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O QUE É A CEIA DO SENHOR?

I Coríntios 11.17-34

INTRODUÇÃO

A Ceia foi instituída pelo Senhor Jesus Cristo. Trata-se de um memorial


instruído de modo objetivo com a necessidade de ser repetido nas Igrejas até
seu retorno.
A Ceia do Senhor é uma ordenança que necessita de algumas condições para
ser observada adequadamente, ou seja, ela é um condensado de elementos
num mesmo ritual.

I- A CEIA DO SENHOR É UM MOMENTO DE UNIDADE DA IGREJA (vv. 18-


19)

Em primeiro lugar, o que deveria ser considerado pela Igreja ao se


comungar a Ceia, era a sua unidade. Não seria próprio para o povo de Deus
se reunir numa celebração dessas desunido. A crítica de Paulo aos Coríntios
começou justamente nesse ponto. “Porque, antes de tudo, estou informado
haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio.
Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os
aprovados se tornem conhecidos em vosso meio”.
Quando Paulo se refere a “vos reunis na igreja”, parece que essa reunião
incluía a conhecida “refeição de ágape”1. Esse banquete do amor era uma ceia
trivial na igreja, correspondente à refeição da Páscoa, durante a qual Jesus
instituiu a Ceia do Senhor2.
“A Ceia era precedida pela Festa do Amor, a festa do Ágape. A Bíblia fala
dessa festa em Judas 12. No dia em que a Ceia do Senhor era celebrada servia-
se uma refeição completa. Os crentes comiam, bebiam, repartiam, se
confraternizavam e depois, num clima de comunhão, celebravam a Ceia do
Senhor. Essa foi uma prática da igreja apostólica que se perdeu na História”3.
O problema não estava na refeição “paralela”, mas em como a igreja
estava administrando-a. Nela estava ocorrendo algo de prejudicial, pois Paulo
diz que “vos ajuntais não para melhor, e sim para pior”.
Mas, qual era o problema então? A desunião, a formação de “facções” e
“panelinhas” na igreja! Cada um se juntava com quem tinha mais afeição para
comer a Ceia de modo que a unidade mais ampla estava sendo afetada.
Vejamos em outras palavras como isso se constituía em algo ruim:
“Quando as pessoas se reuniam para adorar a Deus elas revelavam um
espírito de divisão e de exclusividade, até mesmo no ritual cristão mais
sagrado”4.
Na verdade, a igreja só estava exponho o que havia em seu coração. Seu
divisionismo era evidente e isso ecoava até mesmo no momento da Ceia.

1
WIERBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. Santo André, SP: Geográfica Editora,
2006. p. 791
2
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998. p. 204.
3
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. p. 211.
4
GREATHOUSE, Willian M. Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro/RJ: CPAD, 2006. Vol. 8. p. 323.
Rua Salgado Filho, 2435. São Cristóvão.
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Portanto, a crítica de Paulo foi encima desse problema. Dentre outras
coisas, ele queria ensinar a igreja que, no momento da celebração da Ceia, e
não somente nesse momento, mas na existência da igreja, a união era um
fator imprescindível. A Ceia deveria ser um momento agradável de total união
e comunhão entre os irmãos, mas havia sido desvirtuada numa reunião
egoísta.
Jesus orou com essas palavras: “Não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;
a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também
sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho
transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;
eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para
que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste
a mim”. (João 17.20-23).

II- A CEIA DO SENHOR É UM MOMENTO DE COMUNHÃO DA IGREJA (vv.


20-22)

Um conceito muito importante para a igreja é a comunhão. A comunhão


remete aos cristãos viverem e agirem a partir de elementos “em comum”, ou
seja, compartilhando elementos que serão utilizados, aproveitados ou
apreciados por outros.
O início da igreja cristã foi marcado por uma comunhão intensa. Aqueles
cristãos viveram uma experiência quase ideal. “Todos os que creram estavam
juntos e tinham tudo em comum”. (Atos 2.44). A comunhão deveria ser
mantida na igreja e principalmente ser mostrada durante a ministração da
Ceia do Senhor.
O problema foi que os Coríntios estavam sendo egoístas. As pessoas
ricas traziam grandes quantidades de alimento, para si mesmas, enquanto os
pobres passavam fome. “A ideia original dessa refeição de comunhão era
compartilhar, mas essa ideia havia se perdido”5.
O culto deles não estava centrado em Deus nem era sensível ao próximo.
Tudo girava em torno deles mesmos, de tal maneira que quando eles iam para
a igreja, eles não adoravam a Deus nem serviam ao próximo. Assim, ao
voltarem para casa, voltavam em estado pior. Eles cultuavam a si mesmos.
Eles buscavam a satisfação do próprio eu. Então Paulo os exorta: Vocês estão
se reunindo para pior6.
A crítica de Paulo é série: “Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar,
não é a ceia do Senhor que comeis. Porque, ao comerdes, cada um toma,
antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há
também quem se embriague. Não tendes, porventura, casas onde comer e
beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm?
Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo”.
Ele afirma categoricamente que aquilo não era a Ceia do Senhor! Aquela
reunião desorganizada, cheia de divisão e egoísmo, não se parecia em nada

