Sei sulla pagina 1di 29

NAÇÃO OYÓ

Nação Oyó
A maioria dos rituais africanos praticados dentro do Rio Grande do Sul,
vem do interior da África, principalmente das regiões da Nigéria onde
encontramos as cidades de Ìlèsà, cujo povo é conhecido como da nação
Ijexá e Oyó, a terra de Xangô, o Obá (Rei) de Oyó. No Brasil a vida útil
do negro, escravo, era muito curta, pois passavam a maior parte de suas
vidas trabalhando para seus servos; fora as epidemias e outras doenças,
na época incuráveis, que acabaram matando centenas dos nossos
antepassados. Devido a estas e outras dificuldades, nossos antigos
sacerdotes acabaram levando para o túmulo muitos conhecimentos dos
rituais sagrados africanos; contudo ainda conseguimos guardar boa parte
dos fundamentos das diversas nações vindas da África, berço histórico
do Brasil; entre estes fundamentos temos a nação Oyó cujas tradições
de seus rituais permanecem vivos aqui em Porto Alegre, e em algumas
cidades do interior do estado. Para nós Rio-grandenses é um privilégio
ter a presença desta nação, pois quase não se ouve falar de Oyó em
outras partes do Brasil, pois raras foram as vezes em que os
interessados na captura de escravos conseguiram atingir as localidades
do interior da Nigéria, como as cidades de Oyó e Ilexá.
Uma das fontes da nação Oyó na cidade de Porto Alegre foi a Sra.
Ermínia Manoela de Araújo, conhecida como mãe Donga de Oxum. Era
filha de Oxum (Osun) com Ossãe (Osányìn); morava na colônia africana,
nas imediações onde é hoje o Auditório Araújo Viana.
Dona Ermínia nasceu no dia cinco de maio de 1889, era uma negra de
grande sabedoria, e seguia as tradições religiosas de acordo com o que
herdou de seus genitores, que praticavam as culturas de Oyó e Ijexá
juntos, já naquela época, até por que são nações de muita proximidade
dentro do território nigeriano, inclusive a língua Yorubá é o idioma falado
pelos dois povos, com apenas algumas diferenças no dialeto.
Nas aldeias africanas os assentamentos de Orixás eram feitos para
servir uma comunidade inteira, até mesmo uma cidade, e toda população
se dedicavam aquele Orixá cultuado na região; os assentamentos, os
rituais, as obrigações ficavam de uma geração para outra; tem lugares
que ainda hoje, conservam assentamentos de Orixás com quatrocentos
anos ou mais, eu mesmo visitei um terreiro em Salvador que mantém um
Xangô Ogodô, trazido da África a mais de duzentos anos. Foi esta
tradição que deu origem ao Xangô Aganjú do Povo. As tradições deste
ritual foram passados à mãe Donga, mas o assentamento do Xangô
Aganjú do Povo foi feito pelas suas próprias mãos; e não é apenas um
okutá de Xangô, é sim um conjunto de Orixás que mantém os
assentamentos de Bará até Oxalá, que foram preparados para servir a
comunidade inteira daquela família religiosa de tradição Oyó da bacia de
mãe Donga de Oxum, e ser passado pelas gerações vindouras. E assim
aconteceu; os assentamentos após passar por vários terreiros de Oyó,
hoje estão, nas mãos de uma descendente direta de mãe Donga, a
Yalorixá Nélia de Ossãe, que humildemente tem a guarda deste ritual.
Antigamente era escolhido um axogum (Asògún), ou seja, um homem
que teria a função de fazer o sacrifício dos animais para este ritual; um
deles foi o senhor Mário Lopes, que após um derrame passou o cargo ao
Sr. Rolim de Oxalá, que morou na rua Lucas de Oliveira, e antes de
falecer passou a responsabilidade para o sr. Jorge de Xapanã; após sua
morte não se teve uma pessoa exclusivamente para fazer os sacrifícios
para Xangô Aganjú do Povo, hoje a responsabilidade da matança é da
pessoa que tem a guarda dos assentamentos em seu terreiro, e a data
da festa é sempre o dia vinte e dois de julho, que antigamente
movimentava todo o povo de santo de Porto Alegre e arredores.
Ermínia Manoela de Araújo teve quatro filhos: Maria Rosaura de Araújo
Souza, ficou conhecida como mãe Rosália de Xangô, nasceu em 8 de
abril de 1911 e faleceu em 05 de agosto de 1989; Luiza de Araújo Souza,
conhecida como tia Luiza de Ogum, nasceu em 25 de novembro de 1915
e morreu em 19 de julho de 1994; Mário de Araújo Souza, conhecido
como Mário Bocão, filho de Odé, não temos certeza das datas de seu
nascimento e morte; e a outra filha era Lurdes de Araújo Souza, cujo
Orixá era Xapanã, também não temos certeza das datas de seu
nascimento e morte. Dona Ermínia (Donga de Oxum) contraiu a gripe
espanhola e faleceu em 1918, deixando os quatro filhos pequenos, tia
Rosália de Xangô com seis anos e sua irmã Luiza de Ogum com dois
anos de idade, e os outros dois filhos também pequenos. Em Porto
alegre, foi criado um cemitério especialmente para as vítimas da gripe
espanhola, que matou em todo país cerca de 300 mil pessoas.
O único filho de santo que Dona Donga de Oxum deixou pronto com
todos os assentamentos foi o Sr. Antoninho de Oxum, que herdou além
das tradições religiosas, também os seus filhos de ventre e de axé (filhos
de santo).
