Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
São Carlos - SP
2004
AGRADECIMENTOS:
amizade.
disposição e sabedoria.
disposição em ajudar-me.
amizade incondicional..
MAIOLA, C.H. Bolted connection in thin sheet and cold-formed steel members.
Ph.D. Thesis – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 2004.
1.1 HISTÓRICO
projetista, seja no formato da seção transversal, bem como nas suas dimensões,
resultando em perfis de elevada relação inércia/peso. A figura 1.1 apresenta
algumas possibilidades para as seções transversais de perfis formados a frio.
FIGURA 1.1 – Seções transversais mais comuns dos perfis formados a frio.
(fonte YU 2000)
2.1 INTRODUÇÃO
Suplemento n° 1 do AISI:1996 (1999), foi substituído pelo então adotado por esta
norma.
Esse novo procedimento não apresentava nenhuma relação quando
comparado ao tratamento inicial de chapa equivalente, apresentando variáveis
distintas.
Portanto é objetivo principal deste trabalho, a aferição das expressões de
cálculo adotadas pela NBR14762:2001. Para avaliação da resistência à ruptura
da seção líquida, aplicadas as ligações parafusadas em chapas finas de aço e
perfis formados a frio.
4- cisalhamento do parafuso.
Capítulo 02 14
(a) (b)
(c)
(d)
FIGURA 2.1 – Modos de falha associados à chapa para as ligações parafusadas
em chapa fina
Procedimento do AISI
Logo no início dos estudos das ligações em chapas finas, WINTER (1956)
propôs, com base em resultados de ensaios, uma expressão para a tensão
nominal associada à área líquida (σn), consistindo a resistência à ruptura do
material modificada por um coeficiente de redução em função da relação d/g
(sendo d o diâmetro do parafuso e g o espaçamento entre furos na direção
perpendicular a solicitação), como representado a seguir:
d
σ n = 0 ,10 + 3,0 f u (2.1)
g
d
σ n = 0,6 − 0,66r + 2,92 f u (2.2)
g
2.2 e 2.3, ele explica a adoção pelo AISI:1980 de novas expressões para o cálculo
da tensão associada à área líquida, as quais adotam além da já conhecida
relação d/g também o parâmetro r, definido como a relação entre a força
transmitida pelos parafusos da seção analisada pela força atuante nessa seção.
σn σn d
= 1 − 0,9r + 3r ≤ 1
fu fu g
um parafuso
dois parafusos
três parafusos
d/g
σn
fu σn d
= 1 − r + 2,5r ≤ 1
fu g
um parafuso
dois parafusos
três parafusos
d/g
d
N t , R = 1 − 0,9r + 3r f u An ≤ f u An (2.3)
g
- quando não são previstas a utilização de arruelas ou só uma arruela é
prevista;
d
N t , R = 1 − r + 2,5r f u An ≤ f u An (2.4)
g
Onde:
-r é a razão da força transmitida pelo parafuso ou parafusos contidos na seção
em análise pela força de tração no elemento;
-d é o diâmetro do parafuso;
-g é o espaçamento dos parafusos perpendicular à linha da força, ou para um
único parafuso é a largura da chapa.
Nt,R = An ft (2.5)
⇒ Ligações que não utilizam arruelas, ou utilização somente uma arruela junto a
cabeça do parafuso ou a porca.
- para ligações com um parafuso, ou uma seção de parafusos
perpendicular a direção da solicitação:
ft = (2,5d/s)fu≤fu (2.8)
- para mais de uma seção de parafusos perpendicular a direção da
solicitação:
ft = fu (2.7)
Procedimento do EUROCODE
Ou seja, u será tomado como a soma das distâncias entre os centros dos
furos de extremidade às respectivas bordas, na direção perpendicular à
solicitação, com este valor não sendo maior do que o espaçamento entre furos.
