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Turismo DE PESCA: Orientações Básicas

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Ministério do Turismo
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo
Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico
Coordenação Geral de Segmentação

Turismo de Pesca:
Orientações Básicas

Brasília, 2008

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Presidente da República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva

Ministra do Turismo
Marta Suplicy

Secretário-Executivo
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho

Secretário Nacional de Políticas do Turismo


Airton Pereira

Diretora do Departamento de Estruturação, Articulação


e Ordenamento Turístico
Tânia Brizolla

Coordenadora-Geral de Regionalização
Ana Clévia Guerreiro Lima

Coordenadora-Geral de Segmentação
Jurema Camargo Monteiro

Coordenadora-Geral de Informação Institucional


Isabel Cristina da Silva Barnasque

Coordenador-Geral de Serviços Turísticos


Ricardo Martini Moesch

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2008, Ministério do Turismo

Todos os direitos reservados.

Coordenação e Execução
Ministério do Turismo

Impresso no Brasil – Printed in Brazil

1ª Edição
Distribuição gratuita
Tiragem 1.000 exemplares

Ministério do Turismo
Esplanada dos Ministérios, Bloco U, 2º andar
70.065-900 – Brasília-DF
www.turismo.gov.br

Impresso em papel 100% reciclado

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)

Brasil. Ministério do Turismo.


Turismo de pesca: orientações básicas. / Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de
Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico,
Coordenação Geral de Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2008.
52 p. : il. ; 24 cm.

Coleção com nove volumes.


Inclui anexos e bibliografia.

1. Programa de Regionalização do Turismo. 2. Roteiro turístico, Brasil. 3. Pesca. 4.


Atividade turística. I. Título.

CDD – 338.47910981

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Ficha Técnica
Diretora do Departamento
de Estruturação, Articulação
e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla

Coordenadora-Geral de
Segmentação Jurema Monteiro

Equipe Técnica Ana Beatriz Serpa
Ana Paula Bezerra
Carolina Juliani de Campos
Carolina C. Neves de Lima
Francisco John Castro Pires
Gleidson Diniz
Guilherme Coutinho
Lara Chicuta Franco
Milton Paulo Sena Santiago
Talita Lima Pires

Colaboração Alessandro Rodrigues Pinto
Carmélia Amaral
Dalton Sales
Karen Furlan Basso
Rosana França

Telefone (61) 3445-3451


Fax (61) 3445-3457
segmentos@turismo.gov.br
pesca@turismo.gov.br

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Apresentação

A diversificação da oferta turística mundial em relação às tendências


da demanda, entre outros fatores, ocasiona a expansão do mercado e o
surgimento e consolidação de variados segmentos turísticos. A segmentação,
nesse caso, é entendida como uma forma de organizar o turismo para fins de
planejamento, gestão e mercado.

Os segmentos turísticos podem ser estabelecidos a partir dos elementos


de identidade da oferta e também das características e variáveis da demanda.
No que se refere à oferta, o Brasil apresenta recursos ímpares que, aliados à
criatividade do povo brasileiro, possibilitam o desenvolvimento de diferentes
experiências que definem tipos de turismo – Ecoturismo, Turismo Cultural,
Turismo Rural, Turismo de Aventura e tantos outros. A transformação de tais
recursos em atrativos, de modo a constituírem roteiros e produtos turísticos,
utiliza a segmentação como estratégia principal. Para tanto, são necessárias
medidas que visem à estruturação, ao desenvolvimento, à promoção e à
comercialização adequadas à singularidade de cada segmento e de cada
região turística.

Diante desse desafio, o Ministério do Turismo apresenta uma série de


documentos orientativos para o desenvolvimento de segmentos turísticos a
partir da noção de território que fundamenta o Programa de Regionalização
do Turismo – Roteiros do Brasil, com o intuito de oferecer subsídios a gestores
públicos e privados, na perspectiva da diversificação e caracterização da oferta
turística brasileira. Esse trabalho enfoca desde aspectos conceituais e legais,
abordando o perfil do turista, a identificação de agentes e parceiros, até as
peculiaridades relativas à promoção e comercialização.

Com esta proposta de segmentação, mais que aumentar a oferta turística


brasileira, espera-se que o turismo possa contribuir, efetivamente, para
melhorar as condições de vida no País a partir das novas oportunidades que a
estruturação dos segmentos possibilita.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 13

2 ENTENDENDO O SEGMENTO ............................................................ 15


2.1 Marco conceitual ........................................................................ 16
2.2 Marcos legais ............................................................................. 17
2.3 O turista de pesca ...................................................................... 23

3 BASES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE PESCA ........ 29


3.1 Atratividade e viabilidade da região ............................................ 29
3.2 O atrativo principal ..................................................................... 29
3.3 Fatores essenciais para o Turismo de Pesca ................................. 30
3.4 Envolvimento da comunidade .................................................... 32

4 AGREGAÇÃO DE ATRATIVIDADE ...................................................... 35


4.1 Integração de atividades e segmentos ........................................ 35
4.2 Interpretação ambiental ............................................................. 36
4.3 Valorização da identidade local .................................................. 36

5 TURISMO DE PESCA E MERCADO ..................................................... 39


5.1 Tendências ................................................................................. 39
5.2 Promoção e comercialização ....................................................... 39

6 REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS ....................................................... 41

7 ANEXOS............................................................................................... 43

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Introdução

O Brasil dispõe de recursos com potencial para atrair pescadores de todo o


mundo: com a diversidade da ictiofauna1 em diferentes biomas, vastas bacias
hidrográficas, corredeiras, lagos, lagoas, manguezais, reservatórios de hidrelé-
trica e aproximadamente 8 mil quilômetros de costa, proporcionando opções
de pesca em costões, praias e alto mar.

Essa potencialidade resulta em uma gama de oportunidades para a pesca


amadora e mostra a necessidade de ação governamental no que se refere às
adequações da oferta de produtos turísticos, visto que o Turismo de Pesca
requer efetivas medidas de proteção ambiental, com apoio a pesquisas dos
peixes mais visados, e de estruturação mercadológica, com estudo do perfil
da demanda.

Assim, torna-se importante orientar o desenvolvimento desse tipo de


turismo, com informações conceituais, técnicas e institucionais que possam
direcionar as ações de planejamento, gestão e promoção e facilitar e colaborar
na tomada de decisões para a estruturação e operacionalização dos produtos
de Turismo de Pesca no Brasil.

1 O conjunto de peixes de uma região ou ambiente. Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa

13
14
Entendendo o Segmento
Dos segmentos turísticos que demonstram maior índice de crescimento
no mundo, o Turismo de Pesca é um dos que vêm se destacando. No Brasil,
apresenta uma tendência ascendente ao se caracterizar pelo convívio com a
natureza integrada a uma das atividades prediletas dos brasileiros: a pesca.

A atividade de pesca, sem finalidade comercial, tem capacidade de gerar


significativos fluxos turísticos e, conseqüentemente, benefícios econômicos.
Nos Estados Unidos, estima-se a movimentação de 116 bilhões de dólares2.

A pesca e o turismo – duas vocações do Brasil – podem ser potencializados


se trabalhados conjuntamente, haja vista a dimensão territorial, extensão
costeira e hídrica e a diversidade de ictiofauna do País. Embora existam relatos
da pesca amadora com finalidade de lazer no Brasil desde meados do século
XX3, somente a partir de 1998 trabalhou-se essa interação oficialmente
como um segmento turístico, com o incentivo do Programa Nacional de
Desenvolvimento da Pesca Amadora – PNDPA (executado pelo Ministério do
Meio Ambiente/Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA e pelo Ministério do Esporte e Turismo/Instituto Brasileiro
de Turismo – EMBRATUR).

Com a criação do Ministério do Turismo, em 2003, assumiu-se o desafio


de estruturar esse tipo de turismo, a partir da definição inicial do conceito
de Turismo de Pesca e suas orientações básicas. Para tanto, foi estabelecida
parceria com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da
República – SEAP/PR, além de intensa e solidificada atuação com o PNDPA/
IBAMA e outros colaboradores. Como resultado, definiu-se a delimitação
conceitual, as características e a abrangência do segmento de Turismo de
Pesca4 abordadas a seguir.

2 Bureau Brasileiro de Pesca Esportiva, disponível em http://www.bureaudepesca.com.br em julho de 2006


3 ARAGÃO, A. Pescarias Fluviais no Brasil. SP: Melhoramentos, 1947
4 BRASIL. Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo: marcos conceituais. Brasília: 2006

15
2.1 Marco conceitual
A construção do marco conceitual de Turismo de Pesca fundamenta-se em
dois aspectos principais: os movimentos turísticos que ocorrem em territórios
específicos, em razão da presença de espécimes singulares de peixes; e o perfil
do turista de pesca, em função de sua motivação caracterizada pelo usufruto
dos recursos naturais de forma sustentável, de acordo com as peculiaridades
das duas atividades – pesca e turismo – e com as legislações que as regem.

