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A Samaria desde a antiguidade até os dias de hoje

O significado da palavra é 'guardar ou prestar atenção' mas deacordo com 1 Reis 16:24, deriva de
Shemer, de quem Omri, Rei de Israel, comprou este local.
1. Samaria é uma cidade que durante o reino dividido de Israel foi a capital do reino do norte. Foi
tomada pelos Assírios em aproximadamente 722 a.C. Samaria segundo a Bíblia (Fonte: Bíblia
Online): A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez
tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e
desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom.
Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino de Judá - pelas
conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 - 1 Cr 5.26), e finalmente
pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6). Depois deste último foi Samaria terra de completa
desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos do
cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10). (*veja Israel (Reino de).
2. A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma cidade forte, semelhante à de Jerusalém.
Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto
de um alto monte, acessível de uma parte, e bem protegido pela outra. Foi edificada por Omri, rei de
Israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). Os reis
empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe
construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede
do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2). A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal,
acham-se relacionados com a cidade de Samaria (1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18).
Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério (2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi
cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20),
sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos. o assédio, principiado por Salmaneser
IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6). os habitantes sofreram horrivelmente
durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos por Oséias (10.4,8,9)
Em Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras. Subjugada a cidade,
mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que ficavam muito longe
do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da antigüidade, Sargom e,
mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de Cuta, e de outras
províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos nacionais entre os povos
conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2).
Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu
cativeiro, foi residiram alí um certo número deles que casaram com suas mulheres estrangeiras (Ed
4.17 - Ne 4.2). A Samaria continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de
Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos. Permaneceu ainda como lugar insignificante até
que Herodes a mandou novamente edificar, adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do
que o de outros tempos, recebendo, então, o nome de Sebastia, que quer dizer Augusta, segundo o
nome do imperador romano.
Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido
em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou construir um magnífico templo, do qual
apenas se podem-se ver hoje algumas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da atual
pequena vila de Sebastia, que representa hoje a antiga capital dos reis de Israel. Depende da
presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria
mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de
seu filho Arquelau.
3. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebastia, e como prova desse fato se mostram
as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto.
A província de Samaria, nos tempos do N.T., estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) -
era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom
e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e
em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).

Porque os judeus e samaritanos não se davam?

Muitas pessoas ainda não sabem o porque os judeus odiavam tanto os samaritanos e vice-versa, se
você é um daqueles que não ainda não sabem, a partir de agora passara a saber!
Logo após a morte de Salomão, o reino de Israel se dividiu, ou seja, as doze tribos foram partidas,
dez ao norte duas ao sul. As duas do sul tinham em Jerusalém a sua capital, a tribo de Judá é que
tinha a sua prevalência e Jerusalém era a sede do culto, do templo e de tudo relacionado a religião,
de modo que tudo estava de uma certa forma relacionado a eles. Enquanto isso as dez tribos do
norte, que continuavam a ser tribos de Israel, tinham uma relação não tão amorosa com as duas
tribos do sul, dependendo de quem era o rei do sul eles brigavam, enfim, não se davam. Só algumas
vezes eles se união, mas somente para guerrear contra um inimigo comum maior que eles, e depois
disso se separavam de novo!
O problema é que no lado norte de Israel, onde ficavam as dez tribos do norte, e a Samaria que
ficava bem no meio daquele território e durante muitos anos ela foi a capital daquele reino norte de
Israel, que alternou entre o norte da Galiléia e a cidade de Samaria, sendo porem Samaria a capital
daquele reino norte de Israel. E ali na capital Samaria, se praticou muita bruxaria, adoração a deuses
como Moloque, Baal, entre outros deuses importados das culturas babilônicas ou egípcias daquela
época.
Acontece que por volta de 700 A.C. o rei do norte foi levado a cativo, e eles foram colocados numa
terra distante, mas precisamente na Mesopotâmia, e ali eles não tiveram estrutura dentro deles para
segurar a invasão cultural, social, politica, econômica e religiosa dos adversários, até porque a
história deles naqueles últimos 300 anos, ou seja, desde a morte de Davi, já era uma história
diferente, porque eles eram um “povo aberto”, e quando foram levados a cativo, ficou tudo mais
fácil; eles ainda tinham a desculpa do cativeiro!
Mas depois de um tempo, eles assimilaram mesmo tudo aquilo, e quando eles receberam a
autorização para retornar para suas terras, e esse retorno só aconteceu porque Judá havia sido levado
para cativeiro e depois que Ciro assinou o decreto real, dando-lhes autorização para voltar e eles
voltaram; todas as tribos foram beneficiadas, o conjunto todo de Israel foi beneficiado e foi se
reagrupando outra vez, mas sem aquelas divisões originais de tribos conforme as doze tribos
anteriores. Agora o ajuntamento já era diferente, já havia um preconceito existente. E esse pessoal
que fazia parte das dez tribos do norte começam a ser chamados de dois nomes: ou Galileus ou
Samaritanos. Só que os Galileus davam muito menos trabalho ao pessoal de Jerusalém, porque a
Galiléia estava mais distante; já a Samaria estava mais perto, estava coladinha, estava
geograficamente muito próxima. Você pode olhar no mapa hoje, e ver que a Cisjordânia de hoje era
a Samaria daqueles dias, geograficamente.
Esses samaritanos que haviam sido absorvidos e havia feito absorções de outra cultura pagã, voltam
para a sua terra. Mas os judeus, que garantiram o retorno de todos eles, os segregam! E esse
processo de segregação só cresce, de tal modo que eles se sentem indignos de serem chamados de
judeus, diz a bíblia que todos que se casaram com estrangeiros(as) foram deixados fora dos livros e
das genealogias oficiais. E esse processo de segregação aumentou dentro deles o desejo de não
perderem a sua relação com a história de Israel, porque eles também se sentiram filhos de Israel;
mas como eles não podiam ir até Jerusalém, porque lá eles eram “crentes de 2ª categoria”, eles
iniciaram seus próprios cultos, seus próprios lugares santos e as praticam até o dia de hoje! Faziam
seus sacrifícios sobre o monte Jerezim (que significa palavra de benção), tinham seus altares, o que
para os judeus já era um escândalo, porque para eles sacrifícios só podiam ser feitos no templo em
Jerusalém.
Essa rivalidade só foi aumentando, e alguns fanatismos começaram a surgir entre os samaritanos.
Um dos piores fanatismo aconteceu quando Jesus tinha 19 anos de idade, e vocês podem achar isso
no livro Antiguidades de Flavio Josefos, ele diz que um samaritano fanático invadiu o templo em
Jerusalém com ossos humanos, e jogou os ossos dentro do santo lugar, numa tentativa de profanar o
templo. Aquilo para os judeus era como se alguém jogasse uma “bomba em Deus”, era um atentado
ao templo! Isso gerou nos judeus um ódio enorme, a ponto de um escritor inglês chamado Joaquim
Jeremias, especialista em costumes daqueles dias, que diz que daquele tempo em diante todos os
rabinos de Israel, pediam que cada judeu devoto antes que o sol se posse erguesse a mão na direção
de Samaria e amaldiçoasse os samaritanos pelo Deus de Abraão, tamanho o ódio e a revolta dos
judeus!
Então querido leitor toda vez que você ler sobre Jesus e os samaritanos, Jesus usando samaritano
como ilustração, pode ter certeza que existiam varias repercussões negativas desses atos de Jesus
em Jerusalém, que era a capital da religião.