Dona Donga tinha uma cunhada que também seguia as tradições da
nação Oyó, chamada dona Leopoldina de Oxalá, que também passou
ser filha de santo e auxiliar de Pai Antoninho, junto com uma outra
senhora chamada carinhosamente de Velha, que também foi uma luz
neste antigo terreiro. Antoninho de Oxum trabalhava fora e ainda
arrumava tempo para se dedicar a inúmeros filhos de santo e
consulentes que o procuravam; teve dois filhos carnais, e outros tantos
de criação, entre elas dona, "dona Maria Garçoneta" que morava nas
imediações da Igreja Nsra. Do Trabalho, tive a felicidade participar de um
batuque em seu ilê, na Vila Ipiranga.
Antigamente os babalorixás e yalorixás, além da prática religiosa,
dedicavam-se à caridade, a maioria tinha muitos filhos de criação,
inclusive se um indivíduo estivesse passando necessidades, era acolhido
no terreiro até que tivesse condições de sobrevivência, aquele ia embora
e já dava lugar a outro.
Hoje, em alguns casos, é difícil até mesmo a própria sobrevivência dos
sacerdotes, já não dá mais para seguir o exemplo de amparar os
necessitados nos terreiros, a não ser os grandes marqueteiros que estão
com os bolsos cheios, mas nem assim se prestam a este tipo de
caridade.
A maioria do pessoal que escreve sobre a religião africana no Rio
Grande do Sul, cita o Príncipe Custódio como introdutor dos rituais de
Batuque aqui no sul, não é bem assim, pois o negro se faz presente
neste Estado muito antes da família de Osuanlele (Príncipe Custódio) ser
retirada em 1897 de Benin (antigo Daomé), já no censo da população do
Rio Grande do Sul, feita no ano de 1814, nos mostra uma população
negra expressiva perfazendo um total de 36,7% de afro-brasileiros,
contra um total de 45,6% de brancos no estado, outro dado relevante é
que pesquisadores, sérios, situam o período inicial do Batuque nesta
região entre os anos de 1833 e 1859, na mesma época em que o
Candomblé ganhava espaço na Bahia. O lendário Príncipe Custódio só
pisa em solo gaúcho no ano de 1899, na cidade de Rio Grande, e já
encontra aqui rituais religiosos de origem africana, popularmente
denominada de Batuque. Ele contribuiu sim com nossa religião, com
seus contatos políticos, pois Custódio, vinha de uma família nobre, sua
saída da África foi política; ele sabia como se destacar e fazia bom uso
de sua sabedoria religiosa, o que ajudou a travar as perseguições as
casas de culto africano. As pesquisas realizadas para saber sobre as
nações Oyó, Cabinda, Ijexá e Jêje nos comprovam que o Batuque se
estabeleceu aqui no Rio Grande do Sul há quase dois séculos;
Ainda falando da nação Oyó outra contemporânea de mãe Donga de
Oxum foi mãe Andrezza Ferreira da Silva, que foi pronta na religião por
um velho babalorixá que ainda tinha a sua volta alguns africanos nativos,
e ela teria vivido de 1882 a 1951 em Porto Alegre.
Dos descendentes religiosos da raiz de Pai Antoninho de Oxum, os que
mais se destacaram foram: a yalorixá Rosália de Xangô, que morreu com
79 anos de idade; morou alguns anos na rua Souza Lobo, na vila jardim,
onde tive o privilégio de participar de um ritual de Batuque em seu ilê;
sua irmã de ventre e de axé que foi tia Luiza de Ogum que morreu com
78 anos, morou na avenida Saturnino de Brito, 408 na vila jardim, deixou
dois filhos, uma é Nelia de Ossãe, que é quem mantém vivo o ritual do
Xangô Aganjú do Povo em Porto Alegre, e o outro filho já é falecido.
Outra mãe de santo que se destacou muito, uma das mais importantes,
depois de Antoninho, foi a sra. Lídia Gonçalves da Rocha, popularmente
conhecida como mãe "Moça de Oxum", que entrou para a religião
africana aos cuidados de pai Antoninho de Oxum por motivos de doença
e se tornou a mais destacada yalorixá da nação Oyó dos últimos tempos;
podemos citar também, Cecília de Xangô Aganjú; mãe Leopoldina de
Oxalá que era cunhada de mãe Donga de Oxum; Mocinha de Oxalá;
Mário "bocão" se destacou como alabê (tamboreiro) da nação Oyó e
também aprendeu a tocar Jêje com os aqui Davis; Jorgina de Xapanã;
Dilina de Oxum; mãe Manoela Mendonça de Oxum; Pai Máximo de Odé,
que também era tamboreiro; pai Máximo de Odé também foi pai de santo
de Tia Valesca, esposa de pai Antoninho; Mijica de Yemanjá; Benjamim
de Oxalá; Camarada de Yemanjá; mãe Quininha de Oyá, mãe Andressa
de Oxum; mãe Manoelinha de Oxum, mãe Miguela de Xangô, esta
Yalorixá foi uma das últimas a fazer durante os toques, a fogueira de
Xangô, e paramentava todos os Orixás com suas vestes e
indumentárias; A mãe Oxum de pai Antoninho também se paramentava
quando "incorporada" em seu filho, usava suas vestes com muitas
pedrarias. Doralice da Silva Alves, conhecida como Chininha de Oxalá,
teve a guarda do Xangô Aganjú do Povo por vinte e dois anos, era
casada com pai Máximo de Odé, ela também tinha o apelido de
"Caquinha" e aprontou outros bons descendentes do Oyó como a mãe
Vera de Ossãe e Sarinha de Xangô, que completou 60 anos de
assentamento de seu pai Xangô no dia 18 de outubro de 2004; outros da
raiz Oyó que podemos citar são as pessoas de Guilhermina de Yemanjá,
que era cozinheira da casa de Antoninho, e também fez "pirão" na casa
de muita gente antiga do Oyó; João Gumercindo Saraiva, esposo de
dona Doralvina; Yatolá de Oyá, pai Darci de Oxalá, entre outros;
Felisberto de Ossãe. Outras pessoas que também se destacaram na
nação Oyó foram: mãe Apolinária Batista, Olga da Iansã, Fábio de Oxum,
Tim de Ogum, mãe Albertina de Obá; Edelvira de Oxalá, pai Acimar de
Xangô; Luiz de Bará; Paulinho de Xangô (filho de santo de mãe Rosália
de xangô) ;; Esperança de Oyá; Toninho de Xangô, herdeiro espiritual de
pai Acimar de Xangô. Vários informantes dizem que pai Joãozinho de
Bará, também teve uma breve passagem pelas mãos de pai Antoninho
de Oxum.
