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BIBLIOTECA 2013-2014

Exercícios sobre a obra “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garret

1. A primeira cena do Ato I decorre...


A. no salão do palácio de D. João de Portugal.
B. no quarto de D. Maria.
C. num banco de jardim.
D. no salão do palácio de Manuel de Sousa Coutinho.
2. A divisão do palácio onde se encontra D. Madalena está...
A. totalmente escurecida.
B. isolada das restantes.
C. sem qualquer adorno.
D. luxuosamente decorada.
3. D. Madalena, na primeira cena, encontra-se a ler o livro intitulado...
A. A Castro.
B. Trovas à Morte de Inês de Castro.
C. Menina e Moça.
D. Os Lusíadas.
4. D. Madalena compara a sua vida com...
A. a do autor d' OS LUSÍADAS.
B. a do presente marido.
C. a de Inês de Castro.
D. a do primeiro marido.
5. D. Madalena repete as palavras...
A. do sonho tido na véspera.
B. do livro que lê.
C. que o marido proferira antes de partir.
D. que Telmo lhe dissera pouco antes.
6. No início do diálogo entre Madalena e Telmo, este começa por aludir a...
A. Manuel de Sousa Coutinho.
B. D. João de Portugal.
C. Camões.
D. D. Sebastião.
7. A personagem com quem os dois intervenientes se preocupam é...
A. Maria.
B. Frei Jorge.
C. Manuel de Sousa Coutinho.
D. O Prior de Benfica.
8. D. Sebastião, jovem monarca português, é constantemente evocado por...
A. D. Madalena.
B. D. João de Portugal.
C. Telmo e Maria.
D. Manuel de Sousa Coutinho.
9. No final da cena III, Telmo mostra-se preocupado com...
A. a tristeza que provocara em D. Madalena.
B. o desaparecimento do seu primeiro amo.
C. o estado febril de Maria.
D. a demora do presente amo.
10. No fim da cena IV, Maria, ao observar o retrato de seu pai, quer saber...
A. por que não foi ele para a Índia.
B. por que abandonou o hábito e a religião.
C. por que não lutou contra os infiéis.
D. por que casou com sua mãe.
11. Frei Jorge, na cena V, anuncia a pretensão de os governadores espanhóis...
A. se instalarem no palácio de Manuel de Sousa Coutinho.
B. visitarem o palácio.
C. verem o palácio.
D. tomarem o palácio.
12. Manuel de Sousa Coutinho chega de Lisboa quando...
A. estava a amanhecer.
B. se preparavam para almoçar.
C. a tarde se iniciava.
D. já era noite fechada.
13. Manuel de Sousa Coutinho decide abandonar o seu palácio, porque...
A. Maria lhe pedira para saírem.
B. se recusa a alojar os espanhóis.
C. Frei Jorge lho pedira.
D. D. Madalena pretendia regressar ao seu palácio.
14. “Frei Luís de Sousa” apresenta uma tese sebastianista, pois todo o texto se desenvolva em torno desta
temática. O regresso do passado ajuda o presente e viabiliza o futuro.
A. falso
B. verdadeiro
15. Manuel de Sousa Coutinho:
A. sofre uma evolução/transformação ao longo da peça
B. é também símbolo do Portugal romântico
C. ao contrário de Madalena, Manuel é primeiro marido e só depois pai
D. é um fidalgo espanhol e cavaleiro de Malta
16. Qual o ato que decorre numa "câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância dos princípios
do século XVII", no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada? Neste espaço elegante parece brilhar
uma felicidade, que será, apenas, aparente.
A. ato I
B. ato II
C. ato III
17. De acordo com as situações vividas pelas personagens e com os momentos da ação, podemos sintetizar as
características da linguagem que sobressaem em relação a cada personagem. Assim, em D. Madalena
destacam-se:
A. as frases inacabadas, de tipo exclamativo e interrogativo, a utilização de interjeições e de
locuções interjetivas e as formas verbais no presente e no pretérito imperfeito do indicativo e no
imperativo
B. as frases do tipo declarativo e imperativo (a partir do terceiro ato: frases de tipo exclamativo e
interjeições), as formas verbais no presente do indicativo
C. as frases de tipo declarativo e exclamativo, a linguagem conotativa, as formas verbais no presente e
no futuro do indicativo.
18. Maria:
A. é filha de Madalena e de D. João
B. está com os espanhóis
C. tem um crescimento precoce
D. é antissebastianista.
19. O Romantismo português está intrinsecamente ligado às transformações ideológicas que ocorreram no país
no início:
A. da segunda década do séc. XVIII e que correspondem à tentativa de instauração do regime liberal
em Portugal.
B. da segunda década do séc. XVII e que correspondem à tentativa de instauração do regime liberal
em Portugal.
C. da segunda década do séc. XIX e que correspondem à tentativa de instauração do regime
absolutista em Portugal.
D. da segunda década do séc. XIX e que correspondem à tentativa de instauração do regime liberal
em Portugal.
20. Qual dos momentos representa a “katastrophé”?
A. as personagens sofrem pelas suas incertezas, pela sua culpa (em relação a D. Madalena), pela
inconstância dos seus sentimentos (em relação a Telmo), pelo facto de o casamento e Maria se
tornarem objeto de ilegitimidade.
B. consiste na separação do casal e no seu “suicídio" para o mundo e na morte de Maria; Telmo vê-
