É o último módulo? Mesmo? Estou com aquele sentimento de que o
que é bom dura pouco.
Na postagem do módulo anterior, confidenciei que estava chefe da
Seção de Comunicação Social da Unidade. Logo, alguma experiência (ou deficiência) tenho para compartilhar! Documentos formais, atas, textos de divulgação, cartazes, folder, mensagem de zap, matérias com fotos. Enfim, atuo com uma variedade de tipos de documentos, ao contrário de muitos colegas que ainda estão na vertente assistencial. Cada documento com seu tipo textual, formalidade (NSCA 10-2) e características. Passo todo dia por inúmeros conceitos desse módulo. No processo de comunicação (emissor - mensagem/código/canal - receptor) digo que se não pensar com muito carinho no que se pretende redigir, existirá aquele famoso telefone sem fio. Você pensa uma coisa, escreve outra e o receptor entende algo completamente diferente. E o engraçado é quando o documento pede a resposta obrigatória, cada Unidade responde de uma forma peculiar. Ou seja, passou-se o recibo de que não estava adequado. Quando redigimos mensagens sistêmicas (que são propagadas para todas as Unidades de Saúde) uma simples atitude que adotamos para facilitar o entendimento é iniciar o documento com aquele jeitão tipo despacho: - Trata o presente documento de tal assunto. Parece bobo, mas situa o leitor do documento do que vai ser abordado e aumenta o poder de compreensão. Um outro ponto é a correção gramatical. Poucos sabem, mas o chefe tem um vocabulário rico e extrema competência gramatical. Daí, ele subiu o sarrafo, pois grande parte dos documentos da Unidade são direcionados a autoridades superiores. Assim, a correção gramatical (linguagem formal) é bem, muito bem apreciada e, para nos auxiliar nessa tarefa, contamos com uma pérola. Uma professora de português em nosso time! O Diretor gosta que os discursos sejam redigidos. Ele entende que ir a um evento com um discurso preparado demonstra que ele teve apreço pelo anfitrião. Ir sem nada e pensar na hora no que dizer, por muitas vezes, fala-se o que não se deve ou esquece-se de dizer algo que era importante. Adicionalmente, após a fala do Diretor, o discurso impresso fica com a Unidade, para que esta faça a matéria de divulgação e se utilize do material. O Gustavo Moraes pode falar mais sobre isso (não faz muito tempo, promoveu um encontro científico em que o Chefe esteve presente. Ganhou uma frase/pensamento de Heráclito: Nada existe de permanente, senão a mudança! - Acho que já vi isso por aqui). Então, redige-se o que será falado (temos contato com a dicotomia da linguagem escrita X linguagem falada). Evitam-se muitos termos que a oralidade possa trazer interpretações dúbias, cacofonia ou de difícil dicção. Um grande gargalo que tínhamos era o protocolo da Unidade. Quando se adotou a expedição de documentos digitais, ganhou-se muita velocidade na propagação da informação. Entretanto, mais rápido que documento e, quando queremos velocidade, é bastante comum utilizarmos o whattsapp. Muitos colegas dessa turma recebem mensagens minhas. Dizem até que minha alcunha é: "Respeitosamente Major Flávio", o fecho que uso nas mensagens.
Extremo cuidado temos com o que é publicado nos sites (intraer e
internet). O uso da linguagem apropriada e a correção de textos são contínuos em nossas atividades. É bastante comum um texto passar por mais de duas pessoas e por umas dez versões até receber o aval para publicação. As vezes a gente perde o timing, mas não nos distanciamos da clareza da mensagem e da correção. Gente, tem muita coisa. Falei muito do ambiente corporativo pois é com o que mais lido. Problemas de comunicação nas relações pessoais: Ah, O Destri puxa minha orelha o tempo todo. Dou feedback imediato e que geralmente não doura a pílula, o que meu guru (Destri) faz um trabalho personalizado para que eu melhore. Por serem inapropriadas para o horário, sou proibido de falar algumas frases que ele me diz, mas garanto que são boas as analogias! Ele diz que eu melhoro logo que ele me orienta, mas minha velocidade de esquecimento da lição é altíssima.