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Uma pergunta quebrantadora:

“O coração de vocês está


endurecido?
Marcos 8.17
Quando eu tinha nove anos, meus pais construíram uma
quadra de tênis nos fundos de nossa casa. Apaixonei-me
por ela à primeira vista. Durante os treze anos seguintes,
eu jogava ou treinava tênis várias horas por dia. Longe da
quadra, as pessoas, quando me cumprimentavam, diziam:
“Isso é a mão de um trabalhador”. Eu sempre ficava
envergonhado em confessar que minha mão era calejada
de tanto jogar tênis, não de cortar madeira nem de
manusear uma britadeira. Certa vez eu não disse nada.
Então o homem que fez o comentário sobre minhas mãos
segurou-as e notou que a esquerda era macia. O coração
endurecido é como a mão calejada, duro, insensível e
indiferente. Não há como esconder a calosidade. Ela
chama a atenção dos outros imediatamente.
O aspecto quebrantador da pergunta de Jesus em Marcos
8.17 é que ele a dirigiu a seus discípulos. Temos a
tendência de pensar em dureza de coração como algo que
se aplica a incrédulos contumazes, como o faraó dos dias
de Moisés ou os fariseus que se opuseram a Jesus. Nesse
versículo, entretanto, nosso Senhor está avisando seus
próprios seguidores de que se previnam contra essa
doença espiritual.
Tendo servido como pastor por mais de duas décadas,
posso afirmar que há muita dureza de coração nas igrejas
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Uma pergunta quebrantadora:

hoje em dia. Também posso dar testemunho de minha


facilidade para ficar insensível às realidades espirituais.
Portanto, examine seu coração. Não suponha que a
pergunta de Jesus se dirige a alguma outra pessoa. Hoje
ele pede que você pense seriamente se seu coração está
endurecido.

CINCO SINTOMAS DE UM CORAÇÃO DURO


Seu coração está endurecido? (Mc 8.17). Aqui estão cinco
sintomas que podem determinar uma resposta.

O primeiro é falta de amor por Cristo.


O coração é o trono do amor. Dizemos coisas como: “Eu te
amo de todo o meu coração” e “Eu te dou meu coração”. O
primeiro mandamento da Bíblia nos diz para amar o
Senhor nosso Deus de todo nosso coração (Mt 22.34-40).
Os membros do primeiro século da igreja de Éfeso
passaram por um endurecimento de coração, visto que
Jesus os reprovou com estas palavras: “Contra você, porém,
tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor” (Ap 2.4).
Qual foi a última vez que você disse a Cristo que o ama?
Qual foi a última vez que você falou de seu amor por Cristo
a outra pessoa? Quando faz isso, sua voz treme como se
soubesse que a outra pessoa não vai acreditar em você?

O segundo sinal de endurecimento do coração é


notado quando as disciplinas espirituais se
transformam em simples hábito. À paixão pela
oração esfria-se a ponto de haver uma indiferença
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Uma pergunta quebrantadora:

nauseante. O prazer no estudo da Bíblia se torna


enfadonho. Você esperava ansiosamente os domingos,
quando congregava com outros crentes na casa do Senhor,
mas agora sua ida à igreja passou a ser uma obrigação.
Houve uma época em que você contribuía alegre e
generosamente para o Senhor. Você ainda contribui, mas
quando deposita o dízimo no gazofilácio, um espírito de
avareza lhe enrijece as paredes do coração.
Até ouvir o evangelho de Cristo passa a ser monótono para
o indivíduo de coração endurecido. O evangelho era uma
música bonita, mas não é mais. Agora há histórias mais
agradáveis para ouvir, como as de sua promoção no
trabalho, das férias do último verão ou da vitória mais
recente de seu time.
Davi, o rei de Israel, endureceu o coração quando se
recusou a confessar os pecados de adultério e assassinato.
Felizmente para ele, quando confrontado, teve a
sensibilidade necessária para perceber a convicção divina e
orar: “Devolve-me a alegria da tua salvação” (Sl 51.12).
Você precisa fazer uma oração como essa?