Samaritanos
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Samaritanos no Monte Gerizim


Os Samaritanos são um pequeno grupo étnico-religioso aparentado aos judeus que habita nas
cidades de Holon e Nablus situadas em Israel e na Cisjordânia respectivamente. Designam-se a si
próprios como Shamerim o que significa "os observantes" (da Lei); desde há alguns anos os
Samaritanos tem vindo igualmente a usar o termo "israelita-samaritanos". Em hebraico moderno, os
Samaritanos são designados de ‫ שומרונים‬, os de Shomron, ou seja, os da Samaria.
A religião dos Samaritanos baseia-se no Pentateuco, tal como o judaísmo. Contudo, ao contrário
deste, o samaritanismo rejeita a importância religiosa de Jerusalém. Os samaritanos não possuem
rabinos e não aceitam o Talmud dos judeus ortodoxos.
Os samaritanos não se consideram judeus, mas descendentes dos antigos habitantes do antigo reino
de Israel (ou reino da Samaria). Os judeus ortodoxos consideram-nos por sua vez descendentes de
populações estrangeiras, que adoptaram uma versão adulterada da religião hebraica; como tal,
recusam-se a reconhecê-los como judeus ou até mesmo como descendentes dos antigos israelitas. O
Estado de Israel reconhece-os como judeus.
Hoje há cerca de 200 samaritanos. Seu idioma de uso comum é o hebraico moderno e o árabe
palestino, enquanto para atos litúrgicos utilizam o hebraico samaritano.

Origem dos Samaritanos


Por volta de 1000 a.C., os Israelitas viviam nas terras altas situadas a oeste do rio Jordão, assim
como numa área situada um pouco a leste deste rio, no actual território da Jordânia. Segundo a
Bíblia, os Israelitas dividiam-se em doze tribos, que alimentavam rivalidades mais ou menos
intensas umas com as outras.
Ainda de acordo com a Bíblia, estas tribos teriam sido unificadas em cerca de 1000 a.C pelo rei
Saul, que foi sucedido por David; este foi por sua vez sucedido pelo seu filho Salomão[1].
Depois da morte de Salomão, em cerca de 930 a.C., dez tribos do norte separaram-se e formaram o
reino de Israel, também conhecido como reino da Samaria, devido ao nome da cidade que se tornou
a sua capital no século IX a.C. Este reino tornou-se vizinho e por vezes rival do reino do Sul, o
reino de Judá.

Os dois reinos

Mapa político do Próximo Oriente em 800 a.C.


O reino de Israel e o reino de Judá definiram-se um com relação ao outro. Embora fizessem parte da
mesma comunidade, encontravam-se em disputa no domínio territorial, político e religioso.
Num contexto em que a religião e a política não estão separadas, o controle da religião é um aspecto
importante do poder. Assim, cada reino fixou os seus próprios lugares de culto. O do reino de
Iehudá foi instalado em Jerusalém, enquanto que os do reino de Israel situavam-se em diversos
pontos, encontrando-se os mais importantes nas extremidades norte e sul do reino, em Betel e em
Dan. Nos primeiros séculos esta diversidade de templos não representou um problema e não gerou
qualquer tipo de cisma. Saliente-se que antes do ano 1000 a.C. não existiam locais de culto
permanentes, como mostra a Bíblia (o profeta Samuel, por exemplo, era sacerdote no santuário de
Silo). O fenómeno estava relacionado com a ausência de uma centralização do poder inerente à vida
das tribos.
De acordo com a Bíblia, as tribos do reino de Israel tinham uma inclinação para o pecado. Sobre os
seus templos lança-se a acusação de estarem abertos aos ritos pagãos e de não serem
verdadeiramente israelitas. Não é possível provar a realidade destas acusações, que de qualquer
forma demonstram uma hostilidade da malchut Iehudá para com o malchut Israel.
Em 722 a.C. a saber o rei Salmaneser, os Assírios conquistaram o reino de Israel, que
transformaram numa província do seu império. O reino de Judá aceitou submeter-se à soberania dos
Assírios como estado vassalo, tendo por isso sobrevivido mais algum tempo. Restabeleceu a sua
independência durante o reinado de Josias, tendo sido destruído pelos Babilónios e a sua população
deportada em 586-587 a.C.

Perspectiva judaica ortodoxa


De acordo com o II Livro de Reis, que se pensa ter sido redigido em meados do século VI a.C. (pelo
menos cento e cinquenta anos após os acontecimentos), a população do reino de Israel foi deportada
para outras regiões do Império Assírio como castigo pelos seus pecados. De seguida, esta população
teria misteriosamente desaparecido (as "Dez Tribos perdidas de Israel").
A Bíblia refere que povos estrangeiros foram transladados para habitar o território das populações
deportadas. Estes estrangeiros teriam criado uma religião nova, que misturava elementos hebraicos
e pagãos, e encontram-se na origem dos Samaritanos[2].

Perspectiva da História

Sargão II e um alto dignitário


Os arqueólogos recuperaram uma boa parte dos arquivos do Império Assírio. As crónicas assirias de
Sargão II, o rei que venceu o reino de Israel, afirmam:

Cerquei e ocupei a cidade da Samaria, e levei comigo 27 280 dos seus habitantes
como cativos. Tomei-lhes 50 carros, mas deixei-lhes o resto das suas coisas —'
Alguns tradutores não estão de acordo quanto ao significado exacto de "cidade de Samaria",
considerando que o texto original não esclarece se se trata da cidade ou do Estado da Samaria.
Há no entanto um ponto em comum com o II Livro de Reis, a deportação dos Israelitas. Mas há
também uma diferença importante: o número de deportados. Segundo o II Livro de Reis, toda ou
quase toda a população foi deportada; segundo Sargão, foi apenas uma minoria. Os arqueólogos
estimam que o reino da Samaria teria 200 000 pessoas, de acordo com as cidades e aldeias
reencontradas. Sabe-se que ocorreu uma primeira deportação dez anos antes, quando o rei assírio
Tiglat-Falasar III conquistou a Galileia. O total das duas deportações atinge cerca de 40 000
pessoas, ou seja apenas 20% do total dos habitantes, essencialmente a elite. Os historiadores
acreditam que certos Israelitas do Norte teriam partido também como refugiados para o Reino de
Juda.
A implantação de colonos estrangeiros é indicada várias vezes no resto do texto, mas a propósito de
outras conquistas. Esta política de implantação era comum, e por conseguinte foi provavelmente
também feita na Samaria, como o indica o II Livro de Reis. Na localidade de Gezer e nos seus
arredores encontraram-se textos cuneiformes do século VII a.C. contendo nomes babilónicos. A
transladação de populações estrangeiras na Samaria (pelo menos em certas zonas), encontra-se
assim atestada. Contudo, a arqueologia revela que este repovoamento está longe de ter sido maciço.
As cerâmicas, inscrições, aldeias, etc.... mostram uma continuidade com o período anterior. O Livro
de Jeremias afirma que 150 anos após a queda do reino do Norte, os Israelitas do Norte
apresentaram oferendas no templo de Jerusalém.

