Sei sulla pagina 1di 8
mean Cosette Tribunal da Relagie de Coimbra Secqio. Fs da Sofia- Palco daFuriga "004 S01 Caimi “Tele 299852950 Fax: 29838988 Mae came Gece. Proc. N° 724/12.6JACBR-C.C1 8839012, CONCLUSAQ - 23-10-2019 (Terme sietrinice elaborade por Técnico de Justice Adunto =CLS= Ruscumsor 788/12. SINEBR-C.C1 crmena decacus nA Connie Conan Care Cenes F ConMsen = Reconnicere: Cantos MANUEL MARQUES Bu SILVA éncia na 4* Seccaa Criminal do Tribunal da Relagéo de Coimbra No ambito do processe acima identifiade o Meritissimo Juiz proferiu 0 soguinte despacho: “veio o Mustre Advogado do arguide requerer o pagamento de honararios. Outre € 0 entendimento da Exma. Senhora Escriva de Direito, a qual, seguindo as orientagdes de Centro de Formagao da DGAJ, entende que “o cUmule juridico ¢ a incidente de revagacao da suspensdo da pena de prisio constituem diligéncias efectuadas depois do transito em julgado, as quais nao merecem acolhimento para efeitos de compensagao de honorarios, para além das sessées efectuadas Ora, nia podemos deixar de concordar com esta éttirno posigdo, pois os honorarios atribuidos ao defensor ja contemplam a intervengao em diligéncias processuais, nomeadamente na audi¢ao de arguido no ambito da execuglo da pena de prisio suspense no suo exeeue: superveniente de cancurso de penas. Por isso. a DGAJ, DGP J, IGFEJ © a Ordem dos Advogados, acordaram que 0 ciimulo juridico e o incidente de revogacao da suspensao da pena de prisdo constituem diligéncias que nado devem ser pagas autonomamente. Assim sendo, indefiro o requerimento em anélise.” ou do conhecimento, Inconformado, recorreu o sr. advogado », defensor oficioso do argui dos , tendo formulande na sua motivagio as seguintes conclusies flnnsericeole “A, Vem o presente recurso interposte da douta decisao do tribunal a quo em no ordenar 4 Secretaria que fixasse os honorarios de Advogado recorrente dee ‘Tribunal da Relagio de Coimbra 4 Secci0 em cd Sofia Paci da ipa Tek: 23850950 Pu: 39150 comin tain 9 Proc. N? TaS/I2SJACERC.CI pelos servicos prestados pela sua nomeado c intervengio nas sessies de Audiéncia de Ciimule Juridice realizadas a ordem dos presentes autos. B, O Advogado ora recorrente considera que, tais servigos So. remunerdveis, cabendo, pois, a Secretaria Judicial proceder 4 sua confirmagio a titule de honorarios. ©. O aqui recorrente, na qualidade de Defensor Oficioso esteve presente no dia 25/01/2018, pelas O9h30m, © no dia 31/01/2018, pelas 14h00m na Audiéncia de Ciimulo Juridico do arguide que representou naqueles autos, tendo requerido @ pagamento dos respetivos honorarios pela sua intervencaa naquelas duas (2) sessies, tendo a mesmo colocado na espécie de processo “outras intervengoes de Patrono . Gficioso”, € tendo de igual mado criado Fespetivo apenso na sua area reservada da Ordem dos Advogados, 0 qual deu origem ao Processe AJ 53743 /2018 D. De igual mode a ora recorrente esteve presente no dia 21/03/2018, pelas 09h30, ¢ no dia dia 23/03/2018, pelas 1Sh00m, para uma segunda Audigncia de Ctimulo Juridico do arguido que representou, tendo apés 0 transit em julgado do referide acérdéo cumulatério requeride os respetivos honordrios pela sua interveneao naquelas duas (2) sessées, tendo colocado na espécie de processo “outras intervengbes de Patrono Oficioso”, tendo criado © respetive apenso na sua area reservada da Ordem dos Advogados, a qual deu origem ao Proceso Ad 187187 /2018. E. A decisao que procede ao cimulo juridico das penas parcelares ¢, formal ¢ substancialmente, uma condenacao, precedida de um novo julgamento, no qual tém de ser apreciados, em conjunto os factos ¢ a personalidade do arguido, ¢ realizar-se as diligéncias julgadas necessarias para a decisdo” Acérdio do Tribunal da Relacdo de Evora, de 20-01-2004, Proceso 2361/01-1, relator: Desembargador Dr. Alberto Borges, no mesme sentido, entre outros, para além do Acérdéo do STJ de 02-12-2004, proferido no processo n.