O terceiro sintoma de coração cauterizado é a


indiferença ao estado de perdição das pessoas
separadas de Cristo. Noutros tempos, a simples ideia
de alguém perecer lhe causava tremor. Hoje, não o
perturba ouvir falar dos amigos e conhecidos que morrem
na incredulidade. Você era zeloso em ganhar o perdido
para Cristo. Agora, porém, seu zelo se dissipou.

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Uma pergunta quebrantadora:

Um exemplo disso é a história de Charlie Peace, um


assassino famigerado da Inglaterra. Ele foi finalmente
preso, julgado e condenado à morte. Na manhã de sua
execução, na prisão de Armley, em Leeds, o capelão o
acompanhou ao patíbulo onde seria enforcado. Enquanto
caminhava pelo corredor, o capelão lia versículos da Bíblia.
Mas seu tom de voz e seu olhar mais pareciam uma
recitação de nomes e endereços lidos numa lista telefônica.
O assassino condenado estava chocado com o modo
automático que o capelão lia sobre a morte e o inferno.
Virando-se para o clérigo, disse: “Se eu acreditasse no que
você e a igreja dizem, mesmo se a Inglaterra fosse coberta
com vidro quebrado de costa a costa, eu caminharia
ajoelhado sobre os cacos, se necessário fosse, somente
para salvar uma alma de um inferno eterno como esse”.1
Essa declaração condena você? Se não, você pode estar se
tornando vítima do quarto sintoma do coração
endurecido:

A capacidade de pecar com a consciência


tranquila.
Certo homem confessou-me que tinha aprendido a
cometer fornicação sem se sentir culpado. Na primeira vez
que caiu nesse pecado, prometeu a Deus que se fosse
perdoado uma única vez, fugiria desse vício pelo resto da
vida. Deus lhe perdoou o pecado, mas o homem tropeçou

1
Leonard RAvENHILL, Por que tarda o pleno avivamento?, Belo
Horizonte: Betânia, 1989.

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Uma pergunta quebrantadora:

pela segunda vez. De novo implorou ao Senhor com


lágrimas que o restaurasse e jurou que aprendera a lição.
Mas a força da tentação continuou atraindo-o para o
quarto da namorada.
Logo ele começou a dar desculpas por seu comportamento:
“Essa será a última vez”. “Eu sou humano”. “Não consigo
me controlar”. “Tudo bem, nós estamos apaixonados”. Seu
coração havia se endurecido.
Seu pecado constante pode ser mentir, enganar, roubar,
cobiçar ou ter explosões temperamentais. Seja lá o que for,
se você tem a capacidade de abrandar a culpa que Deus
lhe expõe claramente a cada recaída, então você começou
a petrificar seu coração.
Em outro caso, um homem que estava tendo um conflito
na vida procurou ajuda profissional.
— Fale-me de seu problema, propôs o psicólogo.
— Quando minha força de vontade esmorece, faço coisas
ruins; depois minha consciência me atormenta.
O psicólogo percebeu a necessidade do homem e replicou:
— Então você quer melhorar sua força de vontade?
— Não — o homem resmungou —, eu prefiro enfraquecer
minha consciência.
Alguma vez você já se sentiu assim? Se acaso sentiu, seu
coração está começando a endurecer.

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Uma pergunta quebrantadora:

Um quinto sinal visível da perda de sensibilidade


do coração é o espírito crítico em relação a Deus
e sua obra. Na abertura de Marcos 3, os fariseus
estavam culpando Jesus por curar um homem no sábado.
O versículo 5 diz que isso era evidência de “sua dureza de
coração”.
Lembro-me de um casal cheio do Espírito que se mudou
para a cidade e se filiou à igreja que pastoreio. Fiquei
alegre em recebê-los. Eles lecionavam em nossa escola
dominical, cantavam no coral da igreja e incentivavam os
outros crentes. Depois de alguns anos, contudo, eles
deixaram de vir à igreja. Fui visitá-los para descobrir por
quê. O marido me disse: “Tentamos suportar a igreja
organizada, mas ficamos fartos da hipocrisia que vimos.
Não conseguimos aguentar mais aquilo”.
Jamais nego que a hipocrisia da igreja seja problema; Deus
nos pedirá conta disso. Mas nos dias de Jesus, os hipócritas
mais notórios eram os críticos. Quando minha vida deixa a
desejar quanto aos padrões em que acredito, sou hipócrita.
Há hipocrisia em todos nós.
Os censuradores de hoje não têm desculpa e podem muito
bem ter comunhão conosco, o restante dos pecadores na
igreja. Precisamos de críticas construtivas, mas a atitude
crítica contra a obra de Deus revela ausência de amor e
coração endurecido.
Esses cinco sintomas de coração endurecido ocorrem
gradualmente, como um lago que se transforma em gelo

