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Trabalho de psicologia B

Tema: As relações precoces no tornar-se humano


Introdução: Neste trabalho iremos falar das relações precoces no tornar-se
humano, abordando os seguintes temas a importância da passagem da díade à
relação triangular e aos grupos sociais; a vinculação e o equilíbrio psicológico do ser
humano; relação de vinculação e o processo de individuação; as experiências de
Harlow e o seu contributo para a compreensão da importância das relações precoces;
as consequências das perturbações nas relações precoces de vinculação; e os
estudos de Spitz e a definição de hospitalismo.

As experiências vividas no inicio da vida desempenham um papel fundamental no


desenvolvimento da mente do ser humano, delas dependendo a sua estruturação
emocional e o equilíbrio do seu relacionamento com os outros. De entre as várias
estratégias usadas pelo bebé para obter os cuidados indispensáveis à sua
sobrevivência e bem-estar, destacam-se o choro, o sorriso e as expressões faciais.

Desenvolvimento:
A importância da passagem da díade à relação triangular e aos grupos
sociais:

Díade- Relação mãe-bebé, Tríade- Relação mãe-bebé-pai.

Os seres humanos são os animais que mantêm laços de relação prolongada no


acompanhamento dos seus descendentes, o que implica, complementarmente a
outros fatores, uma organização social única. Por essa razão, o bebé, que já tem uma
relação fortalecida com a mãe, vai criar também uma relação com o pai, já que este se
encontra também próximo de si.

A mãe surge como o primeiro agente de intercâmbio com o meio. Os sentimentos


vividos na primeira infância funcionam assim como motores de desenvolvimento de
capacidades como segurança, autoconfiança, independência essenciais para o
sucesso social. O facto da criança se sentir amada pelo grupo familiar vai fazer com
que esta deseje fazer parte integrante da comunidade humana. O pai tem um papel
essencial na organização da família, tanto no apoio emocional e físico à mulher como
no estabelecimento de laços com o filho. O outro (a sociedade, os pais) funciona como
elo de ligação entre a mente da criança em formação e o universo social com as suas
exigências e imposições.

A figura de vinculação
Estudos entretanto desenvolvidos mostram que o bebé estabelece laços de vinculação
com a pessoa mais próxima e que cuida dele. E pode acontecer que a figura da mãe
possa ser substituída por outros agentes maternantes, como as mães de substituição,
os pais adotivos ou outros familiares. Estes têm capacidade de estabelecer também
uma vinculação forte com a criança, desde que proporcionem um ambiente
consistente, sensível, acolhedor e apoiante. Isto é possível porque não existe uma
predisposição biológica específica de vinculação com a mãe biológica.

Vinculações múltiplas: resultam da integração das crianças em jardins de infâncias


entre outros meios que lhes proporcionem o contacto com várias pessoas.

Vinculação e equilíbrio psicológico


O envolvimento físico e emocional que se estabelece devido à vinculação mãe-bebé,
permite que a criança cresça equilibradamente para fazer face às necessidades e
dificuldades do dia a dia.

A boa qualidade da relação com a mãe manifesta-se numa relação mais equilibrada
com o próprio corpo, sem tensão e inibições excessivas, adoptando uma maior
proximidade com os outros. Estas representações relacionais, contribuem também
para a estruturação da sexualidade.

A um processo de vinculação securizante corresponderá uma melhor regulação


emocional, propiciará interações sociais positivas e seguras e aumenta a confiança
nos outros. No entanto, é certo que existem outros fatores que condicionam o
desenvolvimento psicossocial da criança e que o podem afetar, por vezes,
negativamente.

Vinculação e individuação
A relação que o bebé estabelece com a mãe é uma relação que lhe propicia prazer e
satisfação, desenvolverá sentimentos de segurança e de confiança no outro. Este tipo
de relação impele o bebé a explorar o meio, a afastar-se das figuras de vinculação.
Este é o princípio do processo de autonomia, de separação. É o sentimento de
segurança e de confiança em saber que os pais permanecem que motiva a criança a
explorar o meio, a afastar-se.

Estar vinculado é o que se pode designar por “base de segurança” a partir da qual o
bebé explora o mundo e para a qual regressa se sentir ameaçado ou inseguro.

Na base do processo de individuação está a vinculação.

Individuação: é a uma necessidade primária do ser humano criar a sua própria


identidade, de se distinguir daqueles com quem mantém laços de vinculação. São as
figuras de vinculação que favorecerão o processo de individuação, ao desenvolverem
relações de segurança e de confiança com o bebé.