Perspectiva dos Samaritanos


De acordo com o seu livro de Crónicas (Sefer ha-Yamim), os Samaritanos consideram-se como
descendentes das tribos de Efraim e de Manassés (duas tribos procedentes da Tribo de José) que
viviam no reino de Israel antes da sua destruição em 722 a.C.. Esta visão está bastante próxima dos
estudos da maior parte dos historiadores.
Os Samaritanos afirmam ainda que foram os Judeus a se separar deles quando da transferência da
Arca da Aliança no século XI a.C.. De acordo com a segunda das suas sete crónicas, foi o profeta
Elias a causar o cisma quando estabeleceu em Siló um santuário que visava substituir o santuário do
Monte Gerizim.

Datação da ruptura

Ciro II e os hebreus. Iluminura de Jean Fouquet, c. de 1470-75


Em 586 a.C., o reino de Judá cai perante o inimigo, e uma parte da sua população é deportada para a
Babilônia. Após a libertação dos exilados por Ciro II em 537 a.C., estes decidem reconstruir o
templo de Jerusalém. O Samaritanos oferecem então a sua ajuda, mas esta é rejeitada, tal como
descreve o Livro de Esdras.
Se tiver como referência o Livro de Esdras, a ruptura religiosa entre Judeus e Samaritanos teria
ocorrido depois de 500 a.C. Porém, dado que há incertezas quanto à data de redacção dos textos,
conteúdo e aplicação do mesmos, subsistem dúvidas. Alguns estudiosos consideram que a ruptura
ocorreu após o retorno de Neemias em 445 a.C.; o começo da história samaritana propriamente dita
situar-se-ia no começo da época helenística, com a construção de um templo rival ao de Jerusalém,
no Monte Gerizim, em Siquém (actual Nablus).
História dos Samaritanos após a separação
Os Samaritanos mantiveram uma população relativamente numerosa no norte da Palestina: estima-
se o seu número em várias centenas de milhares até ao século VI; alguns autores apontam um valor
de 1,2 milhões nos séculos IV e V. No entanto, nunca foram um povo independente, tendo passado
pelo controle dos impérios que sucederam ao império assírio.

Relações com o reino selêucida


O reino selêucida foi um reino de cultura helenística governado por uma dinastia de origem
macedónia, que resultou da divisão do império de Alexandre, o Grande. Embora de início tivesse
uma extensão territorial considerável, em pouco tempo restringiu-se à região da Síria-Palestina. O
reino afirmou fortemente a cultura grega, o que num primeiro momento não representou um
problema para os judeus e samaritanos que viviam na Palestina. A situação alterou-se durante o
reinado de Antíoco VI Epifânio (175-163 a.C.), que lança uma campanha de helenização forçada
das populações do seu reino. A decisão de em 168 a.C. consagrar o Templo de Jerusalém a Zeus
obteve a aprovação de alguns judeus, gerando a revolta de outros, liderados pelos Macabeus.
Segundo o Livro dos Macabeus, tropas samaritanas teriam se unido em 166 a.C. ao exército
selêucida para combater os judeus durante a revolta dos Macabeus. No domínio da religião, os
Samaritanos teriam também aceitado transformar o templo do Monte Gerizim num templo
helenístico.
No entanto, esta aliança política com os Selêucidas não deixou rastro nos samaritanos quando o
domínio selêucida terminou. É portanto possível que tenha sido uma aliança política sem conteúdo
religioso, embora esta aceitação reforce a acusação de paganismo que já se encontrava presente no
Livro dos Reis.

Relações com os judeus da Antiguidade


As relações com os judeus foram em geral negativas durante toda a Antiguidade. Existia entre eles
um odio recíproco. Depois do sucesso da revolta judaica contra os selêucidas, o novo reino dos
Hasmoneus, governado por João Hircano I conquista Siquém e destrói o templo do Monte Gerizim
(108 a.C.).
Os samaritanos tornam-se súditos de um Estado que não os considera como judeus. Contudo, Flávio
Josefo refere que até à época do procurador romano de Coponius (6-8 d.C.), o Templo de Jerusalém
encontrava-se aberto aos samaritanos.
Depois da conquista romana de 63 a.C. a Samaria conheceu várias reorganizações administrativas.
Em 30 a.C. Augusto acrescenta-a ao reino de Herodes, o Grande. Em seguida, a província da
Samaria e as cidades da costa são enquadradas na província romana da Síria (ou da Fenícia,
conforme as épocas), escapando ao poder judeu. O Império Romano era tolerante para com as
religiões dos povos conquistados[carece de fontes].

Relações com o Império Romano


A chegada do Império Romano à região em 63 a.C. permitiu ao Samaritanos libertarem-se
progressivamente dos judeus. Mas as relações com este império foram por vezes
conflituosas[carece de fontes].
Durante o levante judaico de 67-73, o imperador Vespasiano temeu assistir a uma aliança dos
samaritanos com os judeus. Segundo Flávio Josefo, Vespasiano teria enviado tropas contra os
samaritanos, que foram cercados; apesar de terem ficado sem água e de lhes ter sido oferecida a
rendição, os samaritanos resistiram e foram executados.
No reinado de Adriano (de 117 a 138), os judeus e os samaritanos foram castigados com a proibição
de celebrarem o shabat e as festas, bem como de praticarem a circuncisão e os banhos rituais. As
crônicas samaritanas atribuem a Adriano a destruição de todos os seus livros sagrados, com
excepção do Pentateuco e da genealogia dos sacerdotes.

Relações com o Império Bizantino

Justiniano I
O Império Romano dividiu-se definitivamente em 395 da era comum. A partir desta data, haveria
um Império Romano do Ocidente, que desaparece em 476, e um Império Romano do Oriente ou
Império Bizantino (designação derivada do nome da sua capital, Bizâncio, mais tarde conhecida por
Constantinopla e depois como Istambul). O Império Bizantino tentaria converter pela força certas
minorias (cristãs ou não) à sua forma de cristianismo.
Assim, o imperador Zenão I lança-se de ataque aos judeus e aos samaritanos. Durante o seu reinado
o templo dos samaritanos foi destruído pela segunda vez e desta feita de forma definitiva, não tendo
sido reconstruído.
Sob a condução de um líder carismático e messiânico, chamado Julianus ben Sabar (ou ben Sahir),
os Samaritanos revoltaram-se em 529. Com a ajuda dos ghassanidas (árabes cristãos), o imperador
Justiniano esmaga a revolta. Dezenas de milhares de Samaritanos foram mortos ou vendidas como
escravos. Outros converteram-se, sem dúvida como maneira de escapar à repressão. De uma
população de pelo menos centenas de milhares de pessoas, passa-se rapidamente a uma pequena
população. O Império Bizantino foi o responsável pela transformação dos samaritanos de um povo
que ocupava uma região onde se desenvolveu a uma minoria submetida[carece de fontes].
Um último levantamento sem sucesso teve lugar em 594, tendo contribuído ainda mais para a queda
demográfica da população samaritana.