° 3417/2004, relator: Conselheiro Dr. Pereira Madeira F. Verificando-se 0 nde pagamento dos honordrigs devides pela intervencaa no cumulo juridico, que podera comportar varias sessdes, considera -se que © Defensor Oficioso tera de trabalhar “pro bano”, tante assim & que, no ease conereto 9 Defensor Oficiosa esteve presente em quatro [#) sessées de Audiéncia de Cumulo Juridico 4 ordem dos presentes autos, a que se juntam as ~espesas com deslocagées a0 Estabclecimento Prisional, a fim de preparar a defesa do arguido? G. A rejeiggo do pagamento de honordrios implica necessariamente a rejeigho de todas as despesas com @ processe, © que foram devidamente comprovadas junto da Ordem dos Advogados ¢ homologadas. H. Tendo sido langado 0 pedido de honordrios no sistema como respeitante ae pento 10 da tabela referida, seria sempre de considerar, para cfeitos de compensagio de honoririos a intervencio do Defensor Oficioso, ora recorrente, devendo ser remunerade com 16 UR,s, ou seja, 8 UR,s para cada Audiéncia de Cimulo juridico 3009 ~o Tribunal da Relagio de Coimbra # Seesi0, da Sia Fai sda uipa PKS Mai coe ies Proo. RY 783/12. SIACER-C.Ct I. Com o devide respeito, nda se encontra fundamentagao para a despacho proferide pela Meritissima Juiz do tribunal a quo, quando refere: “Por isso, a DGAJ, DGPY, IGP&J © a Ordem dos Advogados, acordaram que o cimulo juridico e 0 incidente de revogacdo da suspensao da pena de prisio sonstituem diligéncias que ndo devem ser pagas autonomamente”. J. Contrariamente ao vertida no despacho proferido, a Ordem dos Advogados, no que respeita ao ctimullo juridice ¢ 4 audigao de arguide néo sufragou do entendimento da DGAJ e do IGFEJ. K. Tal discordicia encontra-se vertida no Elucidirio do Avesso ao Direita, do qual decorrer que: “1.9, HONORARIOS POR DILIGENCIAS EFETUADAS APOS TRANSITO EM JULGADO - A posicao dos organismos do Ministerio da Justica que integram 9 GT, da qual se discorda e neste sentido no se logrow um entendimenta com vista 4 uniformizacée, é que 0 cimulo ¢ o incidente de revogacdo da suspensdo da pena de prisia constituem diligéncias ofetuadas depois do transite em julgado, as quais ndo merecem acolhimento para efeitos de compensagio de honorarios, para além das sessdes ja efetuadas’ L. Para © IAD sao consideradas diligéncias apés transite para efeitos de processamento de honorarios, 0 precesso autonome de ciimullo juridico ¢ 0 incidente de revogacao da suspensao da pena de prisdo. M. Com o devido respeito, entende-se considerar, que merece acolhimento para efeitos de compensagao de honorarios a interven¢ao processual do ora recorrente em 4 sessées de Audiéncia de Camulo Juridico, pelo que se requer que se defira 0 pagamento de honordrios nos termos requeridos. (Nesse sentido, embora com outros fundamentos, Acordao do Tribunal da Relapdo de Lisboa, de 08/11/2011), N. Tendo 0 despacho de que se recorre violado 0 artigo 20° da CRP e Lei 34/2004, de 29 de Julho. ‘Nestes termos, Deve 0 presente recurso obter provimento. por provado, ¢ em consequéncia ser revogado o despacho proferido pelo Tribunal a quo, devende considerar-se que a intervengfo processual do recorrente deve ser remunerada nos termes peticionadas.” Respondeu 0 Ministério Publice manifestando-se pela procedéncia do recurso. Nesta instincia a Exma. Procuradora-Geral Adjunta emitiu o doute parecer que passamos a transcrever na parte de maior relevaincia: “Loud © recorrente Carlos Marques da Silva, vem interpor recurso, do. despacho proferido pela Mma, Juiz, junto do Juizo Central Criminal de Coimbra - J1, da Comarca de Coimbra, que considerou nao The serem devidos honorarios, pela sua interven¢do processual em 4 (quatro) audiéncias de cimulo juridico, considerande que “|...) 