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IR E POR QUÊ NÃO?

Manual Prático de Missões

Pr. Danilo Sérgio Pallar Lemos

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ÍNDICE

Dedicatória

Agradecimentos

Apresentação

Prefácio

Introdução

1 A ênfase sobre missões no ministério de Jesus


2 Uma indagação contundente
3 A observação da preparação intelectual, teológica e espiritual do missionário
4 A contextualização
4.1- Cultura e Tradição

5 Preparação do Obreiro Nativo


5.1- O local para a preparação
5.2- Número de obreiros a serem preparados
5.3- O tempo do curso
5.4- Qualidades do candidato
5.5- O desenvolvimento do caráter e maturidade espiritual
5.6- Disciplinas teológicas e bíblicas
5.7- A divisão diária das atividades
5.8- Uma palavra final sobre o assunto
6 A consideração e o amor ao missionário
7 A manutenção do missionário
8 Missionário: título ou serviço?
9 Algumas convivências importantes na vida do missionário
9.1- Convivência entre o Pastor e o Missionário
9.2- Convivência entre Missionário e a Igreja
9.3- Convivência entre Missionário e a sua Família
9.4- Convivência entre Missionário e os Missionários
10 A batalha final requer muito mais
10.1- Práticas Afro–Brasileiras.
10.1.1-Macumbaria
10.1.2- Feitiçaria
10.1.3-Quimbanda
10.1.4-Cartomancia
10.2 - As Seitas
10.2.1- Budismo
10.2.2-Hinduismo
10.2.3- Islamismo
10.2.4-Confucionismo

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10.2.5- Testemunhas de Jeová
10.2.6- Espiritismo

10.3 – O Combate às práticas Afros e refutação às Seitas


10.3.1- O Combate às práticas Afro - Brasileiras
10.3.2- Refutando as Heresias das Seitas
10.3.3 - Concluindo a refutação das Seitas
Conclusão
Bibliografia

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Dedicatória.

À minha esposa e aos meus 03 filhos; ao meu Pastor Presidente, Álvaro Alén Sanches;
ao Pr. Guerino Damis e família; ao Pr. Edimar Santos e família e a todos os meus alunos do
IBADETRIM e CAAM, vidas comprometidas com Missões.

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Agradecimentos

À minha Mãe (in memorian) e ao meu Pai, os quais me deram as primeiras instruções
que são indeléveis; à minha irmã e ao seu esposo, que me incentivaram a me dedicar à
teologia; ao meu tio João Kolenda, que foi um grande apoiador no princípio dos meus
estudos Teológicos no IBAD, uma instituição que faz parte da minha formação teológica; à
jovem senhora Alceni, que apoiou a min e a minha esposa no campo missionário; ao amigo
Pr. Edimar que me socorreu nos momentos de deserto; ao Pr. Álvaro, meu Pastor
Presidente; a todo o ministério da igreja em Uberlândia e, por último, a três servos de Deus
que marcaram o princípio da minha jornada ministerial: Pr. Guerino Damis, que me batizou
nas águas e foi um pai espiritual; ao meu Tio Isaque e esposa, que me estenderam a mão no
princípio de tudo e ao Pr. Samuel Câmara, que me proporcionou a oportunidade de fazer
missão na África. Sou grato a Deus por suas vidas.

Prefácio

“Ir e por quê não?” é um manual prático de missões, escrito por quem foi missionário na
Amazônia e na África, juntamente com sua esposa Sirley Alves Silva Lemos e seus filhos Ludwig,
Ezequias e Martha Brígida. Tem no corpo a marca de quase uma década de experiência missionária
no sul da África, sendo autêntico a escrever com experiência própria este manuscrito.
Li e senti que omitiu qualquer promoção pessoal, o que muitos outros fazem, porém o que
senti e ouvi foi a batida do coração missionário que o escritor tem lições preciosas que podemos
tirar deste livro para incentivar quem está no campo ou os que pretendem ir e os cooperadores.
O escritor e a família cooperam na obra de Deus em Uberlândia. Ele é sobrinho do eminente
homem de Deus João Kolenda, além de ser missionário e professor do IBADETRIM (Instituto
Bíblico das Assembléias de Deus do Triângulo Mineiro), desponta agora como escritor.

Deus abençoe a obra missionária.

Pr. Álvaro Alén Sanches

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Introdução

Sendo Missões um projeto ativo de Deus, como um fundamento sólido e


infalível, precisamos apresentar assuntos básicos que enfoquem a realidade e venha
gerar uma profunda reflexão, que culmine em mudanças benéficas para o desenvolver
desta causa nobre. Existem assuntos, fatos e questões dentro da ação missionária que
estão sendo esquecidos, outros mal interpretados e até os que não são aceitos e nem
considerados como devem, por isso, hoje é preciso reavaliar a circunstância prática
de missões, ou seja, como está sendo desenvolvida a nossa trajetória missionária e
como agimos frente aos resultados que a obra de Deus e a Igreja necessitam para o
crescimento e alcance de todas as nações com a Palavra de Deus.
A reflexão nunca vai existir se não forem apresentados os assuntos para serem
analisados e surgirem, por conseguinte, as críticas, as quais serão responsáveis para
conduzir as mudanças que se fazem necessárias ocorrerem. A crítica nem sempre vai
trazer o fim das idéias (q idéias) ou o desânimo, ela poderá construir e trazer um
desenvolvimento, quando não, o reconhecimento das situações que não estão
adequadas e que precisam ser reavaliadas, para então ocorrer a modificação que
produzirá um desenvolvimento e um resultado dentro deste aspecto ainda mais
promissor (q aspecto promissor é este?).
A realidade quando não é completamente bem sucedida e possui algumas
falhas graves, não aceita com facilidade quando é apresentada a crítica, pois esta
coloca em evidência o porquê da situação ou questão que está causando um desajuste
no desenvolver da tarefa que está em observação.
Apresento, portanto, nas páginas deste livro, assuntos e detalhes que poderão
causar polêmica e levar alguns leitores a se surpreenderem com a circunstância atual
(?), apresentada aqui de maneira clara, de modo a se perceber como está a situação(?)
e o que deve ser feito, inclusive, muitos aspectos apresentando fundamentos bíblicos
na orientação modificadora.
Devido a importância do agir missionário para o percurso e cumprimento da
tarefa da igreja, na ótica divina, precisamos estar sempre refletindo sobre o assunto e
reavaliando cada item que compõe esse assunto afim de que estejamos sempre
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seguindo em um notório crescimento, visando o alvo primordial que é apresentar a
Cristo e a sua Palavra (a quem?); mas para que isso ocorra com êxito, é preciso que
as estratégias e metas estejam fluindo em perfeita sintonia ( com o quê?), que
evidencie um avanço glorioso.
No século XVIII, em seu desenvolvimento (de quem?), começava a surgir um
despertamento missionário na Inglaterra, evidenciado na pessoa de William Carey,
que dentro de suas inúmeras idéias contributivas para missões, enfocava sobre a
unidade missionária de todos os que labutam nessa causa, chegando inclusive a dizer:
“devia existir uma comunicação amigável entre todos, um orando pelo outro e
auxiliando o outro no cumprimento da tarefa”. Isso ocorre com naturalidade? È a
partir de situações como essa que precisamos refletir, modificar (o quê?) e até olhar
para alguns desenvolvimentos vertiginosos do passado, considerá-los e colocar
alguns pontos (quais pontos?) em evidência. È necessário seguir corretamente (para
onde?, de acordo com o quê?). Observemos tudo e conduzamos o nosso agir a uma
promissora modificação no que preciso for ser modificado (vago).é o que este livro
tem por intuito nos seus pontos enfocados sobre missões; colocando os aspectos
práticos em destaque; para a reavaliação no que preciso for.(foco repetitivo)

1- A ÊNFASE SOBRE MISSÕES, NO MINISTÉRIO DE JESUS


1.1 – Na chamada e convocação de Mateus, Jesus enfatiza que não veio para,
“chamar justos, mas os pecadores” (Mt 9.13).

1.2 - Na sua jornada missionária, enfatizou a necessidade de “ceifeiros” para a


grandeza ou extensão da “seara” (Mt 9.37); pediu também para que orassem e
clamassem por “ceifeiros” para suprir a carência da seara (Mt 9.38).

1.3 – Pediu aos seus doze discípulos para irem aos “perdidos”, pregar-lhes sobre “a
chegada do reino dos céus” e sua expressiva ação de milagres (Mt. 10.6-8).

1.4 – Apresenta uma parábola sobre o “semeador”, enfatizando circunstâncias de


recepção da “semente” em “pedregais”, como aqueles que “ouvem a palavra”, mas o
presente século e seus deleites os “sufocam” tornando a “palavra infrutífera”. No
entanto, o que recebe a “semente” colocando-a na prática no seu viver, “produz
frutos” (Mt 13.18-23).

1.5 – Enfatizou e predisse que para ocorrer o esperado “Fim dos Tempos”, é preciso
que o “Evangelho seja pregado a todas as nações” (Mt 24.14).

1.6 – Declarou sobre o poder que lhe foi outorgado e convocou para “irem” e
“ensinarem” as nações; batizou os convertidos e garantiu sua presença espiritual com
todos que atenderem e irem (Mt 28.18-20).

1.7 – Ao jovem, que foi liberto de legiões que o atormentavam, quando quis lhe
acompanhar em sua jornada, Jesus disse para que “anunciasse as grandes coisas que o

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Senhor tinha feito”, enfatizando a importância de testemunharmos as maravilhas de
Deus (Mc 5.19-20).

1.8 – Apresentou a ordem imperativa sobre missões e a promessa dos sinais


acompanhar aos que irem (Mc 16.15- 20).

1.9 – Alertou que, ao assumir a convocação de ir aos desafios da grandiosa obra, não
se pode “olhar para trás” (Lc 9. 62).

1.10 – Enfatizou que não se podia mais esperar, pois o tempo de ir aos “campos”, de
fazer missões, já era chegado (Jo 4. 35).

1.11 – Se comparou a uma “videira” e deixou claro que, todo aquele que está ligado a
Ele e não é frutífero será tirado, mas o que “dá fruto” é limpo, ou seja, aperfeiçoada é
a ação de Deus em sua vida para produzir mais na obra de Deus (Jo 15. 1,2).

1.12 – Ao despedir-se, deixou aos discípulos algumas instruções geradoras


diretamente de missões, dizendo que: “em seu nome pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24. 47).
Disse a eles que eram “testemunhas” de tudo isto (isto o q?) e que receberiam a
“promessa do Pai”, devendo ficar em “Jerusalém até que do alto fossem revestidos de
poder” (Lc 24. 48,49). E depois, os discípulos o interrogaram sobre “o tempo e as
épocas, que seria restaurado o reino a Israel” e, disse-lhes Jesus: “Não vos pertence
saber os tempos pelo seu próprio poder (...) recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda
a Judéia, Samaria e até aos confins da terra (At 1. 6-8).
Ficou expresso e enfatizado, como vimos resumidamente no desenvolver do
ministério de Jesus, a urgência e a importância de fazer missões. Jesus não estava
colocando em pauta debates polêmicos e situações semelhantes, mas a pregação
genuína do Evangelho acompanhada de “sinais e maravilhas”, que é a referência
primordial do poder e glória de Cristo manifesto, para que toda “língua” confesse e
brade que só Ele é o Senhor, reconhecendo assim a sua majestade e lhe prestando
adoração. Para que isso se torne realidade, é preciso entender o verdadeiro querer de
Jesus para seus discípulos, que é fazer missões a todo o momento.
Em Jesus, fica evidente a disposição de servir a sua cultura e as demais, pois
rompeu as barreiras geográficas e alcançou outros povos, cumprindo na íntegra a
tarefa que lhe foi entregue; nele cumpriu-se e ficou enfatizado a teoria e prática, pois
desincumbia com excelência a missão confiada. Muitas objeções e desafios de alta
dimensão surgiram no seu ministério, mas não recuou, avançou com resultados
expressivos, sendo seguido por multidões.
Para todos tinha uma mensagem de salvação, apresentada através de
orientações e ensinos, de acordo com a carência de cada um. Jesus a transmitia com
conhecimento das circunstâncias em que se encontravam, levando-os à auto-análise,
o que resultava numa transformação completa, evidenciada na conversão e posterior
compromisso de lhe seguir, como Zaqueu (referência?). Para cada classe social Ele
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tinha a mensagem que se adequava, tinha um intuito de repercutir num confronto
interior, onde o inquirido e o ouvinte precisavam entrar em concordância com Jesus,
ao reconhecer seu erro, dispondo-se a acertar e conduzir sua vida conforme Jesus lhe
apresentasse.
O Ide vivido por Jesus transmite a sustentação missiológica para todos que se
apresentarem e se disporem a desenvolver o chamado. Ele soube desincumbir em
cada ação um resultado ainda mais promissor, que a humanidade via e ouvia achasse
que iria resultar as suas instruções (sem sentido...). O trabalho missionário,
desenvolvido por Jesus, deixou esclarecida a importância de se obedecer ao chamado,
cumprindo-o com total esmero e abnegação, visando as multidões ouvirem e
seguirem a verdade expressa em sua mensagem evangelizadora, com o sentido
apresentado profeticamente por Isaías, no capítulo 61 de seu livro.
Ao proferir o sermão profético de Mt 24, incluiu dentro dos acontecimentos
finais, que iriam ocorrer próximo a sua 2ª vinda, a pregação do “Evangelho do reino”,
ou seja, a mensagem que devem (o q?) os missionários nos últimos tempos, que
precede o seu grande triunfo e volta. É a do alerta sobre a sua volta, a mensagem que
prepara o caminho da segunda vinda; como João Batista pregou preparando o
caminho da primeira vinda; enfatizando o que é preciso enfatizar hoje a “todos os
povos”: arrependimento e salvação. Que essa seja a tônica da mensagem missionária
moderna para o último avivamento da Igreja.

2- Uma indagação contundente

“... e como crerão naquele de quem não ouviram, se não há quem pregue? E como pregarão, se não
forem enviados?”. (referência)

O apóstolo Paulo faz tal indagação, geradora de um desafio, onde está implícita
a urgência de se pregar ou anunciar a Palavra de Deus e a necessidade de serem
enviados os que foram chamados para anunciar.
As multidões ainda vivem (??? Em q sentido) e muitos estão em seus locais, no
contexto de: “povos, línguas, tribos e nações” inclusos (o período não ficou
completo). E esse infinito número ainda não ouviu a Palavra de Deus, segue cego
pelo caminho sem volta, mas aqueles que tem a direção e a cura para esta cegueira
espiritual, onde estão? Muitos estão nos bancos das igrejas escondidos aos olhares
dos seus líderes e às vezes rejeitados, outros colocando vários pretextos para não
seguir em frente e semear a semente, e alguns querendo ir, mas estão sendo-lhes
colocados obstáculos por aqueles que tem o compromisso de enviar. Enquanto isso, a
dor deste universo de pessoas que compõe as multidões aumenta, a dor da alma
doente. A sede de milhares pela “água da vida” continua, e os semeadores continuam
com seus olhos fechados. É chegado o tempo de “abrir os olhos e ver que os campos
já estão brancos para a ceifa”. Jesus como grande general ainda continua esperando o
passo deste exército para o acompanhar na retaguarda, fazendo maravilhas no meio
dos que se disporem.
Não se desespere, se essa semente (qual) está em você, ela certamente crescerá.
Ela pode parecer “morta”, mas “ressuscitará”, romperá toda a casca e crescerá até

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produzir frutos. É preciso ir. Como ouvirão? Como serão libertos? Não deixe essas
perguntas ecoando na Igreja, porque você e sua Igreja podem entrar em ação. Não
fique só em oração, comece a agir! Igreja, não deixe o soldado sozinho na batalha,
esteja presente em todos os momentos e juntos triunfarão em Cristo, o supremo
Senhor da Seara.

3- A observação da preparação intelectual, Teológica e Espiritual do Missionário.