Pai Antoninho de Oxum morou no Mont'Serrat, na rua Eudoro Berlink, na
cidade de Porto Alegre, e segundo consta faleceu no ano de 1932.
E mais recente, na história do Oyó, podemos citar alguns descendentes
da geração de mãe Moça de Oxum, que também contribuem ou
contribuíram para continuidade dos rituais de Oyó como: Laudelina de
Bará; Valdomiro de Oxalá, alabê, Zeca Neto de Oxalá; Carola de Oxum;
Eva de Oxum; Leinha de Oxum, (falecida em fevereiro de 2005) e Odete
de Oxum entre outros.
Há uma outra grande raiz da nação Oyó que derivou de uma famosa
mãe de santo chamada Emília fontes de Araújo, Mãe Emília de Oyá. Era
descendente de uma família nobre da África, morou na rua Visconde do
Herval em Porto Alegre, era contemporânea de Antoninho da Oxum,
porém não tinham ligações de bacia, apenas elos de nação. Segundo
informações coletadas junto a Pai Paulinho de Agandjú, Mãe Emília
faleceu por volta de 1930 e deixou vários herdeiros de seu ritual, onde
podemos citar: Mãe Alice de Oxum; Pai Alcebíades de Xangô; Vó Dóca
de Yemanjá que morava na av. Praia de Belas esquina com a rua
Rodolfo Gomes, Mãe Matilde Fabrício, mãe carnal de Mãe Nenéca de
Xangô, que também é herdeira espiritual desta raiz do Oyó; Mãe Cadinha
de Odé; Mãe Araci de Odé, que faleceu com 112 anos de idade, e seu
Orixá Ode tinha 91 anos de assentamento. Dona Araci fez um ritual de
entrega de Axé de Búzios na casa de mãe Ilda de Obá no qual eu estava
presente, e até então nunca tinha assistido algo igual. As obrigações do
ritual fúnebre de mãe Araci foram feitas por Pai Paulinho de Agandjú, por
recomendações expressas da própria Araci, que deixou gravado sua
exigência. Eram também da casa de Mãe Emília as pessoas de Negrinha
de Odé; Ramiro de Ogum; Dona Rola, esposa de Pai Alcebíades de
Xangô.
Mãe Alice de Oxum, se destaca também nesta ramificação do Oyó,
deixando vários herdeiros espirituais, entre estes podemos citar a mãe
Nicóla de Xangô Dadá, que morou na rua Cuibá, 95 e faleceu em 1975
aos 69 anos de idade, vítima de derrame. Mãe Nicóla deixou vários filhos
de santo, um dos que mais se destacou e ainda hoje cumpre os rígidos
rituais de sua raiz é a pessoa que nos passa estas informações, Pai
Paulinho de Agandjú, com 64 de idade, e seu Orixá com 50 anos de
assentamento. Com a morte de Mãe Nicóla, terminou de aprontar na
religião alguns de seus descendentes como, Pai Adãozinho de Bará, um
dos principais alabês da Nação Oyó. Pai Paulinho fala com autoridade
dos rituais que pratica, como a obrigação de Tumbê, Arikú e muitas
outras que ainda mantém; e nos cita como sendo ordem de toque para
os Orixás de seu terreiro a seguinte seqüência: Bará, Ogum, Xapanã,
Odé, Ossãe, Orunmilá, Obokun, Xangô, Ibejis, Agandjú, Yemanjá, Otim,
Obá, Nana Buruku, Yewa, Oxum, Oyá e Oxalá.
Alguns sacerdotes nos dão a informação no tocante aos rituais de
Batuque da nação Oyó, dizendo que a ordem de toque para os Orixás
em seus terreiros segue quase a mesma seqüência da nação Ijexá: Bará,
Ogum. Oyá, Xangô, Ibejis, Odé, Otim, Obá, Ossãe, Xapanã, Oxum,
Yemanjá e Oxalá; e outros dizem que as casas antigas de Oyó, tocavam
primeiro para os Orixás masculinos, e depois para as Yabás (Orixás
femininos) na seguinte ordem: Bará, Ogum, Ossãe, Xapanã, Odé e Otim,
Xangô, Ibejis, Obá, Oyá, Oxum, Yemanjá e Oxalá. O fato é que há várias
fontes da mesma nação, cada uma seguindo os costumes de seu terreiro
de origem, muitos se vendo num segmento de nação pura, outras
mesclando com outras nações, e assimilando outras práticas em seus
rituais.
Das antigas nações africanas que se fixaram no Rio Grande do Sul, e
que foram submetidas, a variados graus de mudança e assimilação,
ressalta a do Ijexá como a que melhor conservou a configuração africana
original absorvendo outras nações. Os sacerdotes e iniciados por mais
antigos que sejam, nos cultos africanos no Rio Grande do Sul, na
maioria, se mesclaram com o Ijexá, esse processo, entretanto, não
eliminou de todo a consciência histórica e certas tradições religiosas que
predominam tanto no Oyó como também no Jêje e na Cabinda; se
alguém tiver alguma informação que possa nos ajudar no resgate a
história das nações africanas no Estado do Rio Grande do Sul, por favor
entrar em contato via e-mail deste site, pois toda informação é bem-
vinda.
