamai meu
pobre coração no fogo daquele amor em q ue o
vosso está abrasado por mim. O' Maria, mae do
belo amor, ajudai-me a amar o vosso Filho Jesus.
Y. Cor lesu flagrans Y. Coração de Jesus,
amare nostri. abrasado em nosso amor.
�. I n flamma cor nos­ �. Inflamai o nosso co�
trum amare tui. ração de amor a Vós.

Oremus Oração
Deus qui nobis in Cor­ O' Deus, que no Cora­
de Filii tui nostris vul­ ção de vosso Filho, feri­
nerato peccatis infinitos do por nossos pecados,
dilectionis thesauros mi­ vos dignais prodigalizar­
sericórditer largiri dig­ nos os infinitos tesouros
náris, concede qi2Su­ do amor, nós vos roga­
mus, ut illi devotum pie­ mos que, rendendo-lhe o
tatis nostrre prrestantes preito de nossa devoção
obséquium, dignre quo­ e piedade1 também cum­
que satisfactionis exhi� pramos dagnamente para
beamus officium. Per com êle o dever de repa­
eumdem Christum Do­ ração. Pelo mesmo Cristo
minum nostrum. Amen. Senhor nosso. Amém.

Meditação para a Novena do Coração de Jesus


1 • dia. O Coração de Jesus, Templo da Santís­
sima Trindade.
Pondera, minha alma, c '1!0 o Coração de Je­
sus foi o templo mais s g !IY! , que neste mundo
teve a Trindade Santíssima , m só ato de amor,
CONSAGRAÇAO DAS C R I A NÇ A S DA COMUNHAO 151

ou de reverência, .ou de adoração, ou de outra


qualquer virtude, que saísse dêste Coração u nido
à pessoa do D ivino Verbo, .era para Deus infinita­
mente mais que todos os atos que poderiam fazer
tõdas as criaturas do mundo, ainda que fõssem
tõdas abrasados Serafins. Considera, pois, que au­
mentos de glória teria a Santíssima Trindade, com
as adoraçõe · e louvores que Jesus Cristo lhe deu
neste templo ! E se tu deves também ser templo
da Santíssima Trindade pela graça, pede a êste
Senhor, que faça o teu coração conforme ao seu
ardentíssimo Coração.
2• dia. O Coração de Jesus, Artífice do Divinís­
,;imo Sacramento.
Pondera, minha alma, que do soberano Coração
de Jesus saiu o Diviníssimo Sacramento, onde te­
mos depositado o San f? Ue precioso que manou do
· eu lado ; e foi tal a fmeza do Coração de Jesus,
disse o Senhor a uma serva sua, que se não se
deixara no Sacramento, não poderia morrer na cruz.
Tão apegado estava aquêle amante Coração aos
homens, que impaciente de ausências, vendo que
havia de partir para o Pai, inventou esta i ndústria
amorosa de partir e ficar j untamente, de glorificar
aos Santos no céu e nos fazer companhia na terra.
Considera, minha alma, quanto deves ao abrasado
Coração do teu Senhor, e confunde-te de tão pou­
co lhe agradeceres a instituição de um Sacramento,
em que êle te comunica infinitos bens.
3• dia. O Coração de Jesus, Sarça de penetran­
tes espinhos . .
Pondera, minha alma, que desde que principia­
ram neste Coração os alentos da vida, até que ces-
1 52 MANUAL DO CORAÇAO DE JE 'U '

saram na morte, nunca viveu em penas ê te ino­


cente Coração ; porque como logo que estêve ani­
mado aceitou o preceito de padecer pelos homens,
logo com a vida principiaram a sua penas. Ante
que chega em os tormentos exteriores, jesu u­
portava interiormente as pena , vendo a grandes
ofen as que os homens faziam a eu Eterno Pai.
No hõrto foi tão viva a representação das pena, ,
que rompeu o sangue por todos os poro ·. E se a
penas somente consideradas causaram tanta amar­
gura, que seria sofrê-las na realidade !
Confu nde-te, minha alma, da tibieza com que
amas êste Divino Coração, e da negligência com
que o imitas, poi tens tanta repugnância em pa­
decer, e tanto foges de te mortificar.

4• dia. O Coração de je us, Fornalha de abra­


adís ima Caridade.
Pondera, minha alma, que o extremo com que
êste Sa grado Coração amou e ama a Deus, só o
me mo D eus, o pode compreender. O peito era
fornalha abrasadora cujas chamas subiam até Deus.
Veio à terra êste Amor ardentíssimo para lhe atear
fogo, e sendo o mundo tão grande, ainda sobrariam
incêndios se o mundo fõra infinitas vêzes maior.
As raras finezas que o Senhor operou por amor de
nós e os contínuos benefícios que nos está fazendo,
tudo são chama que continuamente aem desta
fornalha de abrasadíssima caridade. E é possível,
minha alma, que vendo- e o teu coração rodeado
de tanta chamas quantos ão os beneficios que
recebes do Coração de je u. , ainda e teja frio e
tíbio?
5• dia. O Coração de Jesus, Paraíso de ceie tiais
del icias.
Pondera, minha alma, que neste suavi simo Co­
ração se encerram tõdas as delicias do parai o.
�le é o mar onde entram e donde aem todo os
rio dos divinos regalos ; entram nêle comunicado ·
por Deu , e saem dêle para deliciarem as alma
justas. No paraíso dêste Coração deu o Senhor
entrada a muitos Santos, que se singularizaram em
virtudes eminentes, e vendo-se êle quase submer­
gidos em um mar de consolações, pediam ao Se­
nhor que lha. moderasse, porque sem desfalecerem,
não podiam suportar abundância tão excessiva. Po­
bre de ti, minha alma, que tão pouco participas
destas riquezas ! Mas de que te admiras se tu não
amas aquêle amor? Aprende a amá-lo e serás digna
das delícias dêste paraíso.
6• dia. O Coração de Jesus, riquíssimo de te­
souros e graças.
Pondera, minha alma, que assim como o tesouro
é um agregado de muitas riquezas, também o Co­
ração de Je u é um depósito de infin itas graças.
Aqui acharás uma inocência uma, uma humilda­
de profundíssima, uma fortaleza imensa, uma sa­
bedoria infinita; e enfim para fazeres conceito das
graça e riquezas dêste tesouro, hás de primeiro
considerar quem as comunicou e a quem e co­
municaram. O Eterno Pai foi quem as comunicou, e
foi ao Filho de Deus humanado a quem elas se co­
municaram. E tendo o Eterno Pai uma liberalidade
infin ita, que graças não receberia o Filho de Deus
desta infinita liberalidade? Aqui se perde o enten­
dimento e e abi ma a consideração humana. Mi­
nhíl alma. se a. graças dêste tesouro são tantas,
1 !>4 MANUAL DO CORAÇAO DE JESUS

ama a êste Coração, para podêres participar das


suas riquezas.
7• dia. O Coração de Jesus, Abismo de imensa
piedade.
Pondera, minha alma, que é tão piedoso êste
amante Coração, que a ninguém recusa a sua pie­
dad e ; logo que alguma alma aflita recorre a êle,
com fé viva, logo acode a consolá-la com o remédio,
tanto que vê alguma atribulada, logo piedoso para
ela corre com o seu afet para a socorrer. Vendo-
e ofendido com as noss s culpas dissimula tudo,
e espera o arrependimento para nos perdoar. Se de­
pois de arrependidos tornamos a recair nas mesmas
misérias, ainda não cansa a sua paciência, ainda
não se esgota a sua misericórdia, ainda não nos
fecha as portas da piedade ; mas antes busca-nos
com auxílios, e chama-nos com repetidas inspira­
ções ; e se tornamos a êle, logo se alegra, e se põe
bem conosco. E crendo tu, minha alma, tudo isto,
ainda não morres de amor por êste Coração?
s• dia. O Coração de Jesus, Atrativo dos nossos
corações.
Pondera, minha alma, como disse Nosso Senhor,
que só depois de se ver exaltado na cruz, e não
antes, é que lhes abririam o lado, ficando assim
patente o seu amante Coração. Porque j ulgou o
Senhor que quem pusesse os olhos nêle atraído por
uavíssima violência, certissimamente se havia de
render. E se tu, minha alma, te não rendes, é por­
que não pões nêle os olhos. Se tu visses que dêste
Coração manam as celestiais verdades com que se
afugentam as trevas das culpas ; se visses como
CONSAORAÇAO DAS C R I ANÇAS DA COMUNHAO 1 55

dêle mana o fogo que abrasa as almas frias, as


luzes que desterram as nossas ignorâncias, as mi­
sericórdias que lavam as nossas culpas, as doçu­
ras, os auxílios, as inspirações ; e enfim se visses
que dêste Coração mana todo o bem, deixarias de
amar êste Coração? deixarias de ficar prêsa com
laços de tanto amor?
9• dia. O Coração de Jesus, Penhor da vida
eterna.
Pondera, minha alma, que assim como o coração
humano é o princípio da vida temporal, assim o
Coração de Jesus é para nós o princípio da vida
eterna. Se para a vida eterna é necessário o per­
dão das culpas e a remissão dos pecados, saindo
dêste Coração sangue e água (sangue que é o
fundamento da nossa redenção e á g ua, represen­
tação do Batismo, sem o qual ningué m entra para
a glória), segue-se daqui que êste Coração é a
porta por onde todos entram para a vida eterna.
Pois, minha alma, se tu crês tudo isto, sabes q ue se
amares a êste Divino Coração e o imitares, alcan­
çarás a graça e conservarás a glória na vida eterna.

Tríduo ao S. Coração por um doente


I. Amorosíssimo Filho de Deus, que vos quisestes
fazer homem e empregar vossa vida em beneficiar
a todos, dignai-vos atender benignamente às súpli­
cas q ue vos apresentamos por um doente querido.
Lembrai-vos da infinita amabilidade, com que se
enternecia vosso Coração à vista de tantos enfer­
mos, e não deixava que se retirassem, sem terem
recobrado a saúde. Porventura vosso Coração, por·
estar agora cercado de glória, mudou de nature-
1 5ú M A N U A L UO CORAÇAO DE JE US

za? Perdeu talvez sua sensibilidade ou bondade pa­


ra com seus filhos? Longe de nó tal suspeita1 que
fõra para Vós tão inj uriosa. Apiedai-vos po1 do
melindroso estado dêste doente, e mais em virtude
da bondade do· vosso Coração, do que dps nosso
rogo , atendei-nos prontamente.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Doce Coração do meu jesu , fazei que vos ame
cada vez mais.
1 1 . Clementíssimo Coração de li esus, oceano de
bondade e fonte inesgotável de liõdas as graças,
não desprezeis as súplicas que vo apre entamos.
Lembrai-vos que durante vossa vida mortal, mo­
vido pelas lágrimas da Cananéia, que vos pedia
por sua filha, concedestes quanto desejava. Lem­
brai-vos que compadecido do Centurião, que vos
rogava o restabelecimento de seu servo embora
di !ante, o curastes. Lembrai-vos também, que en­
trando um dia em casa de Pedro, lhe sarastes a G­
gra, livrando-a da ardentíssima febre que a . con­
sumia. Vaiei-no , pois, também a nó , curando o
doente que recomendamos à vos a bondade infinita.
Pai- o. o, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Doce Coração do meu je ·us, fazei que vo ame
cada vez mai .
1 1 1 . E a quem poderíamos recorrer tom mai fir­
me confiança de sermos atendidos, do que a Vó ,
dulcíssimo Coração de Jesus? Vó dissestes à vo -
a predileta di cípula Santa Margarida que não
recu arieis qualquer graça que vos pedfssemos pe­
lo merecimentos do vosso Coração, contanto que
e não opuse se ao bem de nossas almas. Cumpri,
pois, 6 fidellssimo Coração, vossa palavra, e, se
não o embarga o bem da alma da pessoa recomen-
CO "SAORAÇAO D A S C R I A : Ç A S D A COM NHAO 1 57

dada, restituí-lhe a saúde. Não no recusei esta


mercê ; pois nós não cessaremos enquanto não nos
dis erdes as palavra consoladoras: "Eu sou a tua
saúde, quero que sares". O' Maria, que sois a mais
terna de tõdas as mães, intercedei por nós e implo­
rai-nos a graça que tão encarecidamente pedimo .
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Doce Coração do meu Jesu , fazei que vos ame
cada vez mais.
Tríduo de agradecimento
ao Sagrado Coração de Jesus
I. O' Coração bondo o do meu Jesus, quant?
fõ tes fiel às vo sa promes as ! Vós afiançastes a
vo a dileta discípula Santa Margarida que nos
eoncederfeis qualquer graça, que vos pedíssemos
pelos vossos merecimentos, contanto que se não
opuse e ao bem da no sa alma. Ora, fiados nessas
promessa , recorremos a Vós em nossas tribula­
ções e vo dignastes valer-nos prontamente. Sêde
rara sempre bendito ! Para vos agradecer a mercê
que nos di pensaste , nó vos oferecemo o tributo
de graças que os anjos e o antos vos prestam no
céu e junto com êles repetimos: Bendito eja sem­
rre e louvado o Coração, que assim no valeu.
Pai-No so, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Doce Coração do meu Jesus, fazei que vos ame
cada vez mais.
1 1. ão aconteça jamais, 6 Coração divin íssimo
de Jesus, que de nós também vos queixeis, como
dos lepro os, que depois de curados nem foram
equer vo agradecer. Não, queremos, pelo con­
trário, imitar · o único dentre êles que, mal se viu
1 58 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

curado, voltou, glorificando a"Deus, em altas vozes


e se prostrou, dando-vos humlltmas graças. Do mes­
mo modo vos bendizemos repetindo: Bendito seja
�empre e louvado o Coração, que assim nos valeu.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Doce Coração do meu Jesus, fazei que vos ame
cada vez mais.
I I I . Pouco nos aproveitariam, ó Senhor, as mer­
cês até aqui recebidas, se delas não tomássemos
impulsos, para confiarmos sempre mais em Vós, e
crescermos na devoção ao vosso Coração. São êstes
os · propósitos que fazemos agora na vossa presença
e ao mesmo tempo as graças que vos pedimos. Sim,
ó Jesus, dai-nos uma confiança ilimitada, perpétua,
sincera, no vosso Coração, em õdas as nossas ne­
l
t:essidades espirituais e tempor is, de sorte que só
nêle busquemos o remédio a t dos os nossos ma­
les. Fazei que cresça sempre em nós a devoção
verdadeira, terna e confiada ao vosso abençoado
Coração, a fim de que, recorrendo sempre a êle, e
alcançando quanto pedimos, possamos, cheios de
reconhecimento e júbilo, repetir: Bendito seja sem­
pre e louvado o Coração que assim nos valeu.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. .
Doce Coração do meu Jesus, fazei que vos ame
cada vez mais.

* * *
A Hora Santa no Jardim das Oliveiras

A H ora Santa é um exercício de oração mental


ou vocal, que se faz na noite de quinta para sexta­
feira de cada semana, por espaço de uma hora, para
comemorar e honrar as dores do Coração agoni­
zante de Jesus, triste até a morte, principalmente
no jardim das Oliveiras.
O fiel egue em esplrlto a Jesus Cristo ali! o jardim das
Oliveiras, I maginando que, por u m favor especial, Nosso
Senhor o escolhe para te temunha das ancústiu de seu Co­
raç5o e para associá-lo a fervorosa oraçlo que ai f tz .

O' meu Jesus ! Vós me chamais para ser teste­


munha da vossa a�on ia: eu vos sigo com ansieda­
de. Vós me manda1s velar e orar convosco duran­
te esta hora ; eu o desejo de todo o meu coração ;
Vós porém conheceis a minha fraqueza. Susten­
tai-me ; sem o vosso auxílio, certamente eu seria
mais fraco do que .o foram vossos apóstolos.
r.
l!ntrai nas dls oslç6es do Coraçlo dt jesua e ador ai com
ele o Eterno Pa .

o· minha alma ! não percamos um instante desta


hora tão preciosa.
O' Deus eterno e infinitamente santo, venho pros­
trar-me com vosso Filho diante de vossa Majesta­
de Suprema e aniquilar-me na presença de vossa
grandeza infinita. Ofereço-vos as dores e a agonia
de seu Coração para satisfazer à vossa j ustiça, pa­
ra chorar os meus pecados e os de todos os ho-
1 00 MANUAL DO CORAÇIIO DE JESUS

mens. Para que minha oração vos seja ag radável,


quero uni-la à que Ble fêz no Jardim das Oliveira .
Pa sai a consld�rar Ué o I I m da hora n' dor"- do L•>·
raçio de: jcSu> du ranl< a agonia

Trjsteza mortal de Jesus . . . Suor· de Sangue . . .


Luta formidável entre a parte superior e inferior
do Homem-Deus . . . Constância da oração nas tri­
bulações . . . Vitória . . . Resignação . . . Sofrimento
de Jesus, nesta hora . . . Todos os tormentos da
paixão lhe acodem à mente . . . Tribunais . . . Zom­
barias . . . Flagelação . . . Coroação . . . Ecce Ho­
mo . . . Jesus é desprezado e posposto a um faci­
noroso; e tu por que o despreza !? por uma vil
paixão, por uma criatura miserável . . Caminho
do Calvário com a cruz às costa . . . Er: ontro com
sua Mãe Santíssima . . . Santa Verônica e outras
mulheres piedosas . . . Quedas . . . Auxiliemos Jesus
a levar a cruz, conformando-nos em carregar a
que êle nos der . . . Despem a Jesus, arrancando-lhe
as vestidura e juntamente a carne; olha para Je-
us banhado de nõvo em sangue . . . Os pregos
transpassam as mãos e os pés, quebrando e con-
traindo os nervos . . . Jesus Crucificado . . . Sete pa-
lavras . . . Morte . . . Comoção da natureza e dos
elementos . . . Sepultura . . .
Terminar com o Pai-No so

Outro modo para a Hora Santa

Convém que os associados, ao menos uma vez


por mês, façam a Hora Santa em comum, com ou
sem Exposição do Siintissimo, mas diante do ta­
bernáculo.
A HORA SANTA O J A R D I M DAS O L I V E I R A S 161

Dt Joelhos :
O Diretor ou o f'ruldente diz :
E ta é a hora três vêzes santa pela venturosa
pre-ença de Jesus Cristo, j unto às nossas almas
miseráveis . . . A ferida ·de seu peito, sempre aberta,
lembra-lhe a terra e suavemente . o obriga a aten­
der, ao mesmo tempo, aos cânticos do céu e às sú­
plicas e aos gemidos que sobem do destêrro. Este­
jamos atento à ua voz !
Jesus - Eis aqui o Coração que tanto amou os
homens ! Contemplai-o, filhos meus, saturado de
opróbrios nesta Hóstia, onde só por vós palpita,
entre chamas de caridade . . . Não podendo conter
por mais tempo os ardores que o consomem, quis
entregar-se ao mundo, que o tem atravessado pela
lança da ingratidão e do desprêzo ! . . . este é o
� upremo e último recurso da minha redenção.

Aqui tendes o meu Coração, eu vo-to dou, eu


vo-lo entrego sem reservas, em troca do vosso, em­
bora manchado de crimes e ingratidões . . . "Si­
tio ! . . . " Eu tenho sêde de er amado neste Sacra­
mento do Altar, onde até agora tenho sido o Rei
do silêncio, o Monarca do olvido . . . Mas chegou
a hora do meus triunfos. Eu venho reconquistar
a terra · alvá-la-ei a despeito do inferno, pela oni­
potência do meu Coração. Aceitai-o, eu vo-lo rogo,
e. tendei as mãos para receber êste dom supremo
da minha Misericórdia. Eu venho trazer-vos fogo
<le vida, de amor em limites, fogo de santidade,
fogo de sacrifício . . . E que hei de querer senão
que arda? . . .
l ti2 M A N U A L DO C O R A ÇJIO DE J ESU S

Contemplai o . meu peito dilacerado . . . Ai tendes


o Coração que vos amou nos abatimentos de Be­
lém, mais ainda nas humilhações e obscuridade de
Nazaré e, muito mais, nas angústias de Getsêmani
e nas torturas ignominiosas do Calvário . . . E vós
não sabeis amar-me !
A minha alma está triste até a morte, pois que a
vinha dos meus amôres só produziu os espinhos
que circundam o meu Coração. Tirai-mos durante
esta hora abençoada, em que o vosso Deus Prisio­
neiro dá amor e pede amor . . . Vi nde, filhos meus,
tornai êste Coração, aceitai-o como penhor de res­
surreição. Em troca trazei-me os vossos corações,
a vossas almas, as vossas vitórias, tôdas a!' vossas
pena e alegrias ! Vinde, eu perdôo tôda as vos­
sas ofensas, ingratidões e desprezos . . as dizei­
. ·

me que me quereis para vo so Rei e <t e aceitai


reconhecidos o dom incomparável do meu Sagra­
do Coração.

Reflexão

( Não merecemos êste dom ; humilhemo-nos, re­


conhecendo a nossa indignidade . . . mas, longe de
o repelir, reclamemos o favor imenso que o nosso
Deus nos oferece para a nossa santificação) .
D e po! - COro :
Perdoai, Senhor, por piedade !
Perdoai, a minha maldade, Senhor !
Antes sofrer, antes morrer,
Que vos ofender!
Fiéis :
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.
A HORA S A N T A NO J A R D I M DA OLIVEIRAS 1 63

11
De joelhos:
Todos os fiéis juntos dizem :
O' jesusl Vendo-vo tão bondoso e pródigo de
vossas graças, não diremos como o Apóstolo : "Se­
nhor! Afastai-vos de nós, porque somos miserá­
veis pecadores" . . . pelo contrário, corremos ao en­
contro de vossos desejos, ansiosos por estreitar
contra nosso peito o Coração Divino que tanto
nos amou . . . Vinde, Jesus ! Vinde repousar à som­
bra do vosso amor . . .
O Sacerdote ou o Presiden t e :
Quando os soberbos governantes das nações ul­
trajarem o vosso Nome e as vossas Leis,
Lembrai-vos que, vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso divino coração !
Quando as turbas agrupadas pelo inferno e os
sectários seus sequaze assaltarem os vossos san­
tuários, sedentos de sangue,
Lembrai-vos que vos pertencemos ·c que estamo�
consagrados à glória do vosso divino coração!
Quando gemer .a vossa Igreja sob os grilhões e
cadeia com que os poderoso e os pretensos sá­
hios querem obstar a eus progressos e in utilizar
os eus esforços,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
con sagrado à glória do vosso divino coração!
Quando os bons e virtuosos medirem com ava­
reza os sacri ficios e as boas obras, mostrando-se
mesquinhos para convosco, quando tão pródigos
Para o mundo,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
co nsagrados à glória do vosso divino coração !
1 64 M A N U A L D O CORAÇÃO D E J ESUS

Quando vos oprimir a deslealdade das almas es­


condidas que deveriam' esquecer as coisas da ter­
ra para serem inteiramente vossas . . . então, mais
do que nunca, nessa hora de suprema desolação,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso divino coração!
Todo o meu desejo, amados filhos, é dar a mi­
nha vida! Dei-a derramando o meu sangue até à
última gOta . . . Dei-a, oferecendo o meu Coração
com todos os seus tesouros . . . Dou-a, todos os dias
na minha Eucaristia1 em que me entrego todo in­
teiro, para vos fazer participantes da minha pró­
pria vida. . . Assim o quero porque precisais de
mim nas vossas debilidades de con ciência, na fra­
queza dos vossos propósitos, na inconstância do
vosso amor . . . Vinde ! Eu sou a Luz e a Fortaleza!

Reflexão
(Se sentimos remorsos de alguma culpa grave,
infidelidade ou falta de generosidade no cumpri­
mento dos nossos deveres de cristãos, se temos ma­
goado o nosso adorável Salvador, recusando-lhe
algum sacrifício que de nós exige, peçamos per­
dão a Jesus, fazendo um protesto sincero e enér- ,
gico para o futuro). I
Oe p� - Coro ·
Meu Deus, logo murchou,
Logo secou
A flor da inocência !
Meu Deus, logo chegou
E me assaltou
Extrema indigência l
Perdoai, Senhor por piedade !
A I·IOI!A SANTA NO J A R D I M DAS O L I V E I RA S 1 65

Perdoai a minha maldade, Senhor!


