Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Seção operacional
Associação Americana de Gás
1515 Wilson Bulevard
Arlington, Virgínia 222O9,
U.S.A.
Junho de 1998
Retratações e Direitos
Autorais
Nada contido em qualquer publicação da Associação Americana de Gás
(A.G.A.) será interpretada como concedendo qualquer direito, implicitamente ou não,
para o fabricante, venda ou uso com relação a qualquer método, aparato ou produto
cobertos por patente, bem como assegurando qualquer um contra responsabilidade
por infração de patente.
Esta publicação da A.G.A. pode ser usada por qualquer um que assim o
deseje. Foram feitos esforços para assegurar a precisão e confiabilidade dos dados
contidos nesta publicação; porém, fazer uso da A.G.A. não representa nenhuma
garantia, ou garante a conexão com outras publicações da A.G.A. e por este meio
nega expressamente qualquer responsabilidade por perda ou dano oriundo do
resultado do uso desta; ou por qualquer violação de regulamento Federal, Estadual
ou Municipal com que esta publicação da A.G.A. possa conflitar; ou por infringir
qualquer patente no uso de qualquer publicação da A.G.A.. Nada contido neste
relatório deverá ser visto como um endosso pela A.G.A. dos produtos de qualquer
fabricante em particular.
Os resultados dos testes, pesquisas, e os dados de calibração dos medidores de vazão têm
indicado que medidores de vazão do tipo ultra-sonico multifeixe podem medir vazão de gás com
precisão quando instalados com trecho reto de tubulação suficiente a montante do medidor para
produzir escoamentos com perfil de velocidades turbulento plenamente desenvolvido. Várias
combinações de configuração de tubulação, válvulas e comprimentos de trecho reto a montante
podem produzir perturbações do perfil de velocidades na entrada do medidor o que pode resultar em
erros de medição de vazão. O valor do erro depende da magnitude da distorção produzida no perfil
de velocidades na entrada do medidor, de acordo com a configuração do trecho reto e da habilidade
do medidor compensar esta distorção. Outros efeitos que também podem resultar em erros na
medição de vazão para uma determinada instalação são os níveis de pulsação, as faixas de pressão
operacional e a temperatura ambiente.
A calibração do medidor pode vir a ser necessária para satisfazer os requisitos de precisão
especificados neste relatório. São providas diretrizes de calibração para ocasiões em que uma
calibração é solicitada pelo usuário com o objetivo de verificar a precisão do medidor ou aplicar um
fator de calibração para minimizar a incerteza de medição (veja Anexo A).
Ao contrário dos medidores de gás mais tradicionais, os medidores de gás do tipo ultra-sônico
multifeixes têm um sistema microprocessado incorporado. Este relatório inclui, para referência, uma
coletânea internacional de especificações e testes aplicáveis a medidores de gás eletrônicos. Estes
testes encontram-se resumidos no Anexo B, e são usados para demonstrar que o sistema eletrônico
do medidor ultra-sônico multifeixes tem desempenho aceitável sob diferentes influências e
perturbações.
Este relatório oferece critérios gerais para a medição de gás através de medidores ultra-
sônicos multifeixes. Ele se constitui no resultado cumulativo de anos de experiência de muitos
indivíduos e organizações familiarizados com a medição de vazão de gás. Este documento poderá
ser revisado quando necessário. Quando qualquer revisão for julgada aconselhável, esta deverá ser
enviada para: Seção Operacional, Associação Americana de Gás, 1515 Wilson
Boulevard, Arlington, VA 22209, U.S.A. O formulário para este propósito está incluído ao
término deste relatório.
