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O significado da palavra é 'guardar ou prestar atenção' mas deacordo com 1 Reis 16:24, deriva de
Shemer, de quem Omri, Rei de Israel, comprou este local.
1. Samaria é uma cidade que durante o reino dividido de Israel foi a capital do reino do norte. Foi
tomada pelos Assírios em aproximadamente 722 a.C. Samaria segundo a Bíblia (Fonte: Bíblia
Online): A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez
tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e
desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom.
Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino de Judá - pelas
conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 - 1 Cr 5.26), e finalmente
pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6). Depois deste último foi Samaria terra de completa
desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos do
cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10). (*veja Israel (Reino de).
2. A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma cidade forte, semelhante à de Jerusalém.
Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto
de um alto monte, acessível de uma parte, e bem protegido pela outra. Foi edificada por Omri, rei de
Israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). Os reis
empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe
construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede
do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2). A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal,
acham-se relacionados com a cidade de Samaria (1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18).
Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério (2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi
cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20),
sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos. o assédio, principiado por Salmaneser
IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6). os habitantes sofreram horrivelmente
durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos por Oséias (10.4,8,9)
Em Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras. Subjugada a cidade,
mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que ficavam muito longe
do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da antigüidade, Sargom e,
mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de Cuta, e de outras
províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos nacionais entre os povos
conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2).
Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu
cativeiro, foi residiram alí um certo número deles que casaram com suas mulheres estrangeiras (Ed
4.17 - Ne 4.2). A Samaria continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de
Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos. Permaneceu ainda como lugar insignificante até
que Herodes a mandou novamente edificar, adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do
que o de outros tempos, recebendo, então, o nome de Sebastia, que quer dizer Augusta, segundo o
nome do imperador romano.
Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido
em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou construir um magnífico templo, do qual
apenas se podem-se ver hoje algumas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da atual
pequena vila de Sebastia, que representa hoje a antiga capital dos reis de Israel. Depende da
presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria
mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de
seu filho Arquelau.
3. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebastia, e como prova desse fato se mostram
as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto.
A província de Samaria, nos tempos do N.T., estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) -
era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom
e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e
em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).
Muitas pessoas ainda não sabem o porque os judeus odiavam tanto os samaritanos e vice-versa, se
você é um daqueles que não ainda não sabem, a partir de agora passara a saber!
Logo após a morte de Salomão, o reino de Israel se dividiu, ou seja, as doze tribos foram partidas,
dez ao norte duas ao sul. As duas do sul tinham em Jerusalém a sua capital, a tribo de Judá é que
tinha a sua prevalência e Jerusalém era a sede do culto, do templo e de tudo relacionado a religião,
de modo que tudo estava de uma certa forma relacionado a eles. Enquanto isso as dez tribos do
norte, que continuavam a ser tribos de Israel, tinham uma relação não tão amorosa com as duas
tribos do sul, dependendo de quem era o rei do sul eles brigavam, enfim, não se davam. Só algumas
vezes eles se união, mas somente para guerrear contra um inimigo comum maior que eles, e depois
disso se separavam de novo!
O problema é que no lado norte de Israel, onde ficavam as dez tribos do norte, e a Samaria que
ficava bem no meio daquele território e durante muitos anos ela foi a capital daquele reino norte de
Israel, que alternou entre o norte da Galiléia e a cidade de Samaria, sendo porem Samaria a capital
daquele reino norte de Israel. E ali na capital Samaria, se praticou muita bruxaria, adoração a deuses
como Moloque, Baal, entre outros deuses importados das culturas babilônicas ou egípcias daquela
época.
Acontece que por volta de 700 A.C. o rei do norte foi levado a cativo, e eles foram colocados numa
terra distante, mas precisamente na Mesopotâmia, e ali eles não tiveram estrutura dentro deles para
segurar a invasão cultural, social, politica, econômica e religiosa dos adversários, até porque a
história deles naqueles últimos 300 anos, ou seja, desde a morte de Davi, já era uma história
diferente, porque eles eram um “povo aberto”, e quando foram levados a cativo, ficou tudo mais
fácil; eles ainda tinham a desculpa do cativeiro!
Mas depois de um tempo, eles assimilaram mesmo tudo aquilo, e quando eles receberam a
autorização para retornar para suas terras, e esse retorno só aconteceu porque Judá havia sido levado
para cativeiro e depois que Ciro assinou o decreto real, dando-lhes autorização para voltar e eles
voltaram; todas as tribos foram beneficiadas, o conjunto todo de Israel foi beneficiado e foi se
reagrupando outra vez, mas sem aquelas divisões originais de tribos conforme as doze tribos
anteriores. Agora o ajuntamento já era diferente, já havia um preconceito existente. E esse pessoal
que fazia parte das dez tribos do norte começam a ser chamados de dois nomes: ou Galileus ou
Samaritanos. Só que os Galileus davam muito menos trabalho ao pessoal de Jerusalém, porque a
Galiléia estava mais distante; já a Samaria estava mais perto, estava coladinha, estava
geograficamente muito próxima. Você pode olhar no mapa hoje, e ver que a Cisjordânia de hoje era
a Samaria daqueles dias, geograficamente.