A expansão da intelectualidade na humanidade é notória, as nações percorrem


rapidamente um longo percurso de descobertas científicas e o homem precisa
acompanhar este desenvolvimento, entrando firmes nesta jornada. É preciso que o
missionário, dentro desta realidade, comece a percorrer o caminho da preparação
intelectual, que irá lhe adequar a este ambiente de progresso científico, a nível
mundial.
Para alcançar doutos e milhares que estão se tornando céticos devido ao
aprofundamento de suas pesquisas, precisamos nos aperfeiçoar intelectualmente.
Lembre-se que esta preparação sempre foi realizada por aqueles que têm de Deus
uma grande tarefa a desenvolver e milhares para conduzirem ao verdadeiro caminho,
pois Moisés, Paulo e outros se prepararam e realizaram, segundo a direção e o poder
de Deus, uma grande semeadura e colheita.
Hoje, não se pode ir às multidões sem estar versado num conhecimento amplo.
Os semeadores têm que estar prontos para transmitir as profundezas das Escrituras
aos doutos e lhes retirar as dúvidas, fazer aos céticos uma apologia consistente de
temas inúmeros que estão na Bíblia, os quais extraídos de suas mentes para
defenderem teses céticas. E onde estão os que irão explanar a verdade a vossa altura e
alcançá-los? É preciso que sigamos o exemplo do apóstolo Paulo em Atenas, que não
temeu os filósofos, mas lhes apresentou com profundeza de fatos e verdades o Deus
verdadeiro, o “Deus desconhecido” (referência).
A teologia, sendo a ciência que estuda a Deus em toda amplitude, é a ciência
que todo missionário precisa conhecer e estudar. O missionário irá divulgar a Deus e
sua Palavra, portanto não pode cumprir sua missão sem o conhecimento teológico,
suas dúvidas concernentes aos mais diversos assuntos tratados nas Escrituras
precisam ser sanadas, para que saiba responder quando for questionado pôr seus
ouvintes, a fim de conduzi-los ao acerto em suas passadas (explicar...)nesta vida.
Satanás, nestes últimos dias, está lançando um universo de heresias através de
inúmeras seitas que hoje estão alcançando um crescimento mundial. E estas heresias
estão sendo espalhadas por toda parte e seu número de adeptos tem aumentado de
forma expressiva. Os missionários precisam estar aptos para refutar estas heresias
com um embasamento bíblico e teológico consistente, para que venhamos a ter êxito
neste confronto.
O seminário teológico não irá matar o cristão, mas torná-lo ainda mais firme na
sua fé e conhecedor de Deus e da Sua Palavra para podê-lo bem servir e as almas
conquistar. Não podemos ir ao campo missionário sem estar teologicamente
preparado.

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A formação teológica vai além do que aceitamos ou entendemos muitas vezes,
ela também influenciará outras áreas ministeriais do obreiro, aperfeiçoando-o nestes
aspectos, como: a ética cristã e ministerial, administrativa, filosófica e sociológica;
levando-o a estar inteirado da várias disciplinas que são imprescindíveis no seu viver
como ser social que exerce a responsabilidade de influenciador( de q?) e liderança.
Portanto, precisa evoluir com o avanço geral que ocorre num aspecto informativo a
nível global na sociedade e o missionário na condição de embaixador do reino dos
céus, tem que representá-lo com total destreza e expressividade em todas as situações
e oportunidades.
O treinamento prático é importante, a prática resultará na experiência, mas se
não houver a teoria introjetada no obreiro ocorrer uma série de contradição. A teoria e
a prática precisam andar juntas, estarem casadas num relacionamento perfeito, para o
resultado na obra a nível geral que o missionário espera alcançar ser completo.
Assim, devemos considerar (o q?) e nos dedicarmos ao máximo neste período da
formação, pois no momento da prática sentiremos seus efeitos.
O preparo espiritual não será alcançado somente ou integralmente no curso
teológico. Este (o q? preparo ou curso?) em vários pontos é à parte, e tem seu início
deste o período da chamada ou convocação de Deus para o missionário e refere-se à
missão que tem para cumprir. Na verdade, este é o condicionamento que irá dar a
estrutura completa, para que os outros aspectos que precisam ser aperfeiçoados
tenham seu desempenho perfeito, nesta formação ampla do missionário.
A sua força, disposição, convicção, coragem, paciência, perseverança,
prudência, autoridade, dinamismo e visão virá decorrente da sua espiritualidade
aperfeiçoada e nivelada para as responsabilidades que lhe for entregue, pois quanto
maior for maior a condição espiritual. E esta tem que ser formada com equilíbrio para
não vir a conduzir o mensageiro aos excessos, pois espiritualidade não é fanatismo,
mas é comunhão com Deus e unção, casadas ou unidas num só propósito de
fortalecimento e estruturação espiritual.
Para alcançar a comunhão, o caminho é buscar a Deus na íntegra, consagrando
a vida, separando-a para Deus, indo a fonte das águas vivas e mergulhando neste
oceano até estar no nível que Deus requer para que o fluir da sua unção e graça seja
total, para estar armado espiritualmente para a batalha contra os principados e
potestades, um combate árduo e extenso, onde os espíritos destruidores se levantam
associados aos seus respectivos agentes satânicos, mas o Espírito de fortaleza, que é
único e exclusivo, associado aos guerreiros de Jeová é vencedor.
Na oração, jejum, louvor e adoração é que será alcançada (o q será alcançada?),
com o agir do Espírito Santo que será o formador, pois o Espírito de Deus irá permitir
a provação para quebrantar e reconstruir o vaso que ele irá adicionar os frutos e dons
necessários para o progresso neste processo de preparação.
Quando eu estava preste a entrar no campo missionário, em Moçambique, um
pastor que tinha sido missionário em Madagascar instruiu-me dizendo: “Entre na
África de joelhos, para poder sair em pé”. Os joelhos precisam estar dobrados sob o
chão, as lágrimas precisam rolar, para que eu possa do verdadeiro Senhor me
aproximar. Em Moçambique tive eu muitas experiências com Deus e no combate me
fiz presente, pois estive num local onde a feitiçaria era real e ameaçadora. Quero
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neste momento narrar um testemunho pessoal, para que observem o desafio de uma
forma mais clara:
- Em uma madrugada de oração o Senhor me disse que no dia seguinte
encontraria uma “regula” (nome dado à líder dos feiticeiros na região). No
outro dia, vi uma mulher caminhando em minha direção e dando gargalhadas,
quando me encontrou, ela me perguntou o que eu fazia ali e eu a respondi que
estava ali para pregar o Evangelho. Ela então me informou que muitos
tentaram a mesma coisa e ela os colocou para correr. Expliquei a ela que só
sairia dali quando a tarefa a mim confiada por Deus estivesse cumprida. Ela
então me convidou para visitá-la, quando lá cheguei, acompanhado do meu
intérprete, encontrei um grupo de feiticeiros à minha espera. E esta me levou
até a uma árvore e me explicou como fazia seus rituais e destruía o controle
das pessoas naquele local. “Tenho poder até de derrubar esta árvore sobre
você”, ela me disse, ao que respondi: “Eu tenho em minhas mãos este livro, ele
não é tão grande como esta árvore, em cumprimento e nem em largura, porém,
o autor deste livro é o verdadeiro Deus, que tem todo o poder. Ele que fez esta
e todas as árvores da terra, ele te conhece antes de ser formada no ventre de sua
mãe. Ele não destrói as pessoas como você, quer então abandonar esta vida de
escravidão hoje? Pois você não pode lutar contra Deus!”.
Neste momento, ela olhou para trás de si e viu seus companheiros todos de
cabeça baixa, ela aceitou a Jesus e ali mesmo foi liberta de uma legião de
demônios. Três meses depois ela foi batizada nas águas, pediu-nos para
derrubar a árvore e construir ali uma congregação, pois onde abundou o pecado
superabundou a graça.
Este foi um episódio em que as estruturas espirituais, adquiridas com
Deus, tiveram uma participação expressiva. Nestes momentos, se não
estivermos alicerçados espiritualmente iremos retroceder e fracassar, pois é a
unção e a comunhão com Deus que farão a diferença.
No campo missionário não desista de dar continuidade ao
aperfeiçoamento, continue em total contato com Deus, adicionando a este, a
intelectualidade e formação teológica. Então certamente irás vencer e ser bem
sucedido em todos os seus trabalhos na seara.

4- A Contextualização

A contextualização vem a ser o fator destacado na vivência missionária


transcultural, pois com tantas culturas e ambientes que existem nesta terra, o
missionário necessita adequar-se e entrosar-se com a cultura e o ambiente
peculiar da região ou nação onde ele estiver fazendo ou for fazer missões, é um
importante passo a dar e um desafio a vencer, que irá dar uma total mudança no
trabalho que este mensageiro tiver desenvolvendo.
A cultura de um povo e o ambiente que surge como reflexo desta
precisam ser analisados e respeitados, muitos tem divergido em seus objetivos
por não entenderem este princípio de consideração. O missionário não deve
modificar culturas, mas sim se adequar a elas em seus aspectos elementares
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para alcançar êxito no seu trabalho. Muitas vezes há um certo desconsiderar
desta área e faz-se necessário modificar esta reação de muitos, que não aceitam
e desrespeitam a cultura do povo do qual foi enviado para transmitir a paz e o
verdadeiro amor, então não pode causar desentendimentos e não praticar
princípios daquele que ama, como: suportar, compreender e respeitar
(reformular parágrafo – idéias confusas).
Lembre-se que não é a cultura que tem que ser mudada, mas ações de
uma vida sem Deus. E se quero alcançar o apreço e respeito de alguém me
tornando aceito por esta pessoa, tenho que conquistar sua amizade, e um dos
princípios mais pertinentes para isto é minha adequação a sua cultura dentro de
um consenso, pois se for uma ação que irá ferir o Evangelho, é preciso que eu
não pratique, mas com cuidado intérprete o porque dela dentro da cultura
daquele povo, e com prudência divina me posicionar (idéias confusas).
Dentro da contextualização(qual?) existem questões necessárias há
serem observadas e que carecem um preparo técnico, como a variedade
regional de uma língua (o dialeto) que muitos países possuem mais de oitenta.
Neste caso não adianta só aprender o idioma da nação, mas também conhecer o
dialeto, pois muitos habitantes não se comunicam utilizando o idioma oficial e
sim o dialeto, até por viverem em regiões remotas que os impedem de falar o
idioma oficial de seu país, e o dialeto torna-se não só a sua língua materna, mas
também a oficial. Então, o missionário para se comunicar e até viver em um
local deste, tem que aprender nem que sejam as palavras ou frases mais
necessárias para sua convivência. Este aprendizado torna-se mais proveitoso ao
ser realizado com alguém que o entenda na integra e, se possível, chegando ao
país aprender com alguém da própria região.
A alimentação é outra área da contextualização a ser observada com total
carinho, pois em muitas regiões a não adaptação nesta área poderá se tornar em
uma porta fechada. É preciso se ambientar com a alimentação da região,
mesmo que seja um alimento que nunca foi ingerido por você e ao olhar torna-
se indigesto. É uma barreira a ser transposta, não se pode ficar retido nela,
deve-se superá-la. Eu me lembro que a primeira vez que tive de participar de
uma alimentação no meio da cultura “sena” do povo “masena” de
Moçambique, foi difícil, mas na hora lembrei-me do apóstolo Pedro
(referência), como se aquela repreensão fosse para mim. Naquele momento eu
sentei-me no chão e com os dedos fui molhando pedaços de “chima” (rápida
definição de chima) em um guisado já bem vencido de gazela, no começo a
reação do estômago era contrária, mas depois de três meses contrária seria
reação do povo se eu não tivesse os alimentos nativos da região para saborear,
que por sinal são bem adversos da nossa cultura. E esta foi uma porta que se
abriu para conquistar o apreço de muitos naquela região, foi um desafio
vencido.
A vestimenta é outro fator importante dentro da contextualização, pois
são as mais diversificadas possíveis e cada país e cultura tem as suas
vestimentas tradicionais, que devem ser observadas e respeitadas, mesmo que
ao seu olhar seja contraditório e inadequado. É uma questão que vai além da
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cultura, a circunstância social no aspecto financeiro também conta. Para alguns
povos, cada vestimenta tem o seu devido e expressivo valor cultural, para
alguns fazem parte do vestir cotidiano como cobertura pelos povos orientais,
um exemplo é a capulana que é um tecido que pode às vezes até ser de seda
utilizado para proteger da sujeira ou até de um furo que tiver a roupa que
estiver em baixo, como saia, vestido, etc e também dar um toque de estética,
pois possuem estampas muito chamativas e bonitas. Outra vestimenta fora do
nosso contexto é as túnicas usadas pelos povos árabes e africanos no caso dos
homens, para nós é contraditório e escandaloso, para eles uma peça primordial
da vestimenta. O missionário precisa vir adequar-se dentro da medida com esta
questão também quando estiver indo desenvolver seu trabalho, principalmente
nas regiões árabes, que é importante vestir a túnica. E isto não é escândalo, mas
sim contextualizar –se com a cultura do país que fores enviado para efetuar sua
missão. Isto não irá lhe diminuir em nada, e cabe aos que estão de fora como
nós aceitarmos e considerar quem se contextualiza. É preciso que ocorra uma
aceitação não só daquele que vai aos povos, mas também a aqueles que ficam
no sustentáculo físico e espiritual, a igreja.
Não podemos praticar o erro de colocarmos nossos hábitos e costumes,
provenientes da nossa peculiar cultura, no povo que vamos para proclamar a
Jesus Cristo e não a nossa própria cultura. Sou taxativo nesta área, porque é
onde tem ocorrido abuso gravíssimo por parte de alguns missionários que ao
chegarem no campo, querem modificar os costumes culturais do povo e até
colocar a liturgia nossa na igreja de lá. Devemos ter muito cuidado e ser sábios
como foi o apóstolo Paulo, que soube contextualizar-se e deixou declarado:
“Fiz me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz me tudo
para com todos, com o fim de por todos os modos salvar alguns. Tudo faço por
causa do Evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (I Cor 9.22,
23).
Este é um texto que esclarece e confirma o valor da contextualização,
vemos que o apóstolo Paulo soube se adaptar e foi além da cultura, indo até no
sentimento e na questão psicológica, pois em muitos a psique estava por vários
motivos enfraquecido e Paulo soube os entender, superando assim o desafio,
deixando para nós um grande exemplo que devemos seguir.
Não podemos limitar a grande obra que nos foi entregue nestas situações
que são nutridas no nosso ambiente cultural. Torna-se uma renúncia muito
pesada para alguns, mas devemos nos lembrar de fazer tudo por uma causa
sublime, o Evangelho, que não deve estar retido aos nossos costumes. Se Deus
te chamou para ir aos povos curdos, estude a cultura deles e em tudo te prepara
para alcançá-los, o sacrifício é por Cristo e a causa é nobre. Lembremos do
bom samaritano, que soube adequar-se a uma situação que ia além de seus
limites, pois o homem que estava no chão, assolado por ter sido assaltado, era
judeu, e os Samaritanos e judeus divergiam na religião, economia, política e
cultura, mas o samaritano não observou isto, e sim aquela vida que precisava
da compaixão de alguém, por isso ele parou e aproximou-se e prontificou-se a
socorrê-lo, buscando na sua bagagem “vinho e óleo”, derramando o vinho
IR E POR QUE NÃO? 14
sobre as feridas para cicatrizá-las. Fazendo uma analise textual mais
aprofundada, o óleo derramou para sarar a alma.
O Sacerdote e o escriba ficaram retidos aos costumes e mandamentos da
lei e imposições legalistas dos seus cargos e rejeitaram ajudar ao irmão, mas o
samaritano foi além das situações que o podiam reter. Jesus nos deixou essa
parábola para nos ensinar sobre a extensão do amor, ele supera as imposições
que muitas vezes nos impede de socorrer uma vida assolada. E Jesus declarou:
“É necessário quer eu anuncie o Evangelho do Reino de Deus, também as
outras cidades, pois para isso que fui enviado” (Lc 4.43). Jesus não esteve fixo
a sua cultura, o que importava era alcançar as vidas que estavam além desta
circunstância, levando-as a uma dimensão maior a tudo isso, a salvação.

4.1 Cultura e Tradição

Resolvi incluir este assunto em um sub-tópico anexo ao capítulo da


contextualização, por ter visto a interpretação destes dois termos feitos de forma
errada no executar, pois muitos no seu campo de atuação missionária tem cometido
graves equívocos, confundindo cultura com tradição, e essas duas palavras têm
significado e conotação diferentes, pois a realidade apresentada dentro de cada uma
traz implicações importantíssimas para a vivência de um povo e precisam ser
analisadas com cuidado. Portanto, vejamos o significado e tudo que engloba cada
uma distintamente, para depois fazermos as considerações gerais referentes as duas e
vosso desenvolvimento dentro do existir de um povo:
Comecemos observando sobre o tema cultura, a palavra vem do latim colere,
“cultivar”, sendo a cultura um cultivo, sem importar com os meios utilizados para se
compor. E.B. Taylor define como: “Aquele todo complexo que inclui conhecimentos,
crenças, artes, princípios morais, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e
hábitos adquiridos pelos homens, como membros da sociedade”. Porém, dentro desta
excelente definição faço uma ressalva sobre “crenças”, pois se encaixa melhor dentro
do conceito de tradição que ainda veremos, na verdade, às vezes, é fácil e perigoso
incluir uma dentro do agir de outra, mas precisamos fazer um estudo e análise de
cada uma com uma certa profundidade, devido a sua importância.
A cultura é adquirida pelo indivíduo dentro do seu convívio social, pois é nesta
ação de conviver que a pessoa inicia a praticar hábitos que são considerados
indispensáveis dentro do viver e existir de um povo. Esses hábitos culturais
conduzem a forma de vida em diversas ações diárias naturais de uma pessoa como:
Falar, comer, vestir, calçar e cantar. Expressando, assim, através das mais variadas
atuações o que compõe sua forma de vida, a maneira como se distinguem entre os
demais povos, surgindo desse modo as características peculiares da sua civilização. A
cultura pulsa tão forte dentro de um povo que influencia até os seus pensamentos,.
Muitos povos priorizam em muitos aspectos os hábitos que compõem a sua cultura,
que acabam se tornando promotores árduos da sua cultura e distinguindo-a como
sendo a única que se deve absorver no viver das pessoas.

