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DIÁRIO DE BORDO – INTEGRANTE – LABORATÓRIOS DE CRIAÇÃO

Laboratório Laboratório de Criação Centro de Narrativas Audiovisuais - CENA

Projeto SECTA
Integrante PRISCILA DE ASSIS LOPES DE ANDRADE
Função no projeto Roteirista
Período 12/2019

Relate sua experiência no Laboratório este mês (tópicos sugeridos: processo de

criação, atividades de formação dentro e fora da escola, tutorias)

Em dezembro, após entregarmos nosso primeiro tratamento de roteiro, iniciamos nosso

processo de preparação para o pitching. Aconteceram algumas mudanças no projeto, “SECTA”
passou a se chamar “As Coisas que Deixamos no Fogo”, e a nossa protagonista Karlieny, a se
chamar Catarina, por entendermos que o projeto havia mudado e precisava de nova
personalidade. Começamos a nos preparar para o pitching com orientações para textos e
roteiro para a apresentação. Tivemos aula com Nina Kopko, que fez vários exercícios
trabalhando corpo, exposição, fala. Tivemos também uma conversa com Max Eluard, que foi
muito boa para compreendermos toda a rodada de negócios, que iríamos ter com as
produtoras, até as estruturas de mercado.

Iniciamos o processo de produção, fomos atrás de técnicos de som, atrizes, figurino, coisas
que iríamos usar na nossa apresentação. Após conseguirmos dez atrizes, começamos os
ensaios, para afinar cada vez mais. Ensaiamos tanto no Cinema de Dragão como no Cena 15.
Reservamos figurino. Editamos os vídeos para apresentação. Refazíamos e aprimorávamos
nosso texto a cada ensaio. Foi uma semana muito corrida e intensa, mas queríamos dar nosso
melhor nessa apresentação, tanto para o público, como para os produtores que iriam estar
presentes. Infelizmente não foi possível. O Pitching foi cancelado. Não tivemos rodada de
negócios com os produtores. O que frustrou todos os roteiristas, que viam nesta uma
oportunidade de se mostrar para o mercado. Assim, foi encerrado o laboratório.

Que sugestões e/ou críticas você gostaria de fazer para o aprimoramento dos
Laboratórios?

O percurso do laboratório é uma grande oportunidade que muitos têm de trabalhar e

desenvolver a escrita do roteiro. Há oficinas, cursos, conversas com professoras e professores
incríveis, que abrem um panorama de mundo para você aprender, conhecer, seguir ou escolher
outros novos caminhos. A vivência do processo é bastante rica, mas ainda há um longo
caminho para se criar uma horizontalidade entre tutores e roteiristas, o autoritarismo não
dialoga com arte, ensino e/ou educação. Existe uma relação de hierarquia e poder muito forte,
OBSERVAÇÕES:
- Não esqueça de anexar algumas fotos do seu processo de pesquisa e criação.
- É preciso rubricar todas as páginas do relatório e assinar na última página​.
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que prejudica a experiência de muitos roteiristas, e essa estrutura atravessa muito mais corpos
dissidentes.

Percebemos o desejo da escola em dialogar cada vez mais com o público que a escola tem
como propósito. O ano de 2019 foi o ano em que se entraram mais corpos dissidentes no
laboratório de cinema, uma conquista. Mas foi também o mesmo ano em que pela primeira vez
não houve pitching. ​Acredito que tudo que ocorreu possa ser um momento de reflexão,
reestruturação, renascimento à todos.​ Aproveito o espaço também para compartilhar um trecho
​ starão às instituições realmente
do texto do escritor e cineasta negro Clébson Oscar:​ “E
interessadas em incorporar outras práticas e outras perspectivas para que os seus espaços
possam ser mais democráticos e ou justos? Estará Fortaleza imersa nessa onda decolonial ou
isso se manterá como teoria sem prática?”

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Assinatura do integrante/artista

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Assinatura da Coordenação do Laboratório de Criação
Centro de Narrativas Audiovisuais - CENA 15

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Assinatura da Coordenação do Laboratório de Criação

OBSERVAÇÕES:
- Não esqueça de anexar algumas fotos do seu processo de pesquisa e criação.
- É preciso rubricar todas as páginas do relatório e assinar na última página.​