Capítulo 02 22
Procedimento da NBR
1 2
e1
e2
1 2
s s
FIGURA 2.4 – Distâncias entre furo e borda e entre furos segundo a NBR14762:2001
Capítulo 02 24
1,0
0,8
Ct=0,75+0,625(d/g) (r = 1/4)
0,6
Ct Ct=0,67+0,83(d/g) (r = 1/3)
0,4
Ct=0,5+1,25(d/g) (r = 1/2)
0,2
Ct=2,5(d/g) (r = 1)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
FR = t.e.fu (2.14)
4,0
3,5
1,5
:
to
1,0
sg
ra
0,5
0,0
0 1 2 3 4 5 6
e=2,4d e/d
FRd= 3,33fudt/γ
a 0,97
γ = 1/φ = 1/0,55 = 1,82
FRd= 3,00fudt/γ
b 0,91
γ = 1/φ = 1/0,65 = 1,54
FRd= 3,00fudt/γ
d 0,91
γ = 1/φ = 1/0,65 = 1,54
FRd= 2,22fudt/γ
e 1,15
γ = 1/φ = 1/0,70 = 1,43
*Casos, adotados somente pelo AISI:1996:
Para ligações que utilizam arruelas junto a cabeça do parafuso e a porca:
a-) face interna das chapas submetidas ao cisalhamento duplo, cujo material da parte
conectada tenha a relação fu/fy ≥ 1,08;
b-) face interna das chapas submetidas ao cisalhamento duplo, cujo material da parte
conectada tenha a relação fu/fy < 1,08;
c-) cisalhamento simples ou face externa das chapas submetidas ao cisalhamento duplo.
Para ligações que utilizam somente uma arruela ou nenhuma:
d-) face interna das chapas submetidas ao cisalhamento duplo;
e-) cisalhamento simples ou face externa das chapas submetidas ao cisalhamento
duplo.
Capítulo 02 28
Procedimento do AISC
U = 1 − x/L ≤ 0 ,9 (2.15)
onde:
U = coeficiente de redução da área líquida (efeito “shear lag”);
x = excentricidade da ligação;
L = comprimento da ligação.
[
Nt ,R = An fu [3 ,987 ⋅ (t / s′) + 0 ,514 ] 0 ,5997 ⋅ (x / L)
−0 ,3008
] (2.16)
onde:
t = espessura da chapa de aço;
s’= largura do elemento conectado + x ;
x e L já definidos anteriormente
Procedimento do AISI
Nt,R=Aefu (2.17)
Onde:
fu = a resistência à ruptura da parte conectada;
Ae = a área líquida efetiva, dada por An.U.
Os valores do coeficiente de redução da área líquida (U) foram definidos
como:
U = 1,0 para seções onde todos os elementos são conectados;
Caso contrário, o coeficiente U deve ser determinado do seguinte modo:
- para cantoneiras com duas ou mais seções de parafusos na direção da
solicitação:
Onde:
x = distância do plano de cisalhamento ao centróide da seção transversal (fig.
2.8 e 2.9);
L = comprimento da ligação (fig. 2.9).
Procedimento da NBR
e1
e1
g g g
e2 e2
h2 h2
h2 g
g g g
h
e2
g h g h
g h
g h
e2
b b
b e2
b
Nos gráficos das figuras 2.11 e 2.12 (para perfis com 1mm e 3mm de
espessura respectivamente), foram comparados os valores da força última
experimental com os valores da força resistente à ruptura da seção líquida,
calculados segundo as expressões da especificação americana para perfis
laminados AISC:1993 (AISC), pelas expressões apresentadas no Suplemento no1
do AISI:1996, de 1999 (AISI/NBR) e adotadas também pela nova norma brasileira
de dimensionamento de perfis formados a frio NBR14762:2001, pelas expressões
inicialmente adotadas por esta norma (Chapa equivalente) e finalmente pela
expressão sugerida no trabalho de HOLCOMB et al. (1995) (Holcomb).