Turismo de Pesca compreende as atividades turísticas


decorrentes da prática da pesca amadora.

Para fins de delimitação do segmento, esclarecem-se os termos que seguem:

Atividades turísticas
No caso do Turismo de Pesca, as atividades turísticas são geradas pela
prática da pesca amadora envolvendo a oferta de equipamentos, produtos e
serviços, tais como:

• Operação e agenciamento.
• Transporte, como os barcos-hotéis e voadeiras.
• Hospedagem.
• Alimentação.
• Recepção.
• Recreação e entretenimento.
• Eventos.
• Material para pesca, como iscas, varas, molinetes etc.
• Outras atividades complementares que existam em função do
turismo.

“Atividade de pesca praticada por brasileiros ou estrangeiros, com a


finalidade de lazer, turismo ou desporto, sem finalidade comercial.”5

Pesca amadora
Por imposição legal6, os peixes abaixo do tamanho mínimo de captura devem
retornar à água e a cota de captura deve ser respeitada.

Para fins turísticos – de planejamento, promoção e comercialização de


5 Portaria IBAMA n.º 30/03 (www.ibama.gov.br/pescaamadora/legislacao/lei_federal)
6 Lei n.º 7.679/88, Portaria IBAMA n.º 73/03–N (www.ibama.gov.br/pescaamadora/legislacao/lei_federal)

16
Turismo de Pesca, principalmente para o mercado internacional, utiliza-se o
termo pesca esportiva7. Trata-se da pesca amadora caracterizada pela prática
de devolver à água os peixes menores (protegidos por lei) e também os maiores
(principais reprodutores e atrativos turísticos). O abate, quando ocorre, limita-se
aos de tamanho intermediário, para o consumo durante a pescaria. É também
conhecida como pesca desportiva. Já o pesque-e-solte consiste no ato de devol-
ver à água todos os peixes capturados “em condições de sobrevivência”.

Relembrando...
A pesca amadora tem finalidade de lazer, turismo ou desporto, sem
fins comerciais. A pesca esportiva consiste na prática de devolver à
água os peixes menores (protegidos por lei) e os maiores (principais
reprodutores). O abate, quando ocorre, limita-se aos de tamanho
intermediário. “Pesque-e-solte” consiste no ato de devolver à água
todos os peixes capturados e em condições de sobrevivência.

2.2 Marcos legais


A primeira referência específica em relação à pesca foi o Decreto n.º 447,
de 19 de maio de 1846 (revogado), que regulamentava a permissão da pesca a
embarcações catalogadas e aos pescadores devidamente matriculados.

Posteriormente, o Decreto-Lei n.º 221, de 28 de fevereiro de 1967, concei-


tuou e regulamentou a atividade de pesca, classificando-a de acordo com sua
finalidade – “Pesca é todo ato tendente a capturar ou extrair elementos, animais
ou vegetais que tenham na água seu normal ou mais freqüente meio de vida”,
podendo a pesca efetuar-se com fins comerciais, desportivos ou científicos:

Pesca comercial – atos de comércio na forma da legislação em vigor.

Pesca desportiva – praticada com linha de mão, por meio de aparelhos de


mergulho ou quaisquer outros permitidos pela autoridade competente e que
em nenhuma hipótese venha a importar em atividade comercial.

Pesca científica – exercida unicamente com fins de pesquisa por instituições


ou pessoas devidamente habilitadas para esse fim.

A evolução das práticas da pesca amadora induz o surgimento de novas


7 O termo esportiva ou desportiva não caracteriza, necessariamente, competição de pesca, definida como “toda atividade na qual os
participantes deverão estar inscritos junto à entidade organizadora, visando concurso com ou sem premiação”, atendendo às categorias
específicas, conforme a Portaria IBAMA n.º 30/03, Art. 2º, Inciso II. O Parágrafo único desse mesmo Artigo estabelece que, “para efeito
desta portaria, as empresas privadas e órgãos públicos que organizam excursões, programas, torneios, encontros, festivais e competições
de pesca tornam-se responsáveis pelo evento”.

17
técnicas para atender às diferentes modalidades de pesca. As principais foram
definidas pelo PNDPA/IBAMA para facilitar a regulamentação da atividade8:

De barranco – modalidade mais popular no Brasil, praticada à beira de rios,


lagos ou represas, que utiliza principalmente linha de mão, caniços simples
de bambu, varas com molinete ou carretilha, varas telescópicas de carbono,
geralmente com iscas naturais.

De arremesso – uma das modalidades mais técnicas e que vem atraindo


adeptos. É feita com iscas naturais ou artificiais, movimentadas para dar a
impressão de um animal vivo.

De corrico ou trolling – o barco permanece em movimento, com o motor


ligado. A técnica consiste em arrastar a isca a uma distância entre 20 e
50 m, com a embarcação em baixa velocidade. Ao ser puxada pelo barco, a
isca parecer estar viva. São utilizadas varas curtas e fortes, iscas naturais ou
artificiais e as linhas devem acompanhar a ação do equipamento.

De rodada – o barco deve descer o rio levado pela correnteza, enquanto


a isca vai acompanhando a embarcação. Tradicionalmente, usa-se caniço de
bambu com linha grossa ou linha de mão, mas também são utilizadas varas
com molinete ou carretilha. Uma opção é a pesca de batida: o barco desce
próximo à margem e o pescador vai batendo o caniço de bambu na água.

Com mosca ou fly fishing – uma das mais antigas modalidades e de


grande apelo para o pescador, utilizam-se iscas artificiais, confeccionadas
artesanalmente com pêlos, penas, fios de plástico e linhas de costura, imitando
insetos e animais.

Para a atividade de pesca, foram divididas ainda, segundo o IBAMA9, as


categorias de pesca amadora para obtenção de Licença, conforme diferentes
ambientes10 para sua realização.

Formas:
Desembarcada – sem o auxílio de embarcações.

Embarcada – com auxílio de embarcações.

Subaquática – com ou sem o auxílio de embarcações, utilizando utensílios de


pesca específicos.
8 BRASIL. Guia de Pesca Amadora: peixes de água doce. Brasília: IBAMA/PNDPA, 2005
9 Portaria IBAMA n.º 30/03
10 Lei n.º 8.617/93 e Comissão Nacional Independente sobre Oceanos

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Ambientes:
Águas marítimas – realizada no mar territorial, na plataforma continental, na
zona econômica exclusiva (ZEE) e nas áreas de alto mar adjacentes a elas.

Águas interiores ou litorâneas – realizada em baías, enseadas, angras,


braços de mar ou áreas de manguezais.

Águas continentais: realizada em água doce (rios, ribeirões, córregos, lagos,


lagoas, represas, açudes etc.).

Há também um aspecto a destacar, que é a qualidade dos peixes de represas


para a pesca, visto a piscosidade (quantidade de peixes pescáveis) dessas
grandes áreas alagadas.

2.2.1 Aspectos legais associados ao Turismo de Pesca


Existem alguns aspectos que são específicos do Turismo de Pesca,
como barcos-hotéis, restaurantes flutuantes, condutores/guias de pesca e
embarcações em geral.

Referente ao cadastramento de barcos-hotéis e restaurantes flutuantes, o


Ministério do Turismo está estudando, junto com o Ministério da Marinha/
Capitania dos Portos, formas para sua estruturação, já que existe uma boa
demanda, principalmente da Região Norte. Entretanto, qualquer embarcação
brasileira deve obedecer à legislação prevista pela Capitania dos Portos,
destacando-se os seguintes procedimentos:

Procedimentos a serem observados por proprietários de embarcações


(NORMAN-03/DCP)11:

• Inscrição na Capitania dos Portos, suas agências ou delegacias (CP/


DL/AG)12.
• Registro no Tribunal Marítimo sempre que sua Arqueação Bruta exce-
der a 10013.
• Contratação de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por
Embarcações ou por suas Cargas (DPEM).

11 Tais procedimentos foram selecionados de modo a orientar os interessados para os procedimentos gerais exigidos pela Marinha do Brasil.
Desse modo, as embarcações que prestam serviços de Turismo de Pesca devem observar as demais regras descritas na NORMAN-03.
BRASIL. Veja também as questões que envolvem o Turismo Náutico em: MINISTÉRIO DO TURISMO. Secretaria Nacional de Políticas de
Turismo. Turismo Náutico: orientações básicas. Brasília: Ministério do Turismo, 2006. Disponível em: www.turismo.gov.br
12 As embarcações pequenas sem propulsão e os dispositivos flutuantes destinados a serem rebocados, com até 10 metros de comprimento,
estão dispensados da inscrição
13 As embarcações de médio porte estão dispensadas de registro no Tribunal Marítimo

19
Quanto aos empreendimentos náuticos, têm-se:
Procedimentos a serem considerados na implantação de empreendimentos
náuticos (de acordo com o Decreto-Lei n.° 3.438 de 17 de julho de 1941
e a instrução PORTOMARINST n.° 318.001 de 20 de outubro de 1980, da
Capitania dos Portos do Brasil):

• As terras ribeirinhas e litorâneas brasileiras são consideradas de


domínio da União, estando sujeitas à concessão de uso e licença
pelo Serviço de Patrimônio da União e ao pagamento de um valor
pertinente ao laudêmio14.
• São considerados terrenos de marinha “todos os que, banhados pelas
águas do mar ou dos rios navegáveis, vão até 33 metros para a parte
da terra, contados desde o ponto a que chega o preamar médio”.

