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ÁREA 1 – FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

PROF: ARTUR PASSOS DIAS LIMA

CURSO

DE

NIVELAMENTO
Lista de Figuras
Figura1: Gráfico do polinômio f ( x ) = −3 x 4 − 2 x 3 + 4 x 2 − x + 8 . 17
Figura2: Gráfico da função constante. 19
Figura 3: Gráfico da função identidade. 20
Figura 4: Gráfico da segunda bissetriz. 20
Figura 5: Gráfico da primeira bissetriz. 21
Figura 6: Gráfico da função do primeiro grau decrescente. 22
Figura 7: Gráfico da função do primeiro grau crescente. 24
Figura 8: Gráfico da função f ( x) = 2 x 2 − 8 x + 6. 35
Figura 9: Gráfico da função f ( x ) = x . 40

Figura 10: Gráfico da função f ( x ) = x . 40

Figura 11: Gráfico da função f ( x ) = x − 3 . 41

Figura 12: Gráfico da função exponencial crescente. 44


Figura 13: Gráfico da função exponencial decrescente. 44
Figura 14: Gráfico da função f ( x) = 2 x . 45

Figura 15: Gráfico da função f ( x) = 2 x − 4 . 46

Figura 16: Gráfico da função f ( x) = 2 x − 4 . 46

Figura 17: Gráfico da função f ( x) = 2 x − 4 − 2 . 47

Figura 18: Gráfico da função logarítmica crescente. 51


Figura 19: Gráfico da função logarítmica decrescente. 51
Figura 20: Gráfico da função y = log 0,5 ( x + 5) . 51

Figura 21: Gráfico da função y = log 0,5 ( x + 5) − 2 . 52

Figura 22: Gráfico da função y = log 0,5 ( x + 5) − 2 . 52

Figura 23: Gráfico de uma senóide. 65


Figura 24: Gráfico de uma cossenóide. 66

i
Sumário

1ª Parte

1 – Potenciação 1
2 – Radicais 2
3 – Racionalização de Denominadores 5
4 – Produtos Notáveis 6
5 – Fatoração 7
6 – Polinômios 11
7 – Recursos do Matlab 16

2ª Parte

8 – Função do 1º grau 19
9 – Função do 2º grau 30
10 – Função Modular 38
11 – Função Exponencial 44
12 – Função Logarítmica 50

3ª Parte

13 – Função Trigonométrica 60
14 – Bibliografia 83

ii
Introdução
O que seria da vida sem a matemática? Há muitos anos atrás os grandes estudiosos como
Gauss, Newton, Kepler e muitos outros, dedicaram suas vidas a formulações matemáticas e
até os dias de hoje, utilizamos suas descobertas para o crescimento da humanidade e
explicações dos fenômenos da natureza. O estudo da matemática requer muita persistência
e lógica, pois relacionar números e letras em determinados problemas como: o cálculo da
energia elétrica, a distância da terra até o sol, a formação do calendário perante a rotação
da terra, por que o celular funciona? Por que o avião fica suspenso no ar? Não é de um dia
para o outro. A leitura é um fator primordial no entendimento dos fenômenos, narrar o
acontecido, raciocinar como e por que acontece é bem mais que uma terapia. Um grande
cientista precisa de embasamento teórico e para isso, as bibliografias são indispensáveis na
sua cultura. A utilização dos nossos neurônios é pouca, pois nunca se descobre tudo e o
mundo que os nossos olhos enxergam é bastante limitado, mas mesmo assim somos
vencedores quando ligamos a imaginação à realidade. Com a invenção do computador,
muitos softwares foram lançados no mercado, facilitando ainda mais a matemática e um
deles é o Matlab. Esta extraordinária ferramenta é muito usada pelos engenheiros, a qual
utilizo em algumas simulações mostrando o entendimento das respostas dos problemas
propostos neste livro. Procuro retratar alguns assuntos da matemática do 2º grau, e sendo
coordenador do curso de nivelamento, espero facilitar o entendimento da matemática, para
que os futuros engenheiros da Faculdade Área1, concluam o curso só no intuito de
aprender, pois o aprendizado nunca se perde, ele se acumula em toda a nossa vida.
Agradeço ao professor e mestre Álvaro Fernandes pelo apóio e revisão deste módulo e
ao professor e doutor Eduard Montgomery que me incentivou a fazer este livro. Todo o
embasamento teórico deste módulo foi tirado de diversos livros que estão disponíveis na
bibliografia.

O autor

Artur Passos Dias Lima


16 de dezembro de 2005

“A verdadeira riqueza é o conhecimento e a sabedoria”


Artur Passos

iii
1ª Parte

1 - Potenciação
A potenciação é utilizada em muitos cálculos em matemática e o objetivo é estudar as seis
propriedades, para serem utilizadas nos conteúdos deste livro.

1.1 Multiplicação de mesma base

Multiplicação de mesma base conserva-se a base e somam-se os expoentes:

a n .a m = a n+ m

1.2 Divisão de mesma base

Divisão de mesma base conserva-se a base e subtraem os expoentes:

a n : a m = a n−m

1.3 As regras a seguir valem as igualdades:

a) (a.b ) = a m .a n
m

b) a n ( ) m
= a m. n
c) (A)
n m
p
= n A m. p
d) m n
A = m.n A

Exercícios de Potenciação
01) Resolva as seguintes potências

2 3 2 3 3 3
1 1 3 5 1 1 5 2 9
a)   b)   c)   . d)   + 12 e)   : f) 1 +   .
2 4 5 9 2  4  32 3 8

3 4 2 0 3 2
3 9 1 1 1 3 1 1   2 5  5
g)   : + h)   :   −   i)   +   .2 −  . + 1 : 
 5  25 10 2 4 4 2 2   5 3  2

2 3
1 1
3 2 2 4 1−     +2
1 1 1 9 1  3  3 n)   2
1 2
j)   +   + l)   . +   : m) 2
2 2 2  3 2  2 8 1 1
1+     +4
3 2

1
3 5 
2
1 1 9  2 1
2 3
 1
2
  1   1 3
o)  . + 1 p)  +  . + 1 −  : q)  4 −  : 7 2  : 1 −  +  
5 9   2 3 5  3 9  2   4   3 

2 2
 1 4 1  4
r) 1 −  . + : 1 − 
 2 3 5  5

2 - Radicais
2.1 Considerações preliminares

Como n A = B ⇔ A = B n devido à existência da operação inversa entre potenciação e


radiciação, tem-se que ( n ∈ N / n ≥ 2) , ou seja, o valor de n deve ser par.

2.2 Propriedades dos radicais

1. A raiz n-ésimas de um produto é igual ao produto das raízes da cada fator, desde
que sejam positivos.
Assim, temos:

n
A.B = n A.n B ( A, B ≥ 0)
2. A raiz n-ésima de um quociente é igual ao quociente entre as raízes n-ésimas do
dividendo e do divisor, desde que A seja positivo e B estritamente positivo.
Assim, temos:

n
A A
= n
( A ≥ 0) e (B > 0 )
B B

3. Quando o expoente do radicando é igual (ou múltiplo) ao índice da raiz, pode ser
retirado do radical, bastando para tanto dividir o expoente pelo índice da raiz,
quociente este que é novo expoente do fator retirado do radical.
Assim, temos:

n
A m.n .B = n A m.n .n B = A m .n B ( A, B ≥ 0)
4. A introdução de um fator, dentro do radical, baseia-se no caso anterior, bastando
para tanto fazermos o inverso, isto é, ao invés de dividir, devemos multiplicar o
expoente do fator considerado pelo índice da raiz, produto este que é o expoente do
fator introduzido no radical.
Assim, temos:

A m .n B = n A n.m .n B = n A m.n .B ( A, B ≥ 0)

2
5. Expoente fracionário

Consiste em:

A = d An , A ≥ 0 e n ≠ 0
d

ou seja: o denominador (d) do expoente fracionário é o índice da raiz, a base passa


a ser o radicando elevado ao numerador (n) do expoente fracionário.
Assim, temos:
2

7 3 = 3 72

2.3 Simplificação de radicais

Consiste em:

n
A m = n:k A m:k , K ≠ 0, A ≥ 0 ;

Assim, temos:

6; 2
6
54 = 5 4:2 = 3 5 2

2.4 Redução de radicais ao mesmo índice

Dados:

p
n
A; m B ; C k

MMC (n, m, p ) = m.n. p

Logo:

m .n . p m .n . p m .n . p
A m. p ; B n. p ; C k . m. n
Assim, temos:

3; 3 2 ; 4 5 3

MMC (2,3,4 ) = 12

12
36 ; 12 2 4 ; 12 5 9

3
2.5 Comparação de radicais

Baseia-se no caso anterior, isto é, depois de reduzi-los ao mesmo índice, será maior o
que contiver o maior radicando e menor o que contiver o menor radicando.

2.6 Operações com radicais


2.6.1 Adição e subtração

Opera-se separadamente para cada radical. Assim, temos os exemplos a seguir:

a) 3
3 + 3 3 = 23 3
b) 2 + 8 = 3 2
Observe que no caso do exemplo b, foi necessário fatorar o número 8 = 2 3 = 2 2.2 .

2.6.2 Multiplicação e Divisão

n
A.m B = n.m A m .n.m B n = n.m A m .B n
n
A : m B = n.m A m : n.m B n = n.m A m .B n , B ≠ 0

Em ambos os casos, só haverá solução, se os índices forem iguais. Caso contrário


reduz-se primeiramente ao mesmo índice e depois se efetua a operação indicada.
Assim, temos:

2 .3 3 = 6 2 3 .6 3 2 = 6 2 3.3 2 = 6 8.9 = 6 72
5 : 3 3 = 6 5 3 : 6 5 = 6 3 2 : 3 2 = 6 125 : 9

Exercícios de Radicais

01) Efetue os seguintes radicais.


1
a) 8 2 + 3 2 + 2 b) 23 3 − 43 3 c) 4 5 − 2 5 + 5− 5 d) 3+ 3
2

e) 53 4 + 23 4 + 3 4 f) 3 5 − 2 5 g) 18 + 2 50 + 32 h) 48 + 75 − 3 12

1
i) 2 18 − 5 50 + 3 98 − 72 + 8 j) 4 5 − 20 + 125
2

l) ( 6 )(. 25 ) m) ( 16 )(. 10 ) n) ( 7 )(. 5 )(. 3 )


4 4 4
o) 5x ( 3+ 2 )
p) (x + y ). x2 − y2 q) 3
36 : 3 18 r) 8: 2 s) 6 :3 4 t) 3
2

4
3 1
u) 5 v) 3 x) 2 3 z) 4
2

3 - Racionalização de Denominadores
Racionalização é a operação que consiste na eliminação de radicais em denominadores.
Aqui, serão vistos alguns casos:

5 5 3 5 3 5. 3
I) = . = =
3 3 3 3. 3 3

3
4 4 52 4.3 5 2 4.3 5 2
II ) = . = =
3
5 3
5 3
52 3
5.3 5 2 5

5
7 7 22 7.5 2 2 7.5 2 2 7.5 2 2
III ) = . = = =
3.5 2 3 3.5 2 3 5
22 3.5 2 3 .5 2 2 3. 2 6

IV )
3
=
3 5− 2
=
(
3. 5 − 2 ) =
(
3. 5 − 2 ) =
(
3. 5 − 2
=
)
3. 5 − 2 ( )
5+ 2 5+ 2 5− 2
.
(5 + 2 )(. 5 − 2 ) (5)2 − ( 2)
2
25 − 2 23

V)
7
=
7
.
5+ 3
=
(
7. 5 + 3) =
(
7 5+ 3
=
7. 5 + 3 ) ( )
5− 3 5− 3 5+ 3 ( 5) − ( 3)2 2
5−3 2

VI ) 2
=
2 3 2+ 3
=
2. 3 2 + 3
=
2. 3 2 + 3 ( ) ( ) =
(
2. 3. 2 + 3
=
)
2. 3. 2 + 3 ( )
3 2− 3
.
3 2− 3 3 2+ 3 3 2− 3 3 2+ 3
2
3. 2 − 3 ( )( ) ( ) ( ) 2
9 .2 − 3 15

Exercícios de Racionalização de Denominadores

01)Racionalize as expressões:

2 1 b 4 3
a) b) c) d) e)
5− 3 3+7 3 a+ b 5+ 2 1− 3

−2 a 10 2 3
f) g) h) i) j)
4+ 2 a −2 b 5 3−2 5 5 −1 7 +1

x 3 5 7 15 7 6ab
l) m) n) o) p) q) r)
x+ y 2 5 12 19 5 2b

5
2 x 3x 8 xy x a 2b 2 x 3b
s) t) u) v) x) z)
2y 4
8a 3 5
27 x 2 y 3 6
25 x 5 5
a 2b 4c 3 8
x 5b 7 z 3

4 - Produtos Notáveis
4.1 Quadrado da soma de dois termos

Vamos algebricamente, calcular (a + b ) = (a + b )(


. a + b ) = a 2 + ab + ba + b 2 como
2

ab = ba temos que ab + ba = 2ab , então:

(a + b )2 = a 2 + 2ab + b 2

4.2 Quadrado da diferença de dois termos

Da mesma forma, (a − b ) :
2

(a − b )2 = (a − b )(. a − b ) = a 2 − ab − ba + b 2 como − ab − ba = −2ab , temos:

(a − b )2 = a 2 − 2ab + b 2

4.3 Produto da soma pela diferença de dois termos

Utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, vamos calcular:

(a + b )(. a − b ) = a 2 − ab + ba − b 2 = a 2 − b 2

(a + b )(. a − b ) = a 2 − b 2
4.4 Cubo da soma de dois termos

Utilizando as propriedades de potências, podemos escrever que:

(a + b )3 = (a + b )(. a + b )2
desenvolvendo (a + b ) , e aplicamos a propriedade distributiva:
2

(a + b )3 = (a + b ).(a 2 + 2ab + b 2 ) temos:

(a + b )3 = a 3 + 2a 2 b + ab 2 + a 2 b + 2ab 2 + b 3

6
(a + b )3 = a 3 + 3a 2 b + 3ab 2 + b 3
4.5 Cubo da diferença de dois termos

O processo algébrico é idêntico ao processo utilizado para o cubo da soma:

(a − b )3 = (a − b )(. a − b )2

(a − b )3 = (a − b ).(a 2 − 2ab + b 2 )

(a − b )3 = a 3 − 2a 2 b + ab 2 − a 2 b + 2ab 2 − b 3

(a − b )3 = a 3 − 3a 2 b + 3ab 2 − b 3

Exercício de Produtos Notáveis

01) Resolva os seguintes produtos notáveis:

a) ( 2x + 4 ) 2 b) (x 3 + y 2 ) 3 c) ( 3x 2 y 3 + a 2 ) 2 d) ( 2x – y ) 2 e) ( x 2 - a) 3

f) ( x + y + a ) 2 g) ( 3
4 + y 2 )2 h) ( 3
9 − 6 )3 i) ( a –y) . (a + y) j) ( x 2 - y) 4

l) (2 x + 3)(
. x + 5) m) (m + 2n ) n) (2 x + b ) o) (3 x + b ) p) (m + 2 ) + (m − 2 )
2 2 2 2

( )( )
2 2
a 2  a 
q) 3a + b . 3a − b + 2b − 18a r)  +  −  − 2 s) (a + x + m )
2 3

 2 a   2a 

t) ( a+ b ) +(
2
a− b )2
+ a − 2b u) ( a + b +1 − ) (
2
a+ b )2
− 2 a −1

v) (a 2 + 3) − a 6 − 27 − 9a 4 x) (m + p + 5) z) (m 4 − 1) − m12 + 3m 8 + 1
3 2 3

5 - Fatoração
O processo de fatoração consiste em transformar uma expressão algébrica em produto. Em
aritmética esta operação é bastante simples, por exemplo:

• Fatorar o número 120

120 = 2 3.3.5
7
• Fatorar o número 250

250 = 2.5 3

Observe os exemplos a seguir, as expressões algébricas fatoradas:

2 x 2 + 16 xy = 2 x.( x + 8 y )
x 2 − 9 = ( x + 3)(
. x − 3)
x 2 + 6 x + 9 = ( x + 3)(
. x + 3) = ( x + 3)
2

Note que, se aplicarmos a propriedade distributiva ao 2º membro, obtemos a expressão do


1º membro.
Para fatorar expressões algébricas, a análise deve ser feita tendo em vista os seguintes
casos:

5.1 Fator comum

Neste caso, devemos observar se cada parcela apresenta um fator comum, que deverá ser
colocado em evidência, conforme os exemplos:

a.1) 3ax + 9a 2 x fator comum 3ax


3ax + 9a 2 x = 3ax.(1 + 3a )
Os resultados obtidos dentro dos parênteses são provenientes da divisão de cada parcela
pelo fator comum, ou seja:

3ax 9a 2 x
=1 = 3a
3ax 3ax

a.2) 4a 2 x 3 − 8a 4 x 2 fator comum 4a 2 x 2

4a 2 x 3 − 8a 4 x 2
=x = −2a 2
4a 2 x 2 2 2
4a x

temos, então:

(
4 a 2 x 3 − 8a 4 x 2 = 4 a 2 x 2 . x − 2 a 2 )
Obs: o fator comum da parte literal são as letras comuns com o menor expoente.

5.2 Agrupamento

Aqui os fatores comuns aparecem em grupos, observe:

8
4x2+4
bx + a 2 y + by
2
a1 3 1424 3
x .é . fator .comum y .é . fator .comum

a 2 x + bx + a 2 y + by =
( ) ( ) (
= x. a 2 + b + y. a 2 + b = a 2 + b .( x + y )
144424443
)
(a +b ).é . fator .comum
2

Note que, se aplicarmos a propriedade distributiva à última igualdade, obteremos a


expressão algébrica inicial.

Exercício resolvido:

1. Fatorar as expressões:

a) a 4 + ab 3 − a 3 b − b 4

Resolução:
Note que os dois primeiros termos têm a como fator comum, e os dois
últimos têm b como fator comum. Colocamos em evidência:

a 4 + ab 3 − a 3b − b 4 =

( ) (
= a. a 3 + b 3 − b. a 3 + b 3 = ) (1a42+ 4
3
b )
3
3

é . fator .comum

(
= a + b .(a − b )
3 3
)
b) 12m 2 n 5 p + 8m 2 n 2 p 3 − 36m 2 n 2 p 2

Resolução:
mnp é fator comum da parte literal. Colocando em evidência as letras
com os menores expoentes, temos então que m 2 n 2 p é fator comum. Na parte numérica
colocamos em evidência o maior divisor comum entre 12,8 e 36, que é o número 4.

12m 2 n 5 p + 8m 2 n 2 p 3 − 36m 2 n 3 p 2 =
(
= 4m 2 n 2 p. 3n 3 + 2 p 2 − 9np )
c) 9 x 2 + 30 x + 25

Resolução:
Temos, neste exercício, um trinômio. Verificaremos se o termo do meio é o
dobro das raízes quadradas dos outros, assim poderemos compor o quadrado da soma
de dois termos.

9
9 x 2 + 30 x + 25 = (3 x + 5)
2

2. Simplifique:

mx + nx + m + n
a)
x2 −1

Resolução:
Lembre-se que, para simplificar frações, devemos ter as expressões
algébricas fatoradas. Observe que:

• no numerador podemos fatorar por agrupamento;


• no denominador temos uma diferença de dois quadrados.

mx + nx + m + n x.(m + n ) + (m + n ) (m + n )( . x + 1) m + n
= = =
x −1
2
(x + 1)(. x − 1) (x + 1)(. x − 1) x − 1

a + b a 2 b − ab 2
b) .
a 2 − ab a 2 b − b 3

Resolução:

a + b a 2 b − ab 2 a + b ab.(a − b )
= =
. 2
a − ab a b − b
2 3
.
(
a.(a − b ) b. a 2 − b 2 )
a+b ab.(a − b ) 1
= . =
a.(a − b ) b.(a − b )(
. a + b) a − b

x2 − 9
c) 9 x − 25
2

2x + 6
3x + 5

Resolução:

x2 − 9
9 x 2 − 25 = x − 9 . 3x + 5 =
2

2x + 6 9 x 2 − 25 2 x + 6
3x + 5

=
(x + 3)(. x − 3) . 3x + 5 = (x − 3) = (x − 3)
(3x + 5)(. 3x − 5) 2.(x + 3) 2.(3x − 5) 6 x − 10

10
Exercício de Fatoração

01) Fatore as seguintes expressões:

a) ( x 4 − y 4 ) b) ( x 2 − y 2 ) c) x 2 y 3 - z 2 x 3 + xyz d) x 2 +8 x e) 7x 2 −42 x

f) ( x + 1 ) 2 + ( x + 1 ) 2 g) x 2 - 9 h) ( x + 2 ) 2 - 4x – 13 i) (x + 2)(x + 3) –(5x +7)

j) 9x 2 - 4 l) 5x 2 - 45 m) x 2 - 6x n) x ( x +1) – 4x o) ( x +3) 2 - 9 p) x 2 - 4x +3

6 - Polinômios
6.1 Definição

Sejam dois polinômios, f(x) como dividendo e g(x) como divisor, como g(x) ≠ 0 . Dividir
f(x) por g(x) é determinar outros dois polinômios: o quociente q(x) e o resto r(x), tais que:

1º) f(x) = g(x).q(x) + r(x)


2º) grau r < grau g ou r(x) ≡ 0

Um possível esquema de divisão é apresentado a seguir:

f(x) g(x)
dividendo divisor
r(x) q(x)
quociente
resto

6.2 Teorema do resto

Seja p (x) um polinômio tal que grau p ≥ 1 . O resto da divisão de p ( x) por x − a é igual a
p ( a ) , ou seja, r = p ( a ) .

Demonstração

Temos:
p( x) = ( x − a ).q( x ) + r
Obs: o valor de r pertence ao conjunto dos números complexos.
Calculando o valor numérico do polinômio acima para x = a , vem:

11
p ( a ) = (a − a ).q (a ) + r ,
isto é p ( a ) = 0.q(a ) + r ⇒ r = p(a )
123
=0

Exemplo 1

Podemos determinar o resto da divisão de f ( x) = 3 x 4 − x 3 + 2 por g ( x) = x − 1 sem


efetuar a divisão. Basta notar que:

* A raiz do divisor é x − 1 = 0 ⇒ x = 1.
* Pelo teorema do resto, temos que:
r = f (1), isto é, r = 3.14 − 13 + 2 = 4.

Exemplo 2

Da mesma forma que no exemplo anterior, para determinar o resto da divisão de


p (x ) = x 5 − x 3 + 2 por h( x) = x + 3 , fazemos:

* A raiz de h( x) é x + 3 = 0 ⇒ x = −3.
* Utilizando o teorema do resto, vem:
r = p (− 3) = (− 3) − (− 3) + 2 = −243 − (− 27 ) + 2 = −214.
5 3

Explicaremos dois métodos importantes na divisão de polinômios: o Teorema de


D’Alembert e o Dispositivo de Briot-Ruffini.

6.3 Teorema de D’ Alembert

Um polinômio f (x) é divisível por x − a se, e somente se, a é raiz de f (x).

Demonstração

Há duas implicações a provar:

1º - f(x) é divisível por x − a ⇒ a é raíz de f (x).


Da hipótese, sabemos que o resto da divisão de f (x) por x − a é igual a 0. Mas,
pelo teorema do resto, r = f(a). Então f (a) = 0. Logo, a é raiz de f .
2º - a é raiz de f ( x) ⇒ f ( x) é divisível por x − a .

Se a é raiz de f ( x) , então f ( a ) = 0 . Mas, pelo teorema do resto, f ( a ) é o resto da


divisão de f ( x) por x − a. Então, r = 0, o que mostra que f ( x) é divisível por x − a.

Exemplo 3

Vamos determinar m de modo que f ( x) = x 3 − 4 x 2 + mx − 5 seja divisível por x − 3 : Pelo


teorema de D’ Alembert, x = 3 é raiz de f ( x) , isto é, f (3) = 0 . Daí:
12
14
33 − 4.3 2 + m.3 − 5 = 0 ⇒ 3m − 14 = 0 ⇒ m =
3

Exemplo 4

Sejam 5 e 2, respectivamente, os restos da divisão de um polinômio f ( x) por x − 3 e por


x + 1 . É possível, através do que vimos, determinar o resto da divisão de f ( x) por
(x − 3)(. x + 1) :
Pelo teorema do resto, temos que:
f (3) = 5 (I) e f (− 1) = 2 (II)

Quando dividimos f ( x) por g ( x ) = ( x − 3)(


. x + 1) = x 2 − 2 x − 3 , temos que grau r = 1 (pois
grau r < grau g e grau g =2),isto é, o grau do resto é no máximo 1. Assim, escrevemos
r (x ) = ax + b. Devemos determinar a e b. Temos:?

f ( x ) = (x + 1)(
. x − 3).q ( x ) + ax
12 +3b
1424 43 4
g ( x) r ( x)

Calculando o valor numérico desse polinômio em x = 3 e em x = −1 , vem:

f (3) = (3 + 1)(
. 3 − 3).q (3) + a.3 + b ⇒ I 3a + b = 5
1442443
=0

f (− 1) = (− 1 + 1)(
. − 1 − 3).q (− 1) + a (− 1) + b ⇒ II −a + b = 2
144424443
=0
3 11
Resolvendo o sistema acima, encontramos a = e b = . Dessa forma, o resto é
4 4
3 11
r ( x) = x+ .
4 4

6.4 Método de Briot-Ruffini

Sejam f ( x ) = a n x n + a n −1 x n −1 + ... + a1 x + a 0 (a n ≠ 0 ) e g ( x ) = x − a.
Consideremos a divisão de f ( x ) por g ( x ) .
O quociente q ( x ) dessa divisão é um polinômio de grau n − 1 ( pois grau q = f – grau g =
n − 1 ), dado por:

q ( x ) = q n −1 x n −1 + q n − 2 x n − 2 + ... + q1 .x + q 0
O resto r dessa divisão é um número complexo (independente de x); de fato, como grau r
< grau g e grau g = 1, segue que grau r = 0.
Nosso objetivo é determinar o resto da divisão e os coeficientes q ( x ) : q n −1 , q n− 2 ,..., q1 e q 0 .
Temos:
f ( x ) = g ( x ).q( x ) + r ,

13
isto é,
a n x n + a n −1 x n −1 + ... + a1 x + a 0 =
( )
= ( x − a ). q n−1 x n−1 + q n − 2 x n − 2 + ... + q1 x + q 0 + r =
( )
= q n −1 x n + q n − 2 x n −1 + ... + q1 x 2 + q 0 .x −
− (aq
x n −1 + aq n − 2 x n − 2 + ... + aq1 x + aq 0 + r
n −1 )
Agrupando os monômios de mesmo grau:

a n x n + a n −1 x n −1 + ... + a1 x + a 0 =
= q n −1 x n + (q n − 2 − aq n −1 )x n −1 + ... + (q 0 − aq1 )x + (− aq 0 + r )

Da identidade de polinômios segue que:

* q n −1 = a n
* a = q − a.q ⇒ q = a + a.q
 n −1 n−2 n −1 n− 2 n −1 n −1

M
* a = q − a.q ⇒ q = a + a.q
 1 0 1 0 1 1

* a 0 = − a.q 0 + r ⇒ r = a 0 + a.q 0

A determinação do resto da divisão de f ( x) por g ( x) e dos coeficientes de q ( x ) torna-se


mais rápida com a aplicação do dispositivo prático de Briot-Ruffini.
Consideremos a divisão de f ( x) = x 3 − 4 x 2 + 5 x − 2 por g ( x) = x − 3 , ambos escritos
segundo potências decrescentes de x. Para construir o dispositivo, sigamos o seguinte
roteiro:

• 1° Passo: calcular a raiz do divisor g ( x) e, ao seu lado, colocar os coeficientes


ordenados do dividendo f ( x) .
raiz de g ( x) : x − 3 = 0 ⇒ x = 3

3 1 -4 5 -2

• 2° Passo: abaixar o 1º coeficiente do dividendo (1) e multiplicá-lo pela raiz do


divisor (1x3 = 3) .