IR E POR QUE NÃO? 15


O respeito à cultura dos outros povos que não fazem parte da minha civilização
é algo de grande polêmica perante o convívio das pessoas a nível mundial, a qual
deve ser analisada a partir de um princípio que é fundamento para os demais, dentro
deste tão importante detalhe. (idéia vaga)
A minha cultura deve ser observada e considerada dentro do espaço geográfico
ao qual vive a civilização que pertenço e, portanto, absorvo e coloco em prática as
características dessa cultura em todos os seus aspectos. E neste espaço e em meio a
este povo ao qual pertenço é que ela exerce suas influências comportamentais dentro
da sociedade.
As circunstâncias que envolvem os hábitos de uma cultura podem para o
missionário em região diferente da sua, em que as práticas decorrentes da cultura
divergem de seu modo de ver e aceitar, tornar difícil o seu convívio, mas é preciso
respeitar a cultura do povo ao qual foi enviado. O processo de ambientação cultural é
um desafio árduo para alguns, pois são defensores e praticantes da sua cultura, não
reconhecendo os aspectos positivos das outras culturas. Nós não podemos ser críticos
culturais quando estamos na posição de transmissor de boas novas que irão gerar paz,
portanto cabe a nós sermos pacificadores em todas as circunstâncias, jamais causando
um conflito de culturas. É necessário vir olhar com admiração e respeito, procurando
sempre entender o porquê do hábito praticado, não para condenar, mas para avaliar o
que preciso renunciar e modificar em mim, para que a adaptação venha fluir e trazer
resultados positivos no meu trabalho missionário.
Tenho que ter cuidado com os questionamentos culturais, pois poderão causar
uma situação prejudicial na minha jornada, as adversidades não podem me deter,
precisamos conviver com elas tornando-as fáceis. Para tanto, vou necessitar ter um
profundo senso de ambientação, considerando sempre duas ressalvas de grande valia
feitas pelo apóstolo Paulo: “fiz-me fraco para os fracos para ganhar os fracos, fiz-me
tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por
causa do Evangelho, para ser também participante dele” (I Cor 9.22,23). Nestas
palavras, o apóstolo Paulo defende a ambientação às situações sentimentais, culturais
e sociais, claro que feitas com prudência, diligência e ordem, colocando a causa mais
nobre em destaque em tudo e sobre todos os meus sentimentos peculiares e da minha
própria ótica cultural.
Para o apóstolo, pelo Evangelho o sacrifício era válido, a fim de se tornar
incluso ao que envolve o Evangelho em todas as suas inúmeras conquistas nas
mudanças causadas naqueles que o recebem e seguem. E assim cumprir com integral
dedicação o ministério que lhe foi entregue e confiado. Isso é não só exemplo, mas a
lição a ser aprendida e praticada, colocando dentro das circunstâncias de adaptação
cultural, que para muitos tem sido uma barreira que necessita ser quebrada. Entrosar-
se com a cultura, não significa que eu vou extravasar minhas emoções e extrapolar,
vindo a estar mais observador dos hábitos culturais até em excesso, do que o próprio
povo, isto pode tornar-se prejudicial para mim, pois as pessoas vão achar-me ridículo.
A contextualização é importantíssima, se feita (não se faz o contexto, ele já existe e
pode ser assimilado ou não) com prudência, analisando onde eu não vou estar
escandalizando. Por exemplo, se ao ir trabalhar em uma tribo indígena, e porque os
índios estão nus, para conquistar a confiança deles eu não preciso ficar nu como eles,
IR E POR QUE NÃO? 16
pois se assim fizer estarei os escandalizando e indo contra todos os meus princípios
sendo um erro grave. (acho complicada a forma como foi colocado esse exemplo,
porque derruba td o q vc defendeu até agora, talvez fosse melhor: Dependendo do
contexto em que se esteja, a contextualização com a realidade local não será tão
necessária, pois não significará um desrespeito à sua cultura devido ao conhecimento
pré-estabelecido da cultura advinda do missionário. Exemplo: Certas tribos indígenas,
não havendo necessidade de se portar de forma nua como os demais índios, pelo fato
dos índios terem se aculturado com a realidade do “homem-branco” que utiliza
roupas).
A aversão é uma ação prejudicial concernente à cultura, não podemos ser
contrário aos hábitos provenientes da cultura que um povo pratica. Muitos
missionários têm ações contrárias à cultura do povo que trabalha, até reprimindo e
condenando algo que é nato da civilização de uma nação. Não cabe ao missionário
impor que o hábito seja extraído da vida dos fiéis, ocorre às vezes até de alguns
travarem uma guerra contra a cultura ( de quem ? – bom especificar) e obrigarem o
povo a se adequar às suas práticas culturais. A tarefa é transmitir a mensagem do
reino de Deus, que não é contrária à cultura dos povos, tribos e nações. Analisando
num sentido antropológico, não é a cultura que afasta e impede o homem de aceitar e
viver para Jesus Cristo. É preciso, pois, que o missionário aprenda e aceite o convívio
com a cultura do povo ao qual irá levar a luz do Evangelho entre outras incumbências
que estão inclusas na tarefa.
Tradição é o próximo fator a ser analisado, partindo do sentido geral no
seguinte aspecto: Processo mediante o qual as verdades religiosas normativas são
transmitidas de uma geração para outra. A tradição, por si, acha-se em todas as
igrejas, em forma oral ou escrita; tendo seu conteúdo num cânon fechado (relativo,
nem sempre...???). Essas “verdades religiosas” para alguns povos envolvem ritos,
cerimônias e práticas que ao interpretar erroneamente (quem vai interpretar? Deve-se
colocar o referente!) acham que estão cultuando uma força e um poder sobrenatural, e
isto é observado criteriosamente por infinitas gerações, algo considerado como
crendices, observadas seriamente em alguns povos.
Em outras eras, os homens primitivos transmitiam suas tradições por meio de
ritos mágicos que procuravam harmonizar o microcosmo da comunidade local com o
macrocosmo universal da ordem mundial. E ainda hoje, os rituais é que tem sido um
dos procedimentos mais observados e defendidos dentro da tradição de um povo.
Muitos se envolvem nesta observância do ritual e utilizam a seguinte defesa quando
abordados sobre o seu proceder: “Faço isto porque faz parte da minha descendência,
herdei dos antepassados, está no sangue”. No geral, é feito um encaminhamento de
um povo em uma tradição, por já está introjetado na formação genealógica daquele
povo, como o caso do “ritual de iniciação” feito com as crianças no continente
africano, que é uma prática observada com toda a credibilidade perante a sociedade
em geral.
Dentro da prática de muitos rituais, existe o ocultismo e evocação aos espíritos,
ocorrendo ritos macabros em nome da tradição, pois as mais diversificadas raças,
povos e nações sempre trouxeram como herança peculiar à observação da tradição. Já
a cultura, em alguns hábitos, muda com o tempo e a situação, porém a tradição
IR E POR QUE NÃO? 17
referente aos rituais provenientes dela não se modifica, sendo sempre seguida e
considerada perante o povo no desenvolver de sua tradição. Há povos que por
estarem fixos à observação e à prática de todos ritos e cerimônias que conduzem a
sua tradição, se isolam até dos demais povos que compõem a sua nação, exemplo
característico deste fato é os kalashas do Paquistão - um povo que vive nos vales de
Rumbur, com forma de vida tradicional, observador de crenças animistas, cultuando a
vários deuses, onde inclusive uma das poucas atividades é entalhar as imagens de
seus deuses, e se formos ver o surgimento de todo isto que ocorre com esse povo, é
por viver numa dependência comportamental que envolve tudo em suas formas de
vida decorrentes da sua tradição.
Expressivo desafio missiológico tem sido o convívio com a tradição, pois
muitos confundem e interpretam como sendo elemento da cultura, o que está errado,
o desafio é discernir e definir as ações e reações decorrentes da cultura e da tradição.
Pois existe uma diferença como vimos nestes dois termos, precisando-se diferenciar
as reações que são vivenciadas provenientes da convivência que tivermos com uma e
com outra, sabendo que a tradição de um povo tem seus elementos e aspectos
distintos e diferentes da cultura, porém a tradição pode influenciar alguns hábitos
culturais e indiretamente associar-se com a cultura, e por isso é que o desafio é de
grandes proporções. O missionário tem que saber como aceitar conviver e reagir com
a cultura e seus hábitos, mas estar atento para a referente tradição vir a possuir uma
estratégia propícia para combater e refutar no momento certo com procedimentos
orientados por Deus, através do Espírito Santo, pois e´esta uma árdua batalha, que
para vencer-se precisamos de uma unção maior e especifica para o desafio a frente,
sabendo que é algo contido na mentalidade como proveniente da sua própria
existência. A tradição cega aniquila e a cultura não, por isso é preciso diferenciar e ter
reações propícias a cada uma, sendo luz e instrumento de amor, justiça e paz nas
duas, para que o alvo seja alcançado. Portanto estejamos alerta e sejamos prudentes, e
conseguiremos ultrapassar este desafio, sempre deixando Deus nos usar, e não virmos
a usar a Deus a favor de nossas ideologias.
(O conceito de cultura e tradição ficou confuso, pq a tradição tb faz parte da cultura, é
algo cultivado, é elementar e não se resume somente ás práticas de rituais, o conceito
é mto + amplo, portanto deve expor todas as vertentes que compõem o formato das
duas.)

5- Preparação do obreiro nativo

Neste capitulo estarei abordando assuntos, particularidades e estratégias para a


formação do obreiro nativo. Observando, porém, que a cultura e o costume
modificam de um lugar para outro, iremos trazer princípios a serem utilizados que
irão abranger as mais diversas culturas. Aqui estarão os pontos básicos sobre o
assunto, pois a cada dia o preparador de obreiro irá descobrir novas situações que irão
nortear o seu conduzir como instrutor.

IR E POR QUE NÃO? 18


5.1- O local para a preparação
Para que o obreiro seja trabalhado nas mais diversas áreas de sua vida e seja
preparado com eficácia para a obra que lhe espera, é preciso observar os seguintes
itens no local:
- Afastado da civilização.
- Possuir condições de logística para um estabelecimento interno.
- Salão para cultos.
- Espaço para o obreiro estar a “sós com Deus”.
- Uma biblioteca com livros teológicos e de âmbito cultural.
- Uma farmácia interna, ou seja, dispor de remédios para tratamento de
doenças tropicais ou regionais.
Estas seriam as condições básicas para o obreiro ser treinado e conduzido a
uma caminhada de modificação em seu ser, que o tornará apto para cumprir o
seu ministério.

5.2- Número de obreiros a serem preparados


Em cada curso deve-se preparar no máximo 10 obreiros para que o
acompanhamento individual possa ser mais amplo, resultando num
aprimoramento nos aspectos que precisam ser aperfeiçoados em cada obreiro.
Havendo um número menor, todas as dúvidas pessoais de cada um poderão ser
sanadas. Não devemos então nos preocupar com a quantidade de obreiros
preparados, mas sim com a qualidade, pois dez bem preparados poderão gerar
cem.
Há muitas questões que precisam ser observadas individualmente pelo instrutor
referente à personalidade e à sua vivência num âmbito geral, e o alvo é
preparar o obreiro de forma que este venha vencer os desafios e frutificar na
seara.

5.3 O tempo do curso


Este é um fator de suma importância e que possui as mais diversas aplicações e
interpretações, porém é necessário analisarmos os seguintes princípios:
- A disponibilidade do candidato, pois a realidade neste aspecto (em q
aspecto?) é outra.
- A urgência da obra e necessidade da igreja.
- Um período que dê para transmitir um preparo para realidade geral que irá
vivenciar frente à igreja.
Com experiência no assunto, posso dizer que quatro meses é o suficiente para
que o obreiro nativo possa iniciar a desenvolver o seu ministério. A realidade
em alguns locais é totalmente diferente de uma nação que vivencia décadas de
implantação e avanço da igreja. Neste tempo de quatro meses, apesar de
remido o tempo, os instrutores poderão transmitir as noções bíblicas e
administrativas para a realidade do obreiro referente à região em que vai atuar.

5.4 Qualidades do candidato

IR E POR QUE NÃO? 19


Ao candidato que será treinado ou preparado, é necessário possuir chamada
ministerial e vida exemplar, além das seguintes qualidades:
- Ser homem ou mulher de fé e coragem.
- Ser temente a Deus e verdadeiro.
- Ser chamado e vocacionado por Deus.
- Ser exemplar em seu testemunho pessoal.
- Ser frutífero na obra de Deus.
Possuir essas qualidades, já é o suficiente para ser preparado e a se investir
tempo, conduzindo este obreiro a um crescimento espiritual que resultará no
seu aperfeiçoamento, o tornando apto para a obra de Deus.
Muitas vezes, alguma das qualidades pode faltar, e nesta situação o instrutor
precisa observar com a visão espiritual, buscando de Deus qual é o propósito de Deus
para aquela vida. E na preparação, adquirirá este obreiro a referida qualidade que
estiver faltando.
5.5 O desenvolvimento do caráter e maturidade espiritual
Esta é a área mais importante a ser trabalhada na vida dos obreiros que estarão
sendo treinados, pois eles terão que vivenciar um cristianismo com os de dentro e
com os de fora da igreja. Precisam saber como se relacionar com as autoridades e
como desenvolver a administração da igreja a fim de que a obra avance.
Este trabalho requer do orientador muito tato e zelo, uma dedicação constante a
fim de que o obreiro alcance uma conduta espiritual e venha a tornar-se maduro na
dependência de uma vida com Deus, para vir a desenvolver uma obra de grande
impacto, pois o obreiro precisa ser o exemplo dos fiéis, a fim de sua vida os levar a
vencer todo o mal, chegando-se cada vez mais a Deus.
(trocar vocábulos repetitivos)
5.6 Disciplinas Teológicas e Bíblicas
Concernente a esta questão é preciso que o missionário analise a realidade
eclesiástica do continente, região ou local. Depois desta análise, ele saberá como
aplicar e ensinar cada disciplina.
As disciplinas devem ser as básicas, pois o tempo e também o princípio do
curso é a formação da conduta espiritual e capacitação eclesiástica. São estas as
disciplinas:
- Uma síntese do Antigo Testamento.
- História da Igreja.
- Homilética e Hermenêutica
- Doutrinas: Divindade, Bibliologia, Eclesiologia e Escatologia.
- Aconselhamento pastoral.
- Administração eclesiástica.
O aprofundamento depende de várias circunstâncias que o professor irá
analisar.

5.7 A Divisão diária das atividades


6h30- despertar
6h45- café da manhã
7h20 às 8h00- culto matinal
IR E POR QUE NÃO? 20
8h00- aulas
12h00 – almoço
14h00- biblioteca
17h00- atividade extra-classe a critério do professor
18h00- jantar
19h00 às 21h00- atividade diversificada (leitura bíblica oração,
aconselhamento e aula)
21h30- oração
22h00- dormir

5.8 Uma Palavra final sobre o assunto


O convívio diário com os alunos e o acompanhar das situações é que
conduzirão o preparador ou o missionário, que estiver empenhado nesta atividade, a
implementar ou a diminuir (em q sentido? Idéia vaga) uma questão ou realidade
abordada. O desenvolvimento das atividades irá conduzir o missionário a um
conhecimento de causa ainda maior que lhe dará condições de desenvolver este
tempo de obreiro com maior eficácia dentro da realidade geral deste obreiro ( ficou
sem sentido o parágrafo).
Dedicação à preparação e à formação de uma vida espiritual frutífera é a
principal área e alvo a ser alcançado, seguindo sempre orientação de Deus e
estabelecendo um relacionamento com a igreja e a liderança geral a que pertence.
E mais, não retroceder em meio às batalhas espirituais, mas perseverar firme no
Senhor e na força do seu poder para derrotar aos intentos do inimigo e o alvo
alcançar.

