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Anais
Goiânia-Go
2018
Anais do XXIII Simpósio Interno da Pós-Graduação em Geografia – IESA/UFG
Goiânia-GO
02 a 04 de maio de 2018
Realização
Coordenação do PPGeo
Eliana Marta B. de Morais –
Coordenadora Comissão Científica
Gislaine Cristina Luiz – Vicecoordenadora Alex Mota dos Santos
Atamis Antonio Foschiera
Comissão Organizadora Denis Castilho
Eguimar Chaveiro
Docentes Eliana Marta Barbosa de Morais
Fabrizia Gioppo Nunes
Denis Richter
Guilherme Tatson Bueno
Karla Maria Silva de Faria
João Batista de Deus
Maria Geralda de Almeida Karla A. Teixeira de Oliveira
Luciana Tibiriçá
Luis Felipe Cherem
Discentes Márcio Zancopé
Carlos Roberto Bernardes de Souza Júnior Mary Anne Vieira Silva
David de Abreu Alves Maximiliano Bayer
Jéssica Soares de Freitas Silas Pereira Trindade
Vinícius Polzin Druciaki
Apoio
ANAIS do XXIII Seminário Interno da Pós-Graduação em Geografia-IESA/UFG
(SINPGeo)
Arte
Diagramação
Anais no todo
Trabalho publicado
INTRODUÇÃO
estudo e a análise desta linha que, primordialmente, envolve diversas áreas, como
rochas, solos, fósseis, minerais e outros depósitos superficiais que dão suporte à vida na
interesse nas últimas décadas. Nesse sentido, caracteriza-se a geoconservação como uso
da geoconservação.
11
O município de Paraúna, em Goiás, pertence à Mesorregião do Sul Goiano e à
Microrregião do Vale do Rio dos Bois. Nota-se que nessa região há aspectos que
Estadual de Paraúna.
de março de 2002. Segundo essa Lei, o PEPa possui uma área aproximada de 3.250
hectares, onde estão localizadas as Serras das Galés e da Portaria, em altitudes que
sítios no âmbito de conservá-los para que as futuras gerações também possam ter acesso
OBJETIVOS:
Objetivos específicos:
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• Avaliar quantitativamente os geossítios identificados.
METODOLOGIA
Geossit.
geoturismo. Além dos aspectos teóricos, a pesquisa bibliográfica incluirá também uma
utilizados trabalhos voltados para a área física e trabalhos relacionados aos aspectos
sul. Brilha (2005) aborda que a inventariação é o primeiro passo a ser feito para
identificar o geossítio. Deve ser realizada de forma sistemática em toda área de estudo,
depois de um reconhecimento.
quantificação do seu valor ou relevância. Brilha (2005, p. 93) afirma que “o cálculo da
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relevância deve integrar critérios que tenham em conta as características intrínsecas de
Classificação dos geossítios: nessa fase, cada geossítio será classificado entre
nacional, regional, local e municipal. Brilha (2005, p. 103) relata que “em virtude do
processo de classificação para os geossítios de âmbito nacional, regional e local ser muito
Divulgação e ações educativas nos sítios com maior valor educativo. Essa etapa
Serão realizadas palestras para os alunos das escolas de Paraúna; visitas educativas aos
REFERENCIAL TEÓRICO
e do solo.
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As discussões acerca dessa temática envolvem também a valoração da
patrimônio geológico. Segundo Brilha (2005, p. 52), o termo geossítio pode ser definido
naturais, que são aqueles não renováveis de índole cultural, que contribuem para o
podem ser caracterizados de acordo com seu valor (científico, didático), com sua
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geomorfológicos (formas de paisagem) e de solo, pela manutenção da evolução natural
da geodiversidade.
Brilha (2005) explica que a geoconservação, em sentido amplo, tem como objetivo
governantes.
16
a essas temáticas, impulsionando-os na necessidade da conservação do patrimônio
geológico.
com todas as estratégias educativas de caráter formal, não formal e informal. Por meio
currículos estaduais relatam conteúdos como relevo, solo, rochas, clima na grade
conteúdos abordados pela Geografia escolar, visam construir conceitos geográficos por
REFERÊNCIAS
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NASCIMENTO, M. A. L.; MANSUR, K. L.; MOREIRA, J. C. Bases conceituais para
entender geodiversidade, patrimônio geológico, geoconservação e geoturismo. Revista
Equador, Terezina, v. 4, n. 3, p. 48-68, 2015.
MODELO DE SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.
• Geodiversidade
• Geoconservação
• Geoturismo
• Patrimônio geológico
• Metodologias brasileiras e internacionais de inventariação e valoração de sitios.
CAPÍTULO IV. Caracterização da área de estudo; análise dos aspectos naturais, sociais,
culturais e políticos do município.
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• Geologia
• Geomorfologia
• Solos
• Clima
• Vegetação
• Aspectos econômicos
• Aspectos culturais
CONCLUSÕES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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PROPOSTA METODOLÓGICA PARA ENFRENTAR A ESCASSEZ
HÍDRICA EM BACIAS HIDROGRÁFICAS DE ABASTECIMENTO
URBANO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DUAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS VISANDO A SEGURANÇA HÍDRICA DA CIDADE DE
IPORÁ (GO)
Derick Martins Borges de Moura
Modalidade: Doutorado
Palavras chave: Escassez hídrica. Crise hídrica. Bacias hidrográficas. Segurança hídrica.
INTRODUÇÃO
2018 que declara situação de emergência nas Bacias dos Rios Meia Ponte e João Leite,
prevendo situações de escassez hídrica nas bacias hidrográficas para o ano de 2018.
Segundo Moura et al. (2017), o problema de escassez dos recursos hídricos para
20
A escolha das áreas de estudo foi motivada pela necessidade de se comparar as
que é a única bacia que abastece de água tratada e potável a cidade de Iporá com a Alta
Bacia Hidrográfica do Ribeirão Santa Marta, que poderá ser uma possível fonte de
descobrindo qual das duas bacias possui uma disponibilidade hídrica maior e a relação
com a fisiografia das bacias. Os resultados das análises comparativas darão informações
do potencial hídrico de cada bacia e servirá de auxílio no caso de uma futura implantação
do Ribeirão Santa Marta, no local onde seria uma futura captação, além de produzir e
servindo como segurança hídrica para a população que utiliza esse recurso essencial a
Essa pesquisa tem extrema importância por gerar informações que serão
cidades. A pesquisa será uma espécie de manual para tomada de decisões que previnam
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OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
abastecimento urbano
METODOLOGIA
dos órgãos oficiais, como o IBGE, INPE, CPRM, DNPM, ANA, MMA, SIEG, UEG,
que serão adquiridos de forma gratuita e processados com o uso de softwares livres, com
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o objetivo de minimizar os custos sem perder a qualidade. Para o geoprocessamento dos
dados será utilizado o Sistema de Informação Geográfica QGIS versão atual (2018).
bacia.
Análise Morfométrica
chuvas, a ser abordados no presente trabalho haja vista analisar uma bacia de captação
sobre o potencial que as bacias possuem para escoamento superficial ou infiltração das
operação foi iniciada em 1973. Serão obtidos dados históricos num intervalo de quarenta
23
Medições de vazão
- ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler). Também será instalado réguas limnimétricas
hídrica, que é uma comparação entre a vazão de oferta com a vazão de captação no
manancial. Nessa parte será feita a comparação da vazão de oferta dos mananciais com
para verificação dos usuários de recursos hídricos outorgados a montante dos pontos
outorgadas.
Trabalhos de campo
24
Referencial Teórico
•Geologia: Alvarenga e Guimarães (1994), Penna et al. (1975), Figueredo (1972), Pimentel
e Fuck (1992).
•Geomorfologia: Ross (1994), Casseti (1991), Mamede et al. (1983), Latrubesse e Morato
(2006).
(1974).
•Climatologia: Köppen (1961), Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
(2001).
•Análise Integrada da Paisagem: Ross (2006), Christofoletti (1999), Crepani et al. (2001),
Bertrand (1971).
•Abastecimento de água para consumo humano: Heller e Padua (2006), Sistema Nacional de
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•Legislação sobre recursos hídricos: Política nacional de recursos hídricos, a Lei 9.433 (1997),
Política Estadual de Recursos Hídricos - Lei Estadual das Águas 13.123 (1997).
26
3.3.6 Elaboração do mapa de uso da terra e cobertura vegetal
3.3.7 Elaboração do mapa hidrográfico
3.3.8 Morfometria
3.3.9 Elaboração do mapa síntese de potencial hídrico das bacias
3.4 Avaliação pluviométrica regional (Estão sendo adquiridos dados históricos e
atuais de precipitação para posterior avaliação da pluviometria regional).
3.5 Medições de vazão (Estão sento executadas medições de vazão nos mananciais).
3.6 Análise comparativa da oferta e demanda hídrica
3.7 Levantamento dos usuários dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas
3.8 Protocolo síntese
4 Resultados e discussão
4.1 Descrição e análise comparativa dos aspectos físicos das áreas de estudo (Será
descrito e comparado os aspectos físicos das áreas de estudo conforme o mapeamento e
análise dos temas como geologia, morfometria, pedologia, uso da terra e cobertura
vegetal, etc,)
4.2 Avaliação pluviométrica regional (em desenvolvimento).
4.3 Análise comparativa das vazões (Nessa parte está sendo realizado uma análise
comparativa das vazões dos mananciais).
4.4 Análise comparativa da oferta e demanda hídrica (Serão feitas análises
comparativas entre a oferta (vazão) e demanda (captação) para obter a disponibilidade
hídrica dos mananciais).
4.5 Aplicação e avaliação do protocolo síntese (Nessa parte será aplicado e avaliado
o protocolo síntese como teste de efetividade da proposta metodológica).
5 Considerações finais
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ANÁLISE DO ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO APLICADO A REGIÃO
METROPOLITANA DE GOIÂNIA
Gislaine de Oliveira O Lopes
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
muitos, seguem sem solução, tais como aqueles provenientes de impactos ambientais.
espacial adotado para essa pesquisa, se revelam ainda muito contrastantes, enquanto
sentido a análise da qualidade de vida urbana por meio de indicadores, pode revelar
esses espaços antagônicos nas vinte áreas urbanas que compõem a RMG.
científico e social, uma vez que aborda a região metropolitana de Goiânia, pensando
28
obtidos podem evidenciar características intrínsecas a cada um dos municípios que
compõem a RMG.
perspectiva de Nahas (2004), quando ressalta que a qualidade de vida pode ser
OBJETIVOS
Geral
Goiânia (RMG), no que diz respeito a sua composição, para se pensar na qualidade de
vida das cidades da RMG e apresentar uma proposta de readequação dos indicadores
Objetivos específicos
✓ Realizar diagnóstico das condições de vida na área urbana da RMG por meio do
IBEU;
metropolitanos;
METODOLOGIA
29
formas, podendo auxiliar numa leitura real dos complexos processos inscritos no espaço
urbano, também é destacado por autores como, Ribeiro e Mendes (2015), Rosa (2003),
Obade e Paul (2007). Tendo em vista, que este pode fornecer informações indispensáveis,
distribuição espacial dos diferentes tipos de uso e cobertura do solo; redes de transporte
engloba o último censo demográfico realizado pelo IBGE para o território brasileiro. Esse
DAS ETAPAS:
A fim de auxiliar nas análises do trabalho, foi organizada uma base de dados
espaço urbano da RMG. Para conseguir identificar essas áreas, será realizada uma
30
Por último o trabalho propõe a inserção de novos indicadores na dimensão
REFERENCIAL TEÓRICO
ocorreu de forma tardia e desigual pelo território brasileiro, tendo início na década de
1970, apoiado no texto da Constituição Federal de 1967. A RMG foi criada pela lei
Metropolitana de Goiânia, dentre estes, Moysés (1996; 2001), Chaul e Duarte (2004),
Pinto (2009), Péla (2009), Arrais (2012), apontam a sua gênese intimamente ligada a
questão fundiária.
Vitte (2009) pondera que a qualidade de vida engloba aspectos mais complexos,
ou seja, não está restrita apenas aos aspectos objetivos, que compreende as necessidades
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básicas do ser humano. Portanto, ao avaliar a qualidade de vida de uma sociedade, que
não tem acesso às condições mínimas de bem-estar, não podem avançar para a análise
Compreende-se que para alcançar o bem-estar, ou seja, viver bem é preciso que
uma vez que, para se avançar no debate acerca da qualidade de vida, tomando a sua
dimensão subjetiva é mais complexa. Acredita-se que seja necessário antes, traçar um
necessidades essas que podem ser satisfeitas pelas políticas públicas tendo como foco a
Capítulos Sinopse
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo pretende-se contextualizar
1.1. A Institucionalização de Regiões a área de pesquisa. Para tanto, foi traçado
Metropolitanas no Brasil um panorama da Região Metropolitana
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1.2. Breve Histórico da Formação e de Goiânia - RMG, que inclui aspectos
Evolução da Região metropolitana de históricos e de formação da RMG, tais
Goiânia como a integração de novos municípios e
1.3. Indicadores de Qualidade de Vida legislações vigentes. Em seguida ressalta-
Urbana: Contribuição à adequação e se o papel dos indicadores de qualidade
mensuração nos municípios da Região de vida urbana e ainda como podem ser
Metropolitana de Goiânia formados. Apresenta considerações sobre
1.4. Qualidade De Vida: Algumas a qualidade de vida como conceito, para
considerações então apresentar os principais
1.5. A questão espacial e ambiental como indicadores de qualidade de vida, tais
elemento da qualidade de vida como (i) o IDHM; (ii) IQVU; (iii) IBEU e
(iv) IQVUA. Some-se a isso, a dimensão
espacial da qualidade de vida, neste
contexto. Por último, trata-se da
qualidade ambiental como componente
da qualidade de vida urbana.
2 Materiais e Métodos Este capítulo diz respeito aos
2.1. Área de Estudo procedimentos, empregados para
2.1.1 - Dinâmica populacional na RMG aquisição dos dados, tratamento das
2.2. Dados Utilizados variáveis censitárias e análise, com o
2.2.1 - Dados do Censo Demográfico: propósito de gerar mapas índices
arquivos tabulares e vetoriais espacializados. Dentre os materiais
2.2.2 - Dados Satelitares utilizados, destacam-se os dados
censitários do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, referentes
aos setores censitários das áreas urbanas
dos municípios da RMG. Já os métodos de
análise e espacialização dizem respeito a
procedimentos geoestatísticos realizados
em ambiente de Sistemas de Informações
Geográficas – SIG.
3 Mapeamento da Qualidade de Vida O capítulo apresenta a caracterização
Urbana para Região Metropolitana de socioambiental dos municípios da RMG,
Goiânia diagnosticando as condições da
3.1. Caracterização Socioambiental dos qualidade de vida urbana, tendo por base
Municípios da Região Metropolitana de o IBEU, e em seguida e realizada a
Goiânia avaliação Potencial do IBEU para a
3.2. Índice de Bem-Estar Urbano: qualidade de vida urbana na RMG.
Desempenho dos municípios da RMG, no Finaliza com a proposta de readequação
da dimensão ambiental do IBEU, que
33
Índice de Bem-Estar Urbano, IBEU Local passará a ser composta por novos
e Global indicadores com a finalidade de torná-los
3.3. Potencial do IBEU para avaliação da mais fidedignos com a realidade das
Qualidade de Vida Urbana na RMG cidades consideradas.
3.4. Qualidade Ambiental Urbana na
RMG: Proposta de readequação da
dimensão ambiental do IBEU
REFERÊNCIAS
CHAUL, N. F.; DUARTE, L. S.. As cidades dos sonhos (Apresentação). In: CHAUL,
Nasr Fayad; DUARTE, Luis Sérgio (Orgs.). As cidades dos sonhos: desenvolvimento
urbano em Goiás. Goiânia: UFG, 2004. p. 7-14.
OBADE, B. Y.; PAUL, V. D. E. Remote Sensing : New Applications for Urban Areas.
Proceedings of the IEEE, v. 95, n. 12, p. 0-1, 2007.
34
ROSA, R. Introdução ao Sensoriamento Remoto. Uberlândia, EDUFU. 5 ed. 19.2003.
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DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DO DESMATAMENTO NO
NORDESTE GOIANO: EFICIÊNCIA DOS ENTES FEDERATIVOS FRENTE
À DESCENTRALIZAÇÃO E IMPLICAÇÕES À MANUTENÇÃO DO
PATRIMÔNIO AMBIENTAL
Helen de Fátima Ribeiro
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
plantada e 12% de agricultura anual e perene, restando 55% de cobertura vegetal, boa
Até 2011, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) indica que a área desmatada
Brasileiros por Satélite – PMDBBS trazem que entre 2002 e 2008 a área desmatada foi de
85.074 km2, 2008 e 2009 - 7.637 km2, 2009 e 2010 - 6.469 km2 e 2010 e 2011 - 7.247 km2.
indicaram que o Cerrado teve, em 2015, uma taxa de desmatamento 52% superior à
detectada na Amazônia, perdendo naquele ano 9.483 km2 contra 6.207 km2 na Amazônia
no mesmo período.
Ribeiro et al (2007), com base em dados obtidos pelo Sistema Integrado de Alerta
o nordeste goiano possuíam ao menos 40% de sua área coberta por remanescentes, mas
que a região perdeu 4.834,48 km2 de cobertura vegetal natural entre 2001 e 2006,
36
respondendo o município de Cavalcante, sozinho, por 24% desse valor. Os maiores
para a cooperação entre esses entes. A descentralização e a estruturação dos órgãos locais
atuação dos órgãos ambientais nessa região, assim como os fatores geofísicos e
OBJETIVOS
Objetivo Geral
de 2008 a 2017 e sua relação com a atuação dos entes federativos na proteção ambiental.
Objetivos Específicos
antes e após a vigência da Lei Complementar 140/2011, que fixa normas para a
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• Realizar uma análise sobre a competência dos entes federativos em relação aos
goiano é licenciada;
METODOLOGIA
Iaciara, Mambaí, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, Posse, São Domingos, São João
Essa região é provida de significativa faixa de terra coberta por vegetação nativa,
38
Figura 01: Importância ambiental do nordeste goiano
Fonte: Adaptado de MMA, ICMBIO, INCRA, FUNAI, IBGE.
Legenda: PM=parque municipal, PE=parque estadual, PARNA=parque nacional, RVS=
Refúgio de Vida Silvestre, RPPN=reserva particular do patrimônio natural,
RESEX=reserva extrativista, FLONA=floresta nacional, APA=área de proteção ambiental
39
REFERENCIAL TEÓRICO
sempre para o fato de que a meta principal de tais estudos e ações vai na direção da
et al, 2010; RIBEIRO, 2016); uso e ocupação da terra no Cerrado, sensoriamento remoto
40
et al., 2007, SILVA, 2015; ALVES, 2005; BARREIRA, 2002; CASTILLO, 2007; TEIXEIRA
NETO, 1982, 2006; SICSÚ, 2000; MUELLER, 1992); Geografia física e análise integrada
Aspectos socieconômicos
consumo de energia elétrica foram trabalhados, verificando que a região de estudo está
disponibilizados pelo Instituto Mauro Borges (IMB) referentes à área anual plantada de
soja: 2000 (11.410 ha), 2012 (38.870 ha) e 2016 (59.735 ha).
41
Acredita-se que dados referentes a créditos rurais concedidos, a serem solicitados
aplicados na produção.
Dinâmica do desmatamento
período de 2000 a 2016 e extraídas as áreas onde ocorreu perda de cobertura vegetal
ocorrendo um pico desse valor no ano de 2013, quando foram desmatados 3.316 km2. Os
Cavalcante, Flores de Goiás, São João D’Aliança, Alto Paraíso de Goiás e São Domingos.
é o órgão competente para tal, foram fornecidos em parte pelo próprio órgão e
florestal do IBAMA. Verificou-se que foram licenciados 793 km2 no período. Os cinco
Posse, Monte Alegre de Goiás, Flores de Goiás e São Domingos. Importante observar
que não há licenças emitidas para o município de Cavalcante, que apresentou a maior
área desmatada.
42
ausência de dados das áreas embargadas, o que deverá ser complementado. A coleta de
Consulta à SECIMA indicou que nenhum dos municípios que compõem a área
Análise integrada
Conclusão
forneçam subsídios para que MMA, ICMBio, IBAMA, SECIMA e secretarias municipais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
43
MENDONÇA, F. Geografia socioambiental. Terra Livre, São Paulo, v. 1, n. 16, p. 139-
158, 2001.
44
TEMPO METEOROLÓGICO E RITMO CLIMÁTICO: EFEITOS SOBRE A
MORBIDADE E A MORTALIDADE CAUSADAS POR DOENÇAS
CARDIOVASCULARES NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA – GO
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Objetivo geral:
45
Objetivos específicos:
de clima tropical;
c) Investigar a gênese da situação atmosférica dos dias com maior número de óbitos a
d) Apontar o perfil (por faixa etária, sexo e local de residência) de grupos de risco que
áreas apontadas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
seguintes etapas:
dinâmico do clima e em comparação com os dias com maior número de óbitos a fim de
46
REFERENCIAL TEÓRICO
(início do século XX) os estudos da Geografia Médica foram deixados de lado, pois
Dummer (2008) enfoca que a Geografia e a saúde são indissociáveis, sabe-se que
concebida a partir dos preceitos de Sorre (1951, p. 13-14), segundo o qual o clima é “a
série dos estados atmosféricos acima de um dado lugar em sua sucessão habitual”.
47
proposta: conforto térmico, qualidade do ar e meteoros do impacto. A componente
Segundo Pascoalino (2013, p. 52) “o organismo humano como sistema aberto está
diárias dos elementos climáticos quanto às sazonais”. Ainda afirma que, como as
2006).
Assim, tanto o extremo calor quanto o extremo frio podem afetar a saúde e o
ventos fortes podem provocar hipotermia (temperatura corporal inferior a 35ºC), o ritmo
cardíaco torna-se mais baixo, a respiração mais lenta e os vasos se contraem, provocando
dentre elas, a Hipertensão Arterial Sistêmica que constitui um fator para as complicações
48
que durante o ano de 2007, a concentração de agravos e registro de óbitos aconteceram
durante a atuação dos sistemas atmosféricos estáveis como a Massa Tropical Atlântica e
Para Sette e Ribeiro (2011), o estudo dos climas, do clima urbano e da saúde são
Luiz (2012) aponta que existe uma estreita relação entre o aumento da população
entre os anos de 1961 e 2008, Luiz (2012) constata que houve uma tendência de aumento
Exemplo de estudo, que aborda a área foco do presente projeto, foi realizado por
urbano de Goiânia ocupou as áreas de cobertura vegetal, e isso vem contribuindo para
Por essas razões, deve-se buscar embasamento para explicar a influência do clima
49
PLANO DE REDAÇÃO DETALHADO
1. Introdução
Justificativas
Objetivos
Localização da área de estudo
Considerações acerca do tema, sistematização dos objetivos, hipótese e localização da
área de estudo.
2. Fundamentação teórico-metodológica
2.1 Trajetórias da Geografia Médica à Geografia da Saúde
2.2 Saúde, doença e bem-estar
2.3 Geossistemas, climatologia e Geografia da Saúde
2.4 Fatores de risco das doenças cardiovasculares
2.5 Clima e doenças cardiovasculares
Sinopse
Ponderações teóricas sobre o percurso da Geografia Médica à Geografia da Saúde. A
relação entre saúde, doença e bem-estar. Análise teórico metodológica sobre
geossistema e climatologia. Compreensão dos principais fatores de risco das doenças
cardiovasculares. Assim, apresenta-se uma revisão literária, de forma a subsidiar a
pesquisa com os conceitos referentes aos temas elencados. O referencial teórico está
parcialmente concluído no que se refere aos tópicos (2.1, 2.2, 2.4 e 2.5).
3. Percurso Metodológico
3.1 Procedimentos metodológicos
3.2 Levantamentos e processamento dos dados
3.2.2 Dados da Saúde
3.2.3 Dados do Clima
Sinopse
A proposta de pesquisa será desenvolvida a partir do cruzamento de dados
quantitativos e qualitativos, gerados a partir da análise de dados coletados junto aos
diversos órgãos oficiais (INMET, SUS/DATASUS, SEMAS, entre outros). A
operacionalização metodológica é realizada por meio de três etapas principais:
a) pesquisa biográfica, documental, exploratória e de abordagem quantitativa.
b) levantamento, tratamento estatístico e dinâmico do clima.
c) Confecção de produtos cartográficos.
Assim, pretende-se analisar a influência das variáveis climáticas na morbimortalidade
provocadas por doenças cardiovasculares. A análise dos documentos oficiais. Os
resultados dessas análises estão subsidiando a escrita do relatório de qualificação.
4 - Análise e discussão dos resultados
4.1 Sazonalidade e distribuição temporal da mortalidade decorrentes de enfermidades
cardiovasculares (Período: 1980 a 2017).
50
4.2 Variabilidade térmica e a mortalidade por doenças cardiovasculares.
4.3 Correlações das variáveis climáticas com a mortalidade provocada por doenças
cardiovasculares.
4.4 A vulnerabilidade socioespacial da população sujeita aos efeitos dos impactos
climáticos.
Sinopse
A partir da análise do padrão de óbitos provocados por doenças cardiovasculares,
pretende-se verificar sua correlação com as variáveis climáticas. Espera-se
compreender a relação entre o clima e os casos de mortalidade provocadas por
doenças cardiovasculares. Também busca-se avaliar a condição de vulnerabilidade
socioespacial em Goiânia com vistas aos efeitos extremos do clima.
5 - Considerações Finais
Referências
ANDRADE, D. O.; BOTELHO, C.; SILVA JUNIOR, J. L. R. S.; FARIA, S. S.; RABAHI,
M. F. Sazonalidade Climática e Hospitalização em crianças menores de cinco anos com
doença respiratória, Goiânia/GO. Hygeia, p. 99-105, jun. / 2015.
51
PASCOALINO, Aline. Variação térmica e a distribuição têmporo-espacial da
mortalidade por doenças cardiovasculares na cidade de Limeira - SP. Tese
(Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências
Exatas do Campus de Rio Claro. 2013, 283 f.
ROJAS, L.I. Geografía y salud. Temas y perspectivas en América Latina. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v.14, n., p. 701-711, out./dez. 1998.
SETTE, D. M.; RIBEIRO, Helena. Interações entre o clima, o tempo e a saúde humana.
Interfacehs - Revista de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Vol. 6, n.º 2, ago.
2011.
52
ANÁLISE COMPARATIVA DA FRAGILIDADE AMBIENTAL COM
APLICAÇÃO DE DOIS MODELOS NA BACIA DO RIBEIRÃO ANICUNS,
GOIÂNIA-GO
Igor Brandão de Lucena
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
meio ambiente devido às apropriações inadequadas dos recursos naturais, fato este que
delas. Assim, o ZEE deve se fundar numa análise detalhada e integrada da região,
meio ambiente.
53
suas características de vulnerabilidade e estabilidade, visando a obtenção de uma
Dada a importância deste tema, a pesquisa acadêmica visa avaliar dois modelos
Ross (1994), e o outro por Spörl (2007). Para a avaliação destes modelos foi escolhida a
município de Goiânia, totalizando 190,94Km² (Figura 1). Trata-se de uma região com
54
Figura 1. Localização da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Anicuns
referentes à qualidade dos dados gerados e maior nível de confiança nos resultados.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
ambiental resultarão da aplicação de modelos empíricos, propostos por Ross (1994) e por
Spörl (2007).
55
Objetivos Específicos
regional;
operacionais distintas, propostas por Ross (1994) e por Spörl (2007) e compará-las; e
vantagens.
METODOLOGIA
pelos modelos empíricos de fragilidade ambiental empregados neste estudo, sendo eles
novos modelos. A quinta etapa trará análises comparativas entre os dados e resultados
56
REFERENCIAL TEÓRICO
utilizados alguns autores, como Moraes (1989), que considera que tanto o levantamento
de informações quanto sua catalogação vão sendo efetuados de modo cada vez mais
ordenado. Decorre desse interesse um revigoramento das descrições, que pela prática se
aprimoram. O acúmulo das descrições fornece base empírica para a comparação entre
antrópicas, dentre as quais destacam-se Tricart (1977), Christofoletti (1979), Ross (1994).
se fundamentará em autores como Kawakubo et. al. (2005) e Almeida (2014), consistindo
referencial teórico da pesquisa se embasará em autores como Ross (1994), Spörl (2007) e
Gonçalves (2010), que sugerem que sejam realizados estudos dos elementos que
compõem o estrato geográfico, como o solo, relevo, água, rocha, fauna, flora, etc. para
57
Planejamento Ambiental e Análise da Fragilidade Ambiental
ações e promover a adequação do uso e ocupação dos recursos naturais de modo que
suas limitações sejam respeitadas, referenciando autores como Santos (2004) e Almeida
(2014).
gestão do território seja subsidiada. Para este contexto serão referenciados autores como
geográfico. A presente pesquisa tratará dos avanços desta ferramenta, bem como das
58
integrada, referenciando autores como Zambon et al. (2005), Spörl (2007) e Lemke,
ordenamento territorial por meio da associação entre as variáveis (solo, rocha, clima,
relevo, cobertura vegetal) serão discutidas a partir de conceitos e resultados obtidos por
SUMÁRIO PRELIMINAR
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Evolução de Conceitos e Princípios
4.2 Paisagem como Categoria Geográfica
4.3 Análise Socioambiental Integrada
4.4 Análise Descritiva e a Fragilidade Ambiental
4.5 Análise Sistêmica e Geossistema
4.6 Planejamento Ambiental e Análise da Fragilidade Ambiental
4.7 Sistemas de Informações Geográficas (SIG)
4.8 Modelos de Fragilidade Ambiental
4.9 Análise Hierárquica Processual (AHP)
5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Caracterização da Área de Estudo
5.2 Materiais
5.3 Procedimentos Metodológicos
5.3.1 Levantamento e Processamento da Base de Dados
5.3.2 Mapeamento da Fragilidade Ambiental com Base nas Classes de Declividade –
Ross (1994)
5.3.3 Mapeamento da Vulnerabilidade Ambiental com base nas Unidades Territoriais
Básicas (UTB) – Spörl (2007)
5.3.4 Mapeamento de Fragilidade Ambiental com Aplicação da Técnica Análise
Hierárquica Processual (AHP) nos Modelos Empíricos
59
5.3.5 Análises Comparativas dos Modelos de Fragilidade Ambiental
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Ponderação e Classificação da Fragilidade das Variáveis – Planos de
Informação
6.1.1 Pedologia
6.1.2 Geologia
6.1.3 Geomorfologia
6.1.4 Pluviometria
6.1.5 Uso do Solo e Cobertura Vegetal
6.2 Determinação dos Pesos Referentes à Técnica AHP
6.3 Mapas-Sínteses da Fragilidade Ambiental da Bacia do Ribeirão Anicuns
6.3.1 Comparação entre os Modelos de Fragilidade Ambiental
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
como os Objetivos, que além de bem delimitados, estão descritos. Acredita-se que há
tempo hábil para alcançar o que foi proposto no início do projeto de pesquisa.
pesquisa.