Homenagens
É preciso lembrar que o batuque continua. Já mencionei, na maioria, o
pessoal da antiguidade que deu estrutura à religião, porém, além destes,
não posso deixar de homenagear aqueles que nos dias de hoje, tanto os
“velhos” como os “jovens” que se dedicam a cultuar e manter firme os
fundamentos da nação dos Orixás no Rio Grande do Sul. Por enquanto
vamos citar: Pai Ademar de Ogum e Ostilio de Oxalá, Babalorixás e
alabês da nação Ijexá; Marcelo do Oxalá, filho carnal de mãe Pedrinha
da Iansã; Emilinha da Yemanjá; João do Oxalá, da bacia de mãe Ilda da
Obá; Edemar da Yemanjá, neto de santo de mãe Preta de Oxalá da
nação Ijexá; Tia Eva do Ossãe, filha carnal do Pai Idalino de Ogum;
lonice de Oxum e tia Ione de Oxum, netas de Pai Idalino de Ogum; mãe
Dora de Oxum da cidade de Alvorada (nação Jêje-Ijexá); Jorge de Bará
(Jorginho filho de Pai Pirica, nação Jêje); Tião do Bará (nação Jêje),
Jorge do Oxalá (nação Jêje-Ijexá); Didi de Xangô da bacia de Pai Adão
de Bará; Marquinhos da Oxum, da bacia de Mãe Estela da Yemanjá e
Maria da Oyá; Roberto do Ogum, da raiz de mãe Maria da Oyá; Pai
Nazário de Bará, da bacia de Pai Mario de Oxum (nação cabinda);
Alfredo de Xangô; mãe Nilza de Yemanjá e Yeda de Ogum; Jorge
Verardi de Xangô, da bacia de Pai Leopoldo de Yansã; Renato de Ogum,
da bacia de Menicio da Yemanjá; Dona Moza de Ogum, da bacia de
Idalino de Ogum e Jovita de Xangô, Dona Moza foi esposa de Leopoldo
da Yansã; Sirlei da Yemanjá, da bacia de mãe Preta de Oxalá; Maria
Antonia de Oxalá, filha de mãe Apolinária, e seus filhos Junior de Bará e
Rose de Ogum(nação Oyó); mãe Miguela de Bará da nação Ijexá-Jêje;
mãe Santinha de Ogum, da bacia de mãe Estela de Yemanjá; Rosa de
Yemanjá e Tereza de Oxum, da bacia de mãe Ovidia de Oxum; Neuza
de Bará Ajelú, filha de Almiro de Bará (nação Ijexá); mãe Ofélia da
Yemanjá, uma das mais antigas Yalorixás da nação Ijexá; Tia Ní do
Ogum da nação Ijexá; Janete de Yansã; Mãe Eva do Ogum, da bacia de
Pai Idalino do ogum; Vera do Oxalá, filha carnal de mãe Albertina da
Obá; Wilian da Yansã; Lola do Bará; Leci do Bará; Celso do Oxalá;
Sandra do Ogum; Carlos do Bará; Nitinha de Oxum; Ondina de Xangô da
nação Jêje; Marinho de Oxalá; Maria do Xangô; Alabê Marcos do Bará;
Vera do Ogum;
Póstumas:
Pai Mauro de Xangô, Miguel de Xangô , da bacia de mãe Estela de
Yemanjá; Salvain da Oxum; Juvenal do Ossãe; Laerte da Yemanjá, da
bacia de Menicio da Yemanjá e Olmira de Xangô; Pedrinha da Yansã;
Sérgio do Ogum, da bacia de Almiro de Bará; Sérgio da Yansã e Renato
de Ogum, da bacia da Catarina de Ogum; Marcelinho de Ogum, da bacia
de Menicio da Yemanjá; Delurdes de Xapanã, da bacia da mãe Olmira de
Xangô; Luiz Carlos da Oxum, da bacia de Pai Romário de Oxalá; Pai
Paulinho da Yemanjá, da bacia de mãe Arina de Bará; Clemir de Bará;
Pai Pity de Xangô; Suca de Yansã; Alice de Oxalá, da bacia de Mãe
Olmira; Jorge do Ogum, da bacia de Almiro de Bará; Sodré da Yansã;
Celso de Bará, da bacia de Tião de Bará; Vó Dora da Yansã; mãe Jovita
de Xangô; Pai Hugo da Yemanjá; Tureba de Ogum; mãe Otilia de Ossãe,
Pai Chico de Ogum, e outros tantos que se foram para o Orum, mas
continuam vivos na memória de seus amigos e descendentes.
Candomblé
O Candomblé é um segmento religioso que pratica as tradições, ritos e
crenças africanas, trazidos pelos antepassados, cujos rituais tem origens
nas culturas Jêje, Ketu, Angola, entre outras nações que fazem parte das
religiões afro-brasileiras.
A cultura religiosa africana foi desenvolvida no Brasil através do
conhecimento de sacerdotes negros, que com parte de seu povo, foram
capturados e escravizados, juntamente com seus Orixás, entre 1532 e
1888.
Com o "fim" da escravatura em 1888, o candomblé se expandiu
consideravelmente, e prosperou muito desde então. Hoje, cerca de 3
milhões de brasileiros declaram ser seguidores das religiões afro, mas
acredito que o número seja bem maior, visto que, conforme o local e
ocasião os seguidores dizem ser católicos, com medo da discriminação;
(os católicos, de acordo com o censo somam 75%, enquanto os que
praticam as religiões afro-brasileiras aparecem com 1,5% da população
brasileira).
Os negros escravos pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os
Yorubá (Nagôs), os Ewe, os Fon, e os Bantos, que contribuíram não só
com seus rituais religiosos, mas, também com a música, dança,
alimentação, língua e outras manifestações culturais como o samba,
capoeira, em fim a contribuição cultural negra é inestimável. O negro
escravizado ao invés de se isolar, aprendeu a conviver entre grupos
étnicos diferentes. A religião africana ao chegar no Brasil sofreu uma
transformação imposta pela nova fronteira e pela nova sociedade em
transformação. O homemafricano foi proibido de praticar seus ritos, no
entanto nossos Orixás mais importantes chegaram até hoje com a
proteção do sincretismo católico, contudo, o negro conseguiu preservar
as crenças étnicas principalmente os ritos de iniciação, os cânticos em
linguagens africanas, o culto aos antepassados entre outras tradições.