ÍNDICE
Medição de Vazão de Gás por Medidores do tipo Ultra-sônico Multifeixes 1
Retratações e Direitos Autorais 2
Prefácio 3
1 Introdução 5
1.1 Escopo 5
1.2 Princípio de Medição 5
A precisão de um medidor ultra-sônico de gás depende de vários fatores, tais como: 5
2 Terminologia 5
3 Condições Operacionais 6
3.1 Qualidade do gás 6
3.2 Pressões 6
3.3 Temperaturas do Gás e Ambiente. 6
3.4 Faixa de vazão 6
3.5 Trecho Reto a montante e Perfis de vazão 6
4 Especificações do Medidor 7
4.1 Normas e Regulamentação 7
4.2 Corpo de Medidor 7
4.3 Transdutores Ultra-sônicos 8
4.4 Eletrônica 9
4.5 Programas de Computador 9
4.6 Documentação 11
5 Requisitos de Desempenho 12
5.1 Definições 13
5.2 Geral 14
5.3 Pressão, Temperatura e Influências da Composição do Gás 15
6 Requisitos individuais de Testes no Medidor 16
6.1 Testes de Vazamento 16
6.2 Medidas Dimensionais 16
6.3 Teste de Verificação de Vazão Zero (Teste de Zero) 16
6.4 Calibração com Vazão 17
6.5 Garantia de Qualidade 18
7 Requisitos de Instalação 19
7.1 Considerações Ambientais 19
7.2 Configuração de Tubulação 19
7.3 Computador de Vazão Associado 21
7.4 Manutenção 22
8 Verificação Periódica em Campo 23
9 Lista de referência 24
1 Introdução
1.1 Escopo
Este relatório foi elaborado para medidores ultra-sônicos multifeixe por tempo de trânsito
usados para a medição de gás natural com diâmetros maiores ou iguais a 6’’. Os medidores do tipo
ultra-sônico multifeixe têm, no mínimo, dois pares independentes de transdutores de medição
(trajetória acústica). Aplicações típicas incluem a medição de grandes volumes de gás em instalações
de produção, gasodutos, instalações de armazenamento, sistemas de distribuição e grandes
consumidores usuários finais.
Os medidores do tipo Ultra-sônicos multifeixe são medidores que inferem a vazão de gás a
partir dos tempos de trânsito de pulsos de alta freqüência. Os tempos de trânsito, por sua vez, são
determinados a partir de pulsos ultra-sônicos, deslocando diagonalmente através do tubo, a favor e
contra o sentido do escoamento do gás. A diferença entre estes tempos de trânsito é relacionada com
a velocidade do escoamento do gás através dos feixes acústicos. Técnicas de cálculo numérico são
então usadas para calcular a velocidade axial média do escoamento do gás e a vazão volumétrica
nas condições de operação do medidor.
2 Terminologia
O medidor deverá, como uma exigência mínima, operar com quaisquer misturas e
composições de gás natural conforme especificado no relatório A.G.A. No. 8., o que abfaixa
densidades relativas entre 0,554 (metano puro) e 0,870.
O fabricante deverá ser consultado em quaisquer das seguintes condições:
1) se a atenuação da onda acústica devido a níveis de gás carbônico for superior a 10%;
2) caso a operação se aproxime da densidade crítica da mistura do gás natural; e
3) se concentração de enxofre total exceder 320 ppm, incluindo as mercaptanas, H2S e
compostos de enxofre.
Os depósitos que ocorrem nas tubulações (por exemplo, condensados, traços de óleo, areia ou
sujeira, materiais particulados) podem afetar a precisão do medidor devido a redução da sua seção
transversal. Os depósitos também podem atenuar ou obstruir o deslocamento da onda ultra-sônica
entre os emissores e receptores, e, em alguns projetos do medidor, alterar o reflexo nas suas paredes
internas.
3.2 Pressões
A faixa de vazões que pode ser medida por um MU é definida pela velocidade real do gás. O
projetista deverá estimar as vazões de operação e assegurar que elas estejam dentro da faixa de
vazões especificada pelo fabricante (qmin, qt, e qmax - vide Seção 5.1 para definições). Os requisitos de
precisão para a condição operacional dentro de qmin, qt e qmax estão estabelecidos nas Seções 5.2,
5.2.1 e 5.2.2 deste relatório. O projetista deve examinar cuidadosamente a velocidade máxima do
fluido com relação ao ruído e a integridade dos dutos (erosão, vibrações do poço termal).
O MU tem a capacidade inerente de medir vazão em qualquer sentido com idêntica precisão,
uma vez que o mesmo é bidirecional. O projetista deve especificar se a medição bidirecional é
requerida, de forma que o fabricante possa configurar corretamente os parâmetros na UPS.