O quinto capítulo, que trata dos Materiais e Métodos aplicados na pesquisa, foi
Resultados e Discussão.
Além de uma etapa de campo já realizada, estão previstas outras duas visitas
exploratórias na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Anicuns. Cada etapa terá duração média
Fragilidade Ambiental da Bacia do Ribeirão Anicuns, com intuito de subsidiar o subitem 6.3.1
Finais.
60
A PAISAGEM E A GEODIVERSIDADE: UMA PROPOSTA DE
CLASSIFICAÇÃO PATRIMÔNIAL DA GEODIVERSIDADE
Jefferson Paulo Ribeiro Soares
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
A paisagem pode ser definida como um sistema formado por elementos bióticos
e abióticos, indissociáveis que estabelecem mutua relação entre si. Dentre os elementos
(GRAY, 2005).
determinada área ou região que integra todos os elementos notáveis que constituem a
geomorfológico que de acordo com Pereira (1995) é o conjunto de formas de relevo, solos
sua raridade ou originalidade, pelo seu grau de vulnerabilidade, ou, ainda, pela maneira
61
Assim, o trabalho em questão pretende verificar a existência na paisagem de
social que a mesmo possui, pois, ao propor uma metodologia de classificação por meio
mesma buscará subsidiar por meio das informações levantadas o planejamento, uso e
gerenciamento da paisagem.
OBJETIVOS
Geral
Específicos
Patrimônio Geomorfológico.
62
• Propor ações para planejamento e gestão das áreas de relevante valor patrimonial
METODOLOGIA
Para e persecução exitosa dos objetivos supra elencados se faz necessário realizar
para tanto, se utilizou os dados gerados por Soares (2016) que elaborou um mapeamento
autores dentre eles Brilha (2005), sendo que essas três etapas seguem o seguinte
63
Quadro 2: Definição da forma de quantificação do valor adicional.
CRITÉRIOS VALORAÇÃO
0 Nenhuma
1 Baixa
Importância
histórica/arqueológica 2 Média
3 Alta
0 Nenhuma
1 Baixa
Valor cultural Importância
religiosa/espiritual 2 Média
3 Alta
0 Nenhum
1 Um por ano
Evento artístico
cultural 2 Dois por ano
0 Nenhuma
1 Baixa
Importância turística 2 Média
3 Elevada
VALOR 0 Sem utilidade desportiva
ADICIONAL
1 Com baixa utilidade desportiva
64
3 Mais de dois itinerários
0 Muito baixa
Diversidade 1 Baixa
paisagística 2 Média
3 Alta
0 Nenhum
1 Baixo
Contraste de cores 2 Médio
0 Muito baixa
1 Baixa
Diversidade ecológica 2 Média
3 Elevada
1 Reduzida
2 Moderada
Importância ambiental
Valor ecológico 3 Elevada
1 Reduzida
65
Quadro 3: Definição da forma de quantificação do valor de uso e gestão.
Critérios Valores
Muito difícil, apenas com equipamento
0 especial se pode chegar ao ponto de
visitação
Difícil, com locomoção apenas a pé e com
distância até de 1 km de área passível de
1
ser transitada por veículos com mais de
20 lugares
Moderada, com locomoção apenas a pé e
com distância até de 500 metros de área
2
passível de ser transitada por veículos
Acessibilidade
com mais de 20 lugares
Fácil, sendo que o ponto visitado está em
uma distância de até 250 metros de área
3
passível de ser transitada por veículos
com mais de 20 lugares
0 Muito alta
1 Alta
Vulnerabilidade 2 Média
1 Baixa visibilidade
2 Moderada visibilidade
Condições de observação
3 Alta visibilidade
Oferta variadas de hotelaria, restaurantes,
Equipamentos e serviços de 0 guias turísticos e outros serviços até 50
apoio ao uso km ou mais
66
Oferta variadas de hotelaria, restaurantes,
1 guias turísticos e outros serviços até 30
km
Oferta variadas de hotelaria, restaurantes,
2 guias turísticos e outros serviços até 15
km
Oferta variadas de hotelaria, restaurantes,
3
guias turísticos e outros serviços até 5 km
Sem divulgação ou uso para promoção de
0
qualquer atividade
Sem divulgação, mas com uso diverso do
1 de promoção do interesse
geológico/geomorfológico
Com divulgação e uso atrelados ao
Uso atual do interesse 2
interesse paisagístico do local
geológico/geomorfológico
Divulgado e usado como um local de
3 interesse geológico ou geomorfológico
com a presença de painéis informativos
serão somadas e enquadradas no quadro de classificação, proposto por este projeto, que
classificação da Qualif GeoHeritage são ordenados de forma decrescente, como pode ser
67
Quadro 4: Tabela de classificação Qualif GeoHeritage.
REFERÊNCIAS
GRAY, M. Geodiversity and Geoconservation: what, why, and how? Geodiversity &
Geoconservation, p. 4-12, 2005.
68
ANÁLISE ESPACIAL DA DISTRIBUIÇÃO E GÊNESE DOS CAMPOS DE
MURUNDUS DA CHAPADA UBERABA-UBERLÂNDIA
Jepherson Correia Sales
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
gases do efeito estufa (EWEL, 1991). Essas áreas são formadas pela presença permanente
terra ocorridos em paisagens naturais são comuns em vários locais do mundo, no Brasil
definidos por Araújo Neto (1981) como elevações semicirculares, arredondadas ou ovais,
hipóteses sobre a sua gênese nos mais diversos locais de ocorrência no planeta.
CORREA, 1989, SCHNEIDER, 1991, PONCE; CUNHA, 1993, SILVA, 2010, RENARD,
2012, BAPTISTA et. al, 2013, ZANGERLÉ et. al, 2016). No Brasil os murundus ocorrem
esses estudados por Oliveira Filho (1992) e Guerra (1993). Eventos dessas microformas
69
et. al, 1989, PICKER, 1991; Albrecht, 2001, FRANCIS et. al, 2012, DIAZ et. al, 2016,
MOORE, 1991, Naudé, 2011), nos Estados Unidos, definidos como “mima-mounds”
(COX, 1984; HORWATH BURNHAM AND JOHNSON, 2012a, 2012b, GABET, 2014,
Figura 1 - Proporção de 263 publicações apoiando várias hipóteses para as origens de montículos
listados na bibliografia de Horwath Burnham e Johnson (2012) contendo 274 artigos publicados
entre 1804 e 2011. Fonte: Cramer; Barger, 2014.
biológica ( OLIVEIRA FILHO, 1992, PONCE; CUNHA, 1993; RENARD et. al; 2012,
1980; FURLEY, 1986; ARAUJO NETO, 1986; SCHNEIDER, 1991; SILVA et. al; 2010;
CRAMER et. al., 2012; RENARD, 2012; BAPTISTA et. al., 2013).
70
possibilitando o rebaixamento da superfície no entorno dos murundus, diferentemente
da hipótese biótica, a qual defende que os murundus são resultados de ação de térmitas
em longa duração, nesse sentido os mesmos teriam sido construídos acima da superfície.
Figura 2 - Esquemas das hipóteses de gênese biótica e de erosão diferencial dos murundus.
com referência a sua evolução na paisagem, questões que podem ser de grande
relevância do ponto de vista ambiental, devido aos mesmos estarem ligados às áreas
71
OBJETIVO GERAL
Objetivos Específicos
morfohidropedológicos.
72
Metodologia
1 3 2 4
temática de pesquisa bibliográfica em fontes que são o uso de plataformas aéreas não
73
O trabalho de campo será desenvolvidos em duas etapas complementares: a
primeira será o imageamento por Veículo Aéreo Não-Tripulado (VANT) com apoio do
RTK. Nos voos realizados em 17 e 18 de outubro de 2017 foram utilizadas a câmera RGB
com sobreposição lateral e longitudinal fixada em 70% e com pixel de 10 cm. Mais
detalhes sobre a técnica, produtos e a operação com VANTs podem ser obtidos em Alves
Jr. et al. (2015) e Albuquerque et al. (2017). Na segunda etapa serão coletadas amostras
de solo e água do lençol freático para cada compartimento da área de estudo. Estes
coleta de água será realizada quatro momentos distintos divididos nas estações seca e
pesquisa.
solo e da água. Com os dados obtidos por meio das imagens RGB do VANT foi realizado
o tratamento das imagens por meio do software de monitoramento do vôo Emotion 3.0
modelo digital do terreno (MDT), todos com resolução espacial de 10cm, e o ortomosaico
74
individualizados de forma semi-automatizada por meio declividade de 15 e 20%
(Forma).
para cada feição os valores de área, perímetro, altitude máxima, altitude mínima,
inicialmente uma análise exploratória dos dados estatísticos para a área de estudo,
outliers espaciais para cada variável analisada. Estes procedimentos serão utilizados
para entender o padrão de distribuição espacial dos murundus dentro da área de estudo
Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP/Rio Claro). Para análise
índice de matéria orgânica. Na análise química do solo e água serão obtidos os índices
de pH (água, KCl, CaCl2), Eh e presença dos elementos químicos silício, alumínio e ferro.
murundus.
REFERENCIAL TEÓRICO
Albuquerque, R.W.; Costa, M.O.; Ferreira, M.E.; Jorge, L.A.C.; Sarracini, L.H.; Rosa,
E.O.; Tavares, L.F.S. 2017. Qualitative effectiveness of unmanned aerial vehicles for
75
monitoring forest restoration in brazil: a brief review. International Journal of Current
Research (in press).
Alves Jr., L.R.; Cortes, J.B.R.; Ferreira, M.E.; Silva, J.R.2015. Validação de ortomosaicos e
modelos digitais de superfície utilizando fotografias obtidas com câmera digital não
métrica acoplada a um VANT. Revista Brasileira de Cartografia, v. 67, p. 1453-1466.
Moore J.M., Picker, M.D. 1991.Heuweltjies (earth mounds) in the Clanwilliam district,
Cape Province, South Africa: 4000-year-old termite nests. Oecologia, 86, 424-432.
Mounier, S., Zhao, H., Garnier, C., Redon, R. 2011.Copper complexing properties of
dissolved organic matter: PARAFAC treatment of fluorescence quenching.
Biogeochemistry, 106, 107-116.
Moreira, C.A., Ilha, L.M. 2011. Prospecção geofísica em ocorrência de cobre localizada
na bacia sedimentar do Camaquã (RS). R. Esc. Minas, Ouro Preto, 64(3), 305-311.
Oliveira Filho, A.T. 1992. Floodplain “murundus” of Central Brazil: evidence for the
termite-origin hypothesis. Journal of Tropical Ecology, v. 8, n. 1, 1-19.
Silva, L.C.R.; Vale, G.D.; Haidar, R.F.; Sternberg, L.S.L. 2010. Deciphering earth mound
origins in central Brazil. Plant Soil, 336, 3-14
76
Zangerlé A.; Rénard, D.; Iriarte J.; Jimenez, L.E.S.; Montoya, L.A.; Juilleret, J.; McKey,
D. 2016.The surales, self-organized earth-mound landscapes made by earthworms in a
seasonal tropical wetland. PLoS ONE 11, 5, 1-33
1. Introdução
2. Montes de Terra e suas variações
2.1 Pesquisas sobre os montes de terra no mundo
2.2 Os Campos de Murundus no Brasil
2.3 Campos de Murundus e áreas úmidas
2.4 Geoquímica da paisagem e evolução do relevo
3. Método e Procedimentos metodológicos
3.1 Fisiologia da paisagem
3.1 Caracterização da área de estudo
3.2 Os VANTs e os sensores embarcados aplicadas a análise de microrrelevo
3.2.1 Obtenção do Modelo Digital de Superfície
3.2.2 Obtenção do Modelo Digital do Terreno
3.2.3 Obtenção do NDVI
3.3 Compartimentação e análise de padrão espacial
3.3.1 Análise de padrão espacial do campo de murundu
3.3.2 Compartimentação morfológica do campo de murundu
3.4 Coleta e análise de parâmetros físico-químicos do solo
3.5 Coleta e análise de parâmetros químicos da água
4. Análise de padrão de distribuição espacial dos murundus
4.1 Padrão espacial por área, perímetro, altitude máxima, mínima e amplitude
4.2 Padrão espacial por NDVI
4.3 Padrão espacial por vizinhos mais próximo e densidade kernel
4.3 Compartimentação morfológica do campo de murundu
5. Análise físico-químico do solo e da água no campo de murundus
5.1 Variação dos componentes físico-químicos nos compartimentos do campo de
murundus
6. Gênese e funcionamento dos campos de murundus
7. Considerações Finais
1. Introdução (Concluído)
77
2. Montes de Terra e suas variações (Em andamento)
Neste tópico será realizado uma extensa pesquisa bibliográfica acerca dos principais
temas da pesquisa, a qual servirá para fundamentação teórica para alcançar os objetivos
microrrelevo, foi concluído com trabalho de campo com VANT na área de estudo em
área de estudo. Essas atividades terão inicio a partir de agosto/2018 quando será
realizada as atividades de campo para coleta de solo e instalação dos lizimetros para
O capitulo final da tese esta planejado para realizar uma análise das resultados
projeto seja capaz de encontrar respostas sobre a gênese dos campos de Murundus, bem
78
7. Considerações Finais
caminhos e melhorias para outros estudos que possam decorrer deste estudo.
79
A EVOLUÇÃO DOS FOCOS EROSIVOS LINEARES EM GOIÂNIA DE 1992
A 2016: DISTRIBUIÇÃO E RELAÇÃO COM A EXPANSÃO DE
LOTEAMENTOS E BAIRROS
Lizandra Ribeiro Cavalcante
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
projetada pelo urbanista Atílio Corrêa Lima para abrigar 50 mil habitantes. Segundo
Santos (1997), quase trinta anos depois da fundação, em 1960, a população do município
de Goiânia já tinha em torno de 160 mil habitantes, a qual aumentou para 370 mil em
1970, 720 mil em 1980 e saltou significativamente daí em diante, para 920.840 em 1991,
2010.
Goiânia foi criada para abrigar cerca de 50 mil habitantes, porém, seu crescimento
hídricos, sobretudo associados às chuvas, além de degradação das nascentes e dos rios
urbanos.
80
também de águas servidas (esgoto). São associadas a fenômenos de piping que
bem como o crescimento e o surgimento da cidade legal e, porque não dizer, também da
ilegal, esta fruto de uma expansão urbana desordenada avançando sobre o entorno rural.
das áreas marginais aos cursos d’água. Além disso, a intensificação da degradação
da capital, sendo que alguns não dispunham de microdrenagem urbana (IPLAN, 1983).
para 63 focos de grande porte, em apenas nove anos. Embora algumas dessas ocorrências
81
A dinâmica de urbanização de Goiânia e sua relação com as ocorrências erosivas
Goiânia? 2. Os processos erosivos relatados para os anos de 1983, 1992, 2002 e 2007 ainda
persistem nos dias atuais? Caso sim, quais medidas de controle foram ou poderiam ter
sido tomadas pelo poder público, atualmente pela Agência Municipal de Meio Ambiente
erosivos tem relação espacial entre si? Elas indicam ou sugerem medidas de controle
preventivo e corretivo num futuro próximo para evitar determinadas ocupações dessas
áreas sensíveis?
preventivas, tal como feito em outros Estados brasileiros, como os da região Sudeste.
OBJETIVOS
relação com a evolução do uso e ocupação urbana do município de Goiânia, bem como
82
concentrado; Avaliar as áreas críticas em termos de erosão e suas relações com as áreas
de risco.
METODOLOGIA
do fenômeno erosivo. Conforme proposta por Castro e Salomão (1999) nesse nível de
a seguir:
- 1°. Passo - Pesquisa bibliográfica sobre o tema para: (a) aquisição das bases
teóricas e conceituais, além do resgate dos estudos dos processos erosivos urbanos, com
(inicialmente ROMÃO, 2006; LUIS, 2012; FARIA, 2007; SOARES NETO & FARIA, 2014;
fenômeno (como FERREIRA, 2014), a delimitação de áreas de risco (de acordo com
- 2º. Passo - Análise de dados preliminares do meio físico com o auxílio de cartas
como SRTM – Shutle Radar Topographic Mission, a serem obtidas diretamente no site da
NASA (USA), com resolução de 30m, além das imagens Rapid Eye, com resolução de 5m.
83
- 3º. Passo - Elaboração do mapa de focos erosivos lineares em escala de detalhe;
- 4º. Passo – Elaboração dos mapas: (a) de fluxos hídricos superficiais da área
urbana com base no Modelo Digital do Terreno (MDT) elaborado a partir das imagens
SRTM; (b) idem das áreas de contribuição das voçorocas cadastradas para a identificação
erosivos sobre as imagens, seja em forma de pontos ou modelo linear (restituição dos
dos focos erosivos em campo para; (a) atualização da planta urbana das áreas críticas e
de suas características do meio físico; (b) atualização do cadastro das erosões existentes
bases nos critérios de Salomão (1999) e seu cruzamento com o mapa de focos e de Risco
sua correlação espaço-temporal com os usos históricos e atuais das áreas mais críticas
com a expansão urbana e com o risco ao uso e ocupação com base na carta de risco do
84
relativas às causas do avanço das degradações e as épocas mais importantes de sua
pelo menos uma voçoroca em cada área crítica, como representativa, e do cadastro em
- 10º. Passo – Realização de vistoria das áreas afetadas para identificação dos
efeitos degradadores dos focos erosivos, sobretudo em termos de casas, vias públicas e
infraestrutura;
dos focos erosivos lineares, a testagem da sua relação com a suscetibilidade e as áreas de
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Carvalho (2006), a erosão pode ser definida como um conjunto de processos
água, vento e gelo. Além disso, Guerra et. al. (2005) lembram que a erosão é produzida
depois como ravinas e, de forma mais grave, em forma de voçorocas (ALMEIDA FILHO
e Habitação de Goiânia (IPLAN, 1983) aponta 106 erosões das quais 10 voçorocas eram
85
prioritárias para atendimento imediato, pois as consequências já eram intoleráveis ao
meio ambiente e a população, além disso, o estudo relata que a origem das erosões deu-
por Nascimento e Sales (2002), e mais tarde por Faria (2007), sendo todas de grande
SANEAGO, ao lado do Batalhão Florestal da Polícia. Faria (2007), além das catalogadas
por Nascimento e Sales (2002), através de denúncias recebidas no Telefone Verde 161 da
controle.
então, serem mais duas causas para a instalação e desenvolvimento desses processos
para deduzir as dinâmicas prováveis de ocorrência dos processos erosivos com base no
do goianiense.
á erosão, ao uso e ocupação e outros, não apenas indicam onde se situam os focos
86
deverão ser avaliados em nível de ultradetalhe, acompanhado do cadastro dos focos em
Esta etapa se encontra em 1.3 Fatores Condicionantes dos processos erosivos urbanos
processo de finalização. 1.3.1 Fatores do meio físico (rochas, relevo, solos, vegetação)
1.3.2 Fatores associados à urbanização: o Uso e ocupação do
solo e expansão urbana desordenada
1.4 Considerações históricas sobre a erosão hídrica em Goiânia
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Referente a área de estudo;
2.1. aÁrea de Estudo
geologia, geomorfologia2.1.1 e Clima
solos, que tem passado por 2.1.2 Geologia
um detalhamento de escala 2.1.3 Geomorfologia
cartográfica, permitindo 2.1.4 Solos
uma melhor analise e 2.1.5 Uso e Ocupação do espaço urbano
correlação dos dados.
2.2 Etapas e procedimentos operacionais da pesquisa
2.2.1 Revisão teórica da literatura sobre erosão com ênfase
em erosão hídrica e erosão urbana: conceitos, condicionantes,
Em andamento os itens 2.2.1; causas e métodos de estudo.
2.2.2 e 2.2.3. 2.2.2 Revisão sobre métodos de estudo de erosão urbana.
Rever em função dos passos 2.2.3. Elaboração do mapa-base de Goiânia (atual) e dos mapas
da metodologia do tópico temáticos do meio físico (geologia, Geomorfologia, Solos) e do
2.1 uso e ocupação urbana.
87
2.2.4 Elaboração dos Mapas dos focos erosivos em série
histórica.
2.2.5. Elaboração dos Mapas de Isodensidades de focos erosivo
em série histórica e tendências.
2.2.6. Elaboração do Mapa de Suscetibilidade a processos
erosivos.
2.2.7. Elaboração dos Mapas de Risco à erosão
2.2.8. Correlação espacial do meio físico com os focos erosivos,
loteamentos, bairros e áreas de risco.
2.2.9. Análise e interpretação final da distribuição, as áreas
críticas e as causas do processo erosivo linear em Goiânia.
3. RESULTADOS E DISCUSSÂO
Escrita parcial e 3.1. A evolução do uso e ocupação urbana e a consolidação da
elaboração de alguns Macrozona Construída (1933-2016)
materiais cartográficos
3.1.1 O crescimento demográfico e a demanda habitacional
como a expansão dos 3.1.2 A expansão de Loteamentos e Bairros
loteamentos e bairros
(1933 – 2016).
Nessa etapa compreende 3.2 Distribuição dos focos erosivos nos anos de 1992; 2002; 2006;
a tabulação de dados, 2011 e 2016.
construção do banco de 3.2.1 Uso do solo nos anos selecionados
dados, o mapeamento do 3.2.2 Distribuição e evolução dos focos erosivos nos anos
uso do solo de 2016 (em selecionados
processo de adaptação da 3.2.3 Distribuição das áreas de risco e focos erosivos nos anos
escala e do método). selecionados.
88
EVOLUÇÃO DO USO DA TERRA NA CHAPADA ENTRE UBERLÂNDIA E
UBERABA-MG NO PERÍODO DE 1987 A 2017 E IMPACTOS AMBIENTAIS
NAS ÁREAS ÚMIDAS DE VEREDAS E CAMPOS DE MURUNDUS
Marcelo Cardoso Monteiro
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
dissecadas.
importância para a conservação da flora e fauna endêmicas, dos solos com elevados
hídricos”.
com as áreas úmidas que é ainda mais intensificada pelo avanço das atividades agrícolas
e uso da terra em geral, que propiciam com maior intensidade a diminuição desses
89
um mapeamento das áreas úmidas da chapada e os principais impactos ambientais
sofridos por essas áreas úmidas em função da evolução do uso da terra. Esses produtos
de campo.
e Classificação das Áreas Úmidas (AUs) Brasileiras: Base Científica para uma Nova
Política de Proteção e Manejo Sustentável” (2012), editado e publicado por Cunha et al.
fechadas, covoais e murundus. Na bacia do alto Uberabinha e Rio Claro por exemplo, na
por ambas as cidades pela Rodovia Federal BR-050, a sudoeste. A mesma inclui a porção
regionalmente como veredas e/ou campos de murundus. Estas AUs possuem expressivo
90
número de nascentes que abastecem as cidades desta chapada inclusive o maior
O Rio Claro, afluente do Rio Araguari, é um dos principais rios que atravessa
municípios de Nova Ponte e Uberaba e tem sua nascente no topo da chapada, a uma
91
OBJETIVOS
Objetivo geral
considerando a evolução de seu uso do solo entre 1987 e 2017 e os impactos ambientais
Objetivos específicos
Diante do objetivo geral, foram estabelecidos os objetivos específicos que consistem em:
Uberlândia e Uberaba-MG, pela pecuária e pela agricultura entre os anos de 1987 e 2017;
úmidas perdidas para o uso agrícola ou para a pecuária de 1987 a 2017 e 4) Constatar os
principais tipos de impactos do uso da terra nas áreas úmidas da chapada estudada.
METODOLOGIA
decorrentes.
nas áreas úmidas nas chapada mineira entre Uberlândia /Uberaba para o entendimento
92
Dados Utilizados
Dados Landsat
(OLI) a bordo do satélite Landsat 8 e podem ser adquiridos de forma gratuita no site do
órbita/ponto necessária para mapear a área a ser estudada será a 220/73, 220/74 e 221/73
a qual terá como anos (1987 – 2017). Nesta mesma proposta, utilizar-se-á como bases os
Quadro 1: Sensores que serão utilizados para mapeamento do uso e cobertura da terra
Produtos e Processos
Trabalho de Campo
93
Foram realizados trabalhos de campo, com objetivos de: 1) coletar pontos com
informações para complementação dos mapas de uso e cobertura da terra, bem como,
interferência antrópica foi realizada uma análise temporal no período de 1987 a 2017,
utilizando também ferramenta Google Earth. Algumas imagens foram e outras serão
Resultados Esperados
Uberaba MG, no que diz respeito à conversão de sua cobertura original de cerrado para
a pecuária e a monocultura, com foco especial nas áreas úmidas (veredas, depressões
fechadas, campos de murundus). As áreas úmidas das chapadas mineiras e goianas vêm
este trabalho quantificar a superfície destas áreas que já sofreram a conversão na região
estudada.
Resultados parciais
94
áreas úmidas ao longo do transecto e sua classificação; 4) identificação e registro
fotográfico dos tipos de uso do solo e dos principais tipos de impactos ambientais
1050
950
850
750
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
início do mapeamento, por meio do software ArcGis, do uso do solo e das áreas
REFERÊNCIAS
JUNK, W. et al. Definição e classificação das Áreas Úmidas (AUs) brasileiras: base
científica para uma nova política de proteção e manejo sustentável. Cuiabá:
CPP/INAU, 2012.
JUNK, W.J.; PIEDADE, M.T.F. Áreas Úmidas (AUs) Brasileiras: Avanços e Conquistas
Recentes. Boletim ABLimno, v. 41, n. 2, p. 20-24, 2015.
95
MOREIRA, V. B. Nascentes do Cerrado no Triângulo Mineiro-MG: caracterização
física das veredas e campos de murundus. In.: XI ENCONTRO NACIONAL DA
ANPEGE, 2015. Presidente Prudente. Anais... Presidente Prudente, p. 1-12. 2015.
96
3.2.1- Uso da terra em 1987
3.2.2 - Uso da terra em 1997
3.2.3 - Uso da terra em 2007
3.2.4 - Uso da terra em 2017
3.3 –Principais impactos ambientais nas áreas úmidas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
97
OS IMPACTOS CAUSADOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO QUE HABITA
PRÓXIMO ÀS LINHAS E POSTES DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA DE ALTA TENSÃO: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE
MONTES CLAROS/MG
Mônica Oliveira Alves Silva
Modalidade: Doutorado
Introdução
linhas de alta tensão em áreas residenciais causam impactos na população que não se
a riscos de acidentes pela queda de um poste ou torre. Tem sido constatado que a
saúde dos indivíduos como cefaléia, insônia, alterações imunológicas e efeitos neuro-
como a terceira maior forma de poluição ambiental precedido pela poluição da água e
do ar, devendo ser considerado como indicador de qualidade de vida nas cidades
sustentáveis devido aos impactos que causam na saúde. Nesse sentido, a elevada
presença de linhas de alta tensão em áreas residenciais torna esses ambientes poluídos
do ponto de vista sonoro (ALVES, 2017). Segundo Alves et al (2015), os níveis sonoros
emitidos por tais infraestruturas podem ser uma potencial fonte de ruído de baixa
Minho, identificou que das 1.022 habitações existentes próximas das linhas de alta tensão
98
superior a 250 metros (AZEVEDO, 2010; ALVES et al, 2015; ALVES et al, 2017). O limite
de até 250 metros é indicado pela Organização Mundial de Saúde como aceito para ter
tal situação no Brasil, onde o crescimento desordenado das cidades leva uma multidão
de pessoas a se abrigarem em áreas que oferecem riscos à saúde humana, como é o caso
Embora ainda não haja consenso sobre os impactos causados na saúde humana
pela exposição aos CEM, muitos estudos sobre a temática têm demonstrado possíveis
elétrica de alta tensão podem impactar as condições de saúde da população que vive em
suas proximidades, no que se refere à exposição aos CEM? As normas e/ou leis que
estão em conformidade como o que é proposto pela OMS? Nesse contexto, sustenta-se
energia elétrica de alta tensão podem afetar a saúde das pessoas que habitam nas suas
OBJETIVOS
vive nas proximidades dos postes e linhas de transmissão de energia elétrica de alta
99
objetivos específicos: Introduzir novas metodologias nos estudos da Geografia da Saúde
população que reside nos locais considerados de risco; Elaborar um plano de ações para
construção de áreas residenciais nas proximidades das linhas e postes de alta tensão.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
subjetiva. Para isso, serão utilizadas fontes de dados primários e secundários que
será feita uma análise comparativa em relação à qualidade de vida e saúde das pessoas
que habitam nas proximidades das linhas e postes de alta tensão presentes no local de
estudo.
grupos para análise: expostos (até 50m das linhas e postes) e não-expostos (acima de
250m), visto que a OMS aceita o limite de até 250 metros para que os CEM exerçam
alguma influência sobre a saúde, pois estes perdem intensidade na medida em que se
distanciam de suas fontes, sendo mais intensos nos primeiros 50 metros (WHO, 2007;
100
AZEVEDO, 2010). A amostragem será composta por moradores que se enquadrarem nos
seguintes critérios: residirem há pelo menos 10 anos naquele lugar e ter 40 anos ou mais
proporcionalmente com a idade (tais critérios serão observados para o grupo de expostos
e de não-expostos).
qualidade de vida e saúde; conhecimento sobre os impactos que os CEM podem causar
na saúde dos seres humanos, além de outros condicionantes. As medições dos níveis
meteorológicas no momento das aferições, uma vez que essas podem condicionar a
propagação do ruído.