Através do tempo os vários cultos foram se transformando até
assumirem uma postura mais ou menos fiel a sua origem.
Os Orixás da Mitologia Yorubá, foram criados por um Deus supremo
chamado Olorum (Olóòrun) ou Olodumare (Olódùmarè); já os Voduns da
Mitologia Fon ou Mitologia Ewe, foram criados por Mawu e Lisa; e os
Nkisis (inquices) da Mitologia Banto, foram criados por Zambi, Deus
supremo e criador.
VOCABULÁRIO YURUBÁ
Vocabulário Yorubá
Letra A
Ààbò - metade
Ààfin - Palácio, residência de um rei (Oba)
Àáké - machado
Ààrè - doença, fadiga, cansaço
Ààyè - vida
Aba - escada de mão
Abánigbèro - conselheiro, aquele que aconselha, um sábio mais velho
Abanijé - difamador
Abaya - rainha mãe
Abélà - vela
Abomalè - aquele que cultua os ancestrais (egúngún)
Abòrisà - aquele que cultua/adora os orixás
Aboyún - mulher grávida
Abuku - desgraça
Adèbo - pessoa que prepara a comida com os animais oferecidos em
sacrifício de acordo com as regras religiosas
A dúpé - agradecemos a você
Afará - oyin - fovo de mel
Àfomó - doença infecciosa, trazida pelo Orixá das doenças infecciosas
(Babaluaiyé; Xapanã)
Àgàn - mulher estéril
Agbádá - vestes sacerdotais
Àgbàdo - milho, sagrado para o Orixá Èsù (Bará)
Àgbaiyé - o mundo inteiro
Àgbon - coco
Àìsàn - doença
Áike - machado
Aláàfin - título tradicional para o rei de Oyó
Letra B
Báàlè - chefe de um povoado, com menos status que um Oba
Bàbà - milho da Guiné
Babagba - homem velho, geralmente o avô
Báde - caçar em grupo
Bájà - lutar, brigar
Balògun - chefe da sociedade dos guerreiros
Bàlagà - entrar na maturidade
Barapetu - grande, uma pessoa de distinção
Burú - ruim, negativo, destrutivo
Letra D
Dáàdáà - bom ou bonito
Dabòbò - proteger, fornecer proteção
Dàgbá - envelhecer, ficar velho
Dàgalágbà - tornar-se um homem adulto
Dalè - quebrar uma promessa
Dára - bom, ser bom
Dáradára - muito bom, tudo certo
Délade - coroar um rei
Dele - chegar em casa
Dídá - ara - boa saúde
Dígí - espelho
Dùbúlè - deitar
Letra E
Éèdì - encanto, feitiço
Éègun - ossos, ossos humanos
Efi - fumar
Égbéé - amuleto de proteção para o Orixá (Ògún)
Egbò - chaga, ferida
Égún - espírito dos ancestrais
Eji - chuva
Ejò - cobra
Èké - pessoa mentirosa, falsa, fraudulenta
Ékú - rato
Elégbògi - curandeiro que usa ervas
Elésù - pessoa que adora o mensageiro Èsú
Elu - estranho
Enìní - inimigo
Enini - orvalho da manhã
Erinká - milho na espiga
Erú - carregamento, fardo
Erupe - sujo
Ewé - folha de planta
Ewu - perigo
Ewú - cabelo grisalho, sinal de dignidade
Ewure - cabra
Èdán àrá - pedra de raio, sagrada para o Orixá Sàngó
Edùn - machado
Efó - vegetais verdes
Èfóri - dor de cabeça
Ègbé - comunidade de pessoas com o mesmo propósito
Eiye - pássaro
Èmí - respiração, também se refere a alma humana
Enyin - você
Èrúbo - compromisso de fazer uma oferenda aos Orixás
Èwòn - corrente
Letra F
Faiya - encantar, seduzir
Fári - cortar o cabelo com lâmina
Fe - há muito tempo
Fèrè - flauta
Fé - amar
Féniyawo - casar
Fijúbà - respeitar
Fòiya - estar com medo, amedrontado
Fowólérán - agir com paciência
Funfun - branco
Fúnwiniwini - garoar
Fúnlèfólorun - dar liberdade, agir de maneira certa
Fúù - o som feito pelo vento
Letra G
Gáàri - refeição feita de farinha de mandioca
Gala - veado, alce
Géndé - homem forte
Gèlédé - sociedade dedicada a homenagear os ancestrais
Góòlù - ouro
Gòmbó - cicatriz; marca no rosto que indica linhagem
Gun - subir
Gùn - pessoa alta
Gunnugun - abutre, urubu
GB
Gbabe - esquecer
Gbada - faca com lâmina grande
Gbàdúrà - rezar
Gbagbo - acreditar
Gbaguda - farinha de mandioca
Gbajumo - cavalheiro; homem gentil
Gbé - levantar
Gbédè - agir de maneira inteligente
Gbérè - cumprimentos
Gbese - dívida
Gbéyàwó - casar
Gbóju - bravo
Gbórín - grande
Gbúròó - ouvir
Letra H
Hà - expressão de prazer
Halè - amedrontar, ameaçar, intimidar
He - pegar, apanhar
Hó - ferver
Hun - tecer, trançar
Hùwà - comportar-se
Letra I
Ìbà - homenagem em respeito aos Orixás
Ìbamolè - forças espirituais que são merecedoras de respeito
Ibà pójúpójú - febre muito alta
Ibòòji - sombra
Ibúlè - àrun - leito de doença
Ibúlè - ikú - leito de morte
Ibùsùn òkú - cemitério
Ìdáwò - consulente de adivinhação
Ifáiyable - visão mística
Ìfeseji - perdão
Iga - quintal de um ancião