se esmagado pelo desgosto; para D. João de Portugal, após vinte e um anos de cativeiro, encontrar
a sua esposa casada com outro homem, leva a que tenha a perceção de que já não tem lugar no
mundo daqueles que conheceu, pelo que a sua situação se caracteriza pelo anonimato, pela falta
de identidade.
21. O Ato II:
A. passa-se na capela, que se situa na "parte baixa do palácio de D. João de Portugal". "É um casarão
vasto sem ornato algum." O espaço denuncia o fim das preocupações materiais. Os bens do mundo
são abandonados.
B. acontece "no palácio que fora de D. João de Portugal, em Almada; salão antigo, de gosto
melancólico e pesado, com grandes retratos de família...". As evocações do passado e a melancolia
prenunciam a desgraça fatal.
22. D. Madalena procura saber notícias do seu primeiro marido durante sete anos, após os quais casa com
Manuel de Sousa Coutinho.
A. verdadeiro
B. falso
23. A ação dramática de “Frei Luís de Sousa” acontece em 1599, durante o domínio filipino, 21 anos após a
batalha de Alcácer Quibir. A ação reporta-se ao final do século XVI, embora a descrição do cenário do Ato I se
refira à "elegância" portuguesa dos princípios do século XVII. O texto é, porém, escrito no século XIX,
acontecendo a primeira representação em 1843.
A. falso
B. verdadeiro
24. Quais os registos de língua que coexistem na obra?
A. os registos corrente e familiar
B. os registos familiar e cuidado.
C. os registos cuidado e corrente
D. os registos cuidado e popular
25. Qual destas opções é um dos aspetos trágicos da intriga de “Frei Luís de Sousa”?
A. esboçar de um conflito entre as personagens e um destino implacável, revelado através de
indícios e presságios
B. catástrofe final (desencadeada pela cena do reconhecimento) que acarreta a morte física
(Madalena), psicológica (Manuel e Maria) e social (família) de todas as personagens.
C. estrutura bipartida da ação e complexidade da intriga
D. a experiência pessoal do autor
26. Qual dos momentos representa a “hybris”?
A. assistimos a uma mudança súbita de situação: com o aparecimento de D. João, na figura do
Romeiro, o casamento de D. Madalena e de Manuel de Sousa Coutinho torna-se ilegítimo,
motivando, por consequência, a ilegitimidade de Maria; por outro lado, o casal "suicida-se" para o
mundo, recolhendo-se num convento.
B. D. Madalena, ao casar com Manuel de Sousa Coutinho, desafia o destino, pois não tem a certeza
absoluto de que o seu primeiro marido esteja morto; Maria revolta-se contra a justiça divina (na
obra existe a interseção entre o conceito de Destino clássico, que determina a vida dos homens, e
a vontade de Deus), incitando os pais a mentir, para proteger a sua situação de ilegitimidade.
27. O carácter universal e atemporal de “Frei Luís de Sousa” é visível:
A. na denúncia das arbitrariedades e da tirania e o apelo à defesa da liberdade (temática romântica)
em Manuel de Sousa Coutinho e Maria
B. no conflito homem/mulher (temática romântica) presente, sobretudo em Madalena
28. Almeida Garrett, recorrendo a muitos elementos da tragédia clássica, constrói um drama romântico, definido
pelo seguinte aspeto:
A. pela desvalorização dos sentimentos humanos das personagens
B. pela tentativa de racionalmente negar a crença no destino, mas psicologicamente deixar-se afetar
por pressentimentos e acreditar no sebastianismo
C. pelo uso do verso em substituição da prosa
D. com preocupações excessivas com algumas regras, como a presença do coro ou a obediência
perfeita à lei das três unidades (ação, tempo e espaço).
29. Telmo:
A. nutre por Manuel de Sousa Coutinho uma afeição, superior ao amor que tem por D. João
B. alimenta os remorsos de Madalena e as fantasias de Maria
C. personagem antissebastianista
30. Qual destas opções é um dos aspetos românticos da intriga de “Frei Luís de Sousa”?
A. a morte de Telmo.
B. os valores patrióticos e nacionais são exaltados, sobretudo, através de Madalena
C. o esboçar de um conflito entre as personagens e um destino implacável, revelado através de
indícios e presságios
D. os agouros e as superstições populares dão expressão à manifestação da cultura portuguesa
31. D. João de Portugal:
A. é o segundo marido de D. Madalena a quem amava
B. feito cativo em Alcácer Quibir e prisioneiro, em Jerusalém, durante trinta anos
C. regressa na figura do Romeiro
D. simboliza o Portugal novo
32. Frei Jorge:
A. é a personagem principal
B. é a personagem que impõe um certo romantismo tentando manter o equilíbrio no meio da família
angustiada e desfeita
C. é dominicano
D. é irmão de D. João
33. Madalena:
A. é infeliz e angustiada, vive perseguida pelo remorso de ter começado a amar Manuel em vida de
D. João e por um medo de que o seu primeiro marido, cuja morte nunca foi confirmada, regresse
B. casada em primeiras núpcias com D. João desaparecido em Aljubarrota
C. não é produto da sociedade em que se insere
D. personagem clássica