Relações com o islão


Boas de início, as relações entre o Samaritanos e os poderes islâmicos não foram contudo sempre
perfeitas. Algumas fontes referem-se à destruição de lugares de culto judaicos e samaritanos no
século IX. Os Mamelucos teriam destruído lugares de culto samaritanos no século XIV. As relações
com os Otomanos foram bastante más, excepto no período final do império. Durante esta era,
muitas famílias samaritanas mudaram de religião; várias famílias prestigiadas de Nablus, como as
famílias Shakhsheer, Yaish e Maslamany, que eram samaritanas, aderiram ao islão nesta época. Em
1596, o sumo sacerdote Pinhas VII foi obrigado a se exilar em Damasco, onde se contavam apenas
132 samaritanos.
Em 1841 os ulemas de Nablus acusaram os Samaritanos de serem pagãos, o que desencorajava
certos muçulmanos a incluí-los na sociedade islâmica. Esta crise foi resolvida graças à intervenção
do Grão-Rabino da Palestina que emitiu um documento no qual atestava que os Samaritanos eram
um ramo dos filhos de Israel.
No fim século XIX, o Samaritanos obtiveram o reconhecimento jurídico das autoridades otomanas
através do sistema Millet.
No século XX, os viajantes descrevem a pequena população samaritana como miserável, composta
por comerciantes e alfaiates.
Observação importante: O Alcorão relata que os Samaritanos ja existiam na epoca do Exodo. Ver
em Sura 20:85-99.

Época moderna
Na segunda metade século XIX, os samaritanos não ultrapassavam 120 pessoas, passando para 146
em 1917. O seu futuro mostra-se assombrado pela consanguinidade, pela pobreza e pelas
conversões. Os observadores da época prediziam frequentemente o seu desaparecimento próximo.
Depois da instalação do Mandato Britânico na Palestina (1922), as relações dos samaritanos com os
sionistas foram cordiais. Os sionistas, judeus seculares, interessam-se pouco pelas disputas
religiosas e reconhecem sem dificuldades os samaritanos como judeus[carece de fontes].
Hoje a população samaritana é estimada em cerca de 670 pessoas (2005), que vivem no monte
Gerizim e em Holon, comunidade essa criada pelo segundo presidente de Israel, Yitzhak Ben-Zvi,
em 1954 .
Devido a sua resistência a aceitar convertidos, a comunidade samaritana tem sido reduzida
grandemente, além de enfrentar enfermidades genéticas. Apenas em tempos recentes foi aceito que
homens da comunidade se casem com mulheres judias não-samaritanas.

A religião dos Samaritanos


À semelhança do judaísmo, os Samaritanos conheceram disputas religiosas, que são mal
conhecidas. Hoje em dia existe na religião samaritana apenas uma corrente religiosa.

Textos sagrados
Samaritano e Torá samaritana
Os Samaritanos aceitam apenas a autoridade do Pentateuco. Rejeitam os outros livros da Bíblia
judaica, assim como a tradição oral (Talmud). O Pentateuco dos Samaritanos é escrito em hebraico
samaritano com recurso ao alfabeto samaritano, uma variante do antigo alfabeto paleo-hebraico
abandonado pelos judeus.
Para além da questão linguística, existem diferenças entre as duas versões do Pentateuco. A mais
importante está relacionada com a atribuição ao Monte Gerizim do estatuto de local mais sagrado
em vez de Jerusalém. Os Dez Mandamentos da Torá samaritana integram como décimo
mandamento o respeito do Monte Gerazim como centro do culto. As duas versões dos Dez
Mandamentos existentes na Bíblia (no Livro do Êxodo e Deuteronômio), encontram-se entre os
Samaritanos uniformizadas.
Para os Samaritanos, aquilo que os judeus chamam de primeiro mandamento ("Eu sou o Senhor teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão") é apenas uma apresentação que Deus faz
de si próprio; assim, o primeiro mandamento dos Samaritanos é o segundo mandamento dos Judeus
("Não terás outros deuses diante de mim"). Segundo os Samaritanos os judeus fizeram da
apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem retirado como décimo mandamento
o dever de considerar o Monte Gerizim como local de culto.
As crianças são iniciadas no estudo da Torá quando tem quatro ou cinco anos. Quando a criança leu
a Torá por completo tem lugar uma cerimónia especial; atingir este objectivo pode variar segundo a
criança, pelo que a cerimónia pode ocorrer entre os seis e os dez anos.

Doutrinas
O "credo" samaritano baseia-se nos cinco seguintes pontos:
1. Unidade e unicidade de Deus.
2. O único profeta é Moisés.
3. O Pentateuco é o único livro inspirado
4. O monte Gerizim é o único lugar escolhido por Deus para situar um santuário, sede da sua
santidade (segundo Dt 11:29 e 27:4, sendo que nesta última os Samaritanos lêem Gerizim
em vez de Ebal).
5. A ressurreição dos mortos ocorrerá antes do Juízo Final.
Os Samaritanos aguardam o aparecimento do Messias, o Taheb, que será semelhante a Moisés. Ele
viverá cento e dez ou cento e vinte anos e fundará um reino que durará vários séculos.

Festas religiosas
O calendário samaritano baseia-se no calendário judaico, tendo sofrido alterações durante os
períodos bizantino e árabe. Pode recorrer a duas eras, contando os anos desde a criação do mundo
ou desde o ano em que os Israelitas entraram na Terra Prometida. Os meses são designados
recorrendo-se a nomes ordinais ("primeiro", "segundo", etc...), embora também se possam os nomes
judaicos e árabes.
Os cálculos do calendário e dos dias das festas são feitos pelos sacerdotes. Duas vezes por ano o
sumo sacerdote samaritano distribui o calendário para o período de seis meses que se segue. Nestas
duas ocasiões cada homem samaritano paga ao sumo sacerdote uma quantia de dinheiro (em alusão
ao meio siclo de Êxodo 30:11-16)
Os Samaritanos celebram sete festas religiosas: Pessach (Páscoa), Massot (a Festa dos Pães
Ázimos), Shavuot, a Festa do Sétimo Mês, Iom Kippur, Sucot e Shemini Aseret (festa do último dia
de Sucot). Três destas festas implicam a realização de uma peregrinação ao Monte Gerizim.
A principal festa religiosa dos Samaritanos é a Páscoa. Ao contrário dos judeus, os Samaritanos
conservaram a tradição do sacrifício do cordeiro pascal, seguindo as regras que se encontram
consignada no capítulo 12 do Livro do Êxodo.
O sacrifício é realizado no Monte Gerizim, embora no passado tenha sido celebrado nas povoações
samaritanas. Durante o sacrifício o sumo sacerdote lê as passagens do Êxodo associadas ao dever
religioso. O abate dos animais ocorre no preciso momento em que o sumo sacerdote lê o texto do
Êxodo 12:6.

