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CIDADE DE DEUS CIDADE DE SATANÁS: UMA TEOLOGIA BÍBLICA DA IGREJA NOS

CENTROS URBANOS.

INFORME DE LEITURA
CARLOS AUGUSTO LOPES

LINTHICUM. C. Robert. Cidade de Deus Cidade de Satanás: Uma Teologia


Bíblica da Igreja nos Centros Urbanos. Belo Horizonte. Visão Mundial 2002
Dr. Robert C. Linthicum é diretor de Ministério Urbano da Visão Mundial
Internacional é presidente do Conselho de Coordenação Urbana da Igreja
Presbiteriana (EUA) e também escritor.

Ele possui também o título de Doutor conferido pelo Seminário Teológico


de São Francisco e mestrado pelo Seminário de McCormick e pela Escola
Graduada de Teologia Wheaton. Ele também exerceu pastorado urbano em
várias cidades dos Estados Unidos.

Em seu livro Cidade de Deus, Cidade de Satanás, o autor nos mostra uma
forte teologia bíblica da cidade. Ele diz que na Bíblia, a cidade é um
retrato tanto da habitação de Deus e do seu povo como do poder de Satanás
e seus escravos.

Ele reafirma em suas pesquisas que a cidade é o palco principal na qual


se desenvolve o drama da salvação como também é o palco dos descasos
sociais e de uma nova realidade que surge no sentido de urbanização e
injustiça social.

Pensando assim o autor nos convida a repensar os conceitos bíblicos da


cidade reformulando um teologia bíblica da igreja nos centros urbanos.
Robert Linthicum divide o seu livro de 387 páginas em três capítulos: “ A
cidade como Campo de Batalha”, o segundo capítulo a “ Igreja: Ministério
Urbano de Deus”, e o terceiro “Disciplina Espiritual: Poder para o
ministério”.

O autor nos diz que as cidades no mundo inteiro estão enfrentando uma
explosão demográfica sem precedentes. Pela primeira vez, na história
documentada do nosso planeta sua população será mais urbana do que rural.

Baseando sua argumentação em fontes de pesquisas o autor prossegue


dizendo que em 1950 havia apenas sete cidades no mundo que tinha uma
população com mais de 5.000.000. Vinte e cinco anos mais tarde este
número saltou para trinta e quatro e nos próximos vinte e cinco anos,
haverá noventa e três cidades em nosso planeta com a população maior que
5.000.000. Por volta de 2020 projeta-se que o terceiro mundo abrigará
oitenta a noventa e três destas mega- cidades.

Eis aí um grande desafio para as igrejas latinas e de todo mundo, pois a


configuração populacional tem contornos de desafios e oportunidades para
a comunidade da fé. Linthicum nos diz que Deus está chamando a igreja
para dentro da cidade e os cristãos devem reconhecer e aceitar
entusiasticamente esse novo desafio emergente.

O autor prossegue dizendo que realmente nenhuma geração na história do


cristianismo teve que enfrentar os desafios pós-modernos e os problemas
humanos de tal magnitude ou de controlar um poder urbano de tal
amplitude. Isso significa diz o autor que a igreja de Cristo está diante
de uma grande oportunidade para ministrar a evangelização. O mundo está
mudando para a cidade e nós como igreja devemos estar lá para dar-lhes as
boas vindas em nome de Jesus Cristo.

Para formular uma teologia bíblica para os centros urbanos Robert nos
mostra que a Bíblia é um livro urbano. Ele diz que os mundos de Moisés,
de Davi, de Daniel, de Jesus e de Paulo eram mundos urbanos. O autor
argumenta e nos faz mergulhar na urbanidade de Ur dos Caldeus, a cidade
de Abraão, a cidade de Nínive, a cidade de Éfeso e a cidade fantástica de
Roma capital do orgulhoso Império Romano e tantas outras cidades. Como “
Alexandria, Corinto, Babilônia, Persépolis, Atenas, Jerusalém etc.”. logo
percebemos que a Bíblia é um livro urbano todavia não enxergamos isso por
que vimos ela como um livro rural.

Trabalhando o realismo da teologia Urbana o autor diz que a cidade é o


local de uma grande e contínua batalha entre o Deus de Israel e/ ou a
igreja contra o deus deste mundo. O autor trabalha essa verdade em sua
argumentação mostrando essa temática de “Jave e Baal” Ele mostra também
dentro do seu estudo que a cidade é criação de Deus e diz que dos 150
salmos do Livro de Salmos, 49 são da cidade e o mundo inteiro pertencem
ao Senhor e isto inclui a cidade pois Deus deu para o ser-humano a
capacidade de formar cidade.