O texto dramático, à semelhança do texto narrativo, pode ser escrito em prosa ou em verso. É constituído por um
texto principal que corresponde às falas das personagens em discurso direto. Estas podem surgir sob a forma de
diálogo, ou apartes. A par e passo, deparamo-nos também com um texto secundário, que consiste nas didascálias
ou indicações cénicas, onde podemos encontrar informações relativas ao tempo, aos espaços , ao guarda-roupa,
iluminação, atitudes e comportamentos das personagens, tom de voz ,sons, entre outros, importantes quer para
quem vai encenar ou representar uma peça, quer para quem lê. As didascálias surgem normalmente escritas em
itálico e/ou entre parênteses, no início de cada fala e/ou intercaladas com as falas das personagens, dando as
informações necessárias. O texto dramático é geralmente concebido para ser representado, designando-se assim
por peça de teatro. Esta tipologia textual tem como objetivo reproduzir um ou vários acontecimentos reais ou
fictícios - ação, situados no tempo e no espaço, representados pelas personagens. Quanto à estrutura externa, o
texto dramático organiza-se em atos que por sua vez se subdividem em cenas. A mudança de ato corresponde à
mudança de cenário, a de cena à entrada e saída de personagens. Relativamente à estrutura interna, que tem a ver
com o desenrolar da ação , o texto dramático divide-se em apresentação - apresentação das personagens e dos
antecedentes da ação; conflito - sucessão gradual dos acontecimentos que fazem avançar a ação e desenlace - a
conclusão, o desfecho da ação.

