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E se tivesse que sair de sua casa, deixar sua família, ir para o outro
lado do mundo para o cumprir o chamado de Deus para sua vida? E se
estes planos fracassassem? Se, nesta situação, tudo o que lhe restasse fosse
apenas uma morte miserável? Você confiaria em Deus mesmo perdendo
tudo o que tinha na vida, inclusive a própria vida?
Então o que a Bíblia está nos ensinando ao dizer que o amor tudo crê?
Alguns comentaristas explicam a expressão no sentido de que o amor
sempre nos leva a enxergar o melhor dos outros. Ele nos ensina que, ao
invés de supor o pior das pessoas, devemos crer no melhor delas. Assim, o
amor seria o oposto do ceticismo, uma vez que ele nos leva a crer no outro.
Determinado autor assim parafraseia o texto: “o amor é um poder que tem
fé, um impulso que nos move a confiar nas pessoas”. Tal interpretação faz
muito sentido, pois os coríntios formavam uma multidão de céticos.
Sentiam dificuldade em confiar uns nos outros. A rivalidade em relação
aos vários dons havia produzido um abismo em sua confiança. Paulo diz
a esses filhos problemáticos que o amor acredita em tudo; o amor tudo crê.
Ele quer dizer que o amor está pronto para acreditar no melhor que existe
nos outros e a tolerar as circunstâncias. O amor prefere ser generoso
demais do que suspeitoso demais.
I. EXPOSIÇÃO
O condenado à crucificação era obrigado à carregar o patíbulo, que
era uma madeira de aproximadamente 50kg, amarrada sobre suas costas e
seus braços. Á frente do condenado ia um indivíduo carregando um
pedaço de madeira com o nome do réu e sua acusação. Aqui, vemos o
Salvador sendo levado à um lugar chamado Calvário ou Gólgota. Este
lugar tinha este nome pois a sua aparência era de um crânio de uma
caveira. O Senhor é então crucificado entre dois malfeitores, sendo um à
sua direita e outro à sua esquerda.
Entre meio dia e 15h, houve trevas sobre toda a terra. O véu santuário
rasgou-se pelo meio e Jesus clamou em alta voz: Pai, em tuas mãos entrego
o meu espírito, e morreu.
(1). Jesus cria que Deus estava ali: Ele precisava crer nisto para orar.
Mesmo abandonado, sem sentir a presença do Pai, ele ousou orar e
interceder;
(2). Jesus cria em Deus com Pai: Ele sentiu-se distante do Pai, mas
ainda chamou-O desta forma. Ele tinha uma fé inabalável na paternidade
de Deus.
(3). Jesus cria na vida após a morte: Ele cria que Deus iria redimi-lo do
poder da sepultura;
(4). Jesus cria no amor do Pai: Ao colocar nas mãos de Deus o seu
espírito, Jesus lhe entregava o lhe era mais caro.
(5). Jesus cria que sua morte expiaria o pecado: Ao morrer, Jesus
entrega seu sacrifício ao Pai, tendo plena confiança de nossa salvação.
Este é o amor que tudo crê. Ele crê mesmo diante da morte no Deus
que sempre nos sustenta.
II. APLICAÇÃO
Como podemos aplicar em nosso cotidiano este amor de Jesus, que
crê em todas as coisas e demonstrado na cruz?
(1). Devemos ter esta consciência do quanto Deus nos ama. Deus nos
ama tanto que enviou Seu Filho para morrer na cruz por nossos pecados.
O próprio Jesus diz que o Pai nos ama da mesma forma que ama Seu
próprio Filho. O motivo mais profundo para crer é a nossa consciência de
que somos amados por Deus. Deus transforma a vida dos crentes com este
amor que Ele nos dá. Em tempos de dificuldade financeira, oremos: “Pai,
em tuas mãos entrego as minhas finanças”. Oremos também neste sentido
diante de nossas enfermidades, sobre nossa luta diária contra o pecado,
com nossas dificuldades ministeriais, nossos problemas na igreja, nossa
condição conjugal. Entreguemos a Ele nosso futuro! E quando chegarmos
no fim de nossa vida terrena, na hora de morrer, poderemos fazer a mesma
oração de Jesus: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Assim os homens
de Deus oraram no passado diante da morte: Estevão, Lutero, Melanchton,
Huss. Quando Jan Huss foi condenado á morte, foram lhes dirigidas às
seguintes palavras: “Agora entregamos sua alma ao diabo”, ao que Huss
respondeu com serenidade: “Entrego o meu espírito em tuas mãos, Senhor
Jesus Cristo, a Ti entrego o meu espírito, que redimiste”.