Esses samaritanos que haviam sido absorvidos e havia feito absorções de outra cultura pagã, voltam
para a sua terra. Mas os judeus, que garantiram o retorno de todos eles, os segregam! E esse
processo de segregação só cresce, de tal modo que eles se sentem indignos de serem chamados de
judeus, diz a bíblia que todos que se casaram com estrangeiros(as) foram deixados fora dos livros e
das genealogias oficiais. E esse processo de segregação aumentou dentro deles o desejo de não
perderem a sua relação com a história de Israel, porque eles também se sentiram filhos de Israel;
mas como eles não podiam ir até Jerusalém, porque lá eles eram “crentes de 2ª categoria”, eles
iniciaram seus próprios cultos, seus próprios lugares santos e as praticam até o dia de hoje! Faziam
seus sacrifícios sobre o monte Jerezim (que significa palavra de benção), tinham seus altares, o que
para os judeus já era um escândalo, porque para eles sacrifícios só podiam ser feitos no templo em
Jerusalém.
Essa rivalidade só foi aumentando, e alguns fanatismos começaram a surgir entre os samaritanos.
Um dos piores fanatismo aconteceu quando Jesus tinha 19 anos de idade, e vocês podem achar isso
no livro Antiguidades de Flavio Josefos, ele diz que um samaritano fanático invadiu o templo em
Jerusalém com ossos humanos, e jogou os ossos dentro do santo lugar, numa tentativa de profanar o
templo. Aquilo para os judeus era como se alguém jogasse uma “bomba em Deus”, era um atentado
ao templo! Isso gerou nos judeus um ódio enorme, a ponto de um escritor inglês chamado Joaquim
Jeremias, especialista em costumes daqueles dias, que diz que daquele tempo em diante todos os
rabinos de Israel, pediam que cada judeu devoto antes que o sol se posse erguesse a mão na direção
de Samaria e amaldiçoasse os samaritanos pelo Deus de Abraão, tamanho o ódio e a revolta dos
judeus!
Então querido leitor toda vez que você ler sobre Jesus e os samaritanos, Jesus usando samaritano
como ilustração, pode ter certeza que existiam varias repercussões negativas desses atos de Jesus
em Jerusalém, que era a capital da religião.
Samaritanos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os dois reinos
Perspectiva da História
Cerquei e ocupei a cidade da Samaria, e levei comigo 27 280 dos seus habitantes
como cativos. Tomei-lhes 50 carros, mas deixei-lhes o resto das suas coisas —'
Alguns tradutores não estão de acordo quanto ao significado exacto de "cidade de Samaria",
considerando que o texto original não esclarece se se trata da cidade ou do Estado da Samaria.
Há no entanto um ponto em comum com o II Livro de Reis, a deportação dos Israelitas. Mas há
também uma diferença importante: o número de deportados. Segundo o II Livro de Reis, toda ou
quase toda a população foi deportada; segundo Sargão, foi apenas uma minoria. Os arqueólogos
estimam que o reino da Samaria teria 200 000 pessoas, de acordo com as cidades e aldeias
reencontradas. Sabe-se que ocorreu uma primeira deportação dez anos antes, quando o rei assírio
Tiglat-Falasar III conquistou a Galileia. O total das duas deportações atinge cerca de 40 000
pessoas, ou seja apenas 20% do total dos habitantes, essencialmente a elite. Os historiadores
acreditam que certos Israelitas do Norte teriam partido também como refugiados para o Reino de
Juda.
A implantação de colonos estrangeiros é indicada várias vezes no resto do texto, mas a propósito de
outras conquistas. Esta política de implantação era comum, e por conseguinte foi provavelmente
também feita na Samaria, como o indica o II Livro de Reis. Na localidade de Gezer e nos seus
arredores encontraram-se textos cuneiformes do século VII a.C. contendo nomes babilónicos. A
transladação de populações estrangeiras na Samaria (pelo menos em certas zonas), encontra-se
assim atestada. Contudo, a arqueologia revela que este repovoamento está longe de ter sido maciço.
As cerâmicas, inscrições, aldeias, etc.... mostram uma continuidade com o período anterior. O Livro
de Jeremias afirma que 150 anos após a queda do reino do Norte, os Israelitas do Norte
apresentaram oferendas no templo de Jerusalém.
Datação da ruptura
Justiniano I
O Império Romano dividiu-se definitivamente em 395 da era comum. A partir desta data, haveria
um Império Romano do Ocidente, que desaparece em 476, e um Império Romano do Oriente ou
Império Bizantino (designação derivada do nome da sua capital, Bizâncio, mais tarde conhecida por
Constantinopla e depois como Istambul). O Império Bizantino tentaria converter pela força certas
minorias (cristãs ou não) à sua forma de cristianismo.