3 1 -4 5 -2

14
• 3°Passo: somar o produto obtido com o coeficiente seguinte (3 + (− 4 ) = −1) . O
resultado é colocado abaixo desse coeficiente.
3 1 -4 5 -2

1 -1

• 4° Passo: com esse resultado, repetir as operações ( multiplicar pela raiz e somar
com o coeficiente seguinte), e assim por diante.

3 1 -4 5 -2
1 -1 2 4

O último dos resultados obtidos no algoritmo de Briot-Ruffini é o resto da divisão. Assim,


r = 4 . Os demais resultados obtidos no algoritmo correspondem aos coeficientes
ordenados do quociente da divisão. Dessa maneira, q ( x) = (1x 2 − 1).( x + 2) = x 2 − x + 2 .

Exemplo 5

Vamos, através do dispositivo de Briot-Ruffini, obter o quociente e o resto da divisão de


f ( x) = x 5 − 3x 3 + 2 x 2 + 4 por g ( x) = x + 1 :
Convém inicialmente notarmos que f ( x) = x 5 + 0 x 4 − 3 x 3 + 2 x 2 + 0 x + 4 .
Assim, construímos o algorítmo:

1 1 0 -3 2 0 4
1 -1 -2 4 -4 8

r = 8
Assim: 
q ( x ) = x − x − 2 x + 4 x − 4
4 3 2

Exemplo 6

Vamos obter a para que o resto da divisão de f ( x) = x 3 − 3 x 2 − 2 x − a por g ( x) = x − 2


seja igual a 5:
Construímos o dispositivo de Briot-Ruffini:

2 1 -3 -2 -a
1 -1 -4 -a-8

Assim, devemos ter r = 5 , isto é, − a − 8 = 5 → a = −13 .

15
Exemplo 7

Vamos determinar m para que f ( x) = −2 x 4 + x 2 − x + m seja divisível por g ( x) = x − 1 :

1 -2 0 1 -1 m
-2 -2 -1 -2 -2 + m

Do enunciado, vem r = 0 ⇒ −2 + m = 0 ⇒ m = 2 .

Exercício de Polinômio

(
a) 7 m 2 + ax − 2m 2 − ax) ( ) ( ) (
b) y 3 − 2 y + 7 − 2 y 3 + 5 y 2 + 7 ) ( )
c) 2am + y 2 − y 2

( )
d) m 2 − m (1 − m ) ( )
e) (a − 1). a 2 + 1 + [a.(a + 1)(
. a − 3)] + 3a 2 + 1

(
f) a 2 + a − 1 .(a − 2 )()
. a + 4) ( )(
g) a 2 + 1 . a 2 − 1 ) (
h) (x − 2 ). x 3 + 2 x 2 + x )
(
i) x 2 − 7 x + 10 ÷ (x − 2 ) ) ( )
j) x 2 − 6 x + 5 ÷ (x − 1) ( )
l) x 2 − 9 ÷ ( x − 3)

( )
m) x 4 − 16 ÷ ( x − 2 ) ( ) (
n) x 5 − 1 ÷ x − 1 ) ( )
o) x 2 − x − 12 ÷ ( x − 4 )

7 - Recursos do Matlab
O Matlab contém diversas funções para a manipulação de polinômios. Os polinômios são
facilmente diferenciados e integrados, e é fácil encontrar raízes polinomiais. Entretanto,
polinômios de ordem elevada criam dificuldades numéricas em muitas situações e, assim,
devem ser usados com precaução. Em alguns casos especiais é necessário dividir um
polinômio por outro. No Matlab, isso pode ser feito com a função deconv. Por exemplo:
No exemplo 1 queremos dividir f ( x) = 3 x 4 − x 3 + 2 por g ( x) = x − 1 , então utilizamos os
comandos do Matlab, para acharmos o quociente e o resto da divisão.

>> a=[3 -1 0 0 2]; b=[1 -1];


>> [q,r]=deconv(a,b)

q=
3 2 2 2

r=
0 0 0 0 4

Note que no Matlab utilizamos os coeficientes dos polinômios do dividendo e do divisor,


com isso o Matlab mostrará também o coeficiente do polinômio do quociente e o valor do
resto.

16
No exemplo 5 utilizamos os mesmos comandos:

>> a=[1 0 -3 2 0 4]; b=[1 1];


>> [q,r]=deconv(a,b)

q=
1 -1 -2 4 -4

r=
0 0 0 0 0 8

No Matlab também podemos calcular os polinômios utilizando os seguintes comandos


representados pelo gráfico na Figura1:
Queremos calcular o polinômio f ( x) = −3 x 4 − 2 x 3 + 4 x 2 − x + 8 .
>> p=[-3 -2 4 -1 8]; % os coeficientes do polinômio.
>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados
>> title('Função : -3x{^4}-2x{^3} +4x{^2}-x{^1}+8') % Título do texto

Figura1: Gráfico do polinômio f ( x) = −3x 4 − 2 x 3 + 4 x 2 − x + 8 .

Exercícios Gerais da 1ª Parte

01) Calcule os seguintes radicais (Neste caso você deve primeiramente simplificar a
expressão dada e logo após substituir o valor de x dado)

x −1 x +1 − 1− x 1− x2
a) ,x =1 b) ,x = 0 c) x = −1
x −1 3x x+ 2+ x

17
x+2− 3 3− 5+ x x −2
d) ,x =1 e) ,x = 4 f) ,x = 4
x3 −1 1− 5 − x x−4

x−3 − 5− x x −8 x− a
g) ,x = 4 h) , x = 64 i) , x = a; a > 0
x −2 3
x −4 x−a

2− x−3 x+2 −2 3x − 3
j) ,x = 7 l) ,x = 2 m) ,x = 3
x 2 − 49 − 4 + 2x 4 x − 12

02) Neste exercício você deve primeiramente simplificar a expressão dada e logo após
substituir o valor de x dado:

x2 − 4 2x 2 − 8 x 2 − 2x + 1
a) 2 ,x = 2 b) ,x = 2 c) ,x =1
x − 2x 3x 2 − 4 x − 4 x3 −1

2 x 2 + 3x − 2 1 x3 − 8 x2 − 4
d) ,x = e) ,x = 2 f) , x = −2
8x − 1
3
2 x−2 3x 2 + 4 x − 4

x2 − a2 x 2 − (a + 1)x + a
g) , x = a, a ≠ 0 h) , x = a, a ≠ x
3 x 2 − 2ax − a 2 x3 − a3

2 x 3 − 250
m) ,x = 5
x 2 − 6x + 5

18
2ª Parte

8 - Função do 1º grau
8.1 Definição

Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de ℜ em


ℜ dada por uma lei da forma f ( x ) = ax + b , onde a e b são números reais dados e a ≠ 0 .
Na função f ( x ) = ax + b , o número a é chamado de coeficiente de x ou coeficiente
angular da reta, determinando sua inclinação e o número b é chamado termo constante ou
coeficiente linear, determinando a intersecção da reta com o eixo Oy.
O domínio e a imagem da função do primeiro grau para a < 0 e a > 0 será ℜ . Para uma
função constante, o domínio será ℜ e a imagem o próprio valor de b.

A função de 1º grau pode ser classificada de acordo com seus gráficos. Considere sempre a
forma genérica f ( x ) = ax + b .

8.2 Função constante: se a = 0 , então y = b , b ∈ ℜ . Desta forma, y = 4 é função


constante, pois, para qualquer valor de x , o valor de y ou f ( x ) será sempre 4.
Utilizando o recurso do Matlab podemos obter o gráfico representado pela Figura2
da função y = 4 .

>> p=[0 4]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X')%legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y')% Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao: y=4') % Título do texto.

Figura2: Gráfico da função constante.

19
8.3 Função identidade: se a = 1 e b = 0 , então y = x . Nesta função x e y têm sempre
os mesmos valores. Temos utilizando o recurso do Matlab o respectivo gráfico
representado pela Figura 3.

>> p=[1 0]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X')%legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y')% Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y=x') % Título do texto.

Figura 3: Gráfico da função identidade.

A reta y = x ou f ( x ) = x é denominada bissetriz dos quadrantes ímpares. Mas, se a = −1 e


b = 0 , temos então y = − x . A reta determinada por esta função é a bissetriz dos
quadrantes pares, conforme mostra o gráfico representado pela Figura 4:

>> p=[-1 0]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X')%legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y')% Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y=-x') % Título do texto.

Figura 4: Gráfico da segunda bissetriz.

20
Obs: x e y têm valores em módulo, porém com sinais contrários.

8.4 Função linear: é a função de 1º grau quando b = 0 , a ≠ 0 e a ≠ 1 , a e b ∈ ℜ .


Exemplos:

1
f ( x ) = 5 x, f ( x ) =
x, y = −2 x, y = 10 x
2
Obs: Para construir os gráficos deste exemplo, utilize o recurso mostrado nos itens a e b
deste tópico.

8.5 Função afim: é a função de 1º grau quando a ≠ 0 , b ≠ 0 , a e b ∈ ℜ . Exemplos:

f ( x ) = 3 x + 1, y = 4 x − 2, f (x ) = − x + 5.

8.6 Gráfico da função do 1º grau

A representação geométrica da função de 1º grau é uma reta, portanto, para determinar o


gráfico é necessário obter dois pontos desta reta. Em particular, procuraremos os pontos
em que a reta corta os eixos Ox e Oy.
Por exemplo, na função y = 2 x + 1 , o ponto do eixo Ox é determinado pela equação
1  1 
2 x + 1 = 0 , onde x = − . O ponto procurado é, portanto,  − ,0  .
2  2 
Analogamente, para determinar o ponto do eixo Oy, y = 2.0 + 1; y = 1 . O ponto procurado é
(0,1) e o gráfico desta função será representado pela Figura 5:
>> p=[2 1]; % os coeficientes do polinômio.
>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X')%legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y')% Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= 2x+1') % Título do texto.

Figura 5: Gráfico da primeira bissetriz.

21
Da mesma forma, na função f ( x ) = −2 x + 4 , temos:
− 2x + 4 = 0
− 2 x = −4
x=2
Que será o ponto do eixo Ox (2,0 ) , e Oy é (0,4 ) , sendo representado pela Figura 6.

>> p=[-2 4]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X')%legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y')% Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= -2x+4') % Título do texto.

Figura 6: Gráfico da função do primeiro grau decrescente.

De modo geral, dada a função f ( x ) = ax + b , para determinarmos a intersecção da reta


com os eixos, procedemos do seguinte modo:

b
1º) igualamos y a zero, então ax + b = 0 ⇒ x = − , no eixo Ox encontramos o ponto
a
 b 
 − ,0  .
 a 

2º) igualamos x a zero, então f ( x ) = a.0 + b ⇒ f (x ) = b , no eixo Oy encontramos o ponto


(0, b ) .
De onde concluímos que:

f ( x ) é crescente se a é um número positivo (a > 0 ) ;


f ( x ) é decrescente se a é um número negativo (a < 0 ) .

22
8.7 Raiz ou zero da função de 1º grau

A raiz ou zero da função de 1º grau é o valor de x para o qual y = f ( x ) = 0 . Graficamente


é o ponto em que a reta “corta”o eixo Ox. Portanto, para determinar a raiz da função basta
igualarmos a zero:

f ( x ) = ax + b
ax + b = 0 ⇒ ax = −b
b
x=−
a

Exemplo 1

Determine a raiz da função f : ℜ → ℜ tal que f ( x ) = 3 x + 1 .

Resolução
1
Igualamos f(x) a zero, portanto: 3 x + 1 = 0 ⇒ x = − . Quando determinamos a(s)
3
raiz(es) de uma função, o(s) valor(es) encontrado(s) deve(m) ser expresso(s) sob a forma
de conjunto, denominado conjunto-verdade (v) ou conjunto solução (S), da seguinte
forma:
 1
S = − 
 3

Exemplo 2

Determine m para que -5 seja a raiz da função f : ℜ → ℜ dada por f ( x) = − x + 3m .

Resolução

Se -5 é a raiz, então para x=-5 temos que f(x)=0; substituímos estes dados na
função:

f ( x ) = − x + 3m
0 = −(− 5) + 3m
0 = 5 + 3m
3m = −5
5
m=−
3

23
8.8 Estudo do sinal da função de 1º grau

Estudar o sinal de uma função de 1º grau é determinar os valores de x para que y seja
positivo, negativo ou zero.

Estudemos, por exemplo, o sinal da função f : ℜ → ℜ dada por y=2x-1.


Vamos construir o gráfico da função representado pela Figura 7.
Se x = 0 então y = 2.0 − 1 ⇒ y = −1 . Ponto (0,−1) .
1 1 
Se y = 0 então 2 x − 1 = 0 ⇒ 2 x = 1 ⇒ x = . Ponto  ,0 
2 2 
>> p=[2 -1]; % os coeficientes do polinômio.
>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X')%legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y')% Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= 2x-1') % Título do texto.

Figura 7: Gráfico da função do primeiro grau crescente.