Sistema Único de Saúde - SUS, além de outros que forem julgados necessários no
construção de áreas residenciais próximas das linhas e postes de alta tensão em Montes
101
locais. As novas informações serão utilizadas para a elaboração final da tese e as
atividades propostas neste projeto que lidam com seres humanos somente serão
REFERENCIAL TEÓRICO
multiescalares referentes à saúde. Assim, ocupa uma posição nodal no espaço para onde
Leeper no ano de 1979, sobre uma investigação epidemiológica realizada numa região dos
EUA, onde demonstrou que os CEM poderiam estar relacionados com o aumento da
distribuição de energia. A partir daí, uma gama de estudos relativos aos danos causados
102
levando a Organização Mundial da Saúde - OMS - a implantar, no ano de 1996, o Projeto
possíveis carcinogênicos para seres humanos, com base em evidências apontadas por
diversos estudos epidemiológicos realizados até àquele momento. Desde então, a OMS
Environmental Health Criteria 238: Extremely Low Frequency Fields, que atualiza as
inferências feitas pela IARC em 2002. De acordo com o documento, a exposição aos
Campos Eletromagnéticos pode causar efeitos de curta duração no corpo humano como
do sistema nervoso central. No caso dos efeitos potenciais da exposição em longo prazo,
como possíveis carcinogênicos para humanos foi mantida, além de poderem estar
associados a outros efeitos nocivos sobre a saúde como outros tipos de câncer em
documento de 2007, acerca dos efeitos na saúde em curto prazo, o grupo reconhece certa
103
de redução da exposição sobre a saúde com relação aos efeitos de longo prazo. Em vista
impactos na saúde humana não são definitivas, sendo necessária uma maior
mais pesquisas, à escala mundial, para determinar os níveis de segurança para a fixação
introdução e considerações finais que estarão dispostos da seguinte forma: na Introdução será
da Saúde, englobando temas como a urbanização, poluição urbana, riscos da/na cidade, além
104
saúde humana; o quinto capítulo trará a proposta de um plano de ações vise o estabelecimento
de limites confiáveis para a construção de áreas residenciais nas proximidades das linhas e
postes de alta tensão e o monitoramento epidemiológico da população que vive nessas áreas.
REFERÊNCIAS
105
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ANO I ANO II
Mês Pesquisa Definição Organização Pesquisa Coleta e Exame de
Bibliográfica das etapas dos Bibliográfica análise Qualificaç
do instrumentos de ão
trabalho de pesquisa dados
Março X X
Abril X X
Maio X X
Junho X X X
Julho X X X
Agosto X X X
Setembro X X X
Outubro X X X X X
Novembro X X X X X
Dezembro X X X X X
Janeiro X X X X X
Fevereiro X X X X X X
ANO III ANO IV
Mês Pesquisa Coleta de Análise dos Redação Redação Defes
Bibliográfica dados dados do final do a
levantados trabalho trabalho
Março X X
Abril X X X
Maio X X X
Junho X X X X
Julho X X X X
Agosto X X X X
Setembro X X X X X
Outubro X X X X X
Novembro X X X X X
Dezembro X X X X
Janeiro X X X X
Fevereiro X X X X X
106
CARTOGRAFIA DE PAISAGEM TURÍSTICA DO CERRADO GOIANO:
CASO DE SÃO DOMINGOS
Paulo Roberto Ferreira de Aguiar Jr.
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
capitalista (BARRETO, 2006), e, assim como o capitalismo, também possui várias facetas
e várias formas de maximizar seus ganhos, tanto do ponto de vista econômico como
(OWT, 2015), segundo o qual a atividade turística gerou mais de US$1,5 trilhão em
atividade turística vem crescendo desde a década de 1960, mesmo com a economia
global passando por momentos de crise. Ademais, o volume de negócios gerados pelo
infraestrutura, marketing e legislação (BENI, 2001) e são esses que conseguem figurar
entre os países que geram mais receitas oriundas da atividade turística. O Brasil figura
na 27ª posição no ranking de países que mais recebem turistas, mantendo a liderança na
América Latina, como aponta o Fórum Econômico Mundial (WEF, 2017), entretanto, fica
atrás de países como Portugal, Coreia do Sul e México, que não possuem a mesma
107
diversidade paisagística e, por conseguinte, a quantidade de potenciais atrativos
turísticos.
atividade turística, como afirma Krippendorf (2001, 25.), pois os “turistas tendem a se
tornar agressivos, abusivos e colonialistas”. Longe de casa, o turista sente-se, enfim livre.
Não precisa mais atentar para certas normas. Pode fazer o que lhe aprouver, vestir-se,
O mesmo autor afirma, ainda, que não se deve acreditar que, ao chegar ao local
de seus sonhos, o comportamento dos turistas venha a ser modificado. Grande parte
apenas desloca suas ocupações para seu cartão postal que, por sua vez, é carregado de
clichês, como é o caso de excursões entre os nativos da África negra – que são
fotogênicos, pobres, porém felizes, assim como o encontro com os suíços nos Alpes, que
E como fugir dos clichês que a publicidade do turismo propõe? Como utilizar o
espaço dos nativos sem que haja uma segregação e, por fim, como consumir a paisagem
sem degradá-la?
turismo que mais cresce atualmente, que é relacionado à natureza, e que aqui
- TM, que é predatório e cresceu em virtude das viagens de menor custo e dos pacotes
turísticos organizados pelas agências, uma vez que, comumente, esse tipo de turismo, o
TM, está relacionado a grandes grupos de pessoas que não respeitam a natureza e nem
cultura local e que procura os mesmos padrões em todos os lugares que viajam
108
explora de forma sustentável o local de visitação, pois os turistas alternativos querem se
É neste sentido que se deseja propor a realização de uma cartografia turística que
densidade demográfica de 3,42 hab/Km² (IBGE, 2017), possui índices pouco favoráveis
109
em relação à economia, figurando na 132° posição em relação ao Produto Interno Bruto
(PIB) entre os 246 municípios do estado de Goiás, onde se tem Goiânia melhor
que é considerado um hotspot1 mundial, com uma enorme riqueza associada à sua
turismo alternativo é uma opção propícia para a geração de renda e, ao mesmo tempo,
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
pesquisa.
1 O termo hotspots é utilizado para designar lugares que apresentam uma grande riqueza natural
e uma elevada biodiversidade, mas que, no entanto, encontram-se ameaçados de extinção ou que
passam por um corrente processo de degradação.
110
2. Inventariar as áreas de potencialidade turística no município de São Domingos,
METODOLOGIA
área de pesquisa, bem como averiguar se as ações tomadas nas diferentes esferas,
nacional, regional e local, convergem. Já para o objetivo (2), quando se pretende criar
Domingos, sendo uma na estação chuvosa e outra na estação seca, a fim de verificar a
alteração das fitofisionomias ao longo do ano. Para o objetivo (3), cuja realização poderá
como shapes disponibilizados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e pelo Sistema
Estadual de Geoinformações de Goiás (SIEG), que serão tratados no software livre QGIS.
E por fim, o objetivo (4) será alcançado por meio da utilização dos dados obtidos e dos
produtos elaborados nas etapas anteriores da pesquisa, a partir dos quais será possível
111
que mereçam maior incremento do turismo tendo como principal critério seu potencial
paisagístico.
REFERENCIAL TEÓRICO
Para o debate que envolve as questões ligadas ao turismo, não se pode deixar de
utilizar referências clássicas como Barreto (1995), Trigo (1998) e Beni (2001), a fim de
trazer à tona conceitos e temas base como turismo, profissional de turismo e o sistema
de turismo (Sistur).
Guerra (2001), Cunha e Guerra (2003) e Guerra e Marçal (2014), que enfatizam a
com o intuito de conservar áreas frágeis e incentivar a utilização destas como fontes de
renda. No mesmo caminho, tem-se Ab’Saber (2012), que afirma que paisagens como as
dos domínios morfoclimáticos dos Chapadões cobertos por cerrado e penetrados por
floresta galeria têm um forte potencial turístico. A discussão acerca do turismo de massa
e do ecoturismo terá como base Krippendorf (2001), que traz fortes críticas ao
que discorrem sobre o Ecoturismo e áreas de proteção, bem como o papel das políticas
públicas e planejamento.
2001, 2002, 2009,2014), com o objetivo de discorrer sobre a questão teórica e a importância
para Cartografia turística da Chapada dos Veadeiros que visava revelar o lugar para
maior fruição do espaço onde fosse possível aproveitar de forma satisfatória a paisagem.
112
E, por fim, será utilizado Bertrand (1972), que definiu paisagem como uma “porção do
ser a mais adequada para analise da paisagem como produto turístico por envolver
Monteiro (2000) que traz estudos sobre paisagens culturais e naturais, avaliando os
impactos ambientais.
SUMÁRIO
1. Introdução
1.2 Justificativa (Escolha dos recortes espaciais e temporal)
1.3 Relevância motivação acadêmica-cientifica e motivação social
1.4 Tipo de pesquisa
1.5 Objetivo Geral
1.6 Objetivos específicos
1.7 Estrutura do trabalho
Síntese: Os capítulos iniciais como Introdução, Justificativa, Relevância
Acadêmica e Social, bem como os objetivos já foram elaborados.
2. Fundamentação teórica
Síntese: No que se refere fundamentação teórica, considera-se que tenha pesquisa
suficiente para produção do texto, entretanto pode-se ser atualizada e
modificada com adição ou subtração de alguma bibliografia.
2.1 Geografia do Turismo
2.1.1 Geologia e Turismo
2.1.2 Geomorfologia e Turismo
2.1.3 Clima e Turismo
2.2 Cartografia do Turismo
2.2.1 Espacialização da atividade de turismo
2.2.2 Informação Turística
2.3 Paisagem do Cerrado
2.3.1 Cerrado e suas fitofisionomias
3. Procedimentos metodológicos
Síntese: Além da pesquisa bibliográfica realizada, foi também realizado uma
visita técnica na estação chuvosa, restando outra a realizar no período seco. Além
113
da utilização de dados secundários como pesquisados em sites oficiais como:
Embrapa relevo, Impe, Ibge, Ministério do Turismo, Goiás Turismo, Organização
Mundial do Turismo.
4. Resultados e Discussões
Síntese: Até o momento percebe-se que as legislações vigentes tanto a nível
nacional, regional e local não dialogam para melhor promover o turismo no
município de São Domingos.
5. Considerações Finais
114
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS IMAGEADORES ACOPLADOS EM
VEÍCULO AEREO NÃO TRIPULADO NO MONITORAMENTO DE
CULTIVOS NO BIOMACERRADO, MATO GROSSO
Roberto Nunes Vianconi Souto
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
ocorrendo com maior frequência em vários pontos da Terra (MARENGO et al., 2011),
sofrer um impacto dramático nas próximas décadas (IPCC, 2007; 2014). Estudos indicam
Alguns cultivos são mais sensíveis ao estresse hídrico, como é o caso do algodão,
o ponto de vista agronômico, é também uma cultura agrícola bastante exigente, de ciclo
115
um pouco mais longo, que demanda de recursos naturais (água/solo) e de agroquímicos
plantas, como a área foliar, biomassa e porcentagem de cobertura do solo, com destaque
1996).
pragas (ZAKS & KUCHARIK, 2011; GÓMEZ-CANDÓN et al., 2014; XIANG & TIAN,
2011).
apresentam como tecnologia chave para fechar o salto de escala entre observações de
térmica, além de imagens de satélites orbitais (Landsat 8), para avaliar sua aplicabilidade
Grosso.
116
OBJETIVOS
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
sistemas de SR operacionais;
METODOLOGIA
117
e IMA. As imagens estão sendo adquiridas desde abril de 2015, a partir de sensores
Okto XL 6S12).
Para esta pesquisa, na aquisição de dados (imagens) com o Sistema VANT, utilizarse-
á:
de 750-1300 nm;
118
2. Análise do comportamento espectral de alvos e de imagens multiespectrais e térmicas;
REFERENCIAL TEÓRICO
efeito estufa (GEE) na atmosfera (IPCC, 2007; 2014). Assim, a acumulação desses gases
tem sido apontada como a causa mais provável da elevação da temperatura e de outras
planeta e afetar intensamente diversas regiões, países e continentes, podendo com isto,
regional do café, Assad et al. (2004) verificaram que, com o aumento na temperatura
119
Em relação à produção agrícola, o déficit hídrico é o fator climático que mais
organismos patogênicos que, em função das alterações ambientais, também podem atuar
Neste sentido, para se ter sucesso no cultivo do algodoeiro, devem prevalecer condições
mesmo dia num cultivo. Em virtude desta dinâmica, o Sensoriamento Remoto (SR)
Produtos oriundos de SR, tais como mapas de parâmetros biofísicos, têm sido
produzir tais mapas, por meio de relações empíricas ou modeladas (HODGEN et al.,
2005). Eles são agora amplamente utilizados pela comunidade de SR, especialmente para
fornecer informações agronômicas espacialmente (TONE et al., 1996). Tais produtos são,
então, muitas vezes assimilados em modelos de cultura para obter informações mais
120
Contudo, para a aplicação bem sucedida de SR na agricultura, necessita-se de
uma resolução espacial muito alta (tamanhos de pixel de <1m), além de se ter acesso a
Dessa forma, os VANTs podem ser operados de forma rápida e com um custo
convencional (BENDIG, 2014). Estes, por sua vez, produzem imagens de alta resolução
Capítulos Sinopse
1 Introdução Fundamentação da justificativa do trabalho,
1.1 Introdução tecendo as problemáticas da pesquisa,
1.2.1 Objetivo Geral denotando a construção das questões
1.2.2 Objetivos Específicos científicas, de forma a subsidiar a construção
dos objetivos propostos.
121
2 Revisão Teóricca Construção do suporte literário e científico dos
2.1 Mudanças climáticas, o aportes avaliados por essa pesquisa, de modo a
cultivo de Algodão em Mato expor a complexidade dos temas abordados e
Grosso e a (re)configuração da como outros trabalhos o analisam. A
paisagem importância dessa parte se caracteriza,
2.2 Estresse Hídrico na essencialmente, por ser construída nas
Agriculura interlocuções críticas e objetivas de diversos
2.3 Sensoriamento Remoto autores que trabalham com essas problemáticas
SusbOrbital: uso de VANTs no seu escopo técnico - cientifico. De maneira
2.4 Sensoriamento Remoto especial em relação as Mudanças Climáticas e
Orbital: Satélites, Microsatélites e de maneira consequente, o Estresse Hídrico em
nanosatélites Cultivos Agrícolas. Como ferramente de
2.5 Sensores Termográficos e monitoramento, o Sensoriamento Remoto será
Multiespectrais discutido aqui, nas plataformar em nível de
2.6 Índices Espectrais campo, suborbital e orbital, assim como, a
2.7 Monitoramento de Cultivos aplicação de diferentes sensores, tais como,
Agrícolas com uso de Termográficos e Multiespectrais
Sensoriamento Remoto.
122
4 Resultados e Discussão Articulação das informações coletadas nas
4.1 Avaliação do Monitoramento bibliografias consultadas com os resultados das
de Estresse Hídrico com coletas de campo (tanto de dados para
Termografia. validação, quando das imagens obtidas com
4.2 Uso de Índices Espectrais no VANt e Satélite), e as análises estatísticas,
Monitoramento do Estresse construindo, assim, os resultados pretensos nas
Hídrico hipóteses levantadas e articulados nos
4.3 Integração entre objetivos
Sensoriamento Remoto
Suborbital com Orbital
123
A GEOECOLOGIA COMO SUBSÍDIO A ANÁLISE DAS INTER-
RELAÇÕES SOCIEDADE/NATUREZA: O CASO DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO TOCANTINZINHO – GO
Rosane Borges de Oliveira
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
no século XVIII, mas só ocorreu de forma mais intensiva a partir da década de 1930.
Ressalta-se que este processo não se deu de maneira igual em todo seu território. Em
(BHRT), que abrange parcialmente o território dos municípios Alto Paraíso de Goiás
(30,04% da área total da bacia), São João d’Aliança (32,06%), Colinas do Sul (8,87%),
Niquelândia (14,21%) e Água Fria de Goiás (14,79%), se inclui nessa região e se insere
nessa dinâmica.
fins agrícolas, ausência de uma malha viária densa e estruturada e a existência de várias
124
Unidades de Conservação (UCs). A BHRT compreende áreas potenciais para
interanual. Entre os municípios reincidentes destacam-se São João d’Aliança, Água Fria
Brasileiro.
constante ameaça para conservação da biodiversidade do bioma Cerrado, visto que tais
125
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
• Analisar a estrutura horizontal e sua dinâmica espaço-temporal nos anos 1985, 1995,
2005 e 2016;
vegetação nativa.
126
METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
para que no futuro a própria existência da humanidade não fosse submetida a riscos
127
discussão da valorização do espaço e perpassa uma releitura dos conceitos de natureza
e sociedade.
formação se propôs a estudar a relação entre os homens e o meio natural, mas ressalta o
abordada de forma holística, de modo que a Geografia, sozinha, não consegue tratá-la
e ressalta a visão do todo numa relação dialética. Nesse sentido, destacam-se trabalhos
com abordagem integradora que resgatam natureza e sociedade sob enfoque sistêmico-
social e paisagem cultural, que podem ser interpretadas a partir do enfoque dialético e
sob o ponto de vista sistêmico, a Geoecologia da Paisagem permite que a paisagem seja
2010)
18). Rodriguez, Silva e Cavalcanti (2010) indicam o enfoque estrutural para compreensão
128
das relações entre os componentes que formam as paisagens. A análise da inter-relação
entre os componentes litologia, clima, relevo, solos, água (drenagem) e uso (e cobertura
dos problemas ambientais, a paisagem passou a ser interpretada também sob ponto de
vista ecológico. Troll (1997) ao defender o caráter totalizante da paisagem entendeu que
sua análise se daria a partir do reconhecimento das suas diversas hierarquias escalares.
nível máximo pode ser observada. Schier (2003) expõe que essa ideia de tratar os
conservação biológica.
paisagem.
129
padrões de organização dos elementos que compõem a paisagem, em diferentes escalas
temporais e espaciais. Tais associações, para a autora, estão cada vez mais apropriadas
Capítulos
1. Geoecologia e as conexões entre Sociedade e Natureza
1.1 A Paisagem e a Geoecologia
1.2 A abordagem sistêmico-dialética na Geoecologia.
1.3 Geografia e Ecologia: integração potencial para conservação da biodiversidade.
Sinopse
Pretende-se com esse capítulo apresentar uma discussão teórico-metodológica sobre a
contribuição da disciplina "Geoecologia das Paisagens" para análise da relação entre
sociedade e natureza e tratamento da problemática ambiental referente a conservação da
biodiversidade. Contempla a revisão bibliográfica citada na primeira etapa metodológica
Execução do cronograma
Em andamento
2. A paisagem a partir da inter-relação dos componentes verticais
2.1 Os componentes da paisagem na BHRT
2.2 A BHRT: uma visão espacial por meio das unidades geoecológicas
Sinopse
Neste capítulo, o diagnóstico dos componentes da paisagem que se inter-relacionam no
sentido vertical (litologia, clima, relevo, solos, drenagem e uso e cobertura) e as unidades
geoecológicas da BHRT delimitadas serão apresentados. Para tanto, o capítulo
contemplará as etapas metodológicas I e II.
Execução do cronograma
O mapa de unidades de paisagem (preliminar) foi concluído.
3. Apropriação do Cerrado goiano: uma análise temporal a partir da unidade territorial
do rio Tocantinzinho.
3.1 A BHRT em 1985
3.2 A BHRT em 1995
3.3 A BHRT em 2005
3.4 A BHRT em 2016
Sinopse
130
A paisagem será avaliada enquanto totalidade (paisagem natural, social e cultural). Nesse
sentido, a análise do uso e cobertura do solo dos anos 1985, 1995, 2005 e 2016 ocorrerá
associada a análise de referencial teórico sobre o histórico de apropriação do território da
BHRT e de dados socioeconômicos que contribuam com o entendimento das marcas da
inter-relação sociedade/natureza observadas na paisagem. O capítulo contemplará,
principalmente, as etapas metodológicas I, III e IV.
Execução do cronograma
Revisão bibliográfica sobre o histórico de ocupação dos municípios que integram a BHRT
e elaboração do mapa de uso e cobertura da área do ano de 2016 – já realizado;
Organização de base de dados socioeconômicos e a elaboração dos mapas de uso e
cobertura dos anos 1985, 1995 e 2005 - em andamento.
4. Estrutura da paisagem: forma e arranjo espacial
4.1 Configuração espacial e situação dos remanescentes na BHRT.
4.2 Situação dos remanescentes nas unidades geoecológicas
Sinopse
Análise da estrutura horizontal da paisagem da BHRT sob abordagem geográfica da
Ecologia de Paisagem, mas com adoção de métodos desenvolvidos no âmbito da
abordagem ecológica. A integração das duas abordagens destaca-se por possibilitar a
análise espacial da ocorrência de processos de isolamento de manchas remanescentes que
possam representar ameaças à biodiversidade. Por fim, pretende-se apresentar uma
análise dos padrões observados correlacionando-os com as unidades geoecológicas da
paisagem. Etapas metodológicas V e VI serão contempladas.
Execução do cronograma
Pretende-se iniciar a execução das atividades desse capítulo ainda no primeiro semestre
de 2018.
REFERÊNCIAS
BLASCHKE, T.; LANG, S. Análise da paisagem com SIG. Tradução Hermann Kux. São
Paulo: Oficina de Textos, 2009.
131
MENDONÇA, F. Geografia socioambiental. Terra Livre, São Paulo n. 16 p. 139-158 1°
semestre/2001.
132
Dinâmica Socioespacial
LUGARES DE MEMÓRIA: O BANDO DOS MARCELINOS NO
CONTEXTO DO CANGAÇO EM BARBALHA – CE
Ana Paula Rodrigues da Costa
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
campo. Surgiu com essa nomenclatura pela alusão feita ao objeto “canga” que era
utilizado em bois para serviços diversos. Barroso (1931) ressalta que era comum
desmoralização sofrido em público por João Marcelino, ao ser desarmado de sua peixeira
bandos de cangaceiros consistia em atos de vingança, pois, “no Sertão quem não se vinga
está moralmente morto”. Estes atos de vingança estavam geralmente ligados a rixas por
atuação do bando dos Marcelinos, no sentido de encontrar nos lugares de memória uma
“ressignificação” do bando, de modo que, tendo esses lugares como palco da história
dos Marcelinos no passado, seus vestígios não sejam ignorados, não desapareçam. Existe
134
uma memória do bando nos lugares que se estabeleceram como local de passagem dos
cangaceiros? Qual a ligação dos sujeitos residentes nos locais de passagem do bando com
do Cariri - URCA. Na ocasião, foram constatados, a partir da fala dos sujeitos, diferentes
sujeitos, pensando numa reparação simbólica aos que foram vitimados, dando voz aos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
• Identificar a dimensão simbólica dos lugares originária dos conflitos sociais entre
135
• Interpretar a relevância do bando de cangaceiros dos Marcelinos por meio dos
METODOLOGIA
tendo como referência as motivações para a formação do bando dos Marcelinos, sua
Leitão, localidades que possuem símbolos, marcas do bando, como o cemitério dos
movimento do cangaço.
anos, para, a partir dos depoimentos, identificarmos os lugares de memória que nos
136
Entende-se a necessidade de outras fontes de investigação; dessa forma, será
realizada uma busca documental como jornais da época, fotografias e livros de registros
formação e atuação do bando dos Marcelinos, que possam apontar para outros locais de
REFERENCIAL TEÓRICO
diversos: medo, admiração, respeito, pânico. Ao passo que foi propagado o movimento
do cangaço, muitas abordagens e narrativas foram sendo designadas. Com base nas
a cabeça, caracterizando-se suas atuações como forma de protesto social, onde homens
pela coragem de se armarem e lutarem contra seus inimigos, sendo estes o Estado e os
potentados rurais.
influenciado por motivos distintos. Em sua maioria eram homens levados pela falta de
notável dos senhores de terra, que tinham o monopólio do poder local (LEAL, 2012).
137
O bando dos Marcelinos formou-se com dois membros, João Marcelino e Manoel
Marcelino, irmãos que deixaram de ser subservientes aos seus coronéis, abandonando
suas profissões de agricultor e vaqueiro para iniciar uma vida no cangaço, em busca de
O bando dos Marcelinos teve sua história no cangaço, mas não se sabe até onde
foi escrita ou como foi escrita. Atuaram por cerca de quatro anos, praticamente em escala
cangaceiros: tendo sido o feche, Bom de Veras (Manoel Marcelino), morto em confronto
com a volante; João 22 (João Marcelino), morto por emboscada da volante e mais cinco
protagonizados pelo cangaço que têm no bando dos Marcelinos sua representatividade
bando, podem acabar sendo sobrepostos por interesse das classes hegemônicas e do
Estado que, ao propagarem a história oficial, podem divulgar uma imagem do cangaço
apenas como uma forma brutal de banditismo, sobrepondo a outros contextos presentes
memória.
Nora (1993) aponta que a percepção do global tem ocasionado uma aceleração da
história, produzindo uma oscilação cada vez mais rápida de um passado que está
desaparecendo, onde as memórias são esfaceladas de forma cada vez mais rápida, onde
138
histórico. Conforme Nora (1993, p. 13), “Os lugares de memória nascem e vivem de um
sentimento que não há memória espontânea”, pois, para lembrar-se de alguém ou algum
fato, é preciso uma comemoração, um monumento, porque se não existir uma lembrança
festiva, os fatos podem ser esquecidos rapidamente por não terem uma vigilância
comemorativa.
alguma coisa que já não está lá, mas que já esteve e que o dever de fazer memória, de
não esquecer, é, muitas vezes, uma reivindicação de uma história criminosa, feita pelas
vítimas; a sua derradeira justificação é esse apelo à justiça que devemos às vítimas, pois,
no geral, a história dos bandidos está contida na história oficial dos livros, em
Oliveira (2012) retrata a valorização dos lugares por meio dos sentidos, das
experiências, que são adquiridas por meio de dimensões espaciais, sendo o lugar um
(HOLANDA, 2010).
cultura, das representações, das crenças, dentre outros aspectos. Relph (2012) descreve
que estudar o lugar, seja em qual perspectiva for, caracteriza-se como uma prática de
dos lugares.
Introdução
Capítulo 1 – A geografia humanista e os lugares de memória do bando dos Marcelinos
139
No primeiro capítulo buscaremos situar a pesquisa no âmbito da geografia
humanista pontuando autores como: Holzer (1999), Tuan (2012, 2013), Buttimer (2015),
entre outros. Como autor norteador para se trabalhar o conceito de lugares de memória
apontamos Nora (2015) e autores que abordam o movimento cangaço, como Facó (2009),
Mello (2011) e outros.
1.1 – O movimento do cangaço no Nordeste brasileiro
1.2 – O cangaço no Ceará
1.3 – Em busca dos lugares de memória do bando dos Marcelinos
1.3.1 – Locais de passagem dos Marcelinos
Capítulo 2 – Pelos meandros da memória: estrutura de poder coronelística
No segundo capítulo abordaremos o surgimento da sociedade caririense, na
tentativa de compreender o contexto de disputas territoriais, a formação das primeiras
vilas, questões econômicas, etc., retratando as famílias tradicionais (JOARYVAR, 1998)
que, posteriormente, forjam a relação coronelística, (LEAL, 2012), apresentando, a partir
da memória (RICOUER, 2007), o “lugar” do bandido (HOBSBAWM, 2015) neste
contexto de coronéis e cangaceiros.
2.1 – Surgimento do Cariri cearense: famílias tradicionais
2.1.1- Barbalha no contexto do coronelismo
2.2 - Coronéis e cangaceiros
2.3 – O “lugar” do bandido
Capítulo 3 – Lugares de memória enquanto representação de um passado do bando
dos Marcelinos
No terceiro capítulo abordaremos os lugares de memória como aporte conceitual
para entendimento da representatividade do bando, pontuando autores como Oliveira
(2012); e Tuan (2012, 2013), para referenciar a categoria de lugar. Bosi (2010) e Halbwachs
(2003), para situar a memória no campo da pesquisa e Nora (1993), para tratar de lugares
de memória.
3.1 – Vida e morte cangaceira
3.2 – O bando dos Marcelinos resiste?
3.2.1 – Os Marcelinos pela visão dos sujeitos
3.3 - Cartografia do bando dos Marcelinos em Barbalha
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
BOSI, Ecleá. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 16ª. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2010.
140
BUTTIMER, Ane. Lar, horizonte de alcance e o sentido de lugar. In: Revista
geograficidade. V. 5, n. 1, p. 04-19, verão, 2015.
FACÓ, Rui. Cangaceiros e fanáticos: gênese e lutas. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009.
HOLZER, Werther. O lugar na geografia humanista. Território. Rio de Janeiro, Ano IV,
n. 7, p. 67-78, jul/dez. 1999.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História.
Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História (Online). v. 10, p. 7-28,
dezembro. 2010. Disponível em:
<http://www.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101>. Acesso em: 17 de julho de
2017.
OLIVEIRA, Lívia de. O sentido de lugar. In: MARANDOLA JR., Eduardo, et. al. (Orgs).
Qual o espaço do Lugar? Geografia, epistemologia, fenomenologia. São Paulo:
Perspectiva, 2012. p. 03-16.
141
RICOUER, Paul. A memória, a história, esquecimento. Tradução: Alain François.
Campinas: editora da Unicamp, 2007.
142
SOCIOBIODIVERSIDADE DO CERRADO: A RESERVA EXTRATIVISTA
LAGO DO CEDRO
Bruno Augusto de Souza
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
Reserva Extrativista (Resex) existente no estado de Goiás, a Resex Lago do Cedro, criada
vazanteiros de Aruanã (GO). Além da pesca, outros principais recursos da Reserva são:
empírica que o estudo fará em tal Resex na contribuição para a ciência geográfica.
143
sociobiodiversidade: perspectivas para o mundo do Cerrado” financiado pela CAPES
144
Por ser uma pesquisa geográfica, utilizaremos algumas categorias da Geografia
para explicar o que acontece no “mundo real”. Nesta pesquisa as categorias principais
criam práticas diversas para os espaços em questão, sendo o território uma produção a
partir do espaço. Essa produção se apoia em relações que envolvem campos de poder
ou refutá-las, como: a criação da Resex Lago do Cedro foi importante para a proteção da
Estado cria Reservas Extrativistas somente em áreas que não atendem o capital
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
145
Utilizar as categorias geográficas “espaço”, “paisagem” e “território”, e o
Cerrado;
METODOLOGIA
que está no estado de Goiás. Após a análise teórica, realizaremos a análise documental,
Chaveiro (2010), Castillo (1995), Cavalcanti (2006), Chaveiro (2013), Graziano da Silva
(1998), Haesbaert (2010), Harvey (2012), Kosik (1976), Lefebvre (1983), Raffestin (1993),
Robbins (2012), Rueda (1995), Santos (2009), Souza (2000, 2013), entre outros.
Geografia e Estatística (IBGE), bem como informações disponíveis nos bancos de dados
146
Trata-se de constituir uma pesquisa descritiva por meio de trabalho de campo,
geoprocessamento.
Por fim, a análise das informações obtidas ao longo da pesquisa permitirá que
REFERENCIAL TEÓRICO
______; CHAVEIRO, Eguimar Felício. Por uma análise territorial do Cerrado. In: PELÁ,
Márcia; CASTILHO, Denis (orgs.). Cerrados: perspectivas e olhares. Goiânia: Editora
Vieira, 2010, p. 35-50.