4.3.1 Especificações
Os fabricantes deverão estabelecer as especificações gerais do transdutor ultra-sônico, como
dimensões críticas, máxima pressão operacional permissível, faixa de pressão operacional, faixa de
temperatura operacional e limitações da composição de gás.
O fabricante deverá especificar a pressão operacional mínima baseado no modelo do
transdutor ultra-sônico, tamanho do UM e condições operacionais esperadas. Esta pressão mínima
deverá ser marcada ou etiquetada no UM para alertar o pessoal de campo ou ao operador de que o
medidor poderá não registrar vazão a pressões reduzidas no gasoduto.
4.3.2 Taxa de Variação da Pressão
A despressurização súbita de um transdutor ultra-sônico pode causar dano se um volume de
gás aprisionado se expandir dentro do transdutor. Se necessário, informações claras devem ser
dadas pelo fabricante para despressurização e pressurização do medidor e transdutores durante
instalação, início de operação, manutenção e operação.
4.3.3 Troca
Deverá ser possível substituir ou relocar os transdutores sem uma mudança significante no
desempenho do medidor. Isto significa que uma troca de transdutores e uma possível mudança das
constantes do software da UPS orientada pelo fabricante, o desvio resultante no desempenho do
medidor não estará fora dos limites das exigências de desempenho especificado nas Seções 5.2,
5.2.1 e 5.2.2. O fabricante deverá especificar procedimentos a serem adotados quando da troca de
transdutores, e conseqüentes ajustes mecânicos, elétricos ou outros que tenham de ser feitos.
4.3.4 Testes dos Transdutores
Cada transdutor ou par de transdutores deve ser testado pelo fabricante e os resultados
documentados como parte do programa de garantia de qualidade do UM. Cada transdutor deverá ser
marcado ou deverá ser etiquetado com um número de série permanente e deverá ser fornecido com
os dados gerais do transdutor listados em Seção 4.3.1. Se A UPS requerer transdutores com
especificações e parâmetros distintos então cada transdutor ou par de transdutores também deverá
ser fornecido com documentação de teste que contenha os dados específicos de calibração, método
de calibração utilizado bem como os parâmetros de caracterização.
4.4 Eletrônica
4.5.1 Firmware
Os programas do computador responsáveis pelo controle e operação do medidor deverão ser
armazenados em uma memória não volátil. Todas as constantes de cálculo e parâmetros de
operação também deverão ser armazenados em memória não volátil.
Para fins de auditoria, deverá ser possível verificar todas as constantes de cálculo e
parâmetros enquanto o medidor estiver em operação.
O fabricante deverá manter um registro de todas as revisões de programas, inclusive número
de série, dados da revisão, modelos de aplicação do medidor, revisões de circuitos e placas e uma
descrição das mudanças do programa.
O número de revisão do programa, data da revisão, número de série ou número de checagem
devem estar disponíveis ao auditor para inspeção visual do chip de firmware, no mostrador ou porta
de comunicação digital.
O fabricante poderá oferecer revisão de programas periodicamente para melhorar o
desempenho do medidor ou adicionar novas características. O fabricante notificará o operador se a
revisão de programa afetar a precisão do medidor calibrado.
4.5.2 Software de Manutenção e Configuração
O medidor deverá ser fornecido com a capacidade para configuração local ou remota da UPS e
para a monitoração das operações do medidor. Como um mínimo, o programa deverá poder exibir e
registrar as seguintes medições: vazão operacional, velocidade média do fluxo, velocidade média do
som no meio, velocidade de som ao longo de cada feixe acústico e qualidade acústica do sinal ultra-
sônico recebida por cada transdutor. Como opção, o fabricante poderá fornecer estas funções no
programa como parte integrante do medidor.
4.5.3 Inspeção e Funções de Auditagem
Deverá ser possível ao auditor ou ao inspetor ver e imprimir os parâmetros de configuração do
medidor de vazão usados na UPS, por exemplo, constantes de calibração, dimensões do medidor,
média de tempo e taxa de amostragem.
Providências deverão ser tomadas para prevenir uma alteração não detectável desses
parâmetros que afetam o desempenho do medidor. Providências satisfatórias incluem um interruptor
ou ‘jumper’ lacrado, um chip programável de memória não volátil somente leitura ou uma senha para
a UPS.