Observe que a função é crescente (a = 2 ) . Analisando o gráfico podemos concluir que:

1
• se x < então y < 0;
2
1
• se x > então y > 0 ;
2
1 1 
• se x = então y = 0  é.raiz.da. função 
2 2 

Esta análise é o estudo do sinal da função, porém, para efetuá-la podemos recorrer apenas a
um esboço do gráfico, conforme mostra a figura:

24
Sinal de y
+ para x > 1/ 2

Sinal de y 1/ 2
para x < 1/ 2
raiz

8.9 Regra prática para o estudo de sinal da função f ( x ) = ax + b :

1º) Determinamos a raiz da função, igualando-a a zero.

 b
 raiz : x = − 
 a

2º) Verificamos se a função é crescente (a > 0 ) ou decrescente (a < 0 ) ; temos então duas
possibilidades:

a>0 a<0

+ +

b b
− −
a a

Então podemos resumir no quadro o estudo do sinal da função do 1º grau.

a) a função é crescente b) a função é decrescente

b b
Se x = − então y = 0 Se x = − então y = 0
a a

b b
Se x < − então y < 0 Se x < − então y > 0
a a

b b
Se x > − então y > 0 Se x > − então y < 0
a a

25
Exemplo 1

Estude o sinal da função f ( x ) = 3 x + 1

Resolução
1
Raiz da função: 3 x + 1 = 0 ⇒ x = − o coeficiente de x é positivo (a = 3) , portanto
3
a função é crescente, façamos o esboço:

1
se x = − então y = 0
3
1
+ se x < − então y < 0
3
1

1 se x > − então y > 0
3 3

8.10 Inequação do 1º grau

A inequação se caracteriza pela presença de um dos seguintes sinais de desigualdades: > ,


<, ≤ ou ≥ .
Vamos recordar algumas propriedades das desigualdades:

1º) Somando ou subtraindo um número a cada um dos membros, a desigualdade não se


altera:

−1 < 2 3 > −7
−1+ 2 < 2 + 2 3−5 > 7−5
1< 4 − 2 > −12

2º) Multiplicando ou dividindo os dois membros da desigualdade por um número positivo,


a desigualdade não se altera:

5 > −10
−2<8
5 10
− 2.(2 ) < 8.(2 ) >−
5 5
− 4 < 16
1 > −2

3º) Multiplicando ou dividindo os dois membros da desigualdade por um número negativo,


é necessário inverter a desigualdade para que a sentença seja verdadeira:

26
3 > −9
−7 <0
3 −9
− 7.(− 2 ) > 0.(− 2 ) <
−3 −3
14 > 0
−1 < 3

Estas propriedades são validas para a resolução de inequação do 1º grau.

São exemplos de inequações:

Produto (3x − 6)(. 2 − 4 x ) < 0


x+3
Quociente ≥0
1− x

Vamos resolvê-las:

1º) (1
3 x − 6 )(
23 1
. 2 − 4x) < 0
424 3
f g

Sinal de f: Sinal de g:
f ( x )3 x − 6 g (x ) = 2 − 4 x
3x − 6 = 0 2 − 4x = 0
x=2 1
x=
2
+ +
2 1
2
Vazemos agora o “jogo” do sinal:

1/2 2
f x
- - +
g
+ - -
- + -
f.g o o
x<1/2 ou x>2

Então a solução da inequação é

f
}
x+3
2º) ≥0
1{−x
g

27
Sinal de f: Sinal de g:

f (x ) = x + 3 g (x ) = 1 − x
x+3=0 1− x = 0
x = −3 x =1

+ +

-3 1

Fazemos agora o “jogo” do sinal:

-3 1

f - + +

g + + -

f
- o + • -
g

Note que o número 1 foi excluído da solução, pois anula o denominador.

S = {x ∈ ℜ / − 3 ≤ x < 1}

8.11 Domínio de uma função


Determinar o domínio de uma função é obter o conjunto de todos os valores de x
para que a função exista.

Exemplos

1) O domínio da função f ( x) = x 2 é ℜ , pois todo número real pode ser elevado ao


quadrado.
2) O domínio da função g ( x) = x é ℜ + , pois só podemos extrair a raiz quadrada de
um número real não negativo.
1
3) O domínio da função h( x) = é ℜ * , pois não existe divisão por zero.
x
4) O domínio da função f ( x) = 3 x − 1 é ℜ , pois podemos extrair raiz cúbica de
qualquer número real.

28
Exercício da Função do 1º grau
01) O gráfico de f é o segmento de reta que une os pontos (-2, 2) e (2 ,0) . O valor de
1
f   é:
2
x −1
02) Determine o domínio da função f definida por f(x) = .
x−3
03) A função f do 1º grau é definida por f(x) = -3x + K. O valor de K para que o gráfico
corte o eixo das ordenadas no ponto de ordenada 5 é :

04) Uma função do 1º grau é tal que f(-1) = 5 e f(3) = - 3. Então, f(0) e a raiz da função
valem, respectivamente.

05)O esboço ao lado refere-se ao gráfico da função real definida por f(x) = mx + 1
.Determine o valor de m

-2 0

06) O gráfico da função real dada por f(x) = mx + p intercepta o eixo das abscissas em
(3,0). Qual é o valor de 3 m + p?

07) Se f −1 é a função inversa da função f, de R em R, definida por f(x) = 3x – 2 então f −1

(-1) é igual a:

08) Seja b um número positivo. Considere a função f: R em R dada por

f (x) =

  b 
Se f  f    = 97 o valor de b é?
  2 

09) Se f é uma função real tal que f(3 x +1) = x , então quem é f(x) ?

10) Sejam f e g funções reais definidas por f(x) = x 2 - 1 e g(x) = x +1. Então
f ( g ( x )) − g ( f ( x )) é igual a:

11) Resolva as seguintes inequações:

a) (5 x + 2)(2 − x)(4 x + 3) ≥ 0

29
3 x + 2 < 7 − 2 x
 3x − 2
b) 48 x < 3 x + 10 c) ≤ −3
11 − 2( x − 3) > 1 − 3( x − 5) 1− x

12) Determine o domínio da função:

x+3
f ( x) = 3x − 5 + 2 + x2
x−2

3 4
13) As funções f e g são dadas por f ( x) = x − 1 e g ( x) = x + a . Sabe-se que
5 3
1 1
f (0 ) − g (0 ) = . O décuplo do valor de f (3) − 3.g   é:
3 5
14) A tabela abaixo mostra a temperatura das águas do oceano Atlântico (ao nível do
equador) em função da profundidade:

Profundidade Superfície 100 m 500 m 1000 m 3000 m


Temperatura 27ºC 21ºC 7ºC 4ºC 2,8ºC

Admitindo que a variação da temperatura seja aproximadamente linear entre cada duas
medições feitas para a profundidade, a temperatura prevista para a profundidade de 400 m
é:

9 - Função do 2º grau
9.1 Definição

Chama-se função do 2º grau ou função quadrática, de domínio ℜ e contra-domínio ℜ , a


função f ( x ) = ax 2 + bx + c onde a, b e c são números reais e a ≠ 0 .

a é o coeficiente de x 2
b é o coeficiente de x
C é o termo independente
Chama-se função completa àquela em que a, b e c são não nulos, e função incompleta
àquela em que b ou c são nulos.

São exemplos de funções de 2º grau:

* f (x ) = 2 x 2 + 3x + 1 (a = 2, b = 3 e c = 1)
* f (x ) = 8 x − x − 2
2
(a = 8, b = -1 e c =-2)
* f (x ) = − x + 2 x
2
(a = -1, b = 2 e c = 0)
1 1
* f (x ) = x 2 − 4 (a = , b = 0 e c = -4)
3 3
30
Obs: Toda função do 2º grau tem por gráfico uma parábola.

9.2 Revisando equação do 2º grau

Raízes – Fórmula de Bháskara

Os pontos onde o gráfico da função y = ax 2 + bx + c corta o eixo x são as raízes ou zeros


dessa função. Nesses pontos, devemos obter os valores de x para os quais y = 0.
Assim devemos resolver a seguinte equação do 2º grau:

ax 2 + bx + c = 0 (multiplicando por 4a)


4a 2 x 2 + 4abx + 4ac = 0 (somando nos lados b 2 )
4a 2 x 2 + 4abx + 4ac + b 2 = 0 + b 2
4a 2 x 2 + 4abx + b 2 = b 2 − 4ac (fatorando o 1º membro)
(2ax + b )2 = b 2 − 4ac
2ax + b = ± b 2 − 4ac
2ax = −b ± b 2 − 4ac
− b ± b 2 − 4ac
x= (Fórmula de Bháskara)
2a

O número b 2 − 4ac é chamado de discriminante, e indica-se por ∆ (letra grega delta).

Se ∆ >0, a equação ax 2 + bx + c = 0 possui duas raízes reais e distintas, isto signfica que
a parábola corta em dois pontos o eixo x.
Se ∆ =0, a equação ax 2 + bx + c = 0 possui duas raízes reais e iguais (raiz dupla), isto
significa que a parábola tangencia o eixo x.
Se ∆ < 0, a equação ax 2 + bx + c = 0 não possui raízes reais, isto significa que a parábola
não corta o eixo x.

9.3 Soma e Produto das Raízes

Vamos ver o que acontece quando somamos e multiplicamos as duas raízes da equação
ax 2 + bx + c = 0 .

− b − ∆ − b + ∆ − b − ∆ − b + ∆ − 2b b
S = x1 + x 2 = + = = =−
2a 2a 2a 2a a

P = x1 .x 2 =  . =
( )
 − b − ∆   − b + ∆  (− b )2 − ∆
2

= =
( )
b 2 − ∆ b 2 − b 2 − 4ac b 2 − b 2 + 4ac 4ac c
= = 2 =
  4a 2 4a 2 4a 2 4a 2
 2a   2a  4a a

Através da soma e do produto das raízes, podemos achar as raízes da equação.

31
Vamos encontrar as raízes da equação x 2 − 5 x + 6 = 0 .
Como a = 1, b = -5 e c = 6, então:

b −5 c 6
S =− =− =5 e P= = =6
a 1 a 1

Quais são os números cujo produto é 6 e a soma 5?


Verifica-se que esses números são 2 e 3, pois 2.3=6 e 2+3 = 5. Assim as raízes são 2 e 3.

Exemplo 1

Determine, em ℜ , as raízes das equações:

a) − 7 x 2 + 6 x + 1 = 0

Resolução
Sempre que tivermos uma equação completa, utilizaremos a fórmula de
Bháskara para resolver:

∆ = b 2 − 4ac
∆ = (6 ) − 4.(− 7 ).1
2

∆ = 36 + 28 = 64
∆ =8
−b± ∆
x=
2a

−6+8 2 −1
x1 = = =
− 14 − 14 7
−6±8
x=
− 14

− 6 − 8 − 14
x2 = = =1
− 14 − 14

b) 2 x 2 − x = 0

Resolução
Quando a equação é incompleta, podemos dispensar Bháskara e resolvemos
do seguinte modo:

2x 2 − x = 0
x(2 x − 1) = 0 (equação produto)

32
Para que o produto seja zero, é necessário que pelo menos um dos fatores seja zero,
assim:
1
x = 0 ou 2 x − 1 = 0 ⇒ x =
2
 1
S = 0, 
 2

c) 3 x 2 − 24 = 0
3 x 2 = 24
x2 = 8
x=± 8
x = ±2 2
{
S = − 2 2 ,2 2 }
9.4 Vértice da Parábola

O vértice da parábola é o seu ponto de máximo (quando a < 0 ) ou de mínimo


(quando a > 0 ) da função.
A reta paralela ao eixo y que passa pelo vértice é o eixo de simetria da parábola.
Sendo y = ax 2 + bx + c , para x = 0 teremos y = c, isto é, a parábola corta o eixo y no ponto
de ordenada c. Existe outro ponto de ordenada igual a c. Vamos achar a sua abscissa.

ax 2 + bx + c = c
ax 2 + bx = 0
b
x(ax + b ) = 0 x = 0 já encontrado ou ax + b = 0 , assim x = −
a
Por simetria da parábola, a abscissa do vértice é:

−b
0+ 
 a  −b
xv = ⇒ xv =
2 2a

−b
Para obtermos a ordenada do vértice basta substituir xv = em y = ax 2 + bx + c . Então,
2a

−b
y v = a
2
−b
 + b  + c ⇒ yv =
ab 2 b 2
− + c =
b2 b2
− + c = = =
( )
b 2 − 2b 2 + 4ac − b 2 + 4ac − b 2 − 4ac
=
−∆
 2a   2a  4a 2 2a 4a 2a 4a 4a 4a 4a

 b ∆
Logo, V = − ,− 
 2 a 4a 

33
Obs: O domínio de uma função do 2º grau, para a > 0 e a < 0 será ℜ , com isso a imagem
depende do y v , ficando:
Para a > 0 a imagem será Im = {y ∈ ℜ y ≥ y v }
Para a < 0 a imagem será Im = {y ∈ ℜ y ≤ y v }

Exemplo 2

1) Faça o gráfico da seguinte função y = 2 x 2 − 8 x + 6 destacando:

a) as raízes, se existirem
b) as coordenadas do vértice
c) a intersecção com o eixo y
d) e dê o conjunto imagem

Solução

a = 2

y = 2 x − 8 x + 6b = −8
2

c = 6

* Raízes:
2 x 2 − 8x + 6 = 0
∆ = b 2 − 4ac
∆ = (8) − 4.2.6 = 64 − 48 = 16
2

x1 = 1

− b ± ∆ − (− 8) ± 4 8 ± 4
x= = =
2a 2. 2 4
x2 = 3

*coordenadas do vértice

− b − (− 8) 
xv = = =2 

 V (2,−2 )
2a 2. 2
− ∆ − 16 
yv = = = −2
4a 4. 2 

34
Convém destacar que se a função y = ax 2 + bx + c possui duas raízes reais e distintas,
(x1 .e.x2 ) , podemos obter a abscissa do vértice, fazendo a média aritmética entre as duas
raízes, isto é:
x + x2 1 + 3
xv = 1 = =2
2 2

substituindo x por 2 na função y = 2 x 2 − 8 x + 6 , temos y v . Então:

y v = 2.2 2 − 8.2 + 6 = −2

*Intersecção com o eixo y:

Nesse ponto x = 0 , então y = 6 . Temos o ponto (0,6 ) .

*Esboço do gráfico da Figura 8.

Utilizando o recurso do Matlab, segue os comandos:

>> p=[2 -8 6]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= 2x^2-8x+6') % Título do texto.

Figura 8: Gráfico da função f ( x ) = 2 x 2 − 8 x + 6.

9.5 Estudo do sinal

Estudar o sinal de uma função significa verificar os valores de x para os quais esta função é
positiva ou negativa.