Outras práticas
Para além destas crenças e festas, os Samaritanos procuram seguir estas práticas:
1. Viver perto do Monte Gerizim (o que é posto em causa com a instalação de uma parte da
comunidade em Israel).
2. Participação obrigatória de toda a comunidade no sacrifício da Páscoa.
3. Observância do Shabat.
4. Respeito pelas regras de pureza descritas na Torá. Neste sentido, os Samaritanos ainda
seguem as regras do Levítico abandonadas pelos judeus, como a obrigação da mulher se
isolar da comunidade durante o período da menstruação ou depois de ter dado à luz.
Os Samaritanos utilizam mezuzot mais grossas que as mezuzot judaicas, mas recusam o uso dos
tefilin.
A menorá é considerada pelos Samaritanos como o seu símbolo nacional. A estrela de David, pelo
contrário, não é por eles usada, já que se trata de um símbolo especificamente judeu que não é
mencionado na Bíblia.
A circuncisão das crianças do sexo masculino é feita no oitavo dia.

A visão cristã sobre os samaritanos


O surgimento do Cristianismo se deu em uma época de conflito entre judeus e samaritanos, e o
ministério apostólico os englobou em sua obra missionária (por exemplo João 4:5-42 e Atos 8:4-
19). Jesus, por exemplo, usou esta diferença religiosa para enfatizar o amor ao próximo na história
do "Bom samaritano" (Lucas 10:25-37).

Os Samaritanos hoje

Localização das duas cidades onde vivem os Samaritanos


Um estudo de 2003 produzido pela comunidade samaritana estima o seu número em 654 pessoas,
das quais 346 (179 homens e 167 mulheres) vivem em Holon em Israel e 308 (165 homens e 143
mulheres) em Nablus na Cisjordânia. A natalidade é média, implicando um crescimento
demográfico lento: 2,2 à 2,3 filhos por família. Este crescimento moderado deve-se em parte ao
facto dos Samaritanos se casarem numa idade avançada, quando comparada com outros grupos; a
idade média do casamento corresponde aos 31, 3 para os homens 24,6 para as mulheres. Refira-se
que o número de Samaritanos em 1969 era de 414 pessoas.
Depois da guerra de 1948 a fronteira com a Jordânia encerrou-se, rompendo os laços entre os dois
ramos da comunidade. Entre 1951 e 1967 o rei da Jordânia autorizou os Samaritanos de Israel a
viajar a Nablus na Cisjordânia (que na época encontrava-se ocupada pela Jordânia) uma vez por
ano, para a festa da Páscoa. Esta separação foi mal vivida por uma comunidade pequena, que já se
encontrava em risco de desaparição.

Os Samaritanos de Nablus

Samaritanos no monte Gerizim


Os Samaritanos de Nablus vivem quase todos num bairro da cidade há vários séculos.
O rei Hussein da Jordânia comprou terras perto do Monte Gerizim, que entregou à comunidade
samaritana, que as utilizou para construir uma aldeia de nome Kiryat Luza. Esta localidade é o
centro espiritual da comunidade, encontrando-se nela a residência do sumo sacerdote.
Os Samaritanos da Cisjordânia utilizam a língua árabe na sua vida quotidiana; como língua litúrgica
usam o hebraico samaritano.
Depois da Guerra dos Seis Dias, a administração militar israelita da Cisjordânia, sob pressão da
comunidade samaritana de Israel, colocou em prática uma política favorável aos samaritanos de
Nablus. Apesar de terem beneficiado desta política, os Samaritanos tiveram o cuidado de não
apareceram como traidores aos olhos dos palestinianos, desempenhando por vezes um papel de
intermediários entre a população de Nablus e o exército israelita.

Os Samaritanos de Holon
A partir de 1905, várias famílias samaritanas instalaram-se na zona costeira da Palestina, em Jafa,
sob a direcção de Abraham ben Marhiv Tsedaka. Este procurou que a comunidade saísse do seu
isolamento geográfico, abrindo-a às novas oportunidades económicas.
Outros Samaritanos instalam-se em Israel em 1951 no quadro de um programa de reunificação de
famílias aprovado pela Jordânia e Israel.
Em 1955 várias famílias samaritanas que procuravam trabalho instalam-se em Holon, a sul de Tel
Aviv, num bairro criado com a ajuda do antigo presidente israelita Yitzhak Ben-Zvi e de Yefet b.
Avraham Tsedaka, líder do Samaritanos residentes fora de Nablus.
Progressivamente este número aumentou, contando-se cerca de 350 pessoas em 2005. Os
Samaritanos de Holon habitam em torno do seu local de culto, a rua Ben Amram, num grupo de
casas situada ao longo da artéria principal da cidade. O nível de vida e a escolaridade dos
Samaritanos de Israel é superior ao dos Samaritanos da Cisjordânia. Encontram-se integrados na
sociedade israelita, apesar de preservarem às suas especificidades religiosas. Na sua vida quotidiana
falam o hebraico, recorrendo ao hebraico samaritano para a liturgia. Prestam serviço militar no
exército israelita, com excepção dos Samaritanos oriundos das famílias sacerdotais. Foi a
comunidade de Holon que fundou em 1969 o A. B. - The Samaritan News, o primeiro jornal da
comunidade samaritana.

Organização e relações com Israel


Do ponto de vista religioso, os Samaritanos são dirigidos por um sumo sacerdote que reside em
Nablus. Os sacerdotes afirmam-se descendentes da tribo sacerdotal de Levi. Depois da guerra de
1967, as duas comunidades (a de Nablus e de Holon) criaram cada um um conselho de sete
membros eleitos. Estes conselhos encarregam-se dos assuntos civis da comunidade e servem de
interlocutores com as autoridades israelitas e palestinianas.
No plano familiar, os Samaritanos organizam-se em oito "casas" patriarcais, das quais quatro
derivam de um "casa" original, os Danafis, originária de Damasco; duas outras casas são oriundas
da "casa" Marchiv, cujas origens estão em Gaza e Sarafend. As oito "casas" são Dom Kaplanski (a
casa sacerdotal), Tsedaka Hatsafari, Altif Danafi, Marchiv Marchivi, Sassoni-Sirrawi Danafi,
Yehoshua Marchivi, Meshallema Danafi e Shalabi Danafi. As duas últimas tem uma existência
residual, dado que não contavam com nenhuma pessoa em 2003. A pertença a uma destas "casas" é
transmitida pelo pai. Segundo os Samaritanos, estas "casas" estão ligadas a uma das antigas tribos
de Israel. Tal como acontece em outras sociedades tradicionais, os mais velhos desempenham um
papel fundamental, embora não possuam nenhum poder oficial.
A maioria dos casamentos é feita no seio da mesma "casa", o que não contribui para melhorar os
problemas de consanguinidade que a comunidade conhece.
Os Samaritanos são reconhecidos como judeus pelo Estado de Israel, encontrando-se abrangidos
pelo "lei do retorno" que concede a cidadania israelita de forma automática. Os bilhetes de
identidade dos Samaritanos de Israel classificam-nos como "judeus samaritanos" ou simplesmente
"judeus". No entanto, os Samaritanos não são reconhecidos como judeus pelo rabinato ortodoxo de
Israel. As relações com os judeus ultra-ortodoxos são particularmente más, já que os primeiros os
rejeitam completamente. Em 1992 foi mesmo proposto retirar aos Samaritanos a possibilidade de
beneficiarem da lei do retorno, sob pressão do Shas, partido ultraortodoxo, mas o Tribunal Supremo
de Israel confirmou em 1994 o estatuto de judeus dos Samaritanos.
Saliente-se que os próprios Samaritanos não se consideram propriamente judeus (descendentes dos
habitantes do reino de Judá), mas antes como Israelitas descendentes dos habitantes do reino da
Samaria. Para os Samaritanos, os judeus seriam outro ramo do povo israelita.