(Opcional) Deverá ser possível ao auditor verificar se todos os algoritmos, constantes e
parâmetros de configuração que estão em uso, em qualquer medidor específico, estão produzindo a
mesma ou melhor performance obtida quando esse medidor específico foi calibrado em vazão pela
última vez e qualquer fator de calibração nessa ocasião tenha sido alterado. O auditor pode ter que
confiar no fabricante para partes desta verificação por causa da natureza de propriedade de alguns
algoritmos do UM.
4.5.4 Alarmes
As seguintes saídas de alarme deverão ser fornecidas na forma de falha/segurança, chaves
tipo relé de contatos secos livres de tensão de estado sólido isolada de terra.
• Saída inválida (output invalid): quando a vazão indicada á condições operacionais for inválida
• (opcional) Problema (trouble): quando quaisquer dos vários parâmetros monitorados ficar fora
das condições de operação normal por um período significativo de tempo
• (opcional) falha parcial (partial failure): quando os dados provenientes de um ou mais dos
vários transdutores ultra-sônicos não são utilizáveis
4.5.5 Parâmetros para Diagnósticos
O fabricante deverá prover as seguintes e outros diagnósticos de medição via saída serial, por
exemplo, RS-232, RS-485 ou equivalente.
• velocidade axial média através do medidor
• velocidade de vagão para cada feixe acústico (ou equivalente para avaliação do perfil de
velocidade)
• velocidade de som ao longo de cada feixe acústico
• velocidade média do som através do fluxo
• taxa de amostragem (?)
• tempo médio entre amostragens
• porcentagem de pulsos válidos para cada feixe acústico
• indicadores de status e qualidade de medição
• indicadores de alarme e falha
4.5.6 Unidades de Engenharia
As seguintes unidades devem ser usadas para os vários valores associados com o UM.
Parâmetro Unidades inglesas Unidades do S.I.
Massa específica lb/cf kg/m³
energia Btu J
massa lb kg
diâmetro da tubulação Polegada mm
pressão psi ou lbf/in² Pa
temperatura ºF ºC
velocidade ft/s m/s
viscosidade, dinâmica absoluta Ib/(ft.seg) Pa.s
volume cf m³
vazão volumétrica nas condições operacionais acf/h m³/h
4.6 Documentação
Outras seções deste relatório exigem documentação que atestem a precisão, e documentação
de verificação de efeitos da instalação, de eletrônica, de transdutores de ultra-som e verificação de
vazão zero. O fabricante também deverá prover todos os dados necessários, certificados e
documentação para uma configuração correta, parametrização e particularidades de aplicação do
medidor em particular, para que este medidor opere corretamente. Isto inclui o manual do operador,
certificados de teste de pressão, certificados de materiais, relatório de medição de todos os
parâmetros geométricos do carretel e certificados dos parâmetros de verificação da vazão zero
utilizados. A documentação que assegura a qualidade deverá estar disponível para o inspetor ou para
o projetista quando solicitado.
O fabricante deverá prover, no mínimo, um conjunto dos seguintes documentos. Toda a
documentação deverá ser datada.
a. uma descrição do medidor, dando as características técnicas e o princípio de operação
b. um desenho em perspectiva ou fotografia do medidor
c. a nomenclatura das partes com uma descrição dos materiais que constituem as partes
d. um desenho de montagem com identificação e listagem das partes com nomes
e. um desenho dimensional
f. um desenho mostrando o local dos pontos de verificação e selos
g. um desenho dimensional com os componentes metrologicamente importantes
h. um desenho da plaqueta de dados e dos arranjos para inscrições
i. um desenho de cada dispositivo auxiliar
j. instruções para instalação, operação, manutenção periódica e pesquisa de defeitos
k. documentação de manutenção, inclusive os de terceiros para cada componente reparável em
campo
l. uma descrição da eletrônica da UPS e seu arranjo, e uma descrição geral de sua operação
m. descrição das saídas disponíveis e quaisquer mecanismos de ajuste
n. uma lista de interfaces eletrônicas e placas de terminais com características essenciais de
cada uma.