Ìgbà - história
Igbado - milho
Ìgbàlè - cemitério
Ìgbín - lesma, caracol
Igbó - floresta
Igbódù Òrìsà - local sagrado para iniciar uma pessoa nos mistérios dos
Orixás
Ìgboro - rua, estrada
Igi - òpe - palmeira
Ihò - buraco
Ija - luta
Ikú - morte
Ikùn - estômago
Ilà - marcas faciais
Ìlù - tambor
Ìmale - respeito ao ancestral
Ìmáwò - ara - encarnação, estado de reencarnação
Ìmólè - forças da natureza (Òrìsà)
Imo - ope - folhas de palmeira
Ìpàdé - encontro
Ipin - guardião
Ìràwò - estrelas
Ìtefá - iniciado nos fundamentos de Ifá
Ito - urina
Ìyáláwo - divindade feminina, mãe dos mistérios
Ìyálè - esposa mais velha em uma família polígama
Imonamona - raio
Iná - fogo
Ìpelé - pequena cicatriz facial que indica a linhagem familiar
Ìpitan - tradição oral
Ìrawò - estrelas
Ìrésì - arroz
Ìrèmòjé - cânticos do funeral dos caçadores
Irin - ferro, sagrado para o Orixá Ògún
Irun - cabelo
Irúnmòle - forças da natureza (Òrìsà)
Ìsàlè - órgãos reprodutores
Ise - trabalho
Ìségún - reverência aos antepassados
Isinkú - funeral
Ìtan - história, lenda, mitologia
Ìtan - àtowodowo - lenda tradicional, história sobre os orixás
Ìwà - àgba - caráter de um ancião
Ìwà - édá - natureza
Iwóòrò - ouro
Ìyá - mãe
Ìyá - àgan - mulher mais velha, (anciã), dentro da sociedade dos médiuns
ancestrais
Ìyáàgbà - avóÌyáláwo - divindade de ifá feminina, significa: " mãe dos
mistérios ".
ÌYálorísà - mulher iniciada nos mistérios das forças da natureza (Òrìsà).
Ìyálè - esposa mais velha em uma família polígama.
Iyekan - ancestrais do pai
Letra J
Jade - sair
Jádeogun - preparar o combate
Jádi - atacar
Je - comer
Je ewo - má sorte que vem como o resultado de uma violação de
tabu/regra
Jéjé - rogar uma praga
Jeun - comer
Jéwó - confessar
Jé - acordar
Jigi - espelho
Jije - comer
Jikelewi - borrifar
Joko - sentar
Jóná - estar em chamas
Jóò - desculpar, perdoar
Jowo - grande favor
Juba - rezas, pedido
Letra K
Kàdárà - destino
Kábiyèsí - cumprimento de respeito a um rei (oba)
Kábíyèsìlè - expressão de respeito a um chefe ou mais velho
K'àgò - pedir permissão para entrar em uma casa
Kalè - sentar
Kaná - estar em chamas
Kárò - bom dia
Kárùn - ficar doente
Kàwe - ler
Káwó - saudação, aclamação
Ké - cortar
Kedere - clarear, esclarecer
Kékeré - pequeno
Kéré - ser pequeno
Kéhìndé - o segundo gêmeo a nascer
Kíkún - mortal
Kiniun - leão
Kórira - odiar
Kókóró - chave; sagrado para o mensageiro Exu (Èsú)
Kòla - noz de cola amarga. Sagrada para a maioria dos Orixás
Korin - cantar
Ku - morrer
Kunle - ajoelhar no chão como um gesto de respeito, tanto para um local
sagrado como para uma pessoa mais velha
Kunrin - cantar
Kurumu - redondo
Letra L
Lá - sonhar
Lábelè - secretamente
Láikú - imortal
Làí - làí - o começo (considerar tempo)
Láí - láí - para sempre
Làlóju - esclarecer, iluminar
Létòl'tò - segmentos de um ritual
Léwà - ser bonito
Lódè - do lado de fora
Lodê oni - no presente
Lókun - forte
Lóni - hoje
Lówò - ser rico, ter abundância
Lókan - bravo
Lukoun - pênis
Letra M
Ma - de fato, realmente
Maga - sacerdote chefe do Orixá Xangô (Sàngó)
Màlúù - boi
Màrìwò - folhas de palmeira
Méjì - dois
Mérin - quatro
Mérìndílógún - dezesseis (16), também usado para referir a um sistema
de adivinhação usado pelos iniciados de Orixás que está baseado nos
primeiros dezesseis versos da divindade Ifá (Odù)
Meta - três
Méwà - dez
Mi - engolir, respirar
Mímo - sagrado, divino
Míràn - outro
Mo - eu
Mojú - saber, conhecer
Móoru - tempo quente
Mu - beber
Letra N
Ná - primeiro de todos
Nba - juntar-se
Nfe - amar
Nje - bem
Njo - dançar
Ni - dizer, ser, alguém, aquele, depende do contexto
Nígbàtí - quando
Nikan - sozinho
Níle - em casa
Nko - não
Nlá - grande
Nlo - indo
Nmu - bebendo
Nrin - caminhando
Nro - pensando
Nyín - você
Letra O
O - ele, ela, isto
Obì - noz de cola, usado num sistema simplificado de adivinhação
Obí - sexo feminino
Ogìnrin - mulher
Óbo - vagina
Obuko - bode
Òde - do lado de fora
Òde ayé - o mundo todo
Odideé - papagaio
Odò - rio
Òdodo - justiça
Odukun - batata doce
Òfin - lei, direito
Ogbe - crista de galo
Ogbo ato - ficar velho, vida longa
Ogboni - sociedade de homens anciões que adoram o Orixá Onile
Ògèdè - encanto, feitiçaria
Ojise - mensageiros
Òjò - chuva
Òjòlá - jibóia