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Uma pergunta quebrantadora:

durante a noite ou o cimento molhado que se solidifica em


algumas horas. Charles Swindoll observou:
Nenhum jardim se enche de espinhos “de repente”.
Nenhuma igreja se divide “de repente”. Nenhum
edifício se esboroa “de repente”. Nenhum
casamento se desfaz “de repente”. Nenhuma
nação passa a ser medíocre “de repente”. Ninguém
se avilta “de repente”. Lenta, quase
imperceptivelmente, certas coisas que eram
rejeitadas em outros tempos passam a ser aceitas.
Coisas que outrora eram consideradas nocivas
agora são toleradas secretamente. No início
parece inofensivo, talvez até emocionante, mas a
dissensão que traz deixa uma brecha que aumenta
mais à medida que a erosão moral se junta com a
decadência espiritual, A brecha se transforma num
desfiladeiro. O “caminho que parece direito” passa
a ser, na verdade, “o caminho da morte”.2
Portanto, a dureza do coração é um pecado sutil. Como os
ponteiros do relógio que não podemos ver
movimentarem-se, ela se arrasta até nós e nos pega de
surpresa.

O CORAÇÃO DURO É UM FARDO PESADO


Seu coração está endurecido? Se está, considere o que a
palavra de Deus diz a respeito. Em primeiro lugar, a
Bíblia ensina que o coração endurecido é um pecado do
2 Crescendo nas estações da vida, Belo Horizonte: Atos, 2003.

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Uma pergunta quebrantadora:

qual somos culpados. Salmos 95.8 adverte: “Não


endureçam o coração”, Essa ordem se repete três vezes no
Novo Testamento, em Hebreus (3.8,15; 4.7). Esses
versículos ensinam que somos nós que endurecemos o
coração.
Mas a Bíblia não diz que Deus endureceu o coração do
faraó (Êx 10.20,27)? Sim; mas em outras passagens afirma
que o faraó endureceu seu próprio coração. Mas, se foi
Deus que o endureceu, como podemos culpar o faraó?
Essa pergunta pressupõe que Deus forçou a dureza do
coração do faraó. Acredito que Deus foi passivo no
processo. Transforma-se água em gelo derramando-a
numa forma de gelo e colocando no congelador. Isso é
feito de maneira ativa. Mas, para endurecer o pão,
tudo que se tem de fazer é deixá-lo como está.
Simplesmente não o embrulhamos no saquinho de
celofane, ou em plástico, que naturalmente ele fica
amanhecido.
O coração humano é como o pão. Para ficar macio é
preciso que haja uma influência externa sobre ele. Essa
influência é a graça de Deus. Graça, claro, é favor
imerecido. Portanto, o Pai celestial não é injusto quando
retira sua influência graciosa de nossa vida. Foi isso que ele
fez com o faraó. Em consequência, o coração do rei se
endureceu. Podemos dizer que Deus endureceu o coração
do faraó deixando-o à sua própria corrupção. Portanto, o
rei do Egito era culpado por seu coração de pedra, porque
não mostrou nenhuma compaixão pelo povo de Deus, que
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Uma pergunta quebrantadora:

estava sofrendo sob seu governo tirânico. Ainda hoje as


pessoas são responsáveis moralmente pelo endurecimento
de seu próprio coração.