Assim, o imperador Zenão I lança-se de ataque aos judeus e aos samaritanos. Durante o seu reinado
o templo dos samaritanos foi destruído pela segunda vez e desta feita de forma definitiva, não tendo
sido reconstruído.
Sob a condução de um líder carismático e messiânico, chamado Julianus ben Sabar (ou ben Sahir),
os Samaritanos revoltaram-se em 529. Com a ajuda dos ghassanidas (árabes cristãos), o imperador
Justiniano esmaga a revolta. Dezenas de milhares de Samaritanos foram mortos ou vendidas como
escravos. Outros converteram-se, sem dúvida como maneira de escapar à repressão. De uma
população de pelo menos centenas de milhares de pessoas, passa-se rapidamente a uma pequena
população. O Império Bizantino foi o responsável pela transformação dos samaritanos de um povo
que ocupava uma região onde se desenvolveu a uma minoria submetida[carece de fontes].
Um último levantamento sem sucesso teve lugar em 594, tendo contribuído ainda mais para a queda
demográfica da população samaritana.
Época moderna
Na segunda metade século XIX, os samaritanos não ultrapassavam 120 pessoas, passando para 146
em 1917. O seu futuro mostra-se assombrado pela consanguinidade, pela pobreza e pelas
conversões. Os observadores da época prediziam frequentemente o seu desaparecimento próximo.
Depois da instalação do Mandato Britânico na Palestina (1922), as relações dos samaritanos com os
sionistas foram cordiais. Os sionistas, judeus seculares, interessam-se pouco pelas disputas
religiosas e reconhecem sem dificuldades os samaritanos como judeus[carece de fontes].
Hoje a população samaritana é estimada em cerca de 670 pessoas (2005), que vivem no monte
Gerizim e em Holon, comunidade essa criada pelo segundo presidente de Israel, Yitzhak Ben-Zvi,
em 1954 .
Devido a sua resistência a aceitar convertidos, a comunidade samaritana tem sido reduzida
grandemente, além de enfrentar enfermidades genéticas. Apenas em tempos recentes foi aceito que
homens da comunidade se casem com mulheres judias não-samaritanas.
Textos sagrados
Samaritano e Torá samaritana
Os Samaritanos aceitam apenas a autoridade do Pentateuco. Rejeitam os outros livros da Bíblia
judaica, assim como a tradição oral (Talmud). O Pentateuco dos Samaritanos é escrito em hebraico
samaritano com recurso ao alfabeto samaritano, uma variante do antigo alfabeto paleo-hebraico
abandonado pelos judeus.
Para além da questão linguística, existem diferenças entre as duas versões do Pentateuco. A mais
importante está relacionada com a atribuição ao Monte Gerizim do estatuto de local mais sagrado
em vez de Jerusalém. Os Dez Mandamentos da Torá samaritana integram como décimo
mandamento o respeito do Monte Gerazim como centro do culto. As duas versões dos Dez
Mandamentos existentes na Bíblia (no Livro do Êxodo e Deuteronômio), encontram-se entre os
Samaritanos uniformizadas.
Para os Samaritanos, aquilo que os judeus chamam de primeiro mandamento ("Eu sou o Senhor teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão") é apenas uma apresentação que Deus faz
de si próprio; assim, o primeiro mandamento dos Samaritanos é o segundo mandamento dos Judeus
("Não terás outros deuses diante de mim"). Segundo os Samaritanos os judeus fizeram da
apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem retirado como décimo mandamento
o dever de considerar o Monte Gerizim como local de culto.
As crianças são iniciadas no estudo da Torá quando tem quatro ou cinco anos. Quando a criança leu
a Torá por completo tem lugar uma cerimónia especial; atingir este objectivo pode variar segundo a
criança, pelo que a cerimónia pode ocorrer entre os seis e os dez anos.
Doutrinas
O "credo" samaritano baseia-se nos cinco seguintes pontos:
1. Unidade e unicidade de Deus.
2. O único profeta é Moisés.
3. O Pentateuco é o único livro inspirado
4. O monte Gerizim é o único lugar escolhido por Deus para situar um santuário, sede da sua
santidade (segundo Dt 11:29 e 27:4, sendo que nesta última os Samaritanos lêem Gerizim
em vez de Ebal).
5. A ressurreição dos mortos ocorrerá antes do Juízo Final.
Os Samaritanos aguardam o aparecimento do Messias, o Taheb, que será semelhante a Moisés. Ele
viverá cento e dez ou cento e vinte anos e fundará um reino que durará vários séculos.
Festas religiosas
O calendário samaritano baseia-se no calendário judaico, tendo sofrido alterações durante os
períodos bizantino e árabe. Pode recorrer a duas eras, contando os anos desde a criação do mundo
ou desde o ano em que os Israelitas entraram na Terra Prometida. Os meses são designados
recorrendo-se a nomes ordinais ("primeiro", "segundo", etc...), embora também se possam os nomes
judaicos e árabes.