o. uma descrição das funções do programa e dos parâmetros de configuração da UPS,
incluindo os valores de fábrica e instruções de operação.
p. documentação referente aos códigos de segurança e regulamentações que o projeto de
construção obedece.
q. documentação de desempenho do medidor conforme requisitos da Seção 5, “Requerimentos
de Desempenho”
r. documentação informando que o medidor passou com sucesso nos testes de Apêndice B
“Prova do Projeto Eletrônico”
s. comprimentos mínimos de trecho reto de tubulação a montante e a jusante necessários para
não criar um erro adicional de medição de vazão maior que ± 0,3%
t. máxima perturbação permissível no perfil de vazão para não criar um erro adicional de
medição de vazão maior que ± 0,3%
u. um procedimento de teste de verificação de campo como descrito na Seção 8
v. uma lista dos documentos submetidos
4.6.1 Pós-venda
O fabricante deverá fornecer um desenho tipo esboço específico do medidor, incluindo
dimensões de face a face, diâmetro interno, espaço necessário para manutenção, pontos de conexão
de conduítes e peso estimado.
O fabricante deverá fornecer uma lista de peças sobressalentes recomendados.
O fabricante também deverá fornecer desenhos elétricos específicos do medidor que
mostrem para o cliente os terminais elétricos e respectivos esquemas elétricos de todos os
componentes de circuito relativo ao primeiro componente isolado; por exemplo, isolador
ótico, relé, amplificador operacional, etc. Isto permitirá ao projetista conectar e interfacear
corretamente o medidor.
4.6.2 Antes do Embarque
Antes da remessa do medidor, o fabricante deverá disponibilizar o seguinte para a verificação
do inspetor: relatórios de metalurgia, relatório de inspeção das soldas, relatórios de teste de pressão
e medidas dimensionais finais conforme exigido na Seção 6.2.
5 Requisitos de Desempenho
Esta seção especifica o conjunto de exigências mínimos de desempenho que o UM deverá ter.
Se um medidor não for calibrado com vazão, o fabricante deverá prover dados de teste suficientes
que confirmem que cada medidor atenderá aos requisitos de desempenho. O projetista também
poderá especificar que o medidor seja calibrado com vazão conforme a Seção 6.4. Se o medidor for
calibrado com vazão, então deverá satisfazer os mesmos requisitos mínimos de desempenho de
medição antes da aplicação de qualquer ajuste do fator de calibração. A soma dos ajustes do fator de
calibração, então, deverá estar dentro dos limites de erro declarados nos requisitos de desempenho.
Isto é para assegurar que um medidor não seja mascarado por um grande fator de calibração. Ajustes
no fator de calibração são feitos para minimizar os desvios sistemáticos do medidor. O projetista
recorrerá ao Apêndice A e a Seção 6.4.1 para uma explicação dos métodos e benefícios de calibrar
um medidor com vazão e para os ajustes do fator de calibração. O projetista deverá também seguir
cuidadosamente as recomendações de instalação da Seção 7,já que qualquer defeito de instalação
acrescentará incerteza á medição final.
Para cada projeto e tamanho de medidor o fabricante deverá especificar os limites de vazão
qmin, qt, e qmax conforme definido na Seção 5.1. Cada UM, calibrado ou não com vazão, deverá operar
dentro da faixa mais precisa para faixas entre qt e qmax e dentro da faixa menos precisa para os faixas
menores qt maiores ou iguais a qmin, como definido em Seções 5.2, 5.2.1 e 5.2.2.
5.1 Definições
Erro máximo pico a pico A maior diferença permissível pico a pico deverá ser conforme
mostrado na Figura 1 e Seção 5.2. Isto é aplicado para todos os valores
de vazão entre qt e qmax.
qmax A máxima vazão no UM que pode ser medida dentro dos limites de
erro, como mostrado nas Seções 5.2.1 e 5.2.2 para medidores grandes e
pequenos, respectivamente.
qt A vazão de gás de transição abaixo da qual o limite de erro
expandido é aplicável e quando, qt ≤ 0,1 qmax .Veja Figura 1 nas
Seções 5.2.1 e 5.2.2.
qmin A vazão de gás através da mínima UM que pode ser medida dentro
do limite de erro expandido, como mostrado na Figura 1 nas Seções 5.2.1
e 5.2.2.
