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O Amor Sempre Confia

Você ainda confiaria em Deus?

E se tivesse que sair de sua casa, deixar sua família, ir para o outro
lado do mundo para o cumprir o chamado de Deus para sua vida? E se
estes planos fracassassem? Se, nesta situação, tudo o que lhe restasse fosse
apenas uma morte miserável? Você confiaria em Deus mesmo perdendo
tudo o que tinha na vida, inclusive a própria vida?

Em 1850, sete missionários britânicos zarparam de Liverpool em


direção à Patagônia, aqui na América do Sul. Tinham provisões para seis
meses e uma enorme expectativa sobre o trabalho a ser realizado. No
entanto, a viagem terminou em fracasso total: os nativos eram hostis, o
clima era cruel. O navio de reabastecimento demorou a chegar e todos os
nossos irmãos, um a um, morreram de fome.

Quando a equipe de busca resgatou o médico do grupo, encontrou


além de seu corpo, o seu diário. A última página escrita era um testemunho
agonizante de um homem prestes a morrer na fé imortal em Cristo.
Imagine um homem desnutrido, sofrendo de escorbuto no casco de seu
pequeno bote as seguintes palavras:

“Caso alguma coisa me impeça de acrescentar algo a isso, quero que


meus queridos lá em casa tenham certeza de que eu estava feliz na noite
em que escrevi estas linhas e de que eu não trocaria a minha situação pela
de nenhum homem. Que também tenham a certeza de que minhas
esperanças estavam transbordando de imortalidade; de que o céu e o amor
e Cristo, que são a mesma coisa divina, eram a minha alma; de que a
esperança da glória enchia meu coração de alegria e satisfação; e de que
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.

Este nosso irmão tinha convicção de que se, na vida ou na morte,


qualquer dificuldade lhe acometesse, nada iria leva-lo a abandonar sua fé.
Até o fim ele acreditou no amor de Deus, que é a mensagem de 1Co 13.7: o
amor tudo crê.

A Bíblia NVT traz a seguinte tradução: “o amor nunca perde a fé”.


Isso não significa que o amor vai acreditar em tudo, sem exceção. O amor
não é ingênuo, ao ponto de acreditar no que é impossível no sentido de ser
contra a vontade de Deus. Pelo contrário: geralmente quem não acredita
em Deus é que acaba sendo enganado por falsidade espiritual. O homem é
um ser litúrgico, isto é, ele foi criado para adorar. Se alguém não acredita
em Deus, que deve ser o alvo de nossa fé, acaba crendo em coisas que não
merecem culto. Alguns cultivam a esperança na vida eterna de modo
equivocado, confiando na reencarnação, confiando que são os astros quem
determinam o destino de nossas vidas. Há outros colocando esperança na
ciência: outro dia, li sobre a chamada preservação criogênica, que consiste
na preservação de um corpo congelado, na esperança de que um dia, com
ele sendo reaquecido, o corpo receberia vida novamente. O certo é que
todos nós colocamos fé em alguma coisa.

Então o que a Bíblia está nos ensinando ao dizer que o amor tudo crê?
Alguns comentaristas explicam a expressão no sentido de que o amor
sempre nos leva a enxergar o melhor dos outros. Ele nos ensina que, ao
invés de supor o pior das pessoas, devemos crer no melhor delas. Assim, o
amor seria o oposto do ceticismo, uma vez que ele nos leva a crer no outro.
Determinado autor assim parafraseia o texto: “o amor é um poder que tem
fé, um impulso que nos move a confiar nas pessoas”. Tal interpretação faz
muito sentido, pois os coríntios formavam uma multidão de céticos.
Sentiam dificuldade em confiar uns nos outros. A rivalidade em relação
aos vários dons havia produzido um abismo em sua confiança. Paulo diz
a esses filhos problemáticos que o amor acredita em tudo; o amor tudo crê.
Ele quer dizer que o amor está pronto para acreditar no melhor que existe
nos outros e a tolerar as circunstâncias. O amor prefere ser generoso
demais do que suspeitoso demais.