Capítulo 02 37
1,6
1,4
Fu/FR
1,2
1,0
0,8
0,6
L1 L2 L3 L4 U1 U2 U3 U4
Perfis
1,8
AISC
NBR e AISI(sem arruela)
1,6 Chapa equivalente
Holcomb
1,4
Fu/FR
1,2
1,0
0,8
0,6
L1 L2 L3 L4 U1 U2 U3 U4
Perfis
2,0
1,8 AISC
NBR e AISI (sem arruela)
1,6 Chapa equivalente
Holcomb
1,4
Fu/FR
1,2
1,0
0,8
0,6
L1 L2 L3 L4 U1 U2 U3 U4
Perfis
FIGURA 2.11 – Relação da força última de ensaio (Fu) pelas forças resistentes (FR)
analisadas teoricamente (perfis com 1mm de espessura)
Capítulo 02 38
1,6
1,4
Fu/FR
1,2
1,0
0,8
0,6
L1 L2 L3 L4 U1 U2 U3 U4
Perfis
1,2
1,0
0,8
0,6
L1 L2 L3 L4 U1 U2 U3 U4
Perfis
1,2
1,0
0,8
0,6
L1 L2 L3 L4 U1 U2 U3 U4
Perfis
FIGURA 2.12 – Relação da força última de ensaio (Fu) pelas forças resistentes (FR)
analisadas teoricamente (perfis com 3mm de espessura)
Capítulo 02 39
força resistente foi sempre abaixo do valor obtido experimentalmente, paras duas
últimas este foi em sua maioria superior ao experimental.
Em geral observa-se que a relação entre os resultados experimentais e
teóricos aproximam-se mais da unidade para a espessura de 3,0mm, o que
reflete a diminuição da interferência dos efeitos localizados conforme o aumento
de espessura.
Os resultados obtidos confirmaram que a especificação de cálculo
empregada para os perfis laminados e soldados, apresentada pelo AISC:1993,
não pode ser diretamente aplicada para aos perfis formados a frio,
principalmente no caso de cantoneiras de abas desiguais, quando a ligação é
feita por uma das abas.
O Suplemento no1 do AISI:1996, apesar de aplicar fatores modificadores ao
coeficiente redutor da área líquida apresentado pelo AISC:1993, não apresentou
também, no geral, boas estimativas para o cálculo da força resistente à ruptura
da seção líquida para os casos analisados.
O procedimento de cálculo que considera o perfil como uma chapa
equivalente, adotado nas primeiras versões do texto da nova norma brasileira,
também apresentou dispersão dos resultados, mas com valores da força
resistente superiores aos experimentais, comportamento contrario aos
apresentados pelas especificações anteriores.
Por outro lado, a expressão apresentada por HOLCOMB et al. (1995),
proveniente de análise estatística de resultados de ensaios, mostrou-se satisfatória
para o caso das cantoneiras e com pouca dispersão no caso dos perfis U.
CAPÍTULO 03
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Capítulo 03 42
3.2.1 Fabricação
3.2.3 Instrumentação
b)Placa de fixação
b) Dispositivo de fixação
para cantoneiras
a) Posicionamento do transdutor
de deslocamento
b) Dispositivo
de fixação
para perfis U
tipo de ligação:1 a 10
c.p. ensaiado:
C2 A1 – 1 1→sem arruela
2→com arruela
tipo de chapa:
C2→ 2,00mm
C3→ 2,65mm
C4→ 3,75mm Série: A, B, C e D
C5→ 4,75mm
C6→ 6,30mm
SEÇÃO 4
4d
SEÇÃO 3
4d
SEÇÃO 2
4d
SEÇÃO 1
2d
e1 e2 e1 e e2 e1 e e e e2
Material empregado:
1 → ZAR 345 com 1,55mm
4 → SAE 1008 com 3,75mm
4 → CSN COR 420 com 4,75mm
tipo de ligação:1 a 3
c.p. ensaiado:
LI1 A1 - 1
Série: A, B, C e D
Seção transversal do perfil:
LI → cantoneira de abas iguais
LD → cantoneira de abas desiguais
DL → dupla cantoneira
U → perfil U
Capítulo 03 53
1
1
g g g g g
e
2
e2
Modelo LI1 – tipo 1: Modelo LI1 –tipo 3: Modelo LD1 – tipo 1: Modelo LD1 – tipo 2: Modelo LD1 – tipo 3:
L50x50x1,55 mm L50x50x1,55 mm L 60x40x1,55 mm L 60x40x1,55 mm L 60x40x1,55 mm
Modelo LI3 – tipo 1: Modelo LI3 – tipo 3 Modelo LD3 – tipo 1: Modelo LD3 – tipo 2: Modelo LD3 – tipo 3:
L75x75x3,75 mm L75x75x3,75 mm L 80x40x3,75 mm L 80x40x3,75 mm L 80x40x3,75 mm
Capítulo 03 54
e 1 e 1
e1
g
g g g
g
e2
e2 e
2
4.1 INTRODUÇÃO
4.1 Para maiores detalhes da citada configuração ver capítulo 3 subitem 3.4
Capítulo 04 59
55
50
45
40
Força (kN)
35
30
deslocamento da ligação
25
acomodação (base de medida 375mm)
20
do parafuso deslocamento corrigido
15 no furo
18,75 37,5
10
37,5 37,5
5
18.75 37,5
0
0 2 4 6 8 10
deslocamento (mm)
(a) (b)
40
35
30
Força (kN)
25
20
deslocamento (mm)
(a) (b)
50
0
45
40
0 1
35
Força (kN)
30
25
experimental
20
numérico (malhaCH1)
15 numérico (malhaCH2)
10
numérico (malhaCH3)
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
deslocamento (mm)
a) chapas finas
40
35
30
25
Força (kN)
20
15
experimental
numérico (malhaP1)
10 numérico (malhaP2)
numérico (malhaP3)
5
0
0 2 4 6 8 10
deslocamento (mm)
b) cantoneira
40
curvatura com 4
elementos
35
30
curvatura com 1
elemento
Força (kN)
25 não convergência
do modelo malhaP1f
20
15 experimental
numérico (malhaP1)
curvatura real do canto 10
numérico (malhaP1c)
5
numérico (malhaP1f)
0
0 2 4 6 8 10
deslocamento (mm)
a) extremidade superior:
- aplicação de deslocamento (dir. y)
- restrições: deslocamento (dir x e z)
rotações (dir x, y,e z)
375mm
c) modelo malhaCH1
a) extremidade superior:
- aplicação de deslocamento (dir. y)
- restrições: deslocamento (dir x e z)
rotações (dir x, y,e z)
375mm
c) modelo malhaP1
FIGURA 4.8 – Curvas tensão x deformação propostas por CHUNG & IP (2000)
para tração e compressão.
apresentados nos gráficos das figuras 4.10 e 4.11, para o caso do modelo de
chapas e de cantoneira, respectivamente.
50
40 2
Tensão (kN/cm ) E=2050kN/cm 2
E=650kN/cm
2
30
20
elastoplástico perfeito
bilinear
trilinear
10
2
E=20500kN/cm
Obs.: Diagrama simétrico para tensões negativas
0
0 5 10 15 20
0
deformação ( /00 )
70
65
60
55
50
45
Força (kN)
40
35
30 experimental
25 numérico (malhaCH1)
20 numérico (malhaCH1bl)
15 numérico (malhaCH1tl)
10
5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
deslocamento (mm)
70
experimental
65
numérico (malhaP1)
60
numérico (malhaP1bl)
55
numérico (malhaP1tl)
50
numérica (malhaP1btl)
45
Força (kN)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 2 4 6 8 10
deslocamento (mm)
FIGURA 4.11 – Estudo da modelagem das relações constitutivas do material
aplicada aos perfis
45
40
a) gráfico força x deslocamento
35
Força (kN)
30
25
20 experimental
15
numérico
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
deslocamento (mm)
b) curvas de isotensões
40
35
30
25
Força (kN)
15 experimental
numérico
10
0
0 2 4 6 8 10
deslocamento (mm)
c) deformada real
5.1 INTRODUÇÃO
5.2.1 Esmagamento
100
90
80
C2B10-2
70
Força (kN)
60 C2B10-1
C2B2-2
50
40 C2B2-1
30
20 C2B4-2
C2B4-1
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Deslocamento (mm)
60
60
C2A5-2
50
50 C2B2-2
C2A4-2
40 40
Força (kN)
Força (kN)
C2B2-1
C2A5-1
30 30
C2A4-1
20 20
10 10
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
chapa 2,00mm – s/ arruelas chapa 2,00mm – c/ arruelas
¾ ligações da série A
1,2
1,1
tipo1
1,0 tipo2
tipo4
Fu/2,0dtfu
tipo5
0,9
tipo6
tipo7
0,8 tipo8
tipo9
0,7 tipo10
0,6
2,00 2,65 3,75 4,75 6,30
espessura (mm)
a) configurações sem a utilização de arruelas
1,2
1,1
tipo1
1,0 tipo2
tipo4
Fu/2,0dtfu
tipo5
0,9
tipo6
tipo7
0,8 tipo8
tipo9
0,7 tipo10
0,6
2,00 2,65 3,75 4,75 6,30
espessura (mm)
¾ ligações da série B, C e D
das seções subsequentes, sendo este último o valor limite apresentado pela
NBR14762:2001.