147
GRAZIANO DA SILVA, José. Complexos agroindustriais e outros complexos. In:
GRAZIANO DA SILVA, José. A nova dinâmica da agricultura brasileira. 2. ed. rev. –
Campinas, SP: UNICAMP. IE, 1998, p. 61-104.
KOSIK, Karel. Dialética do concreto. 2. ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
RUEDA, Rafael Pinzón. Evolução histórica do Extrativismo. In: MURRIETA, Julio Luiz;
RUEDA, Rafael Pinzón (orgs.). Reservas extrativistas. UICN, Gland, Suíça e
Cambridge, Reino Unido, 1995, p. 3-12.
SOUZA, Marcelo José Lopes de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e
desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRÊA,
Roberto Lobato (orgs.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. – Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2000, p. 77-116.
148
PLANO DE REDAÇÃO DETALHADO PRELIMINAR
149
A FLECHA DA CANETA: A REPRESENTAÇÃO DE NATUREZA EM
DANIEL MUNDURUKU NO O SABEDORIA DAS ÁGUAS – A
LITERATURA INDÍGENA EM QUESTÃO
INTRODUÇÃO
várias concepções foram desenvolvidas por diversos autores, tais como Santos (1997),
que aponta que a natureza foi transformada em recurso, e como tal, transformável,
divisível e monetarizada.
não é mais de proporcionar dádivas para satisfazer necessidades humanas, mas tomada
pelas técnicas e pela divisão social do trabalho, sendo, portanto, um recurso do processo
especifica que o que é a natureza depende de sua posição como elemento da totalidade
triunfal do homem sobre a natureza. Contudo, salienta que o homem não domina
de espécies de animais e vegetais. Assim, pode-se entender como a literatura feita por
150
Chaveiro e Lima (2016) constatam que a aproximação entre Geografia e
Literatura ocorre justamente no quesito da densa relação entre vida e espaço e através
imaginação ficcional e sua ferramenta é a palavra escrita, a qual ele age sobre o mundo
sobre os rumos que o pensamento geográfico tem-se direcionado a autora reitera que a
espaço, do lugar e do sujeito. Assim sendo, pode-se indagar: como esses símbolos
contribuir para que os geógrafos pensem a geografia como dizer e questionem o dizer
da geografia, pois para o autor buscar defender uma dizibilidade além de superar os
Ainda, Chaveiro (2017) enfatiza em seus estudos os pressupostos de que a voz literária
pode enriquecer a ação científica e pode contribuir para com a teoria do conhecimento
151
Feita essas considerações acerca do tema de estudo, a presente pesquisa aponta
natureza? E ainda, como esse escritor faz uma literatura para o mundo indígena? E por
fim, a literatura indígena está contribuindo ou não para as causas desses povos?
literatura indígena.
instrumento de luta pelas suas causas, nos levam a visibilizar as situações que esses
econômicos, que muitas vezes não evidencia a dignidade humana dos povos indígenas.
estudos sobre os indígenas, com o intuito de contribuir para a modificação das injustiças
contra essa minoria. Isto posto, pode-se recorrer ao movimento dos escritores indígenas,
que segundo Lima (2016) vem utilizando a escrita para se autoafirmar, para denunciar
diversos tipos de espoliações e também para divulgação de suas culturas, a escrita passa
a ser utilizada pelos indígenas, pois a força da oralidade marcou por séculos a forma
os quais a grande maioria é formada por sujeitos que saíram das aldeias e migraram para
152
esses escritores destaca-se Daniel Munduruku o qual sua obra é objeto de análise desse
estudo.
modo, torna-se relevante investigar como essa produção literária indígena se constitui e
aproximam, pois segundo a autora a aproximação teórica entre essas duas ciências vem
crescendo no Brasil, o que se pode confirmar também nos estudos de Chaveiro e Lima
(2016).
youtube, a literatura indígena é apenas uma palavra e os indígenas foram aos poucos
percebendo que seus textos é literatura, no entanto, não é apenas a arte da escrita, mas
compreendem a literatura como parte da cultura indígena, pois segundo ele a cultura
indígena não faz separação entre os saberes, com isso a literatura torna-se parte
integrante dos saberes indígenas, como é a dança, o canto, o grafismo, ou seja, todas
apenas literatura. Essa entrevista foi publicada no youtube no dia 12 de abril de 2016.
Sendo assim, observa-se que os índios estão escrevendo e reescrevendo suas histórias.
contexto brasileiro.
153
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
● Analisar como a literatura feita pelos escritores indígenas pode contribuir para
lêem a literatura.
METODOLOGIA
anunciados. Pensando que o exercício científico só pode ser feito através de um método
de interpretação, Gil (2008) refere que o método dialético pode ser entendido como
indígenas.
forma ampla como as representações de natureza são apresentadas nas obras dos
154
escritores indígenas, sobretudo na obra “Sabedoria das águas” de autoria de Daniel
Munduruku.
para as pautas desses povos, que são minorias que sofreram e sofrem com o processo
histórico ao qual foram e ainda são submetidos. Assim, visando subisidiar o trabalho
Será priorizada a revisão bibliográfica física e virtual com relevância para o tema
materiais diversos com conteúdo tanto na forma física como em vídeos publicados nos
literatura indígena no Brasil. Bem como analisar a obra e trajetória do escritor indígena
geografia e literatura, atenção especial será dada a autores como Almeida (2004, 2009),
Lima (2016), Graúna (2003), Lima (2013), Chaveiro e Lima (2016), Potiguara (2004),
Munduruku (2008), Jakupé (2009) entre outros. Paralelamente, fazer-se-á uma leitura
consistirá nas abordagens de Santos (1979, 1985, 2002) e também de Harvey (2011).
literatura, pois é um método que segundo Berdoulay (2003) serve como uma
155
ciência com o contexto no qual o cientista está situado. Desse modo, esse método
4.1.2 Entrevistas
utilizando a escrita para contar e recontar suas histórias, como a palavra pode ter força
política. Nesse contexto, espera-se que sejam realizadas entrevistas com intelectuais que
pesquisa, a Professora Drª Angelita Pereira de Lima, a Professora Drª Sélvia Carneiro de
Lima, Professora Drª Maria Geralda de Almeida e o Professor Drº Eguimar Felício
Chaveiro.
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
Nesse item será analisado se a literatura indígena tem trazido resultados para as
pautas indígenas, se essa literatura tem reverberado em conquistas para esses povos que
são considerados minorias, que tem suas terras e culturas expropriadas pelas forças
políticas que visam em primeiro lugar o viés econômico, embasados na lógica
materialista e mercadológica, sem se preocupar com a preservação dos direitos desses
povos, direitos de tradição histórica, verificados nas constituições federais ao longo do
tempo. Toda essa conjuntura será analisada nesse capítulo.
156
Nesse item será feito a síntese dos pressupostos da dissertação, ou seja, a análise da
obra do escritor indígena Daniel Munduruku e constatado como a natureza é
apresentada por este escritor, respondendo ao questionamento basilar.
REFERENCIAL TEÓRICO
ALMEIDA, Maria Inês de. “Livros da Floresta”. In: ALMEIDA, Maria Inês de; QUEIRÓS,
Sônia. Na captura da voz: as edições da narrativa oral no Brasil. Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2004.
GIL, Antônio, Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Sócial. 6ª Ed., São Paulo: Atlas
S.A, 2008.
JEKUPÉ, Olívio. Literatura escrita pelos povos indígenas. São Paulo: Scortecci, 2009.
LIMA, Sélvia. C. Povo indígena do Cerrado goiana: os karajá de Aruanã. In: Denis
Castilho; Márcia Pelá. (org.). Cerrados: perspectivas e olhares. 1ed. Goiânia: Vieira, v.1,
p.131-153, 2010.
POTIGUARA, Eliane. Metade cara, metade máscara. São Paulo: Global Editora, 2004.
157
SANTOS, M. A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e emoção. Hucitec: São
Paulo, 1997.
158
MODERNIZAÇÃO DA MINERAÇÃO EM GOIÁS E OS EFEITOS
TERRITORIAIS DA ORINOCO GOLD LIMITED NO MUNICÍPIO DE
FAINA/GO
Edgar da Silva Oliveira
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
território para o estudo desvelador dos conflitos decorrentes desta relação, pois
historicamente estes dois elementos têm dado conta que o fenômeno é importante em
descoberta de algum ouro data de 1560 e está inscrito na lápide de Brás Cubas fundador
(1722), então Capitania de São Paulo, promoveu uma primeira reorganização territorial
Capitanias de Cuiabá e de Goyás. Esta última, a partir do Arraial de Sant`Anna que deu
origem a atual Cidade de Goiás, foram descobertos outros depósitos de aluvião e criados
novos arraiais como o de Santa Rita da Anta, hoje distrito do município de Faina-GO
mola propulsora para a ocupação portuguesa que juntamente com a força de trabalho
159
escravo proveniente, sobretudo da África, contribuíram para a consolidação das
paisagem das áreas de Cerrado, como o desvio no curso de rios e os depósitos de rejeitos
desse processo que são visíveis até os presentes dias. Por isso é possível falar que no caso
de Faina seu território tem sido alvo das estratégias oriundas dos mineradores desde o
século XVIII, fato que em diferentes tempos se relaciona com as políticas de Estado. A
depósitos de aluvião agora se volta as jazidas do subsolo, este por sua vez uma
sustentação do solo e de todas as espécies que dele dependem a sua reprodução, já para
o homem este se apresenta como fonte dos meios de produção e como lócus privilegiado
de expansão do capital sobre áreas de Cerrado em Goiás desde meados do século XX, os
quais tem condicionado uma drástica redução da cobertura vegetal bem como da fauna
Goiás sempre foi alvejado por estas estratégias o que há de novo então a ser estudado?
160
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
METODOLOGIA
(2004); Teixeira Neto (1982); Haesbaert (2007); Mendonça (2004); Assis (2016); Carvalho
sociais que serão coletados juntos aos órgãos oficiais como o Instituto Brasileiro de
junto aos movimentos sociais e pastorais como o Movimento dos Atingidos pela
Mineração (MAM), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) entre outros para verificar a
161
primárias serão obtidos por meio de pesquisa de campo no município de Faina/GO, onde
recentemente teve início a exploração de ouro pela empresa transnacional Orinoco Gold
REFERENCIAL TEÓRICO
CARVALHO, Wanderlino Teixeira de. Política mineral goiana (1960-1986). 1988. 246 f.
Tese (Mestrando em Geociências) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas.
162
GOIÁS. Lei nº 3. 810, de 10 de Novembro de 1961. Autoriza o Poder Executivo a
constituir uma companhia que se denominará Metais de Goiás S.A. e da outras
providências. Casa civil, Goiânia, GO. Disponível em: HTTP://
http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=15728 Acesso em: 20 de Mar.
De
2017.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo - razão e emoção. 4 ed. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
163
SILVA, Marcos, P.; ROCHA, Cleonice. Caracterização da mineração aurífera em Faina,
Goiás, em um contexto ambiental histórico e atual. Ambiente & Sociedade, v. 11, n. 2,
p. 373-388, 2008.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Tradução de Maria Cecília França.
São Paulo: Ática, 1993.
164
Latina pela mineração, organizado pelo Centro de Tecnologia Mineral (CETEM, 2000); a
Constituição Federal (1988); Decreto Lei Nº 227, de 28 de Fevereiro de 1967 (Código de
Mineração) e normas correlatas; Lei Nº 11. 685, de 2 de Junho de 2008 (Estatuto do
Garimpeiro); Lei Nº 3.810, de 10 de Novembro de 1961 (Autoriza o Poder Executivo a
constituir a Companhia Metais de Goiás S.A); e a Lei Nº 13.550, de 11 de Novembro de
1999 (coloca em liquidação a Metago). Segundo capítulo: 2 A MINERAÇÃO NO
SÉCULO XVIII E A FORMAÇÃO TERRITORIAL DE FAINA/GO, está subdividido
em quatro tópicos: (2.1) As origens de Goiás nas bateias dos escravos: um breve história,
cujo embasamento teórico consiste nas leituras das obras: Geografia: Goiás-Tocantins,
de Horieste Gomes; Antônio Teixeira Neto e Altair Sales Barbosa (2004); A formação
territorial: considerações sobre alguns aspectos geográficos, históricos e políticos, de
Antonio Teixeira Neto (1982); A produção do território goiano: economia, urbanização,
metropolização, de Tadeu Alencar Arrais (2013). O tópico (2.2) A fragmentação
territorial e a formação do município de Faina/GO se consubstanciam na pesquisa
realizada para redação de minha monografia de graduação intitulada: O papel do Estado
na produção e organização do território goiano: um estudo de caso a partir do município
de Faina-GO (2015); e dados obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Já o tópico (2.3) A incorporação técnica-tecnológica e a retomada da
exploração aurífera no território fainense na década de 1980, tem como base os trabalhos:
A mineração em Goiás e o desenvolvimento do Estado, de Luciano Ferreira da Silva
(2010); Política mineral goiana (1960-1986), de Wanderlino Teixeira de Carvalho (1988);
Caracterização da mineração aurífera em Faina, Goiás, em um contexto ambiental
histórico e atual, de Marcos Pedro da Silva e Cleonice Rocha (2008); e Análise dos
impactos socioeconômicos e ambientais com a implantação da Sertão Mineração no
município de Faina, de Adriana José de Moura (2004). O tópico (2.4) Aspectos físico,
econômico e demográfico do município de Faina/GO, será redigido com base nos dados
obtidos através do Serviço Geológico do Brasil (CPRM); Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA); Portal da Transparência; e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O terceiro capítulo: 3 A TERRITORIALIZAÇÃO DA EMPRESA ORINOCO
GOLD LIMITED EM FAINA/GO, está estruturado em quatro tópicos, a saber: (3.1)
Caracterização da Orinoco Gold Limited, cujo os dados estão sendo obtidos no sítio da
internet da própria empresa e em órgãos especializados no setor como o Instituto
Brasileiro de Mineração (IBRAM). O tópico (3.2) Efeitos socioeconômicos: o Capital em
ação resultará do cruzamento dos dados econômicos e demográficos que serão
organizados e tabulados, sendo produzidos gráficos, tabelas e outros produtos que
comporão o texto da dissertação. O tópico (3.3) As externalidades da exploração aurífera
em Faina/GO, será redigido com base nos dados obtidos junto ao Ministério do Meio
Ambiente (MMA) e suas subdivisões estadual e municipal; Agência Nacional de Águas
(ANA) e seus respectivos órgãos; e nos dados da caderneta de campo. E o tópico (3.4) Os
165
Povos Cerradeiros no território fainense e a luta pela (Re)existência, será redigido com
base nos dados obtidos na visita ao Assentamento São José do Piçarrão e Comunidade
Remanescente Quilombola Água Limpa; e nos dados obtidos junto aos movimentos
sociais, como o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM); Comissão
Pastoral da Terra (CPT); Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST)
166
GEOGRAFIA HISTÓRICA E PENTECOSTALISMO: IMPLANTAÇÃO E
EXPANSÃO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL (1911-1946)
Eunice de Oliveira Rios
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
história do cristianismo no século 20, cujas origens remontam ao ano de 1901, seu
“Avivamento da Rua Azuza”, em Los Angeles, deflagrado em abril de 1906, tendo como
(CCB) e a sueca (1911) que se tornou “Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus” (IEAD).
Brasil, visto como “mais uma das muitas novidades vindas dos Estados Unidos, mas
trazidas por europeus”. Esse período é marcado por um grande entusiasmo nacional,
tais como: “bondes, linhas de trens, telefone e jornais” (ALENCAR, 2013, p. 98).
167
consequência disso e, pelo tempo e espaço que ocupam, elas são o
fundamento da matriz pentecostal brasileira. Um pentecostalismo
híbrido: que veio dos Estados Unidos, trazido por europeus, e aqui é
abrasileirado, gerando um resultado peculiar e único. Nasce, constrói-
se e fortalece a partir – e apesar – da realidade brasileira. Os demais
movimentos pentecostais brasileiros nasceram tendo as ADs como
referência, seja em progressão, concorrência ou negação (ALENCAR,
2013, p. 25).
relevante?
Objetivo Geral
168
inserção de Frida Vingren nesse processo (atuação missionária, produção literária e
artística).
Objetivos Específicos
3. Levantar dados sobre Frida Vingren, suas origens, trajetória e ações como a
METODOLOGIA
p. 259).
sobre a outra (RODRIGUES, 2015, p. 259), visando compreender como os processos que
169
movimento pentecostal no Brasil, a princípio local (Belém – PA), depois regional (Norte
RELEP)4;
REFERENCIAL TEÓRICO
pesquisadores de renome.
humana que não seja geografia histórica?”. No referido texto o autor se propõe a discutir
3A principal fonte são os arquivos da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD)
disponível em http://editoracpad.com.br/hotsites/frida/
4 A Rede é formada por doutores em Teologia, Sociologia, Antropologia e Ciências Políticas, todos
pentecostais, pesquisadores de vários países latino-americanos.
170
“como o tempo e a história são elementos implícitos e não excessivamente explícitos na
pesquisa geográfica”.
assim como sua formação social” e conclui que a “grande contribuição da Geografia
Histórica foi procurar estabelecer a relação concreta e coerente entre o tempo e o espaço
paisagem cultural e a explicação dos fenômenos atuais por meio de uma interpretação
genética.
Com relação à empiricização do tempo e a idade dos lugares, Santos (2004, p. 48)
171
A técnica entra aqui como um traço de união, historicamente e
epistemologicamente. As técnicas, de um lado, dão-nos a possibilidade
de empiricização do tempo e, de outro lado, a possibilidade de uma
qualificação precisa da materialidade sobre a qual as sociedades
humanas trabalham. (...)
As técnicas são datadas e incluem tempo, qualitativamente e
quantitativamente. As técnicas são uma medida de tempo (2004, p. 54).
Na realidade, toda técnica é história embutida. Através dos objetos, a
técnica é história no momento da sua criação e no de sua instalação e
revela o encontro, em cada lugar, das condições históricas (econômicas,
socioculturais, políticas, geográficas), que permitiram a chegada
dessesobjetos e presidiram à sua operação. A técnica é tempo congelado
e revela uma história.
172
PLANO DE REDAÇÃO DETALHADO PRELIMINAR
e MATOS)
(ALENCAR e FAJARDO)
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Isael de. Frida Vingrem– uma biografia da mulher de Deus, esposa de
Gunnar Vingren, pioneiro das Assembléias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro, CPAD,
2014.
173
PIRES, Hindenburgo Francisco. Reflexões sobre a contribuição da geografia histórica e
da Geohistória na renovação dos pensamentos geográfico e Histórico no século XX. In.
Colóquio Brasileiro de História do Pensamento Geográfico. Disponível em:
<http://www.cibergeo.org/artigos/ICBHG_2008_hindenburgo.pdf > Acesso em:
15.08.2017.
RODRIGUES, Glauco Bruce. Geografia históricae ativismos sociais. In. GeoTextos, vol.
11, n. 1, julho 2015. G. Rodrigues. 241-268. Disponível em:
<https://portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/12147/9734 >Acesso em:
12.04.2018.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e tempo. Razão e Emoção. São Paulo:
Edusp, 1996.
174
ASSENTAMENTOS HORIZONTAIS FECHADOS; O QUE ATRAI ESTES
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS À CAPITAL GOIANA?
Gabriela Vilela de Sousa
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
obscuras são suas previsões de existência, como salientou Lewis Mumford (2008).
que, mesmo sem uma definição clara de cidade, saibamos o que a constitui. Lefebvre
(2008), por exemplo, identificou uma característica fundamental das cidades; o confronto
enfatizada e retomada pelo mercado imobiliário, que por sua vez, ao precificar o espaço
empreendimentos que têm se multiplicado ao longo dos anos, devido aos elementos da
175
Goiânia, são duas principais; a) o consumo gerado pelo status vinculado aos
que atinge as grandes cidades, como atestado por Souza (2012). Mas qual seria o papel
assentamentos urbanos- o caso dos espaços fechados. O critério utilizado para a seleção
Esta pesquisa justifica-se por uma pergunta bastante pertinente para os estudos
enorme colmeia urbana?” (MUNFORD, 2008). Esta pergunta tem encontrado resposta
OBJETIVOS
-Objetivo Geral
-Objetivos Específicos
176
● Entender o que caracteriza a cidade.
assentamentos fechados.
METODOLOGIA
espaços fechados de moradia. Além disso, esta pesquisa contará com uma coleta de
REFERENCIAL TEÓRICO
momentos, não sabemos de fato o seu conceito. Seria talvez limitado propôr um conceito
não é a cidade, bem como o que a caracteriza. Para Lefebvre (2008) a cidade, entre outros
aspectos, possui contradições que são fundamentais para a vida urbana. Como enfatiza
o autor;
177
(inclusive no confronto ideológico e político) dos modos
de viver, dos padrões que coexistem na ‘cidade’(p.22)
apregoa Caldeira (2011) estaríamos criando, de certa forma, uma antítese da cidade. A
formação destes assentamentos é fortalecida pelo próprio mercado imobiliário, que além
de áreas, vias de acesso facilitado, são elementos de destaque para a criação destes
(HOWARD, 1996) é recorrente nestes espaços, o que torna um atrativo para estes
empreendimentos.
Segundo Moysés (2005), houve uma expansão da área urbana de Goiânia. Tal expansão,
expansão da área urbana de Uberlândia, como destacado por Botelho foi tributária de
favorecer o consumo destes assentamentos, bem como a expansão dos mesmos ao longo
178
PLANO DE REDAÇÃO PRELIMINAR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
179
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Enclaves Fortificados: A nova segregação urbana. City of
walls: Crime, segregation and citizenship in São Paulo. University of California. 1997.
HOWARD, Ebenezer. Cidades-jardins de amanhã. Ed. HUCITEC. São Paulo. SP. 1996.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. Ed. Centauro. 5.ed. São Paulo. SP. 2008.
Sites Visitados:
SEPLAN: http://www.goiania.go.gov.br/shtml/seplam/anuario2012
180
COMPLEMENTARIDADES E COMPETITIVIDADES NA REDE URBANA
DO OESTE BAIANO NO INÍCIO DO SÉCULO XXI
Iann Dellano da Silva Santos
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
(10%), em 2010 (IBGE, 2016), segue como fornecedor de um conjunto de bens e serviços
ensino e grandes redes de varejo, atendendo a demanda local e regional. Por ser um
via televisiva no âmbito interno regional, este centro congrega funções comerciais, de
Em uma posição secundária, tem-se, nessa mesma rede urbana regional, Luís
rural de 5.224 habitantes (8,7%), em 2010 (IBGE, 2016), que vem se estruturando em torno
curta espaço-temporalidade.
181
possivelmente, poderia se subordinar a Luís Eduardo Magalhães em termos de
hierarquia urbana e comando regional? Luís Eduardo Magalhães, por ora, continuaria
com sua posição secundária, tendo em vista que, por mais que sejam expressivas as
OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos
rede;
METODOLOGIA
complementaridades e competitividades)
182
II – Revisão e aprofundamento empírico a respeito do estudo de caso (rede urbana do
Oeste Baiano)
políticos)
REFERENCIAL TEÓRICO
das cidades mundiais, ou seja, “verdadeiros nós na cadeia de relações múltiplas que dão
estabelecem por meio de redes (de comunicação e transporte), formando uma cadeia de
redes urbanas controladas por metrópoles mundiais ou nacionais. No caso dos países
intermediando relações entre essas e suas redes urbanas internas (CORRÊA, 1989).
entre escala local e regional com a internacional. É nessa dialética entre “ordem global”
p. 155).
outros a nível metropolitano ou regional (CORRÊA, 2006, p. 15). Nesse sentido, a rede
183
ação dos grandes centros cabeças de redes urbanas nacionais ou mundiais (CORRÊA,
1989) e é reflexo “dos efeitos acumulados da prática de diferentes agentes sociais [...] que
introduzem, tanto na cidade como no campo, atividades que geram diferenciações entre
A rede urbana das áreas de cerrado possuía pequena integração interna, com
(SOARES; BESSA, 1999). No caso do Oeste Baiano, esse tipo particular de rede surge no
final do século XIX, com um padrão eminentemente dendrítico, devido aos principais
1989, p. 125). O padrão dendrítico é considerado “a forma espacial mais simples de rede
número crescente de áreas e com a expansão desigual da oferta de bens e serviços [...],
157), e gerando uma seletividade espacial que se manifesta no âmbito econômico e social
Como aponta Diniz (1982, p. 160), “não resta a menor dúvida de que a penetração
fatores responsáveis por mudanças na rede urbana regional do Oeste Baiano. Mudanças
essas que, na concepção de Sposito (2011, p. 131), sendo quantitativas, como relacionado
ao tamanho dos centros urbanos, e qualitativas, como no que diz respeito aos papéis
184
Nesse sentido, vem se constituindo no Oeste Baiano uma rede urbana de padrão
espacial de múltiplos circuitos, o qual, segundo Corrêa (1989, p. 77) aponta ser um
207).
Com a inserção de capital agrícola nas áreas de cerrado a partir das décadas de
1970 e 1980, a rede urbana do Oeste Baiano foi se reestruturando em torno das
atividades voltadas para o campo nos centros tradicionais, sobretudo Barreiras, e nos
novos aglomerados criados pela própria agricultura moderna, tais como Roda Velha, no
2014).
atividades urbanas (SANTOS FILHO, 1989), acarretando no que Soares; Bessa (1999, p.
185
em lugar de gestão local e regional dessa atividade, por concentrar a produção,
Nesse sentido, a rede urbana compõe-se de um conjunto de centros que, por sua
exploração dos centros de acumulação de capital e poder sobre a região” (BESSA, 2010,
p. 37). Tais circuitos efetuam-se, como sugere Corrêa (1989, p. 75), por meio de “[...] um
estando inseridos na divisão territorial do trabalho que, por sua vez, impõe distinção
entre os centros urbanos, entre os segmentos de rede urbana, entre as regiões, enfim,
entre os espaços, pois a divisão territorial do trabalho “cria uma hierarquia entre lugares
e redefine, a cada momento, a capacidade de agir das pessoas, das firmas e das
Baiano foi acarretada pela incorporação de novos grupos sociais advindos de diversos
lugares do país, sobretudo dos sulistas, em sua grande parte, detentores dos meios de
186
Esses construíram suas identidades, interações e formas organizacionais, o que inferiu
Magalhães, apresenta um caráter competitivo. Sendo assim, “[...] tais hierarquias não são
Ademais, Barreiras segue, no início do século XXI, como principal centro da rede
urbana do Oeste Baiano, exercendo papeis urbanos a nível macrorregional, com relações
Eduardo Magalhães que, mesmo em uma posição secundária, ameaça o comando dessa
PLANO DE REDAÇÃO
187
5 – Considerações finais: corroborar ou confrontar com as hipóteses incialmente
apresentadas.
REFERÊNCIAS
_____. Proposições para a análise da diferenciação espacial nos estudos sobre rede
urbana: as noções de convergência e divergência. GEOUSP, São Paulo, n. 28, p. 34-58,
2010.
______. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
______. Reflexões sobre a dinâmica recente da rede urbana brasileira. In: IX Encontro
Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento
Urbano e Regional (ANPUR), 9, 2001, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro:
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e
Regional, 2001, p. 424-430.
188
______. Regiões de Influência das Cidades, 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
SANTOS, Clóvis Caribé Menezes dos. Oeste da Bahia: modernização com (des)
articulação econômica e social de uma região. 2007. 239f. Tese (Doutorado em Ciências
Sociais) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas,
Salvador. 2007.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
EDUSP, 2014 a.
______. Economia espacial: críticas e alternativas. 2ª ed. 3ª reimp. São Paulo: EDUSP,
2014 c.
SOARES, Beatriz Ribeiro; BESSA, Kelly Cristine Fernandes de Oliveira. As novas redes
do cerrado e a realidade urbana brasileira. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v.
19, n. 2, p. 11-34, jan./dez. 1999.
189
A PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA E A APROPRIAÇÃO DOS
ESPAÇOS NA MICRORREGIÃO DO VÃO DO PARANÃ-GOIÁS/ BRASIL
Jamylle Lorrane Silva Passos
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
investigação científica.
sobre população, dividido em: população relativa, população na idade ativa, taxa de
Municipal (IDMH).
dessa vez trabalhando com a seguinte temática: A pessoa com deficiência física e a
190
Quando analisamos como os municípios que formam essa microrregião estão
partir da perspectiva de pessoas com deficiência física que vivem nesses municípios de
assim as seguintes indagações: Quantos são e onde estão as PCD na microrregião do Vão
do Paranã? Como as PCD apropriam dos espaços públicos nos municípios do Vão do
Paranã? Quais são os problemas e os desafios enfrentados pela pessoa com deficiência
Vão do Paranã para atender a PCFD? Existem políticas públicas e ações destinadas às
PCD? São estes questionamentos que norteiam a presente pesquisa, e serão a base para
microrregião do Vão do Paranã não são pensados nem planejados para receber o
Dessa forma justifica-se a importância dessa pesquisa na medida em que ela pode
demostrar como é apropriado os espaços nos municípios do Vão do Paranã pelas PCD,
como eles se organizam nos conflitos existentes no espaço. E de certa forma, conhecer
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Entender a apropriação dos espaços pela pessoa com deficiência física nos
191
Objetivos Específicos
Paranã.
METODOLOGIA
motivos, valores e atitudes. A quantitativa buscar-se-ia dizer onde estão, quem são, o
Numa segunda etapa, faremos a coleta dos dados por meio de observações de
campo através de fotografias dos espaços públicos e prédios públicos, localizados nas
Vão do Paranã. De posse desse levantamento faremos o confronto dos dados obtidos
192
Também realizaremos o levantamento de dados e informações censitárias das
PCD nos censos do IBGE, esperando com isso mapear os municípios de moradia das
Na terceira etapa serão realizadas entrevistas com pessoas com deficiência física
Realizar observações nos espaços públicos das áreas centrais dos municípios
importância de se construir mapas mentais, sendo uma das principais tentativas para
REFERENCIAL TEÓRICO
fomentar essa discussão primeiramente é preciso entender onde está localizado este
193
A microrregião do Vão do Paranã está localizada na mesorregião do Leste de
demográficos de Goiás como é a apontado pelo (IMB, 2004) , com uma população média
autores (a):
para esse trabalho para nos ajudar a entender a baixa dinamicidade econômica e como
isso de certa forma influencia na vida do PCDF e como esses indivíduos se reorganizam
194
No ano de 1941 o IBGE apresentou a divisão regional do Brasil em Norte,
Nordeste, Leste, Sul e Centro Oeste, em 1987 surge a divisão regional em mesorregiões
e microrregiões sendo aprovada em 31 de Julho de 1989 dando essa divisão como forma
microrregião:
espacial investigado. De acordo com, Barreira (2002) essa região foi durante o século
XVIII há que representava melhor economia para o estado através da pecuária e pela sua
forte ligação com a região Nordeste do Brasil que nesse período dominava a economia.
não é mais o açúcar, mas agora o café, assim no século XIX altera-se a demanda e a região
Sul do estado de Goiás começa a ser considerada a com melhores condições para atender
a economia brasileira, pois apresenta fortes relações com Sul de Minas e com São Paulo.