Outros estudiosos interpretam o texto de outra forma. Conforme já


falamos em outra oportunidade, a palavra gr. panta pode ser interpretada
como o substantivo “todos”, mas também como o advérbio “sempre”. Tal
interpretação evite qualquer equívoco sobre àquilo em que o amor crê ou
não crê. O versículo não sobre o objeto da fé do amor (aquilo em que
cremos), mas sobre a perseverança do amor (as circunstâncias em que
devemos continuar crendo).

Amar tem a ver com continuar crendo mesmo diante de situações de


extremo sofrimento. O amor tem este caráter duradouro; afinal, profecias,
conhecimento e línguas certamente passarão, mas o amor ainda
permanecerá. Paulo jamais abusou da grande palavra “crer”, como nós
infelizmente estamos acostumados a fazer em nosso idioma. Para ele “crer”
é contar com as promessas de Deus, os feitos de Deus, o coração de Deus.
E de igual maneira o amor “crê”, mostrando ao outro até nos casos mais
desesperados a ajuda ilimitada exterior e interior de Deus.
A perfeição deste amor só pode ser encontrada na pessoa de Jesus
Cristo. Já temos observado o seu amor em vários aspectos e hoje veremos
este amor sendo derramado no Calvário. Leiamos, portanto, Lucas 23.33-
49.

I. EXPOSIÇÃO
O condenado à crucificação era obrigado à carregar o patíbulo, que
era uma madeira de aproximadamente 50kg, amarrada sobre suas costas e
seus braços. Á frente do condenado ia um indivíduo carregando um
pedaço de madeira com o nome do réu e sua acusação. Aqui, vemos o
Salvador sendo levado à um lugar chamado Calvário ou Gólgota. Este
lugar tinha este nome pois a sua aparência era de um crânio de uma
caveira. O Senhor é então crucificado entre dois malfeitores, sendo um à
sua direita e outro à sua esquerda.

Não carece afirmarmos que as dores mortais deste ato bárbaro da


crucificação consistem em uma maneira extremamente dolorosa de
morrer. Outros homens experimentaram a crucificação no decorrer da
história, mas a morte de Jesus possuía alguns elementos exclusivos, como
o tormento espiritual que ele precisou enfrentar. Aquele que não conheceu
pecado, ele o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de
Deus (2Co 5.21).

Mas o Senhor, ao invés de murmurar, coloca-se em coração. Ele ora


pelo perdão de seus algozes. As reações aos pés da cruz são relevantes: os
soldados dividiam as suas vestes, o povo observava e outros escarneciam.
Em tom de zombaria, dirigiam suas palavras a Jesus.
Um dos ladrões que estavam sendo crucificados fez coro à multidão,
enquanto outro humildemente demonstrou arrependimento. Notem que
um daqueles homens, no último momento de sua vida, arrependeu-se e
invocou o nome do Senhor. Ele era um ladrão, um malfeitor, mas que
depositou sua fé em Cristo.
(1). Ele temeu a Deus e repreendeu o seu companheiro que não tinha
o mesmo temor;
(2). Ele reconheceu o seu pecado;
(3). Ele reconheceu a inocência de Jesus;
(4). Ele reconheceu que Jesus é o Salvador e Rei;
(5). Ele invocou o nome do Senhor e foi salvo.

A resposta de Jesus é marcante: Hoje estarás comigo no paraíso. Uma


salvação certa: o criminoso arrependido poderia ter esta convicção. Uma
salvação imediata: não existe purgatório, não existe reencarnação, é uma
salvação para hoje, para agora. Uma salvação gratuita: não por obras, não
por méritos pessoais, mas pela graça mediante a fé. Uma salvação que
garante comunhão com Jesus: Ele tem um paraíso, um céu, um lugar onde
não haverá dor.

No céu não entra pecado


Fadiga, tristeza, nem dor;
Não há coração quebrantado,
Pois todos são cheios de amor,
As nuvens da vida terrestre
Não podem a glória ofuscar
Do reino de gozo celeste,
Que Deus quis pra mim preparar!
Note que grande mudança este ladrão experimentou:
1). De manhã, o ladrão foi pregado à cruz; à noite, estava usando uma
coroa;
2). De manhã, ele era um inimigo de César; à noite, era um amigo de Deus;
3). Durante a manhã, ele foi desprezado pelos homens; à noite, estava em
companhia dos anjos;
4). De manhã, ele morreu como um criminoso na terra; à noite, viveu como
um cidadão dos céus.