1,1
1,0
sem arruela
tipo 2
0,9
Fu / Fu(teórico)
tipo 5
tipo 9
0,8
tipo 10
com arruela
0,7
tipo 2
tipo 9
0,6
tipo 10
0,5
a) chapa de 2,00mm
1,1
sem arruela
1,0
tipo 2
tipo 5
0,9
tipo 7
Fu / Fu(teórico)
tipo 9
0,8
tipo 10
com arruela
0,7
tipo 2
tipo 7
0,6
tipo 9
tipo 10
0,5
a) chapa de 4,75mm
¾ Comentários
FR = 2,0.d.t.fu (5.1)
3,5
3,0
2,5
esmag. NBR14762:2001 (FR=2,4dtfu)
FR/t.e.fu
sugerido no trabalho
2,0
ef
u
=t
R
:F
1,5
to
en
m
1,0
a
sg
ra
0,5
0,0
0 1 2 3 4 5 6
e=2,4d e/d
FR = 0,8(2,0.d.t.fu ) (5.2)
FR = 3,0.d.t.fu (5.3)
(para o caso da utilização de arruelas)
FR = 2,22.d.t.fu (5.4)
(para o caso da utilização de nenhuma ou apenas uma de arruela)
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
NBR14762:2001
0,4
AISI:1996 (c/ arruela)
Ensaio (s/ arruela)
0,2
Ensaio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 2,00mm
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
0,4 NBR14762:2001
AISI:1996 (c/ arruela)
0,2 Ensaio (s/ arruela)
Enasio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 4,75mm
Observa-se que para as ligações tipo 5 (com d/g igual à 0,167), o valor
experimental de Ct foi de 0,97 e 0,95 para as chapas de 2,00mm e 4,75mm,
respectivamente, utilizando arruelas, enquanto que para as ligações tipo 9 e
10 (com d/g igual à 0,111), os valores experimentais de Ct ficaram em média
iguais à 0,68 e 0,70, para as chapas de 2,00mm e 4,75mm, respectivamente.
Estes resultados são suficientes para invalidar a nova formulação
adotada pelo AISI:2001, onde considera para essa situação a adoção de um
valor unitário para Ct , agora não mais dependente da relação d/s, conforme
se pode observar nos gráficos da figura 5.9.