Os cálculos do calendário e dos dias das festas são feitos pelos sacerdotes. Duas vezes por ano o
sumo sacerdote samaritano distribui o calendário para o período de seis meses que se segue. Nestas
duas ocasiões cada homem samaritano paga ao sumo sacerdote uma quantia de dinheiro (em alusão
ao meio siclo de Êxodo 30:11-16)
Os Samaritanos celebram sete festas religiosas: Pessach (Páscoa), Massot (a Festa dos Pães
Ázimos), Shavuot, a Festa do Sétimo Mês, Iom Kippur, Sucot e Shemini Aseret (festa do último dia
de Sucot). Três destas festas implicam a realização de uma peregrinação ao Monte Gerizim.
A principal festa religiosa dos Samaritanos é a Páscoa. Ao contrário dos judeus, os Samaritanos
conservaram a tradição do sacrifício do cordeiro pascal, seguindo as regras que se encontram
consignada no capítulo 12 do Livro do Êxodo.
O sacrifício é realizado no Monte Gerizim, embora no passado tenha sido celebrado nas povoações
samaritanas. Durante o sacrifício o sumo sacerdote lê as passagens do Êxodo associadas ao dever
religioso. O abate dos animais ocorre no preciso momento em que o sumo sacerdote lê o texto do
Êxodo 12:6.
Outras práticas
Para além destas crenças e festas, os Samaritanos procuram seguir estas práticas:
1. Viver perto do Monte Gerizim (o que é posto em causa com a instalação de uma parte da
comunidade em Israel).
2. Participação obrigatória de toda a comunidade no sacrifício da Páscoa.
3. Observância do Shabat.
4. Respeito pelas regras de pureza descritas na Torá. Neste sentido, os Samaritanos ainda
seguem as regras do Levítico abandonadas pelos judeus, como a obrigação da mulher se
isolar da comunidade durante o período da menstruação ou depois de ter dado à luz.
Os Samaritanos utilizam mezuzot mais grossas que as mezuzot judaicas, mas recusam o uso dos
tefilin.
A menorá é considerada pelos Samaritanos como o seu símbolo nacional. A estrela de David, pelo
contrário, não é por eles usada, já que se trata de um símbolo especificamente judeu que não é
mencionado na Bíblia.
A circuncisão das crianças do sexo masculino é feita no oitavo dia.
Os Samaritanos hoje
Os Samaritanos de Nablus
Os Samaritanos de Holon
A partir de 1905, várias famílias samaritanas instalaram-se na zona costeira da Palestina, em Jafa,
sob a direcção de Abraham ben Marhiv Tsedaka. Este procurou que a comunidade saísse do seu
isolamento geográfico, abrindo-a às novas oportunidades económicas.
Outros Samaritanos instalam-se em Israel em 1951 no quadro de um programa de reunificação de
famílias aprovado pela Jordânia e Israel.
Em 1955 várias famílias samaritanas que procuravam trabalho instalam-se em Holon, a sul de Tel
Aviv, num bairro criado com a ajuda do antigo presidente israelita Yitzhak Ben-Zvi e de Yefet b.
Avraham Tsedaka, líder do Samaritanos residentes fora de Nablus.
Progressivamente este número aumentou, contando-se cerca de 350 pessoas em 2005. Os
Samaritanos de Holon habitam em torno do seu local de culto, a rua Ben Amram, num grupo de
casas situada ao longo da artéria principal da cidade. O nível de vida e a escolaridade dos
Samaritanos de Israel é superior ao dos Samaritanos da Cisjordânia. Encontram-se integrados na
sociedade israelita, apesar de preservarem às suas especificidades religiosas. Na sua vida quotidiana
falam o hebraico, recorrendo ao hebraico samaritano para a liturgia. Prestam serviço militar no
exército israelita, com excepção dos Samaritanos oriundos das famílias sacerdotais. Foi a
comunidade de Holon que fundou em 1969 o A. B. - The Samaritan News, o primeiro jornal da
comunidade samaritana.
Problemas de consanguinidade
Samaria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Panorama de uma aldeia palestina próxima ao assentamento israelense de Beit El, na região
histórica de Samaria, atual Cisjordânia.
Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída
pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino
do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel. A cidade
de Samaria foi tomada pelos assírios em aproximadamente 722 a.C.
A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos
revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde
o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom. Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de
Simeão e Dã no reino de Judá - pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2
Rs 15.29 - 1 Cr 5.26), e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6).
Depois deste último foi Samaria terra de completa desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois
repovoada por estrangeiros durante os anos do cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10).
A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte, semelhante à de Jerusalém. Estava
situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um
monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente protegido pela outra.
Foi edificada por Omri, rei de Israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de
prata (1 Rs 16.24). os reis empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte,
bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o profeta Amós descreve a cidade
como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2).