Antes sofrer, antes morrer,
Que vos ofender!
111
De JOelhos:
Fiéis.- Divino Mestre e Salvador nosso, cheios
de confusão nos prostramos em vossa presença e,
detendo a vista sôbre o Tabernáculo solitário, on­
de estais prisioneiro por nosso amor, sentimos opri­
mido o coração pelo abandono e desprêzo em que
vos deixam os próprios cristãos, as almas vossas
prediletas, e mesmo as que se consagram ao vosso
serviçal : . .
Já que com tanta condescendência permitis que
durante esta " Hora" os que aqui se acham misturem
suas lágrimas com as vossas . . . nós vos louvamos,
Jesus, por aquêles que vos maldizem, rezamos por
aq11êles que vos esquecem, choramos por aquêles
r e vos ofendem e vos adoramos por aquêles que
vos aband aram . . . Aceitai, 6 Senhor, o clamor
da expiação que arrependimento sincero arranca
de nossas almas angustiadas.
Pelos nossos pecados, pelos pecados de nossos
parentes, amigos e inimigos,
Perdão, perdão, 6 Divino Coração.
Pelas infidelidades e sacrilégios,
Perdão, perdão, 6 Divino Coração.
Pelas blasfêmias e profanação dos dias santos,
Perdão, perdão, 6 Divino Coração.
Pelos atentados cometidos contra o Sumo Pon-
tífice,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pelas libertinagens e e cândalos públicos,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
l li6 MA 'U,\L DO CORAÇÃO DE jESU

Pela falta de modéstia no trajar,


Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pelos corruptore, da infància e da j uventude,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pela sistemática de obediência à Santa Igreja,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pelo crime do lar cristão, pelas falta dos pai
c dos filho ,
Perdão, perdão ó Divino Coração.
Pelos perturbadore da ordem pública, social e
cristã,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pela covardia dos que devem defender a nossa
religião,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pelo abu o dos Santos acramentos,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Pelos ataques da i mpren a ímpia e maquill -ão
das eitas secretas,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
E sobretudo pelo bons que vacilam, por aquê­
lcs que resistem à i nspi rações da vossa divina e
sapientissima gr<.ça,
Perdão, perdão, ó Divino Coração.
Almas queridas . . . Olhai para a minha fronte
marcada com a sentença de morte, depois da igno­
mínia de er tratado como louco ! . . . Considerai
êstcs mi térios de dor e caridade que se perpetuam
no Santís imo Sacramento do Altar . . . O meu amo r
é infinito e o vo so tem sido tão mesquinho ! Vêde
as minha. mãos atada por aquêles que pedem
uma vergonha a liberdade . . . Outros, nas horas de
libertinagem e de pecado, forjam as min has cadeias,
os pregos que me prenderam na cruz . . . Olhai
para ê se manto branco de in ensato c pensai nes·
A HORA SANTA NO jARD I M DAS OLIVEIRAS 1 67

s11 multidão que me abandona pelo respeito huma­


uo, "porque o mundo condena como loucos aquê­
les que me seguem de perto" . . . Oh ! Os sábios
se envergonham de mim, os grandes me desprezam,
os que são felizes me esquecem, para os que gover­
nam sou um réu, os que querem gozar a vida fa­
zem ele mim um verdugo . . . Porém, para todos, eles­
de que chorem seus pecados, sou o Pai, o Amigo,
o Redentor! . . .

Reflexão
( Em reparação das ofensas que recebe Jesus na
Sagrada Eucari tia, ofereçamos em particular as
preces do anti simo Sacramento do A ltar, para
o triunfo da Santa Madre Igreja, e extinção das
heresia e das citas que e palham por tôda a parte
a il"\!piedade, a corrupção e a desordem) .
De pc - COro '
Perdi com vosso amor.
Da alma o cando r :
Perdi mor riqueza !
Perdi com vosso amor
Certo penhor
De eterna grandeza !
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc . . .

IV
De joelhos

O' amantis imo jesu , um título que nos alenta


tm. nosso desfalecimen tos, é êste de Vítima que
qu1 se tes ser pelos pecadore . . . Sois a Salvação
tios que esperam em vós ! Sois a Esperança dos que
em vó descan am !
Nessa H óstia Sacrossanta permaneceis de conhe­
cido e olvidado há tantos éculos, renovando a
tôdas a hora do dia e da noite o Sa<:rifício do
Calvário . . . ; e a voz do vosso San �ue precio o cla­
ma em favor de nossas almas m1 eráveis . . . En­
tretanto soi quase um estranho no meio de vos­
sos filhos . . . e os desprezos e ultrajes dos ímpio
não vos ferem tanto como a desatenção, frieza e
indiferença dos bons! . . . Nós no sentimo felize ,
Senhor, velando uma hora convo co, n!! te Getsê­
mani da terra e partilhando as amargu ras do cálice
que vos oferece a ingratidão dos homens . . .
Não olheis, Senhor, para nossa indignidade, mas
considerai somente a boa vontade que nos trouxe
a vossos pés . . . Concedei-nos a graça de amar­
vos muito e de tornar-vos muito amado.
Reinai em todos os corações, ó Jesus Sacra...
mentadol
Por meio dêste Pão consagrado, Consôlo para
os aflitos,
Reinai em todos os corações, ó Jesus S cra­
mentadol
Por meio dêste Pão consagrado, Preservativo da
inocência e da virtude,
Reinai em todos os corações, ó Je us acra­
mentado l
Por meio dêste Pão consagrado, Confôrto e Au­
xílio para todos · os miseráveis e desamparados,
Reinai em todos .os corações, ó Je us Sacra­
mentado !
Por meio dêste Pão consagrado, laço da União
entre pais e filhos,
Reinai em todos o coraçõe ó Jesu. acra-
,

mentado!
A HORA SA• TA NO J A R D I M DAS O LI V E I RA S 1 69

Por meio dêste Pão consagrado, Fogo abrasador


de amor e zêlo para aquêles que consagram sua
vida no sacerdócio,
Reinai em todos os corações, ó Jesus Sacra­
mentado l
Por meio dêste Pão consagrado, Pentecostes de
raridade para o vosso Vigário na terra, para o
Episcopado, para o Clero e para a vo a Igreja,
Reinai em todos os corações, ó Jesus Sacra­
mentadol
Oh ! Sim, Mestre Adorado ! Faze i baixar o fogo do
céu que purifique, perdoe e salve a milhares de infe­
lize que vivem sem o vo so amor, preferido louca­
mente os bens terrestres e os gozos materiais ! . . .
Oh! Jesus! O mundo vos despreza e procura expul-
ar-vo . . . E que faria o mundo sem Vós ! Deixai­
\'OS ficar, Prisioneiro Divino, fechado nestes Sacrá­
rios, onde prometestes permanecer até a consuma­
ção dos séculos ! São muitos os que maldizem o
vo o orne, negam o vosso Santo Evangelho . . .
mas são também mu itos os que vos amam, os que
vos querem sempre a seu lado, nas alegrias e nas
horas tristes. �sse mesmos que vos expulsam de
seu corações, de seus lares, de suas pátrias, hão
'de reconhecer um dia que só vós dissestes a Ver­
dade, só Vós ensinastes a Justiça, só Vós prodi­
galizastes a verdadeira Caridade ! E por isso, em
nome dêsses ingratos, nós vos pedimos perdão:
"Misericórdia para êles, ó Sagrado Coração ! "
São tantos os que despendem dinheiro e j uven­
tu de nas dissipações mundanas ou prazeres que
vos ofendem l . . .
Misericórdia para êles, 6 Sagrado Coração I
1 70 M A N U A L UO CORA ÇAO DE JESUS

São tanto os que lucram, tolerando os pecados


públicos, que traficam na profanação das consciên­
cias e dos sentidos !
Misericórdia para êles, ó Sagrado Coração!
São tantos os pervertedores das almas, que pelos
j ornais e pelos livros enriquecem, pervertendo seus
. •
trmaos I. . . .
Misericórdia para êles, ó Sagrado Coração!
São tantos os que exercem deplorável profissão
de excitar vicios e paixões por meio de espetáculos,
onde tudo é permitido ! . . .
Misericórdia para êles, ó S � grado Coração !
São tantos os fracos que, surdo aos protestos
da própria consciência, cooperam para o escândalo
social das modas, teatros e cinemas ! . . .
Misericórdia para êles, ó Sagrado Coração! .
São tantos os que, relaxando o seu critério de
cri tão · , não querem ver mal nenhum no atropêlo
dos vossos mandamentos ! . . .
Misericórdia para êles, 6 Sagrado Coração!
São tantos aquêles que, pelo seus deveres de
estado deveriam evitar gravíssimas ofen as e não
o fazem por motivo de respeito humano ou por
uma condescendência culposa ! . . .
Misericórdia para êles, 6 Sagrado Coração !

Reflexão
( Peçamos perdão a Deus pelos pecados públi­
cos e sociais, com que os homens o ofendem no
mundo inteiro, e tomemos a resolução de apoiar
tõdas as in iciativas para regeneração da família e
da ociedade ) .
A HORA SANTA NO j A R D I M DAS O LI V E I RAS 171

ll e p e - COro :
Deixei de Deus a Lei
E me entreguei
A tôda a maldade !
Deixei de Deus a Lei
E me afastei
Da felicidade !
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.

v
llc joelhos

Dulcfssimo jesu 1 tende piedade dos que pade­


cem a mortal angustia do isolamento e do aban­
dono ! . . . Quantas vêzes, Mestre adorado, depois
de pregardes as maravilhas do vosso amor, depois
de faz('- s prodígios em favor da multidão assom­
brada, vistes que os homens e afastavam receosos,
ou partiam indiferente , deixando-vo , como neste
Sacrário, sózinho, abandonado, sem outras testemu­
nhas de vossas dores e de vos o amor senão os
anjos do céu ! . . . O vosso Coração experimentava
então as mesma penas e amarguras que êsses de­
serdados do amor, órfãos de afeição tão delicada,
errantes no deserto do mundo, sem uma estrêla
nas trevas ela noite, sem um lume que lhes aqueça
o lar! . . E no fundo dessa almas surgem os mes­
.

mos tran es da agonia que sofrestes na horrível noi­


te ela Quinta-feira Santa . . . Temores, repugnâncias,
desfalecimento , assaltam-nas cada vez com mais
·fu ror. E por fim, se não acudis, Vós o Amigo das
alm as que ofrem, ela , elese peradas, chamarão
talvez a morte, como libertadora, ainda que as leve
Para a eterna de graça ! . . .
1 72 M A N U A L DO CORAÇAO DE JE U S

Apressai-vos, Senhor! . . . Socorrei essas almas �


dai-nos a todos refúgio e companhia em vosso
amável Coração ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
Se algum dia nos mandardes penosa provação,
permitindo que o · nossos nos abandonem ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
Se as moléstias e a morte nos trouxerem o iso­
lamento, quebrando laços que pareciam indissolú­
veis ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração !
Se algum dia nos visitar a pobreza, afugentan­
do os amigos que não se sentem bem com ela ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração !
Se tivermos a desgraça de uma desinteligência
com os próprios irmãos ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
Se formos flagelados pela inj ustiça dos homens,
não vos aparteis de nosso lado ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
Se até aquêles a quem muito amamos nos dei­
xarem, ó Jesus . . . nessa hora de cruel ingrati­
dão ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração !
Se aquêles que nos pediram afeto, dedicação e
sacrifícios, hoje riem-se de nós e nos odeiam, per­
doai-lhes, e desculpai as nossas queixas! . . .
A HORA SANTA NO j A R D I M DAS O L I V E I RAS 1 73

Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável


Coração!
Se a calúnia e as humilhações salpicarem de la­
ma a nossa fronte, compadecei-vos de nossas almas
dilaceradas ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração !
E, se para nós chegarem aquelas horas de mor­
tal silêncio, em que a alma se acha só, intei ramen­
te só, submergida no vácuo do esquecimento e da
cruel indiferença ! . . .
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amávet
Coração !
Reflexão
(Consideremos a solidão da agonia de Jesus no
Hõrto, prolongada em todos os Sacrários da ter­
ra, e tomemos a resolução de visitá-los mu itas vê­
zes em reparação da ingratidão dos homens).
D e pé - COro:
Meu Deus I o que há de ser
Quando vier
A tremenda morte!
Meu Deus I Se já vi�
Qual há de ser
Minha eterna sorte !
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.

VI
De joelhos :
O' Jesus! Vós sabeis quanto vos amamos! Que­
remos amar-vos muito mais, atendendo às solicita­
ções do vosso Coração adorável que pede o nosso
amor para fazer-no venturosos. Sendo, porém, tão
1 74 MA U A L DO CORAÇAO DE JESUS

grande a nossa pobreza, deixai-nos oferecer-vos os


nossos corações pelas mãos de Maria, vossa Mãe
Santíssima, que suprirá a nossa miséria com os
seus merecimentos.
Triunfai em todos os corações, ó Divino Coração!
Pelos carinhos de predileção com que tratastes a
João, o Apóstolo de vossas inefáveis confidências,
Triunfai em todos os corações, ó Divino Coração!
Pela afeição que tivestes sempre aos pequeninos
do rebanho, pelas crianças, vossos inocentes ami-
·
guinhos,
Triunfai em todos os corações, ó Divino Coração!
Por aquela amizade querida que tivestes ao três
irmãos de Betânia, onde só a vossa ausência era
um sofrimento cruel,
Triunfai em todos os corações, ó Divino Coração!
Pelas finezas dispensadas aos esposos de Caná, e
pelas vo as misericórdias para com a arrependida
Madalena,
Triunfai em todos os corações, ó Divino Coração!
Pela condescendência que tivestes para com Za­
queu, para com Simão, o Fariseu e, enfim, para
com a Samaritana, em cuja alma feliz quisestes
despertar a sêde do apostolado,
Triunfai em todos os corações, ó Divino Coração !
Pelas lágrimas que derramastes junto ao sepul­
cro de Lázaro,
Triunfai em todos os coraç-ões, ó Divino Coração!
Reflexão
( Nem no céu poderemos jamais agradecer ao
nosso amado Redentor tantas riquezas e tantos fa­
vores que não merecemos. Tratemos de começar
desde já a nossa eterna ação de graças por todos·
os benefícios pas ados, presentes e futuros) .
A HORA SA TA NO J A R D I M DAS O LI V E I RAS 1 75

0< pc - COro:
I rei para o inferno,
Suplício eterno,
Se não me arrependo
I rei para o inferno,
Para o fogo eterno,
Se já não me emendo !
Perdoai, Senhor, por piedade! etc.
VIl
De joelhos :
Fiéis. O' Jesus, que poderemos dar-vos em troca
de tanto amor e tanta m isericórdia? ! . . . Quem nos
dera um coração cheio de amor como o de vo�sos
apóstolos João e Pedro, ardendo em chamas de
zêlo como o de S. Paulo, capaz de heroísmo co­
mo o de Margarida Maria?
Sacerdote: Dai-nos o vosso Coração, ó dulcís­
simo Jesu , para que possamos com êle agradecer
devidamente as misericórdias do vos o amor,
Dai-no o vosso Coração, ó du lcíssimo Jesus!
Vós, que sois a per everança da Fé e da Pureza
para a cr a que comungam,

Dai-nos o vo o Coração, ó dulcíssimo Jesus(


Vós, que sois o consôlo dos pais no lar cristão,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo Jesus !
Vós, que sois o alivio da multidão que sofre e
dos pobres que trabalham,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo Jesus !
Vós, que sois o bálsamo para tôdas as feridas,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo Jesus!
Vós, que sois a fortaleza dos fracos e a vitória
dos que se acham em tentação,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo Jesus!
1 76 M A N U A L DO COI{AÇA:O OE JESUS

Vós, que sois a luz do que vacilam e o zêlo dos.


apóstolos,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo Jesus !
Vós, que sois o centro da vida militante da vos­
sa Igreja,
Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo Jesus !
Vós, que sois a Santidade e o Paraíso das almas,
na Eucaristia,
Dai-nos o vo so Coração, ó dulcíssimo Jesus !
Fiéis: Senhor, quanto nos sentimos . felizes por
têrmos podido velar uma hora convosco ! Aqui vie­
mos conduzidos por vossa divina Mãe e por ela
inspirados, a fim de pedirmos pelos bons e pelos
maus . . . por todos os pecadores, por todos os.
cristãos, pelos apóstolos do vosso Sagrado Cora­
ção, por tõdas as almas que vos estão consagra­
das e que vos fizeram prome sa de vida santa e
mortificada. E, como Vós mesmo o pedistes, Se­
nhor, nós queremos especialmente rogar pelos sa­
cerdotes, ministros do vosso Altar, continuadores
da vossa missão . . . Dai-lhes o tesouro de uma ca­
ridade sem limites, dai-lhes a g raça de uma hu­
mildade a tõda prova; dai-lhes, Sen hor, a fortaleza
da alma, nas lutas com o mundo . . . Dai-lhes uma
resolução apaixonada para a santidade, um zêlo ar­
dente pela vossa glória, um coração abrasado no
vosso amor E, visto que "a messe é grande e
. . .

poucos são os operários", aumentai o número dos


trabalhadores, enviando novos Apóstolos segundo
o vosso Coração.
Oração de S. Pio X a Nossa Senhora
Fiéis: O' Maria, Mãe de Misericórdia, Mãe e Filha
d'Aquêle que é o Deus de tõda consolação, Dispen-
A HORA ANTA NO J A R D I M DAS OLI E I RAS 1 77

sadora dos tesouros de Deus, Ministra de Deus,


Mãe do Sumo Sacerdote Jesus Cristo, Vós que sois
ao mesmo tempo Sacerdote e Altar, Tabernáculo
Imaculado do Verbo de Deus, Mestra de todos os
Apóstolos e Discípulos de Cristo, protegei o So­
berano Pontifice, intercedei por nós e pelos nossos
sacerdotes, a fim de que o Sumo Sacerdote Jesus
Cristo, purifique as nossas consciências, e nos apro­
x imemos digna e piedosamente do Banquete Sa­
grado.
0' Virgem I maculada ! Vós não somente nos des­
tes o Pão Celeste, Cristo, para a remissão do nos­
so pecados, mas sois vós mesma uma "Hóstia
Agradabilíssima" oferecida a Deus, sois a Glória
dos Sacerdotes ! Segundo o testemunho do vosso
bem-aventurado servo S. Antonino, ainda que não
tenhais recebido o Sacramento da Ordem, fõstes
cumulada de tõda a dignidade e graça que êle con­
fere, e por consegu inte sois proclamada com jus­
tiça : a "Virgem Sacerdote". Lan�ai um olhar sõbre
nós e sõbre os sacerdotes de vosso Filho ; Siilvai­
nos, purificai-nos, santificai-nos, a fim de que pos­
samos receber santamente os teso'uros inefáveis dos
Sacrament e alcançar a salvação eterna de nossas
almas. Amém.
Mãe · Misericórdia,
Rogai por nós.
Mãe do Sumo Sacerdote Jesus,
Rogai por nós.
Rainha do Clero,
Rogai por nós.
Maria, Virgem-Sacerdote,
Rogai por nós.
1 78 M A N U A L DO CORA ÇÃO DE JESUS

Reflexão
Tomemos a resolução de rezar cada dia pelo
Sumo Pontífice e pelas necessidades da Igreja, ofe­
recendo pelas intenções do clero as boas obras
de tôdas as quintas-feiras.
De pt! - COro :
Fazei, meu Bom Jesus,
Por Vossa Cruz
Do mal me desvie !
Fazeí que a Vossa Luz,
Por vossa cruz
No céu me alumie !
Perdoai, Senhor, por piedade ! etc.

VIII
Não podendo permanecer prisioneiro convosco
neste Tabernáculo, nós nos despedimos, Senhor,
levando em nossas almas uma paz inefável e o co­
ração confortado para as lutas da vida.
E, enquanto não chega o dia sem fim de cantar
n ó céu as vossas glórias, deixai-nos descansar na
chaga sacrossanta de vosso Coração, repetindo
sem cessar estas palavras triunfantes : " Venha a
nós o vosso Reino ! "
Venha a nós o vos.c;o Reino !
Pai-Nosso e Ave-Maria pelas intenções íntimas
de todos os presentes.
;'ai-Nosso e Ave-Maria pelos agonizantes do dia.
Pai-Nosso e Ave-Maria pelas almas do purga­
tório.
. Pai-Nosso e Ave-Maria pelo triunfo universal do
Sagrado Coração.
A HORA SANTA NO J A R D I M DAS O L I V E I RAS 1 79

Súplica pelo Diretor


Todos j u n tos, em voz alta , recilam pausadamente :

Senhor Jesus Cristo * que, como Bom Pastor


das nossas almas, • Vos dignais habitar entre nós
"' no Santíssimo Sacramento do altar, * do Vosso
sagrado tabernáculo * derramai graças copiosís­
simas • sõbre o nosso bom pastor (ou : o Diretor
dêste Centro * do Apostolado da Oração) .
Conceda-lhe o Vosso Misericordioso Coração •
tõdas as graças de que precisa • para nossa e sua
própria santificação e para que possa velar sempre •
com paternal dedicação * sôbre as ovelhas que
lhe foram confiadas • pelo Espírito Santo. Aben­
çoai-o quando na oração • levanta a mente para
Vós. • Abençoai-o quando nos prega * a Vossa
santa lei. Abençoai-o também • quando, no desem­
penho dos seus ministérios de sacerdote, • trabalha
pela salvação das almas. Fazei que seja sempre
desvelado pastor * segundo o Vosso Divino Cora­
ção, • que consagre inteira e constantemente a sua
vida, • o melhor das suas energias e dos seus ta­
lentos, * ao fiel cumprimento da sua nobre missão
* e dos deveres inerentes ao seu cargo, • a fim

de que * no dia em que vierdes a julgar rebanhos


e pastõres, * nós sejamos sua alegria e sua coroa,
• e êle receba de Vossas mãos Divinas • a coroa
imarcescivel da vida eterna. * Assim seja".
Termina-se pela Invocação cantada :
De pé - COro :
Nossa Senhora da Conceição,
0ogai por nós, rogai por nós.
IM MANUAL D O CORAÇAO DE JESUS

Solo:
Nossa Senhora da Conceição,
Rogai por nós, rogai por nós.
Côro :
Rogai por nós, rogai por nós.

A Jesus Crucificado
Oração de S. Afonso de Ligório
Dulcíssimo Jesus, no hôrto das Oliveiras, triste
até a morte, profundamente angustiado, oprimido
de agonia, coberto de suor e de sangue - tende
piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós l
Dulcíssimo Jesus, pelo ósculo traidor entregu
às mãos dos vossos inimigos, maltratado, atado
e prêso em cordas, abandonado pelos discipulos -
tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós !
Dulcíssimo Jesus, j ulgado réu de morte pelo in­
justo conselho dos judeus e entregue a Pilatos, des­
prezado e escarnecido pelo ímpio Herodes - ten­
de piedade de nós.
Tende piedade de nós, Sen hor ; tende piedade
de nós !
Dulcíssimo Jesus, despido, prêso a uma coluna
e açojtado cruelmente - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós !
A HORA SA TA NO J A R D I M DAS O L I V E I RAS 181

Dulcíssimo Jesus, coroado de penetrantes espi­


nhos, ferido na sagrada cabeça com uma cana, ves­
tido, por escárneo, de um manto de púrpura, sa­
ciado de opróbrios - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós !
Du lcíssimo je us, mai odiado que um ladrão
e assas ino, reprovado pelos j udeus, condenado
à morte na Cruz - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós!
Dulcíssimo Jesus, carregado com a pesada
Cruz, caído em terra, levado ao Calvário como
o cordeiro ao matadouro - tende piedade
de nós.
Tende piedade de nós, Senhor; tende piedade
de nós !
Dulclssimo Jesus, homem das dores, despoja­
do de vossas pobres vestes, contado entre os
criminosos, imolado em sacrifício por nossos pe­
cados - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós !
Dulcíssimo Jesus, cravado cruelmente na Cruz,
ferido dolorosamente por causa de nossas ini­
qüidades, quebrantado por causa de nossas
culpa - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
#
de nós !
Dulcíssimo Jesus, escarnecido ainda na Cruz,
atormentado e oprimido de dores inefáveis, con­
sumido de sêde, abandonado na mais dolorosa
agonia, pelo próprio Pai celestial - tende pie­
dade de nós.
182 M A N U A L DO CORA ÇIIO DE J ESUS

Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade


de nós !
Dulcíssimo Jesus, morto na Cruz, traspassa­
do por uma lança à vista de vossa dolorosa
Mãe - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós !
Dulcíssimo Jesus, descido da Cruz, depositado
nos braços de vos!'a santíssima Mãe e banhado
em suas lágrimas - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor ; tende piedade
de nós !
Dulcíssimo Jesus, ungido e embalsamado pelos
discípulos amantes com preciosos aromas, en­
volvido em lençóis limpos e depositado no san­
to sepulcro - tende piedade de nós.
Tende piedade de nós, Senhor; tende piedade
de nós !
êle tomou verdadeiramente sõbre si as nos­
sas iniqüidades.
E as nossas dores êle as suportou.