6 A Consideração e o Amor ao Missionário


Considerar o outro vai além do respeito. A consideração é compreender e estar
presente as posições e sentimentos (não faz sentido... estar presente onde? Quem está
presente está em algum lugar e com outrem), não para condenar, mas para auxiliar
aquele que é um enviado de Deus. O missionário, não pode ser enxergado e avaliado
como alguém que não tem futuro eclesiástico. Tenho visto muitos serem tratados
desta forma no Brasil, às vezes, muitos nem aceitam um missionário possuir um
cargo eclesiástico como Evangelista e Pastor, e um Pastor tornar-se missionário para
muitos não é aceito. A igreja sempre cresceu do fruto do trabalho missionário, que
inúmeras vezes é esquecido, sendo lembrado só na hora de se fazer o marketing para
alcançar recursos. É dura a realidade, mas é a verdade em muitas igrejas do Brasil.
Jesus chamou doze missionários para pertencer ao seu grupo preparatório a
prosseguirem com sua obra. Eram doze Apóstolos. No sentido do termo no original é
“enviado”, o que implica que atuavam como missionários. O apóstolo Paulo não
ficou fixo em um lugar apascentando, mas implantou igrejas como missionário em
vários lugares e até em outros países, bem como apascentou os rebanhos e formou
lideres, era um Pastor missionário.
Precisamos dar consideração aos embaixadores de Cristo, e reconhecê-los
como tal, permitindo que ocupem as plataformas dos templos. Vejamos o que o
apóstolo Paulo falou: “De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que
IR E POR QUE NÃO? 21
rega, mas Deus é quem dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um, e
cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho” 1Co 3. 7,8. Nesta
passagem ele deixou claro sobre a igualdade dos dois “tanto do que semeia como do
que rega”, e que maior é Deus quem dá o crescimento. Ainda é hora de despertar e
descer, enxergando e aceitando a realidade de “que somos um” e que receberemos o
galardão segundo o nosso trabalho. Não deixemos só o missionário ir, vamos juntos,
mesmo distantes geograficamente talvez, porém sempre presentes.
Sou um pastor que atuou como missionário e vivenciei este preconceito, mas
tenho a honra e o prazer de ter um pastor presidente que considera e ama o
missionário e a obra que faz, o Pr. Álvaro Alén Sanches. O corpo ministerial ao qual
pertenço tem funcionado como um exército, que com esmero, dedicação e amor tem
estado na retaguarda daqueles que tem ido sendo assim com os missionários na
batalha. No entanto, muitos missionários não podem falar isso com sinceridade de
seus líderes. Este quadro precisa ser mudado! Precisamos olhar o missionário com
atenção e carinho, para que no combate ele se sinta mais encorajado.
Muitas vezes você está acomodado, mas ele esta indo e aceitando a tarefa, que
também é sua, portanto o considere. Muitos o desconsideram de tal forma, que
declaram que missionário tem que: vestir-se mal, calçar-se mal, passar fome, não ter
direito a nenhum conforto em nenhum aspecto, pois como dizem: “ Ah, é
missionário!” e riem zombando. Não desconsidere aqueles a quem o Senhor
valorizou e comissionou para a grande obra da evangelização. Precisamos estar com
o mensageiro não só no gozo da colheita, mas nos momentos de dor e tristeza, no
semear.
Esta declaração é muito contundente, mas é a realidade, pois muitas vezes é o
missionário lembrado somente no gozo da colheita, porém no momento do semear é
esquecido. E esta é a hora em que mais precisa ser lembrado pela igreja: nos
momentos de desafios, reveses, má interpretações e perseguições, que dependendo do
país onde se encontra, pode ser preso e até ameaçado de morte. É quando, pois, o
missionário precisa de apoio espiritual e moral.
É hora de estender a mão, olhando para este que no campo está vencendo os
desafios e estar com eles na oração, no choro, na luta, na dor, na perseguição e na
prisão; e Deus lhes concederá vitória neste momento árduo. Foi isto o que a igreja fez
com Pedro e João em At 4.29, vejamos a extensão deste clamor: “Agora Senhor, olha
para as ameaças deles e concede aos teus servos que anunciem com toda a
intrepidez a tua Palavra“. É esta a hora em que o clamor da igreja precisa ser ouvido
por Deus, não só o do missionário, mas da igreja que o enviou como representante.
Se fizermos isto, Deus realizará um grande mover do seu Espírito na igreja, o
missionário ultrapassará o obstáculo como Pedro e João, e a igreja irá experimentar o
que experimentou aqueles irmãos que estavam em oração na hora em que os
apóstolos davam testemunho de Jesus cristo (At 4.31): “Tendo eles orado , tremeu o
lugar onde estavam reunidos, todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam
corajosamente a palavra de Deus “. É hora de deixarmos o Espírito Santo fazer isto
conosco, façamos nossa parte, oremos e choremos por aqueles que estão semeando e
as nossas lágrimas regarão a semente, assim o crescimento será maior e mais rápido
desta planta, e juntos, missionário e igreja, se regozijarão.
IR E POR QUE NÃO? 22
7 A manutenção do missionário

Eis aqui um dos mais polêmicos assuntos a serem analisados e debatidos


dentro de missões, chega até tornar-se complexo algo tão natural dentro do contexto
bíblico. Começo analisando esse assunto dentro da seguinte ótica: o missionário é
um enviado de Deus e o seu envio vem ou surge através da ação do Espírito Santo
nele e na igreja a qual pertence, sendo assim, cabe a esta igreja lhe manter.
Porém dentro desta manutenção é que surgem as mais diversas interpretações,
vejamos algumas: Alguns líderes no intuito de fazer missões para o seu próprio
crescimento, dentro da sua dimensão de jurisdição eclesiástica, tornam o missionário
um produto que é divulgado com excelente marketing e depois colhe os resultados da
venda, que na maioria das vezes são grandes quantias. O missionário e a missão que
está desenvolvendo, quando tem a participação desta colheita, ganha para a sua
manutenção e da obra sob seus cuidados apenas uma pequena porcentagem.
Algumas igrejas no momento de um grande impacto emotivo gerado por um
relatório, testemunho e conferência de cunho missionário, enviam um obreiro para o
campo missionário dando a este a passagem e os recursos para instalar - se no local,
porém com o transcorrer da obra missionária, a emoção da igreja acaba e a
contribuição começa a ser esquecida, até que esse missionário é comunicado que a
igreja não poderá continuar a lhe manter no campo, e alguns ainda dizem por carta ou
telefone: ”missões é fé, se você quiser continuar é por sua própria fé“. Desse modo,
é abandonado no campo, sem aqueles que o enviaram se importar com todas as
particularidades que envolvem uma vida, que se despojou de tudo e foi. É triste e
forte, mas faz parte da vida de muitos missionários.
Alguns pregadores transmitem missões e comove igrejas acerca deste assunto
sem nunca terem ficado uma semana no campo missionário. Eles conseguem extrair
das igrejas grandes valores, que garantem que enviarão para alguns missionários que
eles sustentam através do seu ministério, só que esses missionários que até são
mostrado por fotos, nunca recebem nada desta tal oferta retirada para investir em
missões.
A situação também tem seus abusos e distúrbios do verdadeiro sentido de
manutenção por parte de alguns pseudos-missionários, que em cima da nobre tarefa,
vão para o campo fazer uma propaganda tão forte de um projeto e divulgá-lo, pedindo
ajuda de diversos países, só que o projeto nunca avança. Um fato me chamou
bastante atenção, ocorrido com missionários de um país europeu: um jovem teve o
seu rosto desfigurado no período da guerra, ficando assustador, e vivia nas ruas de
uma cidade de Moçambique. Uma equipe de missionários tirou fotos do rapaz e
prometeu a este conseguir recursos para uma cirurgia plástica com um especialista
europeu. O fato chegou até ser informado nos órgãos de imprensa. Os missionários
viajaram para seus países para fazerem campanha e coleta dos recursos para buscar
o rapaz para a cirurgia, e nunca mais apareceram. Muitos aproveitam situações para
enriquecer, e não são somente os de fora, mas até os da nossa própria pátria.
Ainda bem que o trigo existe para glória de Deus! Existem muitos
missionários que trabalham com seriedade, que se doam totalmente e realizam
IR E POR QUE NÃO? 23
grandes obras para Deus, mesmo sem o devido reconhecimento e manutenção. Há
vezes em que estes quando vão as igrejas apresentar seus trabalhos não recebem o
apoio que precisam, mas se em uma festa de missões convidam (quem convida? Os
missionários? Importante colocar....) um pregador, já acertam seu cachê antes de ir e
pagam até uma parte antecipada, e assim se gasta uma quantia altíssima em uma festa
de missões com pregador e cantor, e a obra missionária recebe uma mínima parte,
quando recebe.
A manutenção tem um fundamento bíblico, e como tem de ser feita é um
assunto a ser analisado agora, vejamos: O apóstolo Paulo deixou registrado em I Cor
9.13, o seguinte: “não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio
templo se alimentam? Em quem serve o altar do altar tira o seu sustento?”. A
interpretação que muitos fazem deste texto, não é a integral e original, mas o que
podemos extrair como verdade deste texto é: Que o obreiro como um serviçal,
embaixador, missionário ou ministro está desenvolvendo a tarefa em prol da obra de
Deus, e a igreja que através do seu ministério (ministério do missionário ou da
igreja?) é das mais diversas formas favorecida, não irá ser peso, lhe beneficiar com o
sustento, que vem proveniente das ofertas e dízimos, que são para a manutenção da
obra e o seu avanço e este obreiro com o seu trabalho esta levando a obra pela graça
de Deus a avançar (refazer parágrafo) .
Esta prática foi instituída por Deus desde o período dos sacerdotes na antiga
aliança. Os descendentes da tribo de Levi, que seriam os sacerdotes, não teriam o
direito à partilha de terras como os outros membros das outras tribos, porque os
Levitas seriam mantidos pelos demais tendo em vista que trabalhariam e viveriam
para servir nos ofícios do tabernáculo em prol do povo, que na atualidade seriam o
templo e a igreja.
Em I Cor 9.4-7, o apóstolo Paulo enfatiza que “os demais”, ou seja, alguns
apóstolos eram mantidos pela igreja, e ele questiona: “não temos nós o direito de
comer e beber? Ou só Eu e Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar?
Quem jamais milita a sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu
fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado?”. Neste
questionamento, o apóstolo deixa claro sobre o direito do obreiro do Senhor ser
mantido por aqueles a quem serve, a igreja. Ainda no mesmo capitulo em I Cor 9.14,
o apóstolo diz o seguinte: “assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o
Evangelho, que vivam do Evangelho”.
Em outras epístolas Paulo fala resumidamente sobre esse assunto e confirma
esse agir da igreja para com os que trabalham em prol dela. Aos Gálatas, Paulo chega
a ser contundente com eles dizendo: “E o que é instruído na palavra reparta de todos
os seus bens com aquele que o instruiu” (Gl 6.6). Paulo não faz nenhuma defesa sem
sentido, ou procura desenvolver uma apologia a não trabalhar secularmente ou ter
uma profissão. Ele coloca o serviço da obra de Deus como um trabalho digno de
consideração e, sendo assim, aquele que neste está empenhado deve receber o seu
devido pagamento ou manutenção, pois é merecedor de ter uma vida condizente e
digna como os demais que trabalham e recebem, ou seja, a manutenção é um direito
outorgado por Deus, cabe a igreja aceitar e de coração aberto fazer a sua parte.

IR E POR QUE NÃO? 24


E como deve ser feita esta contribuição? Deve ser feita com alegria, prazer e
voluntariamente. Investir no reino eterno não implica na busca de enriquecimento,
mas no resgate e salvação de almas. A contribuição deve ser realizada com fidelidade
gerada de um verdadeiro compromisso com Deus, visando à expansão do reino. Ao
agir de tal forma, quem contribui está demonstrando compromisso, gratidão e
praticando adoração. Logo, Deus lhe concederá prosperidade, pois está sendo fiel e
ofertando com amor, visando o avanço da obra de Deus.
As contribuições devem ser feitas via igreja, e esta, através do departamento
responsável por missões, encaminhará o recurso ao devido fim, observando o
sustento do missionário e a aplicação na obra que este está realizando. Deve também
por parte do departamento ser feito um relatório para informar aos contribuintes
como e onde está sendo empregado o recurso. E mais, o sustento nunca deve causar
um sentimento de profissionalismo, mas sim de uma manutenção financeira merecida
em prol do serviço prestado.
Quando a oferta for dada por um mantenedor individual de um missionário,
esta não deve ser direcionada para manutenção de outros, pois o mantenedor está
entregando a oferta para aquele que Deus o tocou para ofertar, muitas vezes, é
resposta de oração feita por um missionário. O irmão, que ajuda sistematicamente um
missionário, deve fazer isso não no sentido de tornar-se patrão do obreiro ditando
regras, mas sim como obediência ao querer de Deus para sua vida. O recurso
direcionado para manutenção da obra missionária deve ser administrado com
honestidade e prudência, visando integralmente seu sustento. É um investimento feito
em prol do reino para a proclamação da palavra de Deus, expandindo-se
expressivamente por todas as nações, portanto deve ser administrado com
responsabilidade e sabedoria, visando o andamento perfeito deste serviço sagrado. (o
termo “visando” ficou muito repetitivo)
Missões não se faz sem contribuição, mas esse contribuir deve ser um ato
sério e de amor pelo reino de Deus. O departamento responsável por missões deve
mobilizar a igreja constantemente a contribuir por essa causa, apresentando
relatórios, cartas informativas da realidade do trabalho, fotos e filmagens para a igreja
estar consciente do trabalho e das dificuldades, desafios e avanço da obra que os
missionários desta igreja estão desenvolvendo. Um excelente exemplo de quem
realiza essa tarefa com êxito, informando e conscientizando a igreja é a SEMAP,
secretaria de missões da nossa igreja de Uberlândia. E a igreja quando informada e
mobilizada, precisa se deixar tocar por Deus e responder a esta mobilização com
excelente contribuição. (é importante colocar que responder com excelente
contribuição é apenas uma das formas de resposta da mobilização).

(Observar também o constante uso de gerúndio que empobrece o texto...)

8 MISSIONÁRIO, TÍTULO OU SERVIÇO?

Incluí também este assunto com o sentido de alerta e esclarecimento


concernente a este cargo eclesiástico decorrente de uma incumbência e chamado.
IR E POR QUE NÃO? 25
Começo, pois, esclarecendo sobre quem é o missionário. Este, segundo as escrituras,
é o enviado a cumprir uma tarefa ou missão, mas podemos acrescentar como aquele
que se dispõe a cumprir a missão confiada por Deus. Missionário é aquele a quem
Deus chamou, vocacionou, capacitou e foi condicionado por Jesus para desempenhar
a ordem imperativa do “ide” divulgado pelo Senhor da seara.
O filho de Deus vê neste servo alguém que está pronto para cumprir uma
tarefa, como aquele que assume uma responsabilidade na obra de Deus e que possui
algumas qualidades como compromisso, dedicação e submissão. Muitos, como um
paradoxo, não possuem essas qualidades, mas Jesus vê servos que estão se dispondo e
que precisam apenas passar pela “casa do oleiro”, onde serão moldados e
aperfeiçoados, por isso Jesus os chama. Existem qualidades que são aferidas na hora
da chamada, como: visão espiritual, amor pelas almas, renúncia a tudo que lhe prende
e autoridade espiritual. O Espírito Santo, conforme a busca e a entrega do
missionário, este lhe concede dons espirituais. Com o desenvolver da tarefa, vêm às
experiências que conduzirão este obreiro a uma maturidade e condição de ataque e
serviço (explicar como se sucede este ataque... a idéia ficou sem nexo) ainda mais
eficaz, sabendo como agir em certas ocasiões da jornada.
Na atualidade muitos têm recebido este título como posição de destaque ou
referência e não têm dado sentido autêntico ao titulo recebido, pois não estão
desenvolvendo a obra missionária (explicar melhor esta sentença, porque dá a
impressão de quem não está ativo, deixa de ser missionário. Como exemplo, você que
está dando auxílio à EBD, mas continua sendo um missionário, no caso, em
trânsito...). Muitos se consideram como um missionário, outorgam a si próprios esta
posição, e nunca se envolvem realmente na obra missionária. Missão é serviço e
compromisso. Para alguém se considerar como tal dentro desta atividade, tem que
cumprir esse serviço na íntegra. Se nunca foi ao campo missionário ou esteve lá
durante um tempo desempenhando a tarefa, não pode ser considerado como aquele
que vai e faz (o q ?).
Estar em viagem a um país não é o mesmo que permanecer e estar cumprindo
uma incumbência delegada por Deus, é preciso estar com a mão no arado, semeando
a semente e acompanhando o período da germinação, crescimento e desenvolvimento
da planta, para depois ter o gozo de ver a frutificação e ter participação na colheita.
Para ser reconhecido como missionário tem que sentir a seriedade e a incumbência de
cumprir esta tarefa. Portanto, tenhamos cautela ao outorgar esse cargo a alguém, pois
é um ministério sagrado, tem que estar comissionado por Deus para essa nobre tarefa,
para então ser reconhecido como missionário.
Não se considere missionário visando somente às honras deste ministério (nem
sempre há honras...), mas olhe para os caminhos que conduzem até elas que são
árduos. Se estiverdes prontos para percorrê-los e Deus o chamar, se disponha! Assim,
quando lá ( lá onde?) estiverdes, serás um missionário. (basta sofrer para chegar lá e
já passa ser um missionário? Um jornalista sofre, mas nem por isso é um missionário,
a idéia ficou muito generalizada)