O autor mostra a cidade como habitação do mal pessoal e sistêmico e diz


que os sistemas clássicos de uma cidade é justamente o campo político,
religioso e econômico como compreensão uma vez que esses expedientes
estão fora da justiça e do projeto divino é instaurado o mal. e a Bíblia
tem exemplos em abundância sobre este fato nas cidades que são os casos
dos reis de Israel.

O autor também mostra que nossa cidade é habitação dos principados e


potestades satânicas. Ele não trata esse assunto num sentido reducionista
tão ventilado na batalha espiritual e teologia de modismo, mais trabalha
essa temática a nível mais profundos e práticos que desembocam no dia a
dia das cidades, dos governantes e dominadores deste mundo sem esquecer
também o realismo da batalha espiritual bíblica.

Pensando assim ele mostra de maneira abundante quais são os propósitos de


Deus para a cidade e mostra o amor de Deus por ela e a responsabilidade
que Deus nos deu para com a cidade no estabelecimento da paz e do
propósito maior a salvação e o envolvimento integral. A igreja como
encarnação do Reino e expressão dele é a presença de Deus na cidade e seu
representante. A igreja deve ser o protótipo de justiça para a cidade no
aspecto de tratar os pobres e isso desemboca no âmbito econômico,
político, social e espiritual.

A igreja não pode perder esse foco de desenvolver o seu ministério


integral urbano, pois Cristo é o exemplo maior da missão bíblica da
cidade, pois segundo o autor o amor de Deus pela cidade é excessivamente
paciente e Cristo anela ver a cidade transformar-se em cidade de Deus. É
verdade que a cidade recusa ser cidade de Deus e conseqüências são
inevitáveis sobre a cidade que rejeita Cristo em todos os aspecto.

O autor diz que Jesus Cristo veio á cidade para morrer por seus sistemas
e por seu povo e Cristo convida a igreja a pensar assim e participar do
que ele fez. O autor também diz que a igreja de Cristo deve entender a
sua vocação urbana e proclamar o Cristo Bíblico para o mundo. Por isso a
igreja deve compreender qual é o seu papel na cidade esse entendimento
cristológico e da missão moldará tudo o que as igrejas serão, farão e
dirão na cidade.

O autor sugere que a igreja deve orar pela paz da cidade, pela saúde
econômica da cidade, pela política da cidade, pela segurança da cidade,
pelo povo da cidade etc. pois isso demonstra a preocupação integral da
igreja pela cidade. Ele salienta que a cidade deve ser um lugar de saúde
e a igreja tem papel fundamental nesse processo de cura e isso tem
contornos sociais e não somente espiritual no chamado quadrante eclesial.

O autor cita D.L. Moody que diz que um pregador urbano verdadeiramente
grande é o pastor que sobe ao púlpito cada domingo com a Bíblia em uma
mão e o jornal na outra. Essa frase significa que é necessário tanto a
percepção bíblica quanto a realidade urbana para que a proclamação na
cidade seja eficaz.

Ele também nos mostra várias passagens bíblicas para formular uma
teologia da cidade na pessoa de Jesus Cristo modelo maior da missão da
Igreja Primitiva e do apóstolo Paulo. O autor faz uma pergunta: Quais os
cristãos que devem ministrar na cidade? Ele responde dizendo que todos
têm a incumbência de abençoar a cidade com o evangelho de Cristo por que
a proclamação é absolutamente essencial para o trabalho da igreja na
cidade e todos os cristãos urbanos são chamados para ser evangelistas.

O autor depois de ter trabalhado a vida de Neemias no aspecto da


reconstrução da cidade de Jerusalém e todas as suas implicações diz que a
igreja tem que levar a sério a avaliação bíblica da cidade como campo de
batalha, pois a metade da população do mundo estará vivendo nas cidades.
O autor também mostra que o caminho para o ministério urbano deve ser
primeiro o caminho para dentro antes de ser para fora. Com isso ele nos
lembra que devemos como igreja viver uma vida de espiritualidade sadia
tais como “ auto biografia (Fp.3.5-11)” “ Silêncio” (Sal.46.10), “
relacionamento pessoal com as Escrituras”, “Oração” (I Ts.5.17), “
Orientação espiritual ou mentoria”, “período de devoção” etc.