Oremos
O' Jesus, Filho Unigênito de Deus e da Vir­
gem Imaculada, que pela salvação do mundo
quisestes ser reprovado pelos j udeus, traído por
Judas, atado com cordas, conduziêlo ao mata­
douro como um cordeiro, apresentado inj usta­
mente aos j uizes Anás, Caifás, Pilatos e Hero­
des, acusado por falsos testemunhos, ferido com
pancadas, sac1ado de opróbrios e inJúrias, cuspi­
do no rosto, açoitado bàrbaramente, coroado de
espinhos, condenado à morte, despojado das
A HORA SANTA O jARDIM DAS O L I V E I RAS I R3

vestes, pregado com tôda a crueldade na Cruz,


suspenso entre dois ladrões, vexado com fel e
vinagre, abandonado em tormentosa a·g onia e,
finalmente, traspassado por uma lança ; por êstes
tormentos, Senhor, dos quais nós, indignos fi­
lhos vossos, agora, com devoção, gratidão e
amor nos lembramos, e pela vossa santíssima
morte na Cruz, livrai-nos das penas eternas do
inferno e dignai-vos conduzir-nos ao Paraíso,
para onde levastes convosco o bom ladrão.
Tende piedade de nós, ó bom Jesus, que com
o Pai e o Espírito Santo viveis e reinais por
todos os séculos dos séculos.
Convém rezar esta piedosa oração n a tarde das quintas­
feiras, ou nas sextas-feiras, principalmente no tempo ua
Santa Quaresma, em união com outras pessoas e com tõ­
da a f a m l l la . Nosso Senhor Crucificado não deixará de
derra mar sua bênção sObre as pessoas e fam illas que com
piedade e devoção se lembrarem de sua sagrada paixão
c: morte.
lndutg�ncias da Via-Sacra, lucráveis onde estiver legiti­
mamente ereta : Plenária, cada vez ; outra plenária, se se
tiver comungado no mesmo d i a ; l O anos a cada estação,
se se Interromper por motivo razoável.
Podem lucrar as me mas Indulgências :
a ) os navegantes, os presos, os doentes e os legltima­
mente Impedidos, tendo n a mão u m crucifixo bento por um
sncerdote que tenha esta faculdade, se rezarem com con­
trição c devoção, relembrando a Paixão de Nosso Senhor,
21) Pater, Ave e Gloria ( I a cada estação, 5 pelas chagas de
osso Senhor e I pelo Santo Padre ) . Se não puderem ter­
m i n a r : Indulgência de 10 anos a cada Pater, Ave e Gloria.
b ) os doentes que sem grave IncOmodo não puderem re­
zar os 20 Pater. Ave e Olorla, se com devoção e contrição
beijarem, ou pelo menos olharem para o C rucifixo q ue
tiver esta bo!nçllo, rezando, se puderem, alguma breve j acu l a­
térla ou oração em memória da Paixão de Nosso S en hor .

* * *
Oração preparatória
Meu Senhor Jesus Cristo, que seguistes, com
amor infinito, o caminho doloroso do Calvário,
e aí morrestes num patíbulo de infâmia, dai­
me a graça de vos acompanhar, e de unir as
minhas lágrimas ao vosso Sangue precioso . . .
Tenho · ardente desejo ele consolar o vosso Co­
ração tão bom e tão amarguraiio pelos nosso
pecados e de me associar à vossa dolorosa pai­
xão e morte . . . Quem me dera sofrer e morrer
por Vós, que sofrestes e morrestes por mim ! . . .

0' Jesus, eu vos amo de todo o meu coração;


arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido
(e prometo, com a vossa graça, nunca mais
vos tornar a ofender) . Dignai-vos, meu queri­
do Senhor, conceder-me as indulgências com que
vossos Vigários enriqueceram êste santo exerci­
cio, e recebei-as em satisfação dos meus peca­
dos, e em sufrágio das almas do Purgatório.
- O' Maria, Rainha ,dos Mártires, dai-me o
amor e a dor, com que acompanhastes ao Cal­
vário, o vosso inocentíssimo Jesus. Amém.
l l ndulgtncla na p. orectdtnlt)
I K5

I ESTAÇÃO

Jesus condenado à morte


Y. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­
dizemos.
�- Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Jesus está diante de Pila tos . . . A que es­
tado o reduziram ! . . . A cabeça coroada de es­
pinhos . . . as faces banhadas em sangue . . . ; to­
do o corpo lacerado . . . ; os ombros cobertos
com um pedaço de púrpura . . . ; as mãos ata­
das . . . I nspira compaixão o amabi líssimo Jesus ;
todavia Pilatos, para agradar aos ingratos j u­
deus, condena "à morte o inocente Filho de
Deus. . . Jesus ouve com serenidade a senten­
ça e aceita resignado a morte para salvação
dos pecadores . . .
O' Jesus eu merecia a morte eterna do in­
ferno; e Vós, o Deus da vida, quisestes mor­
rer para me salvar ! . . . Seja bendita a vossa
bondade infinita I . . . Dai-me a graça de viver
e morrer no vosso santo amor . . .
0' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tornar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
I R6 M A N U A L DO CORA ÇAO DE JESU

1 1 ESTAÇÃO

Jesus levando a Cruz


Y:. Nó vos adoramos, Senhor, c vos ben·
dizemos.
W Porque pela vossa santa Cruz rcmistes o
mundo.
Jesus é despido do manto de pt1rpura e co­
berto dos seus vestidos, para que todos o re­
conheçam e insultem . . . Apresentam-lhe a Cruz . . .
O Salvador estende os braços e, num transpor­
te de ternura, aperta-a ao coração . . . e banha-a
de lágrimas . . . E·, pondo-a aos ombro chaga­
dos, encaminha-se para o Calvário . . . "Aonde
ides, meu bom Jesu ?" - " Vou morrer por ti;
depois da minha morte lembra-te de mim, e
ama-me!"
O' Jesus, essa Cruz era-me devida a mim,
que sou pecador, e não a Vós, que sois inocen­
te . . . Mas o i nocente quis pa gar pelo peca­
dor . . . Sêde sempre bendito, ó S enhor. Abraço,
por vosso amor, todos os desprezos e contra­
riedades da vida.
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sútceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tornar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA 187

111 ESTAÇÃO

Jesus cai pela primeira vez

Yl. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­


dizemos.
"&'. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
O Filho de Deus sai do Pretório, oprimido
pelo pêso da Cruz . . . Está cheio de amor, mas
exausto de fôrças! . . . Tem derramado tanto san­
gue ! . . . Depois de alguns passos os olhos se
lhe obscurecem, verga sob a Cruz, e cai por
terra, penetrando mais e mais os espinhos na
delicada cabeça ! . . . Avalia o seu martirio ! . . .
Os algôzes enfurecem-se e, com blasfêmias e
golpes, ultrajam e ferem o Cordeiro divino . . .
O' Jesus, Vós caístes sob o pêso da Cruz,
porque eu me precipitei num abismo de iniqüi­
dade . . . Estendei-me a vossa mão, para que me
levante, e, auxiliado pela vossa g�aça, percor­
ra confiadamente o caminho da vir1ude e da
santidade . . .
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tornar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
1 1!8 MANUAL D O CORAÇAO DE JESUS

IV ESTAÇÃO

Jesus encontra sua SS. Mãe

"f!. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­


dizemos.
�. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Que encontro doloroso ! Que olhares de deso­
lação! Maria vê seu Filho desfalecido e desfi­
gurado, e não lhe pode valer . . . Jesus vê sua
santa Mãe aflita e desolada e não a pode con­
solar . . . Não falam os lábios, falam os cora­
ções. "Minha Mãe, minha pobre Mãe l" "Meu Fi­
lho, meu querido Jesus !" E estas palavras tra­
duzem um oceano de afetos e de dores . . . Duas
vítimas inocentes unidas pelo mesmo sacriflcio . . .
O' Jesus, ó Maria I . . . com meus pecados fui
a causa dos vossos tormentos . . . E vós amas­
tes tanto a minha pobre alma ! . . . - O' Maria,
consagro-vos a minha alma e o meu corpo.
Amparai-me, defendei-me sempre, mas sobretu­
do na hora da minha morte.
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora·
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA l tl9

Jesus ajudado pelo Cireneu


Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben·
dizemos.
R. Porque pela vossa santa Cruz remlstes o
mundo.
Je us está fraco e tão abatido, que, a todo
momento, parece morrer ! . . . E é o Senhor do
Paraíso, que rege e governa tOdas as criatu­
ras ! . . . Os judeus, temendo que a vítima lhes
faleça no caminho, e não possa chegar ao lu­
gar da infâmia, obrigam Simão Cireneu a levar
a Cruz j unto com o Redentor . . .
O' Jesus, Vós sustentais, com um ato da vos­
sa onipotência, o céu e a terra, e precisais de
amparo?! . . .
O' meu bom Deus, a que estado vos reduziu
o vosso amor pela minha alma. Nunca esque­
cerei tamanha misericórdia . . . Pelos merecimen­
tos desta vossa fraqueza, ajudai-me a levar a
cruz que mereço e desejo na qualidade de cris­
tão e de pecador.
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade � nós.
1 90 M A N U A L D O CORAÇAO D E J ESUS

V I ESTAÇÃO
Jesus no ato em que a Verônica Ih� enxuga
o rosto
Yl. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben·
dizemos.
n>. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Jesus perdeu tôda a sua beleza - Jesus, o
mais belo entre todos os filhos dos homens! . . .
Já se não conhece . . . A sua face está tôda fe­
rida e banhada em lágrimas e sangue ! . . . Uma
piedosa mulher, vencendo os respeitos huma­
nos, aproxima-se de Jesus, e limpa-lhe com um
véu a face adorável I . . . O Salvador, sempre bom
e grato, deixa impressa naquele véu a sua
imagem.
O' Jesus ! Quão feliz foi a Verônica, que vos
limpou a Face desfigurada ! . . . Também eu pos­
so receber êsse prêm io . . . Hoje que os ím­
pios e os ingratos vos insultam e blasfemam,
dai-me a graça de reparar êsses ultrajes . . . ;
e, depois, gravai na minha alma a vossa Face
divina . . .
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA 191

VIl ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez
'f. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­
dizemos.
.Jl'. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
O Coração de Jesus está pronto a sofrer e
a morrer; mas a sua SS. H umanidade desfa­
lece . . . Caminha com passo trêmulo, incerto, va­
cilante . . . O sangue, que lhe desfigura a Face,
turva-lhe o olhar . . . e afinal o divino Mestre
cai · por terra . . . pela segunda vez ! . . . A vio­
lência da queda reabre tôdas as feridas do seu
Corpo . . . ; os espinhos rasgam ainda mais aque­
la delicada cabeça . . . Os algôzes levantam o
manso Cordeiro, arrastando-o c ferindo-o! . . .
O' Jesus ! As minhas repetidas culpas causa­
ram a vossa nova qued a . . . Se eu não tivesse
cometido tantos e tão graves pecados t seria me­
,
nos intenso o vosso sofrimento . . . t'erdoai-me
tamanha ingratidão, pela vossa infinita mise­
ricórdia.
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
1 9l �\ ANUAL DO CORAÇAO DE JESUS

V I I I ESTAÇÃO

Jesus consola as filhas de jerusalém


Yl . Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­
dizemos.
ll'. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Umas piedosas mulheres, vendo-o ensanguenta­
do e vacilante sob o pêso da Cruz, choram e
se compadecem d'�le ! . . . Jesus, e quecido do
seus sofrimentos, as consola e instrui, dizendo­
lhes que chorem, sobretudo, os próprios peca­
dos e os pecados dos homens, que são a cau­
sa do martírios de um Deus e da perdição de
tantas almas . . .
o· Jesus, dai-me lágrimas, lágrimas de amor
e de arrependimento, para que chore sempre os
meus pecados e os vossos martírios e assim
desagrave o vosso Coração aflitíssimo ! . . . E de­
pois, quando eu agonizar no leito da morte,
a h ! vinde consolar e receber a minha pobre
alma . . .
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA 193

IX E·STAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez
Y. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­
dizemos.
ll'. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Jesus, desfalecido e exausto, cai de nõvo por
terra e novamente fere nas pedras a fronte co­
roada de espinhos . . . Um Deus por terra ! . . .
Mas à vista do Calvário, reanima-se e levanta­
se . . . O amor dá-lhe novas fOrças r. . . E' tão
ardente o seu desejo de morrer pelos homens
ainda que pecadores e ingratos ! . . . Oh! só um
Deus pode amar a sim I
O' Jesus ! São tantos e tão graves os meus
pecados que, para os expiar, dir-se-ia que não
basta uma ó queda de um Deus! . . . E' ne­
cessário que muitas vêzes humilheis à terra a
vossa divina face . . . Oh ! dai-me a vossa gra­
ça, para que deteste os meus pecados e vos
siga no caminho das humilhações e dos so­
frimentos . . .
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso · e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
1 94 M A N U A L 00 CORAÇAO DE JESUS

X ESTAÇÃO

Jesus despido e amargurado com fel

'11 . Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­


dizemos.
ll'. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Eis o Calvário ! . . . Os algôzes arrancaram a
Jesus a túnica presa ao seu Corpo lacerado . . .
Abrem-se de nôvo as feridas . . . Rebenta mais
sangue . . . Não satisfeitos, amarguram com fel
a bõca do dulcissimo Redentor . . . Jesus tudo
sofre com paciência e amor, e oferece todos
os seus tormentos ao divino Pai, para a sal­
vação dos pobres pecadores . . .
o· Jesus, eu me compadeço dos tormentos que
sofreis por mim ! . . . Como hei de agradecer-vos
tamanha bondade? . . . Completai, Senhor, a vos­
sa misericórdia. Despi-me dos meus vícios e pai­
xões . . . ; vesti-me de humildade, de pureza e de
caridade . . . ; tornai-me amargos os prazeres da
vida e doces as mortificações e os sofrimentos.
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tornar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedàde de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA 1 95

XI ESTAÇÃO
Jesus Cristo pregado na Cruz
Y. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­
dizemos.
�. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
A uma ordem dos algôzes, o Salvador esten­
de sôbre a Cruz o seu Corpo lacerado e, le­
vantando os olhos ao céu, apresenta as mãos
e os pés, para serem traspassados pelos cra­
vos . . . Aos golpes repetidos do martelo, rasga­
se a pele, dilacera-se a carne, rompem-se as
veias . . . O doce Jesus sofre um martírio imen­
so . . . ; mas não se queix a . . . pede, adora e
ama ! . . .
O' Jesus, dissestes um dia que, pregado no
madeiro, haveríeis de atrair a Vós todos os co­
rações . . . Atraí o meu coração com a fôrça sua­
ve e irresistível do vosso amor ; pregai-o na
vossa Cruz bendita, para que nunca mais se
afaste de Vós. . . Está-se tão bem aos vos­
sos pés ! . . .
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente . de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tornar a ofender.
Pai-Nosso e · Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
1 96 MA U A L DO CORAÇAO DE J ESUS

X I I ESTAÇÃO

Jesus Cristo morre na Cruz


Y. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben·
dizemos.
:n:: Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Pobre Je us l Quanto sofre ! . . . Está pendente
de três cravos ! . . . ão encontra o menor ali­
vio . . . Todos concorrem para o atormentar . . .
E êle pensa em todos . . . Pensa nos algôze ,
e pede para êles perdão . . . Pensa no Bom La­
drão, e promete-lhe o Céu . . . Pensa na sua
Mãe e dá-lhe João por amparo . . . Pensa em
nós e dá-nos Maria por Mãe . . . Como Jesus
é bom ! . . . Mas �le morre . . . I nclina a cabe­
ça . . . alta o último su piro ! . . . Morreu . . . Um
Deus morreu por mim ! . . .
Deixai-me, ó Jesu , abraçar-me aos vossos pés
ensanguentados ; e deixai-me viver e morrer
aqui I . . . A h I é justo que a criaturj! viva e mor­
ra pelo seu bom Deus, que viveu e morreu pela
sua miserável criatura !
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrepentlo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tornar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA 197

X I I I ESTAÇAO
Jesus nos braços de sua Mãe
'P. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben­
dizemos.
�- Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Que desolação para Maria, receber em seus
braços a Jesus não belo e cândido como em
Belém, mas todo ferido e desfigurado I . . .
I nclina-se sõbre o seu Filho morto e chora
inconsolàvelmente! . . . Depois rearfima-se e consi­
dera os estragos que fizeram naquele santíssi­
mo Corpo os flagelos, os espinhos, os cravos
e a lança ! Pobre mãe ! Ter um filho, como Je­
sus, e perdê-lo . . . e de um modo tão cruel . . .
que desolação I
0' Maria I Fui eu que, pelos meus pecados,
dei a morte a Jesus e causei tão acerbas dores
ao vosso Coração . . . O' Senhora, não me de­
sampareis . . . Não vêdes que a minha alma está
banhada no sangue de Jesus, que é também san­
�ue de vossas veias?! . . . Perdoai-me as minhas
mgratidões, impetrai-me a graça de viver uni­
camente para Jesus . . . Amo-vos, minha boa Mãe,
e espero amar-vos por tôda a eternidade !
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
.
19 M A N U A L DO CORAÇ/10 DE JE US

XIV ESTAÇÃO

Jesus no santo sepulcro


Yl. Nós vos adoramos, Senhor, e vos ben·
dizemos.
"&'. Porque pela vossa santa Cruz remistes o
mundo.
Jesus está encerrado no sepulcro . . . A sua
aniquilação não podia ser mais completa . . . E'
o .Deus da vida, mas aqui não vive . . . Contem­
pla-o pela última vez ! . . . A sua fronte está ras­
gada pelos espinhos; os olhos, fechados; os lá­
bios, mudos ; as mãos e os pés, traspassados ;
o Coração . . . oh ! aquêle Coração que tanto
amou e sofreu, já não bate ! . . . Jesus, o bom
Jesus, está morto e sepultado ! . . .
O' Jesus, adoro-vos no santo sepulcro l . . . E·is
o qur ganhastes com o vosso amor excessivo a
mim, ingratíssimo pecador ! . . . Seja sempre ben­
díta a vossa Misericórdia ( . . . Dai-me a graça
de me esconder do mu ndo e de viver no vosso
Coração dulcíssimo . . . Ali, encontrarei a paz,
a felicidade, o Paraíso.
O' Jesus, eu vos amo de todo o meu cora­
ção . . . ; arrependo-me sinceramente de vos ter
ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca
mais vos tomar a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria.
Senhor, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
V I A-SACRA 199

Oração final
O' Jesus! Seja sempre bendito o vosso Cora­
ção amabilíssimo ! O' meu Deus, quem teria sido
capaz de dar uma só gõta de sangue por
mim ! . . . E Vós o destes todo . . . até a última
gôta . . . para salvar a minha alma ! . . . Todavia,
quantas vêzes, para agradar às criaturas, vos
tenho desprezado, meu sumo Bem ! O h ! perdoai­
me pelo vosso sangue precioso ! . . . Quero para
o futuro amar-vos de todo o meu coração . . . e
cumprir fielmente a vossa santissima vontade . . .
Amparai-me sempre com a vossa graça . . . Con­
cedei-me que o meu t1ltimo alimento seja o vos­
so Corpo adorável ! que a minha última palavra
seja o vosso Nome Bendito! que o meu último
suspiro seja um suspiro de amor e de arrepen­
dimento I . . . 0' Jesus, pela desolação imensa que
ofrestes no Calvário, especialmente quando a
vossa Alma se separou do vosso Corpo divino,
tende piedade da minha alma, quando sair do
meu corpo miserável . . . Assim, depois de vos
ter seguido nas breves tribulações da vida, eu
vos seguirei na felicidade eterna do Paraíso . . .
Amém.
Novena do Menino Jesus
Começa no dia 16 de deumbro

I . Eterno Pai, eu vos ofereço para vossa hon­


ra e glória e para minha salvação os sofrimen­
tos da Santíssima Virgem e de S. José na lon­
ga e penosa jornada de Nazaré a Belém ; e a
angústia de seus corações por não acharem onde
hospedar-se, quando se aproximava o nascimen­
to do Redentor do mundo. - Glória ao Pai.
200 MA U A L DO CO � AÇAO DE JESUS

2. Eterno Pai, eu vos ofereço para vossa hon­


ra e glória e minha salvação, o presépio em
que Jesus Cristo na ceu, as palhinhas que lhe
serviram de berço, o frio que sofreu, as manti­
lhas em que foi envolvido, as lágrimas que der­
ramou e os seus ternos gemidos. Glória
-

ao Pai.
3. Eterno Pai, eu vos ofereço para vossa hon­
ra e glória e para minha salvação a humilda­
de, mortificação, paciência, caridade e tõdas as
virtudes de Jesus Menino, e vos agradeço, amo
e bendigo constantemente por êste inefável mis­
tério da encarnação do Verbo divino. Glória
-

ao Pai.
Y. O Verbo se fêz homem ;
�. E habitou no meio de nós.

Oremos
Deus, cujo Filho Unigênito, veio ao mundo
na substância da nossa humanidade; concedei­
nos, nós vo-to suplicamos, a graça de merecer­
mos ser reformados internamente, por Aquêle
que vimos semelhante a nós na sua aparência
exterior. O qual vive e reina convosco por to-
dos o éculos dos séculos. Amém.
, ono. Je lno c da r>l•nArla no IIm Ja n v�na

* *
MODO DE REZAR O ROSARIO
Y.
Deus in adiutórium meum i nténde.
Dómine ad adiuvándum me festína.
a>.
Glória Patri et filio et Spirítui Sancto.
'f!.
Sicut erat in princípio et nunc et semper,
a>.
et in srecula sreculórum. Amen.
Oferecimento do Têrço
Divino Jesus, eu vos ofereço êste Têrço que
vou rezar, contemplando os mistérios de nossa
Redenção. Concedei-me, pela intercessão de Ma­
ria, vossa Mãe Santíssima, a quem me dirijo,
as virtudes que me são necessárias para bem
rezá-lo e a graça de ganhar as indulgências ane­
xas a esta santa devoção.
Primeiro Têrço
Segu n d as e quintas-lclras c domingos do Advento até
à Quaresma ,
M ISTeRIOS OOZOSOS

1• No primeiro mistério contemplamos como a


Virgem Maria foi saudada pelo Anjo e lhe foi
anunciado que havia de conceber e dar à luz
Cristo, nosso Redentor.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
202 IA U A L DO CORAÇAO DE JESUS

2• No segundo mistério contemplamos como a


Virgem Maria foi visitar sua prima S. Isabel
e ficou com ela três meses.
Pai-Nosso, 1 0 Ave-Marias, Glória ao Pai.
3• N o terceiro mistério contemplamos comn a
Virgem Maria deu à luz Jesus Cristo, em Be­
lém, e por não achar lugar na estalagem da
cidade, reclinou-o num presépio.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
4• No quarto mistério contemplamos como a
Virgem Maria, no dia da sua purificação, apre­
sentou seu filho no templo, onde estava o ve- .
lho Simeão que, tomando-o em seus braços,
·
louvou e deu muitas graças a Deus.
Pai-Nosso, 1 0 Ave-Marias, Glória ao Pai.
5• No quinto mistério contemplamos como a
Virgem Maria, tendo perdido o seu filho, que
sem ela · o saber, ficara em jerusalém, o en­
controu ao terceiro dia no templo, entre os
doutôres, disputando com êles.
Segundo Têrço
Ttrças e sextas-feiras e domingos da Quaresma até �
ráscoa
M ISTtRIOS DOLOROSOS

1• No primeiro mistério contemplamos como


Nosso Senhor Jesus Cristo, no hôrto, orou e
suou sangue em tanta quantidade que chegou
a correr pela terra.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
2• No segundo mistério contemplamos como
Nosso Senhor Jesus Cristo foi cruelmente açoi­
tado em casa de Pilatos.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
MODO DE R EZ A R O ROSA R I O 20:J

3• No terceiro mistério contemplamos · como


Nosso Senhor Jesus Cristo foi coroado de agu­
dos espinhos por seus algõzes.
Pai-Nosso, 1 0 Ave-Marias, Glória ao Pai.
4° No quarto mistério contemplamos como
Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo condenado à
morte, carregou com grande paciência a cruz que
lhe puseram aos ombros.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
5• No quinto mistério contemplamos como
Nosso Senhor Jesus Cristo, chegando ao monte
Calvário, foi despido e cravado na cruz, com
duros pregos, à vista de sua aflita Mãe.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.