Capítulo 05 90
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
NBR14762:2001
AISI:1996 (c/ arruela)
0,4
AISI:2001
Ensaio (s/ arruela)
0,2
Ensaio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 2,00mm
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
NBR14762:2001
0,4 AISI:1996 (c/ arruela)
AISI:2001
0,2 Ensaio (s/ arruela)
Enasio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 4,75mm
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
NBR14762:2001
AISI:1996 (c/ arruela)
0,4
Ensaio (s/ arruela)
Ensaio (c/ arruela)
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
p p ,
1,0
0,8
NBR14762:2001
Ct=Fu/Anfu
0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
AISI:2001
0,4
proposto
Ensaio (s/ arruela)
0,2
Ensaio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 2,00mm
1,0
0,8
NBR14762:2001
Ct=Fu/Anfu
0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
AISI:2001
0,4
proposto
Ensaio (s/ arruela)
0,2
Ensaio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 4,75mm
1,0
0,8
NBR14762:2001
Ct=Fu/Anfu
0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
0,4 proposto
Ensaio (s/ arruela)
Ensaio (c/ arruela)
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
NBR14762:2001
0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
AISI:2001
0,4
proposto
Ensaio (s/ arruela)
0,2 Ensaio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 2,00mm
1,0
0,8
NBR14762:2001
Ct=Fu/Anfu
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
chapa 4,75mm
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
NBR14762:2001
0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
proposto
0,4
Ensaio (s/ arruela)
Ensaio (c/ arruela)
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
1,4
1,2
avaliação de g segundo:
NBR EUR
Fu/Ct An fu
1,0 tipo 5 -
tipo 8 -
tipo 9 -
0,8
tipo 10 -
0,6
0,4
série A série B série C série D
Configuração dos c.p.
1,1
1,0
0,9
Ct
0,8
tipos de ligações
0,7 tipo 1
tipo 4
0,6
tipo 6
0,5
série A série B série C série D
1,1
1,0
0,9
Ct
0,5
série A série B série C série D
5.3.1 Esmagamento
¾ ligações da série A
ligação se dar na aba maior das cantoneiras de abas desiguais (ligação tipo
2), conforme apresentado na figura 5.18.
Observação semelhante pode ser feita no caso dos perfis U de maior
espessura, conectados pela alma, onde houve também as maiores diferenças
entre os resultados teóricas e experimentais, já para o caso da ligação tipo 2
representando a conexão das mesas, esta ficou 10% acima da teórica. Já
para os perfis U com 1,55m de espessura os resultados experimentais para
todos os tipos de ligações ficaram em média 5% abaixo dos teóricos,
demonstrando boa concordância com estes. (figura 5.19)
1,4
1,4
1,3
1,3
1,2
1,2 tipo 1 Fu,1/2,4dtfu
tipo 1
Fu,1/2,4dtfu
tipo 3 tipo 2
1,1
1,1 tipo 3
1,0
1,0
0,9 0,9
0,8 0,8
1,3 tipo 1
tipo 1a
Fu,1/2,4dtfu
1,2 tipo 1b
tipo 1c
1,1 tipo 2
tipo 3
1,0
0,9
0,8
1,55 3,75
espessura (mm)
teórico
LI1A
1.0
LI1C
LI3A
0.8
LI3C
LD1A
0.6
LD1B
Ct
LD1C
0.4 LD3A
LD3B
0.2 LD3C
0.0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
d/g
a) cantoneira
1.0
0.8
teórico
U1A
0.6 U1B
Ct
U1C
0.4 U3A
U3B
0.2 U3C
0.0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
d/g
b) perfil U
Figura 5.20 – Resultados experimentais da série A, comparados com o
procedimento de chapa equivalente
Capítulo 05 107
¾ ligações da série B, C e D
1,4
1,3
tipo 1
1,2 tipo 1a
1,1
Fu,1 / 2,4dtfu
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
série B série C série D
configuração dos c.p.
¾ cantoneiras
Para as cantoneiras (fig. 5.23), os valores experimentais do coeficiente Ct
resultaram em média de 15% abaixo dos valores teóricos, exceto para as
Capítulo 05 109
NBR e AISI
proposto
1,0 TIPO 1 TIPO 2
LI1 LD1
0,8 LI3 LD3
LD1
0,6 LD3
Ct
0,4
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
x/L
Figura 5.23 – Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas em
cantoneiras com duas ou mais seções com parafusos
Capítulo 05 110
(a) (b)
C t (exp .) C t (exp .) C t (exp .)
C t (NBR ) C t (prop.) C t (prop.)