Problemas de consanguinidade

Jovens Samaritanos em 2006


Os problemas oriundos da consanguinidade são comuns entre os Samaritanos. Hoje em dia, antes de
terem filhos muitos casais Samaritanos submetem-se a exames genéticos no hospital israelita Tel
HaShomer. Desde a década de 20 do século XX que os Samaritanos admitem a entrada de mulheres
judias na comunidade, como forma de resolver este problema. Contudo, estas uniões levantam
problemas para ambas as partes: o rabinato de Israel, que possui o monopólio sobre o casamento no
país, é contra as uniões com Samaritanos, enquanto que para os Samaritanos a uniões podem gerar a
dissolução no meio judaico. Estes casamentos são por isso raros. Em 2003 encontravam-se
recenseados 14 casamentos mistos.
Numa nova tentativa de solucionar a situação, Eleazar ben Tsedaka, sumo sacerdote dos
Samaritanos desde 2004, emitiu uma directiva que autoriza os homens da sua comunidade a casar
com mulheres oriundas de qualquer meio religioso, desde que estas se convertam à fé samaritana
antes do casamento.

Samaria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

Panorama de uma aldeia palestina próxima ao assentamento israelense de Beit El, na região
histórica de Samaria, atual Cisjordânia.
Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída
pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino
do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel. A cidade
de Samaria foi tomada pelos assírios em aproximadamente 722 a.C.
A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos
revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde
o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom. Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de
Simeão e Dã no reino de Judá - pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2
Rs 15.29 - 1 Cr 5.26), e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6).
Depois deste último foi Samaria terra de completa desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois
repovoada por estrangeiros durante os anos do cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10).
A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte, semelhante à de Jerusalém. Estava
situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um
monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente protegido pela outra.
Foi edificada por Omri, rei de Israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de
prata (1 Rs 16.24). os reis empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte,
bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o profeta Amós descreve a cidade
como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2).
A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de
Samaria (1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18). Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu
ministério (2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem
resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um
cerco de três anos.
O assédio, principiado por Salmaneser IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6).
Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos
por Oséias (10.4,8,9) - e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras.
Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que
ficavam muito longe do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da
antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de
Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos
nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2).
Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu
cativeiro, foi ali residir um certo número deles com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 - Ne 4.2).
Samaria assim continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a
reedificou no ano 60, mais ou menos.
Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar,
adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o
nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano.
Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido
em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do
qual apenas se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas. Estas ruínas acham-se na
parte exterior da atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de
Israel.
Depende da presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de
Samaria mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos
domínios de seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como
prova desse fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto.
A província de Samaria, nos tempos do Novo Testamento, estava situada entre a Judéia e a Galiléia
(Lc 17.11) - era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície
de Esdrelom e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo
4.4 a 43), e em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).

Ver também
• Samaritanos
• Óstracos de Samaria
Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo
antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do
sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel. A cidade de
Samaria foi tomada pelos assírios em aproximadamente 722 a.C. A província da Samaria
compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se
reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo
até à Síria e Amom. Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino
de Judá - pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 - 1 Cr 5.26),
e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6). Depois deste último foi Samaria terra de
completa desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos
do cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10). A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte,
semelhante à de Jerusalém. Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente
da planície de Sarom, no alto de um monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente
protegido pela outra. Foi edificada por Omri, rei de Israel, que comprou o monte de Samaria a
Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). os reis empreenderam muitas obras na cidade de
Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o
profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2). A vida
de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de Samaria
(1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18). Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério
(2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos
sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos.
O assédio, principiado por Salmaneser IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6).
Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos
por Oséias (10.4,8,9) - e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras.
Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que
ficavam muito longe do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da
antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de
Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos
nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2). Os cutitas reedificaram até certo ponto
a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu cativeiro, foi ali residir um certo número
deles com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 - Ne 4.2). Samaria assim continuou, sem grandes
mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos.
Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar,
adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o
nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano. Por vontade de
Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido em qualquer
tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do qual apenas
se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da
atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de Israel. Depende da
presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria
mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de
seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como prova desse
fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto. A província de
Samaria, nos tempos do Novo Testamento, estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) - era
limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom e ao
sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e em
parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25

Extra:

aos masoréticos [leitura crítica da bíblia pelos sábios], não sãomuito antigos, mas têm algumas
variantes muito valorizadasde determinadas passagens bíblicas. A diferença de pronúnciae de
vocabulário, embora não dificultasse o entendimento,antes denunciava a procedência do locutor.
Dai que asamaritana reconhecesse Jesus como judeu. Judeus esamaritanos eram tão inimigos entre
si como hoje palestinos ejudeus. Por isso um judeu nunca pediria a bênção da comidaquando em
companhia de um samaritano, nem diriam Amém,após a bênção dada por um samaritano, só se a
bênção fossedada em voz alta e estavam certos de que não foi ditanenhuma heresia. Como não
tinham um nome mais injuriosoque o de samaritano, com ele, sob o apelido de cutitas,chamaram em
seus escritos aos cristãos. Cutitas era também onome com o qual denominavam os gentios ou
idólatras.SICAR: na atualidade é identificada com a aldeia de el´Askarao leste do monte Ebal e
aproximadamente a três quilômetrosda atual Nablus. O poço de Jacó está a 800m da aldeia. Outrosa
confundem com Siquém. Siquém [ombro ou ladeira] estásituada entre os dois montes Ebal e
Garizim, cidade jámencionada nos textos egípcios, e que hoje se identifica comTell Balatah. Jacó ao
voltar da Mesopotâmia foi bem acolhidopelos habitantes de Siquém que lhe venderam
terraspermitindo erigisse um altar a El, Deus de Israel (Gn 33, 20).Lá foi enterrado José e nela se
reuniram as dez tribos querejeitaram Roboão filho de Salomão(1 Rs 12, 1). Jeroboão, oprimeiro rei
rebelde de Israel, fez de Siquém a capital do novoreino (1Rs 12, 25) até Omri, ou Amri, edificar
Samaria. Oevangelista declara que Sicar estava próxima à herdade queJacó deu a seu filho José
antes de morrer (Gn 48, 22). Nestamesma herdade segundo o evangelho estava a fonte [pege]
deJacó. De fato em grego existem duas palavras inconfundíveis:pegé [fonte] e frear [poço]. O nosso
evangelista usa primeiropegé, para cuja água não necessitaria Jesus nenhum odre,como era e é ainda
o costume para tirar água dos poços. Se opoço era público este odre estava na boca do poço de
modoque todos podiam tirar água do mesmo; mas se o poço eraparticular não existia tal instrumento
para poder beber.Voltando ao nosso caso, não existe poço em Sicar ou Siquém,mas uma fonte e
assim o indica a primeira palavra pegégrega[fons latino] com a que o evangelista designa a fonte
deágua. Perto das terras ou herdade que Jacó deu a seu filhoJosé (Js 24, 32) e que ele tinha
comprado de Hemor, pai deSiquém por cem peças de prata. Ou como diz em Gn 48, 32:Eu te dou
Siquém a mais que a teus irmãos, o que conquistei