9 Algumas convivências importantes na vida do Missionário


IR E POR QUE NÃO? 26
9.1Convivência entre o Pastor e o Missionário:

Essa convivência deve fluir com naturalidade e ser pautada em uma amizade
genuína entre o missionário e seu pastor presidente. Para isso ocorrer, é necessário
que estejam os dois em sintonia e ter confiança mútua, pois assim surgirá um bom
relacionamento entre ambos. E este relacionamento é de grande valor, traz
resultados benéficos dentro da obra de Deus, a qual os dois estão desenvolvendo.
O que está semeando no campo precisa ser assistido, e isto precisa ser efetuado
debaixo de um amor fraternal, observando alguns itens referentes àquele que
assiste e ao que é assistido: (ficaria melhor colocar apenas o ítem e sua explicação,
não precisa um, depois outro ítem é...)
 Um item que cabe aos dois é ouvir e aceitar ( aceitar o q? nem tudo que
se ouve é aceitável, é preciso haver concordância, não basta ouvir e
aceitar, posso aceitar o direito do outro dizer o q pensa, mas nem sempre
posso concordar com o que o outro quer), que se desenvolvido com
sabedoria, para que tenham boa interpretação os dois de tudo o que for
conversado e acertado (não faz sentido. Seria mais relevante dizer
manter um diálogo aberto e ouvir o outro) .
 Outro item que precisa ser observado pelos dois é a compreensão. O
pastor precisa tentar compreender o missionário e o missionário o seu
pastor, assim fazendo, conseguirão avançar dentro dos seus ideais para o
bom desenvolvimento da tarefa.
 O próximo item é o tempo para o diálogo. Os dois precisam retirar um
tempo para dialogar, que servirá, inclusive, para troca de experiências e
instruções importantes para a jornada do missionário. Isso requer
disposição dos dois tirarem um tempo dentro de suas ocupações para
estabelecer esse diálogo. Jesus com tantas ocupações e jornadas para
percorrer, tirava um tempo para compartilhar com seus discípulos
algumas experiências e dentro delas instruí-los, levando-os a um
amadurecimento ministerial .
 A sinceridade tem que ser observada e colocada em prática como um
item de suma importância para os dois. É preciso que a transparência
seja evidente, não se pode vir a fluir um relacionamento quando não
existe sinceridade. Nenhum assunto, questões e problemas, até
particularidades quando dentro delas trazem situações que irão ser
prejudiciais à obra, podem ser ocultadas.

9.2 CONVIVÊNCIA ENTRE MISSIONÁRIO E A IGREJA

A igreja é a casa espiritual do missionário. É aonde ele é gerado e nasce,


existindo um elo oficializador e um fundamento, Jesus. Esta comunhão entre Igreja e
missionário necessita de amor para manter-se em plena harmonia e desenvolvimento,

IR E POR QUE NÃO? 27


pois este sentimento é o que nutre um relacionamento assim. Os dois precisam estar
em contato, conviver com um afeto recíproco, pois não adianta um ser atuante no
convívio e o outro desinteressado. Dessa forma, também é preciso observar alguns
itens para esse relacionamento ser bem sucedido:
 A informação é o primeiro item que deve ser observado. O missionário precisa
informar a sua igreja sobre o seu desenvolvimento no campo de atuação; a
igreja precisa receber notícias sobre como está vivendo e quais dificuldades,
desafios e resultados conquistados. O respeito e a consideração precisam estar
presentes nesta convivência. Muitas vezes existe um dos dois que não observa
estas duas ações que andam juntas e se interligam, e quando isso ocorre os
dois são prejudicados, mas o peso maior é o do causador. É preciso não
ocorrer (não ocorrer o q?), pois a obra que está sendo feita sofrera prejuízo.
 A honestidade é o próximo item a ser observado. Este deve ser considerado no
aspecto de relatório espiritual e financeiro, pois é quando pode surgir algum
princípio desonesto, porque a questão de números é algo que tem seus perigos,
não se pode aumentar o número total de conversões e nem de entrada
financeira, a igreja não deve ser iludida.
Um Pastor e a igreja, na qual estava sob a direção, mantinha uma equipe de cinco
missionários no campo, e esses missionários estavam agindo desonestamente com os
relatórios, quando a igreja recebia os relatórios ficava satisfeita, mobilizada e enviava
muitos recursos para os missionários e esses aplicavam totalmente neles, adquirindo
carros e casas. Um dia, empresários membros dessa igreja e o Pastor decidiram
visitar os missionários no campo, lá chegando com intuito de fazer uma surpresa para
os missionários, não lhes comunicaram, porém quando chegaram ao endereço das
correspondências tiveram uma grande surpresa, pois os encontraram com condições
financeiras superior à de todos os visitantes. O choque aumentou quando viram que o
relatório espiritual era totalmente fictício. A decepção e a ferida que foi aberta nessa
igreja abalou não só os que presenciaram, mas a igreja em geral.
A igreja também precisa estar atenta concernente à administração dos recursos
destinados a missões, pois esse recurso tem que ser viabilizado para a obra
missionária somente. Já ouvi missionário reclamar de oferta que irmão entregou e
esta oferta não foi direcionada ao obreiro, o mesmo só ficou sabendo meses depois
através de uma carta que esse irmão o enviou falando da oferta que tinha lhe enviado.
Isso traz decepção tanto ao obreiro como ao que entrega o recurso, é preciso não
ocorrer isso. Há secretarias de missões muito bem administradas e sérias, mas há
outras que precisam concertar a sua forma de agir, pois a obra missionária requer
seriedade de todos que delam participam.
 O último item que coloco nessa convivência é um compromisso genuíno
que a igreja precisa ter constantemente com o missionário. Muitas vezes
o compromisso faz parte da promessa na hora do enviar, porém não há
um prosseguimento contínuo, com o passar do tempo esquecem o
missionário. A igreja tem que estar presente sempre na vida daquele que
ela enviou, acompanhando-o em todos os momentos para que tudo flua
com perfeição.

IR E POR QUE NÃO? 28


9.3 A CONVIVÊNCIA ENTRE O MISSIONÁRIO E A SUA
FAMILIA

O missionário precisa ter boa convivência familiar, mas a sua família não
pode ser um pretexto ou impedimento deste realizar a obra a qual Deus lhe
convocou.
Muitas famílias impedem o desenvolvimento da missão que um membro
da sua família, convocado para essa obra, tem para cumprir. Um exemplo é
quando os pais não permitem e criam barreiras sentimentais para não deixar o
filho ir desenvolver a obra a qual Deus lhe convocou. Os pais precisam aceitar
esse chamado ficando tranqüilos, pois Deus chamou e a pessoa chamada não
estará só, Ele a acompanhará na jornada. O filho também não pode com isso ir
e não se comunicar com seus pais, é preciso ter um contato sempre que
possível através de uma carta, tendo cautela na sua narrativa, pois existem fatos
do desafio que não podem ser narrados na íntegra aos pais, que se contados
podem levá-los ao desespero. Não se pode só narrar lutas, é preciso testificar
das conquistas e vitórias alcançadas.
A ansiedade e a saudade do missionário precisam ser contidas para que
haja um bom desenvolvimento da tarefa. Quando vir a dor da saudade,
apresente-a a Jesus, Ele lhe confortará. (este parágrafo precisa ser interligado
aos outros, ele ficou solto no texto, precisa haver uma seqüência de idéias para
que haja coesão e coerência)
O missionário que é casado, possuindo inclusive filhos, precisa que a
esposa também seja chamada, e os dois estarem unidos nesse propósito para
tudo fluir bem nesta grande obra. A esposa não pode deter o esposo nos seus
compromissos, mas esse precisa tirar um tempo para assistir à esposa e aos
filhos. Dentro desse sentido, não pode ocorrer a má administração de tempo,
mas com prudência dividir ou controlar os seus momentos e afazeres diários,
retirando um tempo específico para filhos e esposa. A esposa precisa perceber
e aceitar a realidade de que o pai e também esposo tem uma obra a cumprir, e
isso deve ser transmitido ao entendimento dos filhos com oração e amor para
compreenderem e também amarem a tarefa que os pais estão cumprindo.
A família pode funcionar como uma âncora, mas também poderá
prejudicar todo o percurso (complementar a idéia de qual é o percurso) senão
chegarem a um consenso e notarem que a obra precisa ser feita. Deus conta
com este componente dela (qual?), portanto é preciso ceder e a recompensa
virá a seu tempo.

9.4 A CONVIVÊNCIA ENTRE OS MISSIONÁRIOS

No campo um missionário tem que se relacionar bem um com o outro,


ter comunhão. É necessário existir uma convivência que seja construtiva, com
amor fraternal, um apoiando e encorajando o outro, como declarou o profeta

IR E POR QUE NÃO? 29


Isaías: “Um companheiro ao outro ajudou e a seu próximo disse: sê forte” (Is
41.6).
Se todos os missionários que estão no campo tiverem esse principio, o
exército estará unido e o inimigo não achará espaço para penetrar. Lembro-me
que quando cheguei em Moçambique e fui para uma certa localidade, recebi
orientação e apoio de um missionário que até na nacionalidade era diferente, as
barreiras transculturais foram rompidas e até uma excelente bicicleta ganhei
para me dirigir aos locais mais remotos. (explicar melhor como a comunhão se
aplicou nesta sua experiência justificando sua tese no início do parágrafo)
O combate em um país comunista é árduo, imagine como o entrave será
maior se entre os missionários houver separação e preconceito... O alvo não
será alcançado com toda expressividade esperada. O propósito é o mesmo de
ganhar almas e levar a luz, portanto que não ocorra desunião. Agora seja
cauteloso, nunca conviva para criticar sua denominação e também não aceite
isso surgir da outra parte. A amizade é para construir e causar união e nunca
divisão. É preciso saber separar os assuntos, muitas vezes podemos estar indo
para um envolvimento prejudicial (como separar os assuntos? Para quê? Como
acontece esse envolvimento prejudicial?). É preciso conhecer (conhecer o q?
ou a quem?) antes de fazer a amizade , pois se não fazer isso você pode se
prejudicar. Todavia, há exceções, quem tem o mesmo sentimento e propósito
nosso, podemos ter amizade. (Esta sentença exclui a possibilidade de haver
amizade com pessoas diferentes de nós, então se vou evangelizar um
muçulmano, por exemplo, que pensa diferente e tem propósito diferente de nós,
eu apenas falo de Cristo e não posso ter amizade com ele? Muitos se chegam a
Cristo pela amizade... na verdade, o que deve acontecer é vc ser firme naquilo
em que acredita e não se deixar levar pelas idéias que não condizem com sua
maneira de viver e ser, ou que vão contra a sua fé... )
Ao concluir este capitulo escrevo que somos frutos do meio em que
vivemos e não podemos estar sós, mas que o convívio seja produtivo em tudo
para juntos crescermos em todos os aspectos.

10 A BATALHA FINAL REQUER MUITO MAIS !

No momento de elaboração dos temas dos capítulos deste livro, estive


meditando sobre as circunstâncias em que vivemos na atualidade, e coloquei-as em
paralelo com a obra missionária, dentro de seus desafios e diversificados entraves
contra o reino das trevas. O combate tem alcançado proporções grandiosas, e
sabemos que num aspecto escatológico ainda não é a última batalha, porém a
intensidade do combate nos leva a denominar esta batalha atual como um prenúncio
para a última batalha, que requer de todos os que nela estão envolvidos muito mais
( mais o q?).
O combate chega a ser complexo, mas é real! O apóstolo Paulo enfocou nas
Escrituras Sagradas de diversas formas que precisamos nos preparar para essa
realidade sabendo que “... as armas da nossa milícia não são carnais, e sim
poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que
IR E POR QUE NÃO? 30
se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o pensamento á
obediência de Cristo” (II Cor 10.4,5) . O adversário é astuto, sagaz e traiçoeiro,
possui estratégias e um grande exército, considerado como o “deus deste século”,
como o denominou o apóstolo Paulo em II Cor 4.4, mas aquele que nos convocou
para o combate é “maior” (Jo... – colocar referência). Assim, toda a sua estrutura é
maior e infinitamente mais forte. Jesus, Nosso General, não perde batalha, o seu
exército é inúmero; precisamos, sim, saber como atacar e nos munir com as armas
espirituais e estratégias concedidas por Deus.
São as mais diversificadas situações que ocorrem em nosso derredor que
mostram as investidas do inimigo, seja por meio de batalhas espirituais que travamos
ao longo da nossa caminhada de fé ou mesmo por meio de rituais macabros de
feiticeiros que procuram cegar, iludir e destruir a muitos. Há ainda as seitas
espalhando as suas heresias, conduzindo muitos à morte espiritual. Precisamos nos
despertar e nos preparar em tudo para rebatermos a todas essas investidas. É
necessário, pois, conhecer todos os instrumentos de satanás para sabermos nos
defender e obter vitória no ataque contra o reino das trevas. Portanto, neste capítulo
iremos analisar sinteticamente algumas heresias e práticas maléficas e vermos como
vencê-las.

10.1 Práticas AFRO–BRASILEIRAS

10.1.1MACUMBARIA: É de origem banto. Conjunto ritualístico africano com


seus deuses, crenças, rituais, tradições, lendas, danças e costumes. Esta
prática é utilizada e seguida por muitos com o intento de atrair o mal,
maldições ou efeitos negativos sobre uma pessoa. O macumbeiro
conjura os espíritos maus a realizar e a desenvolver o mal pretendido,
destruindo casamentos, lares e levando muitos à morte física, ou mesmo
perda de memória com o propósito de consumir todas as suas
possibilidades de realização, e outros a perder suas finanças, posições
sociais. Dentro dessa prática, são realizados despachos que são
sacrifícios ou oferendas feitos aos orixás, considerados “heróis
divinizados”, que tem por um dos propósitos apresentar uma invocação
a exu (Satanás), a fim que este interceda junto aos orixás para que o
intento maléfico seja alcançado. Muitas pessoas procuram desenvolver
essas práticas e recorrem à macumba para gastar seus recursos, com o
objetivo de projetar e fazer o mal para muitas pessoas.
10.1.2 FEITIÇARIA: Habilidade de manipular ou controlar os espíritos através
da magia negra (feita só pela magia negra?). Os feitiços são dirigidos às
pessoas mortas, com o propósito de invocar poderes, nesse caso,
satânico, para que o feiticeiro possa praticar o mal pretendido. O
feiticeiro é denominado por muitos de mago ou xamã.
Dentro do período que desempenhei o trabalho missionário na África,
pude observar a atuação maléfica dos feiticeiros que neste continente é forte e
respeitada, sendo temidos pelo povo devido às suas ações, pois esses controlam
animais, como leão, crocodilo e hiena; chegam a guerrear entre si, lançando raios
IR E POR QUE NÃO? 31
um no outro, pensa-se que é chuva vindo, mas é duelo de feiticeiros, em dados
momentos até flutuam no ar. É misterioso e duvidoso, mas são realidades
acontecidas em algumas partes daquele continente. Conheci pessoas vitimas destes
feiticeiros que narravam esses acontecimentos com propriedade, parece
assombroso, mas essa prática satânica ocorre.
10.1.3 QUINBANDA: É um ramo da umbanda que trabalha com magia negra
voltada para a morte. Cultua principalmente Omulu (o senhor dos cemitérios),
pois está associado à morte. A iniciação de um quibantísta ocorre em um cemitério,
onde esse indivíduo irá se deitar por um período de tempo em um túmulo. Tem sua
origem também na tradição banto, proveniente da Angola e Congo no continente
africano. Aqueles que a procuram e os que a praticam visam matar seus inimigos.
10.1.4 CARTOMANCIA: É quando o praticante utiliza-se da leitura de cartas
do tarô, bola de cristal, numerologia e outras ações que sustentem as predições
feitas. As cartas do tarô são cartas de baralho utilizadas para adivinhação com
símbolos que variam (variam o q, variam como?). Em fundamentação a isto,
advinha-se acontecimentos que irão ocorrer, não só com as pessoas, mas até com a
própria terra. Muitos são levados ao engano devido acreditar nestas previsões.