195
Nesse trabalho entender as práticas sociais vividas e concebidas por indivíduos
com deficiência física é primordial para cerne da pesquisa. Diversos autores dialogam
De acordo com Corrêa (2000), o espaço não é nem o ponto de partida e nem ponto
de chegada. Lembrando que foi a partir dos movimentos proporcionados pela Geografia
crítica em 1970 que espaço aparece como estudo central dos geógrafos neomarxistas. “
As práticas sociais são ações para garantir diversos projetos.” ( CORRÊA, 2000,p.35)
apropria do espaço.
Corroborando com Santos (1996), quando analisa o espaço formado por objetos
técnicos, assim determina que tanto o espaço do trabalho, como o espaço da distância
entre outros são manifestações do espaço geográfico como técnica, pois e ela que
participa na produção da percepção do espaço. “[...] o mesmo espaço pode ser visto
nos apresenta um olhar sobre experiencia física e espacial da ordem espacial e temporal,
assim o espaço que nos envolve na vida cotidiana afetam nossas experiencias diárias.
presentes na vida do sujeito, no caso investigado por eles a pessoa com deficiência- PCD.
196
As práticas espaciais, formadas por conteúdos históricos, sociais,
culturais, econômicos, representacionais, traçam CARTOGRAFIAS DE
DEVIRES, geram mapas existenciais. Ou seja, geram ações,
cruzamentos, bifurcações que põem o sujeito em movimento no
movimento do mundo.(CHAVEIRO; FADEL, 2017, p.16)
trabalho com uma visão real de como analisar o PCDF, e como dialogar como este
voltada para esse determinado grupo, até mesmo pela forte possibilidade de
microrregião do Vão do Paranã que em alguns momentos foi e continua sendo uma
PLANO DE REDAÇÃO
2. Espaço Público dos Municípios do Vão do Paranã e a Pessoa Com Deficiência Física.
3.3. A Cartografia para amostra de como o PCDF apropria dos espaços no Vão do Paranã.
REFERÊNCIAS
197
CHAVEIRO, Eguimar; FADEL, Luiz Carlos. Por uma cartografia existencial:
representações sobre a pessoa com deficiência física. Revista Acadêmica Educação
Cultura em Debate. v.3 .n..xxx jan-jul.2017. Disponível em :
file:///E:/Usu%C3%A1rios/Cliente/Downloads/272-826-1-PB%20(2).pdf. Acesso: 13
mar.2018.
BARREIRA, Celene Cunha Monteiro Antunes. Vão do Paranã: a estrutura de uma
região. Brasília: Ministério da Integração Nacional; Goiânia: Universidade Federal de
Goiás. Coleção Centro-Oeste de Estudos e Pesquisas, v.8, 2002.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. INTITUTO BRASILEIRO
DE GEOFRAFIA E ESTATÍTICA (IBGE). Divisão Regional do Brasil em Mesorregiões
e Microrregiões geográficas. Rio de Janeiro, vol-1. 1990. Disponível em:<
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografia/GEBIS%20%20RJ/DRB/Divisao%r
egional_v01.pdf > Acesso em: 14 jan. 2018.
CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná
Elias de; GOMES, Paulo César da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato. (Orgs.).Geografia:
Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
IMB-Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. Dinâmica
Populacional: características e discrepância do bônus demográfico em Goiás.
SEGPLAN- Secretaria do Estado de Goiás de Gestão e Planejamento. Dez. 2013.
HARVEY, D. O espaço como palavra-chave. Geographia, Vol.14, n.28, 2012.
SANTOS, Milton. Natureza do espaço. São Paulo: Nobel, 1996.
198
PERSPECTIVAS DA PAISAGEM NA GEOGRAFIA CULTURAL:
TRANSIÇÕES E TENSÕES NA PÓS-MODERNIDADE
Jéssica Soares de Freitas
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
Geográfica e, mesmo que ao longo dos anos tenha perdido seu protagonismo na
paisagem por vezes era confundia com o termo região, por sua origem no termo landschaft
categoria. Para ele (JACKSON, [1984], 2008), a paisagem pode ser considerada como
Cultural, Eric Dardel, (2011, p.32), assinala que, “a paisagem pressupõe a presença do
homem, mesmo lá onde toma a forma de ausência”. Sem o sujeito não é possível
conceber a paisagem, pois é ele que significa o espaço e nele constitui suas relações
1Ainda que não seja o âmbito da tese, deve-se destacar que na Geografia Física, diferente da
Geografia Humana, a Paisagem não perdeu seu protagonismo e ainda é uma das categorias mais
estudadas por esse caminho geográfico.
199
essenciais para a concepção da mesma. Nesse sentido, Dardel explicita a
década de 1960 e 1970 (MARANDOLA JR, 2013). Enquanto uma foi pelo viés do
(1975) e Tuan (1974) se tornaram bases para o pensamento desse conceito, bem como
Berque (1990), que desenvolve estudos acerca da paisagem com auxílio da filosofia e
geografia japonesas.
A Geografia Cultural Renovada, por sua vez, foi determinante para um novo
rumo à abordagem com estudos acerca das representações e interesse pela pós-
modernidade (ALMEIDA, 2009). Olwig (1984), que está inserido nessa perspectiva
paisagens dinamarquesas. Por outro lado, Mitchel ([1994], 2008), debate a conceituação
produto social.
das externalidades, a considerar seus elementos subjetivos, a realizar, dessa forma, uma
dinâmicas sociais da globalização foram tratadas, por um tempo, de maneira crítica por
esses geógrafos. Relph (1976), ao estudar a paisagem em conjunto com o lugar, configura
200
A pós-modernidade, cabe ressaltar, não é uma superação do moderno, mas o
“announces an awareness that we are in a transition out of the aura of the modern into
what is not yet easily nameable”. O público se mistura com o privado, as notícias são
circuladas de maneira cada vez mais rápida e os lugares se modificam mesmo que a
presença do sujeito não se faça de forma física. O tradicional é cada vez mais dinâmico
e não se encontra mais em duelo com o novo, mas constrói relações simbióticas.
atenção para o olhar geográfico, uma vez que se tornou constituinte da sociedade
De acordo com Moles (2012), para além de um sistema de objetos o Kitsch é uma
atitude. Para o filósofo, ela “se manifesta em relação aos objetos envolvendo tanto as
camadas sociais abastadas como as demais categorias sociais” ([1971], 2012, p. 199). A
uma reciclagem irreverente, um gosto pela iconografia e pelo artificial, um prazer na cor,
condições.
De acordo com Relph (2001, p. 153) “in contrast with the modernist perspective
that offered clear answers about what is true and what is false, and about the right ways
to think, act, and pass judgment, this is profoundly disturbing”. Dessa forma, os estudos
201
investigados anteriormente, uma vez que a dinâmica é marcada pela amplitude de
modernidade?
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Geografia Cultural;
contemporânea.
202
METODOLOGIA
para além do texto final serão elaborados artigos acadêmicos em anais de evento, livros
e periódicos.
REFERENCIAL TEÓRICO
203
CONNOR, S. Cultura pós-moderna: Introdução às Teorias do Contemporâneo. São
Paulo: Edições Loyola, 1989.
204
PLANO DE REDAÇÃO DETALHADO PRELIMINAR
▪ Paisagens Culturais
▪ Paisagens Vernaculares
▪ Paisagens Experienciais
▪ Pós-modernidades Geográficas
▪ As sobreposições: pré-moderno/moderno/pós-moderno
205
o Capítulo IV – Imaginários e visualidades das paisagens pós-modernas
▪ Paisagens distópicas
▪ Paisagens digitais
▪ Paisagens cyberpunk
▪ Paisagens autênticas
206
O CONCEITO DE AGRONEGÓCIO: ANÁLISE DOS EFEITOS
SOCIOAMBIENTAIS DO MODELO AGRÍCOLA HEGEMÔNICO NOS
CERRADOS
Jéssyca Tomaz de Carvalho
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
perpassa vários elementos que merecem atenção e uma discussão criteriosa e crítica.
cidade de que esta é uma questão resolvida e de que há no campo um bloco monolítico,
produção.
imagem do bioma Cerrado. Neste processo, percebe-se o sufocamento dos saberes fazeres
que não são válidos à todos os sujeitos. Modelos que monopolizam e estrangulam a
207
heterogeneidade brasileira e colocam o Cerrado enquanto um celeiro agrícola
TESE
número de atores que se pautam por estratégias discursivas sustentadas pelo Estado,
comum, a qual por meio desses aparatos legitima projetos de desigualdade social e a
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
ideias;
208
METODOLOGIA
pela ciência geográfica. Na seguinte proposta de pesquisa optou-se por adotar dentre
conceito de Agronegócio.
objetivos delineados.
(ABAG), Sistema OCB, OCG, SEBRAE, SENAR, PENSA USP (Centro de Conhecimento
para o investigador em Geografia Agrária. Por meio do campo será possível estabelecer
209
aleatórias. Serão considerados também no âmbito de estratégias de pesquisa a análise
se como um importante apoio, à medida que, conforme Mendes e Pessôa afirmam (2009,
p.527) nota-se que “o registro de observações de campo constitui uma etapa relevante
na pesquisa, uma vez que os relatos verbais são considerados como fontes controversas
de informação”.
Nessas condições, apresenta-se como intuito obter resultados quanto ao que será
REFERENCIAL TEÓRICO
CHAVEIRO, Eguimar Felício. BARREIRA, Celene Cunha M. Antunes. Por uma análise
territorial do Cerrado. In.: PELÁ, Márcia. CASTILHO, Denis. (Org.). Cerrados:
perspectivas e olhares. Goiânia: Vieira, 2010.
210
MARTINS, José de Souza . O poder do atraso: ensaios de sociologiada história lenta. 2. ed. –
São Paulo: Hucitec, 1999.
O CONCEITO DE AGRONEGÓCIO
Análise dos efeitos socioambientais do modelo agrícola hegemônico nos Cerrados
1 – AGRONEGÓCIO: DO DISCURSO AO CONCEITO
1.1 – O processo de construção conceitual
1.2 – O conceito de Agronegócio no Brasil
1.3 – Agricultura Familiar: uma categoria funcional
Sobre este capítulo foram realizadas leituras sobre o processo de construção
conceitual, sobre a colonialidad e sobre os diferentes saberes, compreendendo-se quais os
diferentes níveis de formação dos conceitos e o efeito de seus usos. Além disso, recorreu-
se à autores que pensam a importação do conceito de agribusiness para o Brasil e suas
aplicações e à leituras sobre a análise do discurso, fundamentadas em Foucault. Foi
revista também bibliografias que se dedicam a analisar criticamente o agronegócio no
211
Brasil, o processo de construção da categoria agricultura familiar e algumas abordagens
conceituais sobre o campesinato.
Vale-se considerar para este capítulo a atual participação na disciplina
“Construção Conceitual e Metodológica do Agronegócio” no Programa de Pós-
Graduação em Agronegócio – UFG.
2 – ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS DO AGRONEGÓCIO
2.1 – O Agronegócio pelo Estado
2.2 – O Agronegócio pela academia
2.3 – O Agronegócio pela imprensa
Para o segundo capítulo da pesquisa foram consideradas também alguns
elementos pautados na disciplina “Construção Conceitual e Metodológica do
Agronegócio” no Programa de Pós-Graduação em Agronegócio – UFG.
Foram realizadas também rodas de conversa nos IF’s Goianos dos municípios
de Rio Verde e Morrinhos; Sindicato Rural e Cooperativa do município de Morrinhos e
registros aleatórios de diferentes estratégias discursivas do Agronegócio no estado de
Goiás. Recentemente, foi realizada também visita de campo à TECNOSHOW Comigo,
no município de Rio Verde – GO.
Pretende-se para construção deste capitúlo, pensar-se novos trabalhos de
campo, dimensionando-se diferentes experiências camponesas e do Agronegócio. Bem
como considerar-se as propagandas veiculadas pela Rede Globo “Agro é Tech, Agro é
Pop, Agro é tudo” e outras propagandas que fazem apologia à este modelo de produção.
Para este capítulo serão consideradas as invetigações em fontes secundárias,
que viabilizem a análise sobre o subsídio do Estado para a produção agrícola aos moldes
do Agronegócio.
3 – TERRITÓRIOS HEGEMONIZADOS PELO AGRONEGÓCIO
3.1 – As pautas ambientais e da produção de alimentos
3.2 – Os efeitos socioambientais do Agronegócio
3.3 – A importância da valorização conceitual do Campesinato
Sobre o terceiro capítulo visitas de campo realizadas em propriedades do
Agronegócio, acampamentos, assentamentos e outras propriedades camponesas nos
municípios de Rio Verde, Santa Helena, Morrinhos e outros serão aqui também
consideradas. As fontes secundárias viabilizarão a análise sobre o que, quanto e onde se
está sendo produzido.
O último subtópico, tem como proposta apontar alguns caminhos e
considerações sobre o Campesinato, caso a tese seja comprovada. Em síntese pretende-
se com este capítulo a análise sobre o Agronegócio, com o contraponto do Campesinato,
como uma possibilidade de contra-hegemonia.
212
A CADEIA PRODUTIVA DO MILHO NO SUDOESTE DE GOIÁS : UM
OLHAR VOLTADO À BRF (BRASIL FOODS S.A)
João Marques de Souza Neto
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
espacial é justificado pelo fato de quatro1 dos seis municípios com maior produção de
brasileiros, porém, com níveis tecnológicos bem distintos, de acordo com cada região.
englobam os estados com maior tecnologia, o que leva a uma maior produtividade.
incorporação do milho safrinha (plantio após a colheita da soja, que evita deixar área
agrícola ociosa e o solo sem cobertura vegetal, tornou-se uma prática rentável e que faz
uso de alta tecnologia nas propriedades rurais, para aumentar o rendimento), o cultivo
213
sua maioria no Sudoeste Goiano. Quatro dos seis principais municípios produtores de
são: Jataí, Rio Verde, Chapadão do Céu e Quirinópolis (IBGE, 2015). Portanto, assim é
destacar ainda, que tal produção é destinada em sua grande parte à BRF, que exerce uma
grande parte pela expansão da fronteira agrícola após a década de 1970, o que mais
tardar iria culminar para a escolha de tal região para o recebimento de investimentos
para a instalação da Perdigão, que após se unir com a Sadia transforma-se na BRF- Brasil
Foods S.A, que passa a ser então, a maior empresa do ramo alimentício e proteínas
animais do país. Com a presença de tamanha empresa na região Sudoeste do estado, boa
sociais e econômicas. Logo, verifica-se que a COMIGO foi um elemento essencial para
2 A COMIGO foi criada no ano de 1974 quando produtores rurais se uniram para resolver a
ausência de armazém na região Sudoeste de Goiás. Assim então nasce a cooperativa, que visava
atuar na comercialização, armazenamento,assistência técnica e fornecimento de insumos.
(BORGES, 2012).
214
OBJETIVOS
Geral
Objetivos específicos
camponesa.
municipios da microrregião.
região.
METODOLOGIA
215
Será desenvolvido um breve estudo sobre escolhas de sementes, produção
e os dados a serem utilizados sobre a produção do milho variam desde 1996 ao ano de
campo, em cada uma dos municípios que têm destaque na produção de milho na região
Sudoeste de Goiás.
REFERENCIAL TEÓRICO
agroindustrial pode ser dividida entre jusante (produto final) e a montante (matéria-
prima), no caso da cadeia do milho os limites dessa visão não são, às vezes, facilmente
identificáveis.
e florestal, verifica-se que o mesmo tem potencial para ultrapassar os limites da escala
produtiva agroindustrial.
216
consumidor final com os produtos do sistema (CASTRO et
al.,2002,p.2).
em todo o Brasil e em todo o mundo, sendo largamente produzido nos Estados Unidos.
produtores de milho do mundo são Estados Unidos, China, Brasil e União Européia.
Com esse grande aumento de produção o país será capaz de suprir a necessidade
nacional (cerca de 56,2 milhões de toneladas) e exportar até 12,6 milhões de toneladas.
do milho safrinha, que é o milho de segunda safra. Segundo Otto, Neves e Pinto (2012),
a produção de segunda safra nos anos 2000 era de apenas 7 milhões de toneladas, já no
plantado após a cultura da soja (conhecido como cultura de verão), logo, devido às
condições climáticas favoráveis, os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás
aumento de 1,4% (do ano de 1997 à 2005), mas ainda segundo os autores, o crescimento
maior do consumo do milho ainda é o destinado à produção de ração animal que nesse
em 1997 para 30,64 milhões de toneladas no ano de 2005. Cabe destacar ainda, que a
217
propulsoras do grande aumento do consumo do milho (cerca de 75% de todo milho
participando com 10% de toda produção nacional. Nos últimos 10 anos, a produção do
estado cresceu em ritmo mais acelerado que a produção nacional: 47% contra 36%,
largo complexo agroindustrial, como forma de alimentação de aves e suínos, aos quais
serão agregados valores em seu produto final, mas também à exportação. E a esta
região destina-se justamente aos usos da BRF – Brasil Foods, que localiza-se próxima aos
A empresa BRF- Brasil Foods S.A. (união de duas das maiores empresas do ramo
de produtos alimentícios e proteínas animais: fusão das ações da Sadia S.A. ao capital da
Perdigão S.A., que ocorreu no ano de 2011), é responsável por consumir grande parte da
produção de milho de toda a região Sudoeste (Jataí, Rio Verde, Quirinópolis e Chapadão
do Céu), essas regiões contavam com vários atrativos, segundo Borges (2006), entre eles
Agroindustrial da soja (CAI- soja), uma vez que esses grãos são fundamentais na
218
Segundo Mendes Junior (s/d), é mais rentável para empresas como a Perdigão
Outro ponto que vale a pena destacar dentro da cadeia de produção do milho é
o uso dos dejetos de suínos e da cama das aves para a agropecuária. Esses “produtos”
ambiental. Do ponto de vista econômico, Mendes Junior (s/d) apresenta uma diferença
ao invés do adubo químico nas lavouras de milho. Da mesma forma a cama de aves, que
uso do adubo químico. Além da economia, o adubo orgânico ainda apresenta muitas
de produção, uma vez que ele é utilizado como ração animal, e depois , por meio dos
dejetos dos animais, é destinado à adulação dos solos, para o plantio de uma nova safra.
SUMÁRIO COMENTADO
219
3 A CADEIA PRODUTIVA DO MILHO NA REGIÃO SUDOESTE DE GOIÁS
Em tal capítulo buscar-se-á a compreensão da cadeia produtiva do milho em seus
variados aspéctos. Do plantio aos diferentes tipos de consumo na região sudoeste do
estado.
3.1 O Plantio
3.2 O Transporte
3.3 O Consumo
REFERÊNCIAS
220
______: cidades - Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/temas.php?codmun=521880&idtema=98>
Acesso em: 17 out. 2017.
221
CICLOMOBILIDADE: UMA ALTERNATIVA PARA A MOBILIDADE
URBANA EM GOIÂNIA
INTRODUÇÃO
compreensão dos elementos que constituem a mobilidade urbana pode ser uma das
transporte. Se propõe, com isso, discutir o papel social da bicicleta, ao mesmo tempo em
que pretende contribuir com a superação de uma ideia arraigada no imaginário popular
geográfico.
Goiânia foi a primeira capital brasileira a ser planejada no século XX. De acordo
com Chaveiro (2007, p. 16), “a cidade nasce com o signo do moderno, a partir das
disputas políticas das oligarquias locais aliada à política da Marcha para o Oeste,
222
assaz desordenada. O resultado dessa expansão urbana, é que a cidade outrora
por quase 1,5 milhões de habitantes, sujeitos heterogêneos, que possuem diversas
urbana enquanto atributo das cidades e se refere a facilidade, dificuldade ou, ainda, a
Por sua vez, a mobilidade apresenta-se enquanto desafio para os diferentes atores
que compõem o espaço urbano goianiense. Goiânia é uma cidade moderna, idealizada
na década de 1930 e no seu histórico de planejamento urbano nota-se que desde o início
Deve-se ressaltar, de acordo com Vasconcellos (2001, p. 130), que “um dos
223
oferta tem sido historicamente baseada na demanda de pico, por razões
Por sua vez, a relevância dessa pesquisa justifica-se pela necessidade de repensar
ciclomobilidade.
ferramenta de solução marginal dos problemas de mobilidade urbana por meio do uso
da bicicleta”. Por sua vez, entendemos num primeiro momento, a ciclomobilidade como
uma condição da organizacão espacial das cidades de modo que permita aos indivíduos
inserção da ciclomobilidade nos diferentes espaços da urbe? Por que a bicicleta não faz
224
dela ser integrada ao sistema de transportes coletivos? Que condições são necessárias
Objetivo Geral
diversificada.
Objetivos Específicos
METODOLOGIA
a bicicleta como meio de transporte e/ou lazer serão entrevistados. Os relatos de ciclistas
225
onde suscitaremos questões referentes à viabilidade da criação de espaços exclusivos
experimentado nas ciências humanas, como apontado por Hobsbawm, (1995, p. 8). Para
exemplificar o uso deste método na Geografia, cita-se o estudo do geógrafo Nécio Turra
Neto, (2004). Uma definição de observação participante que se identifica com a pesquisa
Capítulos Sinopse
1 Mobilidade urbana, o ciclismo e o Nesse capítulo procurou-se estabelecer as
direito à cidade. bases conceituais acerca da mobilidade
1.1 O conceito e o sentido da mobilidade urbana. A busca por uma compreensão
1.2 O papel social da bicicleta e sua histórica sobre a mobilidade fez-se
função na mobilidade urbana necessária e, a investigação apontou que
1.3 A ideologia social do automóvel o entedimento a respeito da mobilidade,
ao longo da história é dado por dois
enfoques, um técnico que é quantitativo e
226
limita-se a acomodação dos veículos
automotores e outro que é sociológico, de
natureza qualitativa e avalia a mobilidade
pelos seus aspectos de classe e grupo
social, conflitos e convergências e os
interesses dos atores públicos e privados.
As ações do planejamento em mobilidade
deve compreender que a rua como espaço
social, precisa integrar, com segurança, as
pessoas e o tráfego.
Referências básicas: Aziz Ab’Saber
(2007); Portugal (2017); Vasconcellos
(2001); Gehl (2015); Speck (2017); Lefebvre
(2016).
2 A formação do espaço urbano de Neste capítulo propõe-se uma análise do
Goiânia e a mobilidade em questão processo de criação do espaço urbano
2.1 A construção de Goiânia: gênese, goianiense e de suas formas urbanas. Em
formas e movimento sequência, avaliar-se-á os aspectos da
2.2 O planejamento urbano e a mobilidade urbana em Goiânia a partir da
organização espacial da cidade. legislação vigente no município, o plano
2.3 Diagnóstico da infraestrutura diretor, Lei nº 171 de 2007. Destarte,
cicloviária na urbe. apresentar-se-á uma caracterização do
sistema de bicicletas compartilhadas de
Goiânia, mediante a representação
cartográfica e, um diagnóstico sobre a
infraestrutura cicloviária da cidade.
Referências básicas: Arrais (2016);
Chaveiro (2007); Teixeira (1973);
Fontanezzi (2004); Palacín (1986); Serttel
(2017); CMTC (2017); Lei do
complementar município de Goiânia nº
171, de 29 de maio de 2007.
3 A ciclomobilidade em Goiânia e a O último capítulo pautar-se-á pela
construção de um caminho possível. investigação da viabilidade do uso da
bicicleta como meio de transporte para a
3.1 Mobilidade e equidade na urbe cidade de Goiânia. Nesta etapa do
3.2 Ciclomobilidade como alternativa à trabalho, serão analisados os dados
mobilidade urbana obtidos por meio da aplicação de
3.3 A ciclomobilidade em Goiânia: um questionário (entre ciclistas e não
caminho possível? ciclistas), que objetiva avaliar se a
227
existência de uma adequada
infraestrutura cicloviária pode ser vista
como um convite para pedalar e se esses
equipamentos podem influenciar as
pessoas a adotarem a bicicleta nos seus
deslocamentos cotiadianos, sobretudo
nos percursos que envolvam pequenas e
médias distâncias. Nesta etapa do
trabalho também serão analisados os
aspectos positivos e negativos relativos ao
ciclismo como opção de transporte
urbano e, os exemplos de cidades
brasileiras e estrangeiras que estimulam a
ciclomobilidade e a práticas ligadas à
mobilidade verde, serão considerados.
Referências básicas: Illich (2004); Byrne
(2010); Augé (2009, 2015); Ludd (2004);
Gorz (2004); Lastra, Galindo-Perez,
Murata (2016); Bastos, Mello, Silva (2017),
Cupolillo, Rocha, Portugal (2017).
REFERÊNCIAS
AB’ SABER, Aziz Nacib. O papel social das bicicletas. SCIENTIFIC AMERICAN
Brasil. Edição 67 - Dezembro 2007.
GEHL, Jan. Cidades para pessoas. Tradução: Anita Di Marco. 3ª edição. São Paulo:
Perspectiva, 2015.
228
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. Itapevi, SP: Nebli, 2016.
229
INSTRUMENTOS DE CONTROLE E GESTÃO SOCIAL, NO TERRITÓRIO
DE CIDADANIA CHAPADA DOS VEADEIROS – GO:
TERRITORIALIDADES; IDENTIDADE E RESISTÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Brasília DF, foi instituído o programa “Territórios da Cidadania” .(Perico, 2009), com a
Dentre esses territórios, figura o “Território da Cidadania Chapada dos Veadeiros” foco
região Nordeste do estado de Goiás, abrange uma área de 21.475,60 Km² e é composto
por 8 municípios: São João d`Aliança, Alto Paraíso de Goiás, Campos Belos, Cavalcante,
Colinas do Sul, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma e Teresina de Goiás. A população
total do território é de 62.656 habitantes, dos quais 20.546 vivem na área rural, o que
230
(Fonte: Sistema de Informações Territoriais http://sit.mda.gov.br). Consideramos neste
projeto que estes espaços criados institucionalmente pelo Estado, são espaços de
democrática que visa preencher o espaço existente entre a sociedade civil e a autoridade
estatal, o que numa perspectiva dialética Dagnino (2004: 195) chamou de “confluência
perversa” entre, de um lado, o projeto neoliberal que se instala em nossos países ao longo
programa possuiu várias limitações e enfrentou inúmeros obstáculos pelo fato de que os
municípios eram os locais onde não apenas estava o “povo” ou a “sociedade civil”, mas
onde também as oligarquias tradicionais que tinham arraigados seu poder e sua
resistências, pois são espaços na qual a sociedade civil, intervém por meio de
numa esfera territorial. Buscaremos neste projeto, abordar alguns referências teóricos,
231
esses espaços públicos de participação tenham sido criados dentro de uma esfera de
diz que a distinção dos territórios se dá de acordo com aqueles que o constroem, sejam
Igreja”. Assim como diz Fernandes, (2005, p 28) “o território é o espaço apropriado por
uma determinada relação social que o produz e o mantém a partir de uma forma de
poder. O território é, ao mesmo tempo, uma convenção e uma confrontação.” Este espaço
receptividade. ( SOUZA, 1995, p 88):“ fala que estes espaços é em primeiríssimo lugar o
poder. O que interessa avaliarmos aqui é quem domina e influência e como domina e
influência desse espaço? ( HAESBAERT, 2004) “traz o território como uma dimensão
espacial que se revela em processos de dominação mais concretos, tanto pela produção
232
ideológicos e de resistências no âmbito da esfera do Colegiado Territorial da Chapada
dos Veadeiros,
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
METODOLOGIA
dos instrumentos de controle e gestão social, junto aos órgãos executores e a sociedade
233
civil no âmbito do colegiado territorial; analise dos indicadores de participação social,
subsidiarão o projeto.
territorial.
PLANO DE REDAÇÃO
234
Veadeiros”. No terceiro capitulo dissertar sobre a construção de instrumentos de
instrumentos pela sociedade civil e também constara da formatação dos dados primários
REFERENCIAL TEÓRICO
COSTA, Rogério H. da, “Desterritorialização e Mobilidade” (p. 235 a 263) 1958- O mito
da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2007.
235
OLIVEIRA, F.de. Aproximações ao enigma: que quer dizer desenvolvimento local?.
São Paulo: Instituto Pólis, março 2001.
RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. São Paulo, Ed. Atica, 1993.
236
APA DAS NASCENTES DO RIO VERMELHO- EMPREENDEDORISMO
TURÍSTICO: LIMITES E POTENCIALIDADES DAS ATIVIDADES
TURÍSTICAS
Josias José da Silva Júnior
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
oficial e, desde então, por sua importância econômica, geradora de negócios, vem se
entendimento do turismo e sua relação com o ambiente e território. Para isso alguns
mundo todo como alternativa para resolver os conflitos Homem x Natureza e assim são
compostas por políticas públicas, planos e programas que regulam o uso adequado dos
237
intervenção reguladora, “pois intervir sobre a natureza é intervir sobre o seu suporte,
pela lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que estabelece critérios e normas para a criação,
pelo SNUC cujo o arranjo faz parte do grupo das UC’s de Uso Sustentável, que visa
conforme (BRASIL, Lei 9.985/2000, Art 7º, II), ”compatibilizar a conservação da natureza
como o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais”. Nesse grupo está inserida
a (APA) das Nascentes do Rio Vermelho, onde se dará o estudo diagnóstico sobre o
A APA das Nascentes do Rio Vermelho, foi criada em Goiás por decreto não
238
comunidades da APA das Nascentes do Rio Vermelho e entorno;
(BRASIL, DNN/2001, Art.1, V)
Assim, corrobora com a função das unidades de conservação, que foram criadas
com o intuito de proteger rico patrimônio natural e promover maior interação entre
O Vão do Paranã, onde a APA está inserida, é uma microrregião na qual, em sua
microrregião resguarda-se com uma das mais significativas do estado, pois é rica em
239
Mapa 1 – Nordeste Goiano
potencialmente oferece. Dessa forma, busca verificar como as relações entre os diferentes
240
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
turísticos;
UC
METODOLOGIA
negócios.