Terceiro Têrço
Quartas-feiras, sábados e domingos da Páscoa atê o
Advento.
M ISTéRIOS GLORIOSOS

1 • No primeiro mistério contemplamos como


Nosso Senhor Jesus Cristo, triunfando da mor­
te e dos tormentos, ressuscitou ao terceiro dia,
imortal e impassível.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
2° No segundo mistério contemplamos como
Nosso Senhor Jesus Cristo, quarenta dias de­
pois de sua ressurreição1 subiu ao céu, na pre­
sença de sua Mãe Santtssima e dos Apóstolos.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
3• No terceiro mistério contemplamos como
Nosso Senhor Jesus Cristo, assentado à mão di­
reita de seu eterno Pai, enviou o Espírito San-
204 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

to sôbre os Apóstolos reunidos no cenáculo em


companhia da Virgem Maria.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
4• No quarto mistério contemplamos como
a Virgem Maria, alguns anos depois da ressur­
reição de seu Filho, passou desta vida e foi le­
vada ao céu pelo mesmo Senhor, acompanhada
de coros de anjos.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
s• No quinto mistério contemplamos como
a Virgem Maria foi coroada por seu Divino Fi­
lho no céu.
Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória ao Pai.
Agradecimento
Infinitas graças vos damos, soberana Prince­
sa, pelos beneficios que todos os dias recebemos
de vossas mãos liberais. Oi �nai-vos, agora e
para sempre, tomar-nos debatxo do vosso po­
deroso amparo e, para mais vos obrigar, vos
saudamos com uma
Salve-Rainha

* * *
Ladainha de Nossa Senhora
Kyrie, eleison. SenhoG �nde p�dade
de nós.
Christe, eleison. Jesus Cr-isto, tende pie­
dade de nós.
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade
de nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei­
nos.
Pater de crelis, Deus, Deus, Pai dos céus, ten­
miserere nobis. de piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Deus F ilho, Redentor do
Deus, mundo,
Spiritus Sancte, Deus, Deus Espírito Santo,
Sancta Trinitas, unus Santíssima Trindade,
Deus, que sois um só Deus,
Sancta Maria, ora pro Santa Maria, rogai por
nobis. nós.
Sanct� Dei Genitrix, Santa Mãe de Deus,
Sancta Virgo virgi num, Santa Virgem das vir-
gens,
Mater. Christi, Mãe de Jesus Cristo,
Mater di'vina! gratire, Mãe da divina graça,
Mater puríssima, Mãe puríssima,
206 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

Mater castíssima, Mãe C;lstíssima,


Mater inviolata, Mãe imaculada,
Mater intemerata, Mãe intacta,
Mater amabilis, Mãe amável,
Mater admirabilis, Mãe admirável,
Mater boni consilii, Mãe do bom conselho,
Mater Creatoris, Mãe do Criador,
Mater Salvatoris, Mãe do Salvador,
Virgo prudentissima, Virgem prudentíssima,
Virgo veneranda, V irgem venerável,
Virgo prredicanda, Virgem louvável,
V irgo potens, Virgem poderosa,
Virgo clemens, Virgem benigna,
Virgo fidelis, Virgem fiel,
Speculum iustitire, Espelho de j ustiça,
Sedes sapientire, Sede da sabedoria,
Causa nostr<e lretiti.e, Causa de nossa alegria,
Vas spirituale, Vaso espiritual,
Vas honorabile, Vaso honorífico,
Vas insigne devotionis, Vaso insigne de devo-
ção,
Rosa mystica, Rosa mística,
Turris Davidica, Tôrre de David,
Turris eburnea, Tôrre de marfim,
Domus aurea, Casa de ouro,
Frederis arca, Arca da aliança,
lanua creli, Porta do céu,
Stella matutina, Estrêla da manhã,
Salus infirmorum, Saúde dos enfermos,
Refugium peccatorum, Refúgio .dos pecadores,
Consolatrix afflictc:rum, Consoladora dos aflitos,
Auxilium Christiano- Auxilio dos cristãos,
rum,
Regina angelorum, Rainha dos anjos,
Regina patriarcharum, Rainha dos patriarcas,
------ � N=-
A--'--' S S"-
0:..: E--'
S.:;.
A;,...:. O R:.
N--'
H.::.A.;.;. .:_
____ 2 07

Regina prophetarum, Rainha dos profetas,


Regina apostolorum, Rainha dos apóstolos,
Regina martyrum, Rainha dos mártires,
Regina confessorum, Rainha dos confessores,
Regina virginum, ' Rainha das virgens,
Regina sanctorum om- Rain.h a de todos os
nium, santos,
Regina sine labe origi- Rainha concebida sem
nali concepta, pecado original,
Regina in c<elum as- Rainha assunta ao céu,
sumpta,
Regina sacratissimi Ro- Rainha do santo Ro­
sarii, - sário,
Regina pacis, Rainha da paz,
Agnus D ei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, par­ tirais os pecados do
ce nobis Domine. mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, exau­ tirais os pecados do
di nos Domine. mundo, ouvi-nos, Se­
nhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, mise­ tirais os pecados do
rere nobis. mu ndo, tende pieda­
de de nós.
Jf. Ora pro nobis, l'. Rogai por nós,
sancta Dei Genitrix, Santa Mãe de Deus,
R'. U t digni effi­ R'. Para que seíamos
ciamur promissionibus {!ignos das promessas
Christi. de Cristo.
Oremus Oremos
Concede nos famulos Concedei a vossos ser-
tuas, quresumus, Domi- vos, nós vo-lo pedimos,
ne Deus, perpetua men­ Senhor Deus, que goze­
tis et corporis sanitate mos sempre da saúde
gaudere et gloriosa da alma e do corpo e
beat<e Mari<e semper pela gloriosa intercessão
Virginis intercessione da bem-aventu rada Vir­
a pr<esenti liberari !ris­ gem Maria sejamos li­
titia et <eterna perfrui vres da tristeza presen­
l<etitia. Per Christum te e alcancemos a eter­
Dominum nostrum. na ale gria. Por Cristo
Nosso S enhor.
E'. Amen. E'. Amém.

l ndut��ncl� de i ano�. l'lcnirla no m� . na condi •}t. <�•


costume. rezando-se todo os di" a ladainha com vcr•lcult•
e oraçlo

Coroinha do Imaculado Coração de Maria


Yl. Deus, in adiutórium, etc.
Yl. Glória Patri, etc.
I. O' Virgem Imaculada que, sendo concebi­
da sem pecado, dedicastes todos os movimen­
tos do vosso puríssimo Coração àquele Deus,
a cuja divina vontade fôstes sempre submissa :
alcançai-me que, aborrecendo de todo o cora­
ção o pecado, aprenda de vós a viver resigna­
do à vontade do Senhor.
I Pai-Nosso e 7 Ave-Marias.
11. Admiro, ó Maria, aquela profunda humil­
dade, pela qual se perturbou o vosso bendito
Coração com o honroso anúncio que vos fêz
o Arcanjo Gabriel, de que éreis escolhida para
Mãe do Filho do A ltíssimo, cuja serva protes­
tastes ser e, confundindo-me à vista da minha
soberba, peço-vos a gra�·a de um coração con-
A NOSSA SENHORA 209

trilo e humilhado, para que, conhecendo a mi­


nha miséria, possa conseguir a glória prome­
tida aos que são verdadeiramente humildes de
coração.
I Pai-Nosso e 7 Ave-Marias.
1 1 1 . O' Santíssima Virgem, que no vosso dul­
císsimo Coração conserváveis as palavras, que
ouvieis de vosso Filho Jesus, considerando os
sublimes mistérios que encerram, pelo que não
sabieis viver senão para Deus; quanto me con­
funde a frieza do meu coração ! A h ! prezada
Mãe, alcançai-me que, meditando constantemen­
te na santa lei de Deus, me esforce por imi­
tar-vos no fervoroso exercício das virtudes
cristãs.
I Pai-Nosso e 7 Ave-Marias.
IV. O' gloriosa Rainha dos Mártires, cujo sa­
grado Coração, na Paixão do Filho, foi cruel­
mente traspassado pela espada que vos tinha
profetizado o santo velho Simeão, revesti o meu
coração de verdadeira fortaleza e de santa pa­
ciência nos sofrimentos, nas tribulações e adver­
sidades desta miserável vida, a fim de que, cru­
cificando a minha carne e as suas concupiscên­
cias, me mostre verdadeiro filho vosso.
I Pai-Nosso e 7 Ave-Marias.
V. O' Maria, mística Rosa, cujo Coração ama­
bilíssimo, abrasado nas mais vivas chamas de
caridade, nos aceitou por filhos junto da Cruz,
tor.nando-vos por êste modo nossa Mãe terníssi­
ma, ah I fazei-me experimentar a doçura do vos­
so maternal Coração e a fôrça do vosso poder
diante de Jesus Cristo, em todos os perigos da
�10 M A N U A L DO CORAÇÃO DE J ESUS

minha vida, e particularmente na terrível hora


da minha morte, para que, u nido ao vosso, o meu
coração se abrase no amor de Jesus, agora e
por todos os séculos dos séculos. Assim seja.
I Pai-Nosso e 7 Ave-Marias.
:l anos de lndulgencla ; plenária ao IIm de um mês nas
condições ordinárias.

Ato de desagravo a Nossa Senhora


para o 1• sábado do m�s

Virgem bendita, Mãe de Deus, do céu, onde


estais como Rainha, volvei benigna o vosso olhar
sôbre êste pobre pecador, vosso servo.
Bem que conheça a sua indignidade, êle, para
reparar as ofensas que vos fazem as línguas ím­
pias e blasfemas, do Intimo de seu coração, vos
bendiz e exalta como a mais pura, a mais bela,
a mais santa de tõdas as criaturas.
Bendiz o vosso santo Nome, bendiz as vossas
sublimes prerrogativas de verdadeira Mãe de
Deus, sempre Virgem, concebida sem mancha
de pecado, de co-redentora do gênero h umano.
Bendiz o eterno Pai, que vos escolheu de modo
particular como Filha ; bendiz o Verbo Encar­
nado que, revestindo-se da natureza humana no
vosso seio puríssimo, vos fêz sua Mãe ; bendiz
o Divino Espírito, que vos quis como Espôsa.
Bendiz, exalta e agradece à Trindade Santíssi­
ma, que desde tôda a eternidade vos escolheu e
vos amou com amor de predileção, a ponto de
elevar-vos à mais sublime altura sôbre tõdas as
criaturas.
A :-IOSSA SENHORA 21 1

O' Virgem santa e misericordiosa, alcançai o


arrependimento para aquêles que vos ofendem,
e aceitai êste pequeno obséquio do vosso ser­
vo, obtendo do vosso Divino Filho, também para
êle, o perdão de seus pecados. Assim seja.
500 dias de Indulgência ; plenária no I • sábado nas con·
dições do costume.

Consagração do mundo
ao Coração Imaculado de Maria
composta pelo Santo Padre Pio X I I

Rainha d o SS. Rosário, auxílio dos cristãos,


refúgio do gênero humano, triunfadora de tôdas
as batalhas de Deus, nós nos prostramos su­
plicantes diante do vosso trono, certos de al­
cançar misericórdia e de receber graças e au­
xilio oportuno nas calamidades presentes, não
pelos nossos merecimentos, dos quais não pre­
sumimos, mas unicamente pela bondade imensa
do vosso Coração materno.
A vós, ao vosso Coração I maculado, nesta hora
grave da história humana, nos confiamos e con­
sagramos, não sómente com tôda a Santa I gre­
ja, Corpo místico do vosso Jesus que em tantas
partes sofre e de tantos modos é atribulada e
perseguida, mas também com o mundo inteiro
dilacerado pelas discórdias, agitado · pelo ódio,
vitima da própria iniqüidade.
Despertem a vossa compaixão tantas ruínas
materiais e morais, tantas dores, tantas angús­
tias, tantas almas torturadas, tantas em perigo
de perder-se eternamente.
Alcançai-nos, ó Mãe de misericórdia, a recon­
ciliação cristã dos povos, e antes de tudo, obten-
:! 1 0 M A N U A L D O CORAÇAO DE J ESUS

minha vida, e particularmente na terrível hora


da minha morte, para que, u nido ao vosso, o meu
coração se abrase no amor de Jesus, agora e
por todos os séculos dos séculos. Assim seja.
I Pai-Nosso e 7 Ave-Marias.
3 anos de lndulgencla ; plenArla ao IIm de um m� nas
condições ordinárias.

Ato de desagravo a Nossa Senhora


para o 1 • sábado do mes

Virgem bendita, Mãe de Deus, do céu, onde


estais como Rainha, volvei benigna o vosso olhar
sôbre êste pobre pecador, vosso servo.
Bem que conheça a sua indignidade, êle, para
reparar as ofensas que vos fazem as línguas im­
pias e blasfemas, do íntimo de seu coração, vos
bendiz e exalta como a mais pura, a mais bela,
a mais santa de tôdas as criaturas.
Bendiz o vosso santo Nome, bendiz as vossas
sublimes prerrogativas de verdaéleira Mãe de
Deus, sempre Virgem, concebida sem mancha
de pecado, de co-redentora do gênero humano.
Bendiz o eterno Pai, que vos escolheu de modo
particular como Filh a ; bendiz o Verbo Encar­
nado que, revestindo-se da natureza humana no
vosso seio puríssimo, vos fêz sua Mãe ; bendiz
o Divino Espírito, que vos quis como Espõsa.
Bendiz, exalta e agradece à Trindade Santíssi­
ma, que desde tôda a eternidade vos escolheu e
vos amou com amor de predileção, a ponto de
elevar-vos à mais sublime altura sôbre tõdas as
criaturas.
A NOSSA SENHORA 21 I

O' V irgem santa e misericordiosa, alcançai o


arrependimento para aquêles que vos ofendem,
e aceitai êste pequeno obséquio do vosso ser­
vo, obtendo do vosso Divino Filho, também para
êle, o perdão de seus pecados. Assim sej a.
500 dias de lndulg�ncla ; plenária no I • sábado nas con­
dições do costume.

Consagração do mundo
ao Coração Imaculado de Maria
composta pelo Santo Padre Pio XII

Rainha d o SS. Rosário, auxílio dos cristãos,


refúgio do gênero humano, triunfadora de tôdas
as batalhas de Deus, nós nos prostramos su­
plicantes diante do vosso trono, certos de al­
cançar misericórdia e de receber graças e au­
xilio oportuno nas calamidades presentes, não
pelos nossos merecimentos, dos quais não pre­
sumimos, mas unicamente pela bondade imensa
do vosso Coração materno.
A vós, ao vosso Coração I maculado, nesta hora
grave da história humana, nos confiamos e con­
sagramos, não sómente com tôda a Santa I gre­
ja, Corpo místico do vosso Jesus que em tantas
partes sofre e de tantos modos é atribulada e
perseguida, mas também com o mundo inteiro
dilacerado pelas discórdias, agitado · pelo ódio,
vítima da própria iniqüidade.
Despertem a vossa compaixão tantas ruínas
materiais e morais, tantas dores, tantas angús­
tias, tantas almas torturadas, tantas em perigo
de perder-se eternamente.
A lcançai-nos, ó Mãe de misericórdia, a recon­
ciliação cristã dos povos, e antes de tudo, obten-
212 M A N U A L D O CORAÇÃO DE JESUS

de-nos aquelas graças que podem num momen­


to converter os corações humanos, as graças que
preparam e asseguram esta suspirada pacificação.
Rainha da paz, rogai por nós e dai ao mun­
do a paz na verdade, na j ustiça, na carida­
de de Cristo. Dai-lhe sobretudo a paz das al­
mas, a fim de que na tranqüilidade da ordem
se dilate o reino de Deus.
Concedei a vossa proteção aos infiéis e a to­
dos os que jazem nas sombras da morte ; fazei
que raie para êles o oi da verdade e possam,
juntamente conosco, repetir, diante do único Sal­
vador do mundo: Glória a Deus no mais alto
do céus e paz na terra aos homens de boa
vontade !
Aos povos separados pelo êrro ou pela dis­
córdia, e particularmente àqueles que vos pro­
fessam singular devoção, dai-lhes a paz e re­
conduzi-os ao único redil de Cristo, sob o único
e verdadeiro Pastor.
Alcançai liberdade completa para a Santa
Igreja de Deus ; defendei-a dos seus inimigos ;
sustai o dilúvio transbordante da imoralidade;
despertai nos fiéis o amor da pureza, a ptá­
tica da vida cristã e o zêlo apostólico, a fim
de que o povo dos que servem a Deus aumen­
te em mérito e em número.
Finalmente, assim como ao Coração de vos­
so Jesus foram consagrados a Igreja e tudo o
gênero humano, para que, colocando nêle tôda
a esperança, lhes fôsse fonte inexaurivel de vi­
tória e salvação ; assim também ao vosso Co­
ração I maculado nós nos consagramos para sem­
pre, ó Mãe nossa e Rainha do mundo; para
que o vosso amor e patrocínio apressem o triun-
A NOSSA SENHORA

fo do reino de Deus, e todos os povos, pacifi­


cados com Deus e entre si, vos proclamem bem­
aventurada, e entoem convosco, de uma· a outra
extremidade da terra, o eterno Magnificat de
g lória, amor e reconhecimento ao Coração de
Jesus, no qual sômente se podem encontrar a
verdade, a vida e a paz.
J annr. dt mdul lncta , pltn�rta a •' IIm \.h.:. um lfl �f. na"'
cond•çt'lt� do co"-tumt

Oferecimento a Maria Santíssima


Dt • Luo. O o n l iJ[I

Minha Senhora, Santa Maria, eu me encomen­


do à vossa bendita fidelidade e singular patro­
CÍ!lio ; e, à vossa misericórdia, entrego hoje, cada
dia e na hora da morte, minha alma e meu
corpo, tôdas as minhas esperanças, consolações
e todos os meus trabalhos e sofrimentos, tôda a
minha vida e o fim dela, para que, por meio
de vossa santíssima intercessão e merecimen­
tos, tôdas as minhas obras se dirijam e dispo­
nham conforme a vossa vontade e a de vosso
Filho santí simo. Assim seja.
J �no· d< induiK�ncla fll(nlrio a o l i on 11< u m "'"' " " '
c�nJiç•lt� o r d i nÁ ria�.

Oração a Nossa Senhora do Sagrado Coração


de Jesus
Lembrai-vos, ó Nossa Senhora do Sagrado
Coração de Jesus, do poder sem lim ites que o
vosso divino Filho vos concedeu sõbre o seu
adorável Coração. Cheios de confiança em vos­
sos méritos, viemos implorar a vossa proteção,
ó soberana Senhora do Sagrado Coração de
214 M A NU A L D O CORAÇI\0 D E J ESUS

Jesus, cujo Coração, fonte inesgotável de tõdas


as graças, podeis abrir segundo o vosso dese­
jo, para que desçam sõbre os homens todos
os tesouros de amor e misericórdia, de luz e de
salvação que encerram em si.
Nós vos suplicamos, nos concedais a graça
que, com fervor, vos pedimos. Não podemos dei­
xar de contar convosco, porque sois a nossá
Mãe, ó Nossa Senhora do Sagrado Coração de
Jesus ; acolhei, com bondade, nossas súplicas e
di gnai-vos de ouvi-las.
D oce Coração de Maria, sêde minha sal­
vação.
500 dias de induig�ncia ; plentria no mh, nas condiçGes
ordinárias.

Lembrai-vos
Lembrai-vos, ó píissima Virgem Maria, que
nunca se ouviu dizer que algum daqueles que
têm recorrido à vossa proteção, implorado a vos­
sa assistência e reclamado o vosso socorro, fõs­
se por vós desamparado. Animado eu, pois, .com
igual confiança, a vós, Virgem entre tõdas sin­
gular, como a Mãe recorro, de vós me valho
e, gemendo sob o pêso de meus pecados, me
prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas
súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai-vos de as ouvir propícia, e de me
alcançar o que vos rogo. Amém.
3 anos de indulg!ncia. Plenária no mes.

Novena da Purificação
Começa no dia 24 de janeiro
1 . O' Maria Santlssima, puríssimo espelho de
tõdas as virtudes, vós que, sendo a mais pura
A NOSSA SENHORA 215

de tôdas as virgens, quisestes, apenas termina­


dos os quarenta dias depois do vosso parto,
apresentar-vos, segundo a lei, no templo para
ser purificada ; fazei, Senhora, que à vossa imi­
tação também nós conservemos nosso coração·
puro de tôda a culpa e mereçamos assim ser
apresentados no templo da glória.
I ndulgência para as novenas de Nossa Senhora
Os fio!is que. em qualquer tempo do ano, rezarem piedo-
amente algumas orações, em honra da Natividade, ou da
Apresentação. ou da Anunciação, ou da Visitação, ou da
Expectação do Parto. ou da Purificação, ou da A ssunçã o ,
c o m Intenção d e perseverar no mesmo obséquio durante 9
dias. seguintes. podem lucra r :
U ma lndulg�ncia de 5 anos, cada dia ;
lndulgencla plenária no I I m da novena , nas condições
ordinárias ( Preces el p. o. 326) .

Novena da Anunciação
Começa no dia 16 de março
I . O' Maria, que fôstes escolhida por Deus
entre tôdas as mulheres para serdes a Mãe do
Redentor: alcançai-me a graça de pertencer ao
número dos escolhidos, que hão de gozar no
céu dos frutos da Redenção. A ve.
2. O' Maria, que, sendo escolhida para Mãe
de Deus, preferistes a esta excelsa dignidade
a vossa virgindade, e só quando o Anj o vos
assegurou Que com ser Mãe não deixaneis de
·er Virgem anuistes à sua proposta : concedei­
me um amor tão grande à pureza, que por
nenhum bem dêste mundo eu consinta em per­
dê-la. A ve.
2 1 ti M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

3. O' Maria, que, sendo escolhida para Mãe


de Deus, vos oferecestes para ser a sua escra­
va, fazei que eu me tenha sempre na conta de
um servo de Deus, cumprindo com exatidão a
sua santa lei. A ve.
Novena de Nos.Sa Senhora do Bom Conselho
CQmc�a nu dia 11 d• �bril

O' Virgem gloriosíssima, e colhida pelo Con­


selho eterno para serdes Mãe do Verbo divino
encarnado, tesoureira das graças divinas e advo­
gada dos pecadores : eu, o mais indigno dos
vossos servos, a vós recorro,. para que vos
digneis ser minha guia e meu conselho neste
vale de lágrimas. Alcançai-me, pelo preciosíssi­
mo sangue de vosso divino Filho, o perdão dos
meus pecados, a salvação da minha alma, e os
meios necessários para a conseguir. Alcançai
para a Santa Igreja o triunfo sõbre os seus
inimigos e a dilatação do reino de Jesus Cris­
to em todo o mundo. Assim seja.
500 dias de lndulg�ncia.

Novena da Visitação
Começa no dia 23 de junho
O' Virgem Maria, que movida do Espírito
Santo vos pusestes a caminho para visitar vos­
sa prima Santa Isabel, a fim de que a presen­
ça do Verbo encarnado livrasse o Batista do
pecado original : alcançai-me do mesmo vosso
Filho o perdão de todo os meus pecados, e um
tal horror a êles, que nunca torne a cometê­
los 1)ara o futuro.
A NOSSA SENHORA �17

Novena d e Nossa Senhora d o Carmo


Com�ça no o.lla 7 o.lt julho

O' Virgem bendita, cheia de graça, Rainha


dos santos, quanto me é · suave venerar-vos sob
o titulo de Nossa Senhora do Carmo. l!. le me
reconduz aos tempos proféticos de Elias, quando
vós fOstes, sObre o Carmelo, figurada nessa
nuvenzinha que depois, dilatando-se, se derramou
numa chuva benéfica, símbolo das graças san­
tificadoras que de vós procedem. Desde os tem­
pos apostólicos fOstes vós honrada com êste
título. E agora me alegra o pensamento que
nós nos unimos a êsses vossos primeiros de­
votos e com êles vos saudamos dizendo-vos : ó
decoro do Carmelo, glória do L íbano, lírio pu­
ríssimo, rosa mística no jardim florescente da
Igreja! Entretanto, ó Virgem das virgens, lem­
brai-vos de mim, miserável, e mostrai que sois
minha Mãe. Derramai em mim empre mais
viva essa luz da fé que vos fêz bem-aventu­
rada; inflamai-me naquele amor celestial com que
amaste vosso Filho Jesus Cristo.
Estou cheio de misérias espirituais e tempo­
rais. Muitas dores do corpo e da alma me ro­
deiam de todos os lados e eu me refugio como
filho, sob a sombra de vossa proteção materna.
Vós, Mãe de Deus, que tanto podeis e valeis,
alcançai-me de Jesus bendito os dons celestes
da humildade, da castidade, da mansidão, que
foram as mais belas pérolas de vossa alma ima­
culada. Alcançai-me fôrça nas tentações e nas
tribulações que tantas vêzes me assaltam. E
quando, conforme a vontade de Deus, terminar
a jornada de minha peregrinação terrena, fa-
21� M A N U A L D O CORAÇAO DE J E US

zei que a minha alma receba, pelos méritos de


Cristo e pela vossa intercessão, a glória do pa­
raíso. Amém.