Por fim, em relação aos guias de pesca, o Ministério do Turismo contempla


os mesmos no sistema Cadastur15 como guia de turismo especializado em
atrativos naturais, enquanto que o IBAMA, por meio do Programa Nacional de
Desenvolvimento da Pesca Amadora – PNDPA, realiza capacitações e cadastro
dos condutores/guias de pesca.

2.2.2 Código de Defesa do Consumidor


O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi estabelecido pela Lei n.º
8.078/1990 como forma de proteção e defesa dos direitos dos consumidores em
suas relações de consumo garantidas pela Constituição Federal. Integralmente,
o CDC é um instrumento fundamental ao segmento por garantir direitos a
turistas em viagem sob qualquer motivação.

2.2.3 Acessibilidade
O Ministério do Turismo adota como parte da sua política estrutural a
inclusão das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. A partir
desse contexto, busca promover a acessibilidade dos espaços, equipamentos,
serviços e informações turísticas. Versam sobre o assunto, entre outras, as
seguintes legislações16:

14 Laudêmio: compensação devida ao senhorio direto, por não usar o direito de preferência quando o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel
foreiro. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Versão 1.0
15 Para mais informações, acesse o site: www.cadastur.turismo.gov.br
16 Os marcos legais sobre acessibilidade estão disponíveis em: http://www.presidencia.gov.br/sedh/corde
– http://www.presidencia.gov.br/sedh/conade – http://www.presidencia.gov.br/cndi – http://www.turismo.gov.br
– http://www.cidades.gov.br – http://www.abnt.org.br

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a) Lei n.º 10.048/2000 – dá prioridade de atendimento às pessoas que
especifica e dá outras providências.
b) Lei n.º 10.098/2000 – estabelece normas gerais e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida.
c) Decreto n.º 5.296/2004 – regulamenta a Lei n.º 10.048/2000, que
dá prioridade e atendimento às pessoas, e a Lei n.º 10.098/2000,
que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida.
d) Lei n.º 10.741/2003 – dispõe sobre o Estatuto do Idoso.
e) Lei n.º 11.126/2005 – dispõe sobre o direito da pessoa com
deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso
coletivo acompanhada de cão-guia.
f) Decreto n.º 5.904, de 21 de setembro de 2006 – regulamenta a Lei
n.º 11.126, de 27 de junho de 2005, que dispõe sobre o direito da
pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes
de uso coletivo acompanhada de cão-guia e dá outras providências.
g) Decreto n.º 5.626/2005 – regulamenta a Lei n.º 10.436/2002, que
dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei
n.º 10.098/2000.
h) Portaria n.º 310/2006 – aprova a Norma Complementar n.º 01/2006,
que trata de recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência,
na programação veiculada nos serviços de radiodifusão de sons e
imagens e de retransmissão de televisão.
i) NBR 15320:2005 – acessibilidade à pessoa com deficiência no
transporte rodoviário.
j) NBR 14021:2005 – transporte – acessibilidade no sistema de trem
urbano ou metropolitano.
k) NBR 14022:1998 – acessibilidade à pessoa portadora de deficiência
em ônibus e trólebus, para atendimento urbano e intermunicipal.
l) NBR 15250:2005 – acessibilidade em caixa de auto-atendimento
bancário.
m) NBR 15290:2005 – acessibilidade em comunicação na televisão.
n) NBR 9050:2004 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos.
o) NBR 13994:2000 – elevadores de passageiros – elevadores para
transporte de pessoa portadora de deficiência.
p) NBR 14273:1999 – acessibilidade da pessoa portadora de deficiência
no transporte aéreo comercial.

21
 Recomendações gerais e prazos – para o desenvolvimento da
acessibilidade, é importante observar as orientações contidas no documento
Turismo e Acessibilidade: Manual de Orientações17, incorporando
recomendações e legislações pertinentes:

• A acessibilidade no meio urbano deve ser observada no Plano Diretor


Municipal, nos Planos Diretores de Transporte e de Trânsito, no Có-
digo de Obras, no Código de Postura, na Lei de Uso e Ocupação do
Solo e na Lei do Sistema Viário, conforme Decreto n.º 5.296/2004.
• Para a concessão de Alvará de Funcionamento e da Carta de Habite-
se, deve ser observado o cumprimento da acessibilidade previsto res-
pectivamente no § 1º e § 2º do art. 13 do Decreto n.º 5.296/2004 e
nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
• A aprovação de financiamento de projetos com a utilização de recur-
sos públicos, entre eles os de natureza arquitetônica e urbanística, os
tocantes à comunicação e informação e os referentes ao transporte
coletivo, por meio de qualquer instrumento (convênio, acordo, ajuste,
contrato ou similar), fica sujeita ao cumprimento das disposições do
Decreto n.º 5.296/2004, conforme disposto no inciso III do artigo 2º.
• As edificações de uso público já existentes devem estar adaptadas
para a acessibilidade das pessoas com deficiência (§ 1º, art. 19,
Decreto n.º 5.296/2004) a partir junho de 2007.
• Os estabelecimentos de uso coletivo têm o prazo até dezembro de
2008 para realizarem as adaptações para acessibilidade (§ 8º, art. 23,
Decreto n.º 5.296/2004).
• Todos os veículos do transporte coletivo rodoviário, aquaviário, me-
troferroviário, ferroviário e aéreo deverão ser fabricados de acordo
com as Normas de Acessibilidade até dezembro de 2007 (art. 40 e
art. 42, § 2º, Decreto n.º 5.296/2004).
• Os serviços de transporte coletivo aéreo e os equipamentos de acesso
às aeronaves devem estar acessíveis e disponíveis para serem ope-
rados por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida até
dezembro de 2007 (art. 44, Decreto n.º 5.296/2004).
• Toda a frota de veículos do transporte coletivo rodoviário, metro-
ferroviário e ferroviário deve estar acessível a partir de dezembro de
2014 (art. 38, § 3º e art. 42, Decreto n.º 5.296/2004).
• As empresas concessionárias e permissionárias dos serviços de trans-
porte coletivo aquaviário devem garantir a acessibilidade da frota de
17 Disponível em: www.turismo.gov.br

22
veículos em circulação, inclusive de seus equipamentos, a partir de
junho de 2009 (art. 41, Decreto n.º 5.296/2004).
• Os portais e endereços eletrônicos da Administração Pública devem
estar acessíveis às pessoas com deficiência visual a partir de dezem-
bro de 2005 (art. 47, Decreto n.º 5.296/2004).
• Para a obtenção de financiamento público, é exigido o cumprimento
da acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, em portais e
endereços eletrônicos de interesse público, a partir de junho de 2005
(art. 48, Decreto n.º 5.296/2004).
• Os pronunciamentos do presidente da República em rede de tele-
visão devem ser acessíveis por meio de janela de Libras a partir de
junho de 2005 (parágrafo único, art. 57, Decreto n.º 5.296/2004).

Importante referir que, para a plena aplicabilidade do Decreto n.º


5.296/2004 e da Lei n.º 10.098/2000, os governos federal, estadual e
municipal devem fortalecer a legislação sobre a acessibilidade nas respectivas
instâncias para garantir que todas as pessoas tenham o mesmo direito de
acesso aos espaços públicos, aos equipamentos, atrativos e serviços turísticos.
Sendo assim, nas regiões turísticas onde as questões da acessibilidade são
reais para os próprios habitantes e para os turistas todo o esforço deve ser
feito pelos gestores públicos e agentes locais para inserir nas políticas de
turismo as necessidades de acessibilidade de todos os cidadãos. O setor
turístico também deve empreender ações visando à inserção das pessoas
com deficiência no mercado de trabalho pela prestação de serviços turísticos,
em cumprimento à legislação.

Compete ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de


Deficiência – CONADE, aos Conselhos Estaduais, Municipais e do Distrito
Federal e às organizações representativas de pessoas com deficiência
acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento da acessibilidade.

