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Práticas
Fundamentais
para Implementadores
de RRC
Tecnologia Móvel Para a Saúde: Práticas Fundamentais para Implementadores de RRC
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Práticas
Fundamentais
para Implementadores
de RRC
Este documento faz parte da série, Um Guia de Campo para a Redução do Risco de Calamidades na África Austral: Práticas Fundamentais
para Implementadores de RRC, coordenada pelo Escritório Sub-regional da FAO para a Redução/Gestão de Risco de Calamidades para a África
Austral. Esta série foi produzida com contribuições por parte da COOPI, FAO, OCHA e UNHABITAT, e é constituída pelos seguintes documentos
técnicos:
Este documento refere-se a actividades de auxílio humanitário implementadas com a assistência financeira da União Europeia. As opiniões
expressas neste documento não devem ser consideradas, de qualquer modo, como reflectindo a opinião oficial da União Europeia, e a Comissão
Europeia não é responsável por qualquer uso que possa ser feito quanto à informação nele contida.
A Ajuda Humanitária e Protecção Civil da Comissão Europeia financia operações de auxílio a vítimas de calamidades naturais e
conflitos fora da União Europeia. O auxílio é direccionado imparcialmente, directamente para as pessoas que dele necessitam,
independentemente da sua raça, grupo étnico, religião, género, idade, nacionalidade ou afiliação política.
Prefácio do ECHO
A
região da África Austral e Oceano Índico é extremamente stocks e equipamento para socorro de emergência, bem como
vulnerável no que respeita a ciclones, cheias, secas e Sistemas de Alerta Prévio.
tempestades tropicais. Estes choques recorrentes relacionados ◼ Habilitação das comunidades através de abordagens multissectoriais
com o clima afectam negativamente os meios de subsistência e e a vários níveis, com a integração de RRC como componente
economias altamente sensíveis da região e desgastam a capacidade central e maior segurança alimentar e nutricional como resultado.
de recuperação total por parte das comunidades, o que, por sua vez,
aumenta ainda mais a fragilidade e vulnerabilidade face a calamidades Isto é feito em alinhamento com estratégias e quadros nacionais e
subsequentes. A natureza e tipo de desastres climáticos estão a mudar e regionais.
a tornar-se mais imprevisíveis, aumentando em frequência, intensidade Para o DIPECHO, uma das principais medidas de sucesso é a 01
e magnitude em consequência da mudança climática. A vulnerabilidade replicabilidade. Para este efeito, o apoio técnico através de directivas
na região é ainda agravada por factores socioeconómicos negativos estabelecidas para os implementadores de RRC constitui um resultado
prevalecentes tais como a elevada taxa de VIH, a pobreza extrema, bem-vindo das intervenções do DIPECHO na região. O ECHO tem apoiado
a insegurança crescente e o crescimento e tendências demográficos parceiros regionais, nomeadamente, COOPI, FAO, UN-Habitat e UN-
(incluindo a migração intra-regional e a crescente urbanização). OCHA, para melhoramento da resiliência das populações vulneráveis
A Ajuda humanitária e Protecção civil da Comissão Europeia (ECHO) na África Austral através da provisão de financiamento para o teste no
tem estado envolvido activamente na região, desde 2009, através do terreno e estabelecimento de boas práticas, e para o desenvolvimento
programa ECHO de Prontidão para Calamidades (DIPECHO), apoiando de um toolkit para a sua aplicação na África Austral. A intenção do
intervenções multissectoriais para redução do risco de calamidades Escritório para os Assuntos Humanitários da Comissão Europeia e dos
nas áreas de segurança alimentar e agricultura, infra-estrutura e seus parceiros é de concretizar os dois objectivos de forma sustentável e
arquitectura adaptada, informação e gestão de conhecimentos, água, eficiente, através das práticas contidas no actual Toolkit a fim de assegurar
saneamento e higiene e saúde. Este programa opera segundo dois uma maior resiliência das populações mais vulneráveis na região.
objectivos a saber:
◼ Preparação face a Emergências através do desenvolvimento de Cees Wittebrood
capacidades a nível local para gestão e estado de preparação Chefe da Unidade para a África Oriental, Ocidental e Austral
sustentáveis, no que respeita a perigos relativos a condições Directorado Geral para Ajuda Humanitária e Protecção Civil (ECHO)
atmosféricas, incluindo planos de preparação sazonais, formação, Comissão Europeia
Prefácio da COOPI
E
m 2013, a COOPI adoptou uma política específica relativa a nestas áreas de intervenção, promovendo o uso e desenvolvimento
“Ambiente e redução do risco de calamidades”.1 O objectivo de pesquisa.
da organização, é de aumentar a resiliência de comunidades e ◼ Conservação de recursos naturais e gestão de terras com vista a
instituições através da promoçao da sustentabilidade do meio ambiente, RRC: orientando o enfoque das intervenções relativas à gestão de
fomentando a participação e integrando acções de prevenção, terras para a protecção e gestão adequada de recursos. A COOPI
02 mitigação e preparação. A COOPI está alinhada com quadros jurídicos sugere intervenções quanto a protecção, valor, uso eficiente e
internacionais, como o Protocolo de Kyoto (1997), Declaração do optimização dos recursos de terras.