O UM deverá satisfazer todos os requisitos de precisão acima para a medição de vazão para
toda a faixa operacional de pressão, temperatura e composição de gás, sem a necessidade de
ajustes manuais, a menos se declarado pelo fabricante. Se o UM requerer uma entrada manual das
características do gás (por exemplo: densidade do gás ou viscosidade), o fabricante deverá informar
ao operador a sensitividade destes parâmetros para que o operador possa determinar a necessidade
de mudar estes parâmetros quando da mudança das condições operacionais.
6 Requisitos individuais de Testes no Medidor
Antes da remessa de cada UM para o projetista ou para o operador, o fabricante deverá
inspecionar cada medidor e executar os testes que se seguem. Serão documentados os resultados
de todos os testes e verificações executados em cada medidor em um relatório (veja Seção 6.4.2)
preparado pelo fabricante e submetido ao projetista ou ao operador.
Todo UM, completo com transdutores e válvulas de isolamento de transdutores (se usado),
será realizado teste de vazamento pelo fabricante depois da montagem final e antes da remessa para
o projetista ou agente calibrador. O meio de teste deverá ser um gás inerte, como nitrogênio. A
pressão de teste de vazamento será no mínimo de 1400 kPa, mantido por no mínimo 15 minutos,
sem detecção de vazamentos com uma solução líquida não corrosiva ou por um detector ultra-sônico
como descrito na ASTM E 1002 - 93. Este teste de vazamento não substitui a necessidade de
execução de um teste hidrostático.
Para verificar o sistema de medição do tempo de trânsito de cada medidor, o fabricante deverá
executar um Teste de Verificação de Vazão Zero. O fabricante documentará e seguirá um
procedimento de teste detalhado que inclui no mínimo os seguintes elementos.
• Depois de fixados os flanges cegos ao corpo do medidor, o medidor será purgado de todo o
ar e será pressurizado com gás puro ou uma mistura de gás. A seleção do gás de teste será
de responsabilidade do fabricante. Entretanto, as propriedades acústicas do gás de teste
devem ser bem conhecidas e documentadas.
• Deve-se aguardar a estabilização da pressão e da temperatura antes do início do teste.
Serão registradas as velocidades de propagação dos pulsos em cada feixe acústico durante
pelo menos 30 segundos. Então serão calculados a velocidade média e o desvio padrão para
cada feixe acústico.
• Serão feitos ajustes necessários para que o desempenho do medidor fique em conformidade
com as especificações do fabricante e as declaradas neste relatório.
Se os valores medidos da velocidade do som são comparados com valores teóricos, o valor
determinado teoricamente deverá ser computado usando uma análise completa do gás de teste, as
medidas precisas da pressão e temperatura do gás de teste e a equação do estado empregada na
A.G.A. Relatório Número.8, “Método Detalhado de Caracterização”.
Como parte do procedimento de teste, o fabricante documentará o número de série dos
transdutores ultra-sônicos e suas respectivas posições no corpo do medidor. O fabricante também
documentará todos os parâmetros usados pelo medidor, por exemplo, diferenças eletrônicas de
tempo trânsito entre os transdutores, correções incrementais de tempo, e todos as distâncias de,
ângulos, diâmetros e outros parâmetros usados no cálculo da velocidade para cada feixe acústico. O
fabricante deverá assinalar se as constantes forem específicas para cada par de transdutores.
O fabricante também pode implementar um fator de desvio de vazão zero, em unidades de
engenharia positivo ou negativo metros por segundo. Este fator de compensação de vazão zero será
aplicado à saída do medidor. É esperado que o uso deste fator melhore a precisão nas baixas
velocidades, contudo não afetando significativamente a precisão das velocidades mais altas. Se este
fator for aplicável, deverá ser documentado pelo fabricante.