10.2 AS SEITAS
(Opinião:Hinduísmo, Islamismo, Budismo, etc... são religiões, não seitas. O
convencional seria dizer que dentro das religiões há seitas. Por exemplo, o
Judaísmo é uma religião, que na época de Cristo, era subdivido em várias seitas –
Saduceus, escribas, fariseus, etc., todos pertenciam ao judaísmo, mas as linhas de
pensamento é que divergiam...outro exemplo, dentro do cristianismo há várias
seitas...)
10.2.1- Budismo: Teve sua fundação por Gautama em 563 a 483 a.C. O seu
crescimento ocorreu rapidamente com a liderança de Açoka, que com suas
estratégias missionárias alcançou a Síria, Egito, Macedônia, Burma e Ceilão. É
considerado como um ateísmo prático, a noção de Deus é um processo de
transformação, por isso são considerados ateístas pela igreja.
Gautama estipulou oito passos conhecidos como nobres caminhos, os
quais são: crença correta, sentimento correto, fala correta, conduta correta, maneira
de viver correta, esforço correto, memória correta, meditação e concentração
correta. Além desses caminhos, o Budismo faz distinção entre cinco modos de
vida:
 Os indivíduos que se tornaram Budas.
 Os futuros Budas.
 Os que buscaram a iluminação pessoal, mas tem que passar
conhecimentos aos outros.
 Os que já estão na estrada para o nirvana.
 E os discípulos que não aspiram os ideais dos nobres caminhos.

O pecado e a salvação para o Budismo seria o seguinte:

IR E POR QUE NÃO? 32


*Pecado: é traduzido ou aceito como “luxúria”, significando todas as
concupiscências ou desejos lascivos que cresçam na vida de um indivíduo. Para
os budistas, todo e qualquer desejo resulta em pecado.
*Salvação: os budistas enfatizam duas áreas para considerar alguém salvo -
primeiro, a libertação do ciclo de renascimentos; e segundo, a salvação é
considerada o cultivo do caráter e da estatura ética na vida presente, cumprindo
os oito caminhos nobres. A salvação para os budistas deve ser adquirida por si
próprio, sem ajudas externas.
O budismo é considerado a terceira maior seita, afirmando ter 311 milhões de
adeptos. No Camboja, é considerado como a religião oficial do estado, depois
de grande expressão em Cingapura e, também, em outros países e continentes,
alcançando inúmeros adeptos. Mantêm-se firme em terceiro lugar no estágio de
crescimento de seitas.

10.2.2 Hinduísmo: O Hinduísmo é uma seita teosófica nos seus dogmas e


filosofia. Crê-se num poder supremo e absoluto chamado Brama, seu alvo eterno é
unir-se a esse poder, que, ocorrendo, faz com que os homens cheguem à perfeição.
O seu ensinamento primordial é a reencarnar-se muitas vezes para a alma tornar-se
pura suficientemente. Além de Brama, possui outros deuses principais que são:
krisma, vishnu, rama, siva, sankar, etc( Colocou Brama num primeiro momento
como um poder e não como um deus, na segunda vez o apresenta como deus. Deve
haver um consenso comum). Pratica-se a adoração às plantas, rios, serpentes e,
principalmente, à vaca. Inclusive, a veneração à vaca é considerada um dos mais
importantes ensinos da seita, existindo na antiguidade até pena de morte para o
hindu que matasse uma vaca. A vida devocional dos hindus está composta de
quatro estágios, que são :
 Aprender a piedade da seita;
 O individuo deve tornar-se dono da casa, gozando a posição de chefe;
 Pertence o terceiro estágio aos avós (explicar melhor), no qual a
devoção religiosa se intensifica.
 Renunciar sua casta e tornar-se um vagabundo, asceta e sem casa, no
desejo de tornar-se um iluminado, alcançando unidade com Brama.
 A meditação é um componente importante para a vida devocional do
hindu, com numerosas formas e abordagens, sendo a ioga a mais
comum.
A Índia possui 1 bilhão de habitantes, cerca de 80% são hindus. Estima-
se que existem aproximadamente 690 milhões de hindus em 88 países, o
equivalente a 13% da população existente no mundo, um avanço assustador.
Suas heresias, inclusive, têm influenciado o movimento Nova Era.

10.2.3 Islamismo: fundado em 622 d.C. em Medina, Arábia saudita, por


Maomé, nascido em 570 d.C. em Meca. Além de fundador, é considerado o
profeta de Deus e Alá é o Deus considerado pelos muçulmanos como sendo o
único e verdadeiro. Os praticantes desta seita são chamados mulçumanos, e os

IR E POR QUE NÃO? 33


seguidores devem se abster de tomar vinho, além de aceitação e da recitação
diária do “Shahadah”. Além disto, deve o praticante mais quatro obrigações
cumprir: a reza e o jejum durante o mês de luná de ramadam, a distribuição
de esmola e uma peregrinação à cidade santa de Meca, se possível.
O livro sagrado do islamismo é o alcorão, que os mulçumanos acreditam
que seja a revelação de Alá para Maomé, o qual transmitiu os conhecimentos
divinos nos escritos. Este livro é formado por 114 capítulos chamados suratas,
e é observado como o livro que possui o mais importante princípio de
autoridade em questão de fé ( qual principio?). É na realidade um mistura de
zoroastrismo, judaísmo, budismo, confucionismo e ainda uma coleção de
tradições que identificam a tradição árabe com o islamismo.
O lema utilizado em todos os aspectos da vida mulçumana é o shahadah:
“Testifico que não existe outra divindade além de Alláh, e que Maomé é o seu
profeta“. Existem e são seguidas cinco exigências primordiais, são elas:
- Recitação diária da shahadah.
- As orações prescritas, chamadas de salat, que devem ser proferidas cinco
vezes ao dia, com o rosto voltado para Meca.
- Um período de jejum, conhecido como siyam, praticado durante o ramadan,
período que se acredita como sendo a época em que o alcorão foi revelado a
Maomé.
- Peregrinação a Meca. Cada mulçumano deve fazê-la pelo menos uma vez
na vida.
Existem alguns fundamentos doutrinários ensinados no alcorão que é
importante serem conhecidos, para vermos a intensidade da heresia em muitos
dogmas, vejamos:
- Alláh. Eles o chamam de deus e o têm como soberano sobre a vida do seu
povo, defendem sua unidade e também a sua unicidade, crendo ser o mesmo
Deus de Abraão que, porém, terminou sua revelação em Maomé.
- Jesus. É considerado pelos mulçumanos como um profeta de Alláh, do
mesmo modo como também é aceito Moisés, porem Maomé é o último e
maior de todos.
- Céu. O mulçumano considera o local onde os que forem fiéis a Alláh
encontrarão rios de leite, mel, vinho e multidões de virgens.
- Pecado e Salvação. O islamismo defende o orgulho como o principal
pecado que conduz o homem à incredulidade. Já a salvação é adquirida
pelos mulçumanos que cumprirem diligentemente os requerimentos
apresentados nos cinco pilares, ou seja, as cinco primordiais exigências
defendidas pelo islamismo, as quais mencionei anteriormente.
O crescimento do islamismo tem sido expressivo, alcançando um
grande índice nos continentes Americano, Africano e Europeu, não contando
com a Ásia onde está o maior número. Já ultrapassou um bilhão de adeptos e
tem avançado em países de terceiro mundo expressivamente, devido ao
investimento na área social, com o intento de negociar a adesão ao islamismo.
Os Mulçumanos xiitas têm sido uma ameaça para as populações onde eles
convivem, devido os seus ideais de terrorismo, vivem sob uma extrema
IR E POR QUE NÃO? 34
radicalidade e fanatismo islâmico. Essa seita tem sido a que tem gerado mais
influências de pressão e ataque ao cristianismo, portanto exige refutação e
estratégias para vencê-la, o que ainda iremos ver dentro deste livro. (Aonde
marquei de verde neste parágrafo, exige uma melhor construção do texto, pq vc
parte do islamismo geral para falar de uma facção específica sem trazer
grandes informações que permita dar destaque, caberia sim, se vc falasse da
outra “sunitas” conjuntamente. Se não, não há pq destacar).
10.2.4 Confucionismo: Teve sua fundação em 551 a 479 a.C. por
Confúcio, um filósofo Chinês. Pode ser até considerado um sistema filosófico,
pois o seu autor e também fundador andou por toda a China anunciando as suas
regras filosóficas, que consistem em: através da leitura e prática de suas regras
contidas em seu livro, as pessoas alcançariam um padrão moral e social, como
também um aperfeiçoamento mental, pelo qual os homens se tornariam sábios
e perfeitos.
O livro de Confúcio e seus escritos são considerados sagrados, e são
baseados em amor, caridade, cortesia e bondade, além de reverência e respeito
para com os pais e os antepassados. Confúcio é considerado por seus
pensamentos e definições como “grande mestre” pelos chineses.
Confúcio apesar de ter criado esse sistema filosófico, acreditava num ser
supremo por ele chamado de “shang ti”, porém não é considerado dentro do
confucionismo, pois a seita é totalmente filosófica. O confucionismo, que hoje
ocupa a terceira posição entre as grandes religiões da China, já chegou a ser a
primeira antes do comunismo chegar a dominar essa nação. O seu
desenvolvimento mundial tem sido limitado, tendo no continente asiático o seu
foco de concentração e, entre os Chineses, o maior número de adeptos.
10.2.5 Testemunhas de Jeová: Sua fundação ocorreu em 1879 por
Charles Taze Russel, que na sua criação pertenceu à igreja presbiteriana, tendo
passado depois pela igreja congregacional e, mais tarde, Adventista do sétimo
dia. No início, Charles Russel divulgava que não havia inferno, pouco tempo
depois começou a reunir amigos para divulgar uma nova religião que trazia
novas concepções sobre inferno e ataque às religiões desconsideradas por ele.
Escreveu um livro intitulado “estudos nas escrituras”, onde constavam suas
idéias e pontos doutrinários criados e defendidos por ele. Esse livro ocasionou
após sua morte uma divisão entre seus seguidores, ficando o grupo maior
denominado de testemunhas de Jeová.
No ano de 1919 a 1934, as “testemunhas de Jeová” cobriram quase todo
os Estados Unidos anunciando suas heresias, mas suas campanhas chegaram a
outros países como Alemanha, China, Japão, Índia e Turquia. A partir de 1947
é que começou o ataque com as heresias dessa seita ao Brasil com maior
ênfase, abrindo assim os seus primeiros templos ou salões como são
conhecidos.
As testemunhas de Jeová crêem e têm por doutrinas as seguintes
afirmações:
_ Negam a trindade de Deus.
_ Negam a divindade e ressurreição corpórea de Jesus Cristo.
IR E POR QUE NÃO? 35
_ Consideram o sangue de Cristo insuficiente para a salvação de todos
nossos pecados.
_ Não acreditam na imortalidade da alma e defendem existir uma
outra oportunidade de salvação após a morte.
_ São contrários à existência do inferno.
_ Instruem que a saudação à bandeira nacional de qualquer país como
sendo um costume diabólico.
_ São contrários aos ministérios e religiões organizadas.
_ Defendem que só irão para o céu com Jesus 144.000.
_ Afirmam que não irá ocorrer a ressurreição dos ímpios.
_ Declaram e ensinam que Jesus já voltou á terra em 1814 e começou
estabelecer aqui o seu reino em 1918.
Os salões do reino, como são conhecidos os seus lugares de reunião,
estão espalhados por cidades de todo o mundo. Só no Brasil são 700 mil
adeptos e, aproximadamente, 6,5 milhões de adeptos a nível mundial. Em suas
estratégias de adesão são persistentes, e os cristãos, que não têm domínio da
Bíblia e estrutura espiritual, são alvos fáceis pro seus ataques.

10.2.6 Espiritismo: Sua fundação ocorreu em 1848 por kate e Margaret fox,
tendo alcançado destaque e influência mundial por um dos seus sucessores, o
francês Allan kardéc, apontado como o Apóstolo do Espiritismo. Nesta seita
defende-se que os vivos têm a possibilidade de falar e entrar em contato com os
mortos para receber conselhos e instruções a respeito das suas vidas e
negócios. A partir dessa crença, surgem suas heresias e práticas, que mesmo
para alguns espíritas são consideradas chocantes. Vejamos a seguir:
 Hipnose: sono artificial provocado através de um conjunto de
fenômenos. (Por exemplo?)
 Telepatia: é a ação de sentir ou receber de longe a transmissão de
pensamento de outro indivíduo.
 Materialização: fenômeno cuja produção um agente invisível se reveste
de matéria, que toma emprestada ao médium ou aos assistentes,
produzindo às vezes uma força humana; outras vezes, de objetos
materiais como flores e outros.
 Levitação: é considerada como sendo o levantamento espontâneo de um
corpo.
 Mediunidade: ação praticada pelo médium que medeia a comunicação
entre o mundo espiritual e físico, utilizando vários objetos como tábuas,
desenhos, ruídos e etc, para compor as mensagens transmitidas pelos
espíritos aos vivos.
Os espíritas, além da sua crença primordial e fundamental, crêem
também que:
__ Não ocorreu a expiação de Cristo no Calvário.
__ Existe a reencarnação e a evolução, que se não alcançada a perfeição
nesta vida, pode ser alcançada em outra.

IR E POR QUE NÃO? 36


__ Os espíritos dos mortos podem voltar para andar com os vivos, falar
e até importunar.
__ João Batista foi reencarnado do profeta Elias.
__A transfiguração de Jesus sobre o Monte foi a ocasião de uma sessão
espírita.
__Os vivos podem se comunicar com os mortos por intermédio dos
médiuns espíritas (crêem que esta prática é boa, cristã e bíblica).
O avanço desta seita é mundial, com adeptos por todos os países;
porém, devido ao imenso número que não se declara espírita, não podemos
declarar o número de adeptos mundialmente. No Brasil, o espiritismo está bem
estruturado, tendo na pessoa do falecido Chico Xavier o seu maior destaque.
Na atualidade, o escritor Paulo Coelho é o grande divulgador da seita através
dos seus livros, conhecido mundialmente. No Brasil, possui inúmeros centros
espíritas espalhados por todo o território nacional e infiltrados em outras seitas
e práticas Afros. Devemos estar aptos para combatê-los e veremos no final
desse capítulo como refutá-los.