Tendo em conta as características da tragédia clássica que podemos observar em "Frei Luís de Sousa", assinala
como verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes.
O segundo casamento de Madalena, sem a certeza absoluta da morte do primeiro marido pode ser considerado um
desafio ao destino. V
Telmo é também uma personagem que vive em constante conflito (dilema interior) porque se sente dividido entre o
carinho que já sente por Maria e a fidelidade a D. João de Portugal. V
A presença do destino implacável (Ananké) verifica-se essencialmente no momento em que as flores murcham nas
mãos de Maria. F
Ao longo de toda a obra podemos encontrar indícios ou presságios de um final trágico V
A Anagnórise consiste no reconhecimento de que D. João de Portugal está cativo em Alcácer Quibir e se prepara
para voltar. F
O regresso inesperado de D. João provoca uma mudança repentina no desenrolar dos acontecimentos, pois assim
Manuel Coutinho torna-se culpado pelo crime de bigamia e Maria passa a ser considerada filha ilegítima. F
Ao identificar-se como "Ninguém", o romeiro assume assim a sua anulação do mundo dos vivos, tornando-se em
mais uma das vítimas do destino cruel. V
Maria é a única que escapa ao poder destruidor do destino, pois a sua morte em palco é apenas uma estratégia
para enganar o Romeiro. F
A nível da estrutura externa, "Frei Luís de Sousa" respeita as regras da tragédia clássica, pois divide-se em cinco
partes. F
Em "Frei Luís de Sousa", verificamos a presença da lei das três unidades (tempo, ação e espaço). F
Telmo desempenha uma função semelhante à do coro da tragédia clássica, porque tece comentários e dá
conselhos, essencialmente a Madalena. V
Tal como na tragédia clássica, nesta peça, as personagens surgem em número reduzido e são personalidades
ilustres. V
A Linguagem nesta peça de teatro é sóbria e elevada, estando escrita em verso como é característico da tragédia
clássica. F
A catástrofe em "Frei Luís de Sousa" abate-se sobre todas as personagens da família, aniquilando-as de forma cruel.
V
Tal como o próprio autor referiu na "Memória ao Conservatório Real", esta peça é um drama romântico pelo
conteúdo, mas uma verdadeira tragédia pela forma que apresenta. F

As marcas do Romantismo estão também em evidência nesta obra literária. Da listagem a seguir apresentada,
assinala as afirmações que te parecerem corretas.
As personagens, nomeadamente D. Madalena, tendem a apresentar sentimentos exacerbados, de tristeza, angústia,
desespero, entre outros de conotação negativa. V
O interesse pelos clássicos é uma característica do Romantismo presente nesta obra. F
Como é característico dos Românticos, em "Frei Luís de Sousa" os acontecimentos mais relevantes ocorrem ao final
do dia ou durante a noite. V
O nacionalismo e o patriotismo são valores marcantes do movimento romântico, que podemos encontrar
representados na personagem Manuel de Sousa, por exemplo. V
Dona Madalena pode ser considerada a mulher demónio dos românticos, uma vez que seduziu Manuel de Sousa
quando era ainda casada com D. João. V
A elevada religiosidade que percorre a obra deixa em aberto uma esperança de salvação. V
A crença no Sebastianismo surge na obra para comprovar que é sempre importante esperar por um D. Sebastião
que venha resolver os nossos problemas. F
A crença em agouros e superstições está evidente em D. Madalena, Manuel de Sousa e Frei Jorge. F
No que se refere ao espaço físico, em "Frei Luís de Sousa", a ação decorre:
Primeiro em Almada e depois em Lisboa, no palácio de Manuel de Sousa Coutinho.
No palácio de D. João e depois no palácio de Manuel Coutinho, na parte baixa que dava para a capela.
No palácio de Manuel Coutinho, numa sala antigo do palácio de D. João e na parte baixa deste último.
Na sala dos retratos existente nos dois palácios.
Quando nos debruçamos sobre o estudo do tempo da representação (tempo que é apresentado em cena e ao
qual o leitor ou espectador tem acesso) em "Frei Luís de Sousa", podemos constatar que:
Toda a história decorre numa sexta-feira, dia fatídico em "Frei Luís de Sousa.
A ação decorre num espaço de vinte e um anos.
A ação decorre durante uma semana, com particular incidência nas duas sextas-feiras.
A ação decorre numa sexta-feira de tarde e, uma semana depois, ao final da tarde e alta noite.
O tempo e o espaço são simbólicos e reveladores da atmosfera trágica que percorre toda a peça, porque:
O espaço afunila-se, passando as personagens de uma sala ampla, colorida e iluminada para um espaço mais
fechado e com menor luminosidade, e o tempo aumenta de intensidade.
O espaço afunila-se, passando as personagens de uma sala ampla, colorida e iluminada para um espaço mais
fechado e com menor luminosidade, e o tempo concentra-se na sexta-feira de tarde e noite.
Passaram-se vinte e um anos e este é um número simbólico para os escritores românticos.
As personagens que neles circulam também são simbólicas, bem como o número três e o sete.
Depois de efetuares um cuidado e refletido estudo sobre as personagens em "Frei Luís de Sousa", podes chegar à
conclusão de que a personagem principal é:
Manuel de Sousa Coutinho, pois o título da obra tem o seu nome.
Dona Madalena, pois é a personagem que detém mais falas e toda a tragédia se abate sobre ela.
Maria, pois é a única vítima inocente no desenrolar da história.
D. João, pois embora esteja ausente até ao final do segundo ato, a sua presença faz-se sentir sempre através dos
agouros de Telmo e dos medos de Madalena.
Toda a família, pois todos desempenham um papel relevante e a tragédia afeta a todos sem exceção.
Telmo, pois é a personagem que vive o conflito interior mais intenso ao ter que optar entre o amor e a fidelidade
que deve a D. João e o carinho que já sente por Maria.
Síntese da Obra Frei Luís de Sousa