Novena da Assunção
Começa no dia 6 de agOsto

I . 0' SS. Virgem que, para vos preparardes


para uma santa morte, vivestes em contínuos
desejos da visão beatífica: fazei que se apar­
tem de nós os vãos desejos das coisas cadu­
cas da terra.
Ave-Maria.
2. O' SS. Virgem que, para vos preparardes
para uma santa morte, suspirastes na vida por
vos unirdes para sempre com vosso Filho : al­
cançai-nos que vivamos sempre fiéis ao mesmo
Senhor até à morte.
Ave-Maria.
3. O' SS. Virgem que, para morrer santa­
mente, aj untastes um imenso tesouro de méri­
tos e virtudes : alcançai-nos a graça de conhe­
cermos que só a virtude e a graça de Deus é
a estrada que pode conduzi r-nos à salvação.
Ave-Maria.

Novena de Nossa Senhora Aparecida


Começa no dia 3 de outubro
0' Virgem Maria, abençoada sois vós pelo·
Senhor Deus Altíssimo entre tôdas as mulheres
da terra. Vós sois a glória de jerusalém, vós
a alegria de Israel, vós a honra do nosso povo.
A NOSSA SENHORA 219

Salve, ó V irgem, honra de nossa terra, a


quem rendemos um culto de piedade e vene­
ração, a quem chamamos com o belo nome de
Aparecida.
Quem poderá contar, 6 doce Mãe, quantas
graças, durante tantos anos, vós dispensastes ao
povo brasileiro, compadecida de nossos mates?
Quisemos cingir vossa cabeça sagrada com
uma coroa de ouro, que vos é devida por tan­
tos títulos ; continuai a dobrar-vos benignamente
às nossas preces.
Quando erguemos ao céu nossas mãos supli­
cantes, ouvi clemente os nossos rogos, ó Vir­
gem ; conservai nossas almas afastadas da culpa
e, por fim, conduzi-nos ao céu.
Salvação, honra e poder Aquele que, uno e
trino, nos fulgores áe seu trono celeste, go­
verna e rege todo o universo. Amém.
Yl. A vossa Imaculada Conceição, 6 V irgem
Mãe de Deus,
W Anunciou a alegria ao mundo todo.

Oremos
Deus que, por i ntermédio da Mãe I maculada
de vosso Filho, multiplicastes os dons de vossa
graça em favor de nós, vossos servos: conce­
dei-nos propício que, celebrando na terra os lou­
vores da mesma Virgem, pelas suas maternas
preces mereçamos alcançar o prêmio eterno no
céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
:.!:.!U M A N U A L DO CORAÇA.O DE JESUS

Novena da Natividade
c ... meca n o dia 311 dt ago to
O' graciosíssima Menina, que em vosso feliz
nascimento consolastes o mundo, alegrastes o
Céu, aterrastes o inferno, trouxestes aos caídos
alivio, aos en fermos saúde, a todos alegr.ia : nós
vos suplicamos com o mais fervoroso afeto que
renasçais espiritualmente por vosso amor em
nossas almas. Renovai o nosso espírito para ser­
vir-vos, acendei o nosso coração para amar-vos
e fazei florescer em nós aquelas virtudes, com
que possamos cada vez mais agradar a vossos
benigníssimos olhos. A h ! Maria! Sêde para nós
Maria, fazendo-nos experimentar os salutares
efeitos do vosso suavíssimo nome. Seja-nos a
invocação dêste nome confõrto nas amarguras,
esperança nos perigos, escudo nas tentações,
salvação na morte. Assim seja.
Novena de Nossa Senhora das Dores
Começa no dia ll <lt setembro
E11 me compadeço de vós, ó Virgem do­
I.
lorosa, por aquela aflição que o vosso terno
Coração sofreu na profecia do santo velho Si­
meão. Minha querida Mãe, por vosso Coração
tão magoado, alcançai-me a virtude da humil­
dade e o dom do anto temor de Deus.
Ave-Maria.
2. Eu me compadeço de vós, ó Virgem tlo­
lorosa, por aquelas angústias que o vosso sen­
sibilíssimo Coração sofreu na fuga e perma­
nência no ERito. Minha querida Mãe, por vosso
angustiado Coração, alcançai-me a virtude da
A OS A SENHO R A 22 1

liberalidade, especialmente para com os pobres,


e o dom da piedade.
Ave-Maria.
3. Eu me compadeço de vó , ó Virgem do­
lorosa, por aquela agonia que o vosso solícito
Coração sentiu na perda do vosso jesu . Minha
querida Mãe, por vosso Coração tão vivamente
comovido, alcançai-me a virtude da castidade e
o dom da ciência.
Ave-Maria.
4. Eu me compadeço de vós, ó Vi rgem do­
lorosa, por aquela consternação que o vosso
materno Coração sentiu ao encontrardes o vos­
so Filho com a cruz às costas. Minha querida
Mãe, pelo vosso amoroso Coração de tal modo
atormentado, alcançai-me a virtude da paciência
e o dom da fortaleza.
Ave-Maria.
5. Eu me compadeço de vós, ó Virgem do­
lorosa, por aquêle martírio que o vos o genero­
so Coração padeceu ao assi tirdes Jesus agoni­
zante. Minha querida Mãe, pelo vosso Coração
a tal extremo martirizado, alcançai-me a virtu­
de da temperança e o dom do conselho.
Ave-Maria.
6. Eu me compadeço de vós, ó Virgem do­
lorosa, por aquela ferida que o vosso piedoso
Coração ofreu na lançada que rasgou o lado
do vo so Filho e abriu o seu amabilissimo Co­
ração. Minha querida Mãe, pelo vo so Cora­
ção üe tal maneira traspassado, alcançai-me a
virtude da caridade fraterna e o dom do en­
tendimento.
Ave-Maria.
222 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

7. Eu me compadeço de vós, ó Virgem do­


lorosa, por aquela amargura que o vosso Co­
ração amantíssimo sofreu na sepultura do vosso
Jesus. Minha querida Mãe, pelo vosso santo
Coração, tão aflito, alcançai-me a virtude da
diligência e o dom da sabedoria.
Ave-Maria.
J!. Rogai por nós, Virgem dolorosíssima,
Jl'. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos
I nterceda por nós ante a vossa clemência,
Senhor Jesus Cristo, agora e na hora da nos­
sa morte, a bem-aventurada Virgem Maria, vos­
sa Mãe, cuja sacratíssima alma foi traspassada
por uma espada de dor na hora da vossa pai­
xão. Por vós mesmo, Jesus Cristo, Salvador do
mundo, que viveis e remais por todos os séculos
dos séculos. Jl'. Amém.

Novena da Apresentação
Começa no d i a 12 de novembro
I. Seja bendita, 6 Maria, a prontidão de âni­
mo com que tão pequenina vos apresentastes
no templo. Suplico-vos, Virgem Santíssima, me
alcanceis de vosso Filho a graça de servi-lo
sempre, até à morte.
Ave-Maria.
2. Seja bendita, 6 Maria, a pleniiJlde de per­
feição com que tão cedo vos fizestes modêlo
completo de santidade. Suplico-vos, Virgem San-
A

tissima, me alcanceis de vosso Filho a graça de


aborrecer sempre a culpa e amar de todo o co­
ração a virtude.
Ave-Maria.
Novena da Imaculada Conceição
Começa no dia 29 de novembro
Virgem I maculada, que agradastes ao Senhor
e fôstes sua Mãe, por piedade volvei benigna
os olhos para os infelizes que imploramos o
vosso poderoso patrocínio.
A serpente maligna, contra quem foi lançada
a primeira maldição, teima em combater e ten­
tar os míseros filhos de Eva.
Eia, bendita Mãe, ·nossa Rainha e Advogada,
que desde o primeiro instante da vossa Concei­
ção esmagastes a cabeça do inimigo ! Acolhei as
súplicas que; u nidos a vós num só coração, vos
pedimos apresenteis ante o trono do A ltíssimo,
para que nunca nos deixemos cair nas embos­
cadas que se nos preparam ; para que todos che­
guemos ao pôrto da salvação ; e, no meio de
tantos perigos, a I greja e a sociedade cantem
de nôvo um hino do resgate, da vitória e da
paz. Assim seja.
500 dias de lndulg�ncla

Tota pulchra

71. Tota pulchra es 71. Tõda sois formo­


Mar ia. sa, ó Maria.
�. Et mácula origi­ �. E a mácula origi­
nál is non est in te. nal não há em vós.
224 M A N U A L DO CORAÇAO DE J ESUS

J'. Tu glória lerú­ Y:. Vós ois a glória


salem ; de jerusalém;
ll'. Tu lretitia Israel ; :!l'. Vós a alegria de
Israel ;
Yl. Tu honorificentia Y. Vós a honra do
pópuli nostri ; no so povo;
ll'. Tu advocata pec- :!l'. Vós a advogada
catórum. dos pecadores.
Yl. O Maria. Y. O' Maria.
ll'. O Maria. ll'. O' Maria.
Yl. Virgo prudentis­ Y. Vi rgem prudentís­
sima. sima.
:!l'. Mater clementís­ ll'. Mãe clementíssima.
sima.
Yl. Ora pro nobis. Yl. Rogai por nós.
:!l'. l ntercéde pro no­ "&'. lntercedei por nós
bis ad Dóminum lesum a osso Senhor Jesus
Christum. Cristo.
Yl. In Conceptióne Yl. V ó fõstes, ó Vir­
tua, Virgo immaculáta gem, imaculada em vos­
fuisti. a Conceição.
ll'. Ora pro nobis ll'. Rogai por nós ao
Palrem, cuius Filium Pai, cujo Filho destes
peperlsti. à luz.
Oremus Oremos
Deus, qui per imma­ O' Deus que pela
culátam Virginis Con­ Imaculada Conceição da
ceptiónem dignum Filio Virgem Maria preparas­
tuo habitáculum prrepa­ tes a vosso Filho digna
rásti : quresumus; ut morad a : nós vos roga­
qui, ex morte eiusdem mos que, pois a preser­
Fllii tui prrevisa, eam vaste de tõda a man­
ab omni labe pra!ser­ cha pela previsão da
vásti, nos quoque mun- morte de seu mesmo Fi-
OVENA DOS SANTOS ANJOS 225

dos eius intercessióne lho, nos concedais por


ad te pervenire concé­ sua intercessão que tam­
das. Per eúndem Chris­ bém puros cheguemos
tum Dóminum nos­ até vós. Pelo mesmo
trum. ll'. Amen. Cristo, Senhor nosso.
I:l'. Amém.
500 dias uc tntlulgl!nela.

Novena dos Santos Anjos


omeça no dia 23 de setembro

Oração de S. João Berchmans


Anjo santo de Deus querido, que por divi­
na disposição me tornastes debaixo da vossa
santa guarda desde o primeiro instante do meu
ser e nunca ce sastes de defender-me, iluminar­
me e reger-me : eu vos venero como padroeiro,
amo-vos como guarda, submeto-me à vossa di­
reção e me dou todo a vós para ser por vós
governado. Pelo amor de Jesus Cristo vos ro­
go e suplico que me não abandoneis, ainda
quando eu vos fôr ingrato, ou rebelde às vo sas
inspirações, antes benignamente me reponhais
em caminho direito, quando dêle me desviar.
I luminai-me nas minhas dúvidas, nas q uedas le­
vantai-me, fortalecei-me rtos perigo , até me
introduzirdes no céu, a gozar convosco da eter­
na felicidade.
Cada dia da novena (ern qualquer epoea) tem 5 anos
ti<lndulg�nci a , plenária no fim da novena , nas condi ·ões
ordin árias.
jaculatória. Santo Anjo do Senhor, meu
-

zeloso guardador, pois que a ti me confiou a


piedade divina, sempre me rege, guarda, gover­
na e ilumina. Amém.
:ruo dias de J nd . ; plenl\rla no n10;s e n a hOrn da morte
A S. jOSe
A novena começa n o dia I O de mnrçn

O' glorio issimo S. José, que pela vossa i li­


bada pureza merecestes ser escolhido por Deus
para espôso da mais pura das Virgens e guar­
da da sua virgindade, pelos merecimentos de
Jesus, alcançai-me o dom da santa pureza.
Pai-Nosso, Ave-Maria.
O' gloriosíssimo S. José, que pela vossa ar­
dentíssima caridade, merecestes que fôssem con­
fiados aos vossos cuidados o próprio Filho de
Deus e a sua Mãe Santíssima, pelos merecimen­
tos de Jesus, alcançai-me um verdadeiro amor' e
uma constante devoção a Jesus e a Maria.
Pai-Nosso, Ave-Maria.
O' glorioslssimo S. José, que em prêmio da
fidelidade com que cumpristes o cargo de che­
fe da Sagrada Família, tivestes a sorte de mor­
rer nos braços de Jesus e de Maria, alcançai­
me a graça de viver fiel aos deveres do meu
estado, para que mereça morrer nos doces am­
plexos de Jesus e de Maria.
Pai-Nosso, Ave-Maria.
A . jOSE' 227

Oração
No I I m do Rosário, para o mês de outubro .

A vós, S. José, recorremos em nossa tribu­


lação e (depois de ter implorado o auxílio de
vossa Santíssima E�pôsa) cheios de confiança
solicitamos ( também) o vosso patrocínio. Por
êsse laço sagrado de caridade que vos uniu à
Virgem I maculada, Mãe de Deus, e pelo amor
paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardente­
mente suplicamos que lanceis um olhar benigno
sôbre a herança que Jesus Cristo conquistou
com o seu sangue e nos socorrais em nossas
necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó guarda providente da divina Fa­
mília, a raça eleita de Jesus Cristo.
Afastai para longe de nós, ó Pai amantissi­
mo, a peste do êrro e do vício. Assisti-nos do
alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na
luta contra o poder das trevas, e assim como
outrora salvastes da morte a vi.da ameaçada do
Menino Jesus, assim também defendei agora a
Santa Igreja de Deus das ciladas de seus ini­
migos e de tôda a adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso
constante patrocínio a fim de que, a vosso exem­
plo e sustentados com o vosso auxílio, possamos
viver virtuosamente, morrer piedosamente, e obter
no céu a eterna bem-aventurança. Amém.
7 anos cada vez, rezada püblfca mcntc depois do Ros. •
no. !lurante o mês de outubro . outro tempo . 3 anos. Pie·
ruiria no rnes n a s condiçõ�s ordinárias.
�28 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

Oração pelos moribundos


Eterno Pai, pelo amor que tendes a S. Jo­
sé, e colhido por vós para ser o vosso repre­
sentante na terra, tende misericórdia de nós e
dos pobres moribundos.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Eterno Filho, pelo amor que tendes a S. Jo­
sé, vo so guarda fidelissimo, tende misericórdia
de nós e dos pobres moribundos.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Eterno Espírito Santo, pelo amor que tendes
a S. José, zelosíssimo guarda da S S . Virgem
Maria, vossa amada Espôsa, tende misericórdia
de nós e dos pobres moribundos.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
'•OU Ui Ue in<Jul �OCO uma YCl 10 d1a

Ladainha de S. José
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade
de nós.
Christe, eleison. Jesus Cristo, tende pie­
dade de nós.
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade
de nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei­
nos.
Pater de crelis Deus, Deus, Pai dos céus, ten­
miserere nobís. de piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Deus F ilho, Redentor do
Deus, mundo,
Spiritus Sancte, Deus, Deus Espírito Santo,
A S. jOSE' .
. ,

Sancta Trinitas, unus Santíssima Trindade,·


Deus, que sois um s6 Deus,
Sancta Maria, ora pro Santa Maria, rogai por
nobis. nós.
Sancte Ioseph, São José,
Proles David inclyta, De O avid ilustre des-
cendente,
Lumen Patriarcharum, Lume dos Patriarcas,
Dei Genitricis sponse, Espôso da Mãe de Deus,
Custos pudice Virginis, Casto defensor da Vir-
gem,
Fili Dei nutritie, Nutricio do Filho de
Deus,
Christi defensor sedule, Desvelado defensor de
Cristo,
Almre. Famili.:e prreses, Chefe da sagrada fa-
milia,
loseph iustissime, José j ustissimo,
Ioseph castissime, José castíssimo,
loseph prudentissime, José prudentissimo,
Ioseph fortissime, José fortíssimo,
loseph obedientissime, José obedientlssimo,
Ioseph fidelissime, José fidelíssimo,
Speculum patientire, Espelho da paciência,
Amator paupertatis, Amante da pobreza,
Exemplar opificum, Modêlo dos operários,
Domestica! vit.:e ; decus, Glória da vida domés-
tica,
Custos virginum, Guarda das virgens,
Familiarum columen, Sustentáculo das famí­
lias,
Solatium miserorum, Alívio dos infelizes,
Spes .:egrotantium, Esperança dos enfer­
mos,
:!2 MA U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

Patrone morientium, Padroeiro dos moribun­


dos,
Terror dremonum, Terror dos demônios,
Protector sanctre Eccle­ Protetor da santa
sire, Igreja,
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, parce tirais os pecados do.
nobis, Domine. mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, exau­ tirais os pecados do
di nos, Domine. mundo, ouvi-nos, Se­
nhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, mise­ tirais os pecados do
rere nobis. mundo, tende piedade
de nós.
Y. Constituit eum do­ Y. O Senhor o fêz
minum domus sure. dono de sua casa.
ll'. Et principem om­ ll'. E árbitrÓ.· de to­
nis possessionis sure. dos os seu!J. 'fiens.
Oremus Oremos
Deus, qui ineffabili Deus, que em vossa
providentia beatum Io­ inefável providência vos
seph, sanctissimre Ge- dignastes escolher ao
nitrici ture . sponsum bem-aventurado josé
eligere dignatus es, para espôso de vossa
prre ta quresumus, ut Mãe santíssima, conce­
quem protectorem ve­ dei-nos, nós vo-to pedi­
neramur in terris, in­ mos, que venerando-o
tercessorem habere me- neste mundo como pro-
A . JO E'

reamur in crelis: Qui tetor, mereçamos tê-lo


vivis et regnas in sre­ no céu eomo intercessor:
cula sreculorum. vós que viveis e reinais
nos séculos dos séculos.
�. Amen. �- Amém.
5 anos de inllulg�ncln ; plenária no mês nas condições
nrdln4 rias.

Oração para alcançar a virtude da pureza


Glorioso São José, pai e protetor das virgens,
guarda fiel a quem Deus confiou Jesus Cris­
to, a própria inocência, e Maria, a Virgem das
virgens! Eu vos peço e rogo por Jesus e Ma­
ria, êsse dúplice depósito que vos foi tão que­
rido, que me livreis de tôda a mancha, e que
com a alma incontaminada, o coração puro e o
corpo casto, sirva inocentemente a Jesus e Maria.
3 anos de indulgência ; plf!nária no mh
Para a escolha de estado
Glorioso São José, que tão dócil fôstes à voz
do Espírito Santo, alcançai-me benignamente a
graça de conhecer a que estado Deus, em sua
infinita sabedoria e bondade, me destinou. Não
permitais, São José, que me engane nesta im­
portante escolha, da qual depende tôda a mi­
nha felicidade neste mundo e talvez a minha
eterna salvação. Fazei, pois, glorioso protetor
das almas, que esclarecido a respeito da von­
tade divina e fiel em segui-la, encontre no ca­
minho que o Senhor me tem destinado com in­
finito amor, a bem-aventurança eterna. Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
232 MA ' U A L DO CORAÇI\0 DE J E S U S

São José, pai nutrício de Nosso Senhor Je­


sus Cristo e ·verdadei ro espõso da Virgem Ma-
ria, rogai por nós. .
0' S. José, modêlo e padroeiro dos devotos
do antíssimo Coração de Jesus, rogai po r nós.
Oração aos Santos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo
Santos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, eu vos
escolho hoje e sempre por meus especiais pro­
tetores e advogados. Alegro-me, em tõda a hu­
mildade não só convosco, glorioso São Pedro,
príncipe dos Apóstolos, por serdes aquela pe­
dra sõbre a qual Deus edificou a sua Igreja,
como também convosco, ó bem-aventurado · SãQ
Paulo, escolhido por Deus, vaso de eleição e pre­
gador da verdade em toêlo o un iverso. Eu vos
rogo me alcanceis viva fé, firme esperança e
perfeita caridade, um completo desprêzo do mun­
do, paciência nas adversidades, humildade na
prosperidades, atenção na oração1 pureza de co­
ração, reta intenção nas obras, diligência no cum­
primento das obrigações do meu estado, constân­
cia nos propósitos, resignação na vontade de
Deus e perseverança na graça diVina até a morte,
para que, mediante a vossa intercessão e vos­
sos gjoriosos merecimentos, eu vença as tenta­
ções do mundo, do demônio e da carne, tornan­
do-me digno de aparecer na presença c,lo u- .
premo e Eterno Pastor das almas, a fim d qu e
possa amar e gozar eternamente o mesmo Jesus
Cristo, que com o Pai e o Espírito Santo, vive
e reina por todos os séculos dos séculos.
Amém.
Pater, Ave e Gloria.
AOS SANTOS E SANTAS 233

'/l. Vós os estabelecereis como príncipes de


tõda a terra ;
!l'. �les se lembrarão do vosso nome, Senhor.

Oremos
De us, cuja destra levantou o bem-aventurado
Pedro, quando caminhava sõbre as águas para
não se submergir, e 1ivrou do pélago profundo
a Paulo, seu companheiro de: apostolado, ouvi­
nos propício e concedei-nos que pelos mereci­
IJlentos de ambos consigamos a glória da eter­
nidade. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos. Amém.
A S. Joaquim e Sant'Ana
O' beatíssimos pais de Maria, Mãe de Deus,
São Joaquim e Sant'Ana, eu vos saúdo e ben­
digo com devoção e amor, alegrando-me con­
vosco, de todo o meu coração, pela vossa gló­
ria e por aquela sublime prerrogativa, de terdes
sido escolhidos por Deus, para serdes pais da
Mãe Santíssima do divino Redentor. Eu vos ofe­
reço, para aumento de vosso gôzo e de vossa
glória, os Santíssimos Corações de Jesus e de
M aria. Rogai por mim a Jesus e a Maria, para
que eu perfeitamente lhes agrade. Tende cui­
dado de mim como de um filho. Sêde meus con­
soladores na vida e na morte, assisti-me na mi­
nha ú ltima agonia para que dignamente receba
os sacramentos da I greja e partindo dêste mun­
do, com o coração perfeitamente �ontrito e pu­
rificado, possa chegar diretamente ao céu para
convosco louvar a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
festa a 31 de julho
O' glorioso Patriarca S. Inácio, nós vos su­
plicamos humildemente que nos alcanceis de Deus
a libertação do maior dos males que é o pecado
(e também da funesta doença da peste, que é
um dos muitos flagelos com que D eus castiga
as culpas dos povos) . lnflame-�e com o vosso
exemplo o nosso coração a dedicar-nqs continua­
mente à maior glória de Deus e ao bem do nos­
so próximo ; e alcançai-nos também do amoroso
Coração de Jesus nesso Senhor a graça, que é
causa de tõdas as outras, isto é, a perseverança
final e a bem-aventurança eterna. Assim seja.
JOO dia. de lnd ; plenária no rnês nas condlçOes ordinárias.