10.3 O COMBATE ÀS PRÁTICAS AFRO E REFUTAÇÃO ÀS


SEITAS

Neste tópico apresentarei algumas estratégias para atacar e defender-se


dos intentos e investidas de satanás mascarados pelas práticas Afro.
Concernentes às heresias apresentadas nas seitas, oferecerei algumas refutações
para resistir aos desvios oferecidos por satanás nas seitas. Sabemos que a cada
dia as atuações do Diabo para consumir aos homens têm se tornado ainda mais
intensa e sua astúcia assombrado a muitos; a batalha é terrível, o adversário
bem municiado, mas nós os fiéis em Jesus Cristo sabemos que o nosso
Redentor vive e que o Filho do Deus vivo já despojou principados e potestades,
os expondo ao desprezo, triunfando através da cruz do Calvário, como declara
o apóstolo Paulo em Fil 1 .17,18. Vejamos então como combater e refutar
essas ameaças:

10.3.1- O COMBATE AS PRÁTICAS AFRO-BRASILEIRAS

Os demônios denominados exus, pomba gira e tranca- rua, são os que


atuam nestas práticas, não são considerados de alta- patente, se fosse feito uma
graduação militar. Estão na escala das “potestades”, concentrando um grande
número de demônios, porém em poder e independência são um pouco
limitados em comparação aos principados. Mesmo assim, o combate necessita
de que estejamos prontos e revestidos da armadura espiritual para a batalha.
O objetivo destas práticas, que em boa parte estão inclusas no
ocultismo, é validar a mentira de satanás e seu falso poder, utilizado para
IR E POR QUE NÃO? 37
amedrontar, destruir e matar. É um levantar de um exército incansável contra a
humanidade, por isso é preciso estar vigilante.
As Escrituras Sagradas proíbem tais atividades ocultas e espiritualmente
impuras, são as chamadas práticas abomináveis das culturas pagãs que
coexistiam com os israelitas, mas Deus em Cristo já nos garantiu a vitória na
sua morte e ressurreição, portanto temos as armas para vencer, basta
conhecermos e as utilizarmos. A intenção neste combate de Satanás é nos
intimidar e, se possível, ferir, e aos fracos matar, mas nós temos a Jesus, que
tem poder para pisar a cabeça da serpente no combate e consolidar a nossa
vitória final. Porém, precisamos resistir e não podemos recuar, necessitamos
contra atacar, sabendo que somos um exército vitorioso; portanto, conheçamos
as nossas armas:

_ Escrituras Sagradas: Designada na armadura do cristão como “Espada


do Espírito”, ela é o nosso referencial da verdade, é aonde as dúvidas podem
ser retiradas, e as orientações e instruções nos são concedidas para o confronto
contra o nosso adversário, é nela que somos fortalecidos na nossa fé e
alcançamos prudência para não nos precipitarmos em nada na hora do ataque.
Mediante a intensidade do combate e das artimanhas utilizadas por Satanás,
precisamos estar em todo tempo em convívio com ela, lendo e praticando. Esta
é a arma para desmascarar Satanás nas diversas investidas que ele utiliza os
seus enganos e palavras destrutivas e traiçoeiras, por isso o conhecimento
aprofundado dessa arma se faz necessário por aquele que está em combate.
Pois precisaremos conhecer todos os fatos e declarações de Deus sobre tudo
que ocorreu e até hoje ocorre na trajetória da humanidade , da terra e do
universo para que possamos refutar a todas as suas artimanhas e falsas
instruções apresentadas a humanidade .
_ Fé: Considerada como um “escudo” para o cristão e soldado do exército
de Jeová, é onde reside a nossa certeza e convicção de que não estamos sós e
de que o Nosso General já conquistou para nós a condição de vencermos o
combate. A nossa fé deve ser inabalável, caracterizada pela confiança total no
Senhor, com a certeza e garantia de que “os que confiam no Senhor são como
os montes de Sião que não se abalam, mas permanece para sempre” (Sl
125.1). Quem tem fé em Deus não recua em meio às investidas de Satanás, é
como está escrito em Ef 6.16 “Tomando sobre tudo o escudo da fé, com o qual
podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. Portanto, se o Diabo
utiliza uma prática da macumba ou um pai-de-santo ameaça um servo de Deus,
não é hora de se apavorar e nem de recuar, mas de firmar-se na fé em Jesus
Cristo, assim como adverte as Escrituras Sagradas em I Pe 5.8,9 “Sede sóbrios,
vigiai, porque o diabo vosso adversário anda em vosso derredor bramando
como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual deves resistir firmes na fé,
sabendo que as mesmas aflições cumprem entre vossos irmãos no mundo”.
Muitas vezes soldados ficam atemorizados com essa situação de confronto,
mas em um momento deste é preciso mostrar ao inimigo que Deus está
conosco e não temos porque recuar. Essa é a hora de ampliar a fé, na certeza de
IR E POR QUE NÃO? 38
que esse ataque pode ser comparado a um “espanto noturno e uma seta que
voa de dia”, como está escrito em Sl 91.5, note que ainda está registrado no
mesmo versículo “não temerás”; e também no mesmo salmo (v.7), Davi nos
assegura “mil cairão ao teu lado, dez mil a tua direita, mas tu não serás
atingido”. É necessário, pois, colocar a Fé em prática. Trabalhei no meio da
selva Africana em um distrito ocupado por feiticeiros, recebi muitas ameaças e
sofri alguns ataques, exercitei a fé e prevaleci contra os instrumentos de
Satanás, essa arma é potente e precisa ser utilizada.
_ Oração: Essa arma é de valor imprescindível, pois é através desta ação
que nos mantemos em contato constante com o nosso comandante, mantendo-
nos em comunicação para apresentarmos tudo o que está ocorrendo no
confronto e, d´Ele, recebermos as orientações para o ataque. A nossa oração
deve ser perseverante. Precisamos persistir até receber, não usando vãs
repetições como orientou Jesus, mas buscar incessantemente a Deus. É preciso
ter tempo para essa conversa com o Nosso General, e nesse momento é preciso
reverência e quebrantamento, pois estamos falando com Deus o Nosso Senhor.
Devemos neste momento não só nós falarmos, mas deixarmos Deus falar
conosco, pois a oração não é um monólogo e, sim, um diálogo, o que fala deve
também ouvir. Essa oração deve ser sincera, não omitir a realidade do combate.
Deus está observando o combate, mas quer ouvir o relatório fiel de seu
soldado, apresentando todos os seus sentimentos e limitações, para que o
Nosso General venha agir e pelejar por nós. A persistência na oração não
implica passar o dia em profundo pranto e, inclusive, de joelhos dobrado no
chão, mas sim em todo tempo do dia estar orando em espírito, que é uma
invocação que pode ser feita onde eu estiver, e considerada na batalha como
importantíssima, pois por ser silenciosa e dentro do meu interior, o inimigo não
sabe a hora que estou orando, ficando sem reação. A oração de ataque e defesa
na batalha espiritual, além de ser perseverante, sincera e em espírito, deve
também ser específica e direcionada. Nós devemos direcionar os nossos
pedidos e assuntos ao momento em que temos vivenciado, levando à presença
de Deus causas específicas relacionadas com o combate em toda sua
intensidade. A batalha requer que ao invocarmos o santo nome de Jesus, o
façamos com fé e autoridade, seja na hora de repreender o inimigo ou de
avançar contra ele, segundo a orientação que Deus nos conceder; o Nosso
General quer ver destreza e intrepidez nos seus soldados para acompanhá-los à
frente e à retaguarda, garantindo a vitória. (Parágrafo muito longo)
Em Moçambique, em um momento de combate, um feiticeiro enviou
uma terrível cobra para me atacar, a conhecida “mambo”, ela atravessou na
estrada e preparou-se para o ataque frontal; eu vinha a seu encontro de bicicleta
quando a vi em posição de ataque; preparei o pedal da bicicleta e neste
momento invoquei o nome de Jesus com autoridade e fé, e prossegui, só parei
em casa, e a cobra? Só Deus sabe o que houve com ela. Há poder no nome de
Jesus, é só saber utilizá-lo.
_ Louvor e Adoração: Também devem fazer parte da nossa oração de
combate. É preciso exaltar ao Senhor e estar triunfante. O louvor transmite não
IR E POR QUE NÃO? 39
só gratidão, mas leva o inimigo à decepção total; pois ele sabe que quanto mais
ele ataca contra o servo de Deus, mas o servo louva ao seu Senhor. Na grande
batalha que enfrentou Josáfa, Deus requereu dele só o louvor, o que era para
tornar-se para ele no sentido humano em um vale de dor, tornou-se um vale de
benção, porque aprenderam a louvar a Deus na batalha em toda sua
intensidade. Por maior que seja a agonia e a angústia do revés da batalha, é
necessário louvar e adorar. Portanto, guerreiros de Deus, orem e triunfem. Deus
já concedeu vitória a nós, somos campeões de Jeová.
_ Jejum: Não é um rito e nem uma prática para atrair lauréis e
reconhecimentos humanos, mas é uma ação de devoção e consagração do
tempo em que ficar em total direção de Deus, de todo o nosso interior e
exterior. Não é só ficar sem comer, mas é estar renunciando a qualquer deleite
para o meu corpo; a fim de ficar totalmente direcionado a Deus. O jejum é feito
sem alimento para o corpo físico, para que alma rebrilhe com maior
intensidade neste momento em que o corpo não está totalmente satisfeito ou
alimentado. (deve-se colocar que este conceito de jejum é segundo ao seu
ponto de vista, não é geral)
No conceito de antigo testamento existe uma expressão hebraica “inna
napso” que tem o sentido de afligir a alma, e neste aspecto é que muitos viam e
praticavam o jejum. Dentro do contexto do Antigo Testamento, essa prática era:
expressão de tristeza (1Sm 31.13, Ne 1.4); penitência (1 Sm 7.6, Jn 3.5,8);
humilhação (Ed 8.21,Sl .69.10). E foi no desenvolver desta prática que os
homens acharam que estavam alcançando uma maior atenção de Deus.
Porém, no Novo Testamento, Jesus deixa claro que o jejum devia ocorrer
visando à glória de Deus e não o destaque entre os homens (Mt 6.16,18). Os
apóstolos o utilizavam também para a busca de uma orientação divina (At
13.23).
Na batalha espiritual, o jejum vai ser utilizado como período em que
estou em total abstinência, quebrantado na presença de Deus, buscando
intensamente a orientação, direção, favorecimento e uma condição ainda maior
para entender o momento do combate, como também conquistar um
fortalecimento espiritual mais amplo para prosseguir na peleja. O profeta
Daniel seguiu esse propósito jejuando durante 21 dias, até que fossem
decifrados alguns enigmas de um sonho profético que ele havia tido. Neste
caso de Daniel, houve um combate espiritual como foi declarado pelo Arcanjo
ao profeta, e a persistência no jejum e na oração fez Daniel vencedor neste
entrave.
O jejum irá ser um rompedor dos entraves que surgem no desenvolver do
combate contra os principados e potestades. Jesus declarou e orientou aos
discípulos que “casta de demônios” se expulsa com jejum e oração (Mt 17.21;
Mc 9.29); essa batalha é direta contra legiões, não podemos suportar e persistir
no ataque se não estivermos ligados com Deus através de busca integral,
efetuada eficazmente por intermédio do Jejum. Portanto, torna-se necessário
jejuar, fazendo com prudência e vigilância para não venha a se desfazer, por
causa de uma atitude imprópria e carnal, o depósito de graça, comunhão e
IR E POR QUE NÃO? 40
unção que se está adquirindo da parte de Deus mediante o jejum. Pois, se não
estivermos em total separação para Deus, o jejum acabará não surtindo o
resultado esperado. É preciso tudo estar de acordo nesse momento de
direcionamento total do meu tempo sob o agir de Deus.
_Vigilância: Como um Atalaia, que dentro do contexto do Antigo
Testamento estava sempre em sua torre de vigia ou em local específico para
vigiar e guardar, assim tem que ser as nossas atitudes em meio à batalha. É
necessário sermos vigilantes e estarmos em total vigilância para jamais
deixarmos uma brecha ou darmos espaço para que o adversário possa
aproveitar-se para entrar e nos atacar. A falta de vigilância tem feito muitos
perdedores no combate. O diabo está em derredor como está escrito em 1Pe
5.8, então todo cuidado é pouco; nesse versículo o apóstolo Pedro instrui que
devemos “vigiar”, pois se não estivermos vigilantes, o diabo irá ter um campo
de atuação muito maior contra nós no entrave; qualquer falta de vigilância de
nossa parte nos coloca em condição de desvantagem perante o inimigo, o qual
aproveitará a oportunidade e penetrará sorrateiramente para nos destruir.
Uma área a ser vigiada é referente às nossas conversas sobre nossas decisões,
pois o inimigo poderá tentar nos prejudicar, pois ouve e enxerga, conhece o que
nos atrai e o que desejamos, pois é observador. Portanto, precisamos em todas
nossas ações ser cautelosos e prudentes. O nosso cuidado em nossas ações e
diálogos deve ser redobrado na hora da batalha espiritual, por isso é necessário
virmos a estar em vigilância para que os nossos alvos no combate sejam
alcançados e o inimigo derrotado. (cuidado com a repetição)
Ao concluir sobre o combate às práticas Afros, incluo as seguintes
observações:
_ Precisamos está firmados em uma estrutura que não se rompe e nem se
enfraquece; as palavras e orientações de Jesus que estão nas Escrituras
precisam ser utilizadas.
_ As chamas do fogo do Espírito Santo precisam estar acesas em nossas
vidas, queimando para purificarmos sempre.
_O nosso olhar precisa estar fixo em Jesus; o “autor e consumador da
nossa fé”.
_ Precisamos andar e marchar debaixo das “potentes mãos de Deus”.

Se assim procedermos, certamente estaremos como um exército que visa a


vitória.

10.3.2 REFUTANDO AS HERESIAS DAS SEITAS

As Escrituras Sagradas possuem toda a sustentação doutrinária para


refutarmos as distorções contidas nas heresias que estão infiltradas nas seitas.
Irei apresentar refutações elementares para nos defendermos das heresias
contidas dentro das seitas que são utilizadas para enganar, fazendo uma

IR E POR QUE NÃO? 41


lavagem cerebral naqueles que são adeptos dessas seitas. Vamos refutar a cada
seita individualmente, vejamos:
_ Refutando o Budismo: Para o budismo todos os desejos são
pecaminosos. O pecado, segundo a luz da Bíblia, está ligado á natureza da
pessoa. Para o budista, “a pessoa é praticante do mal por si próprio, e a própria
pessoa pode deixar de fazer o mal, sendo por si mesma purificada”. Assim, a
salvação é adquirida pelo próprio budista. A Bíblia apresenta que Deus enviou
o seu Filho para nos salvar (Jô 3.16,17). E a salvação é adquirida pela graça e
por meio da fé como está escrito em Ef 2.8, não vindo de nossas atitudes, para
que a glória não seja dada a nós, porque é um “dom de Deus” (Ef 2.9). Não
somos nós quem concede a salvação à nossa própria pessoa, mas é Jesus Cristo
que nos salva e nos concede a vida eterna, pois foi Ele quem foi pregado na
cruz e morto por nossos pecados e ao terceiro dia ressuscitou, vencendo a
morte e nos concedendo a vida eterna.
_ Refutando o Hinduísmo: O Hinduísmo considera “Brama” como seu
Deus, e é aceito como uma força de vida que reside em tudo o que existe.
Sendo considerado impessoal, sua obra na criação é de sempre criar novas
manifestações da realidade. A Bíblia apresenta e prova que só existe um único
Deus, como está escrito em Rm 1. 19,28. Deus não é uma força de vida como
os Hindus consideram Brama, mas é a própria vida, porque tem vida e é o autor
da vida (Jr 10.10, At 14.15). Deus também é pessoal (Gn 3.8; Gn 18.1,2,16,22).
Na criação, Deus é o criador de tudo e de todas as coisas que existem nos céus
e na terra (Gn 1; Is 42. 5; At 17.24,26).
Para os Hindus, a salvação é a busca pelo final de todo o sofrimento terreno,
uma fuga da ilusão e o sucesso em alcançar o “mocsa”, que é a libertação de
um nascimento anterior para um renascimento superior. Porém, a Bíblia ao
apresentar o conceito de salvação, considera que é um livramento da
penalidade, do poder e da presença do pecado, concedendo ao pecador, através
da obra de Jesus Cristo na cruz do Calvário, o perdão e a garantia de vida
eterna. Para os Hindus, toda a criação é um aspecto da divindade e
desempenha um papel ativo na encarnação; partindo desse princípio é que
surgem os homens sagrados, animais e locais sagrados; aos quais eles cultuam
e adoram. Para iniciar essa refutação, a Bíblia apresenta Deus como criador
(Is 45.12,18), tudo o que foi criado por Ele reflete a sua supremacia como o
criador, mas nada é igual a Deus, pois Deus é um só (Rm 6.27; 1Tm 1.17) e
não depende de nada para seus pensamentos (Rm 11.33,34), sua vontade, seu
poder e seu conselho (Rm 9.19, Sl 115.3, Sl 33.10); nada que foi criado por
Deus pode encarnar-se, inclusive o homem (Hb 9.27), desfazendo esta
afirmação e toda expectativa de encarnação; e o Hinduísmo fica sem
sustentação para fortalecer e confirmar suas heresias.