241
Como técnicas da pesquisa combinada, qualitativa e quantitativa, serão aplicados
Nascentes do Rio Vermelho. Para os atrativos turísticos ativos, aqueles operados pelas
agências locais , será realizada a observação direta e descrição das características dos
PESQUISA DE CAMPO
para responder aos problemas da pesquisa. Será realizada, primeiramente, uma análise
242
quantitativa dos dados, por meio de software de tabulação, que permite o tratamento
informatizado dos dados e o cruzamento das informações visando uma observação mais
precisa da realidade estudada. A seguir, será realizada uma análise descritiva e analítica
REFERENCIAL TEÓRICO
as cachoeiras e cavernas, atrativos turísticos ativos e potenciais que tipificam a APA das
Nascentes do Rio Vermelho e que hoje recebem visitação. Sob esta perspectiva, a
e regional, a exemplo de, Antônio Pereira Oliveira (2000); Claude Bertrand (2006); C.
(2006); Maria J. de Souza (2002); Maria Geralda de Almeida de (2002) a (2017). Falando
(2017); Rivanda M. Teixeira (2014) F. Trentin (2012); Fazem parte da abordagem temática
feita nos escritos Emilio Vieira (2005); Aderbal J. Sousa (2008) e Celene C. M. A.
a região, depoimentos e fotos locais, assim como apresentação dos principais índices
243
utilizados em estudos de análises socioambientais dos municípios que fazem parte da
Capítulos Sinopse
244
3.2 - Os Agentes e Sujeitos do Turismo potencialidades turísticas da APA das
Local Nascentes do Rio Vermelho.
3.3 – Empreendedorismo e
Nos trabalhos de campo executados até o
Desenvolvimento local
momento, estão sendo levantados dados
das empresas ligadas direta e
indiretamente ao turismo e depoimentos
de comunidades próximas aos atrativos.
REFERÊNCIAS
245
TERRA, ÁGUA, SUBSOLO: OS EFEITOS SOCIOESPACIAIS DA
MINERAÇÃO E DO AGRONEGÓCIO NO QUILOMBO
CAFUNDÓ/BRASIL E NO PALENQUE LA CLORIA/COLÔMBIA
INTRODUÇÃO
no campo e a pesquisa acadêmica, para a análise dos dilemas enfrentados nos territórios
processo histórico, geográfico e social que reflete na garantia dos direitos étnicos
negros.
em território a partir da doação de terras feita pelo fazendeiro que mantinha duas
famílias escravizadas no século XIX. Com o fim do ciclo do algodão e o declínio do café
no Estado, muitos latifundiários, que não tinham famílias, doavam suas terras aos
Lopez de Micay, no Pacífico, se deu a partir das estratégias de luta contra a escravidão.
O propósito era pôr fim na exploração física e mental dos trabalhadores escravizados e
246
A Colômbia e o Brasil são países que, na sua composição social, apresentam
naquele contexto, não apenas explorados, mas também importantes, já que a parte
colonizada mais importante, já que os índios não formavam parte dessa dinâmica.
localiza principalmente na região do Caribe e Pacífico. No Brasil, por sua vez, de Sul a
(IBGE) - 2016. Dessa maneira, a partir destes dados, fica evidente o porquê destes dois
países terem tantas comunidades negras. Embora com especificidades, quer sejam na
247
A participação na (desapropriação e titulação das áreas do Quilombo Cafundó -
2007 a 2016), foi o pontapé para pensar a trajetória negra, camponesa, a produção de
doutorado em Geografia. Outro foco de interesse foi a literatura que abordava relações
Peter Wade, José Mauricio Arruti, Ligia Osorio Silva, Kwame Nkrumah, Marta Inez
Medeiros Marques, David Harvey, entre outras. Esses foram fatores fundamentais para
reunir dados para pesquisa no campo, na Colômbia, por exemplo. Visando uma melhor
América Latina.
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
Cloria;
248
• Comparar os efeitos das políticas governamentais na produção de alimentos na
METODOLOGIA
incorpora teoria e método de vários campos. Por um lado, está situada entre as ciências
naturais, desde geologia, a meteorologia e biologia. E, por outro lado, está também entre
as “ciências sociais, a história, a economia e sociologia. É por esta razão que os geógrafos
um passo decisivo nos estudos de caso em realidades parecidas, mas não iguais, como
analítico-dialética, que visa compreender os fenômenos “na condição de ser tal, e não
uma oposição formal ou uma simples confusão. Deve ser encarada como sintoma de
realidade. Só é real aquilo que apresenta contradições, aquilo que se apresenta como
Ou seja, um relato, uma história de vida e uma descrição de um fenômeno, por exemplo.
Dados que exigem técnicas outras, pois são formas de representação e, sobretudo,
uma maior aproximação com a realidade, com o mundo do trabalho, pois demonstra
Cafundó.
249
Desta maneira, estes métodos serão de grande relevância na organização das
variar de acordo com a realidade estudada. Neste quadro, os métodos colocados aqui,
CONAQ;
SEPPIR;
250
• Do Instituto Colombiano de Desarrollo Rural (INCODER); do Departamento
Além do apelo à violência física, o grupo pode, também, quebrar ou reter a câmera
REFERENCIAL TEÓRICO
251
HARVEY, David. Espaços de esperança. São Paulo: Loyola, 2004.
LEFEBVRE, Henri. Lógica formal / lógica dialética. Rio de janeiro: Civilização Brasileira,
1983.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Edusp, 2006.
252
VELÁSQUEZ, Javier Fernando Villamail. Consolidación de la gran minería
transnacional em latinoamérica. Theomai, Buenos Aires/Argentina, número 25, p.46-57,
2012.
WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
253
DELINEAMENTOS DO EXTRATIVISMO MINERAL E DO AGRONEGÓCIO NA
COLÔMBIA E NO BRASIL: o recurso territorial colonizado
PARTE 4
254
ESPAÇO E LUGAR: A MORADIA NOS DISTRITOS DE COLÔNIA DE
UVÁ E BUENOLÂNDIA NA CIDADE DE GOIÁS/GO
Luciana Helena Alves da Silva
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
Fig.1: Organograma
Objetivos Gerais
255
Objetivos Específicos
• Analisar a moradia das vilas dos distritos e seus aspectos históricos, com
vida doméstica;
• Adentrar o universo da casa nas vilas e construir uma cartografia social dos
e históricas distintas;
METODOLOGIA
estabelecidos, o trabalho deve constar de alguns processos que estão sendo construídos,
recentes elementos que comparecem ao longo da pesquisa. Grosso modo, seguimos uma
sequencia que se altera, se expande e se diversifica, dentre as quais algumas ações são
norteadoras;
256
forma de propriedade, as relações, arranjos e usos das moradias;* Construção de uma
metodologia para o estudo das moradias em distritos, com base nas inspirações
colaboradores;
• A natureza do diálogo a ser feito com os sujeitos ainda está por ser definido
257
Fig.2: Grafos gerando mapa em cores (moradia - interno e externo)
258
Fig.3: Moradia D. Francisca (Barra) – parte do processo de trabalho de campo já feito.
REFERENCIAL TEÓRICO
o modo de distribuição dos lugares habitados. Sendo assim, proporei uma análise
com diferentes padrões espaciais e sociais através das moradias. Para esse turno irei
259
elaborar croquis, organizar e construir mapas, utilizar o recurso das fotografias, das
dos lugares habitados no interior de uma determinada região. Para ele, a noção de lugar
distribuição dos lugares habitados no interior de uma determinada região, sendo a noção
de lugar, para esse autor, inseparável de seu conteúdo humano, fazendo com que o
um espaço considerado.
aspectos: o primeiro diz respeito à moradia para além das paredes, tijolos e telhados,
de cuidado com as pessoas e o meio ambiente. Quarto: moradia rural representa lugar
Boleão (2015) defende que permanecer no campo, para uma família de origem
desenvolvimento compatível seria aquele que fosse capaz de fazer com que os recursos
naturais continuem ano após ano, sem se esgotarem para que as famílias sejam
religiosidade.
260
Em Bourdieu (1979) o habitus, é o sistema de disposições internas, socialmente
informadas que uma pessoa dentro de um Campo Social específico têm e a partir deste
objetivos de um campo social. Campo social é um conceito, que não pode se desconectar
uma abstração, conceito científico que deriva de uma série de estudos feitos por
Bourdieu. Ele notou que as pessoas dentro de organizações específicas tendem a agir de
certa forma.
SUMÁRIO COMENTADO
INTRODUÇÃO
Apresenta os distritos da Barra e de Colônia como objeto desta pesquisa. Propõe como
estrutura da tese o percurso que parte da criação dos distritos e seus processos históricos
e apresenta suas moradias e suas relações com a formação deste espaço perpassando seu
de pesquisa.
DISTRITO
261
passarelas, a igreja, o cemitério, a estrada... como componentes da cena. Identifica as
Encontra o “triêro” dos moradores sobre suas vivências para compreender o trajeto
antropológico e os princípios poéticos utilizados por eles nas pegadas deixadas nessas
MEMÓRIA
TRABALHO
usos visíveis e invisíveis aos relatos das relações físicas, emocionais e espirituais entre
262
Um debruçar sobre a transcendência dos ciclos gerando as estruturas espiraladas
REFERÊNCIAS
GEORGE, Pierre. A ação humana. São Paulo. DIFEL, 1971. In: ALMEIDA, R. S.
Repensando a questão do habitat no Brasil. Revista Brasileira de Geografia, Rio de
Janeiro: IBGE, v. 57, n. 4, p.105-118, out./ dez. 1995. Disponível em:
<http://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo?id=7115&view=detalhes>. Acessado
em: jun. 2017.
KELLER, E. (1970). O habitat rural. In: AZEVEDO, A., org. Brasil: a terra e o homem.
Volume II. São Paulo, Companhia Editora Nacional, Universidade de São Paulo. p.291-
345.
SILVA, Rusvênia Luiza Batista Rodrigues da. Patrimônios: Espaço e Lugar. Estudo das
Vilas de Cibele e Caiçara. Tese de doutorado USP, São Paulo, 2008.
263
TERRITÓRIO EM DISPUTA? - UMA ANÁLISE GEOGRÁFICA SOBRE A
PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Mariza Fernandes
Modalidade: Doutorado
de ações afirmativas com base em critérios étnico-raciais pela instituição ocorreu e ainda
partir dessa constatação que se propõe, agora, um olhar para o processo de implantação
cotas não tem conseguido incluir, em quantidades satisfatórias, sujeitos com menos
condições de competição nos cursos de mestrado e doutorado. Desde 2015, por meio da
Resolução nº 07/2015, a UFG implantou uma reserva de 20% de vagas para pretos,
regulamentação sobre como as cotas devem ser aplicadas. Na maior parte dos processos
entrevista. Só após ser aprovado em todas as fases, o candidato ganha o direito de ter a
sua nota final classificada dentro da reserva de vagas. Porém, ocorre que estudantes com
diferenciada que faz com que eles dificilmente concluam a graduação em condições de
Esse seria, portanto, um dos motivos pelo quais afirmamos que as cotas na pós-
graduação da UFG não funcionam de forma satisfatória. Outro motivo, de ordem mais
264
subjetiva, se evidencia na expressão “exigências das bancas de pós-graduação”. Para se
considerar quem são os sujeitos que animam este espaço. Segundo Carvalho (2003), a
interpessoais estabelecidas pelo candidato a uma vaga podem ser mais eficientes do que
uma política pública. Conforme descreveu Milton Santos (1997, p. 20), no Brasil, a vida
geógrafo, em alguns casos, é mais efetivo participar de reuniões sociais com colegas que
ocupam lugares de decisão do que “[...] queimar as pestanas, como antigamente se dizia,
em frente dos livros” (Ibid.). Nesse sentido, interessa-nos pensar como a raça, enquanto
negros, além de como esse aspecto interfere na trajetória acadêmica desses alunos.
pesquisadores negros na ciência brasileira. Para o sociólogo Sales Augusto dos Santos
265
autor são intelectuais que pesquisam as relações raciais e apoiam publicamente as ações
que se coloquem como favoráveis à luta antirracista. É preciso, portanto, que haja
epistemologias europeias têm sido alvo de críticas por parte de grupos que se propõem
Para a autora, a falsa separação entre corpo e mente preconizada pelas epistemologias
dominantes são uma forma de excluir o que o sujeito pensa e sente ao elaborar
responsabilizar pelo seu objeto de estudo. O que Haraway propõe é que todo
conhecimento se origina de um posicionamento, ainda que este não seja assumido. Não
existe conhecimento sem sujeito cognoscente e esse sujeito está inserido sempre em uma
266
Compartilhando de entendimento semelhante, Nilma Lino Gomes (2017) chama
a atenção para o fato de que os saberes produzidos por sujeitos não hegemônicos têm
pedagogos nas relações políticas e sociais, pois colocam em debate novas temáticas,
Sobre o Movimento Negro (MN), a autora afirma que este desenvolveu, ao longo
da diáspora africana, temas que atualmente estão em pauta em diversas disciplinas das
viabilizar a inserção de estudantes negros nas universidades (SANTOS, 2007). Para além
dos efeitos que a inclusão de sujeitos não hegemônicos pode apresentar no campo
científico, é preciso considerar, ainda, que a educação também pode ser um meio para
garantir que esses sujeitos alcancem ascensão social e ocupem lugares de poder.
como tal, é alvo de disputas. O cenário descrito por Carvalho (2003) indica que existe um
grupo que controla esse espaço e que estabelece as normas sobre quem pode ocupa-lo.
De outro lado, há um grupo que desde a década de 1970 (Ratts, 2009) vem se inserindo,
aos poucos, na graduação por meio de diversas estratégias, sendo a mais efetiva delas a
reserva de vagas, que em 2018 completa 10 anos na UFG. Esse grupo agora reivindica o
267
acesso e permanência na pós-graduação. Uma grande conquista nesse campo foi a
Quase três anos depois, no entanto, o diálogo com estudantes negros, indígenas
do processo de aplicação das cotas no programa do qual faço parte, além da minha
própria experiência como estudante com perfil para ingressar por cotas na pós-
graduação, permitem inferir que as cotas não são suficientes para viabilizar a entrada de
Algumas das questões motivadoras são: Quais são os elementos que configuram esse
espaço como um espaço de poder? Quem são os sujeitos que controlam esse espaço? De
que forma se perpetuam as relações de poder nesse espaço? Quais são as estratégias
adotadas pelo grupo não hegemônico para se inserir e permanecer nesse espaço?
de território só tem sentido para discutir as relações de poder. É o debate sobre quem
forma hierárquica por atores sintagmáticos, que podem variar do Estado ao indivíduo,
268
das organizações pequenas às grandes. Interessa-nos, ainda, considerar a possibilidade
de uso da noção de redes geográficas pra analisar as redes sociais que interagem no
Objetivos Gerais
Universidade Federal de Goiás, tendo como foco central as relações raciais nas dinâmicas
Objetivos Específicos
b) Identificar quais são os elementos que configuram esse espaço como um espaço
de poder;
da UFG;
269
METODOLOGIA
diferentes locais como o trabalho, ambientes de estudos, lazer, residência e outros, que
fazem diferença nas situações sociais dos(as) sujeitos, pois não se resumem a simples
adotadas por eles para ocupar esse espaço. A amostra será composta pelos estudantes
dos candidatos à pós-graduação, esta pesquisa também pretende colocar sob análise os
pesquisadores. Ou seja, também são objeto de estudo os sujeitos que integram a pós-
graduação na UFG.
Esta parte da pesquisa será composta por análise de dados sobre as dinâmicas
internas de alguns dos programas de pós-graduação. Poderão ser utilizados, nessa etapa,
dados da Plataforma Lattes por meio do software livre ScriptLattes, que permite gerar
relatórios sobre artigos publicados, orientações, redes de coautoria etc, a partir dos
permitem, por exemplo, testar a hipótese apontada por Milton Santos (1996), de que os
270
grupos de pesquisa se organizam em “clãs” ou por meio do “enturmamento” e, assim,
Lattes, como os estudos de Neto e Cunha (2016) e Balancieri (2004), indica que grande
parte dessas pesquisas tende a se apoiar na Análise de Redes Sociais como procedimento
(2006) afirma que tal metodologia apresenta-se como um valioso recurso heurístico para
o estudo dos fluxos e conexões entre atores/nós. Assim, pretendemos estudar os dados
INTRODUÇÃO
1. QUESTÕES METODOLÓGICAS
projeto
271
Aqui, pretende-se analisar as implicações de se ocupar o “duplo lugar” de
análise na geografia
tendo em vista que esses programas são classificados por um rígido sistema de
avaliação e a nota obtida por eles está diretamente relacionada ao seu grau de
afirmativas na pós-graduação.
GRADUAÇÃO
trabalho.
272
categorias “redes” e “território”, pretende-se analisar as estratégias dos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Jorge de. Ações afirmativas como resposta ao racismo acadêmico e
seus impactos nas ciências sociais brasileiras. Teoria e Pesquisa 42 e 43. Janeiro-julho
de 2003. p. 304 – 340.
CRUZ, M.S. Uma abordagem sobre a história da educação dos negros. In: ROMÃO, J.
(Org.). História da educação dos negros e outras histórias. Brasília, DF: MEC; Secad,
2005. p. 21-33.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por
emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
NETO, João Estevão Barbosa e CUNHA, Jacqueline Veneroso Alves da. Colaboração
Acadêmica em Bancas de Mestrado na Pós-Graduação Stricto Sensu em
Contabilidade. Contabilidade, Gestão e Governança - Brasília • v. 19 • n. 1 • jan./abr.
2016. p. 126-145
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Editora Ática, 1993.
273
da (Org.). Movimento Negro Brasileiro: escritos sobre os sentidos de democracia e justiça
social no Brasil. Belo Horizonte: Nandyala Editora, 2009, pp. 81-108.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais
a uma ecologia de saberes. In. SANTOS, Boaventura de Sousa e MENESES, Maria Paula
(org.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina/CES, 2009. p. 23-71.
SANTOS, Sales Augusto dos. Movimentos negros, educação e ações afirmativas. Tese
de doutorado. Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília/UnB. Brasília,
2007.
274
AGRICULTURA URBANA EM GOIÂNIA (GO): RESISTÊNCIA DAS
RURALIDADES E RURALIDADES DE RESISTÊNCIA
Raphael Pereira de Oliveira Sousa
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
(SANTOS, 2013). Em 1990 a população urbana já representava 75,47%, subiu para 81,23%
urbano tornou-se realidade para grande parte dos camponeses. Mas hás um aspecto
importante: as pessoas deixam de morar no campo, mas o campo não deixa, na mesma
proporção, de participar na reprodução dos sujeitos. Parte dos camponeses passa a ser
agricultura urbana – com objetivo comercial ou apenas para autoconsumo. Para Santos
275
e FAO defende que ela pode contribuir com a segurança alimentar aumentando a
1999).
uso do espaço urbano? Quais os sentidos e funções destas ruralidades que resistem no
aplicação de questionários junto aos sujeitos envolvidos. Com base em revisão teórica e
transição agroecológica podem ser um caminho viável para gerar ocupação e renda na
agricultura urbana.
276
A relevância desta pesquisa se justifica na necessidade de repensar e reorganizar
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
das cidades e seus espaços no meio urbano, buscando superar dicotomias através de
277
METODOLOGIA
urbanização. Para isso, serão consultados artigos, periódicos, dissertações e teses para
para visão ampla sobre a organização do setor. Os relatos e experiências serão coletados
fotográficos de espaços da agricultura urbana, como recurso para análise. Desta forma,
múltiplas dimensões.
278
prática do projeto político dos sujeitos envolvidos na agricultura urbana de Goiânia.
Conforme proposto por Demo (2011), estes são passos necessários, visto que não é
possível fazer uma avaliação qualitativa à distância. O autor afirma que “é mister haver
e purismos” (DEMO, 2011, p. 244). Esta abordagem permite elaborar uma análise de
A análise de conteúdo não fica apenas nas fichas, nos relatórios, nas
gravações, porque sabe que isto é instrumento, vestimenta, aparência.
É preciso ir além disso, de modo hermenêutico. Saborear as entrelinhas,
porque muitas vezes o que está nas linhas é precisamente o que não se
queria dizer. (DEMO, 2011, p. 246).
Mas não devemos fugir a formalizações, pois são passos normais e necessários
necessário, mas serão tratados como passos metodológicos e não como finalidade.
Capítulos Sinopse
1. Agricultura urbana: a persistência de Aborda a modernização da agricultura,
ruralidades no desenvolvimento analisando a relação entre expansão do
contemporâneo das cidades capitalismo no campo e urbanização.
1.1. O processo de urbanização e as Apresenta reflexão sobre a dicotomia
dicotomias entre o rural e o urbano: rural-urbano no debate acadêmico,
limites e perspectivas apontando os limites desta abordagem
1.2. Agricultura e capitalismo no Brasil: para a compreensão da realidade atual,
desenvolvimento agrícola após e aponta novas perspectivas e conceitos
1960 de análise considerando os diversos
1.3. Modernização da agricultura em níveis de (inter)relação entre o rural e o
Goiás: apropriação agrícola de urbano. Por fim, aprofunda sobre
territórios dos cerrados. aspectos teóricos e conceituais acerca da
1.4. Aspectos conceituais e agricultura urbana, e faz breve
interpretações sobre a Agricultura contextualização sobre o tema no
Urbana cenário mundial e no Brasil.
279
1.4.1. Agricultura urbana no cenário Referências básicas: ABRAMOVAY
mundial (2000); SANTOS (2013); MOUGEOT
1.4.2. Agricultura urbana no Brasil (2001); OLIVEIRA (1996; 2001; 2003);
MARTINS (1981); GRAZIANO DA
SILVA (1996a).
2. A agricultura urbana no município de Apresentará visão geral sobre a
Goiânia-GO: o papel das ruralidades Agricultura Urbana em Goiânia, os
na produção do espaço em Goiânia espaços de atividade, organizações de
2.1. Produtores: características e produtores e canais de comercialização.
concepções Buscar-se-á entender os mecanismos de
2.2. Associativismo e cooperativismo associativismo e cooperativismo, a
como mecanismos de articulação situação atual da agricultura urbana no
na agricultura urbana município e analisar como o tema é
2.3. O espaço da agricultura urbana em tratado pelas políticas públicas e na
Goiânia: formas de apropriação e revisão do plano diretor do município.
uso dos espaços produzidos pela Serão analisados aspectos gerais das
agricultura urbana políticas públicas relacionadas à
2.4. O papel do poder público na gestão agricultura urbana além de refletir
do espaço urbano e as políticas para sobre o sentido e funções das
a agricultura urbana: desafios e ruralidades na produção do espaço.
perspectivas para a agricultura Referências básicas: CARNEIRO
urbana em Goiânia-GO (1998); CHAYANOV (1974);
GRAZIANO DA SILVA (1996b); PIRES
(1997); SANTOS (2014);SINGER (1998).
3. Agriculturas alternativas no espaço Analisará as práticas e experiências de
urbano: dos elementos teóricos às "agriculturas alternativas" em Goiânia,
questões práticas na agricultura analisando como podem contribuir na
urbana de Goiânia-GO segurança e soberania alimentar e no
3.1. Agriculturas alternativas: aspectos desenvolvimento da agricultura
comuns, divergências e o conceito urbana. Será feita análise teórica e
de desenvolvimento sustentável. conceitual para em seguida apresentar
3.1.1. Agricultura orgânica: mercado a perspectiva de agriculturas
e controle de certificadoras alternativas em contraposição ao
3.1.2. Agroecologia: caminho para a modelo de cultivo tradicional,
produção de alimentos limpos difundido a partir da Revolução Verde,
e autonomia do produtor abordando aspectos comuns de
3.1.3. Plantas Alimentícias Não diferentes propostas de agricultura
Convencionais (PANC): alternativa, as suas divergências e a
resgate de saberes tradicionais difusão do conceito de
e segurança alimentar. desenvolvimento sustentável. Neste
280
3.2. Agriculturas alternativas no espaço último capítulo será aproximado o
urbano de Goiânia: experiências, olhar sobre experiências e produtores
desafios e perspectivas. que desenvolvem cultivos alternativos,
3.2.1. Os sujeitos e os espaços da como produção orgânica ou
agricultura alternativa em agroecológica em Goiânia, buscando
Goiânia. conhecer a realidade e os espaços deste
3.2.2. Organização do trabalho, da tipo de atividade, organizações de
produção e da distribuição. produtores, canais de comercialização e
3.2.3. Políticas públicas e como o assunto é tratado pelas politicas
perspectivas futuras públicas.
Referências básicas: ALTIERI (2012);
CAPORAL (2004); MACHADO (2014);
MOLINA (2013); SCHMITT (2013).
REFERENCIAL TEÓRICO
ALTIERI, Miguel. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Editora
Expressão Popular. 3ª Edição. São Paulo, 2012.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
GRAZIANO DA SILVA, J. Por uma reforma agrária não essencialmente agrícola. Agroanlysis,
Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 8-11, 1996b.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro:
IBGE. 2010.
281
MACHADO, Luiz Carlos Pinheiro; MACHADO FILHO, Luiz Carlos Pinheiro. A Dialética da
Agroecologia: contribuição para um mundo com alimentos sem veneno. Editora Expressão
Popular. 1º Edição. São Paulo, 2014.
MOUGEOT, Luc J.A. Agricultura urbana: concepto y definción. Revista Agricultura Urbana. v.1,
n.1, p.5-7, 2001.
OLIVEIRA, A.U. Geografia das lutas no campo. São Paulo: Contexto, 1996.
SINGER, P. Uma utopia militante: repensando o socialismo. Petrópolis, RJ: Vozes, 182 p. 1998.
SINGER, P.; SOUZA, A. R. (Orgs.). A economia solidária no Brasil: a autogestão como resposta
ao desemprego. São Paulo: Contexto, 2000.
282
METAMORFOSES OU ALOMORFIAS AGRÁRIAS?
TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS DECORRENTES DA ADESÃO
DE “AGRICULTORES FAMILIARES” AO COMPLEXO
AGROINDUSTRIAL DA SOJICULTURA
Rodrigo Gonçalves de Souza
Linha de Pesquisa - Doutorado: Dinâmicas Socioespaciais
- delimitação operacional com fins de recorte para linhas específicas de políticas públicas
de bônus. Os parâmetros contidos nos artigos 4º, 10º, 13º e 14º articulam preocupações
prestados aos agricultores; ponderações acerca da assistência técnica, que em tese, deve
1Doravante o uso das aspas indicará a nomenclatura enquanto enquadramento no recorte legal
dos sujeitos sociais para as políticas públicas focadas – considerando os quesitos para o
enquadramento -, antecedendo o crivo analítico que o trabalho fará quanto às morfologias e
categorizações sociológicas
283
laboral. Entretanto, atendendo a um pleito e lóbi antigo das empresas compradoras de
esvaziou o papel das federações sindicais nas mediações do contrato, especialmente para
A produção da soja tem sido a única viável para o PNPB em Goiás, tendência
hegemônica no país (SILVA, GRASEL & MERTERNS, 2017). Não se consta nos
monocultura total de baixa taxa interna de retorno2 por unidade, com elevado ponto de
sociais dentro deste recorte legal “agricultores familiares” - sejam assentados da reforma
Cargil, Granol, Yara, cooperativas como a COCARI - sediada em Campo Alegre de Goiás
2“Taxa necessária para igualar o valor de um investimento com seus respectivos retornos futuros
ou saldos de caixa” (CASAROTTO, 2008, p. 52).
3 Nível de produção necessário para que a receita obtida com a quantidade produzida e
284
casos, inserem-se no mercado convencional deste complexo, a preços de mercado e
em uma área de 44.503 ha. Contudo, em 2015 havia 21 agricultores do município que
aderiram ao Selo e 210 na Região Sudeste de Goiás; em 2016 havia 18 em Ipameri e 208
Segundo pesquisa de Wesz Júnior & Bueno (2018, p.2), entre os “principais
fatores de maior influência para produção de soja nos pequenos estratos de área” estão
para a cultura da soja (66,80%), praticamente empatada com o feijão (67,09%) e muito
BATAIELO, 2006; FENNER, 2006; ZANON et al., 2010), principalmente devido a fatores
segmento social, com pressões no sentido de, mais do que configurar uma “agricultura
285
de escala familiar (LAMARCHE, 1998, pp. 67-70), com um aumento da vulnerabilidade
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
286
2. Levantamento sobre a implementação do Selo Combustível Social e
órgãos oficiais); fontes primárias (entrevistas com agentes públicos, com agentes
1. Prolegômenos da pesquisa
287
Para tarefa que se empreenderá de analisar as transformações socioespaciais, se
debruçará, pelos caminhos da análise e síntese, sobre categorias analíticas e arcabouços
conceituais chave desenvolvidos na literatura pertinente: perspectiva acerca do espaço
(SANTOS, 1978, 1997, 2004; MASSEY 1994, 2000; HARVEY, 2012); lugar (CARLOS, 2007;
MASSEY, 2008; SANTOS, 2012; 2014). Os fenômenos sociais serão compreendidos
indagando-se pelas suas causas e analisados no bojo dos processos em que
desencadeiam-se e desenvolvem-se. Buscar-se-á identificar as estruturas e daí suas
potencialidades - as quais norteiam o curso dos eventos -, bem como a forma
característica do funcionamento destas estruturas e, a partir daí, elucidar os modos de
atuação (SAYER, 2010, p.106-112).
288
3. Espaço em reconfiguração, Espaço reconfigurante: as tendências geradas pela adesão
ao complexo soja
A pesquisa elucidará as consequências possibilitadas pelos mecanismos das
estruturas do sistema produtivo e comercial da sojicultura na dinâmica socioespacial da
“agricultura familiar”; os efeitos com os agricultores dentro desta abrangência tipológica
que, em outras, não ocorrem; os efeitos que não ocorrem em outros sistemas na mesma
abrangência tipológica de agricultores.
Caracterizará as transformações nas características da forma e expressão social
das famílias agricultoras, seja pelo impactos, seja pelas estratégias adaptativas,
investigando se a forma de gestão e manejo da propriedade e sua relação com a
economia, sociedade, e institucionalidades do meio mais amplo estarão sujeitas a passar
por reconfigurações mais ou menos significativas. Será acompanhado de avaliações
quanto às evoluções do grau de especialização nas unidades produtivas familiares, grau
de integração ao mercado (e riscos decorrentes) e as formas de relações de trabalho,
considerando o protagonismo e preponderância na gestão e trabalho na propriedade.
Dentre as diferentes formas que as buscas dos “agricultores familiares” para
adaptarem-se às condicionantes do contexto social e econômico assumem, incluem-se as
que se elaboram e reelaboram discursos, valores e campos simbólicos. Trabalhar-se-á
verificando o pressuposto de que os sujeitos sociais, as instituições e mecanismos das
estruturas - estes últimos a partir de propriedades emergentes (SAYER, 2010, p. 80-158)
- têm o potencial para transformar o espaço e, o espaço transformado transforma os
sujeitos, as instituições e as estruturas. Serão discutidas as morfologias variadas das
relações deste segmento com os mercados capitalistas (LAMARCHE, 1998;
WANDERLEY, 2003; GRISA, SCHNEIDER & CONTERATO, 2006; PAULINO, 2006; DE
OLIVEIRA, 2007, 2010; LOCATEL e AZEVEDO, 2008; SCHNEIDER, 2010; VEIGA; 2012;
KAGEYAMA, BERGAMASCO & DE OLIVEIRA, 2014).