Entre meio dia e 15h, houve trevas sobre toda a terra. O véu santuário
rasgou-se pelo meio e Jesus clamou em alta voz: Pai, em tuas mãos entrego
o meu espírito, e morreu.

Para alguém que se sente abandonado, é desesperadamente difícil


continuar confiando em Deus. Todos nós já passamos por situações assim:
Deus parece ausente, indiferente. Parece que, de fato, o céu está em trevas.
E quando tudo está escuro, somente pela fé é que podemos nos apegar a
Deus.

As palavras finais de Jesus foram: “Pai, em tuas mãos entrego o meu


espírito!”. Ele clama em alta voz (não é um pedido tímido, cheio de
dúvidas, mas cheio de confiança e ousadia). Jesus tinha o amor que sempre
crê. Jesus entregou àquele que julga com justiça. Mesmo sendo esmagado
pelo peso do juízo divino, Jesus ainda confiou no amor do Pai. Em que
Jesus tinha confiança?

(1). Jesus cria que Deus estava ali: Ele precisava crer nisto para orar.
Mesmo abandonado, sem sentir a presença do Pai, ele ousou orar e
interceder;
(2). Jesus cria em Deus com Pai: Ele sentiu-se distante do Pai, mas
ainda chamou-O desta forma. Ele tinha uma fé inabalável na paternidade
de Deus.
(3). Jesus cria na vida após a morte: Ele cria que Deus iria redimi-lo do
poder da sepultura;
(4). Jesus cria no amor do Pai: Ao colocar nas mãos de Deus o seu
espírito, Jesus lhe entregava o lhe era mais caro.
(5). Jesus cria que sua morte expiaria o pecado: Ao morrer, Jesus
entrega seu sacrifício ao Pai, tendo plena confiança de nossa salvação.

Este é o amor que tudo crê. Ele crê mesmo diante da morte no Deus
que sempre nos sustenta.

II. APLICAÇÃO
Como podemos aplicar em nosso cotidiano este amor de Jesus, que
crê em todas as coisas e demonstrado na cruz?

(1). Devemos ter esta consciência do quanto Deus nos ama. Deus nos
ama tanto que enviou Seu Filho para morrer na cruz por nossos pecados.
O próprio Jesus diz que o Pai nos ama da mesma forma que ama Seu
próprio Filho. O motivo mais profundo para crer é a nossa consciência de
que somos amados por Deus. Deus transforma a vida dos crentes com este
amor que Ele nos dá. Em tempos de dificuldade financeira, oremos: “Pai,
em tuas mãos entrego as minhas finanças”. Oremos também neste sentido
diante de nossas enfermidades, sobre nossa luta diária contra o pecado,
com nossas dificuldades ministeriais, nossos problemas na igreja, nossa
condição conjugal. Entreguemos a Ele nosso futuro! E quando chegarmos
no fim de nossa vida terrena, na hora de morrer, poderemos fazer a mesma
oração de Jesus: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Assim os homens
de Deus oraram no passado diante da morte: Estevão, Lutero, Melanchton,
Huss. Quando Jan Huss foi condenado á morte, foram lhes dirigidas às
seguintes palavras: “Agora entregamos sua alma ao diabo”, ao que Huss
respondeu com serenidade: “Entrego o meu espírito em tuas mãos, Senhor
Jesus Cristo, a Ti entrego o meu espírito, que redimiste”.

A maioria de nós possivelmente morrerá de um modo menos


violento, mas ao enfrentar o nosso último inimigo, precisaremos de toda a
fé que pudermos ter. Precisaremos de tal confiança para nos entregarmos
nas mãos do Cristo que nos salvou, tendo a certeza de que nossa comunhão
com Ele não será interrompida pela morte.

Confiança e amor são coisas inseparáveis, pois geralmente não


conseguimos amar em quem não confiamos; a confiança que depositamos
em alguém se baseia nos que cremos a seu respeito. Acreditamos que esta
pessoa não irá nos fazer mal, que irão cumprir suas promessas, que se
comportarão conforme determinadas expectativas. Em última instância,
ninguém é totalmente confiável, exceto Deus. Portanto, Ele é o único que
cumpre o “sempre crer” que caracteriza o verdadeiro amor.

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