A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de
Samaria (1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18). Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu
ministério (2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem
resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um
cerco de três anos.
O assédio, principiado por Salmaneser IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6).
Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos
por Oséias (10.4,8,9) - e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras.
Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que
ficavam muito longe do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da
antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de
Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos
nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2).
Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu
cativeiro, foi ali residir um certo número deles com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 - Ne 4.2).
Samaria assim continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a
reedificou no ano 60, mais ou menos.
Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar,
adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o
nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano.
Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido
em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do
qual apenas se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas. Estas ruínas acham-se na
parte exterior da atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de
Israel.
Depende da presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de
Samaria mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos
domínios de seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como
prova desse fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto.
A província de Samaria, nos tempos do Novo Testamento, estava situada entre a Judéia e a Galiléia
(Lc 17.11) - era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície
de Esdrelom e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo
4.4 a 43), e em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).
Ver também
• Samaritanos
• Óstracos de Samaria
Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo
antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do
sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel. A cidade de
Samaria foi tomada pelos assírios em aproximadamente 722 a.C. A província da Samaria
compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se
reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo
até à Síria e Amom. Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino
de Judá - pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 - 1 Cr 5.26),
e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6). Depois deste último foi Samaria terra de
completa desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos
do cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10). A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte,
semelhante à de Jerusalém. Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente
da planície de Sarom, no alto de um monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente
protegido pela outra. Foi edificada por Omri, rei de Israel, que comprou o monte de Samaria a
Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). os reis empreenderam muitas obras na cidade de
Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o
profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2). A vida
de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de Samaria
(1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18). Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério
(2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos
sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos.
O assédio, principiado por Salmaneser IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6).
Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos
por Oséias (10.4,8,9) - e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras.
Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que
ficavam muito longe do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da
antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de
Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos
nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2). Os cutitas reedificaram até certo ponto
a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu cativeiro, foi ali residir um certo número
deles com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 - Ne 4.2). Samaria assim continuou, sem grandes
mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos.
Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar,
adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o
nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano. Por vontade de
Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido em qualquer
tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do qual apenas
se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da
atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de Israel. Depende da
presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria
mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de
seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como prova desse
fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto. A província de
Samaria, nos tempos do Novo Testamento, estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) - era
limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom e ao
sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e em
parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25
Extra:
aos masoréticos [leitura crítica da bíblia pelos sábios], não sãomuito antigos, mas têm algumas
variantes muito valorizadasde determinadas passagens bíblicas. A diferença de pronúnciae de
vocabulário, embora não dificultasse o entendimento,antes denunciava a procedência do locutor.
Dai que asamaritana reconhecesse Jesus como judeu. Judeus esamaritanos eram tão inimigos entre
si como hoje palestinos ejudeus. Por isso um judeu nunca pediria a bênção da comidaquando em
companhia de um samaritano, nem diriam Amém,após a bênção dada por um samaritano, só se a
bênção fossedada em voz alta e estavam certos de que não foi ditanenhuma heresia. Como não
tinham um nome mais injuriosoque o de samaritano, com ele, sob o apelido de cutitas,chamaram em
seus escritos aos cristãos. Cutitas era também onome com o qual denominavam os gentios ou
idólatras.SICAR: na atualidade é identificada com a aldeia de el´Askarao leste do monte Ebal e
aproximadamente a três quilômetrosda atual Nablus. O poço de Jacó está a 800m da aldeia. Outrosa
confundem com Siquém. Siquém [ombro ou ladeira] estásituada entre os dois montes Ebal e
Garizim, cidade jámencionada nos textos egípcios, e que hoje se identifica comTell Balatah. Jacó ao
voltar da Mesopotâmia foi bem acolhidopelos habitantes de Siquém que lhe venderam
terraspermitindo erigisse um altar a El, Deus de Israel (Gn 33, 20).Lá foi enterrado José e nela se
reuniram as dez tribos querejeitaram Roboão filho de Salomão(1 Rs 12, 1). Jeroboão, oprimeiro rei
rebelde de Israel, fez de Siquém a capital do novoreino (1Rs 12, 25) até Omri, ou Amri, edificar
Samaria. Oevangelista declara que Sicar estava próxima à herdade queJacó deu a seu filho José
antes de morrer (Gn 48, 22). Nestamesma herdade segundo o evangelho estava a fonte [pege]
deJacó. De fato em grego existem duas palavras inconfundíveis:pegé [fonte] e frear [poço]. O nosso
evangelista usa primeiropegé, para cuja água não necessitaria Jesus nenhum odre,como era e é ainda
o costume para tirar água dos poços. Se opoço era público este odre estava na boca do poço de
modoque todos podiam tirar água do mesmo; mas se o poço eraparticular não existia tal instrumento
para poder beber.Voltando ao nosso caso, não existe poço em Sicar ou Siquém,mas uma fonte e
assim o indica a primeira palavra pegégrega[fons latino] com a que o evangelista designa a fonte
deágua. Perto das terras ou herdade que Jacó deu a seu filhoJosé (Js 24, 32) e que ele tinha
comprado de Hemor, pai deSiquém por cem peças de prata. Ou como diz em Gn 48, 32:Eu te dou
Siquém a mais que a teus irmãos, o que conquistei
dos amoreus com minha espada e com meu arco.Sem dúvidacitando o texto Gn 34, 25-29 em que os
dois filhos Simeão eLevi vingaram sua irmã Dina passando ao fio da espada Hemore seu filho
Siquém.O POÇO : Atualmente não existe esse poço em Siquém,pois esta é uma cidade que tem
fonte de água e não sãonecessários poços. O poço de Jacó acabou no ano 500 dC. Ospoços
[bor(hebr), frear(greg), puteus(latim)]eram cavados naterra como indica Gn 21, 30: aceitarás estas
sete cordeiraspara que sejam um testemunho de que eu cavei este poço. Adescoberta de águas se
tornava ocasião de regozijo: aquelemesmo dia viram seus servos [de Isaac] e lhe comunicaramsobre
o poço que tinham aberto: Temos encontrado água (Gn26,32), celebrado em cântico: então cantou
Israel este canto:jorra,ó poço, Cantai-lhe! Nm 21,17 Normalmente a água tinhade ser tirada como
lemos em Gn 24,20: Esvaziou seu cântaro[ kad(hbr),ydria(gre), hidria(latim)]na pia correu de novo
atirar água e tirou-a para todos os camelos. Geralmente a águado poço era extraída por meio do odre
de couro [hemet, askose uter] como ainda vemos hoje em dia entre os beduínos.Assim Abraão
tomou pão e um odre de água e o deu a Agar (Gn21, 14). Um manancial [águas vivas] era
particularmenteprovidencial numa terra onde a água era escassa e os poçoseram motivo de contenda
(Gn 36, 19-21) especialmente seencontravam um manancial Gn 26. 19)e não era uma cisterna[bor]
para conter a água de chuva. As cisternas eram cavadasna rocha e depois rebocadas. A água era
tirada dos poçospelas mulheres que a transportavam em odres ou cântaros. Obôr pode também
significar um grande buraco na terra. Noclima seco da Palestina, as cisternas eram cavadas na rocha
edepois rebocadas. Elas armazenavam água ajuntada durante aestação da chuva para ser usada na
estação da seca. O reiOzias cavou [no deserto] cisternas; pois dispunha de numerosorebanhos (2 Sm
26, 10). As paredes lisas das cisternasimpediam que os lançados nelas fugissem, como no caso
deJosé (Gn 37,20) ou Jeremias (Jr 38, 6). Cisternas bemconstruídas e conservadas serviam de
referência geográficacomo o poço de Belém (2 Sm 23, 15) o poço de Sira (2 Sm 3,26) e o poço
grande que estava em Soco (1 Sm 19, 22). Bôrdeve ser distinguido de fonte que jorra [mabbua,
pegé, fons]da qual fala Isaías em 35, 7. No nosso caso atualmente nãoexiste poço perto de Sicar a
antiga Siquém porque há umafonte ou manancial na área e portanto não há necessidade detirar água