5
WIERBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. Santo André, SP: Geográfica Editora,
2006. p. 791
6
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. p. 212.
Rua Salgado Filho, 2435. São Cristóvão.
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com que o Senhor havia proposto. O pecado gracejava no meio da festa,
manchava aqueles que comiam egoisticamente, se fartavam e até se
embebedavam; além de ainda pesar sobre eles o fato de esnobarem e
envergonharem os pobres!
A repreensão do apóstolo parece querer por fim a essa refeição paralela,
quando ele questiona se o povo não tinha casa para comer e beber. Ou seja,
insinua que a igreja e especificamente a Ceia do Senhor não é ambiente
adequado para se matar a fome. Gundry afirma que Paulo ordenou a
descontinuação desses banquetes de amor7.

III- A CEIA DO SENHOR É UM MEMORIAL DA MORTE EXPIATÓRIA DE


CRISTO (vv. 23-26).

O pão repartido nos lembra o corpo de Cristo dado por nós; o cálice
representa seu sangue derramado. É impressionante o desejo de Jesus de que
seus seguidores se lembrem de sua morte8.
A morte de Cristo é de importância vital no cristianismo. Sem ela não
haveria pagamento de pecado, não haveria substituição e nem mesmo
expiação. Cada um deveria pagar seu pecado diretamente a Deus e seria
condenado, pois o ministério da Lei já havia mostrado a incompetência do
homem em alcançar justificação por seus próprios méritos. Desta forma
podemos dizer juntamente com Wiersbe que “não é a vida de Cristo, nem seus
ensinamentos que salvam os pecadores, mas sua morte”9. Vejamos a
amplitude de significado da morte de Cristo.

a) A morte de Cristo faz parte do evangelho. (1 Coríntios 15.2-4)


b) A morte de Cristo é um sacrifício. (Hebreus 9.6-15).
c) A morte de Cristo foi substitutiva. (1 Pedro 3.18).
d) A morte de Cristo foi propiciatória. (João 3.36).
e) A morte de Cristo foi uma demonstração de amor. (Romanos 5.8).

IV- A CEIA DO SENHOR É A PROCLAMAÇÃO DA RESSURREIÇÃO E


RETORNO DE CRISTO (v. 26)

A Ceia do Senhor é um memorial que relembra sua morte, mas não


aponta apenas para trás, ela também indica uma realidade futura: seu
retorno. “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”.
A volta de Jesus Cristo é a esperança da Igreja e de cada cristão. Jesus
Cristo não apenas morreu por nós, mas também ressuscitou e subiu ao céu
e, um dia, voltará para nos levar para junto dele10

7
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998. p. 204.
8
WIERBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. Santo André, SP: Geográfica Editora,
2006. p. 792.
9
Idem.
10
Idem. p. 793.
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A observância da Ceia nos remete à volta de Cristo, pois existe a
obrigação de que a Igreja permaneça com o ato “até que ele venha”. O Senhor
Jesus Cristo voltará, essa é uma grande esperança do cristão.
“E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis
que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram:
Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que
dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”. (Atos 1.10-
11).
Ele voltará pessoal, visível e triunfantemente. Todo olho o verá e toda
língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Esse será o grande e terrível
dia do Senhor! Dia de glória e festa para alguns e de densas trevas para outros.
Dia de alegria, mas de tristeza também. Uns rirão, outros chorarão. Uns
encontrarão seu noivo, tão querido e aguardado; outros, se depararão com um
juiz severo e sedento por justiça.
Uma vez aceita a morte de Cristo e seu retorno pessoal, conceber a
ressurreição é uma consequência obrigatória. A Ceia torna-se mais
abrangente ainda e inclui essa proclamação também. Não devemos esquecer
que a ressurreição é tão fundamental quanto a morte de Cristo. O apóstolo
Paulo chegou a dizer que “(...) se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação,
e vã, a vossa fé” (1 Coríntios 15.14). Ele dedicou um capítulo inteiro de 1
Coríntios (capítulo 15) para falar desse tema e de sua importância. As
implicações em não se crer na ressurreição de Cristo incluem: i) Os apóstolos
seriam falsas testemunhas, ii) Nossa fé é vã, iii) Ainda permaneceríamos em
nossos pecados, iv) Os que dormiram em Cristo pereceram, v) Seríamos
homens infelizes por só esperar em Cristo para esta vida, vi) Estaríamos como
que embriagados, vii) Estaríamos em pecado e viii) Sem conhecimento de
Deus.

V- A CEIA DO SENHOR É UMA OPORTUNIDADE DE NOS EXAMINARMOS


(vv. 27-34).