2.3 O turista de pesca


Para a elaboração de quaisquer produtos ou empreendimentos turísticos, é
necessário conhecer as características de quem pratica a atividade. Apesar dos
poucos estudos sobre o perfil do turista de pesca, há um estudo publicado em
200018, pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), feito
no Pantanal Sul-Mato-Grossense, que possibilita compreender o perfil deste
turista, quando brasileiro:

18 MORAES & SEIDL, 2000

23
Quadro 1 – Demografia dos pescadores esportivos que visitam o sul do
Pantanal, 1994:

Categoria Média ou % do total


Idade (anos) 43,10
Renda mensal (US$) 4.408,30
Homens 99%
Número de pessoas por grupo 7,42
Primário completo 5%
Primeiro grau completo 6%
Secundário completo 30%
Curso superior completo 52%
Mestrado ou doutorado completo 4%
Número de familiares acima de 16 anos 2,01
Número de familiares abaixo de 16 anos 0,95
Profissionais liberais 32%
Comerciantes 27%
Serviços 16%
Empresários da indústria 13%

A mesma pesquisa mostra que o turista de pesca é preocupado com a


conservação da natureza e procura interferir o mínimo possível nos recursos
naturais e na vida da comunidade local. São pessoas que viajam a partir de
lugares distantes e voltam diversas vezes ao Pantanal, porque a região oferece
uma grande variedade de peixes. Essa é a maior razão de atratividade para
esse turista.

Em resumo, o turista de pesca apresenta, ainda de acordo com a referida


pesquisa, as seguintes características:

• Faixa etária entre 30 e 50 anos.


• Sexo masculino19.
• Nível superior.
• Gasto médio de R$ 1.500,00.
• Pequenos grupos.

19 Por essa característica, é preciso que se trabalhe no combate ao turismo sexual de crianças e adolescentes. Para tanto, ver mais sobre o
Programa Turismo Sustentável e Infância, do Ministério do Turismo, disponível em: http://www.unb.br/cet/turismoeinfancia2007/index.php

24
Sendo assim, é possível, por meio do estudo, ter uma referência do perfil
da demanda, mas é preciso aprofundar nas nuances desse tipo de turista
em outras regiões, tanto o brasileiro como o estrangeiro, para que haja um
planejamento estratégico voltado às necessidades dessa demanda.

Além da pesquisa de demanda, é preciso atenção a algumas observações20


que envolvem o turista de pesca e também prestadores de serviços, no que
diz respeito à legislação do exercício da atividade de pesca no âmbito do
turismo:

1) Portar licença para pesca amadora21


O licenciamento é a forma de controlar a exploração dos recursos
pesqueiros e arrecadar recursos para implementação de planos de gestão
e fiscalização, de forma a garantir a manutenção dos estoques. A licença é
obrigatória22 para a utilização de molinete/carretilha ou pesca embarcada e
pode ser solicitada em diferentes postos de atendimento como: Gerência
Executiva e Escritórios Regionais do IBAMA, bancos, lotéricas, lojas de
pesca, entre outros, em todas as Unidades da Federação23. A licença deve
ser apresentada acompanhada do respectivo comprovante de pagamento e
do documento de identidade do pescador. Licenciando-se, o pescador está
garantindo a prática legal da atividade válida em todo o território nacional.
As normas estaduais, mesmo assim, devem ser respeitadas.

Modelo da Licença para Pesca Amadora fornecida pelo IBAMA


20 BRASIL. Guia de Pesca Amadora: peixes de água doce. Brasília: IBAMA/PNDPA, 2005
21 Portaria IBAMA n.º 39/03
22 São dispensados do licenciamento para pesca amadora e podem requerer Carteira de Identificação de caráter optativo:
i) pescadores desembarcados que utilizam somente linha de mão, ou vara, linha e anzol
ii) menores de 18 anos, não tendo direito à quantidade de pescado prevista em norma
iii) aposentados, homens acima de 65 anos, mulheres acima de 60 anos (desde que não sejam filiados a clubes ou associações de
pescadores amadores)
23 Os locais em todas as UFs podem ser encontrados em: http://www.ibama.gov.br/pescaamadora

25
No caso do turista estrangeiro que queira praticar a pesca esportiva no Brasil,
é preciso também retirar a licença. Entretanto, para obtê-la, o interessado
deverá se encaminhar aos postos de atendimento citados anteriormente ou
comunicar ao operador de turismo para que este emita sua licença de forma
mais prática.

Relembrando...
É obrigatório o porte de licença para pescar embarcado ou com
molinete e carretilha. Pescar sem autorização do órgão ambiental
competente acarreta em multa.

2) Respeitar o defeso24
Defeso é o período de proibição da pesca das espécies protegidas. Ele
prevê penalidades para quem desrespeitar a Lei e os benefícios sociais e
ecológicos oferecidos por ela.

A época de defeso visa a proteger uma ou várias espécies ameaçadas


durante um período. Nas pescarias de água doce, o defeso é estabelecido
principalmente durante as migrações de reprodução do animal (piracema),
que abrange os meses de novembro e fevereiro, quando os cardumes realizam
as migrações de desova, com algumas variações anuais dependendo das
condições de nível d’água de cada bacia hidrográfica.

Algumas espécies que não realizam migrações de desova e são importantes


para a pesca esportiva, como os tucunarés, têm sua pesca liberada o ano todo,
desde que se respeite a cota e o tamanho mínimo de captura.

Os pescadores de subsistência que pescam com linha de mão ou caniço


podem pescar durante o defeso para sua alimentação e da sua família.
Eventualmente, as regras para o defeso podem estar menos rígidas
em função da bacia hidrográfica, sendo a pesca permitida, mas a cota
de captura menor.

Os períodos de defeso e as restrições para a pesca podem mudar a cada


ano, o que faz fundamental a consulta às Instruções Normativas do Ministério
do Meio Ambiente, que regulamentam a pesca nesse período e encontram-se
no sítio: www.ibama.gov.br/pndpa

24 Lei n.º 7.679/88

26
O Decreto n.º 3179 de 21/09/9925, no Art. 19, regulamenta os valores das
multas e sanções nos casos de pesca em período no qual estiver proibida ou
em lugares interditados por órgão competente, e prevê:

• PENA: detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas


cumulativamente.
• MULTA: de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil
reais) .
26


PARÁGRAFO ÚNICO. INCORRE NAS MESMAS PENAS QUEM:
I – Pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com
tamanhos inferiores aos permitidos.
II – Pesca quantidades superiores às permitidas ou mediante a utilização
de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos.
III – Transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes
provenientes da coleta, apanha e pesca proibida.

3) Respeitar as cotas de captura e transporte27


Ter consciência de não voltar para casa com mais peixes do que vai consumir,
apenas por vaidade. As cotas variam em cada Estado e apresentam legislações
específicas. Ver quadro de cotas de captura e transporte no ANEXO II.

4) Respeitar os tamanhos mínimos de captura


Ter bom senso de soltar os peixes jovens de espécies que ainda não têm
tamanho mínimo estabelecido, bem como os peixes muito grandes. Ver tabela
de tamanhos mínimos de captura e transporte no ANEXO III.

5) Soltar as espécies cuja pesca for proibida


Importante para manter a existência destas, que geralmente se encontram
ameaçadas de extinção. São proibidas hoje por não ter havido respeito no
passado. Essa regra é fundamentada em legislação, mas deveria ser iniciativa
dos próprios pescadores, já que são os principais beneficiários da atividade,
seja para sua subsistência, seja para os ganhos da prática turística. Por isso,
há necessidade de sensibilizar os próprios pescadores quanto à importância
de se preservar as espécies ameaçadas de extinção. Ver quadro das espécies
proibidas no ANEXO IV.

25 Este decreto pode ser encontrado no sítio: http://www.pesca.com.br/mundodapesca/servicos/legislacao.htm


26 Art. 5º – O valor da multa de que trata este Decreto será corrigido, periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação
pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais)
27 Esta e demais regras (3 a 8): BRASIL. Guia de Pesca Amadora: peixes de água doce. Brasília: IBAMA/PNDPA, 2005

27
6) Não pescar em áreas proibidas
Nas Unidades de Conservação de Proteção Integral, é proibido pescar. No
sítio www.ibama.gov.br, no que se refere ao Sistema Nacional de Unidades de
Conservação – SNUC, encontra-se uma tabela com as Unidades de Conservação
estabelecidas por leis federais, estaduais e municipais. Ver também quadro
com a lista dos tipos de Unidades de Conservação Federais no ANEXO V.

• Rios ou trechos de rio em que a pesca comercial é proibida e a pesca


amadora liberada desde que o pescador solte todos os peixes.
• Em conjunto de lagos em que haja rodízio proibindo-se a pesca
alternadamente em cada um deles.
• Em lagoas de crescimento de peixe, cuja pesca é proibida em alguns
Estados.
• Pesca próxima a barragens, cachoeiras e confluências de rios também
é proibida, por serem lugares onde os peixes se concentram e também
por ser perigoso. A extensão da área proibida aumenta no período de
defeso.

7) Pescar e soltar
Uma realidade incontestável nos dias de hoje é que nossos rios, mares e
canais estão menos piscosos que alguns anos atrás. Histórias de grandes peixes
são cada vez mais raras por diversos motivos:

• Crescimento da pesca profissional.


• Agressões ao meio ambiente (poluição, desmatamento, queimadas).
• Pesca amadora sem os devidos cuidados.

O pesque-e-solte é uma forma de lazer que pode garantir a reprodução das


espécies e a sustentabilidade da pesca amadora.

