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MARCUSE, Herbert. A Dimensão Estética. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1977.

“ao contrário dos estetas marxistas, vejo o potencial da arte na própria arte, na forma
estética em si. Além disso, defendo que, em virtude da sua forma estética, a arte é
absolutamente autônoma perante as relações sociais existentes” (MARCUSE, 1977, p.11).

“as qualidades radicais da arte, ou seja, a sua acusação da realidade estabelecida e a sua
invocação da bela imagem (schöner Schein) da libertação baseiam-se precisamente nas
dimensões em que a arte transcende a sua determinação social e se emancipa a partir do
universo real do discurso e do comportamento, preservando, no entanto, a sua presença
esmagadora” (MARCUSE, 1977, p.20).

“a lógica interna da obra de arte termina na emergência de outra razão, outra sensibilidade,
que desafiam a racionalidade e a sensibilidade incorporadas nas instituições sociais
dominantes” (MARCUSE, 1977, p.20).

“A transcendência da realidade imediata destrói a objetividade reificada das relações sociais


estabelecidas e abre uma nova dimensão da experiência: o renascimento da subjectividade
rebelde” (MARCUSE, 1977, p.20-21).

“A verdade da arte reside no seu poder de cindir o monopólio da realidade estabelecida (...)
para definir o que é real. Nesta ruptura, que é a realização da forma estética, o mundo
fictício da arte aparece como a verdadeira realidade (MARCUSE, 1977, p.22).

“Enquanto o homem e a natureza não existirem numa sociedade livre, as suas


potencialidades reprimidas e distorcidas só podem ser representadas numa forma alienante.
O mundo da arte é o de outro Princípio da Realidade, de alienação – e só como alienação
é que a arte cumpre uma função cognitiva: comunica verdades não comunicáveis noutra
linguagem; contradiz” (MARCUSE, 1977, p.22).

“A arte desafia o monopólio da realidade estabelecida em determinar o que é ‘real’ e fá-lo


criando um mundo fictício que, no entanto, é ‘mais real que a própria realidade’” (MARCUSE,
1977, p.33).
“Se alguma arte ‘existe’ para qualquer consciência colectiva, é a dos indivíduos unidos na
sua consciência da necessidade universal de libertação – qualquer que seja a sua posição
de classe” (MARCUSE, 1977, p.41).

“A arte não pode mudar o mundo, mas pode contribuir para a mudança da consciência e
impulsos dos homens e mulheres, que poderiam mudar o mundo” (MARCUSE, 1977, p.43).

“a arte faz inevitavelmente parte do que existe e só como parte do que existe fala contra o
que existe. Esta contradição é preservada e resolvida (aufgehoben) na forma estética, que
dá ao conteúdo familiar e à experiência familiar o poder de afastamento – e que leva ao
aparecimento de uma nova consciência e de uma nova percepção” (MARCUSE, 1977,
p.50).

“A intensificação da percepção pode ir ao ponto de distorcer as coisas de modo que o


indizível é dito, o invisível se torna visível e o insuportável explode. Assim, a transformação
estética transforma-se em denúncia – mas também em celebração do que resiste à injustiça
e ao terror, e do que ainda se pode salvar” (MARCUSE, 1977, p.53).

“A arte não pode cumprir a sua promessa e a realidade não oferece promessas, mas apenas
ocasiões” (MARCUSE, 1977, p.56).

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