Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
RESUMO
O cotidiano profissional apresenta demandas de cunho técnico que exigem dos profissionais
competências que os formadores das Instituições de Ensino Superior (IES) acreditam ter facultado ao
longo dos cursos, contudo, a verificação das respostas sociais desta formação está para além das
discussões acadêmicas e até mesmo da auto avaliação que um participante possa fazer da
qualidade da formação recebida ao longo de um curso. À vista disto, neste artigo apresentamos os
resultados de uma pesquisa que procurou investigar não só como as participantes do Curso de Pós-
Graduação Lato Sensu em Psicologia Escolar do CEPEFOP-UNIR avaliam sua formação em
Psicologia Escolar Crítica quanto às transformações de seu cabedal teórico e de competências diante
das exigências do novo perfil profissional, quanto a percepção de gestores educacionais (chefias
diretas) destas participantes em seus locais de trabalho sobre modificações em suas atitudes e
práticas.
INTRODUÇÃO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 261
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
1 REVISÃO TEÓRICA
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 262
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 265
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 266
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 PSICÓLOGAS
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 268
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
a identidade muito rapidinho” (P2). “Até antes do curso, eu não sabia dizer qual
psicóloga eu era, qual era minha área” (P4).
Para superar esses e outros problemas que surgem no âmbito escolar, as
psicólogas asseveram a importância da formação continuada. “Eu acho que a
capacitação continuada é importante, a gente não pode deixar de estudar” (P1).
“Formação continuada, parcerias diversas” (P2).
Já lembram desta necessidade, Marinho-Araújo e Neves (2007), ao apontar
que, na complexidade do perfil profissional do psicólogo escolar, a “[...] trajetória
formativa deve ser ampliada para além da graduação, visando alternativas de
formação continuada que [...] promovam uma concreta articulação entre teoria e
prática, pesquisa e intervenção” (p. 69), que de fato proporcione o desenvolvimento
de competências do psicólogo escolar a partir de novas leituras da realidade, de
habilidades comunicativas, do trabalho em equipe, da criatividade e criticidade,
Marinho-Araújo; Almeida, (2010), Marinho-Araújo; Neves, (2007) e Martínez, (2010),
o que dificilmente pode ser obtido na graduação de forma ampla.
Quando interrogadas sobre mudanças na prática profissional a partir do
curso de especialização, uma indicou “Mais cautela com o que falar, como proceder.
As atividades a serem desenvolvidas” (P2), saber também delimitar espaços (P1);
(P3) acredita ter mais recursos para atuação; (P4) afirmou ter mais sensibilidade em
ouvir o professor, ver qual é realmente a necessidade da escola, além de
reconhecer-se legitimamente como psicóloga escolar, adquirindo uma identidade
profissional: “Hoje eu posso afirmar, a minha área de atuação é a psicologia escolar”
(P4).
Marinho-Araújo e Neves (2007) assinalam que, quando o psicólogo escolar é
chamado a trabalhar em equipes multiprofissionais, sua identidade “[...] confunde-se
com frequência com orientadores educacionais, coordenadores pedagógicos,
psicopedagogos e professores”. (p. 71), logo, é compreensível a angústia vivida
pelas entrevistadas.
Os resultados obtidos mostram que a psicologia escolar, muito embora
encontre adversidades e resistências, tem ganhado espaço no meio educacional por
meio da expansão de suas fronteiras de atuação, não se limitando mais à instituição
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 270
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 271
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 273
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
jeito pra tomar a lição da criança, pra ouvir, pra interferir, assim, do jeito da
psicologia.” (G2).
As demandas burocráticas institucionais também tomam o tempo das
profissionais: “O dia a dia é verificar os pedidos que chegam: ofício, o que vai
responder, o que vai solicitar da escola, ofício que tem que enviar pra escola,
atender o gabinete da representação com algum pedido de acompanhar algum caso
especifico de aluno” (G3).
É preciso considerar, nesse caso, que as atividades burocráticas são parte
essencial do trabalho do psicólogo, inclusive, previsto pela Portaria N. 0436/10 da
Secretaria de Estado da Educação (RONDÔNIA, 2010) que estabelece as
competências do Psicólogo Educacional.
De modo geral, os gestores acreditam que o Curso de Formação Continuada
foi positivo, por ter ensinado alguma nova técnica de atuação: “O que mudou foi
essa questão do atendimento mais as crianças com necessidades especiais, creio
eu que ela deve ter aprendido alguma novidade por lá.” (G2). “O que ela estava
aprendendo no curso ela levava para discussões do setor, assim, fazendo uma
analogia do que é prática e do que é teoria pra gente poder levar isso pras escolas.”
(G4).
Há alguma dificuldade por parte dos atores escolares, segundo alguns
gestores, em dar crédito a esse novo modo de agir, criticamente, da psicologia
escolar, porque, em geral, as pessoas querem do psicólogo a solução para os
problemas imediatos, sem que seja necessária uma discussão mais ampla do grupo:
“Às vezes as pessoas cobram alguma coisa dela que não está na área dela, que não
é função de psicóloga educacional e sim do psicólogo clínico, aquele que tem lá sua
sala, terapia, não sei mais o que, então ai precisa que ela explique até onde ela
pode ir e até onde ela não deve ir” (G2).
É difícil compreender que, “[...] refletir sobre esse cotidiano é condição
essencial para os atores escolares empenhados em reformas, sobretudo para o
diretor, que carrega a possibilidade de conduzir o processo de mudança” (SILVA,
2006, p. 69).
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 274
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 275
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, Ana Maria Camilo; NOVAES, Adelina; OLIVEIRA, Yonara Dantas. A Pós-
Graduação Lato Sensu em discussão: relato de uma experiência em avaliação
institucional. In: IX CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA ESCOLAR E
EDUCACIONAL – ABRAPEE. Construindo a prática profissional na educação para
todos. Anais... p. 1. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo. 6 a 8 de
junho de 2009.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 277
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 278
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em educação:
abordagens qualitativas. São Paulo: EPU. 1986.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 279
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 280
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
ABSTRACT
The professional everyday introduces demands of technical features, which require from the
professionals skills that the educators from the Higher Education Institutions (IES) believe to have
formed over the courses. Yet, the verification of these social answers in this education are beyond the
academic discussions and even the self-evaluation that a participant can do about the quality of the
education received over the course. Regarding that, in this article we present the results of a study
that sought to investigate not only how the participants of the Lato Sensu Post-Graduation Course in
School Psychology from CEPEFOP–UNIR rate their education in Critical School Psychology but also
the transformations of their theoretical resources and skills in front of the demands of the new
professional profile, as the perception from education managers (direct supervisors) of these
participants in their work space about modifications in their attitudes and practices.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 281
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO
http://www.faar.edu.br/revista
Recebido em: 09/08/2016
Aceito em: 18/11/2016
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 02, n.2, Ago./Dez. 2016 p. 282