35
∆>0 ∆=0 ∆<0

a>0 + +

- + + + + +

+ - - - - -
- -
a<0

Exemplo 3

1) Estude o sinal da seguinte função:

y = 3 x 2 − 10 x + 3

Solução: a=3>0 então a concavidade da parábola é para cima


∆ = (− 10 ) − 4.3.3 = 64
2

∆ > 0 , então existem duas raízes reais e distintas, isto é, a parábola corta o eixo x
em dois pontos distintos.
1
x1 =
2
10 ± 8
Raízes: x = =
6
x2 = 3

Sinal

⊕ • • ⊕
1
3
3

36
1
para x < ou x > 3 , temos y > 0
3

1
para < x < 3 , temos y < 0
3

9.6 Inequação do 2º grau

Qualquer inequação do tipo ax 2 + bx + c > 0 , ax 2 + bx + c < 0 , ax 2 + bx + c ≥ 0 ou


ax 2 + bx + c ≤ 0 , onde a,b,c são números reais com a ≠ 0 são chamadas inequações do
2º grau. Resolvemos uma inequação do 2º a partir do estudo do sinal da função
correspondente.

Exemplo 4
Resolva a seguinte inequação:

− x 2 + 3 x + 10 ≤ 0

Solução

S =3 
 = x1 = −2.x 2 = 5
P = −10

a = −1 < 0 , a parábola tem concavidade para baixo.

Sinal:

+
-2 5
- o o -

Como devemos ter − x 2 + 3 x + 10 ≤ 0 (destacados graficamente pela região em


negrito), então:

Exercício da Função do 2º grau

01) A função f(x) = ax 2 + bx + c possui como raízes os números 2 e 4, e seu gráfico é uma
parábola com o vértice (3,-3) . O valor de a + b + c é:

1 1
02) Se m e n são raízes de x 2 − 6 x + 10 = 0 , então + vale:
m n

03) Seja 7 a diferença entre as raízes da equação 4 x 2 − 20 x + c = 0 .Então , o valor da


constante c é :
37
4 + x2
04) O domínio da função y = é:
x 2 − 3x − 4

05) Resolva as seguintes inequações:

x−3
a) ≤ −1 b) ( x 2 − 2 x + 8).( x 2 − 5 x + 6).( x 2 − 16) ≤ 0
x−2

06) Determine o domínio da função f ( x) =


(x − 3)(x 2 + 1)
− x 2 − 5x − 7

07) O lucro de uma loja, pela venda diária de x peças, é dado por:
L ( x) = 100.(10 − x).( x − 4) . O lucro máximo por dia, é obtido com a venda de n peças,
e o valor do lucro correspondente é l. Os valores de n e l são, respectivamente.

10 - Função Modular
10.1 Definição

O módulo de um número real x é x, se x for positivo o oposto de x (- x), se x for negativo.


Simbolicamente,

Exemplo 1
Calcule:

a) − 5,7 = 5,7
b) 91 = 91
c) 2 x
Neste caso da letra c, o valor numérico depende da incógnita x. Como não sabemos se
2x é positivo ou negativo, temos que considerar os dois casos:
1º caso: se 2x for positivo ou zero, conserva-se o sinal, tem-se que 2 x = 2 x .
2º caso: se 2x for negativo, troca-se o sinal, tem-se que 2 x = −2 x
Resumindo temos:

d) x 2 − 1

38
Vamos considerar os dois casos:
1ºcaso) se x 2 − 1 for positivo ou zero, conserva os sinal.

2º caso)se x 2 − 1 for negativo, troca-se o sinal.

x 2 − 1 < 0 ⇒ −1 < x < 1


Resumindo, tem-se que:

10.2 Gráfico da função modular

10.2.1 Definição

Função modular é toda função f, de domínio ℜ e contra-domínio ℜ , tal que f ( x ) = x


ou y = x . O gráfico da função modular pode ser obtido de duas formas:
1º modo: a partir da definição de módulo;
2º modo: por simetria em relação ao eixo Ox.

Exemplo 2

1) Esboçar o gráfico da seguinte função:

a) f ( x ) = x − 3

Podemos primeiro fazer o gráfico de f ( x ) = x

*Esboço do gráfico da Figura 9:

Utilizando o recurso do Matlab, segue os comandos:

>> p=[1,0]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-7,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,x); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y = x') % Título do texto.

39
Figura 9: Gráfico da função f ( x ) = x .

Agora faremos a seguinte função f ( x ) = x isso significa que devemos “refletir” a parte
negativa para cima, ficando como o gráfico abaixo.

*Esboço do gráfico da Figura 10:

Utilizando o recurso do Matlab, segue os comandos:

>> p=[1 0]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-8,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,abs(x)); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y = abs(x)') % Título do texto.

Figura 10: Gráfico da função f ( x ) = x .

Finalmente fazemos o gráfico f ( x ) = x − 3 , isso significa que devemos descer 3 “casas”.

40
*Esboço do gráfico da Figura 11:

Utilizando o recurso do Matlab, segue os comandos:

>> p=[1,0]; % os coeficientes do polinômio.


>> x=linspace(-8,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> y=linspace(-3,10); % pontos nos quais p será calculado.
>> v=polyval(p,(abs(x)-3)); % cálculo de p nos pontos do vetor x.
>> plot(x,v) % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y =abs(x)-3') % Titulo do texto.

Figura 11: Gráfico da função f ( x ) = x − 3 .

10.3 Equação modular


10.3.1 Definição

Para resolver equações modulares, utilizaremos basicamente a definição de módulo.


Sempre que tivermos uma função modular devemos considerar que, dependendo do valor
da incógnita, o valor numérico da função poderá ser positivo ou negativo.

Exemplo 3 Resolver a equação modular x 2 + x − 12 = 0

Note que, neste exercício, temos uma equação do 2º grau onde a


incógnita é x . Para facilitar a resolução podemos utilizar uma
mudança de variável, substituindo x , por exemplo, por y, então:
x =y

Em função de y, temos a seguinte equação:

41
Agora que temos os valores de y, podemos calcular x :
como x =y, então:
x =3
x = 3 ou x = −3

ou

x = −4
não existe nenhum valor de x que satisfaça a equação, pois o módulo de um número é
sempre positivo.

10.4 Inequação modular

As inequações modulares se caracterizam pela presença de um dos sinais de desigualdade:


>, Observe a resolução dos exercícios seguintes.
Verificamos que nas inequações para a>0, temos a seguinte regra:

1º) Se x < a, então − a < x < a .

2º) Se x > a, então x < a ou x > a

Exemplo 4 Determinar o valor de x na inequação − 3 x + 2 > 1 .


Resolução:
Aplicando a propriedade 2, tem-se que:

− 3 x + 2 < −1 − 3x + 2 > 1
− 3 x < −1 − 2 ou − 3x > 1 − 2
− 3 x < −3 − 3 x > −1
Multiplicando por -1, invertendo o sinal de desigualdade:

3x < 1
3x > 3
1
x >1 x<
3

x −1
Exemplo 5 Resolva a inequação ≤ 3, em ℜ .
x+2
Solução: tem-se que

42
 x −1
x −1  x + 2 ≤ 3
−3≤ ≤3 ou 
x+2  x − 1 ≥ −3
 x + 2

Solução 1 Solução 2
x −1 x −1
≤3 ≥ −3
x+2 x+2
x −1 x −1
−3≤ 0 +3≥0
x+2 x+2
x − 1 − 3( x + 2) x − 1 + 3( x + 2)
≤0 ≥0
x+2 x+2
− 2x − 7 4x + 5
≤0 ≥0
x+2 x+2

Resolvendo, tem-se que: Resolvendo tem-se que:

Fazendo S1 ∩ S 2 ,ou seja, a intersecção entre as soluções tem-se que a solução geral da
inequação será:

Exercício da Função Modular

01) Resolva as equações modulares:

x −1
a) 2 x − 3 = x b) x 2 + 3 = 4 x − 1 c) =3
2x + 3
2
d) 2 x − 1 − 3 x − 1 − 2 = 0 e) x − 1 + x + 3 = 6

02) Resolva as inequações modulares:

3
a) x 2 − x − 4 > 2 b) 1 < x − 1 ≤ 3 c) 2 − ≤2
x
x−3
03) Determine o domínio da função f ( x) =
x−2

43
04) Esboce o gráfico das funções abaixo:

a) f ( x) = x. x b) f ( x) = x + x + 2

11 - Função Exponencial
A função exponencial f , de domínio ℜ e contra-domínio ℜ , é definida por y = a x ,
sendo a > 0 e a ≠ 1 .

f :ℜ → ℜ
y = a x sendo a > 0 e a ≠ 1
São exemplos de funções exponenciais:

( 3)
x x
x 1 2
a) y = 2 x
b) y = c) y = π x
d)   e)  
2 3

De forma geral, dada a função y = a x :

→ se a > 1 a função exponencial é crescente;


→ se 0 < a < 1 a função exponencial é decrescente.

Graficamente tem-se que:

y = ax y = ax

a > 1 → exponencial crescente 0 < a < 1 → exponencial decrescente

Figura 12: Gráfico da função exponencial crescente. Figura 13: Gráfico da função exponencial decrescente.

Domínio: D = {x ∈ ℜ} Domínio: D = {x ∈ ℜ}
Imagem: Im = ℜ * + Imagem: Im = ℜ * +

44
Exemplo 1 Construir o gráfico da seguinte função:

f ( x) = 2 x − 4 − 2
Devemos observar que a função exponencial está dentro do módulo, com isso podemos
seguir os seguintes passos para a construção do gráfico:

1º) Construir a função f ( x) = 2 x , seguindo as regras de potenciação visto na primeira


parte deste livro, bem como as regras para a construção de gráficos exponenciais.
Utilizando o recurso do Matlab tem-se que:

>> x=linspace(-3,3); % valores no eixo x.


>> y=linspace(0,5); %valores no eixo y.
>> y=2.^x; % função exponencial calculada.
>> plot(x,y), % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y=2^x') % Titulo do texto.
E obtemos a Figura14 como pode ser visto abaixo:

Figura 14: Gráfico da função f ( x) = 2 x .

2º) Construir a função f ( x) = 2 x − 4 , seguindo as regras de potenciação visto na primeira


parte deste livro, bem como as regras para a construção de gráficos exponenciais, note
neste caso o gráfico deverá “descer quatro casas” sendo está última a assíntota (semi-reta
que limita a função, com o qual a função não deverá tocá-la). Utilizando o recurso do
Matlab tem-se que:

>> x=linspace(-3,3); % valores no eixo x.


>> y=linspace(-7,5); %valores no eixo y.
>> y=2.^x-4; % função exponencial calculada.
>> plot(x,y), % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y=2^x-4') % Titulo do texto.

E obtemos a Figura 15 como pode ser visto abaixo:

45
Figura 15: Gráfico da função f ( x) = 2 x − 4 .

3º)Construir a função f ( x) = 2 x − 4 , seguindo as regras de potenciação visto no primeiro


capítulo deste livro, bem como as regras para a construção de gráficos exponenciais, note
neste caso será “arrebatado” para cima a parte negativa, ou seja, onde os valores de y
são negativos. Utilizando o recurso do Matlab tem-se que:

>> x=linspace(-7,5); % valores no eixo x.


>> y=linspace(0,4); %valores no eixo y.
>> y=abs(2.^x-4); % função exponencial calculada.
>> plot(x,y), % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y=abs(2^x-4)') % Titulo do texto.

E obtemos a Figura 16 como pode ser visto abaixo:

Figura 16: Gráfico da função f ( x) = 2 x − 4 .

4º)Construir a função f ( x) = 2 x − 4 − 2 , seguindo as regras de potenciação visto no


primeiro capítulo deste livro, bem como as regras para a construção de gráficos
exponenciais, note neste caso o gráfico deverá “descer duas casas”. Utilizando o recurso
do Matlab tem-se que:

>> x=linspace(-7,5); % valores no eixo x.


>> y=linspace(-4,4); %valores no eixo y.
>> y=abs(2.^x-4)-2; % função exponencial calculada.
>> plot(x,y), % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y=abs(2^x-4)-2') % Titulo do texto.
46
E obtemos a Figura 17 como pode ser visto abaixo:

Figura 17: Gráfico da função f ( x) = 2 x − 4 − 2 .

11.1 Equação exponencial

A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente. Para


resolver estas equações, além das propriedades de potências, vistas na 1ª parte,
utilizaremos a seguinte propriedade:

“Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais”

a m = a n ⇔ m = n sendo a > 0 e a ≠ 1

Exemplo 2 Resolver as seguintes equações exponenciais:


2
a) 3 x +1 = 243 b) 5 − x +4
= 125
2

x +1 5− x +4
= 125
3 = 243 2
5−x +4
= 53
3 x +1 = 35
resolução: − x + 4 = 3
2
resolução: x +1 = 5
x = 5 −1 − x2 = 3 − 4
x=4 − x 2 = −1
x = ±1

c) 2 x + 2 − 2 x + 2 x −1 = 14

resolução: aplicando a regra de potenciação tem-se que:

47
2 x + 2 − 2 x + 2 x −1 = 14
2 x.2 2 − 2 x + 2 x.2 −1 = 14
( )
2 x 2 2 − 1 + 2 −1 = 14
 1
2 x  4 − 1 +  = 14
 2
7
2 x   = 14
2
14 2
2x = .
1 7
2 =4
x

2 x = 22
x=2

11.2 Inequação exponencial

A inequação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente e de um


dos sinais de desigualdade: >, <, ≤, ou ≥ .
Para a função crescente, conserva-se o sinal da desigualdade para comparar os expoentes,
desde que as bases sejam iguais.
Para a função decrescente, inverte-se o sinal da desigualdade para comparar os expoentes,
desde que as bases sejam iguais.