 Frei Luís de Sousa é uma obra dramática escrita por Almeida Garrett no século XIX. Trata-se de um drama
romântico que se abateu sobre a família de Manuel de Sousa Coutinho e Dona Madalena.
No Ato primeiro, Madalena vive apreensiva com a possibilidade de regresso de Dom João de Portugal, seu
primeiro marido. No final do Ato primeiro, o incêndio ateado por Manuel de Sousa Coutinho ao seu palácio
mostra o seu patriotismo e adensa a ação dramática, precipitando a mudança dos acontecimentos.
O Ato segundo desenrola-se no palácio de Dom João de Portugal, onde a ação atinge o seu clímax (auge) e
se dá o desfecho (fim) com a revelação da identidade do Romeiro (Dom João de Portugal).
O Ato terceiro desenvolve-se na parte baixa do palácio e na capela, denunciando o fim das preocupações
materiais e o abandono dos bens do Mundo, através da entrada de Dona Madalena e Manuel de Sousa
Coutinho para o convento, tornando-se este Frei Luís de Sousa. Maria Morre com tuberculose.
Este drama romântico foi inspirado na vida real de Manuel de Sousa Coutinho (escritor português do século
XVI e XVII) que foi aprisionado em Argel, tendo conseguido regressar a Portugal, onde casou com Dona
Madalena de Vilhena, viúva de Dom João de Portugal, desaparecido em Alcácer Quibir. Devido à peste que
assolou Lisboa, a sua casa foi requerida pelos Governadores do Reino, mas Manuel deitou-lhe fogo. A sua
única filha morre e, consequentemente, de acordo com a sua esposa, decidem ambos dissolver o
matrimónio e ingressar na vida religiosa, tornando-se Manuel Frei Luís de Sousa.

Personagens:
 Dona Madalena de Vilhena é a primeira personagem a aparecer em cena. Foi casada com Dom João de
Portugal e, passados 7 anos do seu desaparecimento, casa com Manuel de Sousa Coutinho de quem tem
uma filha (Maria).
Manuel de Sousa Coutinho é um Nobre e Honrado português que queima o seu próprio palácio para não
receber os Governadores.
Maria de Noronha, filha de Dona Madalena e de Manuel de Sousa Coutinho, é uma menina frágil, com
tuberculose que acredita com fervor no regresso de Dom Sebastião. Com o regresso do primeiro marido de
Madalena, Maria torna-se filha ilegítima. Será ela a vítima sacrificada no drama pois acaba por morrer.
Telmo Pais, o velho criado, confidente e fiel. Como verdadeiro crente no mito sebastianista, Telmo acredita
no regresso de Dom João de Portugal.
O Romeiro apresenta-se como um peregrino. Não pretende a desgraça da família de Manuel e Dona
Madalena, por isso identifica-se como “ninguém”.
Frei Jorge, irmão de Manuel, confidente nas horas de angústia, ouve as confissões de Dona Madalena. Tem
um papel muito importante na identificação do Romeiro, quando este aponta o quadro de Dom João de
Portugal.

Simbologia:
 Ao longo do texto, são vários os elementos simbólicos que contribuem para pressagiar o desenrolar da ação
e a desgraça das personagens.
Situações e dados simbólicos:
 A leitura dos versos de Camões.
 A referência “ a sexta-feira” como dia aziago (azar), o fim da tarde e a noite.
 A numerologia foi escolhida intencionalmente, sete anos à procura de Dom João, catorze anos que vive com
Manuel, vinte e um anos depois da batalha. O número sete é um número primo que se liga ao ciclo lunar,
ao ciclo vital. O número três é número da criação e significa o ciclo perfeito.
 Maria vive apenas treze anos e na crença popular treze é número de azar.
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