de um poço que seria desnecessário. O poço de Jacónão existe mais. Caso de Sicar se confundir
com a aldéia de Al
Askar ao leste do monte Ebal estaríamos a 800 m do poço deJacó. Tendo como base um V
ponhamos Siquém ou Sicar novértice; ao lado do traço direito está a aldeia de El Askar, ouseja
nordeste de Siquém, e ao lado esquerdo do V Nablus.Dentro do vértice colocamos o monte Ebal e
de fora do traçoesquerdo ocupando o terreno entre Nablus ao norte e Siquémao sul, o monte
Garizim. A Siquém antiga foi descoberta aoleste de Nablus na aldeia de Balatah, que hoje se
identificacom a antiga Siquém e perto da qual está o manancial maisnotório da região. O poço que a
tradição mostra como sendode Jacó era no século IV uma cisterna que tinha 15 m deprofundidade e
segundo outros a sua altura chegava a ser de39 m. Sobre ele estava construída uma
igreja.GARIZIM: Como temos visto anteriormente existiam doismontes entre os quais estava a
Siquém histórica. Ao norte oEbel e ao sul o Garizim. O primeiro era bastante árido e osegundo pelo
contrário cheio de mata e prados. Segundo oDeuteronômio 11, 29, quando Javé teu Deus te
houverintroduzido na terra em que estás entrando a fim de tomaresposse dela, colocarás a bênção
sobre o monte Garizim e amaldição sobre o monte Ebal, perto do carvalho de Moré. Eem outro
lugar 27, 4: Após ter atravessado o Jordão erigireisestas pedras [grandes e caiadas sobre as quais
estavamescritas as palavras da Lei] conforme hoje vos ordeno sobre omonte Ebal ( sem dúvida uma
correção modificada pelapolêmica com os samaritanos, cujo Pentateuco traz Garizim) eas caiarás.E
lá edificarás um altar para Javé teu Deus...esobre ele oferecerás holocaustos a Javé teu Deus. ( idem
6). Ametade das tribos se postarão sobre o monte Garizim paraabençoar e a outra metade sobre o
Ebal para a maldição (idem12). Em Josué 8, 33 vemos como os israelitas cumpriram omandato de
Moisés como se fossem os dois coros de umatragédia grega que se enfrentava entre bênçãos e
maldições.O templo de Garizim foi profanado pelos seleúcidas,rededicando-o a Júpiter Hospitaleiro
assim como o deJerusalém foi rededicado a Júpiter Olímpico. Segundo estaspalavras do
Deuteronômio, Garizim era o monte escolhidopara o altar e as oferendas a Javé. Logo a samaritana
nãoestava desprovida de razões para enfrentar a tradição deJerusalém como monte santo. Durante o
período persa, umdos sacerdotes, Manassés, filho e logo irmão do sumosacerdote casou com a filha
de Sambalate, governador deSamaria, e foi por Neemias afastado do cargo. Ele apelou aseu sogro e
pediu para edificar um templo em Garizim do qualseria sumo sacerdote. Concedida a licença de
Alexandre o
Grande, o templo foi edificado e Manasés foi o sumo sacerdoteao qual uniram-se outros judeus que
tinham se unido àssamaritanas. Assim se iniciou uma religião, um culto e umsacerdócio diferente do
judaico em Jerusalém.HORA SEXTA: Hoje diríamos que era meio dia. Os romanosdividiam o dia
em horas como as nossas, sendo que de três emtrês recebiam um nome próprio: Prima, terça, sexta,
nona;cada uma responde a três horas atuais a começar com as seisda manhã até o final da nona, ou
seis da tarde. O cômputoromano era pois mais abrangente do que nosso horário dehoje. No Oriente
acostumava-se caminhar desde o amanheceaté ao meio dia para descansar e evitar o calor excessivo
dajornada e eram as fontes que condicionavam o descanso e arefeição consequente.COMPRAR
ALIMENTOS: Alimentos e bebidas podiam sercomprados dos samaritanos e até pão sem levedura,
tambémalimentos assados e cozidos porque os samaritanos não osmisturavam com vinho ou vinagre
[talvez por serem essescondimentos os que se usavam para os sacrifícios]. Já o pãocom levedura era
como comer carne de porco. Outrosafirmavam que comer pão dos samaritanos era se
exporunicamente a um castigo. De onde podemos deduzir que osdiscípulos agiam em conformidade
com a LeiO DOM DO DEUS: Alguns acreditam que esse dom é o próprioJesus como ele disse a
continuação: e quem é que te diz dá-me de beber(10). Assim o é é traduzido por Isto é, sendo pois,o
dom o conhecimento de quem Jesus era realmente e de seuministério na terra. Mas geralmente a
maioria acredita que odom se identifica com a água viva que Jesus ofereceimediatamente à
samaritana. Ela é a água espiritual semprepresente na alma como vida eterna (4, 14)da qual é
imagem aágua da fonte [água viva] oposta a água da cisterna [águamorta ou estancada] que a
samaritana buscava no poço. A) NoAT a água da fonte, água viva, simbolizava várias coisas: 1)
Areligião javista (Jr 2, 13) 2) A vida espiritual que Deusdispensa(Ez 47, 1 ss, ou Sl 36, 9-10). 3)As
graças que Javéconcede(Is 12, 3). 4)A Lei como fonte de vida (Ecli 15, 1-3) 5)A Sabedoria (Prov
13, 14). B) No NT o evangelista João aidentifica com o dom do Espírito Santo (Jo 7, 37-39). C)
Outraopinião a identifica com Cristo como dom e não com um outrodom, mesmo sendo o máximo,
como é o dom do Espírito,porque em Cristo nós temos a fonte de todos os dons quepodemos esperar
do Pai. Podemos aceitar os números 2 e 3
que se resumem no próprio Cristo, pois dele saiu sangue[morte do corpo, que é redenção] e água
[vida para as almas]na hora em que seu peito foi perfurado (Jo19, 34). Jesusafirmará que aquele que
nEle crê, nEle terá como beber poisdo seio de Jesus sairão rios de água viva (Jô 7, 38). E essaágua é
como se dentro os crentes tivessem um manancial deágua borbulhante para a vida eterna (14).