Em segundo lugar, a Bíblia ensina que o coração


endurecido nos cega para a verdade de Deus. Os fariseus
certa vez pediram a Jesus que comentasse a lei do Antigo
Testamento sobre o divórcio. Nosso Senhor respondeu:
“Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas
mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas
não foi assim desde o princípio” (Mt 19.8).
No primeiro casamento, no Éden, Deus fez de Adão e Eva
uma só carne (Gn 2.24). Jesus ensinou que as pessoas
deviam saber que não podem separar o que Deus uniu (Mc
10.9). O divórcio nunca foi intenção de Deus. Na realidade,
ele o odeia (Ml 2.16). Mas o coração endurecido do povo o
cegou para essa verdade.
Veja outro exemplo em Marcos 6.52. Essa passagem nos
informa que os discípulos “não tinham entendido o milagre
dos pães. O coração deles estava endurecido”. Quando
Jesus alimentou os cinco mil, os discípulos deviam ter
entendido que o milagre transcendia a si, mostrando Cristo
como Deus encarnado. A dureza de coração, entretanto,
obscureceu-lhes a mente.
Noutra ocasião Jesus advertiu seus discípulos contra “o
fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes” (Mc
8.15). Jesus falava da propagação rápida e influente da
incredulidade, da hipocrisia, do mundanismo e do
9
Uma pergunta quebrantadora:

materialismo deles. Mas os discípulos pensaram que ele


estava falando literalmente de pão. Por isso, Jesus os
repreendeu com estas palavras: “Ainda não compreendem
nem percebem? O coração de vocês está endurecido?” (v.
17). Ressalte-se a associação entre a incapacidade de
entender e o coração endurecido dos discípulos; o
segundo é a causa da primeira.
Em Efésios 4,18, Paulo fala sobre os incrédulos e a
“ignorância em que estão, devido ao endurecimento do seu
coração”. Note a associação entre a ignorância espiritual e
sua causa — a dureza de coração.
Certa noite em nossa igreja, eu ensinava sobre a
predestinação. É uma doutrina difícil de compreender, por
isso eu estava tentando explicá-la da maneira mais simples
possível. Depois da mensagem, um homem veio até mim e
reclamou: “Eu não vou servir a um Deus que predestina
tudo e todos! Se o que o senhor ensinou nesta noite for
verdade, então somos robôs que não têm nenhuma
responsabilidade em aceitar a Cristo. Eu não acredito
nisso!”.
Esse homem me interpretou completamente mal. Eu
dissera que Deus nos responsabiliza por crer em seu Filho.
O homem foi incapaz de ouvir isso, ou pelo menos de
compreender, pois já tinha fechado a mente para a
verdade bíblica sobre a predestinação.
Não houve mudança nele, ainda que eu tivesse baseado
minha argumentação na Bíblia. Ele tinha endurecido o
coração.
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Uma pergunta quebrantadora:

Você tem dificuldade de perceber as verdades da palavra


de Deus? O problema pode não ter relação com sua mente;
pode ser uma questão de coração. O problema pode não
ser de capacidade intelectual, mas de insensibilidade
espiritual. Você deve considerar em oração a possibilidade
de ter endurecido o coração — exatamente o lugar em que
Cristo quer governar e reinar.

Um terceiro motivo de alarme é que nossa


insensibilidade espiritual entristece o coração de Jesus.
Veja os fariseus. Marcos 3.5 diz que nosso Senhor estava
“profundamente entristecido por causa do coração
endurecido deles”, Pense nisso. O coração endurecido
deles entristeceu o coração de Jesus! Ele se entristeceu
com a incapacidade dos fariseus de se arrependerem dos
pecados. Cristo ficou profundamente triste por eles
estarem insensíveis ao pecado. Quando eles não foram
capazes de vê-lo como o Messias, ele se entristeceu com
aquilo em que eles haviam se transformado. Hoje Jesus
ainda se entristece com a dureza de coração que vê não só
no mundo, mas principalmente no seu corpo, a igreja.

É POSSÍVEL AMOLECER O CORAÇÃO POR


MEIO DO OLHAR
Se seu coração está endurecido, volte-se para o Calvário e
veja Jesus morrendo na cruz, não apenas pelos pecados,
mas também pela dureza de seu coração. Ninguém que
testemunhou a morte de Cristo permaneceu com o
coração endurecido. Recorro a Lucas 23.48