A participação na Ceia do Senhor exige que estejamos conscientes desse


ato. A terminologia usada pelo apóstolo é: “discernir o corpo”. “Discernir o
corpo! Que corpo? Paulo está falando de dois corpos aqui. O primeiro corpo é
o corpo físico de Cristo. É o corpo que foi moído e traspassado na cruz.
Contudo, há outro corpo que precisa ser discernido. É o corpo místico de
Cristo. Qual é o corpo místico de Cristo? A Igreja!”11
É preciso entender o que a Ceia representa, incluindo tudo que foi dito
anteriormente. Ou seja, a Ceia é um momento solene de unidade da Igreja,
uma ocasião de comunhão, um memorial da morte de Cristo em toda sua
amplitude, além da proclamação da ressurreição e retorno do Senhor.
Assim, a participação na Ceia não poderia ser algo trivial na Igreja, nem
mesmo ser realizada em negligência e pecaminosidade, como estava
acontecendo. A Ceia não poderia ser encarada como mais um banquete
festeiro qualquer. Não poderia ser encarada como mais um mero rito. Dessa

11
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. p. 219.
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forma, a postura do participante deveria condizer com a reverência da
instituição.
Portanto, o cristão deveria examinar o coração e discernir o “corpo” de
Cristo. Isso incluía examinar seus pecados e confessá-los ao Senhor. Essa
questão do autoexame e da confissão é tão importante que aquele que tomasse
a Ceia indignamente seria réu do corpo e do sangue de Cristo.
Participar da Ceia indignamente é assentar-se à mesa de forma leviana
e irrefletida. Precisamos discernir o que Cristo fez na cruz por nós. Precisamos
compreender o Seu sacrifício vicário. Participar da Ceia irrefletidamente ou
participar da Ceia hospedando pecado no coração, sem a devida disposição de
arrependimento é fazê-lo de forma indigna12.
A consequência de uma vida ébria em relação ao pecado; o problema da
negligência e falta de confissão produzem crentes “fracos, doentes e que
dormem”. É preciso que nos julguemos! Pois se isso fizermos não seremos
condenados com o mundo! Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo
Senhor.
A disciplina é a maneira com que Deus trata com seus filhos no sentido
de corrigi-los e encorajá-los a melhorar. No entanto, tal disciplina é feita de
maneira perfeita, justa e salvífica.
“Não é como a sentença de um juiz condenando um criminoso, mas
como a repreensão de um Pai amoroso, que castiga os filhos desobedientes (e,
possivelmente, obstinados)”13.

APLICAÇÕES

1- Unidade. Precisamos pensar na unidade da igreja. Em primeiro lugar,


não podemos viver em “panelinhas” e se relacionar apenas com pessoas
de quem “gostamos”, ao contrário, procuremos manter a convivência
com todos os crentes. Em segundo lugar, temos participado de alguma
facção ou divisão na igreja? Afastemo-nos de tal espírito faccioso, e que
Senhor nos ajude a não militar contra a sua obra. Por fim, a questão da
unidade cristã deve ultrapassar algumas ações e alcançar a mente, o
pensamento o entendimento. Precisamos ter “o mesmo pensamento em
Cristo” para edificação do Reino de Deus. Pelo menos em questões
doutrinárias essenciais não podermos ter diferenças, pois “há somente
um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só
esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio
de todos e está em todos” (Efésios 4.4-6). Devemos pensar “a mesma
coisa” (Filipenses 2.2).
2- Comunhão. Em relação a comunhão não devemos nutrir desavenças e
inimizades com o próximo. Caso isso esteja ocorrendo é urgente a
necessidade de reconciliação. Devemos, pelo contrário, manter
comunhão com todos os irmãos e não somente com os mais “chegados”.
Noutro sentido, temos que vencer o egoísmo e partilhar das bênçãos de

12
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. p. 218.
13
WIERBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. Santo André, SP: Geográfica Editora,
2006. p. 793.
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Deus com nosso irmão no seguinte sentido: “levar os fardos uns dos
outros”, “Orar uns pelos outros” e “Perdoar uns aos outros”.
3- Morte expiatória de Cristo. Precisamos ser agradecidos pela obra
expiatória de Cristo aplicada a nossa vida. Pensemos em como honrar
ao Senhor por tal feito. Precisamos louvá-lo e adorá-lo continuamente
por tal graça, além de manter uma vida de santidade e que honre ao
Senhor, pois Ele é digno. Além disso, somos chamados para proclamar
a morte do Senhor “até que Ele venha”, façamos isso com eficiência, com
fé e amor.
4- Retorno de Cristo. Mantenhamos a fé e esperança quanto ao retorno de
Cristo. Muitos, nesses últimos dias, irão se desanimar, irão duvidar
dessa promessa ou até mesmo apostatar. Tenhamos cautela quanto a
algumas teologias que já tentam há muito tempo conturbar o
entendimento da doutrina, afirmando que a vinda de Cristo é espiritual
e não física, ou que já aconteceu ou ainda mesmo que jamais
acontecerá, sendo apenas uma metáfora o que fora dito! Cuidado para
que ninguém vos engane! É preciso além de manter a fé, esperar com
grande expectativa nosso Senhor. Aguardá-lo vigilantes e prontos a
prestar conta de nossa vida! Devemos viver clamando “Maranata, ora
vem Senhor Jesus”!

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