_ Refutando o Islamismo: O Islamismo não aceita a divindade de Jesus


Cristo e o considera apenas como um profeta. As Escrituras Sagradas, o único
livro inspirado e autenticado por Deus, declara e confirma sobre Jesus o
seguinte: O filho que tem o nome de Jesus é repetidamente chamado Deus em
IR E POR QUE NÃO? 42
tais versículos - Jo 1.1,14, At 20.28, Jô 20.28, Tt 2.13, Hb 10.15,16. E ainda
descreve a natureza dupla de Jesus em Fp 2.5-11; neste texto é apresentada a
humanidade de Jesus como é detalhada em Jo 1.1-14; e é o único que pode nos
salvar, o qual tornou-se o Salvador da humanidade (Jô 1.29; Lc 2.11 e Hb 5.9).
A cruz e a sua morte foram reais, assim como também foi sua ressurreição (Mt
27.32; 28.10; Mc 15.21-24; 16.1- 8; Lc 23.33-48; 24. 1-12; Jo 19.17-37; 20.1-
18). Concernente a Allah e o alcorão, os fundamentos para as seguintes
refutações são:
- O título Allah não foi dado ao Deus vivo e o seu nome mais conhecido é
Jeová, aparecendo 6.823 vezes na Bíblia, e significa “o que não foi criado”,
“o autor existente”, É eterno (Ex 6.3; Sl 83.13; Is 12.12; Is 24.16).
- Deus diz que não dará a sua glória a outro (Is 42.8; 48.11).
- Não há outro Deus ou deuses além dEle (Is 45.5,21; Jr 10.6; 1Co 8.4-6);
devendo só Ele ser adorado (Dt 6.13,14; Mt 4.10).
- A Bíblia, ao contrário do alcorão, é inspirada por Deus e não foi dada como
uma revelação a um homem em especial, mas a quarenta que não só
receberam de Deus o que escreveram, como tiveram experiências indeléveis
com Deus antes de 610 d.C., data do nascimento de Maomé, o autor do
alcorão. A própria Bíblia cuja genuinidade tem sido estabelecida e cuja
credibilidade tem sido comprovada, declara sua própria inspiração e
autoridade divina (2Sm 23.12; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21).
- A salvação para o Islamismo está condicionada ao mulçumano cumprir aos
requerimentos que consta nos cinco pilares, ou seja, as cinco exigências
básicas contidas no alcorão. Porém, o verdadeiro caminho da salvação está
apresentado na Bíblia, como também os procedimentos para alcançar a
verdadeira salvação, vejamos: A salvação está fundamentada no sacrifício
de Cristo na cruz do Calvário, o qual se ofereceu para morrer e pagar o
preço do pecado da humanidade, dando-lhe assim a oportunidade de
redenção (Hb 9.7; 9.24,28). Só através de Jesus o homem pode ser salvo
(Mt 1.21; At 2.21; 1Co 15.2; 1Tm 1.15; 1Tm 2.4; 2Tm 1.9). Para sermos
salvos, precisamos confessar os nossos pecados a Deus e aos homens (Sl
32. 3-5; Tg 5.16), ter arrependimento e abandonar o pecado (Pv 28.13; Is
55.7; Mt 3.8,10; 1 Ts 1. 9), crer e ter fé em Jesus Cristo (Jo 3.36; 16.8,9),
crer e seguir o Evangelho (Rm 1.16; Jô 5.24; 1Jo 5.10), aceitar o processo
da regeneração, ou seja, “nascer da água e do espírito” (Jô 3.3-5) e deixar
Jesus, através do Espírito Santo, aperfeiçoar a obra que já começou (Fp1.6).
Para cada heresia do Islamismo, a Bíblia tem a refutação precisa e digna de
todo crédito.

_ Refutando o Confucionismo: O Confucionismo é um sistema


filosófico que prima pela moralidade do indivíduo, porém a moralidade não
pode suprir em uma vida as ações alcançadas através da espiritualidade
gerada através da conversão a Cristo e de uma vivência da sua Palavra, que
resulta no livre atuar do Espírito Santo, o qual, dentre outras ações, vai
introjetar os frutos espirituais que serão evidenciados no cristão, como
IR E POR QUE NÃO? 43
características da verdadeira e proveitosa moralidade. A Bíblia deixa claro e
faz um alerta sobre o mal que poderia causar as vãs filosofias às pessoas,
dizendo o seguinte: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua
filosofia e vãs sutilezas, conforme os rudimentos do mundo e não seguindo
a Cristo” (Col 2. 8). A Bíblia combate não à filosofia legítima, mas aquelas
que não destacam e nem evidenciam a revelação de Deus, e que seduzem
por sutilezas às pessoas, lhes prendendo às tradições humanas, que também
são combatidas em Mc 7.3,5,8; geralmente fundamentadas em noções ou
elementos destrutivos e perniciosos do mundo. Através da sagacidade de
Satanás, milhares ficam fixos a esses pensamentos e conjecturas humanas, e
acabam sendo consumidos através do ateísmo, do qual, por fim, se tornam
participantes e defensores. Para tanto, a Bíblia tem fundamento e orientação
precisa, basta o cristão utilizá-la no contra-ataque a esses sistemas e Deus
nos concederá a inspiração devida para nos defendermos desse “mal” e
vencermos.
_ Refutando as Testemunhas de Jeová: As testemunhas de Jeová
discordam e são contrários à trindade, bem como à divindade de Cristo e à
sua ressurreição, sendo contrários também à suficiência do sangue de Cristo
para salvar-nos dos pecados. Todavia, através do maior manancial e fonte de
verdade sobre tudo o que ocorre e está nos céus e na terra, podemos refutar
com as seguintes declarações sustentadas pelo o que está registrado no texto
sagrado. Vejamos:
Sobre a trindade, a Bíblia a confirma e a esclarece nos seguintes textos:
Gn 1.1; Gn 1.26,27, Sl 2. 6 – 9; Is 6.8; Zc 2.10,11; At 13.33; 2Co 13.13; Mt
3.16,17; Jo 14.16; 16.7-10.
Referente à divindade de Jesus Cristo, ela é provada e comprovada
pelos fatos que são narrados e exemplificados nas Escrituras Sagradas: Mt
16.16,17; Mt 27.40,43; Mc 14. 61, 62; Lc 22.70; Jo 5.25; Jo 10.36; At 3.14;
At 9.17; Rm 9. 5; Tt 2. 13; Hb 1.8; At 10. 25,26; Ap 22. 8,9; 1Co 2. 8; 2Co
12. 8-10; Cl 1. 16; Fp2. 5 – 11; Col 2.9; At 17.31; Jo 17.2; Hb 1.10-12; 2 Co
13.14.
_ A ressurreição e a suficiência do sangue de Jesus para conduzir-nos à
salvação é apresentada através das provas (q provas??) e o seu valor (de
quem???), que podemos esboçar biblicamente da seguinte forma:
- A realidade da ressurreição: Mt 28.6; Mc 16.6; LC 24.6; 1Co 15. 4-8.
- O sepulcro vazio: Lc 24.3 e Jô 20. 1 - 8.
- As suas aparições como ressurreto: Mt 28.5; Mt 8.9; Jo 20.16; At 1.1-3; Lc
24.13,14,25,2, 30 – 34; Jo 20.19; Jo 20. 26,29; Jo 21. 5-7; 1 Co 15. 4-7.
- O sangue de Jesus e a sua importância ao ser derramado: Hb 9. 13,14; 1 Jo
1.7; Mt 26. 28; Col 1. 20.
- O sangue de Jesus Cristo possuindo poder para salvar e redimir: Rm 5. 9;
Ef 1. 7; Ef 2. 13; 1 Pe 1. 19; 1Jo 1.7; Ap 1.5.
- A nossa alma ou a alma dos Salvos em Jesus é imortal, sendo assim eterna,
o que é discordado pelas testemunhas de Jeová, mas provada pelas
Escrituras Sagradas. O fundamento de toda a verdade prova através das
IR E POR QUE NÃO? 44
referências seguintes: Sl 9.17; Pv 5.5; Os 13. 14; Mt 5.29; Mt 16. 18; Mt
18.9; Lc 16.23; Ap 6.8; Ap 20. 14.
- As Testemunhas de Jeová negam a existência do inferno, porém as
Escrituras Sagradas prova a sua existência: Sl 9. 17; Pv 5. 5; Os 13. 14, Mt
5.29, Mt 16.18 , Mt 18.9 , Lc16.23, Ap 6.8, Ap 20.14 (São as mesmas
referências do ponto anterior?) .
- As Testemunhas de Jeová são enfáticas em dizer que Jesus já voltou, mas a
Bíblia, a Palavra viva de Deus, nos dá o alicerce para provarmos o
contrário. Discordando dessa afirmação das Testemunhas de Jeová, vejamos
nas Sagradas Escrituras a prova da ressurreição dos ímpios:
a- Ressurreição dos ímpios para o Julgamento (Ap 20. 5ª)
b- Os que morreram ímpios serão ressuscitados para o julgamento e
condenação (Ap 20. 12-15).
Portanto, esta afirmação das testemunhas de Jeová de “que os ímpios não
ressuscitarão” é infundada e herética.

_ Refutando o Espiritismo: A Bíblia apresenta várias sustentações para


combatermos o Espiritismo, porém gostaria de começar a refutar essa seita pelo cerne
de todas as suas práticas e ensinamentos heréticos que é a reencarnação e, por
conseguinte, a consulta aos mortos.
Quando se fala sobre reencarnação, ela só é confirmada através de falsas teorias, e
muitos acreditam e aceitam; porém a Bíblia possuem textos que não só provam o
contrário, mas que são fundamentos para combatermos essa afirmação herética dos
espíritas. Vejamos o que esta escrito em Ap 1. 18/e: “tenho as chaves da morte e do
inferno”. Só Jesus pode retirar um corpo da sepultura e Ele somente o fará na
ressurreição dos salvos (1 Ts 4. 16) e na ressurreição dos ímpios (Jô 5.29; Ap 20. 12-
15). E isto irá ocorrer na sua segunda vinda, quando os que morreram em Cristo
ressuscitarão para a sua recompensa e glória, e aqueles que morreram na sua
impiedade ressuscitarão para sua condenação. A alma do ímpio ao morrer vai para o
hades e de lá não pode sair; e a do salvo vai para a presença de Cristo, ou seja, no
Paraíso e não tem contato com ninguém daqui (Lc 16. 19-31).
Referente à consulta aos mortos, esta é uma prática desde período do Antigo
Testamento proibida e condenada (Ex 22. 18; Lv 20.6). Aquele que consulta aos
mortos é considerado como um indivíduo que possui um demônio adivinhador (1 Sm
28; At 16. 16 -18). Portanto, é algo diabólico e utilizado para enganar, iludir,
aprisionar as pessoas ao engano e ilusão. Não se encontra em nenhum versículo um
indício de que o homem em seu estado atual possa ter qualquer tipo de
relacionamento com os espíritos dos mortos, o que se comprova é que esta prática
espírita é infundada, e tão somente o próprio espiritismo.

10.3.3 Concluindo A Refutação às Seitas

Ao concluir as refutações sobre as Seitas e suas heresias, é interessante


mencionar que esse ataque deve ter o sentido de defesa. Não é prudente ir a todos
locais aonde se encontra esses hereges e combatê-los, mas sim prevenir a sociedade,
IR E POR QUE NÃO? 45
orientando a todos que estão na dúvida e até no engano sobre a verdade e como vir a
proceder para se defender desse ataque. Não devemos incitar uma guerra, pois pode
ocasionar um escândalo, mas proclamarmos com sabedoria a vinda de Deus e a
verdade sobre todos os fatos, trazendo assim o caminho para a liberdade; (ninguém
traz um caminho, ele existe ou não, o que pode acontecer é ele se mostrado aos outros
que não sabem). Para tanto, é preciso de muita unção e iluminação para que ocorra o
que está escrito em 2Co 10.5 “Destruindo todos os conselhos e toda altivez que se
levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento á
obediência de Cristo”. Assim, estaremos sendo contribuintes ativos de uma
implantação com eficácia do Reino de Deus, levando os cativos ao conhecimento
daquele que já pagou o preço pela liberdade deles.
Quando inseri no título deste capítulo a expressão “requer muito mais”, ela veio
não só com o sentido de um profundo esmero daqueles que estiverem nela (nela
quem? Estiveram na expressão?) empenhado, mas também de dar um passo largo na
marcha contra o exército satânico e toda sua estrutura, sabendo que o bom resultado
não vem em uma batalha da força, mas sim da estratégia.
A atualidade desta batalha requer do missionário, que está envolvido neste confronto,
uma dedicação à leitura das Escrituras e perseverante oração, para que tenha
subsídios necessários e possa se defender através do Evangelho e de toda estrutura
esclarecedora contida na Bíblia, fazendo uma refutação com precisão.
Os movimentos heréticos estão se tornando uma realidade pertinente e o seu
crescimento tem ocorrido em grande escala; entre eles, a Nova Era tem tido o maior
domínio, vindo a sustentar as heresias ideológicas de muitos líderes desses
movimentos, que inclusive se denominam “os cristos”, cumprimento de mais uma
profecia escatológica “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão
grandes sinais e prodígios, que se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt
24.24); hoje, vivemos um momento em que é preciso ter cautela, mas não devemos
recuar e, sim, alçar a bandeira do Evangelho, que traz inserida em si, a liberdade dos
grilhões de milhares de vidas.
Vamos romper as barreiras, aceitar os desafios, mas antes estar bem preparados,
porque os desafios são muitos. Necessitamos viver debaixo da proteção das potentes
mãos de Deus, com total orientação do Espírito de Deus, para que não venhamos
oscilar em nossa caminhada, mas permanecer sempre firmes até o fim da carreira.

Conclusão

Foi dado início a alguns assuntos necessários de serem analisados para entrar
no processo de aperfeiçoamento (aperfeiçoamento de quê, para quê? – é necessário
explicar). O desenvolvimento prático precisa ser sempre estudado para ver os
resultados positivos e negativos (resultados de quê?). O ajuste e o acerto (do quê?)
vêm depois da observação (de quê?), que possui o seu sentido crítico construtivo
( quem possui este sentido crítico, é a observação?), apontando sempre para o alvo (q
alvo é este?) alcançado na sua amplitude, pois a visão de Deus concernente a missões
é ilimitada, e Jesus espera que os convocados para essa causa se posicionem ante ao
IR E POR QUE NÃO? 46
projeto Divino para alcance dos povos, tribos, línguas e nações e estejam dispostos a
fazer cumprir o seu intento.
Esse alcance é expressivo e vai além do que é visualizado por nós, pois a prática
apresenta realidades muito mais profundas que a teoria não acompanha. A
experiência acontece quando uma determinada situação torna-se uma realidade para
aquele que a vive, e às vezes lhe deixa marcas. A dor trazida pelas marcas, não são de
um ferimento, mas de um percurso, de seus momentos de lágrimas. O sofrimento
aparente para uns é real para outros, e são eles que conduzem o missionário a uma
experiência viva, concedendo-lhe estrutura para enfrentar outras situações à frente na
jornada.
A exposição da prática, como foi apresentada nesse livro, não evidenciou só
os triunfos que servem para edificação e o entusiasmo, mas procurou colocar em
evidência uma realidade muita vezes contida no seu interior por aqueles que a
vivenciam, sendo necessário serem apresentadas para virem a gerar não um
retrocesso, mas um progresso.
Existem obreiros que quando enfrentam decepções recuam e entram em
profundo desânimo, mas existem os que prosseguem em meio aos momentos de
desafetos e decepções da jornada. Esses exemplos vivos devem ser seguidos. É
chegada a hora de enfrentar as circunstâncias. No passado da obra missionária,
muitos foram alvejados, mas prosseguiram firmes, o que é um exemplo notável
legado a nós.
O missionário J. P. KOLENDA, do qual sou sobrinho de 2º grau, foi um missionário
que fixou o seu alvo em cumprir o chamado de Deus e deixou profundas marcas de
grandes realizações na obra de Deus aqui no Brasil, como implantação de igrejas em
Florianópolis e região; no ensino Teológico, foi pioneiro; apoio na implantação da
CPAD, conseguindo as primeiras máquinas para impressão das literaturas, o que
contribuiu para o avanço da gráfica. Poucos o valorizaram e o consideraram como um
dos pioneiros, exceto a CPAD, que na edição dos 90 anos de nossa igreja o incluiu
nas reportagens narrando os seus feitos.
Prosseguir com alegria, avançando a cada circunstância e fixando a nossa
jornada em Jesus, deve ser o ideal missionário. Ao findar este livro, quero citar um
louvor, que foi e é um conselho encorajador, deixado como herança da missionária e
esposa de nosso fundador, Frida Vingrem. Esse hino é o 394 da Harpa Cristã, em que
a autora expressa a perseverança no labutar da causa do Mestre e Senhor Jesus,
dizendo: “Quem sua mão no arado já pôs, constante precisa ser, o sol declina e logo
após vai escurecer”.
É preciso ser constante e esta obra não pode parar. Deus continua nos chamando a
realizar a tarefa inacabada. A volta de Cristo é aguardada ansiosamente, mas Jesus
disse: “E esse Evangelho do Reino será pregado a todas as nações e depois então
virá o fim”. Vamos avançar! Jesus conta com sua Igreja para anunciar o Evangelho a
todas nações. Amém!

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BIBLIOGRAFIA

Utilizada somente nos capítulos 4.1 e 10 .

- Citações Bíblicas , Bíblia Almeida revista e atualizada , SBB.

- Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo .


Autores : George A. Mather e Larry A. Michols
Editora : Vida .
(exemplo de como se formata a bibliografia)
MATHER, George A. & MICHOLS, Larry A. Dicionário de religiões,
crenças e ocultismo. Editora Vida: RJ, (ano da publicação)

- Enciclopédia Histórico Teológica .


Editor : Walter A . Elwel
Vols: 1e 3
Edições Vida Nova .

- Enciclopédia de Bíblia ,Teologia e Filosofia .


Autor: R. N. Champlin. E J. M. BENTES.
Vols: 1 e 6
Editora : Candeia .

- As Evidências da Ressurreição de Cristo


Autor . Josh Mcdowell .
Ed. Candeia .

- Jesus uma defesa Biblica de sua Divindade .


Autores : Josh Mcdowell e Bart Larson .
Ed. Candeia .

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