Como a água eravida na Palestina, daí que Jesus está indicando que a vidaeterna está sendo
produzida já como quem tem água parairrigar os campos com a fé inicial em Cristo que produzirá
osefeitos que Ezequiel viu na visão da fonte do templo(cap 47).Os fiéis que, segundo Paulo se
tornaram templos do Espírito,terão como o templo material de Ezequiel uma fonte quereviverá tudo
que irrigar em sua passagem.MAIOR QUE JACÓ?: A mulher se estranha com a idéia e por
issopergunta se o seu interlocutor era maior e tinha outra espéciede água diferente que a encontrada
por Jacó a quem chamade pai, pois se consideravam como descendentes do patriarca.De fato era na
Samaria que os patriarcas e seus descendentestiveram sua moradia antes de irem para o Egito. E na
volta domesmos foi a Samaria, o território em que a arca esteve emSilo na metade do caminho entre
Betel e Siquém (Jz21,19).Foi em Silo onde Samuel teve a visão divina pela primeiravez. Também
Betel estava dentro da Samaria e era um outrolugar santo. Foi em Betel que Jacó teve a visão da
escada elevantou uma Estela para indicar como santo o lugar,mudandoseu nome de Luz para casa
de Deus (Gn 28, 10-18).E na voltade Harã foi quando teve a Epifania que lhe indicou Betel
comolugar santo e onde enterrou Débora após ter tambémenterrado no carvalho de Siquém os
deuses estrangeiros quepossuíam os de sua comitiva. Estavam num lugar santo e amística envolvia
sem dúvida seus habitantes.KYRIE: A palavra significa um superior. Em termos absolutosDeus e
em termos humanos um mestre da Lei, um Rabbi, oesposo com referência à sua mulher, ou o amo
com respeitoao seu escravo. Logicamente aqui ela o trata como umsuperior a quem pede um favor.
Ela não entendeu a metáforae pede uma água material que aplaque sua sede biológica.OS CINCO
MARIDOS: É um tanto estranho que uma mulhernuma aldeia tão pequena como Sicar tivesse cinco
maridos.Por isso alguns comentaristas falam de que é uma alusão aopovo samaritano que foi
formado por cinco etnias diferentessegundo narra 2 Rs 17, 24. Caso seja certo teríamos uma base
para pensar de todo o relato como uma ficção a declarar queos samaritanos também, e melhor do
que os judeus, foram osouvintes da Boa Nova. A resposta da mulher é também umtanto insólita ao
dizer que não tem marido. É então quandoJesus lhe declara que realmente uma mulher que teve
cinco,pode dizer que não tem nenhum, nem tinha antes verdadeirosmaridos. Os samaritanos só
admitiam o divórcio no caso deadultério pois eles não tinham outra lei a não ser oPentateuco. Daí
podemos dizer que era uma mulher de vidafácil? De todos os modos esse conhecimento íntimo de
Jesussobre sua vida, era um fato que a mulher reconheceu comosendo obra de um previdente ou
profeta. Em definitivo, umhomem de Deus.A PERGUNTA: Garizim ou Jerusalém, onde se deve
adorar?Temos visto a base para considerar Garizim como lugarpreferido por Deus através dos seus
profetas, Moisés e Josué.Sobre Jerusalém só temos a palavra de profetas que não eramadmitidos
pelos samaritanos como 1 Rs 6, 13: Quanto a estacasa ...eu cumprirei em teu favor a minha palavra
que dei ateu pai Davi e habitarei no meio dos filhos de Israel e nãoabandonarei meu povo. Houve
um período sem templo nemsacerdócio, para depois construir o segundo templo no tempode Esdras
e Neemias. Por isso na sua construção tiveram comoinimigos os samaritanos (Esdras cap 4)que
lograram por umtempo interromper a construção do templo. A perguntamerecia ser formulada
porque segundo o pensar da época odeus local tinha um espaço em que se encontrava a gosto
comseu povo e era nele que devia ser adorado. Nossos paissignifica Abraão Isaac e Jacó. De fato
Abraão erigiu um altarno monte Moriá (Gn 12, 6-7) que se identificou com Siquémou, como diz
Teofilacto,com o monte Garizim. Jacó emSiquém construiu um altar a El, Deus de Israel (Gn 33,
18-19)O templo de Garizim construído 40 anos após o segundotemplo de Jerusalém por Manassés
(vide supra) permaneceufuncionando 200 anos até ser destruído por João Hircano.Segundo Dt 12 5-
6 Buscá-lo-eis somente no lugar que Javévosso Deus houver escolhido, dentre todas as vossa
tribos,para ai colocar o seu nome e ai faze-lo habitar. Levareis paralá vossos holocaustos e vossos
sacrifícios. Era Garizim ondeinicialmente foi venerado ou era Jerusalém, que foi destruído,e
portanto Javé não pareceu se importar com o local e otemplo antigo?A RESPOSTA: Jesus desliga o
culto ao lugar particular e ocoloca onde deve estar: no coração de cada fiel. Em espírito e
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Samaria
A SAMARIA: O significado é Torre de fogo. Inicialmente erao nome da capital que compreendia
todo o território ocupado pelas dez tribos rebeldes, após a morte de Salomão no reina... (Mais)
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Pequeno Mestre