dos amoreus com minha espada e com meu arco.Sem dúvidacitando o texto Gn 34, 25-29 em que os
dois filhos Simeão eLevi vingaram sua irmã Dina passando ao fio da espada Hemore seu filho
Siquém.O POÇO : Atualmente não existe esse poço em Siquém,pois esta é uma cidade que tem
fonte de água e não sãonecessários poços. O poço de Jacó acabou no ano 500 dC. Ospoços
[bor(hebr), frear(greg), puteus(latim)]eram cavados naterra como indica Gn 21, 30: aceitarás estas
sete cordeiraspara que sejam um testemunho de que eu cavei este poço. Adescoberta de águas se
tornava ocasião de regozijo: aquelemesmo dia viram seus servos [de Isaac] e lhe comunicaramsobre
o poço que tinham aberto: Temos encontrado água (Gn26,32), celebrado em cântico: então cantou
Israel este canto:jorra,ó poço, Cantai-lhe! Nm 21,17 Normalmente a água tinhade ser tirada como
lemos em Gn 24,20: Esvaziou seu cântaro[ kad(hbr),ydria(gre), hidria(latim)]na pia correu de novo
atirar água e tirou-a para todos os camelos. Geralmente a águado poço era extraída por meio do odre
de couro [hemet, askose uter] como ainda vemos hoje em dia entre os beduínos.Assim Abraão
tomou pão e um odre de água e o deu a Agar (Gn21, 14). Um manancial [águas vivas] era
particularmenteprovidencial numa terra onde a água era escassa e os poçoseram motivo de contenda
(Gn 36, 19-21) especialmente seencontravam um manancial Gn 26. 19)e não era uma cisterna[bor]
para conter a água de chuva. As cisternas eram cavadasna rocha e depois rebocadas. A água era
tirada dos poçospelas mulheres que a transportavam em odres ou cântaros. Obôr pode também
significar um grande buraco na terra. Noclima seco da Palestina, as cisternas eram cavadas na rocha
edepois rebocadas. Elas armazenavam água ajuntada durante aestação da chuva para ser usada na
estação da seca. O reiOzias cavou [no deserto] cisternas; pois dispunha de numerosorebanhos (2 Sm
26, 10). As paredes lisas das cisternasimpediam que os lançados nelas fugissem, como no caso
deJosé (Gn 37,20) ou Jeremias (Jr 38, 6). Cisternas bemconstruídas e conservadas serviam de
referência geográficacomo o poço de Belém (2 Sm 23, 15) o poço de Sira (2 Sm 3,26) e o poço
grande que estava em Soco (1 Sm 19, 22). Bôrdeve ser distinguido de fonte que jorra [mabbua,
pegé, fons]da qual fala Isaías em 35, 7. No nosso caso atualmente nãoexiste poço perto de Sicar a
antiga Siquém porque há umafonte ou manancial na área e portanto não há necessidade detirar água
de um poço que seria desnecessário. O poço de Jacónão existe mais. Caso de Sicar se confundir
com a aldéia de Al
Askar ao leste do monte Ebal estaríamos a 800 m do poço deJacó. Tendo como base um V
ponhamos Siquém ou Sicar novértice; ao lado do traço direito está a aldeia de El Askar, ouseja
nordeste de Siquém, e ao lado esquerdo do V Nablus.Dentro do vértice colocamos o monte Ebal e
de fora do traçoesquerdo ocupando o terreno entre Nablus ao norte e Siquémao sul, o monte
Garizim. A Siquém antiga foi descoberta aoleste de Nablus na aldeia de Balatah, que hoje se
identificacom a antiga Siquém e perto da qual está o manancial maisnotório da região. O poço que a
tradição mostra como sendode Jacó era no século IV uma cisterna que tinha 15 m deprofundidade e
segundo outros a sua altura chegava a ser de39 m. Sobre ele estava construída uma
igreja.GARIZIM: Como temos visto anteriormente existiam doismontes entre os quais estava a
Siquém histórica. Ao norte oEbel e ao sul o Garizim. O primeiro era bastante árido e osegundo pelo
contrário cheio de mata e prados. Segundo oDeuteronômio 11, 29, quando Javé teu Deus te
houverintroduzido na terra em que estás entrando a fim de tomaresposse dela, colocarás a bênção
sobre o monte Garizim e amaldição sobre o monte Ebal, perto do carvalho de Moré. Eem outro
lugar 27, 4: Após ter atravessado o Jordão erigireisestas pedras [grandes e caiadas sobre as quais
estavamescritas as palavras da Lei] conforme hoje vos ordeno sobre omonte Ebal ( sem dúvida uma
correção modificada pelapolêmica com os samaritanos, cujo Pentateuco traz Garizim) eas caiarás.E
lá edificarás um altar para Javé teu Deus...esobre ele oferecerás holocaustos a Javé teu Deus. ( idem
6). Ametade das tribos se postarão sobre o monte Garizim paraabençoar e a outra metade sobre o
Ebal para a maldição (idem12). Em Josué 8, 33 vemos como os israelitas cumpriram omandato de
Moisés como se fossem os dois coros de umatragédia grega que se enfrentava entre bênçãos e
maldições.O templo de Garizim foi profanado pelos seleúcidas,rededicando-o a Júpiter Hospitaleiro
assim como o deJerusalém foi rededicado a Júpiter Olímpico. Segundo estaspalavras do
Deuteronômio, Garizim era o monte escolhidopara o altar e as oferendas a Javé. Logo a samaritana
nãoestava desprovida de razões para enfrentar a tradição deJerusalém como monte santo. Durante o
período persa, umdos sacerdotes, Manassés, filho e logo irmão do sumosacerdote casou com a filha
de Sambalate, governador deSamaria, e foi por Neemias afastado do cargo. Ele apelou aseu sogro e
pediu para edificar um templo em Garizim do qualseria sumo sacerdote. Concedida a licença de
Alexandre o