Exemplo 3 Resolver a seguinte inequação exponencial.

a) b)
x+ 2 x −1
2 −2 + 2 ≤ 18
x

2 .2 − 2 .2 −1 + 2 x ≤ 18
x 2 x
0,1x − 2 ≤ 0,0001
(
2 x 2 2 − 2 −1 + 1 ≤ 18 ) 1
x−2
 1 
  ≤ 
 1   10   10000 
2 x  4 − + 1 ≤ 18
 2 
9
((10) )−1 x −2
≤ 4
10
1
2 x   ≤ 18
2 10 − x + 2 ≤ 10 −4

2x ≤ .
18 2 − x + 2 ≤ −4
1 9 − x ≤ −4 − 2
2 ≤4
x
− x ≤ −6
2 ≤2x 2
x≥6
x≤2

48
Para conhecimento

O número e tem grande importância em diversos ramos das ciências, pois está presente
em vários fenômenos naturais, por exemplo:
1) crescimento populacional;
2) crescimento de população de bactérias;
3) desintegração radioativa.
Na área de Economia, é aplicada no cálculo de juros.
Foi o matemático inglês John Naiper (1550 – 1617) o responsável pelo
desenvolvimento da teoria logarítmica utilizando o número e como base. O número e é
irracional, ou seja, não pode ser escrito sob forma de fração, e vale:
e = 2,71828182...
sendo chamado de número neperiano, em homenagem ao matemático. Como o número e é
encontrado em diversos fenômenos naturais, a função f ( x ) = e x é considerada uma das
funções mais importantes da matemática, merecendo atenção especial de cientistas de
diferentes áreas do conhecimento humano.

Exercício de Função Exponencial

01) Resolva as seguintes inequações exponenciais:

a) 2 x −1 + 2 x + 2 x +1 − 2 x + 2 + 2 x + 3 > 240 b) 3.(3 x − 1) ≥ 1 − 3− x

2 3+ x − 2 x − 3
02) A expressão é igual a:
2 x + 2 x −3
2 x + y − 2 = 30
03) Sejam x e y os números reais que tornam verdadeiras as sentenças  x − y
2 − 2 = 0
y
Nessas condições, o valor de x vale?

04) O valor de x que satisfaz a equação 2 x +1 + 2 x −1 = 80 vale?

8
 3 
05) O valor de  2 2  é:
 
2
− 2 x +1 5625
06) A soma das raízes da equação 5 x = é:
9

07) Sob certas condições, uma população de microorganismo cresce obedecendo à lei P= C
. 3 KT na qual T é o numero de horas, P é o número de microorganismos no instante T e C e
K são constantes reais. Se P = 486 e T = 10, então C e K valem, respectivamente:

49
08) Esboce os gráficos das funções, dando o domínio e imagem:
a) f ( x) = 2 x −1
b) f ( x) = 2 x + 1
2x
1
c) f ( x) =  
 2
x2 −4 x
 1
d) f ( x) =  
 5

9) Os valores de x para os quais (0,8) > (0,8)


4 x2 − x 3( x +1)

12 - Função Logarítmica
12.1 Definição

O logaritmo de um número b, na base a, sendo a e b positivos e a é diferente de um, é


um número x, tal que x é o expoente de a para se obter b, então:

log a b = x ⇔ a x = b, sendo b > 0, a > 0, a ≠ 1 (condição de existência)

b é chamado de logaritmando
a é chamado de base
x é o logaritmo

Para os logaritmos decimais, ou seja, aqueles em que a base é 10, esta frequentemente é
omitida.

Exemplo 1

Logaritmo de 2 na base 10, notação: log 2


Logaritmo de 3 na base 10, notação: log 3
Logaritmo de x na base e, notação: log e x esse tipo de logaritmo é chamado
de logaritmo neperiano e pode ser definido como sendo ln x .

Dado um número real a (com 0 < a ≠ 1 ) chama-se função logarítmica de base a, a função
de ℜ + em ℜ dada pela lei f ( x ) = log a x .
*

Para a > 1 tem-se uma função crescente.


Para 0 < a < 1 tem-se uma função decrescente.

Graficamente tem-se que:

50
y = log a x y = log a x
a > 1 → logarítmica crescente 0 < a < 1 → logarítmica decrescente

Figura 18: Gráfico da função logarítmica crescente. Figura 19: Gráfico da função logarítmica decrescente.

Domínio: D = ℜ * + Domínio: D = ℜ * +
Imagem: Im = {x ∈ ℜ} Imagem: Im = {x ∈ ℜ}

Exemplo 2 Construir o gráfico da seguinte função

y = log 0,5 ( x + 5) − 2

Primeiro devemos tirara a condição de existência, ou seja:


x+5>0
x > −5
com a condição de existência achada, o domínio da função é a própria condição de
existência, ficando D = {x ∈ ℜ x > −5}.Para achar os pontos de intersecção com os eixos,
basta igualar x = 0 para achar y e y = 0 para achar x. O gráfico abaixo corresponde a
função y = log 0,5 (x + 5) . Utilizando o recurso do Matlab tem-se a Figura 20:

>> x=linspace(-5,10); % valores no eixo x.


>> x>-5; %condição de existência.
>> y=log10(x+5)/log10(0.5); %função logarítmica calculada.
>> plot(x,y); % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= log0,5(x+5)' % Titulo do texto.

Figura 20: Gráfico da função y = log 0,5 (x + 5) .


51
Note que neste caso a função y = log 0,5 ( x + 5) − 2 faz com que, o gráfico se desloque para
baixo em duas “casas”. Utilizando o recurso do Matlab tem-se a Figura 21:

>> x=linspace(-5,10); % valores no eixo x.


>> x>-5; %condição de existência.
>> y=(log10(x+5)/log10(0.5))-2; %função logarítmica calculada.
>> plot(x,y); % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= log0,5(x+5)-2' % Titulo do texto.

Figura 21: Gráfico da função y = log 0,5 ( x + 5) − 2 .

Finalmente “arrebatemos” a parte negativa para a parte positiva, por causa do módulo
como vemos na função y = log 0,5 ( x + 5) − 2 . Utilizando o recurso do Matlab tem-se a
Figura 22:

>> x=linspace(-5,10); % valores no eixo x.


>> x>-5; %condição de existência.
>> y=abs((log10(x+5)/log10(0.5))-2); %função logarítmica calculada.
>> plot(x,y); % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y= abs(log0,5(x+5)-2)' % Titulo do texto.

Figura 22: Gráfico da função y = log 0,5 ( x + 5) − 2

52
12.2 Conseqüências

Decorrem da definição de logaritmo as seguintes propriedades:

1º) O logaritmo de 1 em qualquer base a é igual a 0.

log a 1 = 0 , pois a 0 = 1
2º) O logaritmo da base, qualquer que seja ela, é igual a 1.

log a a = 1 , pois a 1 = a

3º) A potência de base a e expoente log a b é igual a b.

a log a b = b ,
pois o logaritmo de b na base a é justamente o expoente que se deve dar à base a para que
a potência fique igual a b.

4º) Se dois logaritmos em uma mesma base são iguais, então os logaritmandos também são
iguais.

log a b = log a c ⇒ b = c
pois log a b = log a c ⇒ a log a c
=b⇒c=b

Exemplo 3 Calcular o valor de 8 log 2 5 .

( )
tem-se que 8 log 2 5 = 2 3
log 2 5
(
= 2 log 2 5 )
3
= 5 3 = 125

Exemplo 4 Calcular o valor de x tal que log 5 (2 x + 1) = log 5 (x + 3) :

com isso devemos ter 2 x + 1 = x + 3 , sendo o valor de x = 2 .

12.3 Propriedades operatórias dos logaritmos

1º) Logaritmo do produto


“Para qualquer base, o logaritmo do produto de dois números reais e positivos é igual
à soma dos logaritmos dos números.” Com isso tem-se que: se 0 < a ≠ 1 , b > 0 e c > 0 ,
então:

Essa propriedade também é válida para o logaritmo de três ou mais números reais e
positivos, ou seja: se 0 < a ≠ 1 e b1 > 0 , b2 > 0 , ..., bn > 0 , então:

53
Exemplo 5

a)

b)

2º) Logaritmo do quociente


“Para qualquer base, o logaritmo do quociente de dois números de dois números reais e
positivos é igual à diferença entre o logaritmo do dividendo e o logaritmo do divisor”. Com
isso tem-se que: se 0 < a ≠ 1 , b > 0 e c > 0 , então:

b
log a = log a b − log a c
c
Exemplo 6

3
a) log 2 = log 2 3 − log 2 4
4
6
b) log10 = log10 6 − log10 5 = log 10 2 + log10 3 − log10 5
5

3º) Logaritmo da potência


“Para qualquer base, o logaritmo de uma potência de base real e positiva é igual ao
produto do expoente pelo logaritmo da base da potência”. Com isso tem-se que: se
0 < a ≠ 1 , b > 0 e r ∈ ℜ , então:

log a b r = r. log a b

Exemplo 7

a) log 2 3 7 = 7. log 2 3
1
1
b) log 5 3 = log 5 3 = . log 5 3
2
2

12.4 Cologaritmo

Define-se o logaritmo como o oposto do logaritmo, portanto:

co log a b = − log a b , sendo b > 0 , a > 0 e a ≠ 1

Exemplo 8

a) co log 5 125 = − log 5 125 = − log 5 5 3 = −3


3
1 1 1
b) co log 7 = − log 7 = − log 7   = − log 7 7 −3 = −(− 3) = 3
343 343 7
54
12.5 Mudança de base

A mudança de base é importante, pois é usada para obter uma mesma base dos logaritmos
em uma equação ou inequação. Lembramos que a resolução das mesmas só é possível com
a mesma base. Então tem-se que:

Para resolver questões deste tipo, utilizaremos uma propriedade que nos permite mudar a
base do logaritmo para outra que for mais conveniente:

log a m
log n m = , sendo m > 0 , n > 0 , n ≠ 1 , a > 0 e a ≠ 1
log a n

Exemplo 9 Dados log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477 , calcule:

a) log 2 3

resolução: mudaremos a base pois os dados do problema trazem base 10, então:

log 3 0,477
log 2 3 = = = 1,585
log 2 03,01

b) log 2 30

resolução: neste caso teremos que mudar a base para 10 e aplicar as propriedades
operatórias convenientes

10
log 30 log(2.3.5) log 2 + log 3 + log 2 log 2 + log 3 + log 10 − log 2 0,477 + 1
log 2 30 = = = = = = 4,907
log 2 log 2 log 2 log 2 0,301

12.6 Equação logarítmica

A equação logarítmica caracteriza-se pela presença do sinal de igualdade e da incógnita no


logaritmando. Pra resolver uma equação, antes devemos encontrar a condição de existência
do logaritmo, determinando os valores da incógnita para que o logaritmando e a base sejam
positivos, e a base diferente de 1, observando as propriedades convenientes para cada
situação.

Exemplo 10 Resolva as seguintes equações logarítmicas:

a) log 3 ( x − 1) = 3

resolução:

55
Condição de existência x − 1 > 0 ⇒ x > 1 , logo o domínio da função é
D = {x ∈ ℜ x > 1}, com isso temos:
log 3 (x − 1) = 3
x − 1 = 33
x − 1 = 27
x = 28
Como x = 28 satisfaz a condição de existência , temos a solução S = {28} .

b) 2. log x = log(2 x − 3) + log( x + 2)

resolução:

primeiro devemos tirar a condição de existência:


x>0
3
x>
2
x > −2

3
tirando a intersecção temos que x> , sendo então o domínio da função
2
 3
será D =  x ∈ ℜ x >  . Aplicando a propriedade da potência temos:
 2

log x 2 = log[(2 x − 3)(x + 2 )]


(
log x 2 = log 2 x 2 + x − 6 )
x = 2x + x − 6
2 2

x2 + x − 6 = 0

Resolvendo a equação do segundo grau, tem-se que as raízes são:


x = −3 ou x = 2 , como − 3 não faz parte da região do domínio, então 2 será a solução.

12.7 Inequação logarítmica

Identificamos as inequações logarítmicas pela presença da incógnita no logaritmando e de


um dos sinais de desigualdade: ≤, ≥, <, ou > . Na resolução de inequações logarítmicas,
procuramos obter logaritmos de bases iguais nos dois membros da inequação, para poder
comparar os logaritmandos. Porém, para que não ocorram distorções, devemos verificar se
as funções envolvidas são crescentes ou decrescentes. De forma geral, quando resolvemos
uma inequação logarítmica, temos que observar o valor numérico da base, pois estando os
dois membros da inequação compostos por logaritmos de mesma base, para comparar os
respectivos logaritmandos temos dois casos a considerar:

56
• Se a base é um número maior que 1 (função crescente) utilizamos o mesmo sinal da
inequação.
• Se a base é um número entre zero e 1 (função decrescente), invertemos o sinal da
inequação.

Exemplo 11 Resolver as seguintes inequações:

a) log 2 4 x < 3

resolução:

Primeiro devemos calcular a condição de existência: 4 x > 0 ⇒ x > 0.


Calculando a inequação, verificamos que a base do logaritmo é maior que 0, logo
a função é crescente, com isso, tem –se que:

4x < 23
4x < 8
8
x<
4
x<2
A resolução da inequação terá sentido se resolvermos à intersecção da respostada
inequação com a condição de existência. Logo a resposta da questão será:

S = {x ∈ ℜ 0 < x < 2}

b) log 1 (2 x + 5) ≥ log 1 (1 − x )
2 2

resolução:
Calculando a condição de existência, temos:

5
2 x + 5 > 0 ⇒ 2 x > −5 ⇒ x > −
2
1 − x > 0 ⇒ − x > −1 ⇒ x < 1
5
Tirando a intersecção temos, − < x < 1 que será a condição de existência.
2
Resolvendo a inequação temos:
Como as bases são iguais e está entre 0 < x < 1 , logo a função é decrescente, com isso
devemos inverter o símbolo da inequação, comparando os logaritmandos.

