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Secretaria da Instrução

DECRETO Nº 10.216
Aprova os Estatutos da Federação Espírito-san-
tense de Escoteiros

O Presidente do Estado do Espírito Santo, usando de atribuição constitucional e cumprindo o


disposto no § 2º do art. 8 do Decreto nº 10.072, de 31 de março de 1930,

DECRETA:
Art. único — Ficam aprovados os Estatutos da Federação Espírito-santense de Escoteiros,
organizada em virtude da deliberação tomada pelas organizações escoteiras do Estado, nos ter-
mos do citado Decreto, em 27 de abril deste ano.
Vitória, 17 de junho de 1930.

ARISTEU BORGES DE AGUIAR


Attílio Vivácqua

ESTATUTOS DA FEDERAÇÃO ESPÍRITO-NANTENSE DE ESCOTEIROS, A QUE


SE REFERE O DECRETO ACIMA
CAPÍTULO I
Nome, sede, constituição e fins

Art. 1 — A Federação Espírito Santense de Escoteiros, fundada em 27 de abril de 1930,


tendo por sede e foro a cidade de Vitória, é a entidade oficialmente reconhecida como órgão
central de orientação técnica e propaganda do escotismo no Estado do Espírito Santo, de acordo
com o Decreto nº 10.072, de 31 de março de 1930, corroborando o que estatuiu a Lei Federal
nº 5.497, de 23 de julho de 1928.

Art. 2 — A Federação Espírito Santense de Escoteiros promoverá por todos os meios ao


seu alcance a educação da criança, como obra complementar da Escola, afim de desenvolver-
lhe:

a) o vigor e a destreza física;


b) a decisão pronta;
c) o espírito de iniciativa;
d) a coragem;
e) a solidariedade;
f) a honra;
g) o patriotismo;
h) o amor à Natureza;
i) o hábito da economia.

Art. 3 — O tempo de sua duração é ilimitado e em caso de dissolução, os seus bens serão
entregues ao Governo do Estado.
Art. 4 — A Federação tem o maior respeito pelos sentimentos religiosos dos escoteiros,
facilitando-lhes, nos jamburis, acampamentos e congressos a prática da religião e os atos de
culto, não admitindo, entretanto, distinção de classe ou raça nem questões de política partidá-
ria.

Art. 5 — A federação manterá um órgão oficial de propaganda denominado “Vida Esco-


teira”.
Art. 6 — A federação é constituída pelos grupos ou associações escoteiras de terra e mar
existentes ou que venham a existir no Estado do Espírito Santo, tendo plena autonomia na or-
ganização de seus estatutos e regimentos internos, desde que não colidam com os presentes
estatutos, ficando, porém, todas obrigadas ao fiel cumprimento do regulamento técnico da
União dos Escoteiros do Brasil.

Art. 7 — Estes estatutos só poderão ser modificados pelo voto de ⅔ dos membros do
Conselho Diretor, em sessão especialmente convocada e com autorização do Governo.

Art. 8 — Em todos os Municípios do Estado, a Federação promoverá a fundação de grupos


escoteiros.

Art. 9 — A Federação promoverá também a criação de grupos de lobinhos, rovers e ban-


deirantes.
Art. 10 — É da competência da Federação:

a) fundar, desenvolver e fiscalizar grupos de escoteiros do Estado;


b) representar o Escotismo no Estado e perante a União dos Escoteiros do Brasil;
c) promover acampamentos, ajures, congressos, etc.

CAPÍTULO II
Do Conselho Diretor

Art. 11 — A Federação será dirigida por um Conselho Diretor, constituído pelos Presiden-
tes das Associações e por 30 membros eleitos, dentre as pessoas de notória honorabilidade e
respeitabilidade que sejam, por si sós, uma garantia da colaboração eficaz na obra patriótica do
escotismo.

Art. 12 — Para ser membro do Conselho Diretor é necessário

a) ser brasileiro nato ou naturalizado;


b) estar no gozo de seus direitos civis.