Ojú - olho ou face, dependendo do contexto
Ojù àse - força nos olhos
Ojugbede - sacerdote chefe do Orixá do ferro Ògún em Ilé Ifè
Ojubona - professor
Ojú - óòri - sepultura, túmulo
Ojú ònà - caminho, estrada
Oku - cadáver, defunto
Okun - o oceano
Olé - ladrão
Olórí - chefe
Olosa - Orixá da laguna
Oluwo - chefe adivinhador de Ifá do conselho masculino dos anciãos
Omi - água
Omi ayé - as águas da terra
Omi - tútù - água fria
Omira - sangue menstrual
Ònà - estrada, caminho
Oníbàárà - cliente
Oníbode - porteiro
Onílé - guarda da casa
Oni're - nome em louvor para o Orixá do ferro Ogun, que significa "chefe
da cidade de Ire"
Onísé - trabalhador
Òòsà - o mesmo que Orixá
Òòsàoko - Orixá da fazenda
Opèlé - corrente usada pela divindade Ifá, significa: " enigma da palmeira
"
Òpin ìsìn - o fim do ritual
Òpópó - rua
Òpùrò - mentiroso
Orílè - nome de uma nação
Òrisà bi - esposa de Orungan
Òtitó - verdade
Otu - sacerdote que faz oferendas em nome do Rei (Oba)
Owó - dinheiro
Oyin - mel
Oba obìnrin - Rainha mãe
Ode - caçador
Òdúndún - erva medicinal
Ofà - flecha
Ofò - feitiçaria
Oka - cobra
Okòn - coração
Olona - nome em louvor ao Orixá Ogun que significa: "proprietário da
estrada"
Olòwò - sábio mais velho
Omo - criança
Omodé - criança jovem
Ònà - estrada
Òòni - O Rei da nação Yorubá
Ope - palmeira
Osán - fruta
Òsányìn - Orixá das ervas e dos medicamentos
Òsè - semana ritual de quatro dias
Òsóòsì - orixá da caça
Letra P
Pàdé - encontrar
Pákí - farinha de mandioca
Pákórò - ritual noturno nos funerais
Paré - desaparecer, ser destruído
Pari - completar
Pariwo - gritar
Pèlé - marcas na face. Caracteriza as famílias
Peleke - aumentar
Pín - dividir, repartir
Pitan - contar historias
Pòòkò - copo feito de uma casca de coco
Pupa - vermelho
Putu - bom
Letra R
Rà - comprar
Rá - engatinhar
Rári - rapar a cabeça, o primeiro degrau da iniciação
Rèrè - coisas boas, boa fortuna
Réin - rir
Riri - tremer de medo
Ròjo - chover
Run - perecer, sucumbir
Letra S
Sáà - estação, determinado espaço de tempo
Sàn - estar bem
Sánmò - céu
Sanra - estar gordo
Sè - cozinhar
Sééré - chocalho, sagrado para o Orixá Sàngó
Sinsin - descansar
So - amarrar
Sódé - fora
Sòrò - falar
Sun - dormir
Sunkun - chorar
Sánku - morte prematura
Ségègé - tirar a sorte, fundição de certas formas de adivinhação
Sèké - mentir
Sòkoto - calças
Sòtito - ter fé
Letra T
Tà - vender
Táìwo - o primeiro gêmeo a nascer
Táláká - pessoa pobre
Téfá - iniciação Ifá
Tanná - acender a luz
Tara - pequena pedra
Te - estabelecer
Tè - pressionar
Té - espalhar
Telé - seguir
Tímótímó - pequeno
Tìnùtìnù - sincero
Titi - até
Tóbi ode - caçar
Túndé - renascer
Tutu - frio
Letra W
Wà - ser
Wádi - fazer perguntas
Wejeweje - coisas boas
Were - jovem
Wo - relaxar
Wo'gun mérin - os quatro cantos do mundo, as quatro direções
Wolé - entrar
Woléwòdè - entrar e sair
Won - então
Wípé - dizer algo
Wó - o qual
Wòran - assistir
Wodi - investigar
Letra Y
Yá - inundar
Yà - virar para o lado
Yalayala - gavião, rápido, veloz
Yàn - escolher
Yanran - bom
Yara - quatro
Yára - ser rápido
Yesi - quem
Yeye - mãe
Yewere - sem valor, indigno
Yèyé - bobagem
Yi - isto
Yibi - grandeza
Yio - desejo
Yo - aparecer

Letra A
Abadá - Blusão usado pelos homens africanos.
Abadô - Milho torrado
Abebé - Leque.
Abassa - Salão onde se realizam as cerimônias públicas do camdomblé,
barracão.
Adé - Coroa.
Adie - Galinha.
Adupé = Dupé - Obrigado.
Afonja - É uma qualidade de Xangô.
Agbô - Carneiro.
Aguntam - Ovelha.
Ajeum - Comida.
Alabá - Título do sacerdote supremo no culto aos eguns.
Aledá - Porco.
Alaruê - Briga.
Alubaça - Cebola.
Axó - Roupa.
Axogum - Auxiliar do terreiro, geralmente importante na hierarquia da
casa, encarregado de sacrificar os animais que fazem parte das
oferendas aos orixás.
Letra B
Baba - Pai.
Babaojê - Sacerdote do culto dos eguns; Ojé é o nome de todos iniciados
no culto aos eguns.
Babassá - Irmão gêmeo.
Balê - Casa dos mortos.
Balé - Chefe de comunidade.
Beji - Orixá dos gêmeos.
Biyi - Nasceu aqui, agora.
Bô - Adorar.
Letra C
Conguém - Galinha da Angola.
Cambaú - Cama.
Cafofo - Túmulo.
Caô - É um tipo de Xangô.
Catular - Cortar o cabelo com tesoura, preparando para o ritual de
raspagem para iniciação no Candomblé.