289
socioespacial da agricultura de perfil familiar nas áreas onde houve conversão pra
sojicultura?
Averiguará se uma suposta tendência a uma conversão para micro/pequenas
empresas familiares agrícolas (conceitos de empresas familiares/empresas familiares
tradicionais - LETHBRIDGE, 1997; GRZYBOVSKI & TEDESCO, 1998; RICCA NETO,
1998) - das unidades produtivas pode estar sendo “freada” não por racionalidades
tipológicas camponesas, mas por dificuldade de ampliar a escala da unidade produtiva,
relevo e outros limites naturais, impossibilidade de comprar lotes no assentamento, ou
alguma regulamentação.
290
O PLANEJAMENTO URBANO EM CIDADES DE PORTE MÉDIO
PERTECENTES À REGIÕES METROPOLITANAS: ANÁLISE DE
TRINDADE-GO
Wildes Jesus Rodrigues
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
Gomes deixa claro que o saber geográfico, usado por um sujeito, deve
pormenoriza-lo etc. De acordo com esta preocupação cabe retratar “onde”, ou melhor,
geografia humana e que tem como conteúdo específico a geografia Urbana. Este trabalho
291
particulariza na geografia por ser uma ciência, a meu entender, social e preocupada com
os arranjos espaciais.
norte com Goianira e Caturaí; ao sul com Guapo; a leste com Goiânia, a Oeste
seguir). Com uma área de 719,70 Km2, o município de Trindade tem cerca de
Fonte: MUBDG.
Organização: Rafael de Oliveira Borges, 2005
292
O crescimento populacional de Trindade, segundo dados do Plano Diretor de
Trindade (ARCA, 1998), se dá de forma mais uniforme até os anos 1980 quando o
população de Trindade. Este fato coincide com o estabelecimento da nova Lei Municipal
de suas áreas. Outro fator que também contribuiu para este “salto” no crescimento
populacional a nível estadual – porém que também tem seus reflexos no contexto
ser receptáculos de imigrantes, que em sua maioria buscam “abrigo” nas áreas mais
apresentando, via de regra, preços mais baixos e facilidades no pagamento de uma casa
própria. Porém este fato é responsável por uma complexa rede de acontecimentos que
tramitam sobre as áreas metropolitanas e lhes conferem certas particularidades uma vez
293
A expansão urbana, em Trindade, ganha uma nova configuração, pois as áreas
à especulação imobiliária.
Pode-se afirmar, de forma premeditada que, a partir dos anos 1980 Trindade não
é mais vista de forma homogênea e novas denominações surgem para se referir à área
294
políticos e, também, pela dinâmica de metropolização em construção. Esses fatores
PROBLEMATIZAÇÃO
Goiânia. Em outras palavras, essas discussões deixam claro que a cidade de Trindade
não pode ser explicada ou pensada apenas a partir do marco inicial que foi a Romaria
do Divino Pai Eterno, como sendo uma “cidade Santuário” (Santos, 1998) ou mesmo a
Festa do Divino Pai Eterno em Trindade” (Coelho, 2003). Deve-se buscar a confluência
HIPÓTESE
efetivada pela festa/romaria do Divino Pai Eterno agora com rompantes turistificados; a
radicação de indústrias em seu território, dentre outros, são aspectos que materializam
essa influência.
295
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
REFERENCIAL TEÓRICO
ARRAIS, Tadeu Pereira Alencar. GOIÁS: Novas Regiões, ou Novas Formas de olhar
Velhas Regiões In: ALMEIDA, Maria Geralda de (Org). Abordagens geográficas de
Goiás: o natural e o social na contemporaneidade. Goiânia: IESA, 2002.
296
GOMES, Paulo C. da Costa. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro – RJ:
MARX, K e ENGELS, F. A ideologia alemã (feuerbach). São Paulo: ed. Hucitec Ltda. 7º
ed. 1º ed. 1973.
297
ENSINO-APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA
O ENSINO DA VEGETAÇÃO NA GEOGRAFIA ESCOLAR EM ESCOLAS
ESTADUAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE INHUMAS – GO
Clara Lúcia Francisca de Souza
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
que a Geografia Escolar tem a responsabilidade de propiciar aos estudantes uma visão
A Geografia Escolar, ao mesmo tempo em que não está isolada de outros campos
espaço geográfico, que diferentemente das demais disciplinas que também abordam
299
componentes físico-naturais, com destaque para a vegetação na Educação Básica do
município de Inhumas/GO.
município de Inhumas. Esta motivação foi ampliada nos estudos posteriores quando
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
professores das escolas pesquisadas, para abordar esse tema nas aulas de
METODOLOGIA
pesquisa qualitativa que consiste, de acordo com Fino (2016), em um tipo de investigação
neste caso na escola. Neste período ocorre o recolhimento de dados e o observador passa
300
busca desempenhar um papel no grupo envolvido, respeitando suas experiências e as
Ludke e André (2011) constitui num dos principais instrumentos de coleta de dados nas
formas de comunicação.
301
quando acreditamos que o ensino dos componentes físico-naturais pressupõe a inserção
modo a explorar questões específicas e gerais que dialogam com a proposta teórico-
conceitual que embasa esta pesquisa, bem como na concretização dos objetivos
propostos.
(2005), Ribeiro e Walter (2008), entre outros, tendo como eixo de análise temas como
pesquisadas.
com o intuito de analisar e refletir sobre o ensino dos componentes físico-naturais com
foco na vegetação.
A observação de aulas será realizada, nas escolas estaduais que atendem o 6º ano
e o 7º ano, para identificar quais metodologias de ensino tem sido utilizadas pelos
(localização, geologia, geomorfologia, solos, uso dos solos, declividade) do lugar onde
302
vivem, realizar exposição de fotografias (antigas e atuais) e trabalho de campo no
vivência.
REFERENCIAL TEÓRICO
seja encaminhado com qualidade. Nessa mesma direção, Moraes e Souza (2008, p. 152)
relatam que “A formação do professor é algo contínuo e deve ocorrer durante toda a
vida profissional.” Não basta que o professor tenha sua formação concluída e sim que
De acordo com Silva (2003, p.01): “O professor diante dessa abordagem deve
adotar uma postura reflexiva sobre sua prática pedagógica, que possibilite a capacidade
geográfico em que se deparam com situações do dia a dia relacionados com assuntos da
303
(...) o ensino da Geografia na Educação Básica é defendido por se
reconhecer relevante a percepção das organizações espaciais pelos
sujeitos sociais, entendendo-se que essa compreensão pode contribuir
para a mobilização dos grupos e indivíduos. A partir de uma nova
percepção espacial estes sujeitos sociais poderão contribuir, questionar,
propor alternativas para melhorar existências coletivas e individuais.
Geografia Escolar.
pois acabam tendo uma visão distante dos conteúdos apresentados. Conforme Morais
(2013, p. 29):
alunos e fazendo com que aprendizagem se torne algo interessante e atraente para os
próprio cotidiano.
Dessa maneira, o professor e o aluno quando não se tem outros meios para
detectar os erros e os problemas pertinentes dos livros didáticos e, quando não há uma
304
que livro é apenas um complemento dos recursos didáticos. Conforme Mendes; Oliveira;
com uma realidade diferente dos estudantes, pois os livros provêm prontos e acabados
dominação, qual seja a ensinar sem pôr em questão o conteúdo dos livros didáticos. E
estes sem que os produtos finais de seus ensinamentos fossem ferramentas com as quais
seus alunos vão transformar o ensino que praticam e, certamente, a sociedade em que
vivem.
de maneira que os que não sabem venham, a saber, os que não entendem venham a
SUMÁRIO PRELIMINAR
INTRODUÇÃO
305
1.3 A vegetação como um dos componentes físico-naturais do espaço geográfico
INHUMAS-GO
4. Considerações finais
5. REFERÊNCIAS
6. ANEXOS
7. APÊNDICES
REFERÊNCIAS
306
FINO, Carlos Nogueira. FAQs, etnografia e observação participante. Disponivel em:
<http://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/806/1/Fino14.pdf>. Acesso em: 01 de dez.
2016.
MENDES, S.O.; OLIVEIRA, I.J. & MORAIS, E.M.B. Abordagens do Cerrado em Livros
Didáticos de Geografia. Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v. 6,
n. 12, p. 179-208, jul./dez., 2016. Disponível em:<
http://www.revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/article/view/362/221>.
Acesso em: 02 de dez. 2017.
307
O CONCEITO DE AMBIENTE NOS TRABALHOS DE CAMPO:
APONTAMENTOS PARA A GEOGRAFIA ESCOLAR
Domitila Theil Radtke
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
do ensino. Em uma das atividades realizou-se uma saída de campo, que acabou
necessidade de conhecer mais sobre esta metodologia, método ou técnica, definições dos
308
em potencializar e valorizar o processo investigativo e de pesquisa em atividades
Guàrdia e das influências de seu amigo Élisée Reclus, geógrafo anarquista da época.
relacionados ao Estado de São Paulo, o que parece justificável, pois a maioria desses
trabalhos está ligada à Profa. Dra. Nídia Pontuschka, docente da Área de Ensino de
Geografia da Universidade de São Paulo. Além disso, constatou-se que, a maioria dos
pela autora. Também se percebeu que a maioria das publicações está ligada à formação
de professores, seja ela na área geográfica ou em outras áreas, tanto voltado à formação
dos 16 trabalhos levantados, além dos 2 da área de história (temas: cultura e patrimônio)
tema as questões ambientais. Por este número expressivo nos instiga a compreender (o
que não foi possível desenvolver na dissertação) de que forma estes autores e
309
TC, visto que, em tese é fundamental para o presente trabalho a compreensão destes
aos demais, visto que o conceito de meio é amplo, conforme Geraldino (2010) e com a
conceito basilar na tese. Dessa forma, teremos a problemática de pesquisa orientada por
2014, 2017), EM (PONTUSCHKA, 19991, 1994, 1995, 2004a, 2004b, 2006, 2008, 2009, 2014),
Com isto, objetiva-se por tese que: a compreensão dos conceitos de ambiente e
OBJETIVOS
Objetivo geral
educativos.
Objetivos específicos
310
• Analisar as potencialidades dos trabalhos de campo no ensino de Geografia e
o sujeito que a faz, pois, o pesquisador precisa construir sua opção teórica e
resgate bibliográfico de autores que trabalham com o EM, TC, com o conceito de meio,
311
Acredita-se que, este levantamento evidencia o ponto fundamental dos referenciais
na Geografia dar-se-á início pelas leituras básicas de autores como Dirce Suertegaray e
Carlos Valter Porto Gonçalves e, a partir disto, buscarse-á outros autores que tratem
sobre esse conceito no interior da ciência geográfica (tabela 3 do apêndice A). Estas
leituras ainda precisam ser aprofundadas, assim como os demais autores usados como
levantados os demais autores que tratem sobre o tema, incluindo autores de outras áreas
não, nas aulas de Geografia que, muitas vezes, é trabalhado de forma indireta nos
como estes conceitos são tratados nos trabalhos de campo na disciplina de Geografia.
312
REFERENCIAL TEÓRICO
Torna-se, portanto, importante a compreensão do que estes autores entendem sobre EM.
Magaldi (1965, p.71 apud PONTUSCHKA, 2013, p. 254-5) trabalhava com um duplo
aspecto do EM, como um fim em si mesmo e como método. Já Balzan (1987) percebia o EM
como uma importante técnica. Porém, segundo Pontuschka (2013) ele está, na verdade,
(PONTUSCHKA et al, 2009, p.173). Considerando Pontuschka como uma das referências
entendimento nos EM. Estes, que segundo o referido levantamento, tratam, em maioria,
das questões ambientais, o que por hipótese pode significar uma visão mais
naturalizada, sem muitas relações com as questões sociais e com vida cotidiana do
sujeito. É fundamental no que diz respeito à própria compreensão de que o homem faz
313
PLANO DE REDAÇÃO: SUMÁRIO COMENTADO
1. INTRODUÇÃO
2. OS TRABALHOS DE CAMPO E OS ESTUDOS DO MEIO NA CIÊNCIA
GEOGRÁFICA
Definir o que se entende por trabalhos de campo e Estudos do Meio, seu papel na
historicidade na ciência geográfica. Tanto dos trabalhos de campo como método de
pesquisa na Geografia, como o papel dos Estudos do Meio nas Escolas Anarquistas,
enquanto trabalhos de campo específicos ao método de ensino e pesquisa, com
potencialidades libertárias. Conforme subcapítulos:
2.1. Teoria e método: o papel dos trabalhos de campo na Ciência Geográfica
2.2. Os Estudos do Meio: potencialidades libertárias para o ensino
2.2. Os trabalhos de campo educativos no ensino de Geografia
3. OS CONCEITOS DE MEIO, AMBIENTE E SOCIOAMBINETAL NA GEOGRAFIA
ATUAL
Explanar teoricamente os conceitos de meio, ambiente socioambiental. Para,
posteriormente, compreender como os professores de Geografia percebem estes nos
trabalhos de campo. Conforme subcapítulos:
3.1. Revisão teórica do conceito de meio
3.2. Revisão teórica do conceito de ambiente
3.3. Revisão teórica do conceito socioambiental
5. AS POTENCIALIDADES DOS TRABALHOS DE CAMPO NO ENSINO DE
GEOGRAFIA E OS CONHECIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
NORTEADORES.
Pesquisar as potencialidades dos trabalhos de campo no ensino de Geografia, assim
como, os conhecimentos teórico-metodológico dos professores pesquisados.
4.1. Os sujeitos da pesquisa: professores de Geografia de Goiânia
4.2. Procedimentos metodológicos do campo: Entrevista semiestruturada,
questionários, oficinas e trabalho de campo
4.2. Análise: o conceito de ambiente e a perspectiva socioambiental pelos
professores participantes
4.3. Os conhecimentos teórico-metodológicos para a construção de conhecimentos
geográficos
314
6. OS CONCEITOS DE AMBIENTE E SOCIOAMBIENTAL NOS TRABALHOS DE
CAMPO, ENQUANTO CONHECIMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO
Apresentar os conceitos de ambiente e socioambiental, nos trabalhos de campo, como
conhecimentos teórico-metodológicos para a construção do conhecimento geográfico
não fragmentado.
6.1. A importância dos conhecimentos teórico-metodológicos no ensino de
Geografia
6.2. O conceito de ambiente nos trabalhos de campo como conhecimento teórico-
metodológico importante na construção de conhecimentos geográficos
6.3. A perspectiva socioambiental dos trabalhos de campo como conhecimento
teórico-metodológico importante na construção de conhecimentos geográficos
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BALZAN, N. C. Estudo do Meio. In: Nélio Parra (Org). Didática para Escola de
Primeiro e Segundo Graus. 9ª ed.São Paulo: Pioneira, 1987, v.1, p.113-128.
315
PONTUSCHKA, N. N. O conceito de Estudo do Meio transforma-se em tempos
diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes. IN:. (org) VESENTINI,
J. W. O Ensino de Geografia no século XXI 7ed. - Campinas/SP: Papirus, 2013.
316
APÊNDICE A: TABELAS DOS REFERENCIAIS TEÓRICOS E SUAS RESPECTIVAS
TEMÁTICAS E/OU CONCEITOS NORTEADORES DA PESQUISA
N° TRABALHO
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; LUTFI, Eulina Pacheco. Geografia e português no
1 estudo do meio - metodologia interdisciplinar de ciências humanas: a entrevista.
GEOUSP (USP), v. 18, p. 386-402, 2014.
LOPES, Claudivan Sanches; PONTUSCHKA, N. N. Estudo do Meio: teoria e prática.
2
Geografia (Londrina), v. 18, p. 173/1814122009-191, 2009.
PONTUSCHKA, N. N. Projetos de Estudos do Meio na FEUSP. Caderno de Textos,
3
São Paulo, p. 137-144, 1994.
PONTUSCHKA, N. N; BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes; NADAI, Elza;
4 KULCSAR, Rosa. O Estudo do Meio como trabalho integrador das práticas de
ensino. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, v. 70, p. 45-52, 1991.
PONTUSCHKA, N. N. O Conceito de Estudo do Meio transforma-se em tempos
diferentes, em escolas diferentes com professores diferentes. In: VESENTINI, José
5
William. (Org.). O Ensino de Geografia no Século XXI- 4ª ed. -SP, 2008 - ISBN 85-308-
0744-8. 4ªed. Campinas-SP: Papirus, 2008, v.1, p.249-288.
PONTUSCHKA, N. N. Estudo do Meio e Ação Pedagógica. In: AGB Nacional. (Org.).
6 A Geografia e a Amazônia no Contexto Latino Americano: diálogos, práticas e
percursos. Rio Branco - AC.: AGB Nacional, 2006, v. 1, p. 1-14.
PONTUSCHKA, N. N. O conceito de Estudo do Meio transforma-se em tempos
diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes.. In: José William
7
Vesentini. (Org.). O Ensino de Geografia no Século XXI.. 2ªed.Campinas - SP: Papirus,
2004, v. 1, p. 249-288.
PONTUSCHKA, N. N. Projetos de Estudos do Meio na FEUSP. In: 3ª Escola de Verão
8 - FEUSP, 1995, Serra Negra. Cadernos de Textos - 3ª Escola de Verão - FEUSP, 1994. v.
1. p. 137-144.
PONTUSCHKA, N. N. Projetos Interdisciplinares - Estudo do Meio,
Interdisciplinaridade e Ação Pedagógica. In: Caderno de Resumos do VI Congresso
9 Brasileiro de Geógrafos - Setenta Anos da AGB: As transformações do Espaço e a
Geografia no Século XXI. Goiânia - GO: Gráfica da Universidade Federal de Goiás,
2004. p. 662-663.
Fonte: elaborado pela autora, 2017.
317
Tabela 2: Geraldino e seus respectivos trabalhos sobre o conceito de Meio
N° AUTOR TRABALHO
O conceito de meio na Geografia. Dissertação (Mestrado
GERALDINO, Carlos
1 Geografia Humana) – Departamento de Geografia,
Francisco Gerencsez
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010
O meio como ambiente: da emergência às críticas de um
GERALDINO, Carlos
2 conceito. Ateliê Geográfico - Goiânia-GO, v. 8, n. 2, p.198-
Francisco Gerencsez
220, ago/2014
GERALDINO, Carlos A gênese do conceito de meio. Revista de Geografia
3
Francisco Gerencsez (UFPE) V. 30, No. 2, 2013
GERALDINO, Carlos O que é o meio do Estudo do Meio? REGRASP (ISSN
4
Francisco Gerencsez 2526-1045), v. 2, n. 3, jun.2017, p. 5-19
Milton e o meio. Monografia (Especialização em Filosofia
GERALDINO, Carlos
5 da Ciência) – Departamento de Filosofia, Universidade
Francisco Gerencsez
Estadual de Londrina, Londrina, 2007.
Fonte: elaborado pela autora, 2017.
N° AUTOR TRABALHO
SURTEGARAY, D. M. A,
Ambiente e Lugar no Urbano. Porto Alegre: Editora da
1 VERDUM, R.; BASSO, L.
UFRGS, 2000. p. 13-34.
A.
SUERTEGARAY, Dirce A natureza da Geografia Física na Geografia. Terra Livre
2
M. A; NUNES, J. O. R. São Paulo n. 17 p. 11-24 2o semestre/2001
O atual e as tendências do ensino e da pesquisa em
SUERTEGARAY, Dirce
3 Geografia no Brasil. Revista do Departamento de Geografia,
Maria Antunes.
16 (2005) 38-45. 38.
Geografia e interdisciplinaridade. Espaço geográfico:
SUERTEGARAY, Dirce
4 interface natureza e sociedade. Geosul, Florianópolis,
Maria Antunes.
v.18, n.35, p.43-53, jan./jun. 2003.
SUERTEGARAY, Dirce Notas sobre Epistemologia da Geografia. Cadernos
5
Maria Antunes. Geográficos - Nº 12 - Maio 2005
PORTO-GONÇALVES,
6 O Desafio Ambiental. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Carlos Walter.
PORTO-GONÇALVES, A globalização da natureza e a natureza da globalização.
7
Carlos Walter. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
Fonte: elaborado pela autora, 2017.
318
Tabela 4: Referencial base sobre o conceito de socioambiental
N° AUTOR TRABALHO
Geografia socioambiental. In: MENDONÇA, F.;
KOZEL, S. (orgs.). Elementos de Epistemologia da
1 MENDONÇA, Francisco
Geografia Contemporânea. Curitiba: Editora da UFPR,
2002. p. 121-144.
Geografia socioambiental. Terra Livre São Paulo n. 16
2 MENDONÇA, Francisco
p. 139-158 1o semestre/2001
Geografia e meio ambiente. 2ª ed. São Paulo: Contexto,
3 MENDONÇA, Francisco
1994
Fonte: elaborado pela autora, 2017.
319
O MAPA MENTAL NO ESNINO DE GEOGRAFIA: UMA METODOLOGIA
DE PRODUÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO
DO ALUNO DO ENSINO MÉDIO
Gabriella Goulart Silva
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
habilidades crítico-espaciais.
passando por uma perspectiva de descrição do espaço até a sua compreensão como um
da reflexão, da perspectiva analítica, de modo que o próprio indivíduo consiga por meio
do espaço geográfico.
passagem do pensamento espacial, que se baseia somente nas noções básicas, para um
320
raciocínio geográfico, associando a essas noções básicas os conceitos geográficos, a
geográfico, a produção dos mapas mentais em conjunto com a prática da aula de campo,
será desenvolvida e apresentada como metodologia dentro dessa prática escolar que
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
geográfico;
• Detectar através dos mapas mentais como as práticas cotidianas dos alunos
geográfico.
321
METODOLOGIA
situado na região metropolitana de Goiânia, cidade onde atuo como professora. No que
esse ciclo, portanto, os alunos do Colégio Estadual José Rodrigues Naves, situado na
unidade ofertar esse nível de Ensino e receber alunos de todas as demais extensões da
cidade.
conteúdos foram trabalhados a fim de dar subsídios teóricos aos alunos, a aplicação de
questionários, atividade de campo com saídas curtas pela cidade e a produção dos
322
mapas mentais, que foram produzidos com a finalidade de apresentar a metodologia
A partir desse material será feita a análise dos resultados, dos mapas mentais,
das aulas e do campo, dos questionários, a fim, de apresentar como os mapas mentais
REFERENCIAL TEÓRICO
ALMEIDA, Rosângela Doin de. PASSINI, Elza Yasuko, O espaço geográfico: ensino e
representação. 12 ed. São Paulo: Contexto, 2002.
323
Sandra Valéria (Orgs.). Concepções e práticas de ensino num mundo em mudança:
diferentes olhares para a didática. Goiânia, CEPED/Editora PUC Goiás, 2011. p. 85-
100.
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 01-15.
324
geográfico), chegando até a compreensão de conceitos, da informação geográfica
(raciocínio geográfico)
Neste capítulo, fomentarei a discussão por uma abordagem mais didática da linguagem
cartográfica no ensino de Geografia. Partindo de uma proposta onde o aluno possa ser
um aluno mapeador, que possa utilizar essa linguagem para materializar suas
percepções do espaço geográfico. E como proposta metodológica baseada nessa prática
escolar, será discutida a produção de mapas mentais.
3.2 Análise dos mapas mentais dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio
Estadual José Rodrigues Naves – Goianira-GO
Nesse momento, serão analisados os mapas mentais produzidos, assim como os relatos
sobre essa atividade, os questionários, a aula de campo, a fim de, apresentar como a
metodologia dos mapas mentais propiciou a produção e representação do raciocínio
geográfico nos alunos.
325
O aluno a partir de seu mapa
mental espacializou um fenômeno
proveniente do processo de
metropolização, que é a migração
pendular. Percebe-se que o aluno
representou a dinâmica espacial
de sua cidade a partir do fluxo de
veículos, novos loteamentos,
associando-os ao processo de
metropolização da região no
entorno de Goiânia.
326
Os mapas mentais e os questionários estão sendo analisados, com o objetivo de apresentar como
foi possível através dessa metodologia criar condições para que o raciocínio geográfico dos alunos
327
A FORMAÇAO PROFISSIONAL CONTINUADA E O ENSINO DE
GEOGRAFIA EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICO CULTURAL
Ismael Donizete C. de Moraes
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
Além disso, na observação das aulas foi possível perceber que as professoras
sintetizar o conteúdo.
328
em estudar os conceitos – e mediar à elaboração de planos de aula, acompanhar e
têm se limitado ao estudo dos conteúdos disciplinares - como na formação que serviu de
Educação de Mato Grosso (CEFAPRO). Ocorre que esses modelos de formação, na qual
metodológicos têm contribuído pouco com ação dos professores em sala de aula. Assim,
mesmo que a formação se realize em cursos com períodos de curta duração é necessário
muitos desafios, por se tratar de uma atividade de curta duração (40 horas) e, como
afirmamos acima, a maioria dos professores que atua nos anos iniciais do Ensino
pode contribuir para que os professores dos anos iniciais se apropriem de aspectos
dizer: que os professores na atividade de ensino reúnam condições para que os alunos
329
ao estudarem os conteúdos resolvam problemas relacionados às várias situações que se
Nesse sentido, nosso pressuposto tem sido o de que a formação continuada, pensada a
partir dos problemas profissionais e da teoria histórico-cultural pode contribuir para que
OBJETIVOS
Objetivo geral
básicos e desenvolvam uma proposta de ensino tendo como referência a teoria histórico-
cultural.
330
METODOLOGIA
proposto pelo filósofo austríaco Karl Popper pressupõe que o conhecimento racional do
objeto deve buscar a eliminação dos erros de uma hipótese por meio da mensuração, das
definições operacionais, das variáveis, dos testes hipotéticos e das análises estatísticas.
qualitativos de nossa pesquisa, pois para Gil (2008, p. 100) este instrumento desempenha
hipóteses, coleta, análise e interpretação dos dados [...]”. Assim, Lüdke e André (1986),
postulam que por abrir espaço para uma ampla variedade de descobertas, percepções,
concepções do sujeito sobre o objeto, pois “[...] a experiência direta é, sem dúvida, o
331
melhor teste de verificação de ocorrência de um determinado fenômeno”. (Idem, p. 26).
mudanças que ocorrem nas pessoas que dela participam. Segundo Gil (2008) por sua
contribuído muito no desenvolvimento das ciências sociais nas últimas décadas. Para
Laville e Dionne, (1999, p. 176) essa flexibilidade “permite obter dos entrevistados
informações muitas vezes mais ricas e fecundas, uma imagem mais próxima da
trabalho, ocupará posição proeminente, pois segundo Davydov (1988, p. 249) “os medios
artificiales del pensamiento o signos permiten al hombre crear modelos mentales de los
objetos y actuar con ellos, planificando, además, los caminos para solucionar diferentes
Assim, em cada uma das etapas da formação, descritas abaixo, será estabelecido
332
se assim um instrumento que possibilitará, juntamente com a observação e as
PROCEDIMENTOS DA PESQUISA
Etapa Procedimentos
a) Elaboração a) Elaboração de plano de aula*
da proposta de b) Temas a serem abordados no decorrer da elaboração da proposta
ensino. de ensino
• Elaboração • Conceitos de paisagem e lugar
dos objetivos; • Os conceitos de zona de desenvolvimento proximal e
• Definição medição de Vygotsky;
dos conteúdos • Aspectos básicos da teoria da atividade de Leontiev;
• Elaboração • Elementos estruturantes para a organização didática de
da sequência Davydov: Do geral para o particular, do abstrato para o concreto
didática. pensado e do coletivo para o individual.
* Prática e teoria como unidade de pensamento. Ponto de partida na
prática social dos professores, ou seja, como pensam e planejam os
conteúdos de geografia.
2)Desenvolvimento Os professores desenvolverão as propostas de ensino elaboradas
da proposta de no curso de formação nas turmas em que atuam em 2018.
ensino Acompanhamento pelo pesquisador do desenvolvimento da
proposta de três professores.
REFERENCIAL TEÓRICO
base para nossa defesa de que a formação continuada, pensada a partir da teoria
333
teóricos mínimos e planejem o ensino de geografia de maneira que possibilitem aos
no Brasil, Libâneo (2010), afirma que uma marca dos cursos de formação de professores
tem sido a didática e os conteúdos estudados de forma fragmentada, Demo (1996) que
expositivo das aulas, Araújo e Moura (2012), que postulam a ideia de que o aumento da
defendem uma base teórica histórico-cultural na formação, Tardif (2002), com os saberes
dos educadores relacionando teoria e prática, Lefebvre (1983), Kosik (2010), para
da psique (ZDP, mediação, etc), Leontiev (2010, 1978), para pensar a docência a partir da
como referencia para pensar a relação local-global; Santos (2006), que desenvolve uma
ontologia do espaço; Souza (2013), que articula aspectos sensitivos e históricos para
334
pensarmos o conceito de paisagem; Cavalcanti (2008, 2013, 2014), para pensarmos a
científicos, além pensar em uma didática para o ensino de geografia; Couto (2006 e 2009),
que propõe o ensino de geografia com base nos pressupostos teóricos da teoria histórico-
profissionais;
e escalaridade.
Espaço para discussão das possibilidades e desafios para a formação dos professores
para focar na dimensão de formar o professor com base nos problemas práticos
335
Pensar em aspectos relacionados ao planejamento e desenvolvimento da proposta
escalaridade.
REFERÊNCIAS
BOGDAN, Robert C.; BIKLEN, Sari Knopp. Investigação qualitativa em educação: uma
introdução à teoria e aos métodos. Tradução Maria J. Alvarez [...]. Portugal: Porto
Editora, 1994.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
336
MARX, Karl. Para a crítica da economia política. Traduções Edgard Malagodi et al. São
Paulo: Abril Cultural, 1982.
337
AS BASES TEÓRICO-METODOLÓGICAS PARA ENSINO DO
CONTEÚDO DE CLIMA DOS PROFESSORES INICIANTES DE
GEOGRAFIA
Izabelle de Cássia Chaves Galvão
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
profissional.
Ainda sobre o interesse no conteúdo de clima, entende-se que cada vez mais, se
clima, dentre outras discussões), porém, muitas vezes os professores evitam esse
conteúdo, por acreditarem que seja um desafio ensiná-lo, devido às objeções advindas
da formação e a gama de conceitos que o compõe. Por isso, interessa saber qual a
1Segundo a teoria de Ausubel, aprender é recriar e ampliar as ideias que já existem e assimilar
essas às novas que serão aprendidas, pois assim, o aluno poderá organizar suas ideias e sua
forma de aprender.