Na primeira infância, a vinculação tem um papel importante, dominando as relações


que a criança mantém com os outros, designadamente com os progenitores. Na
adolescência, que é uma etapa do ciclo vital que se caracteriza pela necessidade de
autonomia, domina o processo de separação-individuação.
As consequências das perturbações nas relações precoces
O psicólogo Harry Harlow desenvolveu várias experiências com macacos Rhesus que
mostraram os efeitos da ausência da mãe.

1ª experiência:

Este construiu duas mães artificiais, uma de peluche e outra de arame, que forneciam
alimento através de um biberão as macaquinhas. Harlow observou que as crias
passavam a maior parte do tempo agarradas à mãe de peluche; era junto dela que
procuravam abrigo face a uma situação de perigo. Mesmo quando só estava presente
a mãe de arame, os macaquinhos não procuravam a sua proteção numa situação
ameaçadora. Por vezes, noutras situações, quando só existia alimento na mãe de
arame, as crias mantinham-se agarradas à mãe de peluche recorrendo à mãe de
arame só para procurar alimento.

2ª experiência (avaliar o efeito nos bebés macacos criados sem qualquer contacto):

Instalou as crias em jaulas de ferro vazias sem verem qualquer ser vivo durante três
meses a um ano. Posteriormente observou que os animais encostavam-se ao fundo
do compartimento, balançavam-se para a frente e para trás, abraçavam-se a si
próprios e mordiam-se. Face a outros macacos tinham um comportamento evitante e
um desempenho sexual afetado. Quando tinham crias não demonstravam qualquer
interesse por elas e por vezes maltratavam-nas.

Fig.1- A macaca vai primeiro á Fig.2- Mas na progenitora de


progenitora de arame que tem o arame não encontra conforto,
leite. por isso vai para a progenitora
de peluche.

Conclusão das experiências:


O vínculo entre a cria e a mãe está mais relacionado com o contacto corporal e o
conforto daí decorrente do que com a alimentação. Esta necessidade básica do
contacto do conforto é também reconhecida pelo investigador nos bebés humanos,
que manifestam a necessidade de estar junto da mãe, ou de outro cuidador, em
contacto físico. A origem da vinculação encontrar-se-ia nesta necessidade e não na
alimentação.
Por outro lado, a ausência da mãe, traduzir-se-ia em perturbações físicas e
psicológicas profundas, no entanto, no caso dos humanos, estes têm capacidades
extraordinárias de adaptação e de recuperação face a essas perturbações.

O Hospitalismo, segundo René Spitz:


René Spitz, psiquiatra infantil com formação psicanalítica, desenvolveu um conjunto de
pesquisas em crianças que, durante os primeiros 12 meses de vida, permaneceram
num hospital, orfanato, ou num colégio interno, estando desta forma privados da
presença da mãe. Spitz estudou as consequências e concluiu que as crianças apesar
de terem asseguradas as condições fundamentais de higiene e de alimentação,
apresentavam perturbações somáticas e psíquicas, pois do ponto de vista afetivo,
constatavam uma carência afetiva total, devido à ausência completa da mãe.

Spitz designou por hospitalismo o conjunto de perturbações vividas por crianças


institucionalizadas e privadas de cuidados maternos, essas crianças apresentavam
atrasos no seu desenvolvimento físico, menor resistência a doenças, dificuldades de
adaptação e atraso na linguagem. Com a sua investigação, Spitz confirmou a
necessidade de laços e de contactos afetivos entre o bebé e o adulto, especialmente
entre o filho e a mãe.

Em suma, os cuidados maternos prestados nos primeiros anos de vida desempenham


um papel essencial no desenvolvimento harmonioso da saúde mental.

Conclusão: Podemos afirmar que são as relações precoces que nos tornam
humanos, uma vez que a imaturidade do ser humano implica uma forte ligação com
quem cuida dele de modo a que este seja respondido às suas carências.

Desde o nascimento do bebé, existe uma necessidade primária de estabelecer laços


afetivos com o agente maternante. São as relações precoces que permitem o
desenvolvimento social, o qual refere-se ás competências e habilidades que capacitam
o indivíduo para se relacionar afetiva e socialmente com os outros, isto é, para
interagir.
WEBSITES: https://prezi.com/3hx6kiupaeq-/as-relacoes-precoces-no-tornar-se-humano/

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