J'. Ora pro nobis, Y. Rogai por nó�


Sancte l gnati. Santo I nácio.
�- Ut di� ni effi­ �- Para que sejamos
ciamur promtssionibus dignos das promessas de
Chri ti. Cristo.
Oremus Oremos
Deus, qui ad maio­ O' Deus, que, para
rem tui nominis glo­ propagar a maior gló­
riam propagandam, no­ ria do vosso nome, por
vo per beatum lgna- meio do bem-aventurado
AOS SANTOS E SANTAS 235

tium subsidio militan­ I nácio, fortalecestes a


tem Ecclesiam robo­ I greja militante com um
rásti : concede; ut eius nôvo refôrço : concedei­
auxilio et imitatione nos que, pelej ando na
certantes in terris, co­ terra com seu auxílio e
ronari cum ipso merea­ à sua imitação, mereça­
mur in crelis. Per mos ser coroados com
Christum Dominum no­ êle no céu. Por Cristo
strum. E'. Amen. Senhor nosso. E'. Amém.
A São Sebastião
Festa a 20 de janeiro
São Sebastião, glorioso Mártir de Jesus Cris­
to e poderoso advogado contra a peste, defen­
dei-me, à minh·a família e a todo o nosso pais
do terrível flagelo da peste e de todos os ma­
les, para que, servindo a Jesus Cristo, alcan­
cemos a graça de participar de vossa glória
no céu.
Oração a Santa Inês
Festa a 21 de Janeiro
Gloriosa Santa I nês, modêlo preclaro de vir­
tudes! Por aquela viva fé que vos animava "des­
de a mais tenra idade e que vos fêz tão agra­
dável aos olhos de Deus que merecestes a co­
roa do martírio, alcançai-nos a graça de con­
servarmos a fé católica, em tôda a sua pureza,
nos nossos corações e de nos confessarmos sin­
ceramente cristãos, não só por palavras, mas
também por obras, para que Jesus, a quem
francamente confessamos diante dos homens, dê
favorável testemunho de nós ante seu eterno Pai.
Pater, Ave, Gloria.
:.!:16 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

O' invicta mártir, gloriosa Santa I nês ! Por


aquela confiança no auxílio divino, que mos­
traste quando o ímpio governador romano pro­
nunciou contra vós a sentença de que o lírio
da vos a pureza fôsse manchado e calcado aos
pés, enquanto vós, sem terror e medo, confiá­
veis firmemente em Deus, que envia os seus
Anjos em proteção daqueles que nêle põem tôda
a sua confiança - oh ! alcançai-nos de Deus,
pela vossa intercessão, a graça de conservar
com santo zêlo !:.'!ta virtude do nosso coração,
a fim de que não nos façamos réus, além dos
muitos pecados já cometidos, da desconfiança
na divina misericórdia, pecado tão abominável
diante do Senhor.
Pater, Ave, Gloria.
O' Virgem animosa e puríssima, Santa I nês !
Por aquêle ardentíssimo amor que tanto abra­
sava o vosso coração que as chamas da foguei­
ra e da concupiscência, com que os inimigo
de Jesus Cristo procuraram entregar-vos à per­
dição, não vos ofenderam de forma alguma,
alcançai-nos de Deus a graça de que se apa­
gue em nós qualquer chama que não eja tôda
pura e que só arda em nossos corações aquêle
Fogo, que Jesus Cristo veio acender na terra,
para que, no exercício desta bela virtude, de­
pois de uma vida imaculada, possamos parti­
cipar da mesma glória, que vós merecestes pela
pureza do coração e pelo vosso martírio.
Pater, Ave, Gloria.
:lfJO dias de lnd , plen ria no m�s nas condlçlles ordinirl s

* * *
Ao Glorioso Santo Antônio
Fe�ta a IJ de junho

Deus vos salve, meu glorioso Santo Antô­


nio, sacra no do Divino Espírito Santo! Alcan­
çai-me dêle os dons e auxílios de sua graça.
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio, re­
dinatório de Deus Menino ; cqnsegui-me dêle a
inocência daquela idade.
Deus vos salve, meu glorioso Santo Antônio !
Eu vos ofereço êstes suspiros e orações, em hon­
ra e veneração de vossas heróicas virtudes e
santidade admirável, e vos peço humildemente
me alcanceis de Deus Senhor nosso, e de sua
Mãe, Maria Santíssima, com quem valeís tan­
to, uma resolução firmíssima de seguir os vos­
sos exemplos e de imitar as vossas ações, para
que, dirigindo os meus passos pelo exemplo
de vossas santas virtudes, caminhe com segu­
rança por êste vale de lágrimas à eterna fe­
licidade.
Também vos rogo me consigais do mesmo
Se nhor o remédio de tôdas as minhas necessi­
dades, assim espirituais como corporais. Por vos-
:.!38 AIA U A L 00 CORAÇAO OE JESUS

so meio espero alcançar êstes benefícios do Al­


tíssimo e fico seguro que não me faltareis com
a vossa proteção a quem confia tanto, como
eu, no vosso amparo. Com êle, vos peço me
valhais também na hora da minha morte, para
que, saindo com vitória dos combates infernais
e livre o meu espírito das prisões desta vida
mortal, vá lograr para sempre a perfeita li­
berdade dos filhos de Deus, gozando da sua
vista em vossa companhia. Am ém.
Responsório de Santo Antônio
Quem
qureris miracula, milagres quer
achar,
Mors, error, calamitas, Contra os males e o
demônio,
Dremon, lepra fugiunt, Busque · logo a Santo
Antônio,
Aegri surgunt sani. Que aí os há de en­
contrar.
Cedunt mare, vincula, Aplaca a fúria do mar,
Membra resque perdi- Tira os presos .da pri-
tas, são,
Petunt et accipiunt, Ao doente torna são,
Iuvenes et cani. E o perdido faz achar.
Pereunt pericula, E sem respeitar os anos,
Cessai et necessitas: Socorre a qualquer
idade,
Narrent hi qui sen- Abonem . esta verdade,
tiunt,
Dicant Paduani. Os- cidadãos paduanos.
Cedunt mare, etc. Aplaca, etc.
Gloria Patri, etc. Glória ao Pai, etc.
Cedunt mare, etc. Aplaca, etc.
AOS SANTOS E SA TA 239

)7• Ora pro nobis, Yl. Orai por nós, bem­


beate Antoni. aventurado Antônio.
�. U t digni effi­ �. Para que sejamos
ciamur promissionibus dignos das promessas
Christi. de Cristo.
Oremus Oração
Ecclesiam t u a m, Alegre, Senhor, a vos­
Deus, beati Antonii sa Igreja a intercessão
Confessoris tui atque votiva do vosso confes­
Doctoris commemora­ sor e doutor, o glorio­
tio votiva lretificet : ut so Santo Antônio, para
spiritualibus semper que ela se fortaleça
muniatur auxiliis et sempre com espirituais
gaudiis perfrui merea­ auxílios e mereça gozar
tur reternis. Per Chris­ os gozos eternos. Por
tum Dominum nos­ Jesus Cristo Nosso Se­
trum. Amen. nhor. Amém.
:JOO dias de lnd. , plenária no mês nas condições ordinária�

Oração a S. João Batista


Festa a 24 de junho
Cheio de reverência e admiração, glorioso
. João Batista, contemplo vossas singulares
prerrogativas, vossa sublime missão, vossa mor­
te preciosa aos olhos de Deus e vossa glória
inefável, que agora gozais no céu.
já antes de terdes nascido, fôstes santificado
pela virtude do Onipotente e, desde a infân­
cia mais tenra, levastes uma vida de inocên­
cia, longe dos tumultos e das seduções munda­
nas, tendo-vos retirado para o deserto.
Impetrai de J esus, Cordeiro imaculado de
Deus, de quem fôstes zeloso precur or, que mt:
240 M A N U A L 00 CORAÇJIO DE J ESUS

tire os pecados e me conceda a pureza do co­


ração, fazendo-me não só fugir sempre dos pe­
rigos e prazeres pecaminosos do mundo, como
também escapar i leso dos laços e ciladas que
me procurarem armar.
Vós, glorioso S. João, preparastes os cora­
ções dos homens para a vinda do Redentor:
preparai também o meu coração pelas virtudes
da caridade, da humildade, da penitência e do
anto temor de Deus, inspirando-me verdadeiro
desprêzo ao pecado, a fim de que, sem receio
e com santa confiança, possa entregar minha
alma nas mãos do Eterno juiz, Jesus Cristo.
Assim seja.
A S. Domingos
FL la � 4 ll ag() ·1o

Responso. - O' quão suave a esperança· que


destes à hora derradeira aos que vos chora­
vam, quando prometestes que aj udaríeis aos
irmãos!
Cumpri, ó Pai, o que dissestes, socorrendo- .
nos com vossas preces.
Vós que brilhastes com tantos prodígios em
favor das doenças do corpo, obtende-nos o au­
xílio de Cristo nas fraquezas espirituais. .:
"'fl. Rogai por nós, bem-aventurado ' S. Do­
mingos.
�. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos
O' Senhor, que vos dignastes i luminar a Igre­
ja com as virtudes e a sabedoria do bem-aven-
AOS SANTOS E SA TAS 241

t urado Domingos, vosso confessor, concedei pela


sua intercessão não seja ela privada dos so­
corros temporais e sempre adiante em progres­
sos espirituais. Por Jesus Cristo N osso Senhor.
Amém.
A S. Francisco Xavier
N n da Gr �d •

O' amabilíssimo e amantíssimo S. Francisco


Xavier, convosco humildeme.nte adoro a divina
majestade, pois que me regozijo e lhe dou in­
fimtos louvores pelos singularíssimos dons de
graças, que vos concedeu durante a vida, e
de glória depois da morte, e com todo o cora­
ção vos peço me alcanceis a preciosíssima gra­
ça de viver e morrer santamente. Peço-vos tam­
bém . . (pede-se a graça desejada) ; e, se isto
.

não é da maior glória de Deus e maior bem


da minha alma, alcançai-me o que a uma e a
outro fõr mais conforme. Assim sej a.
Pater, Ave e Gloria.
•no ndul�cncl nlcnart no fim d n na

• Estando no ano de 1&33 em gravlsslmo perigo de mor­


te em ápoles o Padre Marcello Mastrllll, da Companhia
de Jesus, Implorou com g rande fervor a proteção de S. Fran­
cisco Xavier. Aparece-lhe fste todo radiante de glória,
cura-o instantAneamente, prediz-i� que breve será mar­
tiriz ado pela fé, n o Japão, e promete-lhe, ao mesmo tem­
po, que todos os fl�ls que f izessem de 4 a 12 de março uma
novena em sua honra, confessando-se e comungando em
qualquer dia dela, alcançariam de Deus, por sua Interces­
são, as graças que lhe pedissem para bem de suas almas
e glória divina. O Padre Jll a str l l l l foi martirizado pela f�.
no Japão, em 17 de outubro de 1 637, e os favores alcançados
Pelos fiéis mediante esta novena foram tantos, que se lhe
deu o nome de Novena da graça.
As Indulgências sllo para qualquer �poca do a n o.
2�2 M A N U JIL DO CORAÇÃO DE J ESUS

Oração de S. Francisco Xavier pela conversão


dos infiéis
Eterno Deus, Criador de tõdas as coisas, lem­
brai-vos que as almas dos infiéis são obra das
vossas mãos e criadas � vossa imagem e seme­
lhança. Lembrai-vos que Jesus Cristo, vosso Fi­
lho, sofreu por sua salvação morte atroclssima.
Não permitais, pois, que o vosso divino Filho
seja por mais tempo desprezado dos in fiéis;
mas antes, aplacado pelas orações dos vossos
escolhidos e da Igreja, Espõsa do vosso bendi­
tíssimo Filho, recorda1-vos da vossa misericór­
dia e, esquecendo a sua idolatria e infidelida­
de, fazei que também êles conheçam finalmen­
te e amem a Jesus Cristo, Nosso Senhor, que
é a nossa salvação, vida e ressurreição, pelo
qual fomos salvos e livres, e a quem seja dada
glória por todos os séculos dos séculos. Amém.
500 dias de indulg�ncla ; plenária no m�s

T". Ora pro nobis, Yl. S. Francisco, ro­


ancte Francisce. gai por nós.
�. Ut di�ní effi­ �. Para que sejamos
ciamur prom1ssionibus di �nos das promessas de
Christi. Cnsto.
Oremus Oremos
Deus, qui l ndiárum O' Deus, que por meio
gentes beáti Francísci da pregação e milagres
prredicatióne et . mirá­ de S. Francisco vos
culis Ecclésire ture ag­ dignastes trazer ao seio
gregare voluisti: con­ da vossa Igreja os gen­
céde propltius ; ut cuius tios do Oriente, conce­
gloriósa mérita venerá- dei-nos que imitemos as
AOS SA TOS E SANTAS 2�3

mur, virtútum quoque virtudes daquele cujos


imitémur exémpla. Per gloriosos merecimentos
Christum Dóminum veneramos. Por Cristo
nostrum. Amen. Senhor nosso. Amém.
A S. Luís Gonzaga
Festa n 21 de junho

O' Luís santo, adornado de angélicos costu­


mes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos reco­
mendo singularmente a castidade da minha al­
ma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa an­
gélica pureza, que intercedais por mim ante o
Cordeiro imaculado, Cristo Jesus e sua santís­
sima Mãe, a Virgem das virgens, e me preser­
veis de todo o pecado. Não permitais que eu
seja manchado com a mínima nódoa de impu­
reza; mas, quando me virdes em tentação ou
perigo de pecar, afastai do meu coração to­
dos os pensamentos e afetos impuros e, des­
pertando em mim a · lembrança da eternidade e
de Jesus crucificado, imprimi profundamente no
meu coração o sentimento do santo temor de
Deus e inflamai-me no amor divino, para que,
imitando-vos cá na terra, mereça gozar de Deus
convosco lá no céu. Amém.
'f!. Ora pro nobis, Y. Rogai por nós,
Sancte Aloísi. S. Luís.
:&>. Ut di � ni effi- :&>. Para que sejamos
ciam ur prom1ssiónibus dignos das promessas
Christi. de Cristo.
Oremus Oremos
Creléstium donórum O' Deus, distribuidor
distribútor, Deus, qui dos dons celestes, que
244 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

in angélico iúvene, no angélico jovem Luís


Aloísio miram vitre in­ reunistes admirável ino­
nocéntiam pari cum cência de vida com igual
preniténtia sociásti : eius penitência, pelos seus
méritis et précibus con­ merecimentos e orações,
céde; ut innocéntem concedei-nos que, pois
non secúti, preniténtem na inocência o não se­
imitémur. Per Christum guimos, o imitemos na
Dóminum nostrum. penitência. Por Cristo,
ll'. Amen. Senhor nosso. ll'. Amém.
,lOO dias de l ndulg�ncla uma vez ao dl , plenária no mê
roa condlçõe ordlnllrias.

A S. João Berchmans
Festa a 13 de agO,to

I . lnocentíssimo S. João, pela singular pure­


za do vosso coração vos suplico me alcancei
a graça de imitar-vos nesta bela virtude, guar­
dando-me, para que j amais a perca, e inspi­
rando-me sumo horror às culpas que de algum
modo a podem manchar.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
2. Devotíssimo S. João, por aquêle terno afe­
to com que amastes a S. Luís Gonzaga como
irmão e a Maria Santíssima como Mãe, vos su­
plico a graça de ter também eu a S. Luís como
especial protetor e modêlo, e tão ardente de­
voção para com Maria Santíssima, que convos­
co continuamente exclame: Não descansarei até
alcançar um terno amor à Santíssima Virgem,
minha Mãe amorosíssima.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
AOS SANTOS I! SANTAS 245

3. Fervorosissimo S. João, pela vossa admi­


rável devoção ao Santíssimo Sacramento do al­
tar e a Jesus crucificado, vos suplico me alcan­
ceis tal reverência a Jesus que nunca, em lugar
algum, e principalmente na igreja, falte ao res­
peito devido ao Sacramento do seu amor, e que
eu me glorie em tôda a parte da sua cruz, de
maneira que, depois de havê-lo seguido como
fiel discípulo na terra, mereça gozá-lo convos­
co eternamente oo céu.
Pai- osso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Y. Ora pro nobis, 'f. S. João, rogai


Sancte loánnes. por nós.
a> . Ut digni eff i- a>. Para que sejamos
ciamur promissióni!Jus dignos das promessas
Christi. de Cristo.

Oremus Oremos
Concéde, quresumus, Concedei, Senhor
fámulis tuis, Dómine Deus, como vos pedi­
Deus, eius innocénti<e mos, que vossos ser­
ac fidelitátis exémpla vos imitem em vosso
in tuo servitio sectá­ serviço os exemplos de
ri : quibus angélicus iú­ inocência e fidelidade,
venis loán nes retátis com que o angélico jo­
sure florem consecrávit. vem S. João consagrou
Per Christum Dóminum a flor de sua vida. Por
nost rum. Cristo, Senhor nosso.
�- Amen. a>. Amém.

�� doas de lndulg�ncia para cada dia da novena (qual


�ucr oraçõe.) e plenária no IIm da mesma.
2�6 MA UAL DO CORAÇAO DE JESUS

A S. Francisco de Assis
Fe ta a 4 de outubro
O' glorioso patriarca S. Francisco, que no
céu contemplais as infinitas p erfeições de Deus,
supremo remunerador dos m é ritos, que com sua
graça adqui ristes aqui na terra, lançai sôbre
nós um olhar cheio de benignidade e socorrei­
nos eficazmente nas nossas necessidades espi­
rituais e temporais. Rogai ao nosso amabilíssi­
mo Criador, que nos conceda as graças de que
precisamos para amá-lo com perfeição na vida
e podermos gozá-lo na outra por tôda a eter­
nidade. Assim seja.
Yl. Ora pro nobis, Yl. Rogai por nós,
beate Francisce. S. Francisco.
.ij'. Ut di �ni effi­ �. Para que sejamos
ciamur promtssiónibus dignos das promessas
Christi. de Cristo.
Oremus Oremos
Deus, qui Ecclesiam O' Deus, que pelos
tuam beati Francisci méritos de S. Francisco
méritis, fretu novce pro- enriquecestes a vossa
lis amplificas : tríbue Igreja, dando-lhe uma
nobis, ex eius imita- nova família, concedei­
nos a graça de imitá-
tione terrena despíce- lo, desprezando os bens
re, et cceléstium dono- terrenos, e de sempre
rum semper participa- nos alegrarmos com a
tione gaudére. Per participação dos dons
Christum Dominum celestiais. Por Cristo
nostrum . .ij'. Amen.
I Nosso Senhor.
�. Amém.
AOS SA TOS E SANTAS 2�7

A S. Estan.islau Kostka
Festa a 13 de novembro
O' bem-aventurado S. Estanislau, filho predi­
leto de Maria Santíssima, dou-vos o parabém
pela nobilís ima filiação, com que ela vos ado­
tou, pondo em vossos braços o seu divino Je­
sus ! Oh ! que ventura não seria a minha, se
logras e ser tão digno filho de tão extremosa
Mãe ! Dignai-vos, meu angélico protetor, ensinar­
me os meios de tornar-me cada vez menos in­
digno de tão sublime filiação e alcançai-me par­
ticularmente um inflamado e constante amor
àquela ilibadíssima pureza de corpo e alma,
que tanto vos assemelhou aos anjos, uma ter­
nissima devoção a Nossa Senhora, e um arden­
tíssimo desejo de receber em meu peito na co­
munhão o divino Jesus, que vós tendes nos bra­
ços, a fim de que, imitando na terra as vossas
virtudes, mereça lograr convosco o mesmo prê­
mio no céu.
Yl. Ora pro nobis, Yl. Rogai por nós,
Sancte Stanisláe. S. Estanislau.
&'. Ut digni effi­ &'. Para que sejamos
ciamur promissiónibus dignos das promessas
Christi. de Cristo.
Oremus Oremos
Deus qui inter cétera O' Deus, que entre os
sapiéntire ture mirácula demais milagres da vos­
étiam in ténera retáte sa sabedoria também in­
matúrre sanctitátis grá- fundistes na tenra idade
tiam contulisti : da, a graça da santidade
2�8 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

quresumus; ut, beáti madura, concedei-nos


Stanislái exemplo, tem­ que, a exemplo do bem­
pus instánter operándo aventurado Estanislau,
rediméntes, in retérnam resgatando o tempo com
íngredi réquiem festi­ a prática constante de
boas obras, nos apres­
némus. Per Christum semos a entrar no eter­
Dóminum nostrum. no descanso. Por Cris­
to Nosso Senhor.
W. A men. W. Amém.

A Santa Teresinba do Menino Jesus


r " t nru

O' Santa Teresinha, branca e mimosa flor


de Jesus e de Maria, que embalsamais o Car­
melo e o mundo inteiro com vosso suave per­
fume, atraí-nos e convosco correremos em se­
guimento de Jesus, nosso Deus e único bem,
pelo caminho da renúncia, do amor e do
abandono.
Fazei-nos simples e dóceis, humildes e con­
fiantes para com nosso Pai do céu. A h I não
permitais que O ofendamos com o pecado, que
O contristemos com a desconfiança ! Assisti­
nos em todos os perigos e necessidades; so­
correi-nos em tõdas as aflições e alcançai-nos
tôdas as graças espirituais e temporais, parti­
cularmente . . .
Lembrai-vos, ó Santa Teresinha, que prome­
testes passar o vo so céu fazendo bem na ter­
ra, sem descanso, até ver completo o número
dos eleitos. A h ! cumpri em nós vossa promes­
sa : sêde nosso Anjo protetor na travessia des­
ta vida e não descanseis até que nos vejais no
AOS SANTOS E SANTAS 249

céu, cantando ao vosso lado eternamente as


ternuras do Amor Misericordioso do Coração
de Jesus. Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
. Rogai por nós, Santa Teresinha.
ll'. Para que sej amos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos
0' Deus, que abrasastes com o vosso espi­
rito de amor a alma de vossa serva, Teresi­
nha do Menino Jesus, concedei-nos por sua amá­
vel intercessão a graça de vos amar com todo
o nosso coração e de inflamar as almas nas cha­
mas do vosso santo amor. Por Jesus Cristo Nos­
so Senhor. Amém.
Ao 8. Cláudio de ta Cotombiere
f'csta a 15 de fevereiro
Oração de S. Margarida M. Alacoque
Deus eterno e todo-poderoso, que nestes úl­
timos tempos nos destes um modêlo perfeito de
tôda santidade na pessoa do bem-aventurado
P. Cláudio de la Colombiêre, vosso fiel servo
da Companhia de Jesus, suplicamo-vos, pela sua
santa e poderosa intercessão j unto ao Sagrado
Coração de Jesus que nos concedais a graça
de imitá-lo na prática das virtudes da carida­
de, simplicidade e humildade, a fim de que pos­
samos alcançar também nós a felicidade eterna :
Por Jesus Cristo que vive e reina nos séculos
dos séculos. Assim seja.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
Tridu.o a S. Margarida Maria
Festa a 17 de outubro
Primeiro Dia
I. o· grande Santa Margarida, que só ao ou­
virdeR a palavra pecado, sentíeis o coração tras­
passado de profunda dor, impetrai para mim
e para todos os pecadores grande horror ao
pecado, e a graça de não tornar ,a contristar o
amantíssimo Coração de Jesus, com as minhas
infidelidades e ingratidões.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
1 1 . O' grande Santa Margarida, que pela vos­
sa sincera humildade tanto agradastes ao dul­
císsimo Coração de Jesus, alcançai-me a ·graça
de imitar-vos e de gravar profundamente em meu
coração estas palavras do Divino Mestre: Apren­
dei de mim que sou manso e humilde de coração.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
1 1 1 . O' grande Santa Margarida, que tanto
amastes o sofrimento por amor de Jesus, alen7
tai a minha fraqueza, obtendo-me a graça de
sofrer, quando não com alegria, ao menos com
paciência, as tribulações e adversidades que me
afligem e as que aprouver ao Senhor enviar­
me no futuro. Assim seja.
AOS SA TOS E SANTAS 251

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.


Depois pode-se rezar a ladainha de Nossa Senhora com
o vcrslculo c oração de S. Margarida (p. 253)

Segundo Dia
I. O' grande Santa Margarida, que fõstes es­
colhida para promover a devoção ao Sagrado
Coração de Jesus, alcançai-me grande amor a
êsse Coração adorável, de sorte que possa go­
zar dos frutos de tão salutar devoção.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
1 1 . O' grande Santa Margarida, que nos dei­
xastes escrito : A devoção ao Coração de Je­
sus não consiste só na oração, mas é principal­
mente uma devoção de perfeita imitação, alcan­
çai-me a graça de imitar as virtudes dêste divi­
no Coração, e especialmente a sua doçura,
humildade. e caridade.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
1 1 1 . O' grande Sa11ta Margarida, que fôstes
vitima de obediência ao vosso celeste Espõso e
aos vossos superiores, alcançai-me a graça de
triunfar do orgulho e de obedecer docilmente a
todos os que fazem para comigo as vêzes
de Deus.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Terceiro Dia
I. O' grande Santa Margarida que pela vos­
sa fidelidade à graça de Deus c hegastes à mais
sublime e heróica santidade, compadecei-vos de
minha inconstância ; e fazei que eu compreenda
·
252 M A N U A L DO CORAÇIIO oE JESUS

que da docilidade e fidelidade depende a minha


santificação e eterna felicidade.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
1 1 . O' grande Santa Margarida, que pelas vos­
sas virtudes merecestes o privilégio de ter sem­
pre a Deus intimamente presente e de ter a vos­
sa morada no Coração de Jesus, com a vossa
intercessão alcançai-me o desapêgo de qualquer
afeto ao mundo e a mim mesmo, para que ande
sempre na presença de Deus em união com o
Coração de Jesus.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
1 1 1 . O' grande Santa Margarida, que na ora­
ção, e especialmente na adoração ao Santlssimo
Sacramento, acháveis as vossas delícias, alcan­
çai-me sólida e constante devoção a êste augus­
tí�simo mistério, de modo que êle seja a minha
consolação na vida e o meu refi1gio na hora
da morte. Assim seja.
"
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glóri a ·ao Pai.

