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Tecnologia Mecânica
E Materiais
Salvador – 2008
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Resumo
Neste trabalho pretende-se estudar o efeito da influência da rápida austenitização, sob diferentes
temperaturas de austenitização e de tempos de revenimento na microestrutura final e na dureza
de um aço SAE1045, na condição de temperado e revenido. As amostras austenitizadas na faixa
de temperatura de 800-950°C, seguidas de têmpera em água, serão submetidas a diferentes
tempos de revenimento. A microestrutura final será observada pelas técnicas de microscopia
ótica. O tamanho de grão será medido de acordo com a norma ASTM E112-95. Os ensaios
Jominy, de dureza e o ultra-sônico, serão utilizados para avaliar a temperabilidade e identificar
os parâmetros otimizados de tempo e temperatura para se conseguir a dureza máxima e o módulo
de elasticidade deste aço.
I Objetivo Geral
II Objetivos Específicos:
- Realizar ensaio Jominy em corpos de prova de aço SAE 1045 em temperaturas diferentes de
austenitização.
- Caracterizar por microscopia óptica a microestrutura dos corpos de prova em função da
distância da extremidade resfriada com relação ao tamanho de grão prévio da austenita e da
quantidade de martensita presente.
- Levantar a curva de dureza para os corpos de prova ensaiados a partir da extremidade resfriada
e relacionar com a quantidade de martensita presente.
- Correlacionar às curvas de temperabilidade obtidas com as curvas da literatura e com as
temperaturas de austenitização adotadas.
- Utilizar ensaio ultra-sônico na avaliação do módulo de elasticidade do aço.
II Justificativa
Dentre os materiais de construção, o aço tem uma posição de relevo, pois combina resistência
mecânica, trabalhabilidade, disponibilidade e baixo custo. Daí a extensa aplicação dos aços em
todos os campos da engenharia. Devido a sua usinabilidade, propriedades mecânicas,
soldabilidade e forjabilidade, o aço SAE1045 tem larga aplicação na indústria de componentes
mecânicos: eixos e peças para indústria agrícola, automobilística, de máquinas e equipamentos,
etc.
O tratamento térmico é aplicado aos aços com o objetivo de conferir-lhes característicos
determinados, pela modificação de sua estrutura, resultando numa alteração de suas
propriedades.
Durante os tratamentos a rápida austenitização afeta sensivelmente as propriedades e a
microestrutura dos aços com teor de carbono acima de 0,4%, na condição de temperado e
revenido. A formação da austenita é uma ocorrência inevitável durante os tratamentos
termomecânicos e soldagem dos aços. O fenômeno de austenitização tem sido estudado por
alguns pesquisadores, que procuram desenvolver modelos para explicar a cinética de
austenitização no aquecimento isotérmico e não isotérmico, a partir de uma dada microestrutura
ou de microestruturas dissimilares (perlítica, martensítica, ferrítica,e ferrita + perlita).
A condição inicial da austenita determina o desenvolvimento da microestrutura final e,
conseqüentemente, das propriedades mecânicas finais do aço. Assim, o comportamento e as
propriedades mecânicas dos aços dependem, não somente da natureza da decomposição da
austenita no resfriamento contínuo (a fase final do aço), mas também da cinética de
reaustenitização, ou seja, se a fase austenítica é homogênea ou heterogênea, e, ainda, de seu
tamanho de grão, da taxa de aquecimento, da presença de inclusões não metálicas e da
distribuição das fases.
III Atividades propostas para o aluno
IV Cronograma de execução
Atividade/mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Revisão bibliográfica e X X X
elaboração de fichas resumo
Medida da Temperabilidade X X
pelo Método Jominy
Caracterização Microestrutural X X X X
Ensaio de dureza X X X X
Ensaio ultra-sônico X X X X
Análise dos resultados X X X X
Redação de trabalho para X X X X
seminário
V Resultados esperados
VI Referências Bibliográficas
ASTM E112-95. Standard Test Methods for Determining Average Grain Size.