¾ perfis U
Para os perfis U, quando as ligações foram feitas pelas mesas (tipo 2), e
U1B1c (representadas na figura 5.24 pela sigla U1 nas ligações tipo 1b e 1c,
respectivamente), apresentando duas seções de parafusos dispostos na alma
em duas linhas, para os perfis U100x60x1,55mm e U100x75x1,55mm,
respectivamente (ver tabela 3.3), o modo de falha foi a ruptura da seção
líquida. Analisando os resultados experimentais de Ct para estes corpos-de-
prova, observa-se que estes ficaram em média 50% abaixo dos valores
teóricos, portanto pode-se concluir que a atual curva da norma não é
adequada para avaliar o Ct nesses casos.
Diante destes resultados, uma solução razoável para avaliação do
coeficiente Ct para perfis U formados a frio, seria a criação de duas curvas,
uma para ligação feita pelas mesas do perfil, já apresentada em norma e a
outra quando a ligação se desse pela alma.
NBR e AISI
tipo 1b tipo 2
1,0
U1 U1
U3
tipo 1c
0,8
U1
0,6
Ct
0,4
perfis ligados
0,2 pela alma
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
x/L
Figura 5.24 – Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas em
perfis U com duas ou mais seções com parafusos – procedimento 01.
Outra solução seria avaliar a variável x ,no caso das ligações se darem
pelas mesas do perfil, do modo sugerido pelo AISC:1993, ou seja, dividir o perfil
ao meio, considerando duas cantoneiras e, conseqüentemente, tomando a
excentricidade da ligação em relação a uma destas cantoneiras (ver fig 2.9
no item 2.4.1). Assim, conforme demonstrado no gráfico da figura 5.25, os perfis
U com ligações do tipo 2 (pelas mesas) cujo valor de x foi avaliado deste
modo, e as ligações tipo 1b e 1c (ligações pela alma), apresentaram valores
experimentais do coeficiente Ct próximos à curva teórica para cantoneiras
dada pela NBR14762:2001, a qual está indicada neste gráfico, ou seja:
Capítulo 05 112
1,0 proposto
tipo 1b tipo 2
0,8 U1 U1
x
U3
0,6 tipo 1c
U1
Ct
0,4
x
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
x/L
Figura 5.25 – Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas em
perfis U com duas ou mais seções com parafusos – procedimento 02.
(a)
C t (exp .) C t (exp .) C t (exp .)
C t (NBR ) C t (NBR ) C t (prop.)
média 0,891 1,049 1,033
1,2 espessuras
1,55mm
1,1 3,75mm
4,75mm
1,0
0,9
Ct
0,8
perfis:
0,7 LI = cantoneira de abas iguais
LD = cantoneira de abas desiguais
0,6 U = perfis U
0,5
LI LI LI LD LD LD U U U
Perfis
Figura 5.26 – Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas com
todos os elementos conectados
média 0,935
1,25
NBR 14762:2001
1,00 corte simples corte duplo
LI1 DLI1
LI3 DLI3
0,75
Ct
0,50
0,25
0,00
0,0 0,2 0,4 0,6
x/L
FIGURA 5.27 – Avaliação de Ct , para ligação parafusada em dupla cantoneira
CAPÍTULO 06
CONCLUSÃO
Capítulo 06 116
6 CONCLUSÕES
NBR14762:2001 proposto
Esse modo de falha não ocorreu de maneira isolada, sendo que, nos casos
onde houve a ruptura da seção líquida pôde-se observar um avançado
esmagamento na parede dos furos, tanto maior quanto menor a quantidade de
seções com parafusos (maior concentração de tensões). Exceção é feita para as
ligações do tipo 3, nas quais observou-se a falha prematura da ligação por
ruptura da seção líquida, nestas o gabarito de furação não respeitava as
recomendações mínimas de norma, confirmando deste modo que tais
configurações não devem ser empregadas na prática.
De acordo com os resultados experimentais, observou-se para a maioria
dos casos que os valores médios experimentais de Ct resultaram superiores aos
valores teóricos obtidos segundo a NBR 14762:2001 (exceto as ligações do tipo 3).