Grande, o templo foi edificado e Manasés foi o sumo sacerdoteao qual uniram-se outros judeus que
tinham se unido àssamaritanas. Assim se iniciou uma religião, um culto e umsacerdócio diferente do
judaico em Jerusalém.HORA SEXTA: Hoje diríamos que era meio dia. Os romanosdividiam o dia
em horas como as nossas, sendo que de três emtrês recebiam um nome próprio: Prima, terça, sexta,
nona;cada uma responde a três horas atuais a começar com as seisda manhã até o final da nona, ou
seis da tarde. O cômputoromano era pois mais abrangente do que nosso horário dehoje. No Oriente
acostumava-se caminhar desde o amanheceaté ao meio dia para descansar e evitar o calor excessivo
dajornada e eram as fontes que condicionavam o descanso e arefeição consequente.COMPRAR
ALIMENTOS: Alimentos e bebidas podiam sercomprados dos samaritanos e até pão sem levedura,
tambémalimentos assados e cozidos porque os samaritanos não osmisturavam com vinho ou vinagre
[talvez por serem essescondimentos os que se usavam para os sacrifícios]. Já o pãocom levedura era
como comer carne de porco. Outrosafirmavam que comer pão dos samaritanos era se
exporunicamente a um castigo. De onde podemos deduzir que osdiscípulos agiam em conformidade
com a LeiO DOM DO DEUS: Alguns acreditam que esse dom é o próprioJesus como ele disse a
continuação: e quem é que te diz dá-me de beber(10). Assim o é é traduzido por Isto é, sendo pois,o
dom o conhecimento de quem Jesus era realmente e de seuministério na terra. Mas geralmente a
maioria acredita que odom se identifica com a água viva que Jesus ofereceimediatamente à
samaritana. Ela é a água espiritual semprepresente na alma como vida eterna (4, 14)da qual é
imagem aágua da fonte [água viva] oposta a água da cisterna [águamorta ou estancada] que a
samaritana buscava no poço. A) NoAT a água da fonte, água viva, simbolizava várias coisas: 1)
Areligião javista (Jr 2, 13) 2) A vida espiritual que Deusdispensa(Ez 47, 1 ss, ou Sl 36, 9-10). 3)As
graças que Javéconcede(Is 12, 3). 4)A Lei como fonte de vida (Ecli 15, 1-3) 5)A Sabedoria (Prov
13, 14). B) No NT o evangelista João aidentifica com o dom do Espírito Santo (Jo 7, 37-39). C)
Outraopinião a identifica com Cristo como dom e não com um outrodom, mesmo sendo o máximo,
como é o dom do Espírito,porque em Cristo nós temos a fonte de todos os dons quepodemos esperar
do Pai. Podemos aceitar os números 2 e 3

que se resumem no próprio Cristo, pois dele saiu sangue[morte do corpo, que é redenção] e água
[vida para as almas]na hora em que seu peito foi perfurado (Jo19, 34). Jesusafirmará que aquele que
nEle crê, nEle terá como beber poisdo seio de Jesus sairão rios de água viva (Jô 7, 38). E essaágua é
como se dentro os crentes tivessem um manancial deágua borbulhante para a vida eterna (14).
Como a água eravida na Palestina, daí que Jesus está indicando que a vidaeterna está sendo
produzida já como quem tem água parairrigar os campos com a fé inicial em Cristo que produzirá
osefeitos que Ezequiel viu na visão da fonte do templo(cap 47).Os fiéis que, segundo Paulo se
tornaram templos do Espírito,terão como o templo material de Ezequiel uma fonte quereviverá tudo
que irrigar em sua passagem.MAIOR QUE JACÓ?: A mulher se estranha com a idéia e por
issopergunta se o seu interlocutor era maior e tinha outra espéciede água diferente que a encontrada
por Jacó a quem chamade pai, pois se consideravam como descendentes do patriarca.De fato era na
Samaria que os patriarcas e seus descendentestiveram sua moradia antes de irem para o Egito. E na
volta domesmos foi a Samaria, o território em que a arca esteve emSilo na metade do caminho entre
Betel e Siquém (Jz21,19).Foi em Silo onde Samuel teve a visão divina pela primeiravez. Também
Betel estava dentro da Samaria e era um outrolugar santo. Foi em Betel que Jacó teve a visão da
escada elevantou uma Estela para indicar como santo o lugar,mudandoseu nome de Luz para casa
de Deus (Gn 28, 10-18).E na voltade Harã foi quando teve a Epifania que lhe indicou Betel
comolugar santo e onde enterrou Débora após ter tambémenterrado no carvalho de Siquém os
deuses estrangeiros quepossuíam os de sua comitiva. Estavam num lugar santo e amística envolvia
sem dúvida seus habitantes.KYRIE: A palavra significa um superior. Em termos absolutosDeus e
em termos humanos um mestre da Lei, um Rabbi, oesposo com referência à sua mulher, ou o amo
com respeitoao seu escravo. Logicamente aqui ela o trata como umsuperior a quem pede um favor.
Ela não entendeu a metáforae pede uma água material que aplaque sua sede biológica.OS CINCO
MARIDOS: É um tanto estranho que uma mulhernuma aldeia tão pequena como Sicar tivesse cinco
maridos.Por isso alguns comentaristas falam de que é uma alusão aopovo samaritano que foi
formado por cinco etnias diferentessegundo narra 2 Rs 17, 24. Caso seja certo teríamos uma base

para pensar de todo o relato como uma ficção a declarar queos samaritanos também, e melhor do
que os judeus, foram osouvintes da Boa Nova. A resposta da mulher é também umtanto insólita ao
dizer que não tem marido. É então quandoJesus lhe declara que realmente uma mulher que teve
cinco,pode dizer que não tem nenhum, nem tinha antes verdadeirosmaridos. Os samaritanos só
admitiam o divórcio no caso deadultério pois eles não tinham outra lei a não ser oPentateuco. Daí
podemos dizer que era uma mulher de vidafácil? De todos os modos esse conhecimento íntimo de
Jesussobre sua vida, era um fato que a mulher reconheceu comosendo obra de um previdente ou
profeta. Em definitivo, umhomem de Deus.A PERGUNTA: Garizim ou Jerusalém, onde se deve
adorar?Temos visto a base para considerar Garizim como lugarpreferido por Deus através dos seus
profetas, Moisés e Josué.Sobre Jerusalém só temos a palavra de profetas que não eramadmitidos
pelos samaritanos como 1 Rs 6, 13: Quanto a estacasa ...eu cumprirei em teu favor a minha palavra
que dei ateu pai Davi e habitarei no meio dos filhos de Israel e nãoabandonarei meu povo. Houve
um período sem templo nemsacerdócio, para depois construir o segundo templo no tempode Esdras
e Neemias. Por isso na sua construção tiveram comoinimigos os samaritanos (Esdras cap 4)que
lograram por umtempo interromper a construção do templo. A perguntamerecia ser formulada
porque segundo o pensar da época odeus local tinha um espaço em que se encontrava a gosto
comseu povo e era nele que devia ser adorado. Nossos paissignifica Abraão Isaac e Jacó. De fato
Abraão erigiu um altarno monte Moriá (Gn 12, 6-7) que se identificou com Siquémou, como diz
Teofilacto,com o monte Garizim. Jacó emSiquém construiu um altar a El, Deus de Israel (Gn 33,
18-19)O templo de Garizim construído 40 anos após o segundotemplo de Jerusalém por Manassés
(vide supra) permaneceufuncionando 200 anos até ser destruído por João Hircano.Segundo Dt 12 5-
6 Buscá-lo-eis somente no lugar que Javévosso Deus houver escolhido, dentre todas as vossa
tribos,para ai colocar o seu nome e ai faze-lo habitar. Levareis paralá vossos holocaustos e vossos
sacrifícios. Era Garizim ondeinicialmente foi venerado ou era Jerusalém, que foi destruído,e
portanto Javé não pareceu se importar com o local e otemplo antigo?A RESPOSTA: Jesus desliga o
culto ao lugar particular e ocoloca onde deve estar: no coração de cada fiel. Em espírito e

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Samaria
A SAMARIA: O significado é Torre de fogo. Inicialmente erao nome da capital que compreendia
todo o território ocupado pelas dez tribos rebeldes, após a morte de Salomão no reina... (Mais)
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