Se especificado pelo projetista, o UM deverá ser calibrado com vazão. Se uma calibração com
vazão é executada, as vazões nominais de teste recomendadas são as seguintes, no mínimo: qmin,
0,10 qmax, 0,25 qmax, 0,40 qmax, 0,70 qmax, e qmax. O projetista também poderá especificar testes de
calibração de vazão adicionais em outras vazões nominais. (Veja o exemplo do Apêndice A, no qual
testes adicionais a 0,15 qmax ou 0,20 qmax foram úteis).
As calibrações devem ser executadas a uma pressão de gás, temperatura e densidade perto
da pressão, temperatura e densidade médias esperadas nas condições operacionais como
especificado pelo projetista. Testes a qualquer outra pressão, temperatura ou densidade específicas
podem ser executados, se necessário. O projetista também pode requerer que configurações de
tubulação específicas ou condicionador de fluxo específico sejam usados durante calibração,
compreendendo que diferenças de configurações a montante podem influenciar o desempenho do
medidor.
É reconhecido que pode não ser possível calibrar grandes UMs até a capacidade máxima por
causa das limitações das atuais instalações de calibração disponíveis. Em tais casos, o projetista
pode especificar uma vazão mais baixa ao invés .de qmax. O fabricante deverá declarar na
documentação, quando aplicável, que um qmax reduzido foi usado durante a calibração.
O flange de montante e os diâmetros internos deveram ser compatíveis com o medidor em
teste como especificado em Seção 7.2.3.
Todos os testes executados por um laboratório de calibração de vazão deveram ser rastreáveis
aos órgãos metrológicos máximos aplicáveis com certificados de calibração, por exemplo, no Brasil,
rastreável ao INMETRO. Qualquer propriedade ou constante física ou termodinâmica (por exemplo,
massa específica, fator de compressibilidade, velocidade do som, fatores críticos) usados durante a
calibração será computada através do A.G.A. Relatório Número. 8, “Equação de Estado do Método
de Caracterização Detalhada.”
Estimula-se que o projetista e o operador publiquem resultados de calibração à indústria de
gás, inclusive dados de precisão de vazão antes e depois que fatores de calibração sejam aplicados.
Isto habilitará os fabricantes a demonstrarem o desempenho dos UM e facilitará pesquisas
atualizadas para avaliação da tecnologia. O GRI – Gas Research Institute tem atualmente um
programa para compilar os dados de calibração.
6.4.1 Ajuste dos Fatores de calibração
Se um medidor for calibrado, os fatores de calibração devem ser aplicados para eliminar
qualquer erro sistemático. Estes são alguns dos métodos de aplicação fatores de calibração:
a) Usando erro médio ponderado pela vazão (FWME) sobre a faixa de medição a ser
utilizada (o cálculo de FWME é mostrado em Apêndice UM)
b) Usando um esquema de correção de erro mais sofisticado (por exemplo, algoritmo
multi-ponto ou polinomial, uma interpolação linear por partes) sobre a faixa de
medição a ser utilizada.
Para calibrações de vazão bidirecionais, um segundo jogo de fatores de calibração pode ser
usado para fluxo reverso.
Se um fator de compensação for determinado durante a validação de vazão zero, pode ser
revisado baseado nos resultados da calibração de vazão para aperfeiçoar o desempenho de precisão
global do medidor. O fabricante documentará tal mudança neste fator e alertará o operador que a
saída de vazão zero pode ter algum desvio intencional para melhorar precisão em qmin.
6.4.2 Relatórios de Teste
Os resultados de cada teste requerido na Seção 6, serão documentados em um relatório
escrito pelo fabricante destinado ao projetista ou o operador. Para cada medidoro relatório incuirá no
mínimo:
a. o nome e endereço do fabricante
b. o nome e endereço da instalação de teste
c. o modelo e número de série
d. o número da versão do firmware dq UPS
e. a(s) data(s) do(s) teste(s)
f. o(s) nome(s) e título(s) da(s) pessoa(s) que conduziu(ram) o(s) teste(s)
g. uma descrição escrita dos procedimentos de cada teste
h. as configurações de montante e jusante
i. um relatório de diagnóstico dos parâmetros de configuração do software
j. todos os dados de teste, inclusive vazões, pressões, temperaturas, composição de gás e a
incerteza de medição da instalação de teste
k. uma descrição de qualquer variação ou divergências em relação as condições de teste
exigidas
Pelo menos uma cópia do relatório completo será enviada ao projetista ou ao operador e uma
cópia será retida nos arquivos do fabricante. O fabricante deve assegurar que o relatório completo
está disponível sempre que solicitado pelo operador, por um período de 10 anos depois de remessa
de qualquer medidor.