Milénio das Nações Unidas (2000) e o Quadro para Acção de Hyogo para ◼ D e s e n v o lv i m e n t o d e c a p a c i d a d e e t r a n s f e r ê n c i a d e
2005–2015. COOPI implementa estes quadros através da experiência conhecimentos: Em RRC, o melhoramento das capacidades
e do conhecimento de três conceitos fundamentais: sustentabilidade das instituições e comunidades é essencial A COOPI salienta a
ambiental, participação e integração de prevenção, mitigação e estado importância de empoderar as estruturas de gestão de emergências
de preparação. Para a referida implementação, COOPI utiliza seis a nível institucional e comunitário através de estratégias de
abordagens bem establecidos: A sua implementação é possível por descentralização.
meio de seis abordagens nas quais a COOPI dispõe de competências ◼ Educação, comunicação e informação: combinar educação,
específicas testadas no terreno e geralmente reconhecidas: comunicação e informação para a criação de uma cultura de gestão
◼ Análise de terras e sistema de informação: um instrumento de riscos.
essencial para gestão de crises e riscos o qual permite a optimização ◼ Mitigação de risco e infra-estruturas de apoio: fortalecimento de
de recursos. A COOPI desenvolveu uma série de boas práticas respostas, mitigação e recuperação rápida a través da identificação
de recursos vulneráveis e úteis
◼ Pesquisa Científica e transferência de Know-how: estabelecimento
1 Política disponível em: http://www.coopi.org/repository/pagine/coopi_ambien- de relações com académicos,instituições científicas e organismos
te_2013.pdf que tratam de RRC, em favor da realização de inovações relativas
a energias alternativas, metodologias de monitoramento e análise
de vulnerabilidade, avaliaçoes de desastres naturais , partilha de
boas práticas, etc.
Tiziana Vicario
Punto Focal RRC e Ambiente
o Gabinete de Planeamento do Programa Internacional e Inovação
Índice
Acrónimos e Abreviaturas........................................................................................ 05
Prefácio.................................................................................................................. 06
1. Introdução.......................................................................................................... 07
T
elemóveis são utilizados por NGO, Nações Unidas e agências Embora o potencial para projectos de saúde móvel (normalmente
internacionais para a recolha de dados relativos a muitos assuntos conhecida como m-health) seja enorme, o falhanço destes projectos é
diferentes, como agricultura, micro crédito e financiamento, etc., também muito fácil de ocorrer e é muito elevado o risco de se criarem
mas é no sector dos cuidados de saúde que o seu grande potencial é instrumentos muito sofisticados mas inúteis. Para evitar que isto
revelado na realidade. De facto, telemóveis não são apenas instrumentos aconteça é necessário implementar processos de análise de risco de
para recolha de dados: podem também ajudar os trabalhadores da grande precisão; que haja uma visão bem clara em termos do contexto
saúde a diagnosticar as doenças dos pacientes usando, por exemplo, da intervenção; que se conheçam os intervenientes ou interessados
algoritmos específicos que podem estar integrados nos aparelhos. envolvidos, incluindo organismos governamentais; e, que esteja
06 Podem ser utilizados para espalhar mensagens sobre campanhas de assegurada a existência de capacidade para respostas organizadas,
divulgação ou alertas de saúde. Em anos recentes, software sofisticado quando necessário, logo que a informação comece a ser recebida. Do
foi igualmente desenvolvido para permitir que telemóveis funcionem mesmo modo têm que ser consideradas algumas questões de ordem
quase como instrumentos médicos, fazendo alterar a forma de ‘técnica’ como a cobertura da rede, o conhecimento da tecnologia e a
prestação de cuidados de saúde a pacientes. rotatividade do pessoal, etc. Se todas estas considerações forem bem
Em particular, no contexto da redução do risco de calamidades claras para a organização envolvida na implementação, os benefícios
(RRC) é extremamente importante haver acesso a informação sobre no longo prazo serão superiores aos esforços iniciais e ao investimento.
saúde em tempo real. Por exemplo é vital saber-se quando ocorre um Na Região do Sudeste de África e Oceano Índico, a COOPI tem
surto de doença (como a cólera) ou quando centros de saúde deixam de estado a implementar dois sistemas de m-health, um no Distrito de
ter reservas de medicamentos. A este respeito, o uso de comunicações Salima no Malawi e um na Região de Sambava, em Madagáscar, duas
via telemóveis ajuda a recolher e transferir informação de instalações áreas fortemente afectadas por cheias e ciclones, respectivamente. Este
de saúde a nível rural para hospitais centrais. documento presenta os passos e lições essenciais para acompanhar
para a implementação da tecnologia m-saúde no terreno.