A formação espiritual não é um fim em si mesmo mais é um meio importante,


pois o caminho para fora é o caminho para dentro e o caminho para dentro
é o caminho para fora. A igreja o Corpo de Cristo é chamada por Deus para
anunciar um evangelho integral a toda a cidade. Depois de discorrer por
muitos assuntos importantes no que tange a teologia Urbana o autor
caminha por apocalipse 2 e 3 e mostra vários pontos importantes para a
caminhada da igreja no contexto da cidade e encerra sua argumentação
sobre a bandeira da teologia paulina que nos diz:

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu


poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar
firmes contra as astutas ciladas do diabo. Por que não temos que lutar
contra a carne e o sangue, mas sim contra principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto tomai toda a
armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e , havendo feito
tudo, ficar firmes” . ( Ef.6.10-13)

Por fim o Dr. Robert Linthicum nos diz que a chamada de Deus para você e
para mim, como cristãos na cidade e como parte da igreja é sermos fiéis;
fiéis a nos mesmos, fiéis aos irmãos, fiéis ao corpo de Cristo, fiéis aos
pobres, aos aflitos, aos perdidos de nossa cidade, e assim, fiéis ao bom
Deus. De fato a igreja evangélica deve entender que Deus tem nos chamado
para um contexto urbano emergente. Conforme vimos no livro de Robert
Linthicum a América Latina está experimentando um crescimento explosivo
nas cidades e esse crescimento desemboca numa decadência social e
pobreza.

A igreja deve conforme foi dito pelo autor apresentar o Evangelho


Integral de Jesus Cristo na cidade e amar como Cristo amou os pobres, os
necessitados, os cativos, os descamisados deste mundo e esse amor deve
desembocar numa pregação cristocêntrica da missão que leva uma práxis bem
articulado. O autor tocou no ponto do mal na cidade. Essa abordagem deve
ser refletida na igreja hodierna. Não podemos simplesmente pensar que
estamos inserido num contexto de batalha e perder o foco da batalha.

O mal deve sem duvidar ser freado com oração, pregação, exposição do
evangelho etc. Mais ele não está somente intangível no sentido de batalha
espiritual, ele tem cheiro, cor, formatação que devem ser denunciado pela
igreja como a injustiça social, política, ecológica, econômica etc. A
igreja que vive na cidade não pode viver uma fé intimista e uma
espiritualidade voltada somente para o Céu mais ela deve desenvolver uma
espiritualidade integral no tecido do seu chamado que é a missão em ação
aqui na terra criação de Deus.

A igreja evangélica brasileira deve repensar o conceito de missão e deve


estar aberta para essa nova realidade que chega com uma mentalidade pós-
moderna e globalizante dificultando a missão mais trazendo também grande
oportunidade para comunicar o evangelho integral de Cristo. O livro de
Robert trabalha um tema de suma importância. O autor mostra que essa
realidade urbana aonde brota a pregação do evangelho tem fundamentação
bíblica como nós vimos, porém acredito que o autor poderia pensar também
em sua teologia a importância de focar a missão não só no aspecto urbano
mais em toda a sua extensão urbanista não só social mais ideológico.

O autor poderia também trabalhar em seu livro algo que é importante para
a missão que é justamente o período pós-moderno que as cidades estão
inseridas, uma nova mentalidade que invade o mundo globalizado. O autor
poderia discorrer também como teologia urbana a importância da igreja
conhecer e estudar o mundo tribalista. Assim como na época Neo -
Testamentária que existia as tribos “ dos fariseus, dos publicanos, dos
essênios, os gentios, os gregos, os escribas e tantas outras e cada um
com seus códigos, linguagens, culturas, ideologias e cosmovisão a igreja
deve compreender as múltiplas tribos que existem hoje em dia para
comunicar o evangelho integral.

O autor não tocou no ponto emergente que Invade as nossas cidades como “
fragmentação ideológica, niilismo, pluralismo, relativismo, narcisismo,
consumismo, preconceito, discriminação, hedonismo, violência doméstica,
jogatina etc. Essa nova onda de encarar a vida deve ser refletida numa
teologia bíblica da urbanização, pois as cidades caminham para essa
ideologia excêntrica e a igreja que exerce seu ministério na cidade deve
ter respostas bíblicas para essa nova inquietação hodierna.

Creio que este livro nos leva para uma reflexão e um debate sobre a
postura da igreja diante dos questionamentos que estão inseridos no
tecido da cidade. Pensando assim precisamos urgentemente de uma resposta
bíblica e uma práxis evangélica, pois assim glorificaremos o nosso Deus
como fez Cristo indo de Cidade em Cidade.

SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO SUL - S.T.S.

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