Diante da dor de amar e não ser amado, o desejo é de rasgar o
próprio peito, é de gritar desesperadamente para saber se terei resposta, mas resistes como se nada tivesse acontecido, como se eu não tivesse existido. Cometestes um dos maiores pecados, renegastes o amor quando ele bateu à tua porta. Assim como o povo escolheu Barrabás, escolhestes a ti mesmo para se amar, não tramarás contra Deus e nem contra teu próximo por não terdes amor, pois o teve e não o quisestes. Segue sombra triste, segue pisando os espinhos que plantastes, assim como eu. Segue assim, até que aprenda a semear flores e perfumes. Por hora provastes que não sabes amar se não o teu próprio ego, magoou-me, porem, antes fizestes a ti mesmo por displicência disfarçada de querer bem. Vai farrapo da alma, segue o caminho teu, essa estrada será longa e sombria até que enxergues o que fizestes e peças perdão ao céu que foi testemunha da minha dor e convalescença. Vai salteador de coração e morra pouco a pouco da fome de amar, pois negastes o prato de dedicação e a taça de ternura que ofereci. Assas vazio os teus lábios e compreenda que amor sem amor dói e, mata! 23/02/2006 Warley Portugal