2x + 5 ≤ 1 − x
2x + x ≤ 1 − 5
3 x ≤ −4
4
x≤−
3
57
Fazendo a intersecção com a condição de existência temos:

 5 4
S = x ∈ ℜ − < x < − 
 2 3

Exercício da Função Logarítmica


9 1
01) O número real x, tal que log x 4 = ,é:
2

02) Seja m a solução real da equação 3 x −1 + 3 x +1 = 270 . O valor de log 1


m
é:
8

03) Se x = log 3 , então 3 x + 3 − x vale:


2

04) Dado A – B = C, onde A= ln (x ) , B = ln x e C = ln 8 . A solução da equação é:


3
−2 x2

1024 1
05) Sendo A = e B=
A B
o valor de log 2 + log 2 será dado por:
3
256 64

06) Esboce o gráfico das funções dando o domínio e a imagem:

x+2 x2 −2 x
a) f ( x) = log x −1 b) f ( x) = log 1 c) f ( x) = log 3
2
07) Resolva as seguintes equações logarítmicas:

a) log 2
{2. log 3 [1 + log 4 (x + 3)]} = 2 ( )
b) log 1 x 2 + 13 x + co log 1 ( x + 3) = log 1 (3 x − 1)
3 3 3

x + y = 6
c)  d) log x 3. log x 3 + log x 3 = 0
log 2 x + log 2 y = log 2 8 3 81

07) Resolva as seguintes inequações:

a) log 5 (x − 3) > log 5 (− x + 5) b) log x − co log( x + 1) > log 12


4 4

58
Exercícios Gerais da 2ª Parte

01) Esboce os gráficos das funções dando o domínio e a imagem:

 x − 1, se, x ≤ −2
3 x + 5, se, x ≥ 0 
a) f(x) =  b) f(x) = 1, se,−2 < x < 1
 x, se, x < 0  x 2 + 5, se, x ≥ 1

 x 2 − x, se, x ≥ 0 x+2
c) f(x) =  d) f(x) =
− x, se, x < 0 x+2

log 1 x , se, x > 0


 1  x  2
4 x + 12, se, x < −2   , se, x > 0
  
e) f(x) =  x 2 , se,−2 ≤ x ≤ 1 f) f(x) =  2  g) f(x) = 0, se, x = 0
− x 2 + 3, se, x > 1  1 −1
  x , se, x < 0  , se, x < 0
 x

02) Construa o gráfico das seguintes funções:

a) f ( x) = x b) f ( x) = x − 3 c) f ( x) = x 2 − 1 + 1 d) f ( x) = − x + 2 − 2

x
1
h) f ( x) = 2
x x
e) f ( x) =   − 1 − 1 f) f ( x) = 2 x − 2 g) f ( x) = − log 2
2

x −7 x −7
i) f ( x) = log 2 j) f ( x) = log 2

03) Complete os quadrados:

a) x 2 + 4 x b) 3 x 2 + 27 x c) 4 x 2 + 3 y 2 + 2 x − 5 y + 2 d) − 6 x 2 + 36 x + 27

e) y 2 + 6y f) − 9 x 2 + 5 y 2 + 6 x − 5 y + 1 g) 9x 2 +81x

59
3ª Parte

13 - Função Trigonométrica

13.1 Arcos e Ângulos – unidades de medidas

Tomando-se dois pontos quaisquer A e B sobre uma circunferência, obtemos dois


arcos AB e BA. Defini-se então um arco como uma das suas partes de uma
circunferência, limitada por dois pontos.

13.2 Unidades de Medidas

Para se medir arcos, adotam-se comumente duas unidades básicas:

Grau – unidade sexagesimal.


Radiano – unidade circular.

Dividindo-se a circunferência em 360 partes iguais e associando-se cada arco a


medida de 1 grau (1º), então a circunferência terá 360º. Dizemos, portanto, que o grau
1
é da circunferência. Convencionou-se que a medida do arco AM é igual à medida
360
)
do ângulo central, AOM tomadas em relação a uma mesma unidade. Defini-se o
radiano (1rad) como sendo a medida do arco (ou do ângulo central) cujo comprimento
é igual ao raio da circunferência.
Com isso, têm-se a relação de transformação de ângulo para radiano,

com essa, podemos achar por uma regra de três simples o equivalente dos outros
graus em radiano.

Exemplo 1 Quanto vale 60º em radiano?

Resolução
180º ⇔ π
60º ⇔ x
fazendo a regra de três tem-se que:

Observação: Convencionou-se que 1º = 60' e 1' = 60" , com isso 1º = 3600" , lembrando que:
60
1' = 1 minuto e 1" = 1 segundo.

Exemplo 2 Quanto vale o ângulo em radiano?

Resolução

ou fazendo π = 3,14 , tem-se que:

Exemplo 3 Qual o ângulo convexo formado pelos ponteiros de um relógio ao marcar 5h


45 min.

Resolução

αº= ?
α º = 90º + (30º − x)

Cálculo de x:

G=( ponteiro dos minutos)


P=(ponteiro das horas)

quando G anda 360º, P anda 30º


quando G anda 270º, P anda x.

360º 30º
Logo: = ⇔ x = 22,5º.
270º x
Calculando α º , tem-se que:

ou

61
13.3 Circunferência Orientada

É a circunferência sobre a qual fixamos um sentido positivo de orientação e a


origem A de medidas de arcos.
Convencionou-se que:
Sentido-anti-horário os arcos têm sinal positivo.
Sentido horário os arcos têm sinal negativo.

13.4 Arcos e Ângulos Côngruos

Dois ou mais arcos são ditos côngruos se, e somente se, numa mesma
circunferência orientada possuírem a mesma origem e a mesma extremidade. Logo a
expressão que nos dá todos os arcos côngruos, será:

sendo: x0 = menor determinar de x ou redução de x à primeira volta.


k = número de voltas.

módulo de congruência.

Exemplo 4 Qual a primeira determinação positiva do arco 1493º?

Resolução

 x = 1493º

 x0 = ?

Logo vem que:

se a questão pedisse a primeira determinação negativa , resposta seria:


53º −360º = −307 º .

13.5 Circunferência Trigonométrica ou Ciclo Trigonométrico


É a circunferência orientada que possui as características:

I. Raio igual a 1;
II. Centro na origem dos eixos coordenados x e y;
III. A (1,0) é a origem dos arcos.

62
Observe que os eixos coordenados divide a circunferência em quatro arcos, chamados
arcos quadrantes.

y y

2ºq 1ºq
x x
3ºq 4ºq

Podemos observar a tabela a seguir:

Variação dos a
Arcos e 0 a 90º 90º a 180º 180º a 270º 270º a 360º
côngruos

Quadrante
correespondente 1º quad. 2º quad. 3 quad. 4 quad.

13.6 Funções Circulares ou Funções trigonométricas


13.6.1 Introdução

São conhecidas seis funções circulares básicas: seno, co-seno, tangente, co-
tangente, secante e co-secante. Para o estudo dessas funções são associados quatro ao
ciclo trigonométrico:

y t
B c

A’ x
0 A

B’

• eixo x, que será chamado de eixo dos co-senos;


• eixo y, que será chamado de eixo dos senos;
• eixo t, que será chamado de eixo das tangentes;
• eixo c, que será chamado de eixo das co-tangentes.

63
Sendo que não existe o eixo das secantes nem das co-secantes.

13.7 Função Seno


13.7.1 Conceito

Chama-se de função seno a aplicação que associa cada ângulo central x (ou arco AM)
à ordenada PM do ponto M, que é igual a OQ . Essa ordenada é chamada de sen(x) . Isto
é: f : x → PM = OQ = sen( x) ⇔ f ( x) = sen( x) ou y = sen(x) .

13.7.2 Domínio e Imagem

D ( f ) = ℜ , pois ∀x ∈ ℜ , sen(x) ∈ ℜ .
Im( f ) = [− 1,1] , ou seja, ∀x ∈ ℜ , − 1 ≤ sen( x) ≤ 1 , sendo -1 e 1, respectivamente, o
mínimo e o máximo valores do seno de x.

13.7.3 Sinal da função

13.7.4 Paridade da função

Tomemos um ângulo x do 1º quadrante. A ele faz-se corresponder o segmento sen(x).


Tomando-se o ângulo –x (no sentido horário) o segmento correspondente será -sen(x).
Estendendo-se aos outros quadrantes o mesmo acontecerá: trocando-se x por –x, a
função também muda o sinal de sen(x) para -sen(x). Conclui-se, portanto, que: Como
∀x ∈ ℜ , sen(− x) = − sen( x) , dizemos, então que a função seno é ímpar.

13.7.5 Gráfico da função: senóide

>> x=linspace(-2*pi,2*pi); % valores no eixo x.


>> y=sin(x); %função seno calculada.
>> plot(x,y); % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y =sen(x)') % Titulo do texto.

Segue abaixo a Figura 23 referente ao gráfico da função seno.

64
Figura 23: Gráfico de uma senóide.

13.7.6 Periodicidade da função:

Dizemos que uma função y = f (x) é periódica quando há representações das


imagens para valores do domínio tomados em intervalos de mesma variação. A função
seno é periódica de período 2π rad, pois sendo α uma das determinações, as outras
determinações serão dadas pro α + 2kπ , k ∈ Z . Todas essas determinações, entretanto,
têm a mesma extremidade e, por conseqüência todas tem o mesmo seno, ou seja:
sen(α ) = sen(α + 2kπ ) .

13.8 Função Co-seno

13.8.1 Conceito

Chama-se de função co-seno a aplicação que associa cada ângulo central x (ou arco
AM à abscissa OP do ponto M). Essa abscissa é chamada de cos(x) . Isto é
f : x → OP = cos( x) ⇔ f ( x) = cos( x ) .

13.8.2 Domínio e Imagem

D ( f ) = R, pois ∀x ∈ R cos( x) ∈ R
Im( f ) = [−1,1] , ou seja: ∀x ∈ R , − 1 ≤ cos( x) ≤ 1 , -1 e 1, respectivamente, o mínimo e
o máximo valores co-seno de x.

13.8.3 Sinal da função

65
13.8.4 Paridade da função

Tomemos um ângulo x do 1º quadrante. A ele faz-se corresponder o segmento cos(x).


Tomando-se o ângulo – x (no sentido horário) o segmento correspondente será cos(x).
Estendendo-se aos outros quadrantes o mesmo acontecerá: trocando-se x por –x, a
função não muda o sinal. Conclui-se, portanto, que: Como ∀x ∈ ℜ , cos(− x) = cos( x) ,
dizemos, então que a função co-seno é par.

13.8.5 Gráfico da função: cossenóide

>> x=linspace(-2*pi,2*pi); % valores no eixo x.


>> y=cos(x); %função seno calculada.
>> plot(x,y); % gráfico com os resultados.
>> xlabel('Eixo X') %legenda do eixo horizontal.
>> ylabel('Eixo Y') % Legenda do eixo vertical.
>> title('Funçao y =cos(x)') % Titulo do texto.

Segue abaixo a Figura 24 referente ao gráfico da função co-seno.

Figura 24: Gráfico de uma cossenóide.

13.8.6 Periodicidade da função

De modo análogo à função seno, podemos concluir que o co-seno de um ângulo


repete-se de 2π em 2π rad. Ou melhor: ∀x ∈ R, cos( x + 2π ) = cos( x). Dizemos,
então, que a função co-seno é periódica e seu período é 2π rad ou 360°.

13.9 Relações Fundamentais

São relações especiais que corresponde o estudo do seno e co-seno, vejamos:

sen( x)
1) A função tangente é a razão entre a função seno e co-seno: tg ( x) = .
cos( x)
66
cos( x)
2) A função co-tangente é inversa da função tangente: cot g ( x) = .
sen( x)
1
3) A função secante é inversa da função co-seno: sec( x ) = .
cos( x)
1
4) A função co-secante é inversa da função seno: cos sec( x) =
sen( x)

13.10 Relação Fundamental da Trigonometria


Dado o ciclo trigonométrico, a idéia central é construir um triangulo retângulo
com hipotenusa correspondente ao raio igual a 1.
y

x
0

Como o eixo dos x corresponde a função co-seno e eixo dos y corresponde a função seno,
então posemos afirmar que:

1 sen(x)

cos(x)

Utilizando a relação de Pitágoras temos:

sen 2 ( x) + cos 2 ( x) = 1

13.11 Relações Derivadas

São duas as mais conhecidas:

Vamos provar as fórmulas acima:

67
Dividindo a relação fundamental sen 2 ( x) + cos 2 ( x) = 1 membro a membro por
cos 2 ( x) , vem que:

1 sen 2 ( x) cos 2 ( x)
= + ⇔ sec 2 ( x) = 1 + tg 2 ( x)
cos 2 ( x) cos 2 ( x) cos 2 ( x)

Dividindo agora membro a membro por sen 2 ( x) , tem-se:

1 sen 2 ( x) cos 2 ( x)
2
= 2
+ 2
⇔ cos sec 2 ( x) = 1 + cot g 2 ( x)
sen ( x) sen ( x) sen ( x)

13.12 Transformações Trigonométricas

sen

cos

oa ob − ab
O segmento ST = ab , então o cos(α º + β º ) = = . Por outro lado temos:
oP oP
ob − ST ob ST ob oT ST PT
cos(α º + β º ) = = − ⇔ cos(α º + β º ) = . − .
oP oP oP oP oT oP PT
ob oT ST PT
cos(α º + β º ) = . − . ⇔ cos(α º + β º ) = cos α º. cos β º − senα º.senβ º
oT oT PT oP

cos(− β ) = cos( β )
Como: , pois o seno é uma função ímpar e o co-seno é uma função
sen( − β ) = − sen( β )
par temos.
68
cos(α º − β º ) = cos(α º +( − β º )) = cos α º. cos( − β º ) − senα º.sen(− β )
cos(α º − β º ) = cos α º. cos β º + senα º.senβ º

cos(90 − α º ) = senα º
Lembrar que 
sen(90 − α °) = cos α º
Temos então:

sen(α º + β º ) = cos(90º −(α º + β º ))


sen(α º + β º ) = cos[(90º −α º ) − β º ]
sen(α º + β º ) = cos(90º −α º ). cos β º + sen(90º −α º ).senβ º
sen(α º + β º ) = senα º. cos β º + cos α º.senβ º

sen(α º − β º ) = sen(α º +(− β ))


sen(α º − β º ) = senα º. cos( − β º ) + cos α º.sen( − β º )
sen(α º − β º ) = senα º. cos β − cos α º.senβ º

Com as expressões do co-seno e do seno podemos relacionados com a soma dos arcos,
podemos achar a expressão para a tangente.

sen(α º + β º ) senα º. cos β º + senβ º. cos α º


tg (α º + β º ) = =
cos(α º + β º ) cos α º. cos β º − senα º.senβ º
senα º. cos β º cos α º.senβ º
+
cos α º. cos β º cos α º. cos β º
tg (α º + β º ) =
cos α º. cos β º senα º.senβ º

cos α º. cos β cos α º. cos β º
tgα º +tgβ º
tg (α º + β º ) =
1 − tgα º.tgβ º

69
De modo análogo temos que:

tgα º −tgβ º
tg (α º − β º ) =
1 + tgα º.tgβ º

π
Para as expressões da tangente temos que α , β e α + β diferentes de + kπ , k ∈ Z .
2

Para arcos duplos temos que:

sen(2α º ) = sen(α º +α º ) = senα º. cos α º + senα º. cos α º


sen(2α º ) = 2.senα º. cos α º

cos(α º +α º ) = cos α º. cos α º − senα º.senα º


cos(α º +α º ) = cos 2 (α º ) − sen 2 (α º )

tgα º +tgα º
tg (α º +α º ) =
1 − tgα º.tgα º
2.tgα º
tg (α º +α º ) =
1 − tg 2α º

70
13.13 Transformação em Produto

Pra a fatoração de certas expressões, a trigonometria dispõe de algumas fórmulas


próprias que, quando associadas aos recursos algébricos de que já dispomos, permitirão a
fatoração de expressões como sen( x) + sen( y ) , cos( x) − cos( y ) , sen( x) + cos( x) entre
outras.