08 henoraries atribuidos ao defensor ja aoa a ‘Tribunal da Relagio de Coimbra Tete 230892950. Fax 7HES9H5 Ma enben boa or Prov. N* 783/12 SUACBR-C.C1 contemplam a intervenedo em diligéncias processuais, nomeadamente na audigdo de arguida ne ambite da execugdo da pena de prisdo suspensa na sua execugdo ou do conhecimento superveniente do concurso de penas(...? Com efeito, a Mma. Juiz, no despacho recorrido, faz menedo que “(...) a DGAJ, DGPJ, IGFEJ © a Ordem dos Advogados, acordaram que o cimulo juridico e o incidente de revogagio da suspensio da pena de prisio constituem diligéncias que nde devem ser pagas autonomamente (...)’. Consideramos que assistira razio ao recorrente Carlos Marques da Silva, subscrevende na integra a resposta apresentada pela lustre Magistrado do Ministério Pablico da 1 * Instancia. © Tribunal a quo acotheu o parecer da Sra, Escriva de Direito, a qual seguiu as orentagées do Centro de Formagia da DGAJ, que considera que “o ciimulo juridico € o incidente de revogacao da suspensiio da pena de prisio constituem diligéncias efectuadas depois do ténsite em julgads, as quais nao merecem acolhimento para efeitos de compensacdo de honoririos, para além das sessées efectuadas". Contudo, © recorrente Carlos Marques da Silva, considera que a sua intervengdo processual nas 4 (quatro) sessdes de audiéncia de cimulo juridico devera ser remunerada, solicitando que Ihe seja confirmado 0 pedido de honorarios efectuada, nos termos do art. 20° da GRP, ¢ da Lei 34/2004, de 29 de Julho. Ora, como bem refere o Tustre Magistrado de Ministerio Publica em 1 * Instincia, a audiéncia de cimulo juridico constitui uma diligéncia processual que s6 pode ter lugar apés o transito em julgado de sentencas condenatorias, em pena de prisio ou multa, sendo que nesta audiéncia € obrigatéria “a presenca do defensor ¢ do Ministério Pitblico, a quem slo: concedidos quinze minutos para alegagdes.finais” - cfr. 9 art. 472°, n°2, de Cod. Proc. Penal Assim, a decisdo que procede ao ctimulo juridico das penas parcelares @, formal ¢ substancialmente, uma condenagao, precedida de um nove Julgamento, no qual tém que ser apreciados, em conjunto, os factos € a personalidade do arguido, e realizar-se as diligéncias julgadas necessarins para adecisao. A cate propésito, citamos @ Ac. da 3° Seccdo do STJ, de 06/01/2010, in Proc. n° 98/04.2GCVRM-A.SI, acessivel em waw.dgsi.pt, em cujo sumario lé-se, que! “| - A efectivagaio da operagao de ciimulo iuridico traduz-se efectivamente na realizagéo de um snove iulgamento». com todas as inerentes implicagées iuridicas. 11 - Quando o legislador - art. 472.° n.* 2, do CPP - impée a tarefa desse novo julgamento ao foro da “iltima condenagao”, tem em mente implicar nele o tribunal que, justamente por ser o tltimo a intervir em tempo ¢ na cadeia das condenagées, dispoe des elementos de ponderacdo mais completes € actualizados, nomeadamente, quanto aos factos (¢ nestes no pode ser 5009 Tribunal da Rela £ Se ‘Ram da Sofia Falco da Dunia Tele 259852450. Fux: 2638985 Mal imbue io de Coimbra Proe. NF 783/12 SJACBR.C.C1 esquecido 0 papel que tem para a determinacao da medida da pena, por exemplo, a conduta posterior - art. 71." n.° 2, al, e}, do CP) e que, portanto, a todas as luzes, é 0 que estd em melhor plano para colher a visdo que se quer de panorimica completa e¢ actual do trajecto de vida do arguide, sircunstincia que, manifestamente, arreda qualquer interpretagéo restritiva daquela disposicso processual (...)", sublinhado nosso .. Com feito, 0 art 471°, n° 1, do Cod. Proc. Penal, sob a cpigrafe "Conhecimento superveniente do concurso”, dispée, que “Para efeito do disposto no artigo 78." n.°s 1 ¢ 2, do Cadigo Penal é competente, conforme @s cases, 0 tribunal colectivo ou o tribunal singular ) Oart. 472", n° 1, en” 2, sob a epigrafe “Tramitagdo", dispde, que: “|. Para o efeite do disposte no artigo 78.° n.