8) Não introduzir espécies


A introdução de espécies exógenas (não nativas) no ambiente de pesca
pode causar problemas ambientais graves como a predação ou mesmo a
extinção das espécies nativas, comprometendo o equilíbrio ecológico.

Relembrando...
Respeitando-se o defeso, as espécies protegidas poderão ser capturadas
em outras épocas do ano. Atenção aos aspectos legais sobre as
embarcações brasileiras que prestam serviço ao Turismo de Pesca.

28
Bases para o Desenvolvimento
do Turismo de Pesca
Para o desenvolvimento do segmento, deve-se considerar a viabilidade da
região e sua atratividade, que está diretamente relacionada com a presença de
peixes de interesse da pesca esportiva.

3.1 Atratividade e viabilidade da região


O Turismo de Pesca poderá ser desenvolvido de acordo com as seguintes
variáveis que devem ser observadas:

• Existência de corpos d’água.


• Espécies de peixes específicas de atratividade à pesca esportiva28.
• Infra-estrutura básica e de apoio para o Turismo de Pesca.
• Condições de acesso aos locais de pesca.
• Capacidade de suporte do corpo d’água e de sua margem.
• Sustentabilidade da paisagem no entorno.
• Respeito à legislação.
• Promoção e comercialização do produto de Turismo de Pesca nos
mercados nacional e internacional.

3.2 O atrativo principal


O peixe é o atrativo principal do produto, pois é o que motiva a ida do
turista até o destino. Como o produto do Turismo de Pesca é diferenciado,
merece que se chame atenção sobre alguns elementos como:

• Espécies de interesse existentes na região.


• Hábitos alimentares dos peixes.
• Melhores lugares para pesca.
• Épocas apropriadas de pesca.
• Prospecção da pesca nos rios da região.
• Segurança.
• Embarcações e equipamentos utilizados.
• Acesso facilitado a informações, principalmente quanto à legislação.
28 A descrição de peixes que têm atratividade para a pesca esportiva pode ser encontrada nos Guias de Pesca publicados pelo Programa
Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora, disponível em: www.ibama.gov.br/pndpa

29
Convém chamar atenção para o comportamento das diferentes espécies,
pois peixes como o tucunaré são muito agressivos; a carpa precisa que a isca
esteja em movimento etc. Merecem destaque ainda os hábitos alimentares dos
peixes, item importante para que se possa definir o tipo de isca a ser utilizada
na captura.

São utilizados dois tipos de iscas para a captura, a natural ou viva e a


artificial.

A isca viva para ser comercializada deve obedecer aos critérios constantes
em Lei de cada Estado. Outra preocupação em relação à isca viva é a
sustentabilidade, pois ela é alimento da avifauna29 local e de aves migratórias.

Os pesquisadores sugerem que, para diminuir a mortalidade das iscas vivas


capturadas, que são uma oportunidade de trabalho dos residentes locais,
sejam utilizados técnica, equipamentos e treinamentos com os pescadores de
iscas vivas para se obter um manejo sustentável e a seletividade na captura.

O pescador deve ainda ter algumas informações como: o alimento


preferencial do peixe e os lugares prováveis que a espécie freqüenta, pois isso
torna a pescaria mais inteligente e racional.

Outras informações relevantes dizem respeito à estimativa da quantidade de


peixes existentes no lugar, a dinâmica reprodutiva da ictiofauna, o que define as
possibilidades de pesca e atende às recomendações discutidas anteriormente.
Portanto, o incentivo a pesquisas sobre essas questões é necessário para que
o atrativo principal do segmento não entre em extinção e se avalie o tipo de
pesca permitido na região.

É recomendável que se desenvolvam materiais informativos como manuais


e sítios eletrônicos sobre essas peculiaridades em cada região.

3.3 Fatores essenciais para o Turismo de Pesca


O desenvolvimento sustentável do segmento atento aos mais elevados
padrões de qualidade deve considerar, necessariamente, os seguintes fatores:

Paisagem – existência de áreas naturais ricas em corpos d’água


conservados e de elementos culturais da região.

29 O conjunto das aves de uma região ou ambiente. Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Versão 1.0

30
Acesso – em relação ao Turismo de Pesca, o acesso está relacionado à
presença de piers, atracadouros30 e embarcadouros. Quando se trata de
locais distantes ou isolados, o acesso a eles se dá por meio dos barcos-
hotéis. Outra opção de acesso a esses lugares são as lanchas, voadeiras,
hidroaviões e helicópteros, que necessitam de infra-estrutura especial. Todos
esses equipamentos devem ser bem estruturados e oferecer segurança e
qualidade de serviços, incluindo sinalização e adaptações necessárias para
pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida.

Transportes – os meios de transporte para os locais de pesca podem ser


lanchas e voadeiras. Durante a sua permanência, contudo, podem utilizar
serviços de receptivo para fazer roteiros turísticos agregando valor ao
produto de Turismo de Pesca, apesar de ser pouco comum entre os turistas
de pesca, já que seu objetivo é a pesca. Nesse caso, utilizam vans, jipes,
helicópteros etc.

Meios de hospedagem – o turista de pesca utiliza os meios de


hospedagem convencionais, contudo, pela natureza da atividade, prefere
meios de hospedagem especializados, como o barco-hotel. Este deve ofertar
serviços e produtos diferenciados, tais como: iscas e utensílios de pesca,
botes motorizados, câmaras frigoríficas, condutores experientes, refeições
com pratos típicos regionais, além daqueles feitos com peixes capturados.
Qualquer meio de hospedagem utilizado deve ter segurança, conforto,
comodidade, higiene e qualidade no atendimento.

Serviços de alimentação – são diversos e podem ser oferecidos em


restaurantes, lanchonetes, nos barcos-hotéis e outros. Devem-se levar em
conta a gastronomia regional, a tematização do ambiente conforme cultura
local, a qualidade, incluindo a higiene na manipulação de alimentos31.

Serviços de informação – são muito importantes e devem ser feitos


por profissionais capacitados que tenham, inclusive, informações gerais
sobre a legislação, localidade, comportamento do peixe, atrações turísticas
e atividades do segmento. Os materiais de informação são site, fôlderes,
mapas e outros ilustrativos de boa qualidade e atrativos com imagens que
correspondam à realidade e conteúdo em outros idiomas. Esses serviços

30 Descrição de atracadouro. Ver mais sobre o assunto em: MINISTÉRIO DO TURISMO. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Turismo
Náutico: orientações básicas. Brasília: Ministério do Turismo, 2006. Disponível em: institucional.turismo.gov.br
31 Sobre cuidados na manipulação dos alimentos, ver cartilha de Boas Práticas de Serviços de Alimentação, produzida pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária – ANVISA, disponível em: http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/alimentos/cartilha_gicra.pdf

31
devem estar disponíveis nos Centros de Informações Turísticas localizados
em áreas acessíveis ao turista, como: aeroportos, portos, hotéis, junto aos
atrativos e outros.

Os serviços de apoio para o Turismo de Pesca envolvem serviços específicos


para a prática da atividade. São eles:

Fornecedores de iscas – ver item 3.2 – Atrativo principal.

Guias e condutores – devem ser profissionais cadastrados pelo


Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora, capacitados
e especializados. Como parte da demanda de pesca é de estrangeiros, o
guia intérprete é fundamental. Os serviços de guias e condutores estão
vinculados às agências de receptivo e os Centros de Informações Turísticas
podem também disponibilizar informações sobre esses profissionais. Devem
participar de reciclagem e aperfeiçoamentos.

O turista de pesca não exige luxo, mas limpeza, conforto, infra-


estrutura e bom atendimento. Turista bem atendido retorna ao
destino e ainda divulga o lugar.

3.4 Envolvimento da comunidade


A comunidade deve estar sempre envolvida com a atividade turística para
que se fortaleçam as relações com os turistas e a manutenção dos valores
de identidade local e a conservação do ambiente. Para que a comunidade
seja atuante e participativa, deve estar organizada e consciente de seu papel,
envolvida nas atividades de guia de turismo, piloteiro, hotelaria, restaurantes,
barcos-hotéis e outras atividades.

Aliás, ninguém melhor que a própria comunidade local para se locomover


em áreas de grande extensão e saber os melhores locais para a pesca. É preciso
apenas sua capacitação para condução de turistas e aperfeiçoamento no uso
das embarcações e novas tecnologias da área.

Outra alternativa de participação da comunidade local é no abastecimento


de alimentos nos barcos-hotéis, fornecendo verduras, legumes, frutas, pães e
outros alimentos regionais; na comercialização de material para pesca; e na

32
participação de cursos náuticos, como o de Arrais, e cursos específicos para a
atividade de pesca.

A comunidade pode também envolver-se com o segmento oferecendo


alternativas de roteiros turísticos, apresentando aos turistas suas manifestações
culturais, culinária local, artesanatos, enfim, uma variedade de atividades
complementares ao Turismo de Pesca.