Cutilagem - É o corte que se faz na cabeça do iniciado; é realizado para
abrir o canal energético principal que o ser humano tem no corpo,
exatamente no topo da cabeça,(no Ori), por onde vibra o axé dos Orixás
para o interior de uma pessoa.
Letra D
Dã - Orixá das correntes oriundas do Daomé.
Dara - Bom, agradável.
Dide - Levantar.
Dagô - Dê licança.
Dê - Chegar.
Dudu - Preto.
Letra E
Edu - Carvão.
Eiyele - Pombo.
Elebó - Aquele que está de obrigação.
Eledá - Orixá guia.
Erú - Carrego; carga.
Equê - Mentira.
Esan - Vingança.
Emi - Vida
Enu - Boca
Eran - Carne
Ejó - Cobra.
Egun - Alma, espírito.
Epô - Azeite
Epô-pupa - Azeite de dendê
Eró - Segredo
Letra F
Fá - Raspar
Fadaka - Prata
Filá - Gorro
Funfun - Branco
Fenukó - Beijar
Ferese - janela
Fo - Lavar
Fún - Dar
Farí - Raspar cabeça.
Letra G
Ga - Alta, grande
Ge - Cortar
Gari - Farinha
Gururu - Pipoca
Letra I
Ia - Mãe
Ia ia - Avó
Ialorixá - Mãe de santo (sacerdote de orixá)
Iban - Queixo
Idí - Ânus, nádega
Ibô - Mato
Ibó - Lugar de adoração
Ilê - Casa
Ibá - Colar, cheio de objetos ritualístico
Inã - Fogo
Ijexá - Nome de uma região da Nigéria e de um toque para os Orixás
Oxum, Ogum e Oxala.
Ipadê - Reunião
Ida - Espada
Ida-oba - Espada do Rei
Ideruba - Fantasma
Idodo - Umbigo
Ifun - Intestino
Idunnu - Felicidade
Igi - Árvore
Ijo - Dança
Iku - Morte
Iyabasé - Cozinheira
Iyalaxé - Mãe do axé do terreiro
Letra J
Jajá - Esteira
Jalè - Roubar
Ji - Acordar, roubar
Jeun - Comer
Jimi - Acorda-me
Joko - Sentar
Jade - Sair
Jagunjagun - Guerreiro, Soldado
Letra K
Kà - Ler, contar
Kan - Azedo
Kekerê - Pequeno
Koró - Fel, amargo
Kòtò - Buraco
Kuru - Longe
Ko Dara - Ruim
Ku - Morrer
Kosi - Nada
Letra L
Là - Abrir
Lê - Forte
Lile - Feroz, violento
Liló - Partir
Larin - Moderado
Ló - Ir
Lailai - Para sempre
Lowo - Rico
Lu - Furar
Lodê - Lado de fora, lá fora
Lodo - No rio
Lona - No caminho
Letra M
Malu - Boi
Meje - Sete
Mun - Beber
Muló - Levar embora
Mojubá - Apresentando meu humilde respeito
Mo - Eu
Mí - Viver
Mejeji - Duas vezes
Mandinga - Feitiço
Maleme - Pedido de perdão
Mi-amiami - Farofa oferecida para exu
Modê - Cheguei
Letra N
Ná - Gastar
Ní - Ter
Níbi - No lugar
Nítorí - Por que
Nu - Sumir
Najé - Prato feito com argila
Nipa - Sobre
Nipon - Grosso.
Letra O
Obé - Faca
Obé fari - Navalha
Oberó - Alguidar
Obirim - Mulher, feminino
Ojiji - Sombra
Oju ona - Olho da rua, ( caminho )
Okó - Pênis
Omi - Água
Omi Dudu - Café preto
Otí - Álcool
Owo - Dinheiro
Oyin - Mel
Obá - Rei
Odé - Caçador
Orun - Céu
Ofá - Arco e flecha
Olorum - Deus
Ota e Okuta - Pedra
Odo - Rio
Obo - Vagina
Otin nibé - Cerveja
Otin Dudu - Vinho tinto
Otin fum-fum - Aguardente
Odê - Fora, rua
Olodê - Senhor da rua
Omo - filho, criança.
Ongé - Comida
Letra P
Pá - Matar
Pada - Voltar
Padê - Encontrar
Paeja - Pescar
Peji - Altar
Pelebi - Pato
Pupa - Vermelho
Paki - Sala
Patapá - Burro
Pepelê - Banco
Letra R
Rà - Comprar
Rere - Muito bem
Re - Ir
Rìn - Trabalhar
Rí - Ver
Ronu - Pensar
Roboto - Redondo
Letra S
Sanro - Gordo
Sare - Rápido, correr
Sínun - Dentro
Sise - Trabalho
Sun - Dormir
Sarapebé - Mensageiro
Sòrò - Falar
Si Ori - Abrir a Cabeça
Letra T
Tata - Gafanhoto
Tèmi - Meu, minha
Toto - Atenção
Titun - Novo
Tóbi - Grande, maior
Tàbá - Tabaco, fumo
Tete - Aplicado
Tanã - Vela, lâmpada
Tún - Retorno
Taya - Esposa
Tutu - Frio, gelado
Letra W
Wa - Nosso
Wèrè - Louco
Wúrà - Ouro
Wu - Desenterrar
Wun ni - Gostar
Wakati - Hora
Wara - Leite
Letra Y
Yàgó - Licença
Yan - Torrar
Yaro - Ficar aleijado
Yiyan - Assado
Yonrin - Areia
Yama - Oeste
Yara-ypejo - Sala
Letra X
Xaorô - Tornozeleira de palha da costa usada durante o recolhimento
para o processo de iniciação.
Xarará - Instrumento simbólico do Orixá Obaluaiyê
Xê - Fazer
Xirê - Festa, brincadeira

Potrebbero piacerti anche