§ único — Poderão igualmente ser admitidos os estrangeiros que, por seu devota-
mento e esforços em prol do escotismo, se tornarem merecedores de tal honra.
Art. 13 — O Conselho Diretor elegerá, para constituírem a Diretoria da F.E.E., um Presi-
dente, três Vice-Presidentes, um Secretário Geral, 2 Secretários — 1º e 2º — um Procurador,
um Bibliotecário, um Diretor Técnico, um Diretor de “Vida Escoteira”, bem como as Comissões
de que tratam os arts. 35, 36, 37 e 38, Cap. XVI, destes Estatutos.
Art. 14 — Para os cargos de Diretor Técnico, Bibliotecário, Procurador e Diretor da “Vida
Escoteira” e as comissões de que tratam os arts. 35, 36, 37 e 38, poderão ser eleitos membros
que não sejam do Conselho Diretor.

Art. 15 — O Conselho Diretor reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês e extraordina-
riamente quando convocado pelo Presidente.
Art. 16 — O quorum exigido para as sessões do Conselho Diretor é da metade e mais um
dos seus membros efetivos, sendo as deliberações tomadas pela maioria de votos dos presen-
tes, tendo o Presidente o voto de qualidade.

Art. 17 — O mandato dos cargos a que se refere o artigo 13 durará um ano, sendo permi-
tida a reeleição.

Art. 18 — Em caso de vaga, o substituto completará o tempo do substituído.

§ único — As eleições serão feitas pelo regime de voto secreto.

Art. 19 — É da competência do Conselho Diretor:


a) promover o desenvolvimento do escotismo por todos os meios adequados, estimu-
lando publicações, conferências etc.;
b) organizar e reformar os estatutos, regulamentos etc.;
c) outorgar recompensas e distintivos às pessoas que prestarem relevantíssimos servi-
ços ao escotismo;
d) autorizar as despesas da Federação;
e) proceder à eleição para os cargos a que se referem os artigos 11 e 13;
f) julgar as prestações de contas da Diretoria;
g) organizar anualmente um programa de propaganda para melhor orientação do movi-
mento;
h) resolver sobre qualquer assunto que escape às atribuições do Presidente da F.E.E..

CAPÍTULO III
Do Presidente

Art. 20 — O Presidente é o chefe supremo da Federação e o responsável direto perante o


Governo e o Conselho Diretor pela organização, instrução e disciplina dos Grupos e Associações
Escoteiras.
Art. 21 — Compete especialmente ao Presidente:
a) representar oficialmente a Federação;
b) presidir às reuniões do Conselho Diretor e às sessões da Diretoria;
c) deliberar, “ad referendum” do Conselho Diretor, sobre os assuntos omissos;
d) assinar atas e diplomas, bem como toda correspondência oficial da Federação;
e) visar os cheques e documentos da tesouraria;
f) rubricar todos os livros;
g) autorizar as despesas, dando em seguida conhecimento ao Conselho Diretor;
h) apresentar em julho de cada ano, ao Conselho Diretor, um relatório detalhado da sua
administração;
i) enviar ao Secretário da Instrução relatórios trimestrais a respeito da propaganda es-
coteira e trabalhos executados;
j) promover tudo que estiver ao seu alcance para o desenvolvimento do escotismo es-
tadual;
k) nomear e dispensar os empregados da Federação.
CAPÍTULO IV
Dos Vice-Presidentes

Art. 22 — Na falta ou impedimento do Presidente, cabe aos Vice-Presidentes substituí-lo,


na respectiva ordem.

CAPÍTULO V
Do Secretário

Art. 23 — Compete ao Secretário:

a) lavrar as atas das reuniões do C.D. e do Conselho Estadual;


b) expedir, em nome do Presidente, os convites para as reuniões do C.D. e do Conselho
estadual e redigir a correspondência da F.E.E., de acordo com o Presidente;
d) organizar e conservar o Arquivo da F.E.E.;
e) assinar, com o Presidente, os diplomas conferidos aos escoteiros e chefes.

CAPÍTULO VI
Do Tesoureiro

Art. 24 — É da sua competência:

a) manter em ordem a escrita da F.E.E.;


b) submeter, trimestralmente, ao Conselho Diretor, um balancete da receita e despesa
da F.E.E.;
c) arrecadar bens e valores da F.E.E.;
d) depositar, em conta corrente, no banco escolhido pelo C.D., os dinheiros da Federa-
ção, não podendo ter em seu poder quanti superior a um conto de réis;
e) apresentar, anualmente, o balanço geral ao Conselho Diretor;
f) assinar os cheques e documentos da Tesouraria.