É importante lembrar que o envolvimento da comunidade na atividade


turística evita problemas com os investidores de fora, uma vez que se sente
participativa no processo e se beneficia tanto com melhorias do local onde
vive, como no aumento de sua renda. Caso contrário, comportamentos hostis,
de não aceitação da atividade por turistas na região podem se repetir em
várias localidades.

É preciso que a comunidade seja participante ativa do processo


de desenvolvimento da atividade na região. A comunidade local é a
grande aliada da atividade de Turismo de Pesca, pois seu conhecimento
a respeito do meio ambiente agrega valor à atividade e contribui para
a solução de problemas sociais, econômicos, culturais e políticos.

33
34
Agregação de Atratividade

4.1 Integração de atividades e segmentos


A agregação de atratividade é uma estratégia para diferenciar produtos
turísticos, incorporando atividades, serviços, valor e outros atributos à atividade
principal de pesca.

Trata-se de agregar benefícios a produtos de Turismo de Pesca capazes de


serem percebidos pelo turista, oferecendo novas possibilidades de uso, em
relação ao seu investimento. Desse modo, a oferta de novas possibilidades de
vivência também estimula o prolongamento da visita do turista no destino e o
aumento de gasto no local.

Além disso, a agregação de atratividade traz benefícios para o lugar porque


ajuda a minimizar a sazonalidade criando novas oportunidades para o destino,
como: competições esportivas, atividades de aventura, de ecoturismo, eventos,
atividades culturais, náuticas, gastronomia, produção associada e outras.

O ambiente agrega um valor diferenciado e importante às atividades de


pesca, porque o atrativo da pesca amadora – o peixe – deve estar nos ambientes
conservados e preservados.

O Turismo de Pesca por si só é capaz de atrair turistas do mundo


inteiro, devendo agregar outros atrativos e outras opções de produtos
(sem perder a essência, a prática da pesca amadora).

As atrações turísticas agregadas passíveis de visitação devem ser alcançadas


em curto espaço de tempo. Dessa forma, os atrativos devem se localizar relati-
vamente próximos e não demandar muito tempo para o passeio.

O ambiente necessário ao Turismo de Pesca tende a ser, e deve mesmo ser,


propício ao desenvolvimento de atividades ligadas a outros segmentos. O potencial
de rios na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, sugere a prática de
atividades relacionadas ao Ecoturismo, como a observação de fauna e flora.

35
Essa relação é ainda mais evidente considerando-se a importância da
conservação de rios e de suas espécies para a manutenção das atividades de
pesca ao longo do tempo.

Atividades ligadas ao Turismo de Aventura podem ser contempladas sempre


que não configurarem risco às atividades de pesca. E em áreas costeiras,
especialmente, considerar as possibilidades de interação com o Turismo Náutico
e mesmo o Esportivo32.

4.2 Interpretação ambiental


A interpretação consiste em explicar o significado de determinado recurso
e proporcionar a vivência turística em que o turista compreende o ambiente.
A interpretação torna o visitante consciente das questões socioambientais,
contribuindo para a preservação da flora e fauna. O trabalho interpretativo
pode ser realizado pelos guias e auxiliado por material informativo, além de
sinalização turística adequada.

Para o Turismo de Pesca, em especial, a interpretação pode estimular um


novo olhar em relação ao uso racional e à conservação dos recursos envolvidos.
A metodologia utilizada pela interpretação ambiental33 pode ser um instrumento
de sensibilização tanto dos pescadores locais como dos turistas do segmento
quanto ao respeito da legislação vigente, principalmente no que tange ao defeso
e proibição da pesca de espécies em extinção.

4.3 Valorização da identidade local


Há que se contemplar a valorização da diversidade cultural nas viagens com
ênfase aos saberes e fazeres e a identidade cultural na experiência turística que
é, antes de tudo, cultural. As artes, artesanato, gastronomia típica, danças,
músicas, folclore, modos de vida e o cotidiano das comunidades são fontes de
aprendizado, intercâmbio e fruição cultural para o turista.

Essa vivência cultural pode ser incorporada ao segmento do Turismo de


Pesca sob a forma de visitação a atrativos turísticos culturais ou a incorporação
e valorização desses elementos de identidade local na oferta de serviços de
alimentação, de hospedagem, de recreação, de atividades como oficinas de artes
e ofícios, a própria atividade de pesca, com suas técnicas, histórias e lendas etc.

32 Ver documentos do Ministério do Turismo, sobre as orientações básicas dos segmentos turísticos, disponível em:
www.turismo.gov.br
33 Ver documento sobre orientações básicas do Ecoturismo, produzido pelo Ministério do Turismo

36
Por outro lado, a prática do Turismo de Pesca pode auxiliar na preservação
dos modos de vida, dos saberes e fazeres das comunidades envolvidas, já que
possuem comportamentos e técnicas peculiares na lida dos peixes.

Portanto, a agregação de atratividade tem sido cada vez mais voltada à


experimentação turística com o desafio de proporcionar sensações e emoções.
É preciso oferecer algo novo e envolver o turista pelo aprendizado e pelo
conhecimento. Assim, além de aumentar a probabilidade de retorno do turista
e criar canal de divulgação positiva da região, contribui-se para o eventual
aumento do tempo médio de estadia dos turistas.

37
38
Turismo de Pesca e Mercado
5.1 Tendências
Entende-se o Brasil, pelo potencial costeiro e de rios, como destino de
grande interesse ao Turismo de Pesca. Regiões com ecossistemas únicos, como
Amazônia e Pantanal, tendem a aumentar sua participação no universo dos
destinos eleitos, inclusive pela demanda internacional.

Para desenvolver os produtos do segmento e alcançar sucesso na


comercialização, devem ser considerados todos os fatores e as peculiaridades
do produto, muitos dos quais abordados neste documento.

5.2 Promoção e comercialização34


O Turismo de Pesca vem se destacando como opção de desenvolvimento
para determinadas regiões, especialmente pela capacidade de promover novas
oportunidades de trabalho para a comunidade local e a conservação de recursos
naturais. O planejamento e a operacionalização desse segmento devem ocorrer
de forma integrada com os órgãos oficiais de meio ambiente, comunidades locais,
prestadores de serviços turísticos, institutos de pesquisa e possíveis parceiros.
A proposta deve contemplar os objetivos da atividade turística de promover o
desenvolvimento, beneficiar as comunidades receptoras, incentivar a conservação
do meio ambiente e atender às expectativas do turista de pesca.

Turistas – é necessário conhecer seu perfil, procedência, expectativas,


hábitos, costumes, associações e organizações às quais estão associados para
que sejam formatados produtos atrativos e de qualidade.

Empresários – são atores da cadeia produtiva importantíssimos, por isso


devem ser bem informados da evolução constante em relação a equipamentos,
formas de trabalho dos condutores, agências e serviços de hospedagem. Além
disso, os empresários devem se preocupar em auxiliar na qualificação de
todas as pessoas que trabalham com o segmento, de preferência envolvendo
a comunidade local. Podem também apropriar-se das informações dadas
pelas pesquisas realizadas das quais devem ser incentivadores, afinal eles
mesmos ganham quando disponibilizam informações corretas para a
demanda do segmento.
34 Para saber mais sobre o assunto, consulte o documento do Ministério do Turismo: Promoção e Apoio à Comercialização – Módulo 8.
Brasília, MTur: 2006. Disponível em: www.turismo.gov.br

39
A distribuição é feita por operadoras específicas para viagens de Turismo
de Pesca e, algumas vezes, pelas associações e organizações de pescadores
amadores, que tanto distribuem quanto promovem o destino para os seus
associados. O segmento pode também ser promovido diretamente por empresas
que prestam serviços nas destinações turísticas, como meios de hospedagem
diversos, locadoras de barcos e condutores.

Vale ressaltar a importância da elaboração de um plano de


marketing bem estruturado para possibilitar que o produto turístico
seja colocado no mercado e evidencie a potencialização de suas
qualidades. A comercialização do produto também pode ser
facilitada se forem levadas em consideração as informações
levantadas nas pesquisas de demanda, geralmente realizadas
por órgãos oficiais de turismo.

Outro ponto a destacar refere-se à elaboração de material informativo e


fôlderes para comercialização de produtos de Turismo de Pesca, que também
são necessários para a promoção do segmento. Nesse caso, destaca-se a
necessidade de utilização de uma linguagem adequada ao perfil do público-
alvo. Para empreendimentos que fazem a venda direta dos produtos, um sítio
eletrônico bem elaborado, com informações em outros idiomas dos marcos
legais e produtos de Turismo de Pesca, destacando os diferenciais do destino
(atrativo principal, hábito do peixe, período de defeso etc.), contribui para sua
promoção e comercialização.