13.13.1 Transformação de somas e diferenças de senos:

Dada as expressões do seno da soma e do seno da diferença de dois arcos:

Somando-se e subtraindo a as duas expressões membro a membro, obtemos:

sen(α º + β º ) + sen(α º − β º ) = 2senα º. cos β º

sen(α º + β º ) − sen(α º − β º ) = 2 senβ º. cos α º

Façamos α º + β º = p e α º − β º = q resolvendo o sistema tem-se que:

p+q p−q
αº= βº=
2 2

 p+q  p−q
senp º + senq º = 2.sen . cos 
 2   2 
Temos então:
 p−q  p+q
senp º − senq º = 2.sen . cos 
 2   2 

13.13.2 Transformação de somas e diferenças de cossenos:

Tomemos as expressões do cosseno da soma e do cosseno da diferença de dois arcos:

Somando-se e subtraindo a as duas expressões membro a membro, obtemos:

cos(α º + β º ) + cos(α º − β º ) = 2 cos α º. cos β º

cos(α º + β º ) − cos(α º − β º ) = −2 senα º. cos β º


71
Façamos α º + β º = p e α º − β º = q resolvendo o sistema tem-se que:

p+q p−q
αº= βº=
2 2

 p+q  p−q
cos p º + cos q º = 2. cos . cos 
 2   2 
Temos então:
 p+q  p−q
cos p º − cos q º = −2.sen .sen 
 2   2 

13.14 Redução ao 1º quadrante

Qualquer ângulo do segundo, terceiro e quarto quadrante, tem relação com o primeiro
quadrante. Com isso, podemos transformar esses ângulos com as seguintes relações:

Redução do 2º quadrante para o 1º quadrante → 180º −α º = β º


Redução do 3º quadrante para o 1º quadrante → 180 + α º = β º
Redução do 4ºquadrante para o 1º quadrante → 360º −α º = β º

Obs: O ângulo α será o ângulo que queremos achar e o ângulo β , o ângulo do quadrante
a ser reduzido.

Exercício da Função Trigonométrica

 19π 
01) f ( x) = senx + cos x , então o valor de f   é:
 4 
3 π
02) Se cos x = e − < x < 0 , então a tg (x) vale:
5 2

11 π
03) Se 3sen 2 x + 2 cos 2 x = com 0 < x < , então, calcule o sen(x) .
4 2

04) O valor de K para o qual (cos x + senx ) + k .senx. cos x = 1 é:


2

1 1
05) Se senα = e cos β = e se α e β estão no 1º quadrante, então sen(α + β ) é:
3 4

( )
06)O valor de tg10 0 + cot g10 0 .sen 20 0 é:

72
 π
07) Qual é o período da função y = sen 2 x − 
 4

08) Determine o domínio das seguintes funções:

a) y = tg ( x + 60º ) b) y = 1 + cos 6 x

09) Determine o período, imagem, domínio e a paridade construindo o seu gráfico.

a) y = 3senx

b) y = 3 + senx

 π
c) y = 4 + 3 cos x + 
 2

d) y = 2 − cos x

 π
e) y = 2 cos x − 
 3

10) Qual o ângulo formado pelos ponteiros de um relógio ao marcar 5 horas e 45 minutos?

11) Mostre que sen 6 ( x) + cos 6 ( x) = 1 − 3.sen 2 ( x). cos 2 ( x) .

12) É verdade que sen 2 80º +sen 2 170º = 1? Justifique.

sen50º tg 25º cos 20º


13) O valor numérico da expressão y = + 2. + é:
sen 40º cot g 65º 2 sen70º

14) Determine sen75º , cos 105º e sec105º

15) Prove que sen (a + b + c) = sena. cos b. cos c − sena.senb.senc + cos a.senb. cos c + cos a. cos b.senc

π π
16) Sendo x + y = e x− y = simplifique a expressão sen( x + a ) − cos( y + a ) .
2 6

π  θ θ
17) Se 7 1 + senθ = 3 + 2 10 , 0 < θ < então 28 sen + cos  é igual a:
2  2 2

73
Gabarito

Potenciação

1 1 1 9 1 4 7 11 7
01) a) b) c) d) e) f) g) h) 0 i) j)
4 64 5 8 10 3 10 24 8

2 4 1 16 19 10 16
l) m) n) o) p) q) r)
3 5 2 9 12 27 3

Radicais

3 5
01) a) 12 2 b) − 23 3 c) d) 2 3 e) 83 4 f) 5 g) 17 2 h) 3 3
2

11 5
i) − 2 2 j) l) 130 m) 4 10 n) 4 105 o) 5 p) (x + y ) x − y
2

3 27 6 6 8 1
q) 2 r) 2 s) 6 t) 2 u) 5 v) 3 x) 2 3 z) 8
2 2

Racionalização de Denominadores

01) a) 5+ 3 b)
7− 3
c)
b.(3 a − b )
d)
4.( 5 − 2 )
e)
− 3. 1 + 3 ( )
46 9a − b 3 2

f) 2−2 g)
a.( a + 2 b )
h)
(
2. 5 3 + 2 5 ) i)
10 + 2
j)
21 − 3
a − 4b 11 4 6

l)
(
x. x − y ) m)
3 2
n) 5 o)
7 3
p)
15 19
q)
35
r) 3a 2b
x− y 2 6 19 5

x 6 xy 4 4 2a 5
9x3 y 2 6
54 x ab3 a 3bc x 2 8 x 3bz 5
s) t) u) v) x) z)
y a 3 5 c z

Produtos Notáveis

01) a) 4 x 2 + 16 x + 16 b) x 9 + 3 x 6 y 2 + 3 x 3 y 4 + y 6 c) 9 x 4 y 6 + 6 x 2 y 3 a 2 + a 4

d) 4 x 2 − 4 xy + y 2 e) x 6 − 3 x 4 a + 3 x 2 a 2 − a 3 f) x 2 + y 2 + a 2 + 2 xy + 2 xa + 2 ya

74
g) 23 2 + 23 4 y 2 + y 4 h) 9 − 27 6 + 183 9 − 6 6 i) a 2 − y 2

j) x 8 − 4 x 6 y + 6 x 4 y 2 − 4 x 2 y 3 + y 4 l) 2 x 2 + 13 x + 15 m) m 2 + 4mn + 4n 2

n) 4 x 2 + 4 xb + b 2 o) 9 x 2 + 6 xb + b 2 p) m 2 − 3m + 6 q) − 9a 2 + b

− 3a 4 + 4a 3 + 7 a 2 + 16
r)
4a 2
s) a + 3a x + 3a 2 m + 3ax 2 + 3mx 2 + 3am 2 + 3m 2 x + 6amx + x 3 + m 3
3 2

t) 3a u) 2 b v) 27a 2 x) m 2 + p 2 + 25 + 2mp + 10m + 10 p z) 3m 4

Fatoração

(
01) a) (x − y )( x + y ) x 2 + y 2 ) b) (x − y )( x + y ) ( )
c) x xy 3 − z 2 x 2 + yz d) x( x + 8)

e) 7 x( x − 6 ) f) 2( x + 1) g) (x − 3)(x + 3) h) (x − 3)(x + 3) i) (x + 1)(x − 1)


2

j) (3 x − 2 )(3x + 2 ) l) 5(x + 3)( x − 3) m) x( x − 6 ) n) x( x − 3) o) x( x + 6 )

p) (x − 3)( x − 1)

Polinômio

a) 5m 2 + 2ax b) − y 3 − 7 y 2 c) 2am d) − m 3 + 2m 2 − m

e) 2a 3 − 3a + 1 f) a 4 + 3a 3 − 7 a 2 − 10a + 8 g) a 4 − 1 h) x 4 − 3 x 2 − 2 x

i) x – 5 j) x – 5 l) x + 3 m) x 3 + 2 x 2 + 4 x + 8 n) x 4 + x 3 + x 2 + x + 1

o) x + 3

Exercícios Gerais da 1ª parte

1 1 4 3 1
01) a) b) c) d) e) - f) 0 g) 4 h) 3
2 3 3 18 3

a 1 1 1
i) j) - l) m)
2a 56 8 8

75
5 2 1 a −1
02) a) 2 b) 1 c) 0 d) e) 12 f) g) h)
6 2 2 3a 2

75
i)
2

Função do 1º grau

3 3 1 1
01) 02) {x ∈ R / x > 3} 03) 5 04) -3 e − 05) 06) 0 07)
4 2 2 3

x 1
08) 5 09) f ( x) = − 10) 2 x
3 3

11) a)

 2
b) S = x ∈ ℜ /− 1 < x <  c) S = {x ∈ ℜ / x > 1}
 9

36
12) S = {x ∈ ℜ / x > 2} 13) 14) 10,5ºC
15

Função do 2º grau

3
01) 9 02) 03) -24 04) S = ]− ∞;−1[ ∪ ]4;+∞[ 05) a) S = {x ∈ ℜ / x > 2}
5

05) b)

06) S = {x ∈ ℜ / x ≤ 3} 07) 7 e 900

Função Modular

{
01 a) S = {1,3} b) S = 2,−2 − 2 ,−2 + 2 } c) S = − 2,− 87  d) S = {− 1,3} e) S = {− 4,2}
 

02) a )

b)

 3
c) S = x ∈ ℜ / x ≥  03) S = {x ∈ ℜ / x ≠ 2}
 4

76
04) a) b)

Função Exponencial

01) a) S = {x ∈ ℜ / x > 5} b)

1
02) 7 03) 9 04) 5 05) 4 06) 2 07) 2 e
2

08) a) b)

c) d)

77
09) S = {x ∈ ℜ / − 0,5 < x < 1,5}

Função Logarítmica

81 2 5 4
01) 02) − 03) 04) 4 05)
16 3 2 3

06)
a) b)

c)

 1
07) a) 13 b) 3 c) S = {(4,2 ), (2,4 )} d) S =  9, 
 9

08) a) S = {x ∈ ℜ / 4 < x < 5} b) S = {x ∈ ℜ / x > 3}

78
Exercícios Gerais da 2ª Parte

01)
a) b)

c) d)

e) f)

79
g)

02)
a) b)

c) d)

e) f)

80
g) h)

i) j)

 9  81
2
 1
2
 5 1
2

03) a) (x + 2 ) − 4 c) 4 x +  + 3 y −  −
2
b) 3 x +  − 
 2 4   4  6 3

2 2
 1  1 3
d) − 6( x − 3) + 81 e) ( y + 3) − 9
2 2
f) − 9 x −  + 5 y −  +
 3  2 4

 9  81
2

g) 9  x +  − 
 2 4 

Função Trigonométrica

−4 3 1 + 2 30
01) 0 02) 03) 04) -2 05) 06) 2 07) π
3 2 12

π
08) a) π b)
6

81
09)
a) b)

c) d)

e)

7 2+ 6 2− 6
10) 22,5º 11) dedução 12) dedução 13) 14) , ,− 2 − 6
2 4 4

15) dedução 16) sen(a ) 17) 12 + 8 10

82
14 - Bibliografia
[1] Amaral, João Tomas. Manual Compacto de Matemática Teoria e Prática, 1º grau.
Editora Rideel; São Paulo, 1997.
[2] Viveiro, Tânia Cristina NetoG.; Corrêa, Marlene Lima Pires Corrêa. Manual
Compacto de Matemática Teoria e Prática, 2º grau. Editora Rideel; São Paulo, 1996.
[3] Hanselman, Duane; Littlefield, Bruce. Matlab 6 Curso Completo. Editora Prentice
Hall. São Paulo.
[4] Iezzi, Gelson; Dolce,Osvaldo; Degenszajn, David Mauro; Périco, Roberto.
Matemática Volume Único. Editora Atual, São Paulo. 1197.
[5] Mendonça, Francisco Antônio. Trigonometria, 2º grau.

AVISO

1) O aluno que tiver mais de 25% das faltas não fará a prova, que
corresponde a 10 faltas, ou seja, 5 aulas.
2) Não tem segunda chamada de prova.
3) Teremos uma prova de valor 2 pontos que serão computados na
matéria de cálculo 1 e Geometria Analítica.
4) É dever do aluno, fazer os exercícios do módulo.

Qualquer dúvida falar com o coordenador (Artur Passos).

83

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