1. Introdução
O
s tempos em que os telemóveis eram
apenas usados para chamadas ou
para SMS já fazem parte do passado.
P r e s e n t e m e n t e, e s t e s a p a r e l h o s s ã o
principalmente utilizados pelos usuários para
ligação à internet, para o envio de correio
electrónico e para mensagens em redes
sociais – i.e. para transferir dados. Segundo
Cisco Visual Networking Index, o tráfego de 07
dados por telemóveis duplicou pelo quarto
ano consecutivo desde 2009. O relatório prevê
um aumento de 18 vezes no tráfego global de
dados através de telemóveis entre 2011 e 2018
(CISCO,s.d.). Isto tem sido conseguido graças
aos melhoramentos verificados no sector das
telecomunicações: A rede do Sistema Global
de Ligações Móveis (Global System Mobile
Connection) (GSM) deu lugar a conectividade
via Posição Global via Rádio Satélite (Global
Position Radio Satellite) (GPRS) (2G), depois
a 3G e entramos agora na era do 4G. As
N
ão é fácil implementar sistemas de m-health, mas vale a pena o 1. ‘Simplicidade é a sofisticação mais elevada’. Não procure soluções
investimento. Esta secção proporciona alguns contributos para a complexas; muitas vezes opções simples produzem os melhores resultados.
identificação de uma opção adequada para saúde móvel e como Uma simples SMS pode ser suficiente para o objectivo no seu sistema de
abordar a implementação de um projecto de saúde móvel. m-health. Se a quantidade de informação a ser recolhida e enviada for
relevante e pode optar por soluções de smartphone. De qualquer modo,
Princípios chave para m-health no caso de o seu projecto de m-health ser baseado em aplicações SMS ou
smartphone, certifique-se que o aparelho é fácil de utilizar, os formulários
Estes são os princípios que asseguram o desenvolvimento de um bom para recolha de dados são facilmente compreendidos pelos compiladores
12 projecto de saúde móvel: e o registo de dados é facilitado o mais possível.
2. Não reinvente a roda. Existem muitas soluções que podem incluir
aquela que procura. Por exemplo, soluções de software em open
source (ODK, OpenMRS, Kobo e CommCare, etc.) estão disponíveis
gratuitamente e estão já sendo utilizadas por muitas organizações. Em
vez de tentar criar algo de novo, investindo tempo e pesquisando várias
opções pode ajudá-lo a encontrar a melhor solução para o seu projecto.
Depois pode apenas precisar de fazer algum trabalho de adaptação.
15
PASSO Identificar PASSO Testar o sistema PASSO Implementação
1 o objectivo 4 7 passo-a-passo
E
mbora a saúde móvel (m-health) seja ainda uma prática que sejam reunidas as forças no sentido de se obterem resultados
relativamente recente, já existem várias experiências na melhores e mais eficientes. Um bom exemplo desta coordenação está
região da África Austral e Oceano Índico. Na maior parte dos a acontecer no Malawi onde existe um grupo para a saúde móvel
casos estamos a referir-nos a iniciativas isoladas desenvolvidas a nível nacional, o qual é apoiado pelo Ministério da Saúde com o
independentemente por diferentes organizações, por vezes nas objectivo de partilhar experiências entre organizações e coordenar 19
mesmas áreas ou aldeias; isto pode por vezes criar confusão nas esforços entre os parceiros.
Muitos dos projectos de m-health disponíveis na região concentram-
se na recolha de informação proveniente de centros de saúde remotos e
no seu envio para hospitais distritais. Por exemplo, muitos dos projectos
de saúde móvel no Malawi são relativos a programas de Gestão
Integrada de Doenças Infantis (IMCI) em que as condições de saúde de
crianças de idade inferior a cinco anos são monitorizadas em centros
de saúde remotos (clínicas de aldeia). A monitoramento das reservas
de medicamentos é também uma área importante de implementação,
particularmente interessante no contexto de RRC (Redução do Risco de
Calamidades).
MdM e MoH
24
RESPOSTA
Ushahidi platform
csb@coopi.org,HMA01,5,par,100,cot,200,amo,300,ibu,400,met,300
gnucoop. (2013). gnucoop. Extracted from gnucoop: www.gnucoop. UNICEF. (s.d.). Rapid SMS. (https://www.rapidsms.org/)
com 27
Ushahidi.(s.d.). Ushahidi( http://www.ushahidi.com/)
GSMA Disaster Response, S. a.(s.d.). Towards a Code of Conduct
– Guidelines for the use of SMS in Natural Disasters. (http://www. Vinci, L. d. C
itação.
gsma.com/mobilefordevelopment /wp-content /uploads/2013/02/
Towards-a-Code-of-Conduct-SMS-Guidelines.pdf)
Financiado pelo:
Coordenador:
ISBN 978-92-5-008338-4
9 7 8 9 2 5 0 0 8 3 3 8 4
I3771P/1/05.14