CAPÍTULO VII
Do Diretor-Técnico

Art. 25 — Ao Diretor-Técnico assiste o dever de:


a) orientar a parte técnica da F.E.E.;
b) dar parecer sobre todos os papéis que dependem de esclarecimentos técnicos;
c) fazer a correspondência técnica;
d) assinar com o Presidente os diplomas técnicos;
e) apresentar ao C.D. os programas da organização de congressos, ajures, etc.;
f) dirigir a Escola de Instrutores da F.E.E..

§ único — Nos impedimentos do Diretor técnico, será ele substituído pelo Chefe
Escoteiro mais antigo da Comissão Técnica.
CAPÍTULO VIII
Do Bibliotecário

Art. 26 — É da competência do bibliotecário:

a) ter sob sua guarda e responsabilidade tudo quanto pertencer à Biblioteca;


b) organizar um catálogo dos livros existentes;
d) ter um livro para registro de entrada e saída de livros da Biblioteca, retirados por
membros da Federação;

§ único — Os livros só poderão ficar em poder dos consultantes até o prazo máximo
de 15 dias.

CAPÍTULO IX
Do Diretor da “Vida Escoteira”

Art. 27 — Ao Diretor do órgão oficial compete:

a) organizar e publicar mensalmente um número desta revista, visando sobretudo ques-


tões e assuntos que interessam particularmente ao escotismo;
b) prestar ao Presidente todas as informações relativas ao órgão oficial;
c) assumir inteira responsabilidade, de acordo com a lei, pelas publicações feitas.

CAPÍTULO X
Dos membros honorários da F.E.E.

Art. 28 — Ao Presidente do Estado em exercício cabe a Presidência de honra da F.E.E.,


sendo considerados Vice-Presidentes de honra todos os que já tenham exercido aquele cargo.

§ 1º — Serão considerados membros honorários todas as autoridades federais, es-


taduais, municipais e eclesiásticas, a juízo do Conselho Diretor.

§ 2º — O C. Diretor poderá conferir o título de membros honorários às pessoas que


tiverem prestado excepcionais serviços ao escotismo.

§ 3º — Os membros honorários do C. Diretor podem tomar parte nas sessões, mas


não têm direito a voto.

CAPÍTULO XI
Dos Sócios

Art. 29 — A F.E.E. terá como sócios as instituições e todos aqueles que, mediante pro-
posta, forem admitidos pelo C. Diretor.

Art. 30 — Os sócios podem ser:

a) contribuintes, quando pagarem a mensalidade de 2$000;


b) benfeitores, quando contribuírem com a quota mensal de 20$000;
c) remidos, os que pagarem no prazo máximo de cinco meses a quantia de 1:000$000;
d) beneméritos, os que prestarem grandes serviços ao Escotismo Estadual, a juízo do C.
Diretor.

CAPÍTULO XII
Do Patrimônio

Art. 31 — A Federação será mantida:

a) pelas subvenções concedidas pelo Governo do Estado ou dos Municípios;


b) pelas contribuições das Associações filiadas, na razão de 30$000 por ano;
c) pelos produtos dos festivais organizados para este fim;
d) pelos donativos e contribuições dos sócios;
e) pelas doações que lhe foram outorgadas;
f) pelas rendas que puder promover (sem prejuízo da propaganda do escotismo), por
meio da revista “Vida Escoteira”, livros e quaisquer publicações.

Art. 32 — Os membros da F.E.E. não respondem subsidiariamente pelos compromissos


por ela contraídos.

CAPÍTULO XIII
Do Conselho Estadual

Art. 33 — Haverá um Conselho Estadual, composto do C.D. e dos sócios contribuintes e


benfeitores, que se reunirá uma vez por ano para tomar conhecimento dos trabalhos realizados
pela Federação.
Art. 34 — O regimento interno da F.E.E. estabelecerá o processo para a administração (…)

CAPÍTULO XIV
Comissões Permanentes

Art. 35 — O C.D. elegerá três comissões permanentes: Comissão Técnica, Comissão de


Sindicância e Comissão de Finanças, tendo a primeira três membros, exclusive o diretor técnico,
seu presidente, e as outras três membros cada uma.