Oração para o dia da festa


Bem-aventurada S. Margarida, honra e glória
da Ordem da Visitação de Nossa Senhora, in­
signe propagadora do culto do Sagrado Cora­
ção de Jesus, quem melhor que vós me poderá
alcançar esta devoção tão doce, tão santa e tão
salutar? Vós fõstes por Jesus declarada a discí­
pula predileta do seu SS. Coração, herdeira dêle
e de todos os seus tesouros no tempo e na eter­
nidade. Vós quisestes antes sofrer neste mundo,
propagando as suas glórias, do que ir gozá-lo
AOS SANTOS E SANTAS 253

no céu entre os serafins: e com quanto júbilo,


quando ainda vivieis, vistes venerado por tôda a
parte o Sagrado Coração de Jesus ! Se aqui na
terra fôstes tão caridosa com quem contrariava
o vosso zêlo em promover as glórias do Sa­
grado Coração a ponto de alcançar-lhe prodígios
de graça, que não !areis agora por quem vos
pede chama de amor para poder com amor
retribuir a quem tanto nos tem amado? A h !
intercedei para que cresça em nós cada vez
mais êste santo fervor, e se estenda por todo
o mundo esta devoção, para que voltem o des­
garrados ao bom caminho e reapareçam na ter­
ra dias serenos de paz. Assim seja.

Outra oração
A S. Margarida M. Alacoque
O' S. Margarida Maria, a quem o Sagrado
Cora,ção de Jesus fêz participante de seus te­
souros divino , nós vos suplicamos que nos al­
canceis dêste Coração adorável as graças de que
temos necessidade. Nós lhas pedimos com ilimi-
. tada confiança. Digne-se o Coração Divino no-las
conceder, pela vossa intercessão, a fim de que
�le seja mais uma vez glorificado e amado por
vosso meio. Assim seja.
Y. Ora pro nobis, Y. Rogai por nós,
Sancta Margarita. Santa Mnrgarida .
. �. Ut digni effi­ �. Para que sejamo!'
Ciám ur promissiónibus dignos das promes as
Chri sti. de Cristo.
254 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

Oremus Oremos
Dómine lesu Christe Senhor Jesus Crist?,
qui investigábiles diví­ que revelastes maravi­
tias Cordis tui beát<e lhosamente as insondá­
Margarita! Vírgini mi­ veis riquezas de vosso
Coração à Virgem San­
rabíliter revelásti ; da ta Margarida Maria,
nobis eius méritis et concedei-nos pelos seus
imitatióne : ut te in óm­ merecimentos e à sua
nibus, et super ómnia imitação que, amando­
diligéntes, iugem in eó­ vos em tudo e sôbre tô­
dem Corde tuo mansió­ das as coisas, mereça­
nem habére mereámur. mos ter perpétua mora­
Qui vivis et regnas in da no vosso mesmo Co­
ração : Que viveis e rei­
s <e c u I a s<eculórum. nais pelos séculos dos
A men. séculos. Amém.
300 dias tle Indulgência, uma vez � o dia ; plenária n o mcs
nas condições ordinárias.

* * *
PREPARAÇAO PARA A MORTE
Preparemo-nos para a morte, vivendo sempre
na amizade de Deus, pedindo todos os dias
a graça da boa morte e pensando freqüente­
mente nela. Pelo menos uma vez por mês, me­
ditemos sôbre a morte, que talvez esteja per­
to, e depois rezemos com fervor a oração
seguinte:
Jesus Cristo, Senhor nosso, Deus de bonda­
de e Pai de misericórdia, eu me apresento dian­
te de vós com o coração humilhado, contrito e
confuso, implorando a vossa misericórdia para
a minha última hora, e para o que depois dela
me espera.
Quando os meus pés imóveis me advertirem
q ue a minha peregrinação neste mundo está pró­
xima a terminar,
o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim!
. Quando as minhas mãos trêmulas e entorpe­
Cidas não puderem já sustentar vossa imagem
crucificada, e a meu pesar a deixar cair sôbre
o leito de minhas dores,
256 M A N U A L. DO CORAÇI\0 DE! JESUS

o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim!


Quando os meus olhos, já vidrados e ofusca­
dos pelo horror da morte iminente, se fixarem
em vós com um olhar lânguido e moribundo,
o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando os meus lábios frios e trêmulos pro­
nunciarem pela última vez vosso nome adorá­
vel, e o da vossa santíssima Mãe,
o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando as minhas faces pálidas e Uvidas inspi­
rarem aos circunstantes compaixão e terror, e
os meus cabelos, banhados do suor da morte,
anunciarem estar próximo o meu fim,
o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando os meus ouvidos, prestes a cerrar­
se para sempre aos discursos dos homens, e
abrirem para escutar a vossa voz e a vossa
irrevogável sentença,
O' misericordioso Jesus, tende piedade de mim I
Quando a minha imaginação, agitada por te­
nebrosos fantasmas, estiver submersa em mor­
tais tristezas e meu espírito, perturbado pelo
temor de vossa j ustiça, lutar contra o anjo das
trevas, que buscará levar-me ao desespêro,
O' misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando o meu débil coração, oprimido pelas
dores da enfermidade, exausto, estiver cheio com
os horrores da morte,
o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando eu derramar a minha última lágrima,
sinal de minha destruição, recebei-a em sacri­
fíci.o expiatório e, naquele momento,
PREPARAÇÃO PARA A MORTE 257

o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim!


Quando os meus parentes e amigos, estando
em tôrno de mim, se enternecerem ao ver meu
Lastimoso estado e por mim vos invocarem,
O' misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando as últimas ânsias do meu coração
forçarem a minha alma a sair do meu corpo,
aceitai-as como sinais de uma santa impaciên­
cia de chegar a vós, e vós,
O' misericordioso Jesus, tende piedade de mim!
Quando a minha alma, saindo do meu corpo,
o deixar pálido, frio, sem vida . e entregue à
corrupção, aceitai, Senhor, a destruição do meu
ser como homenagem que presto à vossa supre­
ma majestade, e então,
o· misericordioso Jesus, tende piedade de mim !
Quando, finalmente, a minha alma comparecer
diante de vós, não a expulseis de vossa pre­
sença, mas dignai-vos recebê-la benignamente,
para que eu possa cantar eternamente no céu
as vossas misericórdias. Assim seja.

Oração
Meu Deus, que, condenando-nos à morte, nos
. ocultastes a Hora dela, fazei que, vivendo em
justiça e santidade todos os dias da nossa vida,
mereçamos sair dêste mundo no vosso santo
amor ; pelos merecimentos de Nosso Senhor Je­
sus Cristo, que convosco vive e reina, em uni­
dade do Espírito Santo, pelos séculos dos sé­
culos. Amém.
25R M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

Modo de assistir aos agonizantes, sobretudo


se não h o uver padre

Pen•ai b•m 1 Todos os anos morrem oitenta milhões d•


homens c cada v c1 que respiramos, m ullas almas vão para
o céu ou para o Inferno. Rezemo pelos agonnan tes.

Oração a S. José pelos agonizantes O' São


-

jo é, Pai adotivo de Jesus Cristo e verdadeiro


espôso da Vir�em Maria, rogai por nós e por
todos os agontzantes dêste dia (desta noite).
Em perigo de morte chamai o padre.
Que terrível responsabilidade a de não chamar
o sacerdote ou chamá-lo tarde ! Quantas almas
perdidas I Quantas pessoas choram hoje descon­
soladas porque deixaram um ente querido mor­
rer sem sacramentos! I nfelizmente o remorso não
remedeia as desgraças. Chamai o sacerdote m es­
mo quando o doente perde de repente a fala,
ou mesmo quando parece ter expirado. Uma
pessoa, embora tenha todos os sinais da mor­
te, ainda pode ter vida durante uma hora, e
quando se trata de morte súbita, durante várias
horas. O sacerdote ainda pode dar a unção dos
enfermos.
Quando não é possível chamar o sacerdote,
deve-se excitar o agonizante à contrição perfeita.
A contrição imperfeita obtém o perdão do pe­
cado só com a absolvição do padre, enquanto
a contrição perfeita obtém o perdão imediata­
mente, antes da confissão e mesmo sem a con­
fissão, se bem que reste a obrigação de con­
fessar-se quando fôr possível. Eis a chave do
céu para quem, na hora da morte, estando em
pecado mortal, não pode confessar-se por falta
de sacerdote.
PREPARAÇÃO PARA A MORTE 259

E' bom começar pela cqnsideração do inferno,


do céu perdido, para depois elevar-se à consi­
deração da bondade de Deus.
" H ã um inferno . . . é a perda de Deus, a
maldição de Deus, o fogo eterno . . . a compa­
nhia dos demônios e dos condenados . . . Me­
reci o inferno . . . Se morresse, estaria conde­
nado. . . Deus me criou para o céu, para a
felicidade infinita e eterna. Perdi meus direitos
ao céu, troquei o céu pelo inferno . . . Aqui estã
Jesus na cruz, a cabeça coroada de espinhos, o
coração aberto por uma lança, as mãos e os
pés traspassados, o corpo todo chagado, os
olhos cheios de lágrimas e de sangue . . . e ao
pé da cruz a Virgem dolorosíssima . . . Tudo isso
foi obra dos meus pecados . . . Meu Deus, foi
assim que me amastes e foi assim que eu vos
ofendi ! Perdoai, ó Jesus, perdoai, meu Pai I Oh !
se pudesse me confessar . . . Meu Deus, estou
arrependido . . . não me abandoneis. . . perdoai­
me, Maria, minha Mãe, tende compaixão de mi­
nha alma, alcançai-me o perdão dos meus
pecados . . .
"

Aqui fazei beijar ao moribundo o crucifixo


e rezai com êle bem devagar o ato de contri­
ção, pondo-lhe nas mãos a imagem do Crucifi­
cado e fazendo que olhe para ela: "Senhor meu
Jesus Cristo, Deus, etc . : . " (p. 1 00 ) .
Ao mesmo tempo, as. pessoas da casa, paren­
tes, vizinhos, devem estar reunidôs ou no quar­
to do agonizante ou em um quarto contíguo
para rezar e pedir a graça da boa morte.
Fazei beijar freqüentemente a imagem de Je­
sus, repetindo as orações jaculatórias: "Meu Je­
sus, misericórdia . . . Jesus, Maria, José, etc . . .
"
260 M A N U A L DO CORAÇJIO DE JESUS

e lançai freqUentemente água benta sôbre o en­


fêrmo para repelir os ataques do demônio, que
são tremendos no último instante, de que de­
pende a sorte eterna.

Ofício da agonia
Logo que começa a agonia, põe-se uma vela
nas mãos do moribundo e, ajoelhados todos,
rezam-se as seguintes orações e os atos de fé,
de esperança e de caridade !
"Meu Deus, peço perdão dos meus pecados . . .
aceito vossa santa vontade . . . perdôo aos que
me têm ofendido . . . Maria, minha Mãe, S. Jo­
sé, A njo da guarda . . . Santo Padroeiro . . . todos
os anjos e santos do céu, protegei-me. Sangue
do Coração de Jesus, lavai e purificai mi­
nha alma.
Meu Jesus, misericórdia !
Sagrado Coração de Jesus, tenho confiança
em vós !
Doce Coração de Maria, sêde a minha sal­
vação!
Doce Coração de Jesus, fazei que vos ame
cada vez mais!
Maria, Mãe de �raça, Mãe de misericórdia,
defendei-me do immigo e amparai-me nesta
hora".

Ladainha dos agonizantes


Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade nós.
Santa Maria, rogai por êle (ela) .
PREPARAÇÃO PARA A MORTE 261

Santos Anjos e A rcanjos,


Santo Abel,
Côro dos justos,
Santo Abraão,
S. João Batista,
S. José,
Santos patriarcas e profetas,
S. Pedro,
S. Páulo,
Santo A ndré,
S. João,
Santos Apóstolos e Evangelistas,
Santos discípulos do Senhor,
Santos I nocentes,
Santo Estêvão,
São Lourenço,
Santos mártires,
S. Silvestre,
S. Gregório,
Santo Agostinho,
Santos pontífices e confessores,
S. Bento,
S. Francisco,
S. Camilo,
S. João de Deus,
Santos monges el eremitas,
Santa Maria Madl!lena,
·
Santa Luzia,
Santas virgens e viúvas,
Santos e santas de Deus, intercedei por êle.
Sêde-lhe propicio, perdoai-lhe, Senhor.
Sêde-lhe propício, escutai-o, Senhor.
De vossa ira, livrai-o (a) , Senhor.
Do perigo da morte,
De uma morte má,
262 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

Das penas do inferno,


De todo o mal,
Do poder do demônio,
Peio vosso nascimento,
Pela vossa cruz e paixão,
Pela vossa morte e sepultura,
Pela vossa gloriosa ressurreição,
Pela vossa admirável ascensão
Pela graça do Espírito Santo Consolador,
No dia do j uizo,
Nós, pecadores, vos pedimos - ouvi-nos, Senhor.
Que lhe perdoeis, nós vos pedimos - ouvi-
nos, Senhor.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Durante a agonia
Parte, ó alma cristã, dêste mundo, em nome
de Deus Pai onipotente, que te criou ; em nome
de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que por
ti morreu ; em nome do Espírito Santo, que sô­
bre ti se efundiu ; em nome dos Anjos e dos
Arcanjos; em nome dos Tronos e das Domina­
ções ; em nome dos Principados e das Potesta­
des ; em nome dos Querubins e dos Serafins;
em nome dos Patriarcas e dos Profetas; em no­
me dos Santos Apóstolos e Evangelistas ; em
nome dos Santos Mártires e Confessores ; em no­
me dos Santos Religiosos e Eremitas ; em nome
das Santas Virgens e de todos os Santos e San­
tas de Deus : hoje seja o teu lugar em paz e tua
morada a Santa Sião. Por Cristo Nosso Se­
nhor. Amém.
PREPARAÇAO PARA A MORTE 26:!

Deus piedoso, Deus clemente, Deus, que apa­


gais, segundo a multidão das vossas misericór­
dias, os pecados das almas penitentes, e com a
graça do perdão fazeis desaparecer as culpas
dos passados crimes, olhai propício para êste
vosso servo N . . . (ou serva N . . . ) e concedei­
lhe, benigno, o perdão de todos os seus peca­
dos, que implora com tôda a sinceridade do co­
ração. Renovai nêle, ó Pai misericordiosíssimo,
tudo o que a terrena fragilidade corrompeu, ou
diabólica fraude violou, e juntai à unidade do
corpo da Igreja êste membro também redimido.
Tende compaixão, Senhor, dos seus gemidos,
tende compaixão das suas lágrimas, e admiti ao
Sacramento da vossa reconciliação a êle, q ue só
na vossa misericórdia confia. Por Nosso S enhor
Jesus Cristo. Amém.
Recebei, Senhor, o vosso servo, em lugar que
da vossa misericórdia possa esperar a salva­
ção. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo dos pe­
rigos do inferno, dos laços das penas e de tô­
das as tribulações. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes Enoc e Elias da morte comum de to­
dos os homens. Amém.
Livra i, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes Noé do dilúvio. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes Abraão da terra de Ur dos Caldeus.
A mém .
. Liv rai, Senhor, a alma do vosso servo, como
hvrastes job de suas calamidades. Amém.
264 MA UAL DO CORAÇAO DE JESUS

Livrai, Senhor, a �lma do vosso servo, como


livrastes a lsaac do sacrificio e das mãos de
seu Pai Abraão. Amém.
L1vrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes a Lot de Sodoma e das chamas do
fogo. Amém.
Livrai, Senhor, a · alma do vosso servo, como
livrastes Moisés do poder de Faraó, rei dos
egípcios. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes Daniel na cova dos leões. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes os três jovens da fornalha ardente e
das mãos do inimigo. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes Susana do falso crime. Amém.
Livrai, 1 Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes David das mãos do rei Saul e das mãos
de Golias. Amém.
Livrai, Senhor, a alma do vosso servo, como
livrastes a Pedro e a Paulo das -prisões. Amém.
E assim como livrastes a vossa bem-aventu­
rada virgem e mártir Santa Tecla de três atro­
cissimos tormentos, assim vos digneis livrar a
alma dêste vosso servo das penas eternas, e fa­
zê-la gozar convosco dos bens celestes. Amém.

Depois de expirar
Vinde, Santos de Deus ; acorrei, Anjos do Se­
nhor. Recebei a sua alma e apresentai-a na pre­
tença do A!tlssimo.
Yl. Receba-te Çristo, que te chamou, e os Anjos
te conduzam ao seio de Abraão.
PREPARAÇAO PARA A MORTE 26�

W. Recebendo a sua alma e conduzindo-a à


presença do Altíssimo.
· Jl. Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno, entre
os resplendores da luz perpétua.
W. Apresentando-a na presença do Altíssimo.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Pai-Nosso.
Jl. E não nos deixeis cair em tentação.
:&>. Mas livrai-nos do mal.
Jl. Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno.
Il'. Entre os resplendores da luz perpétua.
Jl. Das portas do inferno.
:&>. Livrai, Senhor, a sua alma.
Jl. Descanse em paz.
W. A mém.
Jl. Ouvi, Senhor, a minha . oração.
nr. E chegue até vós o meu clamor.

Oração ·

Nós, Senhor, vos recomendamos a alma dêste


vosso servo N . . . (ou serva N . . . ) a fim de que,
morto para o mundo, viva para vós. Purificai
com o perdão. de vossa misericordiosíssima com­
paixão os pecados, que por fragilidade da hu­
mana natureza cometeu. Por Nosso Senhor je-
1 sus Cristo. A mém.
2tifi MA UAL DO CORAÇAO DE JESUS

Oração pelos agonizantes do dia


Misericordiosíssimo Jesus, que ardeis em amor
das almas, peço-vos, pela agonia do vosso sa­
cratíssimo Coração e pelas dores da vossa Mãe
imaculada, que purifiqueis no vosso Sangue to­
dos os pecadores que estão agora em agonia e
hoje mesmo hão de morrer. Amém.
Coração agonizante de Jesus, tende piedade dos
moribundos.
300 dias de induig�ncla cada vez. e plenária cada mo!>,
tenllo-a rezado 3 vhes por dia em horas diferen te•

De profundis
Pelas almas do purgatório
Do abismo clamei por vós, Senhor • Senhor,
ouvi a minha voz.
Prestai vossos ouvidos atentos à voz da mi­
nha oração.
Se observardes as iniqüidades, Senhor • Se­
nhor, quem subsistirá?
Porque em vós está a propiciação • e por
causa da vossa lei, esperei em vós, Senhor.
Confiou a minha alma na sua palavra : • e a
minha alma esperou no Senhor.
Do romper da manhã até à noite • espere
Israel no Senhor.
Porque no Senhor está a misericórdia, • nêle
é copiosa a redenção.
E êle redimirá Israel • de tôdas as iniqüi­
dades.
Y. Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno.
TE OEUM 267

Entre os resplendores da luz perpétua.


:&'.
E as almas dos fiéis, pela misericórdia de
Y.
Deus, descansem em paz. :&'. Amém.
3 •nos de lnd ; plenArla no mh n u condlçllts ordinárias .

Ato heróico em favor das almas do Purgatório


Meu Deus, em união com os merecimentos de
Jesus e de Maria, ofereço-vos pelas almas do
P urgatório tôdas as minhas obras satisfatórias
e tôdas as que me forem aplicadas durante a
vida, na morte e depois dela.
I A o s sacerdotes, a l t a r prlvlleciado e m todos os dias do
ano .
1 1 . Aos fl�ls, lndulr;lncia p l enirla : I . tm tOdas u co­
munhlle• oferecidas p elas almu. 2. ouvindo Mi ss a na se­
cunda- feira pelo mesmo fim .
E' condlçlo par• ambas as lndulc�nclas, visitar uma
ou oratório p u b l ic o e
• c r e ia rezar petas lntenç6es do Su­
to Padrt

TE DEUM
Te Deum laudámus : te Dóminum confitémur.
Te retérnum Patrem, omnis terra venerátur.
Tibi omnes Angeli, tibi, creli, et univérsre
potestátes.
Tibi Chérubim et Séraphim incessábili voce
proclámant:
Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dóminus Deus
Sábaoth.
Pleni sunt creli et terra maiestátis glórire ture.
Te gloriósus Aposwlórum chorus.
Te prophetárum lauáábilis númerus.
Te rnártyrum candidátus lauóat exércitus.
Te per orbem terrárum, sancta confitétur Ec­
clesia.
2611 MA U A L DO CORAÇAO DE JESUS

Palrem imménsre · maiestátis.


Venerándum tuum verum, et únicum Fílium.
Sanctum quoque Paráclitum Spiritum.
Tu Rex glórire, Christe.
Tu Patris sempitérnus es Fllius.
Tu ad liberándum susceptúrus hóminem, non
horruisti Virginis uterum.
Tu devícto mortis acúleo: aperuísti credénti-
bus regna crelórum.
Tu ad déxteram Dei sedes: in glória Patris .
l udex créderis esse ventúrus.
Te ergo qucesumus, luis fámulis súbveni: quo�
pretióso Sánguine redemisti.
Aetérna fac cum Sanctis tuis : in glória
numerári.
Salvum fac pópulum tuum, Dómine: et bénedic
hrereditáti ture.
Et rege eos; et extólle illos usque in cetérnum.
Per singulos dies, benedicimus te.
Et laudámus nomen tuum in srecu lum et in
sreculum sreculi.
Dignáre, Dómine, die isto, sine peccáto nos
custodire.
Miserére nostri, Dómine : miserére nostri.
Fiat misericórdia tua, Dómine, super nos ;
quemádmodum sperávimus in te.
In te, Dómine, sperávi : non confúndar in
ceternum.
Yl. Benedictus es, Dómine, Deus patrum
nostrórum.
�- Et laudábilis, et gloriósus in srecula.
71. Benedicámus Patrem, et Fílium cum sancto
Spíritu.
�- Laudémus et superexaltémus eum in scecula.
"'f. Benedíctus es, Dómine, in firmaménto creli.
TE DI!UM 269

�. E1 laudábilis, et gloriósus, et superexal-


tátus in Sél!cula.
Yl. Bénedic, ánima mea, Dóm ino.
�. Et noli oblivísci omnes retributiónes eius.
Yl. Dómine, exaudi oratiónem meam.
�. Et clamor meus ad te véniat.
Yl. Dóminus vobíscum.
�. Et cum splritu tuo.

Oremus
Deus, cuius misericórdire non est � úmerus et

.
bonitátis infinítus est thesáurus: piíss1mre ma•es­
táti ture pro collátis donis grátias ágimus, tuam
semper cleméntiam exorántes ; ut qui peténtibus
postuláta concédis, eósdem, non déserens, ad prre­
mia futúra dispónas.
Deus, qui corda fidélium sancti Splritus il­
lustratióne docuisti : da nobis in eódem Spíritu
recta sápere et · de eius semper consolatióne
gaudére.
Deus, qui néminem in te sperántem nímium
afflígi permíttis, sed pium précibus prrestas au­
dítum i pro postulatiónibus nostris, votísque sus­
céptis �rátias ágimus, te piíssime dep recántes, ut
a cunc!ls semper muniámur advérsis. P er Christum
Dóminum nostrum.
�. Amen.