7.1.1 Temperatura
O fabricante proverá especificações de temperatura ambientes para o UM. Deverá ser
considerada a providência de sombra ou acondicionamento, para reduzir os efeitos da incidência de
sol e da variação da temperatura ambiente.
7.1.2 Vibração
O UM não deverá ser instalado onde houver níveis de vibração ou freqüências que poderiam
entrar em ressonância com as freqüências naturais das placas da UPS, componentes ou
transdutores. O fabricante proverá especificações relacionadas às freqüências naturais dos
componentes do UM.
7.1.3 Ruído Elétrico
O projetista e o operador não devem expor o UM ou sua instalação elétrica à influência de
qualquer ruído elétrico desnecessário, incluindo corrente alternada, transientes de solenóide ou
transmissões de rádio. O fabricante fornecerá as especificações do instrumento relativas às
influências de ruídos elétricos.
O sinal de saída do UM é tipicamente um volume não corrigido (volume real nas condições de
linha), ou por unidade de tempo ou acumulado. Portanto, um computador de vazão ou corretor
associado deve ser instalado pelo projetista para corrigir o volume instantâneo ou acumulado para a
pressão, temperatura e compressibilidade (obter normais metros cúbicos, por exemplo), e prover a
retenção de dados necessária para auditoria do sistema. Opcionalmente as funções do computador
de vazão podem ser integradas ao UM ou UPS pelo fabricante.
Para aplicações bidirecionais, o UM deverá ser tratado como dois medidores separadamente,
cada um com seu trecho reto, em um único computador de vazão ou com dois computadores de
vazão separados.
Para outros requisitos aplicáveis a computadores de vazão, o projetista deverá recorrer a
norma ABNT NBR14978 – Medição eletrônica de gás – Computadores de vazão. Um UM pode ser
considerado um “medidor linear” neste documento.
7.3.1 Cálculos do Computador de Vazão
Os cálculos necessários são semelhantes às equações descritas Relatório A.G.A. nº
7,’Measurement of Gas by Turbine Meters’, resumidos nas expressões seguintes:
Qb = Q f ( Pf / Pb )(Tb / T f )( Z b / Z f )
Vb = ∫ Qb dt
Nas quais:
∫ = integração no tempo
A primeira equação converte a vazão instantânea nas condições reais de pressão, temperatura
e compressibilidade para uma vazão a condições de base. A segunda equação representa o
processo de integração no qual são acumuladas as vazões instantâneas básicas com o passar do
tempo para volumes. Para mais detalhes, ver a A.G.A.; Relatório Nº. 7
7.4 Manutenção
4. NFPA 70, Código Elétrico Nacional, 1996 Edição, Nacional Fogo Proteção Associação,
Parque de Batterymarch Quincy, MA 02269,
7. Código de Regulamentos Federais, Intitule 49–Transporte, Separe 192, (49 CFR 192),
Transporte de Gás de Pleural e Outro Gás através de oleoduto: Padrões de Segurança
Federais Mínimos, Governo norte-americano que Imprime Uma vez, Washington, DC
20402,
10. ISO/TR 12765: 1997(E), Medida de fluxo fluido em canais fechados–Métodos que
usam trânsito tempo ultrasonic flowmeters, Organização Internacional para
Padronização, Caso Postale 56, CH-1211 Genève 20, Suíça,
11. OIML R 6 providências Gerais para metros de volume de gás, 19S9 (E),
Recomendação Internacional, Organização de de Internationale Métrologie Légale,
Agência de Internacional Métrologie Légale, 11, lamentam Turgot - 75009 Paris -
França
12. OIML D 11 requisitos Gerais para instrumento medindo eletrônico, 1994 (E),
Documento Internacional, Organização de de Internationale Métrologie Légale, Agência
de Internacional Métrologie Légale, 11, lamentam Turgot -75009 Paris - a França