Art. 36 — À Comissão Técnica (C.T.) compete zelar pela fiel execução do Regulamento
Técnico, devendo emitir parecer e informar sobre os assuntos de natureza técnica escoteira.
Art. 37 — À Comissão de Sindicância (C.S.) incumbe informar sobre as condições das ins-
tituições escoteiras que requererem filiação na F.E.E., bem como dos candidatos a sócios coleti-
vos ou individuais, e ainda levar imediatamente ao conhecimento do C.D. quaisquer fatos que
possam prejudicar os interesses da F.E.E. ou do movimento escoteiro em geral.
Art. 38 — A Comissão de Finanças (C.F.), à qual serão apresentados os balancetes trimes-
trais, deverá ser ouvida sobre todas as questões que afetem a economia e a parte financeira da
F.E.E., emitindo parecer sobre as prestações de contas dos responsáveis e sobre o balanço anual.
Art. 39 — Os membros do C.D., no ato de posse, prestarão o seguinte compromisso:
Prometo pela minha honra:

Amar a Deus e a minha Pátria,


Ser leal para com a Federação Espírito Santense de Escoteiros,

Trabalhar pelo desenvolvimento do Escotismo Nacional.

CAPÍTULO XV
Dos Escoteiros e Lobinhos

Art. 40 — Para ingresso como escoteiro é necessário ter 11 anos completos, saber ler e
escrever e ter consentimento, por escrito, do Pai ou Tutor.
Art. 41 — Para ser lobinho é necessário ter mais de 7 anos e menos de 11 de idade, nas
condições previstas no artigo precedente.

Art. 42 — A organização de grupos de bandeirante e rovers será regulamentada oportu-


namente.

Art. 43 — O Regimento Interno da F.E.E. estabelecerá os tipos de uniforme dos Chefes e


Escoteiros, não sendo permitido o seu uso às pessoas que não façam parte da Federação ou da
União dos Escoteiros do Brasil. (Art. 1º da Lei Federal nº 5.497, de 23 de julho de 1928).

CAPÍTULO XVI
Disposições Gerais

Art. 44 — A F.E.E. adota a Promessa e Lei estabelecidas pela União dos Escoteiros do Bra-
sil.

Art. 45 — A F. E. E. reconhece como órgão nacional de orientação técnica e propaganda


do Escotismo no Brasil a União dos Escoteiros do Brasil (Decreto Federal nº 5.497, de 23 de julho
de 1928).
Art. 46 — O C.D. tem competência para resolver sobre a dissolução da Federação Espírito
Santense de Escoteiros, sendo necessário, para isto, convocação especial e voto de ⅔ de seus
membros em 1ª convocação e da metade mais um, em segunda convocação. Os convites para
esse fim serão feitos com 8 dias de antecedência, pelo órgão oficial do Estado.

Art. 47 — O Presidente poderá nomear, de acordo com a Diretoria, para cada Município
ou Distrito, um comissário que cuidará da propaganda do movimento e da fiscalização e orien-
tação de novos grupos fundados.
Art. 48 — Os presentes Estatutos só entrarão em vigor após sua publicação no órgão ofi-
cial do Estado e respectivo registro.

Art. 49 — Só poderão ser alterados mediante permissão do Governo e decorrido, pelo


menos, um ano após sua publicação.

Art. 50 — Publicados estes Estatutos, proceder-se-á à organização do C.D. e à eleição da


Diretoria da F.E.E..
Art. 51 — Haverá junto à Federação um delegado da Secretaria da Instrução, o qual com-
petirá:

a) tomar parte em todas as sessões do C.D. e do C.E., sem direito a voto;


b) velar pelo cumprimento das leis e decretos estaduais sobre o escotismo;
c) suspender, em casos de absoluta urgência, e com recurso imediato para o Secretário
da Instrução, a execução de medidas ou deliberações que incidirem na hipótese pre-
vista no art. 53;
d) transmitir instruções ao governo sobre o que interessar à organização escoteira no
Estado e fiscalizar exames de instrutores e visar-lhes os diplomas.

§ único — Além dessas atribuições, o delegado terá as que lhe forem conferidas,
nos termos da legislação vigente.

Art. 52 — Nenhum acampamento de escoteiros poderá ser realizado sem o exame prévio
das condições de salubridade do lugar onde deve reunir-se.
Art. 53 — Das deliberações e medidas tomadas pela F.E.E., atentatórias dos preceitos le-
gais ou, sob qualquer forma, nocivas à direção e expansão do escotismo, cabe recurso para o
Governo do Estado.

Art. 54 — Os casos omissos no presente Estatuto serão resolvidos pelo Conselho Diretor.

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