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Uma pergunta quebrantadora:

para sustentar minha declaração: “E todo o povo que se


havia juntado para presenciar o que estava acontecendo [a
crucificação de Cristo], ao ver isso, começou a bater no
peito e a afastar-se”. Por que as pessoas manifestaram
remorso e angústia desse modo? Porque o coração
endurecido delas matara Jesus, por isso batiam no peito
para atingir a origem do crime.
Isso se aplica às autoridades religiosas que zombaram de
Cristo, aos soldados que o pregaram na cruz e às multidões
que o viram morrer. O texto diz que “todos” eles bateram
no peito. Eles vieram para assistir a um “espetáculo”, mas
foram afligidos pela execução de um homem inocente. À
visão do Salvador agonizante os perturbou de alguma
maneira. Já vimos que a dureza de coração entristece Jesus.
No fim, o povo que assistiu a sua crucificação se
entristeceu também.
Você já se lamentou por sua condição espiritual? O
Salvador anunciou uma bênção para as pessoas que fazem
isso (Mt 5.4). Não podíamos imaginar que tristeza e
bênção caminhassem juntas, mas caminham porque a
tristeza em consequência do pecado é o primeiro passo
para receber um coração quebrantado. Essa tristeza é
sempre consequência do olhar com fé para o Cristo
crucificado.
A Bíblia ordena que sejamos compassivos (Ef 4.32). Seu
coração está endurecido? Se está, confesse a Deus.
Observe com o olhar da fé o Salvador agonizante, que deu
a vida para renovar totalmente a sua vida. Em seguida,

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Uma pergunta quebrantadora:

espere que o Pai celestial lhe dê um coração sensível. Ouça


a promessa divina em Ezequiel 36.26:
“Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo
em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei
um coração de carne”.
Você confia que Deus cumprirá essa promessa? Se confia,
isso é um bom sinal de que o Senhor já começou a
amolecer-lhe o coração!

TOMADA DE ATITUDES
Talvez você possa afirmar com toda sinceridade que seu
coração é terno para com o Senhor e sensível ao toque de
seu Espírito Santo. Então ore com compaixão por seus
amigos e conhecidos que construíram barreiras espirituais
ao redor do coração a fim de manter nosso Senhor do lado
de fora. Procure oportunidades de falar de Cristo a eles.
Ouse acreditar que Deus preparou o coração deles para
ouvir o evangelho. Lembre-se de que o Espírito Santo
quebranta corações endurecidos por intermédio dos
sensíveis.
No início do século XX, um garoto chamado C. S. Lewis foi
criado na Igreja Anglicana. Mas, quando era adolescente
colegial, passou a ser ateu. Nessa época, ele afirmava que
queria ser dono de sua própria alma sem interferência de
ninguém. Ele descreveu sua reação a qualquer menção do
sobrenatural como a de um alcoólatra ao álcool: pura
náusea. Menosprezava a igreja e confessou: “Gostava dos
clérigos e pastores da mesma maneira que gostava de

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Uma pergunta quebrantadora:

ursos. A pouca vontade de ir à igreja era a mesma que a de


ir ao jardim zoológico”.
Depois Deus começou a amolecer-lhe o coração
endurecido. Ele sentia “a aproximação firme e inexorável
do Senhor, a quem tão ardentemente não desejava
encontrar”. Mas, pela primeira vez, fez um auto-exame
com um propósito extremamente prático e “descobriu
o que o atemorizava: um jardim zoológico de luxúria, um
pandemônio de ambições, um berçário de medos, um
harém de ódios acariciados. Meu nome era legião”.
Em 1929, Lewis cedeu e reconheceu que Deus era Deus.
Ajoelhou-se e orou. “Naquela noite, talvez fosse o mais
abatido e relutante convertido de toda a Inglaterra”.
Lewis havia endurecido o coração de tal forma que até
nesse momento ainda estava “relutante, ressentido, dando
chutes e olhando em toda direção para ter uma chance de
escapar”3. Não escapou. Ele, que tinha endurecido o
coração anteriormente, é conhecido hoje como um dos
mais eloquentes defensores da fé cristã do século XX.
Sempre há esperança para incrédulos endurecidos. Por
isso, não se desanime de suas orações pelas pessoas cujo
coração está endurecido contra Cristo. A própria
negligência de oração é evidência da dureza de coração.

3
Surpreendido pela alegria, São Paulo: Mundo Cristão, 1998.

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Uma pergunta quebrantadora:

Jesus é o doador que deseja oferecer — a você, a mim e a


todo o mundo — o transplante de coração que precisamos
urgentemente. Ele vai direto ao cerne do nosso problema.

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