40
Referenciais Bibliográficos
BANDUCCI JR, Á. e MORETTI, E. C. (org.) Qual Paraíso? Turismo e ambiente
em Bonito e Pantanal. São Paulo: Chronos: Campo Grande: Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul, 2001.
BRASIL, Bass on line. Pescar e Soltar. Disponível em
http://www.bassonline.com.br. Acesso em 19 de outubro de 2005.
BRASIL. Ministério do Turismo. Diretrizes do Segmento de Turismo de
Pesca. Brasília: Ministério do Turismo, 2005.
____________. Inventário da Oferta Turística. Brasília: Ministério do
Turismo, 2004.
____________. Legislação. Disponível em http://institucional.turismo.gov.br.
Acesso em 18 de outubro de 2005
____________. Marco Conceitual do Segmento de Turismo de Pesca.
Brasília: Ministério do Turismo, 2005.
____________. Programa Nacional de Orientação para Implantação de Ma-
rinas nas Águas Interiores Brasileiras. Brasília: Ministério do Turismo, 2003.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, American Sportfishing Association. HOME.
Disponível em http://www.asafishing.org/asa/index.html. Acesso em 20 de
outubro de 2005.
IBAMA. Guia de Pesca Amadora: peixes de água doce. Programa Nacional
de Desenvolvimento de Pesca Amadora. Brasília: IBAMA, 2005.
IBAMA. Legislação. Programa Nacional do Desenvolvimento da Pesca Amadora.
Disponível em http://www.ibama.gov.br/pescaamadora/legislacao/lei_federal.php
IBAMA. Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora.
Disponível em http://www.ibama.gov.br/pndpa/. Acesso em 17 de outubro
de 2005.
IBAMA. Sensibilização da Comunidade para o Turismo de Pesca. Progra-
ma Nacional do Desenvolvimento da Pesca Amadora. Brasília: IBAMA, 2000.
MARINHA DO BRASIL. Normas da Autoridade Marítima. Disponível em:
https://www.dpc.mar.mil.br/Normam/TabelaNormas.htm. Acesso em 25 de setembro
de 2005.

41
MORAES, André S. SEIDL, Andrew F. Perfil dos Pescadores Esportivos do
Sul do Pantanal. Corumbá: EMBRAPA Pantanal, 2000.
Revista Pesca Esportiva. A Revista. Disponível em
http://www.revistapesca.com.br/anuncie_revistapesca.php. Acesso em 18 de
outubro de 2005.
UENO, Erick M. Projeto de Diagnóstico do Segmento Turismo de Pesca.
São Paulo. Bureau Brasileiro de Turismo de Pesca, 2005.
UENO, Erick M. Projeto de Mapeamento do Segmento de Turismo de
Pesca no Brasil. São Paulo. Bureau Brasileiro de Turismo de Pesca, 2005.

42
Anexos

ANEXO I – Quadro síntese das principais legislações federais


que envolvem a atividade de pesca.

REFERÊNCIA CONTEÚDO
Portaria n.º 039/03 Trata da Licença para Pesca Amadora e do
de 12 de agosto de 2003 formulário para a Carteira de Identificação
do Pescador Amador – Classe Permanente
e Classe Especial
Portaria n.º 30 Estabelece normas gerais para o exercício
de 23 de maio de 2003 da pesca amadora no território nacional
Portaria n.º 01/2001 Representação/IBAMA/AM
de 13 de março de 2001
Lei n°. 9.059 Introduz alterações no Decreto-Lei n.º 221
de 13 de junho de 1995
Lei n.º 7.679 Trata sobre a proibição da pesca em
de 23 de novembro de 1988 períodos de reprodução
Lei n.º 9.605 Dispõe sobre as sanções penais e
de 12 de fevereiro de 1998 administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente e dá
outras providências
Decreto-Lei n.º 3.179 Dispõe sobre a especificação das sanções
de 21 de setembro de 1999 aplicáveis às condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente e dá outras providências
Decreto-Lei n.° 221 Lei de Pesca – dispõe sobre a proteção e
de 28 de fevereiro de 1967 estímulos à pesca
Fonte: www.ibama.gov.br/pndpa e legislacao.planalto.gov.br/legislacao

As demais leis, portarias, decretos e instruções normativas de âmbito federal


e dos Estados podem ser encontrados nos sítios eletrônicos citados acima.

43
ANEXO II – Quadro de cotas de captura e transporte de peixes
por Estado.

ESTADOS COTA LEGISLAÇÃO


10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Acre + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Alagoas + 1 exemplar para pesca
em águas marinhas ou
estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Amapá + 1 exemplar para pesca
em águas marinhas ou
estuarinas
Amazonas 10 kg + 1 exemplar (exceto Decreto
tucunaré) n.º 22.747/2002
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Bahia + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Ceará + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas

10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA


Distrito Federal águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
+ 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Espírito Santo + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas

44
ESTADOS COTA LEGISLAÇÃO
5 kg + 1 exemplar (exceto Portaria Agência
Goiás pirarucu, filhote/piraíba, Ambiental de Goiás
pirarara) n.º 03/2003
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Maranhão + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
Mato Grosso 10 kg + 1 exemplar Lei n.º 7.881/2002

Mato Grosso do Sul 10 kg + 1 exemplar Decreto


n.º 11.724/2004
Minas Gerais 10 kg + 1 exemplar Portaria IEF
n.º 037/2003
Pará 10 kg + 1 exemplar Lei n.º 6.167/1998

10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA


águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Paraná + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
Pernambuco águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
+ 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
Piauí águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
+ 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Rio de Janeiro + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Rio Grande do Norte + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas

45
ESTADOS COTA LEGISLAÇÃO
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Rio Grande do Sul + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas

Rondônia 5 kg – Bacia Guaporé/ Portaria IBAMA


Mamoré n.º 06/2002

10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA


águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Roraima + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Santa Catarina + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas

10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA


águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
São Paulo + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas
10 kg + 1 exemplar para Portaria IBAMA
águas continentais e 15 kg n.º 30/2003
Sergipe + 1 exemplar para pesca em
águas marinhas ou estuarinas

Tocantins 5 kg ou 1 exemplar Portaria Naturatins


n.º 017/2001
Fonte: www.ibama.gov.br/pndpa

46
ANEXO III – Quadro das áreas de pesca e tabela de tamanhos
mínimos de captura e transporte de peixes.

Áreas de Pesca:
1 – Região Sul, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Portaria
n.º 25/93).
2 – Bacia Amazônica (Portaria n.º 08/96 e Portaria IBAMA-AM
n.º 01/01).
3 – Bacia do Rio Paraná (Instrução Normativa n.º 36/04).
4 – Bacia do Rio São Francisco (Portaria n.º 92/95).
5 – Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Portaria n.º 22/93).
6 – Bacia dos Rios Araguaia/Tocantins (Portaria n.º 107/98).
7 – Trecho entre as cabeceiras do Rio Araguaia, em Goiás, até a altura
do município de Antônio Rosa, em Mato Grosso, e o Parque Nacional do
Araguaia, em Tocantins (Portaria n.º 106/98).
8 – Estado de Mato Grosso do Sul (Decreto n.º 11.724/04).
9 – Estado de Mato Grosso (Resolução Consema n.º 001/2000 e
009/1996).
10 – Estado de Minas Gerais (Portaria n.º 111/2003 e Decreto
n.º 38.744/1997).

TABELA DE TAMANHOS MÍNIMOS DE CAPTURA E TRANSPORTE –


PEIXES DE ÁGUA DOCE

Área de Pesca
Tamanho
Nome
Nome Científico Mínimo
Vulgar
(cm) Portarias do Ibama MT MS MG
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Apapá, Pellona castelnaeana 50 X
Dourada
Armado Oxydoras kneri, 35 X X X
Pterodoras granulosus
Aruanã Osteoglossum 50 X
bicirrhosum
Aruanã Osteoglossum 44 X
bicirrhosum
Aruanã Osteoglossum ferrerai 40 X
Barbado Pinirampus pirinampu 60 X X
Barbado Pinirampus pirinampu 50 X X X

47
Área de Pesca
Tamanho
Nome
Nome Científico Mínimo Portarias do Ibama MT MS MG
Vulgar
(cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Bargada Sorubimichthys 80 X
planiceps
Bicuda Boulengerella sp. 40 X
Cachorra Hydrolycus 40 X
scomberoides
Cachorra Hydrolycus 50 X
scomberoides
Cachara, Pseudoplatystoma 90 X
Surubim fasciatum
Cachara, Pseudoplatystoma 80 X X X X X X
Surubim fasciatum
Cachara, Pseudoplatystoma 70 X X
Surubim fasciatum
Caranha, Piaractus brachypomus 40 X X
Pirapitinga
Caparari Pseudoplatystoma 80 X
tigrinum
Corvina Pachyurus francisci 30 X
Corvina, Plagioscion 25 X X X
Pescada squamosissimus
Corvina Pachyurus schomburgkii 20 X
Corvina Pachyurus squamipinnis 30 X
Corvina Plagioscion spp. 20 X X
Curimatã- Prochilodus marggravii 40 X X
pacu
Curimbatá Prochilodus lineatus 38 X
Curimbatá Prochilodus spp. 35 X
Curimbatá Prochilodus lineatus, P. 30 X X X X
scrofa
Curimatã- Prochilodus affinis 30 X X
pioa
Curimatã Prochilodus nigricans 25 X
Curimatã Prochilodus nigricans 20 X X
Dourada Brachyplatystoma 80 X
flavicans
Dourado Salminus maxillosus 65 X
Dourado Salminus maxillosus 60 X X X
Dourado Salminus maxillosus 55 X
Dourado Salminus brasiliensis 60 X X