* * *
Hino do Apostolado
1 Levantai-vos, soldados de Cristo; • Eia avan-
te ! na senda da glória; • Desfraldai no pen­
dão da vitória • O imortal Coração de Jesus!
2. Não nascemos senão para a luta ; • De ba­
talha amplo campo é a terra ; • E' renhida e
constante esta guerra, • Apanágio dos filhos
de Adão !
3. No combate esforçados, valentes. • Não te­
mais, ó soldados de Cristo; • O triunfo será
nunca visto, • Se souberdes cumprir sua lei.
4. Amparai-vos no escudo da graça. • Fortaleza
circunde vossa alma; * Pela fé no Senhor, vos­
sa palma • E' segura na eterna mansão.
5. E' Jesus nosso Rei soberano ; • Seu amor de
atrair-nos não cessa, * De vencer dá-nos firme
promessa, • E prepara fiel galardão.
6. Oh I segui dêste Rei tão amante • O estan­
darte divino, glorioso; • Contra as fôrças do in­
ferno teimoso • �le só à vitória conduz.
1. De Jesus Coração sacrossanto • Guardai pura
esta santa bandeira • No combate esperança fa­
gueira ; • Do triunfo seguro penhor!
CANTOS �7 1

Sou cristão
2 Sou cristão ! . . . e de o ser me glorio ; • Sou
cristão! Jesus Cristo é meu Rei. • Creio em
Deus e só n't:.le confio : • Sou cristão e cristão
morrerei. • V iva Deus, nosso Pai, nosso Rei.
Viva, viva, viva!
2. Sou cristão, eis a minha esperança ; • Meu
brasão, minha glória é também. • Creio em
'Deus, no meu Deus que, em criança, • A ser­
vir me ensinou minha mãe.
3. O mais belo e precioso tesouro, • O con­
dão dos soldados da Cruz, • A h! não sej am
grandezas nem ouro, • Mas amar e servir
a Jesus.
4. Que me importam os ímpios gracejos? • Da
impiedade desprezo os baldões! • Que temer
dos ateus os motejos, • Não, não podem cris­
tãos corações!
5. - Odio e g uerra ao cristão e à Igreja, • Morte
a Deus !- O blasfemo jurou. • - Mas em vão
contra o céu se peleja. • Deus não morre ! -
o cristão exclamou.
6. O cristão não conhece receio ; • Dá-lhe alen­
tos a vista da cruz. • Da renhida peleja no
meio, • Lutará, vencerá com Jesus.
7. Sempre o lema das nossas bandeiras • Há
de ser : Pela Pátria e por Deus! • Não deson­
rem as nossas fileiras • Renegados, traidores
e ateus !
8. Sou cristão ! . . . eis a minha nobreza! • E se
alguém de negar a sua fé • Algum dia tiver
a fraqueza, • lmpio, sim, Brasileiro não é . . .
272 M A N U A L DO CORAÇÃO DE JESUS

9. Se'rli temor, sem respeitos humanos • De Je­


sus, professemos a lei ! • Eia, irmãos, repita­
mos ufanes, • Sou cristão e cristão morrerei !
P. Amando A . Lochu, S . J .

Queremos Deus
3 Queremos Deus ! . . . Homens ingratos,
• Ao
Pai supremo, ao Redentor, • Zombam da
Fé os insensatos; • Erguem-se em vão contra
o Senhor !
Da nossa fé, ó Virgem, • O brado aben­
çoai; • II :Queremos Deus, que é nosso Rei ,
• Queremos Deus, que é nosso Pai :ll.
2. Queremos Deus ! Um povo aflito. • O' doce
Mãe, vem repetir • Aos vossos pés, d'alma êste
grito, • Que aos pés de Deus fareis subir.
3. Queremos Deus e a sã doutrina, • Que nos
legou na sua cruz ! • Leve à escola e à ofici­
na, • A lei de Cristo - Amor e luz.
4. Queremos Deus ! Por bom exemplo, • H emos
da Igreja, as leis guardar, • E nos ministros de
seu templo, • Caráter santo respeitar.
5. 'Queremos Deus ! Não contradigam • A lei
divina as nossas leis: • Todos adorem, todos
sigam • A Jesus Cristo, Rei dos reis.
6. Queremos Deus ! A liberdade, • E' êle só
quem no-la dá: • Faz-nos escravos a impieda­
de; • Descrentes, não - não nos fará.
7. Queremos Deus ! Sempre sem míngua. • Em
cada templo, em cada lar. • De cada peito e
cada língua • Culto e louvor lhe hemos de dar.
CANTOS 273

8. Queremos Deus ! E, prontos vamos • Sua lei


santa defender; • Sempre servi-lo aqui juramos
• Queremos Deus até morrer!
P. J. S. Gomes, S . J .

A o Sagrado Coração d e Jesus


4 Coração Santo, • Tu reinarás; • O nosso en-
canto • Sempre serás.
I . Jesus amável, • Jesus piedoso, • Pai amoro­
so, • Frágua de amor ! • A teus pés venho, •
Se tu me deixas, • Sentidas queixas • H umil­
de expor.
2. Divino peito, • Que amor inflama, • Que em
viva chama • A rdendo estás, * Olha esta ter­
ra • Tão desolada, • E abrasada • Logo
a verás.
3. Estende, pois, * Teu suave fogo, • E tudo
logo • Se inflamará ! • Mais tempo a terra •
No mal sumida • E endurecida - Não ficará.
4. Teu sacro fogo, • amor ardente, • Como con­
sente • Tão grande mal? • Ao Brasil chegue
• Tua bondade • E caridade • Rei divinal l

Glória a Jesus
(Com a música do "Queremos Deus")
5 Glória a Jesus na hóstia santa, • Que se
consagra sôbre o altar; • E aos nossos olhos
se levanta • Para o Brasil abençoar.
Que o Santo Sacramento, • Que é o próprio
Cristo Jesus, • 11 :Seja adorado e seja amado
• Nesta terra de S anta Cruz : ll .
�;� M A NUAl. 00 CORAÇAO DE JESUS

2. Glória a Jesus prisioneiro • Do nosso amor,


a esperar, • Lá no sacrário o dia inteiro, •
Que o vamos todos procurar.
3. Glória a Jesus, Deus escondido • Que vindo
a nós na comunhão, • Purificado, enriquecido,
• Deixa-nos sempre o coração !
-1. Glória a Jesus, que ao rico, ao pobre • Se
dá na hóstia em alimento, • E faz do humil­
de e faz do nobre • Um outro Cristo em tal
momento!
Cantemos ao amor dos amôres
6 Cantemos ao amor dos amôres, • Cantemos
ao Senhor I • Deus está aqui ! • Oh! vinde
adoradores • Adoremos a Cristo Redentor.
Glória a Cristo Jesus ! • Céus e terra, ben·
dlzei ao Senhor! • Louvor e glória a ti, ó
Rei da Glória ! • Amor p'ra sempre a ti, ó
Deus de amor!
2. Unamos nossa voz à dos cantares • Do côro
�:elestiall • Deus está aqui ! • Ao Deus dê!ltes
altares • Exaltemos com gôzo angelical !
:i. Acende em nosso ser a viva chama • Do
mais fervente amor I • Deus está aqu i ! • Está
porque nos ama • Como Pai, como amigo e
benfeitor.
Honra e glória
7 Honra e glória, louvor sempiterno • A Je­
sus, a Jesus Redentor ! • Deus de Deus,
Luz de Luz, Verbo eterno; • Cristo Rei, do uni­
verso Senhor I
CANTOS 275

Jesus, Rei, Deus verdadeiro, • O teu rei­


no venha a nós! • Obedeça o mundo intei­
ro • Ao poder de tua voz.
2. Todo o orbe homenagens Lhe renda ! • Aos
seus pés traga o mundo cristão, • De almas
livres a livre oferenda, • Corações para o seu
Coração !
Hoje, Senhor
8 Hoje, Senhor, aqui vês reunidos, • Servos
fiéis, que querem te adorar. • Somos, Se­
nhor, soldados destemidos, • Pra teu amor no
mundo· propagar.
Seja louvado • Com devoção, • 11: Por to­
dos seja amado • Jesus, teu Coração: U.
2. Na Comunhão, teu batalhão sagrado • Sem­
pre dirá : "Amor, reparação!" • Almas fiéis de seu
Jesus amado • Vêm consolar o .doce Cpraçãol
Ao Ofertório

9 Senhor, vos ofertamos • Em súplice ora-


ção, � Cálice com vinho • E na pate­
11:0
na o Pao : .
2. O Pão vai converter-se • Na carne de Je­
sus, • 11 : E o vinho será Sangue, • Que derra­
mou na cruz: ll ·
3. Senhor, vos damos tudo, • Nosso pesar e
gOzo, • 11 :Nossa alegria e dores, • Trabalhos
e repouso: l l .
4. Amigos e parentes, • Os vivos e defuntos,
• 11 : Em tOrno à vossa mesa • Estamos to-
dos juntos: l l .
276 MANUAL DO CORAÇJ\0 DE JESUS

5. A voz do sacerdote, * Que é a nossa voz,


* 11 : Vos dá a hóstia viva, * Que somos to­
dos nós :n.
A Comunhão - Salmo 22

10 Antífona: O Senhor é meu Pastor, n�da me


pode faltar.
I . O Senhor é o Pastor que me conduz, * Nada
me falta ; * E' nos prados da relva mais fresca,
• Que me faz descansar, • Para as águas tran­
qüilas me conduz • Reconforta a minha alma.
2. Ensina-me os caminhos mais seguros, • Por
amor de seu nome ; * Passarei os mais negros
abismos * Sem temer mal nenhum : • junto a
mim teu bastão, teu cajado, * eles são o meu
confôrto.
3. Preparas uma mesa para mim, * Bem à face
do inimigo ; * Teu óleo me ungiu a cabeça *
E minha taça transborda.
4. Viverei a ventura da graça, · • Cada dia da
vida ; • Minha casa é a casa do Senhor • E
para sempre o há de ser.
5. Glória · ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito,
• Desde agora e para sempre. • Ao Deus que
é, que era e que vem, • Pelos séculos. Amém.
Preparação para a Comunhão
Ato de fé
o· bom Jesus, eu creio firmemente, • Que
11 só por mim estás no santo altar, • Que dás
teu corpo e sangue juntamente, • 1 1 : Divino, do­
ce e celestial manjar: l l ·
CANTOS 277

A to de humildade
2. I ndigno sou, confesso envergonhado• De re­
ceber a santa comunhão, • Jesus verás meu na­
da, meu pecado • 1 1 :Prepara, pois, meu pobre
coração: ll .
A to de contrição
3. Pequei, Senhor, ingrato te hei vendido! •
Escuta a voz do filho pecador! • Perdão, Je­
sus, te peço arrependido • I I : És meu bom pai :
invoco o teu amor l :jj.
Ato de esperança
4. Confio em ti, 6 meu Jesus piedoso, • Ouço­
te a voz que diz: vem para mim; • Corro a teus
braços, testo, esperançoso, • 11 :Nada, Senhor, de
ti eu temo assim : l l .
Ato de amor
5. O' bom Pastor, amado e fino amante • Meu
coração se abrasa em santo amor I • Se te es­
queci prometo que constanfe • 11 : Hei de viver
buscando teu amor: l l .
A to de desejo
6. Doce maná, sacramental comida • Gôzo e
saúde a quem te come bem • Vem, sem demo­
ra, 6 Deus, e minha vida ! • I I : Desce, Jesus, des­
ce a meu peito, vem I : 11 .
Ação de graças depois da Comunhão
A to de fé
12 Creio Jesus, com fé, que na verdade •
Vos recebi na santa comunhão, • Que em
corpo, sangue, alma e divindade • 1 1 : 0' Cristo,
sim, estais no meu coração : ! l .
278 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

A to de agradecimento
2. Grato vos sou, Senhor, por tal ventura ! •
O' anjo que guia os passos todos meus, • San�
tos do céu e vós à Virgem pura, • 11 :Agradecei
todos por mim a Deus ! : ll ·
A to de amor
3. Que o meu arrior no vosso amor se inflame i
• Dai meu Jesus, que sois o sumo bem, •
Que j á a vós sómente eu ame, • I I : Agora e pelos
séculos. Amém :ll .
Ato de oferecimento
4. Eu dou-me todo a vós, meu Salvador. • O'
meu Jesus, que vos dais todo a mim, • Dou­
vos minha alma e todo o meu amor, • II :Tudo
que tenho vosso é, sem fim : ll .

A Jesus Sacramentado
13 Eu te adoro, Hóstia divina. • Eu te adoro,
Hóstia de amor!
I. Tu dos anjos o suspiro, • Tu dos homens
glória e honor.
2. Tu dos fortes a doçura, • Tu dos fracos
o vigor.
3. Tu na vida alento e fôrça, • Tu na morte
defensor.
4. Tu na terra fiel amigo, • Tu do céu feliz
penhor.
5. Tu meu Deus, oculto e grande, • Tu dos sé­
culos o Senhor.
CANTOS 279

Jesus, nosso Pai


Jesus Cristo está realmente, • De noite e
1 4 de dia, presente no altar. • Esperando que
venham as almas • Ansiosas, ferventes, para o
visitar.
Jesus nosso Pai, • Jesus Redentor, • 11 :Te
adoramos na Eucaristiar • Jesus de Maria,
• Jesus Rei de amor ! : I·
2. O Brasil, esta terra tão bela,• Por ti aben­
çoada, foi logo ao nascer. • vai, crescendo, ô
Brasil, pátria amada, • Viver para amar-te, é
meu vive"r !
3. Brasileiros, quereis que esta terra, • Tão
grande e tão rica, seja perenal? • Comungai,
comungai todo dia, • A Eucaristia é fôrça
imortal ! . . .
Magnificat
(Canto de Nossa Senhora)
Antífona: O Senhor fêz em mim maravilhas,
15 Santo é seu nome.
I . Engrandece minha alma • ao Senhor, • Exul­
ta meu esplrito em Deus • Meu Salvador.
2. Pôs os olhos na humildade • De sua serva
• Doravante tôda a terra • Cantará os meus
louvores.
3. Seu poder fêz em mim maravilhas, • Santo
é seu nome.
4. Seu · amor se estendeu para sempre, • Sôbre
todos os que temem.
5. Demonstrou o poder de seu braço. • Disper­
sou os soberbos.
280 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

6. Abateu os poderosos • De seus tronos, •


Elevou os humildes.
7. Saciou os famintos de bens, • E esqueceu­
se dos ricos.
8. Acolheu Israel seu servidor, • Fiel a seu
amor.
9. E' a promessa que fêz a nossos pais. • Em
favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
1 0. Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Es­
pírito, • Desde agora e para sempre • Pelos
séculos. Amém.
Louvando Maria
1 6 Louvando Maria, • O povo fiel • A voz re­
petia • De São Gabriel.
Ave, Ave, Ave Maria! • Ave, Ave, Ave
Maria!
2. Um anjo descendo • Num raio de luz, *
Feliz Bernadete • A fonte conduz.
3. A brisa que passa • Aviso lhe dá • Que
a hora da graça • Bem cedo virá.
4. Feliz Bernadete • No enlêvo de amor • A
Virgem repete • Seu casto louvor.
Hino à Padroeira do Brasil
1 7 Graças vos damos, Senhora, • Virgem por
Deus escolhida • Para Mãe do Redentor,
• O' Senhora Aparecida.
2. Louvemos sempre a Maria, • Mãe de Deus,
autor da vida • Louvemos com alegria • A Se­
nhora Aparecida.
CA TOS 281

3. Como a rosa entre os espinhos • De graças


enriquecida, • Sempre foi pura e sem mancha •
A Senhora Aparecida.
4. Se quisermos ser felizes • Nesta e na outra
vida, • Sejamos sempre devotos • Da Senhora
Aparecida.
5. E na hora derradeira • Ao sairmos desta
vida, • I mplorai a Deus por nós, • Virgem
Mãe Aparecida !
O' Maria, wnceblda
O' Maria, concebida • Sem pecado origi­
1 8 nal, • Quero amar-vos tôda a vida • Com
ternura filial.
Vosso olhar a nós volvei, • Vossos filhos
protegei, • O' Maria! O' Maria! • Vossos
filhos protegei!
2. Sois estrêla de bonança, • Entre as trevas
a brilhar ; • Sois farol de amor e esperança •
A quem sulca o negro mar.
3. Açucena sois dos vales, • Sois das fontes o
frescor, • Sois alivio em nossos males, • Dais
prazer a qualquer dor.
4. junto a vós o lírio, a rosa • Não têm gra­
ça nem candor: • Que sois vós a mais formo­
sa • Entre as obras do Senhor.
Com minha Mãe 'starei
1 9 Com minha Mãe 'starei • Na santa gló­
ria um dia, • junto à Virgem Maria • No
céu triunfarei I
.No céu, no céu, • Com minha Mãe 'starei.
• No céu, no céu, • Com minha Mãe 'starei.
282 M A N U A L DO CORAÇAO DE JESUS

2. Com� minha Mãe 'starei * Mas já que hei


ofendidb • A meu Jesus querido, • As culpas
chorarei.
3. Com minha Mãe 'starei I • Em seu coração
terno • Em seu colo materno • Sem fim des­
cansarei.

A treze de maio
20 A treze de maio • Na cova da I ria • .
Do �éu veio à terra • A Virgem Maria.
Ave, Ave, Ave, Maria! • Ave, Ave, Ave,
Maria!
2. Foi aos pastorinhos • Que a Virgem falou •
Desde então nas almas • Nova luz brilhou.
3. Das mãos lhe pendiam • Continhas de luz
• Assim era o têrço • Da Mãe de Jesus.
4. A Virgem nos manda • Seu têrço rezar •
Assim, diz, meus filhos • Vos hei de salvar.
5. Falou da pureza • Que agrada a Jesus, •
Falou da luxúria • Que ao fogo conduz.
6. Vesti com modéstia, • Com muito pudor •
Olhai como veste • .A Mãe do Senhor.
7. A treze de outubro • Foi o seu adeus •
E a Virgem Maria • Voltou para os céus. .
8. A Virgem bendita • Cante seu louvor • Tôda
a nossa terra • Num hino de amor.

* * *
fNDICE

I. DOCUMENTOS

Cuta de aprovação . . . 9 lndulg�nciu . . . . . . . . . . 2�


Estatutos do Apostolado Nova Secção d o Aposto·
da Oração U lado da Oração 30

11. CERIMONIAL

Ccrimoni:d para recepção Cerimonial para a Con·


dos Zelad ores . . . . . . . 3� sagração das C.milias 42
Admissão dos associados 40 Diretório da.s reuniões dos
Bênção da Bandeira . . 41 Zeladores . . . . . . . . . . 49

1 1 1. DEVOCIONARIO

Exerclcios do cristio

Orações da maobã H Conrissão . ... ... ... ... 98


Meditação . . . . . . . . . . . . H Comunhão . . . . . . . . . . . . 102
Angelus . . . . . . . . . . . . . . �9 Oração de D. Leme pe·
Liturgia da missa . . . . . 62 lo Clero . . . . . . . . . . . . 113
Missa do Sagrado Cora· Exames de consciência 114
ção . . . . . . . . . . . . . . . . 8� A - Ex•me geral . . . . . 114
Outro modo de ouvir B - Exome particular 1U
missa . . . . . . . . . . . . . . . 90 Orações do noite . . . . . 1 16

Ao Santlssimo Sacramento

Oração a Jesus no Sao· Ato de Adoração e re·


tissimo Sacramento (S. paração . . . . . . . . . . . . 120
Aronso de Ligório) . . 1 1 9

Bênçio Ci o Santlsslmo

·o »luta ris . . . . . . . . . . IH Oração pe l a Pitria, pela


· Tantum orgo 124 Igrej a e pelo Sonto
urante a B�nção . . . . 12� Padre • . . . . . . . . . . . . . . 126
i s d a B�nção . . . . 1 26 Salmo 1 1 6 . . . . . . . . . . . 127
J. Sagrado CoraçAo
inha do S. Coração
Jesus . . . . . . . . . . .
Consagração de um• po·
128 róquia, Associação, etc 144
d inha do S. Corado Consagroção das crianças
de J
esus . . . . . • . . . . . . 131 d• Comunhão ou da
Ato de reporação 1 35 Cruzoda . . . . . . . . . . . . 146
Ato de desagravo para Consagração e oração
o dia da Festa . . . . . . 1 37 universal . . . . . . . . . . . H7
Jaculatóriu . . . . . . . . • • . 1 39 Novena paro • festa ou
Ato de desagravo para p:ua a l(l Sexta-feira 1-18
o Carnaval . . . • . . . . . 140 Meditação pau a nove-
Oração • Cristo-Rei . . . 141 na do S. Coroção de
Consagração para a Fes· Jesus . . . . . . . . . . . . . . . 1 )0
ta de Cristo-Rei . . . . • 142 Tdduo po r um doente I))
Primeira Consagro_çiio d e Tríduo d e agrodecimeniO I �7
S. Margarida M:uia . . 143

A Hora Santa 1 59
Outro modo para a Hora Súplica pelo Diretor . . . 179
Santa . . . . . . . . . . . . . . . 160 A Jesus Crucificado . . . 180
Oração de S. Pio X a VIa-Sacra . . . • . . . • . . . . 184
Nossa Senhora . . . . . . 1 76 Novena de Natol . . . . . 199

A Nossa Senhora
Modo de rezar o Ro· Novena da PuriCicação 214
sário .... ........... 201 Novena da Anunciação 21)
lAdainha de Nossa Se- Novena d e Nossa Senhoro
nhora .............. 20) do Bom Conselho . . 216
Coroinho do Imaculado Novena d a Visitação 216
Coração de Maria . . . 208 'Novena d e Nossa Senho·
Desaguvo a Nossa Se· ra do Cormo 217
ohora para o 1 • S:l . Noveno d • Assunção 218
bado . .............. 210 Novena d e Nosso Senho·
Consagração do mundo ra Ap•recída . . . . . . . . 218
por Pio XU . . . . . . . . 211 Noveno. da N•tividade 220
O ferecimento a M a r i a Novena de Nossa Senho·
Santíssima (de S. Luis ro das Dores 221)
Gonzoga) • . . . . . . . . . . 213 Noveno do Apresentação 222
Oração a l'!ossa Senhora Novena da lm2culada
do S. Coução . . . . . . 213 Conceição . . . . . . . . . . . 2H
lembui-Vos . . . . . . . . . . . 2 1 •1 Tota Pulchra . . . . . . . . . 2·

Aos Santos Anjos . . . 225


A S. José . . . . • • . • . . 226 Pelos moribundos . .
Para o mes de outubro 227 Ladainh• de S. )os
lndice

P>ra alcançor a pureza H I Para a •scolha de estado H .


A os outros Santos
A S. Pedro e S. Paulo . . 2 32 A S. Luís Gonuga . , . 2H
A S. Joaquim e S. Ana 233 A S. João Berchmaos . , 244
A S. Inácio de Loiola . 234 A S. Francisco de Assis . 246
A S. Seb,.tião 2 :1 5 A S. Estanislau Kostka . 247
A S. I n ê s . . . . . • . . . . . . 235 A S. Teresinh• do Meni·
A S. Antônio 237 no Jesus . . . . . . . . . . . . 248
Responsório de S. ,Antô· Ao Beato La Colombí�re 24\J
nio . . . . . . . . . . . . • . . . . 238 Tríduo a S. Margorida
A S. ·João Batisto . . • . . 239 Maria . . . . , . . . . . . . . , . 250
A S. Domingos • . . . . . . . 240 Or•ção a S. M.orgarida
/1. S. Frondsco Xavier: Maria . . . . . . . . . . . . , , 2 '5 2
Noveno da Graça . . . . 241 Outra oração a S. Mar-
Oração d e S. Francisco garida Maria 253
Xavier pelos infi�is . • 2 42
Preparação pa r n a L•dainhn dos agonizao•
mone . . . . . . . . . • . . . . 255 tos • • . . . . . • . . . . . . . . • 260
Durante • •goni• . . . . • 262
Modo de assistir os ogo· Depois de expirar . . . . . 264
nizantes . . . . . . . . . . . . 258 Onção pelos •gonizantcs
Oficio da agonia 260 do dia . . . . . . . . . . . . . 266

Pelas Almas

De profundis . . . . . . . . . . 266 Ato h•.ró.ico em f3vor das


almas . . . . . . . . . . . . . . . 267
re Deum -. . . . . . . . . . . 262
cantos ·
I. Hino do Apostolado 270 1 2 . Ação de Graças de ·
2. Sou Cristão . . . . . . • 271 pois da Comunhão . 271
3. Queremos Deus . . . . . 272 13. A Jesus Sacramenta·
4. Ao Sagrado Couçiio do . . . . . . . . . . . . . . . 278
de Jesus • . . . . . . . . . 273 14. Jesus, nosso ' P•i . . . 279
', Glória a Jesus 213 l). Magnificot 279
6. üntemos ao omor 16. Louvando Maria • • . 280
dos amôres . . . . . . . . 274 17. Hino i Padroeím do
7. Honra e GJória . . . . 274 Brasil . . . . . . . . . . . . . 280
8. Hoje, Senhor . . . . . . 275 18. o · Maria Concebídà 281
9. Ao Ofertório . . . . . . 275 19. Com minho M ã e
10. A Comunhão - Sal- 'slll reí . . . . . . : . ·. . ���t
mo· 22 . .'. . . . . . ,,; . 276 A treze de m:u;
11. Preparoção pau a
20.
U
Comunhão 276 ,,,�
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resso nas Oficinas GrHic:u. da EditOra VOZ111

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