Para ligações com mais de duas seções de parafusos cujas configurações
apresentavam relação d/g acima de 0,25 os valores de Ct mostraram boa
concordância com a unidade, para as relações abaixo de 0,25 estes ficaram
abaixo da unidade, o que vêm a invalidar a nova recomendação adotada pelo
AISI:2001, onde considera para essa situação a adoção de um valor unitário para
Ct . Assim com base nestes resultados são propostos ajustes nas curvas de Ct para
o caso de ligações parafusadas em chapas finas, como segue:
Capítulo 06 119
NBR14762:2001 proposto
- quando todos os parafusos da ligação estão contidos em uma única seção transversal:
FR = 2,4.d.t.fu
FR = 2,0.d.t.fu
NBR14762:2001 proposto
(porém não menor que 0,4) (porém não menor que 0,5)
Ct = 1,0 Ct = 0,95
* Avaliando a variável x , no caso das ligações se darem pelas mesas do perfil, do modo
sugerido pelo AISC:1996, ou seja, dividindo o perfil ao meio, criando duas cantoneiras e
avaliando a excentricidade da ligação em relação a uma destas cantoneiras (fig 2.9 -
item 2.4.1).
7 - REFERÊNCIAS
ABDEL-RAHMAN, N.; SIVAKUMARAN, K. S. (1997). Material properties models for
analysis of cold-formed steel members. Journal of Structural Enginnering, ASCE, v.123,
n.9, p.1135-1143, Sept 1997
AMERICAN IRON AND STEEL INSTITUTE (1996). LRFD - Load and resistance factor
design specification for cold-formed steel structural members. Washington, DC.
AMERICAN IRON AND STEEL INSTITUTE (2001). LRFD - Load and resistance factor
design specification for cold-formed steel structural members. Washington, DC.
ANSYS (1995). Structural nonlinearities: user’s guide for revision 5.1. Houston. v.1.
BLAKE, A. (1986). What every engineer should know about threaded fasteners materials
and design. New York, Marcel Dekker, Inc.
BS5950 (1987). Structural use of steelwork in buildings: part 5 code of practice for the
design of cold formed sections. British Standards Institution, London, 1987
124
CHUNG, K. F.; IP, K. H. (2000). A general design rule for bearing failure of bolted
connections between cold-formed steel strips. In: INTERNATIONAL SPECIALTY
CONFERENCE ON COLD-FORMED STEEL STRUCTURES, 15., St. Louis, Missouri,
U.S.A., Octuber 19-20, 2000. Proceedings. Rolls, University of Missouri
KULAK, G. L.; FISHER, J. W.;STRUIK, J.H.A. (1987). Guide to design criteria for bolted
and riveted joints. New York, John Wiley & Sons.
McGUIRE, W. (1988). Introduction. In: CHEN, W. F., Ed. Steel beam-to-column building
connections. London, Elsevier, P. 1-35.
PERFIS SOLDADOS DE AÇO. (1997). Revista Construção Metálica, ABCEM, v.7, n.29,
p.12-14, 1997.
ROGERS, C. A.; HANCOCK, G. J. (1998). Behaviour of thin G550 sheet steel bolted
connections. In: INTERNATIONAL SPECIALTY CONFERENCE ON COLD-FORMED
STEEL STRUCTURES, 14., St. Louis, Missouri, U.S.A., Octuber 15-16, 1998.
Proceedings. Rolls, University of Missouri.
SELEIM, S.; LABOUBE, R. (1996). Bahavior of low ductility steels in cold-formed steel
connections. Thin-Walled Structures. v. 25, n.2, p. 135-151, 1996
WINTER, G. (1956). Test on bolted connections in light gage steel. Journal Structural
Division. v.82, n.ST2, March 1956
YU, W.W. (1982). AISI design criteria for bolted connections. In: INTERNATIONAL
SPECIALTY CONFERENCE ON COLD-FORMED STEEL STRUCTURES, 6., St.
Louis, Missouri, U.S.A., Octuber 15-16, 1998. Proceedings. Rolls, University of Missouri.
YU, W.W. (2000). Cold-formed steel design. New York, John Wiley & Sons.