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Cadernos PDE
1. INTRODUÇÃO
1
Professora da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. E-mail: dagmarasantana@gmail.com.
2
Professora da UNESPAR – FAFIUV – Campus de União da Vitória. Doutoranda em Linguística
Aplicada UNISINOS – Universidade do Rio dos Sinos - RG. E-mail: mcristinafr@ibest.com.br.
inesgotáveis, o caminho da leitura. Porém, para que isto se efetive, é preciso
também, que o próprio professor seja um leitor. Ele, mais do que ninguém, deve
acreditar na leitura para transmitir aos seus alunos, porque do contrário, tudo soará
falso. As crianças e adolescentes têm essa capacidade de decifrar o que é falso e
verdadeiro. Num estudo feito por Silva (2009, p. 28) ela cita que:
Ana Maria Machado, em um texto de reflexão sobre esse tema, diz ser
inconcebível que alguém que não saiba nadar seja instrutor de natação,
porém inúmeros professores que não são leitores tentam inculcar, sem
sucesso, em seus alunos o gosto pela leitura. A propaganda que fazem da
leitura soa falsa, pois eles próprios não acreditam nela, e os alunos
percebem a incoerência. Portanto, o problema está mais atrás, está na
formação leitora dos professores, que, mesmo tarde, precisa ser de alguma
forma recuperada.
2. LETRAMENTO LITERÁRIO
Para o autor, quando lemos, fazemos uma ligação do nosso mundo com o
mundo do outro. O sentido do texto só se completa quando esse trânsito se efetiva,
quando se faz a passagem de sentidos entre um e outro.
Kleiman (1999, p. 65) afirma que:
Mediante a leitura, estabelece-se uma relação entre leitor e autor que tem
sido definida como de responsabilidade mútua, pois ambos têm a zelar para
que os pontos de contato sejam mantidos, apesar das divergências
possíveis em opiniões e objetivos.
Para Kleiman, a leitura que não surge de uma necessidade para chegar a um
propósito não é propriamente leitura, quando lemos porque nos mandam, como
ocorre frequentemente nas escolas, estamos somente realizando atividades
mecânicas que pouco têm a ver com significado e sentido. Se não há uma
motivação para a leitura, não há aprendizagem. Pré-determinar objetivos ao
aluno/leitor, não é necessariamente um mal. Quando o adulto fornece um modelo, a
partir deste, o leitor poderá estabelecer seus próprios objetivos, desenvolvendo
estratégias necessárias e adequadas para a atividade de ler.
Dessa forma, é preciso que a leitura na escola, seja uma prática democrática.
A leitura depende mais daquilo que o leitor está interessado em buscar no texto do
que as palavras que estão ali escritas. Dentro destas perspectivas, o professor e o
aluno devem fazer da leitura literária uma prática significativa para eles e para a
comunidade em que estão inseridos. As atividades de sala de aula devem
contemplar o processo de letramento literário e não apenas a simples leitura das
obras. "A literatura é uma prática e um discurso, cujo funcionamento deve ser
compreendido criticamente pelo aluno" (Cosson, 2012, p. 47), sendo de
responsabilidade de o professor fortalecer essa disposição crítica. O letramento
literário tem como princípio a construção de uma comunidade de leitores.
Comunidade que oferecerá um conjunto cultural dentro da qual o leitor poderá se
mover e construir o mundo e a ele mesmo. Desta forma, Cosson (2012, p. 47 - 48)
afirma que:
Para tanto, é necessário que o ensino da Literatura efetive um movimento
contínuo de leitura, partindo do conhecido para o desconhecido, do simples
para o complexo, do semelhante para o diferente, com o objetivo de ampliar
e consolidar o repertório cultural do aluno. Nesse caso, é importante
ressaltar que tanto a seleção das obras quanto as práticas de sala de aula
devem acompanhar este movimento.
3. METODOLOGIA
Para trazer os pais até a escola para conhecerem e fazerem parte do projeto
foi realizado o I ENCONTRO LITERÁRIO DA FAMÍLIA, onde contamos com a
presença dos alunos e seus familiares. O evento foi realizado no Salão Nobre do
Colégio onde foi exposto oralmente todo o encaminhamento do projeto e sua
importância. Os pais tiveram acesso a Biblioteca da Classe da qual, alguns levaram
livros para casa, independente dos livros que os filhos já haviam levado. Tivemos
também contação de histórias, realizadas com alunos e professora do nosso
Colégio. Sobre contação de histórias, Silva (2009, p. 29) coloca:
... os grupos de contadores de histórias que se formaram nas últimas
décadas demonstram sua preocupação de levar o livro ao ouvinte. Além
disso, ao situarem o autor num contexto, ao contarem alguma
particularidade de sua vida (a época em que viveu, seu país de origem) ou
do personagem, eles também ajudam a despertar o interesse e a imprimir
esses dados na mente do ouvinte. A bagagem cultural do jovem leitor vai aí,
então pouco a pouco, se enriquecendo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. 2. Ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2012.
CUNHA, Carla. Ler ainda é o melhor remédio! Revista Língua Portuguesa, São
Paulo: Escala Educacional,n.41, p.14 – 15, s/d.
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 14. Ed. Campinas: Pontes
Editores, 2012.
PETIT, Michéle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora
34, 2009.
SILVA, Vera Maria Tietzmann. Leitura literária & outras leituras. Impasses e
alternativas no trabalho do professor. Belo Horizonte: RHJ Editora, 2009.
SOUZA, Lynn Mário T. Menezes de. IN: CORACINI, Maria José. O jogo discursivo
na aula de leitura: Língua materna e Língua estrangeira. São Paulo: Editora
Pontes, 1995.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. Ed. São Paulo: Global
editora, 2003.