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Após se licenciar, foi viver para Lisboa com os pais e, aí, durante algum tempo,
exerceu advocacia.
Mais tarde, em 1867, iniciou a sua carreira literária com a obra “Notas Marginais”,
que era um folhetim publicado na Gazeta de Portugal. Nesse mesmo ano, passou a
dirigir o jornal “Distrito de Évora”, que era opositor ao regime.
Em 1878, é transferido para Bristol e publica “O Primo Basílio”, que foca o tema do
adultério. Mais tarde, em 1886, casa-se, aos 40 anos, com Emília de Castro Pamplona
Resende, uma jovem de origem aristocrática. Tiveram quatro filhos: Maria, José,
António e Alberto.
Em 1888, foi nomeado cônsul de Paris e aí publica “Os Maias”, uma das suas obras
mais conhecidas, juntamente com “O Crime do Padre Amaro”, que tinha publicado em
1875 e que representou um marco inicial do Realismo em Portugal.
1.2 A Geração de 70
Antero de Quental
Eça de Queirós
Ramalho Ortigão
João Bonança
Teófilo Braga
Guerra Junqueiro
Guilherme Azevedo
Germano Meireles
Anselmo de Andrade
Raimundo Capela
Salomão Sáragga
Batalha Reis
José Pais de Carvalho
Domingos Azevedo
Vítor Verol
Emídio Riché
Jacob Wahnon
José Figueiredo
Fialho de Almeida
Oliveira Martins
A Questão Coimbrã foi uma polémica literária que marcou a literatura portuguesa
da segunda metade do século XIX. Opôs os membros do Realismo com os do Romântico
e deu-se na cidade de Coimbra.
Após esta publicação, Antero de Quental escreveu uma carta de resposta, intitulada
“Bom Senso e Bom Gosto” onde atacava os valores convencionais das “camarilhas
instaladas” e onde mostrava o seu desejo de modernização. Mais ainda, Antero afirmava
que o romantismo estava ultrapassado e defendia a
independência dos jovens poetas, dizendo que estes tinham
de chamar a atenção para os problemas da atualidade e
propor medidas para os ultrapassar. Além disso, Antero
ridicularizava Castilho, chamando a sua poesia de
“insignificante e fútil”.
Eça de Queirós, um dos escritores desta corrente, definiu o Realismo como "uma
base filosófica para todas as conceções de espírito - uma lei, uma carta de guia, um
roteiro do pensamento humano, na eterna região do belo, do bom e do justo, (...)é a
crítica do Homem,(...)para condenar o que houver de mau na nossa sociedade.(...)É não
simplesmente o expor (o real) minudente, trivial, fotográfico,(...)mas sim partir dele para
a análise do Homem e sociedade.".
Desafio 2 – Síntese detalhada da obra “Os Maias” de Eça de Queirós
A ação de “Os Maias” passa-se em Lisboa, na segunda metade do século XIX. Esta
obra conta a história de três gerações da família
Maia, daí o título do livro. Mais ainda, o
subtítulo “Cenas da vida romântica” remete-
nos para as críticas que o autor vai fazendo à
sociedade da época.
Enquanto na capital, Carlos conhece, num espetáculo no teatro São Carlos, uma
mulher – a Condessa de Gouvarinho – com que irá ter uma relação amorosa, embora
esta seja casada. Esta relação, contudo, dura pouco já que, posteriormente, num Jantar
no Hotel Central onde Carlos é apresentado à sociedade lisboeta, este vê uma mulher
deslumbrante por quem se apaixona imediatamente. Esta mulher é Maria Eduarda e
Carlos pensa que esta é casada com o brasileiro Castro Gomes.
Contudo, chega de Paris um emigrante, Guimarães, que diz ter conhecido a mãe
de Maria Eduarda e que tem um cofre para ela, onde estariam documentos que
identificavam a mulher e lhe garantiam uma boa herança. Ao avistar Carlos e Maria
Eduarda juntos, este revela a Ega que os dois são irmãos pois a mulher que lhe entregou
o cofre era Maria Monforte. Ega revela, então a Carlos que Maria Eduarda é sua irmã.
Em janeiro de 1887, dez anos após o fim do romance com Maria Eduarda, Carlos
regressa a Lisboa e ao Ramalhete. Juntamente com Ega, percorre o coração de Lisboa,
refletindo sobre tudo o que aconteceu. É aí que Ega diz uma frase que marca o final da
obra: “Falhámos a vida, menino!”.