338
concepção teórica e metodológica os professores iniciantes possuem sobre esse
conteúdo.
noroeste da cidade, por ser uma das regiões administrativas que mais cresce2 e, por conta
número de escolas na região (já que são criadas unidades de acordo com a população
formação inicial contribuiu para esse exercício. Por saber do atual cenário de
precarização do trabalho docente e que parte dos sujeitos dessa pesquisa serão
tempo de trabalho entre um e cinco anos, considerando o início do exercício, logo após
Acreditamos que por meio dessa pesquisa poderemos explorar mais as reflexões
339
sala de aula por meio de propostas e estratégias de ensino, bem como possibilitar um
Outra contribuição que esperamos deste trabalho é compreender como essas discussões
tem ocorrido no meio acadêmico e como as mesmas podem chegar até a escola básica.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
METODOLOGIA
educação e pesquisa participante. Essas abordagens permitem também que seja possível
observar e capturar diferentes situações, bem como, refletir sobre as mesmas, no caso do
ambiente escolar, essas metodologias tornam-se muito eficientes. André (1983) reforça
340
contextos que estão inseridos e suas ações. Por se tratar de uma pesquisa com intuito de
isso, nos amparamos em Demo (1982), que entende a relação da pesquisa participante e
a realidade como compreensão da teoria e prática de forma dialética, em que para ele
pretendemos conhecer. Por isso, acreditamos que serão apropriadas para os objetivos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Ensino de Clima;
341
3. Verificar escolas estaduais da região noroeste, bem como a origem formativa
desses sujeitos;
REFENCIAIS TEÓRICOS
metodológica que esse sujeito possui sobre a temática. Para este momento, utilizaremos
clima, como Ayoade (1996), Zavattini e Boin (2013) Monteiro e Mendonça (2003), Paula
(2008).
342
formação inicial e continuada Zeichner (1993) e Schön (1992); no processo de construção
Cabe ainda, pensar no ensino de Geografia dentro desse processo, para isso utilizaremos
como referência, Cavalcanti (1998, 2002), Kaecher (2007), Castellar (2002), Callai (2013),
Morais (2013), Roque Ascenção e Valadão (2013), Oliveira (2010), dentre outras
REFERÊNCIAS
343
CAVALCANTI, L.S. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa,
2002.
DEMO, P. Pesquisa Participante: Saber pensar e intervir juntos. Liber Livro Editora,
Brasília, 2° edição 2008.
344
Geomorfologia. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
PIMENTA, Selma G.; LIMA, Maria S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2012.
345
1.2 - Bases teóricas e conceituais da Climatologia
-Quais são as referencias utilizadas na disciplina, para pensar o PPC, a ementa, o plano de
ensino e as demandas do ensino de Clima na formação inicial de professores.
- Quais as concepções e revisões teóricas para essa discussão e qual a importância de se discutir
essa conjunção.
346
- Entender por meio de entrevistas, como os professores iniciantes trabalham o clima na escola e
quais os desafios em ensinar o tema.
- Propor e elaborar junto aos sujeitos, possibilidades para o ensino de clima na escola, tendo
como referencia os principais desafios apontados pelos professores sobre o conteúdo.
347
A GEOTECNOLOGIA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: UM RECURSO
DIDÁTICO NOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM SOBRE O USO DO
SOLO URBANO
Keila Alves de Campos Nunes
Modalidade: Mestrado
(TIC’s) que ressaltam o grande avanço da tecnologia digital em meio ao público jovem.
2005).
referência geográfica está disponível e pode estar sendo utilizada por grande parte dos
jovens escolares do Brasil e da cidade de Goiânia. Se faz necessario então, refletir em que
geográficos.
348
interativo com o objeto a ser analisado; o Espaço Geográfico. A Geotecnologia poderia
então ser utilizada nas aulas de Geografia por meio da mediação do professor,
processos que ocorrem na superfície terrestre, tentando apresentar razões para essas
físico que integram esse espaço como a infra-estrutura e demais características físicas do
espaço.
Dessa forma, a Geotecnologia aparece como uma nova forma de leitura do espaço
banco de dados, produzir informações, compartilhar dados, são algumas das várias
que vão desde a formação básica do professor para o uso das tecnologias e das
349
geotecnologias em sala de aula, da própria utilização da geotecnologia em sala de aula
como uma ponte para o aprendizado, aos recursos necessários para a sua utilização na
A Internet. Por isso mesmo, salientamos que o uso das geotecnologias, como um fim em
forma crítico-reflexiva a prática de ensino, para que se possa obter êxito no processo de
ensino e de aprendizagem.
Esse núcleo tem como metodologia a atuação em três eixos articulados entre
suporte técnico.
Objetivo Geral
contribuem para que o aluno possa aprender sobre o uso do solo no espaço
urbano;
Objetivos Específicos
350
• Analisar as possibilidades do uso das geotecnologias para o ensino dos conteúdos
de Geografia Urbana.
METODOLOGIA
em suas múltiplas implicações, das formas de mudança e resiliência presentes nas ações
que permite uma aproximação com o sujeito da sua pesquisa de tal forma que contribui
inclusive para a formação do pesquisador, pois promove uma reflexão sobre a própria
prática pedagógica, como argumenta Weller e Plaff (2010). Nesse sentido utilizaremos a
estudos que envolvem algum tipo de intervenção na realidade e que podem implicar um
grau maior ou menos de participação dos sujeitos na pesquisa. Podem ter uma forte
Nesse sentido, para atender os objetivos dessa pesquisa, que versa sobre as
possibilidades e desafios do uso das geotecnologias no ensino sobre o uso do solo urbano
observação e a entrevista.
Segundo GIL (2008 p. 100), a observação “nada mais é que o uso dos sentidos
351
sala de aula. Essa metodologia permite ainda uma série de procedimentos para captação
proposta e o uso da geotecnologia na aula de Geografia. Gil (2008, p. 109), destaca que a
fizeram”.
ARTICULAÇÃO METODOLÓGICA
352
3 Propor uma metodologia para a • Definição do campo
sistematização do uso das intermediada pelo NTE;
geotecnologias como recurso • Elaboração da proposta
didático com ênfase na didática construída
aprendizagem sobre o uso do solo conjuntamente com o
urbano. professor;
• Observação das aulas
• Observação da aplicação
da proposta didática (5
aulas)
• Entrevista com alunos;
• Análise dos dados;
REFERENCIAL TEÓRICO
comunicação nos mais variados espaços, inclusive na escola. No seu dia-a-dia, nossos
alunos estão absortos em tecnologias em suas mais variadas formas, assim podemos
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), ressalta que a escola deve se
aprendizado dos alunos, pois o uso das tecnologias faz parte da formação básica do
cidadão.
353
Estudar e analisar o espaço geográfico por meio de ferramentas tecnológicas nos
dá margens para uma análise dos aspectos da Geografia Física e da Geografia Humana,
série de indagações que podem surgir a partir do olhar (como as ambiências observadas
Assim,
das representações do espaço, articulando os saberes que os alunos detêm junto com os
elementos teóricos oferecidos pela própria Geografia. Essa prática torna-se ainda mais
Nesse sentido o ensino de cidades pode ter muito a ganhar ao utilizar elementos
354
PLANO DE REDAÇÃO
2.2 O Uso das Geotecnologias: Uma nova linguagem para compreender o espaço
urbano
3.2 O Google Earth como recurso didático: Aprendendo sobre o uso do solo
urbano na cidade de Goiânia-GO
355
3.2.2 A proposta didática e a seleção dos conteúdos
REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
ROSA, R. Geotecnologias na Geografia aplicada. Revista do Departamento de
Geografia, 16(2005):81-90.
356
CONHECIMENTOS GEOGRÁFICOS DO CLIMA E PRÁTICAS
DOCENTES DE PROFESSORES PEDAGOGOS NO ENSINO
FUNDAMENTAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DE SUPERAÇÃO NA
REDE MUNICIPAL DE CÁCERES-MT
Leandro dos Santos
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
entanto, não contribui para a qualidade do ensino dos conteúdos específicos, entre eles
espacialidades sobre o “espaço geográfico”, aqui concebido como seu objeto de análise.
que faz parte do território (ROSSATO, 2009), no caso específico o estado de Mato Grosso,
com foco na área urbana do município de Cáceres, localizado a sudoeste do estado, entre
as coordenadas geográficas 16º 08’ 42” a 16º 0’ 44” L, S e 57º 43’ 52” a 57º 37’ 22”, L, O.
357
Elegeu-se a paisagem como categoria de análise geográfica, conceito que subsidia
Callai (2005); Cavalcanti (1998, 2000, 2006, 2012), Castellar (2000, 2007), Castrogiovanni
ensino de Climatologia Alves (2012), Ferretti (2009), Rossato (2009), Sant’Anna Neto
(2002), Rivaroli (2016), Melo (2015), Cruz (2015), Bonfim (1997) e Fialho (2010). E por fim,
autores que discorrem acerca dos conhecimentos necessários à docência Shulman (1986),
358
Tardif (2014), Gauthier (1998), Pimenta (1998), Marcon (2013) Morais (2011), Lopes e
OBJETIVOS
políticos pedagógicos das escolas e nos planos de ensino dos professores pedagogos;
Geografia nos anos iniciais) ofertados pelo CEFAPRO1 no polo de Cáceres e pela SME;
359
METODOLOGIA: OS FUNDAMENTOS DA ABORDAGEM E DA
INTERPRETAÇÃO
docência; Formação continuada; Sistema Clima Urbano, entre outras abordagens. Etapa
com vista aos direcionamentos curriculares para a Geografia; Verificar como o ensino
dos conteúdos geográficos do clima é contemplado nas DCNs, nos livros didáticos de
360
Entrevistas semiestruturadas: Com professores pedagogos que lecionarem no 5º
metodologia do grupo focal, com o objetivo de retomar e aprofundar questões que não
clima, elementos e fatores climáticos, estações do ano e dinâmica climática regional com
REFERENCIAL TEÓRICO
Ensinar Geografia é tão importante como ensinar a ler, a escrever e a contar, pois
espacial é entendido aqui dentro dos moldes de Penteado (1994), ou seja, como um
processo que não se esgota em si mesmo, que não se completa no momento em que os
alunos dominam as técnicas de leitura e escrita, mas que, em verdade, leva, a saber, ler
361
Nas últimas décadas, inúmeros trabalhos foram desenvolvidos com vista, a
reflexão sobre os conteúdos de Geografia para os anos iniciais e a forma com a qual tais
Geografia são importantes desde os anos iniciais, pois permitem estabelecer a sua
significa refletir sobre a identidade e a prática docente desse profissional, que deve
Straforini (2004) ressalta ser grande o desafio a ser vencido pelos professores dos
anos iniciais, o mais grave dos problemas a enfrentar, é o dos professores pedagogos que
não tiveram em sua formação inicial uma preparação adequada para ensinar os
ciência que tem na relação entre sociedade e natureza o subsídio para análise espacial.
começar pela perspectiva de que não se desconectam teoria e prática, saber acadêmico e
362
saber escolar (SHULMAN, 2005), “geografia física e geografia humana, escola e
significa estar mentalmente organizado e bem preparado para o ensino de modo geral”
ciência que se apresenta como uma área específica de conhecimento dentro da Geografia
Climatologia no Brasil.
PLANO DE REDAÇÃO
363
no Brasil: SBCGs, Dissertações e Teses; Seção III- A rede municipal de ensino de Cáceres-
fundamental.
REFERÊNCIAS
364
PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo:
Cortez. 1994.
365
O PROFESSOR DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO E ORIENTAÇÕES
CURRICULARES: O CONTEÚDO GEOPOLÍTICA NAS PROPOSTAS
RECENTES
INTRODUÇÃO
aumento das discussões não deve ser compreendido pela realização de mudanças
efetivas nos currículos escolares, uma vez que, estas mudanças só se efetivam a partir da
prática do professor.
conjunto das experiências organizadas e realizadas pela escola ou sob sua supervisão, é
integrado não só pelos conteúdos escolares e pelas áreas de conhecimento, mas também
366
maior da Geografia com o campo do currículo, notadamente para tratar da articulação
prática do professor a partir do momento em que há uma reforma curricular, uma vez
que, o currículo escolar passa, pois, por etapas de planejamento que definem a sua
seu plano e programa de ensino. Neste sentido, diante das várias orientações que são
dadas ao docente (orientações e prescrições externas, o livro didático, entre outras) ele
precisa tomar uma posição, escolher um caminho e agir em sua prática cotidiana.
pensamento e na prática de ensino dos professores de Geografia que atuam nessa etapa
de Geografia do Ensino Médio em sua prática quando há uma reforma curricular? Como
anos pelo professor que atua na rede estadual de Goiás? Com que referências trabalham
que atuam na rede estadual de Goiás. Um dos focos desta investigação é analisar se na
pode ser viabilizado (não nas propostas e nos documentos). Ele um agente central para
367
viabilizar o currículo, e faz isso diante de várias influências, lidando com vários
que vai tornar possível o currículo a partir da relativa autonomia que possui, ao
componente curricular, a partir de seu projeto de atuação como professor, ele consegue
as condições que a ele são impostas. E é no contexto deste embate que o conteúdo vai ser
OBJETIVOS
GERAL
ESPECÍFICOS
curriculares.
currículo prescrito;
368
METODOLOGIA
teorias relevantes, usar técnicas de coleta de dados adequadas e, por fim, analisar todo
369
Nacionais (BRASIL, 2002); Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da Educação Básica
(BRASIL, 2013); Base Nacional Curricular (BNCC) (BRASIL, 2015), dentre outros. A
elaborados pelo Governo Federal para nortear as equipes escolares na execução de seus
trabalhos.
documentos das escolas. Cellard (2008) destaca que o pesquisador deve buscar o
composta por dez professores de Geografia que atuam no Ensino Médio há mais de 10
anos na Rede Estadual de Goiás (dois professores em cada mesorregião de Goiás). Serão
selecionadas cinco cidades com mais de 20 mil habitantes (uma em cada mesorregião):
Porangatu (norte), Goiás (noroeste), Luziânia (leste), Goiânia (centro) e Jataí (sul).
análise e a interpretação dos resultados (COUTO, 2011). Com este método entende-se
fundamentada na análise de conteúdo como orientação teórica para a análise dos dados
empíricos.
(2009), uma vez que essa perspectiva leva em consideração a importância de que
370
necessidade de haver uma interação dialética entre conhecimento empírico e
conhecimento científico.
REFERÊNCIAS
______ A geografia escolar e a cidade: ensaio sobre o ensino de geografia para a vida
urbana. Campinas: Papirus, 2008.
371
COUTO, M. A. C. Método dialético na didática da geografia. In: CAVALCANTI, L. S.;
BUENO, M. A.; SOUZA, V. C. (orgs.) A produção do conhecimento e a pesquisa sobre
o ensino da geografia. Goiânia: Ed. Da Puc Goiás, 2011, p. 27-44.
INTRODUÇÃO
Analisar o trabalho docente com o currículo da Geografia escolar no Ensino Médio como
expressão das relações estabelecidas entre as prescrições/orientações externas e as
concepções teórico-metodológicas do professor.
372
Qual é a rede de conceitos que o professor de Geografia utiliza para trabalhar o conteúdo
geopolítica? Como ele encaminha o conteúdo? Quais as atividades de aprendizagem?
Busca-se entender que recortes e reinterpretações os professores fazem do currículo ao
trabalhar com os alunos nos contextos escolares em que atuam. Se de fato uma mudança
na política curricular reflete na prática da sala de aula identificando os elementos do
currículo de Geografia no Ensino Médio em Goiás frente as mudanças curriculares.
373
LINGUAGEM CARTOGRÁFICA E HISTÓRIAS INFANTIS: A
CONSTRUÇÃO DOS SABERES GEOGRÁFICOS DOS ALUNOS NOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Luana Maria Xavier Silva
Modalidade: Mestrado
INTRODUÇÃO
geográficos nos anos iniciais do EF. Pretendemos que os escolares sejam capazes de
acreditamos ser um elemento motivador em aulas nos anos iniciais do EF, com a
de modo a valorizar a imaginação dos sujeitos, uma vez que o uso das histórias infantis
374
somado à linguagem cartográfica propicia o aprendizado, este envolvido com as
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Lugar;
METODOLOGIA
375
escolha se deve à organização do mesmo que permite diversas atividades
projetos que envolvem a contação de histórias para as crianças que soma ao nosso
de Geografia;
1) Lugar
1.2 Construção individual de mapas mentais com papel A4 e lápis de cor, pelos
2) Paisagem
2.1 Elaborar e contar uma versão da história “Chapeuzinho Vermelho” que tenha
2.2 Construção coletiva de mapas mentais com papel pardo e lápis de cor, pelos
escolares da paisagem;
376
2.3 Análise dos mapas mentais pela categoria paisagem;
de Geografia.
Contação de Histórias
E Mapas Mentais
Imaginação
Lugar
Ensino de Geografia Desenho
Paisagem
Criatividade
3º ano do EF
Literatura Literatura
Nacional Internacional
Contação de Histórias Infantis
377
A
L T
I
P
U A
V
G I I
A D S
R A A
Contação/leitura da D
Contação com
E G
história a partir do dramatização E
livro D M
I
D
Á
T
I
C
O
REFERENCIAL TEÓRICO
sonhos e devaneios são parte do nosso eu. Cada sujeito constrói o mundo à sua maneira
ao perceber, sentir e imaginar seu espaço. Existe uma busca individual pelo seu lugar, e
ainda, em uma análise mais ampla, há uma busca coletiva, uma vez que os sujeitos estão
imagens que ele analisa em torno de quatro elementos: água, ar, terra e fogo. Ele
distingue a imaginação em duas: “uma imaginação que dá vida à causa formal e uma
imaginação que dá vida à causa material; ou, mais brevemente, a imaginação formal e a
378
imaginação material” (p.1). A imaginação formal relaciona-se com a observação ociosa
a modificar a natureza.
Na infância temos os primeiros contatos com o mundo imaginário, seja por meio
das histórias e cantos familiares, pela mídia ou pela literatura nos anos escolares. A
criança apresenta inocência e mais liberdade de criação; pela imaginação ela pode ser
um personagem, estar em outro local com características que ela considera seu mundo e
pois deverá aprender a respeitar o pensamento do outro e perceber que juntos formam
crianças, uma vez que a faixa etária está no auge da criação, e construir uma
aprendizagem significativa.
pertinente que seja explorado nos anos iniciais para a construção de conceitos.
Percebemos nas indicações curriculares que nos anos iniciais a categoria espaço
379
“como o homem percebe o mundo?” (p. 20) e afirma ser através de seu corpo.
contribui para romper com o pensamento da paisagem estática observável, uma vez que
“não é formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons”
Acreditamos que os escolares têm grande potencial imaginário que pode ser explorado
Compreendemos que a vida não pode ser somente imaginária, é necessário estar
àqueles indivíduos que têm uma predisposição se fortalecem, mas muitos perdem a
criatividade.
mistérios, enfim, são inúmeras possibilidades. Entretanto, tem algo em comum em todas
Mendonça (1979) faz uma crítica aos geógrafos que utilizam somente a
380
Para pensar o mundo, para se tornar um indivíduo melhor, é preciso pensar
criticamente, nesse sentido a dialética corrobora com nossa pesquisa, uma vez que o
conceitos de lugar e paisagem pela abstração do sujeito que imagina e cria o mapa
Introdução.................................................................................................................
Capítulo 1 – Trajeto da Pesquisa.............................................................................
1.1 Características metodológicas da pesquisa...........................................................
1.2 Procedimentos da pesquisa...................................................................................
1.3 Revisão bibliográfica............................................................................................
Capítulo 2 – Os conceitos geográficos nos anos iniciais.........................................
2.1 Considerações sobre o processo de ensino-aprendizagem nos anos iniciais........
2.2 A importância dos conceitos de lugar e paisagem na Geografia Escolar...............
2.3 A visibilidade dos conceitos geográficos a partir de histórias infantis.................
Capítulo 3 – Ensino de Geografia e Linguagem Cartográfica.............................
3.1 Análise e interpretação dos espaços imaginários...................................................
3.2 A construção da espacialidade geográfica dos escolares......................................
3.3 Contribuições dos mapas mentais no ensino de Geografia...................................
Capítulo 4 – Mapas Mentais e Contação de Histórias: uma aproximação
possível.......................................................................................................................
4.1 Os espaços imaginários e os sujeitos da pesquisa..................................................
4.2 A contação de histórias e a construção do espaço imaginário................................
4.3 Os mapas mentais e a liberdade de criação............................................................
Considerações Finais................................................................................................
Referências Bibliográficas........................................................................................
Apêndices...................................................................................................................
381
O OLHAR GEOGRÁFICO NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO
URBANISTA: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE NO ESPAÇO EDUCATIVO
ESCOLAR URBANO
Raquel de Albuquerque Franco Ramos de Castro
Modalidade: Doutorado
INTRODUÇÃO
julga importante para compor sua obra. Diversos caminhos metodológicos podem ser
percorridos por ele nesse processo (utópicos e/ou parcelar), sejam para compreender as
de onde nascem as relações sociais e pessoais com o espaço (LEFEBVRE, 2006). Neste
disso, podemos direcionar nosso olhar sob categorias de analises diferenciadas (espaço,
lugar, paisagem, território, redes etc.) a fim de se estabelecer uma melhor proximidade
escala, local ou global, imprimirá uma determinada percepção das relações que se tem
diante das categorias analisadas (SANTOS, 1997; CAVALCANTI, 2013). Dentro deste
contexto, o olhar dos arquitetos urbanistas sob determinado espaço não deveria ser
parcelar, ou seja, apenas com o foco arquitetônico. Os aspectos das relações sociais com
382
Por não se constituir um ponto de vista usual da arquitetura, o olhar geográfico
não é alcançado por estes profissionais em sua prática cotidiana, muitas vezes justificado
pela própria formação dos mesmos em seus ambientes acadêmicos. Na práxis a falta
deste foco pode conduzir o arquiteto a projetar com mais argumentos tecnológicos
semelhantes ocorrem em que, muitas vezes, o olhar ainda percorre um caminho parcelar
das mesmas. E, o curso de arquitetura e urbanismo não pode fugir dela, deixando de ser
um curso de período integral para ser parcial, tendo que “enxugar” sua grade curricular
(KOHLSDORF, 2017). Fato que torna uma tarefa árdua aos docentes do ensino superior,
como eu, em um contexto tão abrangente, quanto o deste profissional, com ampla
atuação em um mundo tão globalizado quanto excludente. É perceptível que estão sendo
ambiente, que muitas vezes deixa de se indagar como ocorrem as relações sociais no tipo
de espaço que está projetando? Quais impactos causariam na imagem da cidade? Como
os indivíduos vão se relacionar com ele? O que seriam capazes de produzir enquanto
Enfim, muitos questionamentos podem ser feitos acerca de diversos aspectos tão
383
O que nos leva a pensar em como seria a relação deste profissional com o espaço sob o
aspecto geográfico? Sua formação lhe proporciona tal olhar? Não seria o mesmo
objeto?
objetos e de ações (SANTOS, 1996) que irão atender ao público a que se destina, tendo
como premissa uma análise crítica das relações físicas e sócio espaciais existentes em
proporcionar uma visão ampliada para além dos desejos de um cliente em potencial
Objetivo Gerais
Objetivos Específicos
- Realizar uma revisão bibliográfica acerca da analise espacial pela ciência geográfica.
384
- Analisar as mudanças atuais para o Ensino Médio na Base Nacional Comum Curricular
- compreender o processo produtivo do espaço escolar pelo poder público (como se deu
possam ser aplicados ao processo de projeto do arquiteto urbanista, o qual venha lhe
permitir uma melhor compreensão dos fenômenos sócio espaciais a fim de contribuir
METODOLOGIA
Minayo (1994). E, dentro das possibilidades para este tipo de abordagem optou-se pela
por eles aos fenômenos estudados. Segundo Thiollet (2011), a pesquisa-ação contém
pesquisa.
apresentadas no Quadro 1.
385
Quadro 1 - AS ETAPAS DO PROCEDIMENTO
386
- Aplicação de questionários, mapas mentais,
rodas de conversa, entre outras ferramentas
estipuladas aos sujeitos sociais dos espaços em
estudo;
5ª Proposiçã - Análise e cruzamentos dos resultados para A DEFNIR
o da formulação de um percurso teórico
Pesquisa metodológico de análise geográfica espacial;
- Aplicação do percurso de análise geográfica
espacial nas escolas selecionadas;
- Avaliação entre o percurso adotado e as
atuais praticas para referidas análises
aplicadas nos processo de projeto escolar por
arquitetos urbanistas em formação e em
atuação, com vistas a delimitar as
contribuições que a geografia será capaz de
agregar ao processo; e
- Aplicar o percurso de análise geográfica do
espaço escolar ao processo de projeto
juntamente com os alunos do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Uni-
ANHANGUERA da Linha de Pesquisa que
atuo ou em disciplina específica de projeto,
que melhor permita analisar os resultados
obtidos com o mesmo.
Fonte: Da autora
considerada um processo mecânico, existindo diferentes fases que ora podem percorrer
uma sequência, ora uma sequência é alterada pela outra; a cada uma das etapas listadas.
Sua investigação será apoiada pelo método materialista histórico e dialético, conforme
387
Os resultados dos dados obtidos nos levantamentos serão tratados conforme
realizada. Elas serão publicadas, de acordo com a relevância de cada estudo em revistas
SUMÁRIO PRELIMINAR
alicerçando o referencial teórico da tese. E, por fim, traçaremos um cenário sobre a atual
Goiânia.
escolar a partir das práticas e do olhar dos alunos, assim como da percepção dos gestores
a partir de seus diferentes espaços (salas, pátio da escola, corredores...). E, será explorado
a ideia da escola enquanto espaço geográfico, tomando-o como produto social, o intuito
urbano.
arquitetônico para espaços públicos (escolares) por meio de pesquisas realizadas nessa
área, delineando onde os saberes geográficos podem ser melhor evidenciados, e onde
388
possam ser aplicados ao processo de projeto do arquiteto urbanista. Avaliaremos a
interação entre o percurso adotado e as atuais praticas para referidas análises aplicadas
resultados obtidos com o mesmo. Em suma, nesse capítulo que fecha a tese, com base no
referencial teórico levantado, buscamos apontar horizontes possíveis para que possamos
produzir melhores espaços geográficos a uma nova escola ou a reformulação das escolas
REFERENCIAL TEÓRICO
389
GOMES, Paulo Cesar da Costa. O lugar do olhar. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, 2013.
______. A produção do espaço. Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do
original: La production de l´espace. 4. Ed. Paris; Éditions Anthropos, 2000. Primeira
versão; início – Fev. 2006.
______. Metamorfose do espaço habitado. 5. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.
390
FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS: A CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DOCENTE DO PROFESSOR A’UWE UPTAB NO
CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
INTRODUÇÃO
tecnológico e cultural. Nos últimos anos essa inquietação se observa em estudos sobre
diferenciada. Inicia se, então, novas propostas, críticas sobre os sentidos da formação
estaduais, onde são atendidos apenas 11.800 alunos em todas as fases da Educação
391
professores indígenas pela UNEMAT1 mobilizam a construção da identidade docente
dos professores indígenas A’Uwe Uptab2, que atuam com o ensino de geografia do ensino
fundamental do 6º ao 9º ano?
Território como uma das bases para análise e discussão nesta pesquisa, o que
passando pelas histórias de vida dos professores indígenas A’Uwe Uptab, no contexto
contemporâneo.
OBJETIVO GERAL
Investigar de que maneira a formação específica dos professores indígenas, a partir dos
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
de Ensino Superior;
392
3. Identificar no processo formativo, sócio cultural e profissional dos professores, os
indígenas
METODOLOGIA
qualitativa entendendo que desta formar será possível transitar entre a teoria e a prática,
TRIVINOS (2006).
bibliográfico com vistas a nos apropriarmos das atuais discussões e concepções inerentes
Escolar Indígena em Mato Grosso. Delimitamos como espaço temporal para ambos os
etnia em nível de Brasil com recorte para Mato Grosso no que se refere aos professores
A’Uwe Uptab habilitados para atuarem no ensino de geografia. Num segundo momento,
3São etapas formativas, com aulas presenciais, sob a regência do professor formador, no
campus da UNEMAT
393
atuaremos como professor formador nas etapas intermediarias4 onde serão feitos
registros das informações e dados serão por meio da utilização de gravadores digitais
educação, construção e transmissão de conhecimentos e, que estas devem ser a base para
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
científico. A autora sugere que ao se fazer pesquisas que visam examinar a profissão
dos professores exige se que o pesquisador faça uma breve reflexão sobre o significado
docente PIMENTA (2005 p. 97). Para a autora, “(...) a construção da identidade com
(2005, p. 105).
4São etapas formativas, realizadas nas aldeias, onde realiza se praticas relacionadas aos
conteúdos estudados nas etapas presencias.
394
“(...) Na formação do professor, seja em âmbito universitário, seja
no processo cotidiano, deve-se considerar a confluência de
grandes campos do saber: a) a Geografia, com claro domínio do
seu objeto e dos conteúdos decorrentes; b) a educação, no que se
refere às ciências que nela estão envolvidas e os avanços teóricos
e também metodológicos referentes ao processo de educação; c)
as teorias do conhecimento, que tangem a clareza ou, pelo
menos, a busca de compreensão de como ocorre o processo de
aprendizagem pela criança e pelo adolescente.”
bem como de sua autonomia, ressalta “(...) a necessidade de uma busca continua própria
Para GUIMARÃES (2004), “(...) as grandes mudanças que estão acontecendo, seja
essencial da formação, exige alterações, o que, por sua vez requer mudanças em seu
como base o desenvolvimento pessoal relacionado aos processos vividos pelo professor,
395
Para HALL (2011, p.11), ao refletir sobre identidades/homogeneização –
Globalização:
SUMÁRIO HIPOTÉTICO
396
professores, tanto nas etapas presenciais, quanto nas etapas intermediarias, buscando
perceber e registrar os sentidos e concepções dos professores sobre a formação docente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
DEMO P. Pesquisa participante: saber pensar e intervir juntos. Brasília: Ed. Líber
Livro, 2008.
397
GUIMARÃES, Valter Jose. Formação de professores, identidade e profissão.
Campinas. SP. Papiros 2004.
LIBANEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para que? 12ª. Ed. SP, Cortez 2010.
NOVOA, Antônio (0rg). Vida de professores. 2ª. Ed. Porto: Porto Ed. 2000. In
BUSSITTI, Jussara- formação e construção da identidade docente a partir de narrativas
de historias de vida- Educação por escrito. Porto Alegre, v.8, n.2, p. 262, 2017.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa ação 7ª. Ed. São Paulo Cortes. 1996.
398