48
Área de Pesca
Tamanho
Nome
Nome Científico Mínimo Portarias do Ibama MT MS MG
Vulgar
(cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Jaú Paulicea luetkeni 95 X
Jaú Paulicea luetkeni 90 X X
Jaú Paulicea luetkeni 80 X X X
Jurupensém Sorubim lima 35 X
Jurupoca Hemisorubim 40 X
platyrhynchos
Mandi- Pimelodus maculatus 25 X X
amarelo
Mandi Pimelodus maculatus 18 X
Mandi Pimelodus sp. 15 X
Mandiaçu Duoplatinus 30 X
emarginatus
Mandubé, Ageneiosus brevifilis 35 X
Fidalgo
Matrinxã Brycon brevicauda 30 X
Matrinxã Brycon lundii 25 X
Pacamão, Pseudopimelodus 30 X X
Bagre-sapo zungaro, P. fowleri
Pacamão Lophiosilurus alexandri 40 X X
Pacu Piaractus 45 X X
mesopotamicus
Pacu, Piaractus 40 X X
Caranha mesopotamicus
Pacu, Piaractus 30 X
Caranha mesopotamicus
Pacu Myleus micans 40 X X
Piapara, Leporinus obtusidens 30 X
Piavuçu
Piau, Leporinus obtusidens 25 X X X
Piapara
Piau, Leporinus elongatus, L. 40 X
Piapara crassilabris
Piau, Leporinus elongatus 30 X X X X
Piapara
Piau-três- Leporinus reinhardti, L. 25 X X
pintas friderici
Piau- Leporinus fasciatus 20 X
flamengo
Piau- Leporinus piau 30 X
verdadeiro

49
Área de Pesca
Tamanho
Nome
Nome Científico Mínimo Portarias do Ibama MT MS MG
Vulgar
(cm)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Piavuçu Leporinus 38 X
macrocephalus
Piavuçu Leporinus 35 X
macrocephalus
Piau- Schyzodon fasciatum 30 X
cabeça-
gorda
Piau- Schizodon borelli 25 X
catingudo,
piava
Pintado Pseudoplatystoma 90 X
corruscans
Pintado Pseudoplatystoma 85 X
corruscans
Pintado Pseudoplatystoma 80 X X X X
corruscans
Piracanjuba, Brycon hilarii 40 X X X
Matrinxã
Piracanjuba Brycon lundii 30 X
Piraíba, Brachyplatystoma 90 X
Filhote filamentosum
Piraputanga Brycon microlepis 30 X X
Pirarara Phractocephalus 90 X
hemioliopterus
Tabarana, Salminus hilarii 35 X
Tubarana
Taguara, Schizodon nasutus, S. 25 X X
Timboré knerii, S. borelli
Tambaqui Colossoma 55 X
macropomum
Traíra Hoplias malabaricus 30 X X
Tucunaré Cichla spp. 35 X X
Tucunaré Cichla spp. 25 X
Sarapó Gymnotus carapo 30 X
Fonte: www.ibama.gov.br/pndpa

50
TABELA DE TAMANHOS MÍNIMOS DE CAPTURA E TRANSPORTE –
PEIXES MARINHOS

Nome Vulgar Nome Científico Tamanho


Mínimo (cm)
Badejo-de-areia Mycteroperca microlepis 30
Badejo-mira Mycteroperca acutirostris 23
Badejo-quadrado Mycteroperca bonaci 45
Bagre Cathorops spixii 12
Bagre Genidens genidens 20
Bagre-branco Genidens barbus 40
Batata Lopholatilus villarii 40
Cabrinha Prionotus punctatus 18
Cação-anjo-asa-longa Squatina argentina 70
Cação-listrado/Cação- Mustelus fasciatus 100
malhado
Cação-anjo-asa-curta Squatina occulta 70
Cação-anjo-espinhoso Squatina guggenheim 70
Cação-bico-doce Galeorhinus galeus 110
Caçonete Mustelus schmitii 50
Castanha Umbrina canosai 20
Cherne Epinephelus niveatus 45
Corvina Micropogonias furnieri 25
Garoupa Epinephelus marginatus 47
Goete Cynoscion jamaicensis 16
Linguado Paralichthys patagonicus/P. 35
brasiliensis
Miraguaia Pogonias cromis 65
Palombeta Chloroscombrus chrysurus 12
Pampo-viúva Parona signata 15
Pampo/Gordinho Peprilus paru 15
Papa-terra-branco ou Menticirrhus littoralis 20
Betara
Parati ou Saúba Mugil curema 20
Peixe-espada Trichiurus lepturus 70

51
Nome Vulgar Nome Científico Tamanho
Mínimo (cm)
Peixe-porco, Peroá ou Balistes capriscus/B. vetula 20
Cangulo
Peixe-rei Odonthestes bonariensis/ 10
Atherinella brasiliensis
Pescada-olhuda ou Cynoscion striatus 30
Maria-mole
Pescadinha Macrodon ancylodon 25
Robalo-flexa Centropomus undecimalis 50
Robalo-peba ou Centropomus parallelus 30
Robalo-peva
Sardinha-lage Opisthonema oglinum 15
Tainha Mugil platanus/Mugil liza 35
Trilha Mullus argentinae 13
Tubarão-martelo-liso Sphyrna zygaena 60
Tubarão-martelo- Sphyrna lewini 60
recortado
Viola Rhinobatos horkelii 80
Regiões Sudeste/Sul
Portaria IBAMA n.º 73, de 24/11/2003
Fonte: www.ibama.gov.br/pndpa

Anexo IV – Quadro das espécies proibidas.


PEIXES DE ÁGUA DOCE

É PROIBIDA a captura e o transporte das seguintes espécies:

NOME NOME BACIA HIDROGRÁFICA ESTADO


VULGAR CIENTÍFICO
Jaú Paulicea luetkeni São Francisco, Paranaíba, MG
Grande
Piracanjuba Brycon hilarii São Francisco MG
Piraíba/filhote Brachyplatystoma Bacia do Tocantins – Araguaia TO
filamentosum

52
NOME NOME BACIA HIDROGRÁFICA ESTADO
VULGAR CIENTÍFICO
Surubim Pseudoplatystoma Bacia do Tocantins – Araguaia TO
fasciatum
Pirarucu Arapaima gigas Bacia do Tocantins – Araguaia TO
Caranha Colossoma Bacia do Tocantins – Araguaia TO
brachypomum
Dourada Brachyplatystoma Bacia do Tocantins – Araguaia TO
flavicans
Pirarara Phractocephalus Bacia do Tocantins – Araguaia TO
hemioliopterus
Pirarara Phractocephalus Bacia do Tocantins – Araguaia GO
hemioliopterus
Pirarucu Arapaima gigas Bacia do Tocantins – Araguaia GO
Piraíba/filhote Brachyplatystoma Bacia do Tocantins – Araguaia GO
filamentosum
MG – Portaria IEF n.º 111/2003;
TO – Portaria Naturatins n.º 061/2003;
GO – Portaria Agência Ambiental n.º 003/2003.

Espécies Ameaçadas de Extinção


(Instrução Normativa n.º 5 de 21 de maio de 2004)

NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO ESTADO


Piracanjuba Brycon orbignyanus MG, MS, PR, RS, SC, SP
Vermelha Brycon vermelha BA, ES, MG
Surubim Steindachneridion doceana MG, ES
Surubim Steindachneridion amblyura MG
Surubim Steindachneridion parahybae MG, RJ
Pacu Myleus tiete MG, MS, SP
Piabanha Brycon devillei, B. insignis ES, MG, RJ, SP
Pirapitinga do Sul Brycon nattereri, B. opallinus GO, MG, PR, SP, RJ
Pirá Conorhynchos conirostris BA, MG
Fonte: www.ibama.gov.br/pndpa

53
ANEXO V – Quadro com a lista dos tipos de Unidades de Conservação
Federais.

Número Total de Unidades por Categoria


Categoria Subtotal % Total
Área de proteção ambiental 31 4,26
727
Área de relevante interesse ecológico 17 2,34
Estação ecológica 32 4,40
Floresta nacional 73 10,04
Parque nacional 62 8,53
Refúgio de vida silvestre 3 0,41
Reserva biológica 29 3,99
Reserva de desenvolvimento sustentável 1 0,14
Reserva extrativista 50 6,88
Reserva particular do patrimônio natural 429 59,01
Número Total de Unidades por Tipo
Tipo Subtotal % Total
Proteção integral 126 17,33 727
Uso sustentável 601 82,67
Fonte: www.ibama.gov.br. Acesso em 2007.

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