° 2, do Cadigo Penal, o tribunal designa dia para a realizado da audiéncia ordenando, oficiosamente, ow a requerimento, as diligéncias que se Ihe afigurem necessdrias para a decisdio.” 2. E obrigatoria a presenga do defensor e do Ministério Public, a quem sao concedidos 15 minutos para alegagées finais. O tribunal determina os casos em que o arguido deve estar presente “ Daqui conclui-se que, se o Tribunal tem de designar dia para a realizacao da audiéneia, é porque efectivamente se trata de um nova julgamento. Ora, de acordo com o art. 66°, n° 5, da Cod, Proc, Penal, “O exercicio dafunoao de defensor nomeado € sempre remunerado, nos termos ¢ no quantitative a fixar pelo tribunal, dentro de limites constantes de tabelas aprovadas pelo Ministério da Justi¢a ou, na sua falta, tendo em atencdo- os honorarios correntemente pagos por servigos do género c do relevo dos que foram prestados (...)" Acrenumeracée dos profissionais forenses que intervém no acesse ao dircito © aos tribunais € efectuada no quadro correspondente da tabela anexa & Portaria n” 1386/2004, de 10 de Novembro, ¢ & Portaria n.” 210/2008, de 29 de Fevereiro Assim, parece-nos que a intervengao processual do recorrente Carlos Marques da Silva, nas 4 (quatro) sessées de audiéncia de cumulo juridico devera ser remunerada, ndo relevando, em nossa modesta opinifo, a circunstdncia dessa intervengde ter ecorride apés transite em julgado do acérdae condenatorio, pois a tal nao obsta o disposte no citado art. 66", n° 5, do Cod. Proc. Penal, sendo que o transito em julgado ¢ um evento neutro, para efeitos de realizacio do cimule juridico de penas, uma ve2 que é um acontecimento juridico alcatério € imprevisivel, ao invés do julgamento ¢/ou da condenagao. E, como bem refere @ Mustre Magistrade do Ministério Pablico em 1* Instancia, a tabcla ancxa & Portaria n.° 1389/2004, de 10 de Novembro, contempla situagdes de intervencao processual de defensores oficiosos, que impocm © pagamento de honordrios, que podem ocorrer apés o trinsita em aca Tribunal da Relagao de Coimbra Seegio. on da Sofia Pico da Farin "004301 Coin “Tele 23885208) Fax: 2639985 Male cab arenes oy pt Proc. N° 783/12. SJACBR-C.C1 julgado das sentengas ou acérddos, em processo penal, designadamente, 20 abrigo do ponto 5, “incidentes processuais’ ©, do ponto 13, “outras intervengdes de patronos oficiosos”. Conctuindo, e tal como defendide no citade 0 Ae. STJ, de 06/01/2010, entcnde-se que @ audiéncia de cimule juridico néo constitu um incidente processual, mas antes um novo julgamento, devendo o pedido de honoririos ser langado no sistema, como respeitante ao ponto 13, da citada tabela anexa a Portaria n® 1889/2004, de 10 de Novembro Face ao exposto, entende-se que a intervengéio processual do recorrente Carlos Marques da Silva, nas 4 (quatro) sessies de audiéncia de cimulo juridico, dever& ser remunerada, considerando-se, que o recurso deve proceder, ¢ subscrevendo, no demais, a resposta apresentada pelo lustre Magistrado do Ministério Puiblico da 1 * Instancia.” No ambito do art.’ 417.°, n.° 2 do Cédigo Penal nao houve resposta, 8 autos tiveram os legais vistos apés 0 que se realizou a conferéncia. Cumpre conhecer do recurso Constitui entendimento pacifico que é pelas conclusies das alegagdes dos recur- sas que se afere ¢ delimita o objecto ¢ 0 Ambito dos mesmos, excepte quanto agueles ca- sas que sejam de conhecimenta oficioso. E dentro de tal ambito que o tribunal deve resolver as questdes que Ihe sejam submetidas a apreciagéio (excepto aquelas cuja decisdo tenha ficade prejudicada pela solugdo dada a otras) Cumpre ainda referir que ¢ também entendimento pacifice que 0 termo “questécs” a quer se refere @ artigo 379°, n° 1, alinea c., do Gédigo de Proceso Penal, ndo abrange 08 argumentos, motivos ou razdes juridicas invocadas pelas partes, antes se reportando s pretensdes deduzidas ou aos elementos integradores do pedido © da causa de pedir, ow seja, entende-se por “questdes” a resolver, as concretas controvérsias centrais a diri- mit, No caso sub judice, atentas as conclusées apresentadas pelo recorrente, & objecto | Newie eentida, v.g, Accrdio de Tribunal da. Relagao de. Coimnbs ae de 2012 faewseivel in wondgsiot, tal come lodos oF démaix arcstor citarlas neste acéndio caja acessibilidade nao estcja lecal- ‘mente indicada). 2"(..] quando ax partes poem san tritunal determinada questio, socorrem-se, a cada passo, de virias rates ou fundamentos para fazer valer o seu ponto de vista. O que importa é que 0 tribunal decica a questo pos: ts, nao Ihe incunabindo apreciar todos os fundamentos ou ragdes em que as partes se poiam para sustentar a tua pretensio" [cine de Sunremo Trilaunal de Justica de-S eke Maio de 2011 7009 Tribunal da Relagio de Coimbra Seogio. on da Slab "3004301 Coimh “elo 299652950 Fan: 23838985 Mae coin esas orp roc. N° 783V12.5JACBR-C.C1 do recurso saber se, como defensor nomeado ao arguido J T\._ the sao devidos “henordrins pelos servicos pprestadas pela sua intervencao em diligéncia respeitante d sua nomeagto € intervengdo nas sessdes da audiéncia de cimuto Juridica reatizadas a ordem das presentes autos” Consideramos que sim. Explicando: Prescreve 0 artigo 66°, n° 5 do Codigo de Process Penal! que “o exereicio da fun- eae de defensor nomeado é sempre remunerado, nos termos ¢ no quantitativo @ fixar peto tribumal, dentro de limites constantes de tabelas aprovadas pelo Ministério da Justion ou, na sua falta, tendo em atencae os hanordrios correntemente pagas por seruicos do génera & do relevo dos que foram prestados. Pela retribuigiio sdo responsdveis, conforme 0 caso, 0 arguido, 0 assistente, as partes civis ou as eofres do Ministerio da Justica”. Por outro lado, nos termos dos artigos 77°, n° 1 ¢ 78°, n° 1, ambos do Cédigo Pe- nal, se depois de uma condenagao transitada em julgado, se mostrar que o agente prati- cou, anteriormente aquela condenagdo, outro ou outros crimes, o arguide é condenado numa tinica pena, pena esta que sera decidida na sequéncia da realizac%o de uma audi: éncia na qual se poderdo realizar as diligencias que forem necessdrias a decisao e estiio obrigatoriamente presentes @ Ministéria Publico ¢ 0 defensor (artigo 472°). Estamos assim perante um novo julgamento, 0 que nde retira & situado a quali- dade de incidente visto introduair uma alteragdo ne normal desenvolvimento da lide pro- cessual, pois que, tal como diz o Professor José Alberto dos Reis, in Comentario ao Cédi- go de Processo Civil, 3° volume, pag, 563, um incidente constitui uma ferma processual secundaria que apresenta, em relaco ao proceso da acco, o carcter de episédio ou acidente. Este incidente, inominada € nao tributavel que ocorre em momento posterior a0 transite da sentenga, tegra-sc no n* S da tabela anexa a Portaria n.* 1386/2004, de 10 de Novembro (aplicdvel por forea do disposto no artigo 25%, n° 1 da Portaria n.* 10/2008, de 3 de Janeiro, na redacciio que the foi dada pelo artigo 1° da Portaria n.* 210/2008, de 29 de Fevereiro) Dai que devam ser pagos ao recorrente os honorarios peticionadost! Assim sendo, 0 recurso merece provimenta. SiDiploma a que pertencerdo, doravante, todos os nermatives sem indicagao da sua origem Hi neste sentido, ainda que com fundamentox algo diversoe, vig. Acordia da Relncsa de Lishoa de ee No. yembira de 2OLY (neessivel em wun. pe aaee Tribunal da Relagao de Coimbra #Seesi0, am da Sefla- Palio da fusca “008 1 Core Tele 239850950. Fue THRSHFAT ME nem tebe et Pros. NY 783/12. 5JACBR-C.C1 seep Termas em que acordam os Juizes que compéem a Seccio Criminal do Tribunal da Relagiio de Coimbra cm, julgande procedente o recurso, determinar que sejam pagos a0 defensor oficioro os honorarios que, nos termios acima referidos, Ihe so devidos. prereers Sem tributagio Coimbra, 23 de Outubro de 2019 9ae9

Potrebbero piacerti anche