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Professor;Jurandir

Construção de Redes AT

CAMPUS CEDRO

APOSTILA DE CONSTRUÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO

CEDRO
2016
Índice

1. 3
Introdução............................................................................................................
1.1 Tipos de Redes de Energia 3
Elétrica...................................................................
1.1.1 Linhas de 3
Transmissão.................................................................................
1.1.2 Linhas de 4
Distribuição.................................................................................
2. 5
Terminologia........................................................................................................
3. Estruturas de redes de 13
distribuição.......................................................................
3.1 13
Postes.................................................................................................................
3.2 17
Isoladores...........................................................................................................
3.2.1 Isoladores de 17
BT.............................................................................................
3.2.2 Isoladores de 18
MT............................................................................................
3.3 19
Condutores.........................................................................................................
3.4 Outras 21
estruturas................................................................................................
3.4.1 Estruturas Primárias (de MT) 21
.........................................................................
3.4.2 Estruturas Secundárias (de BT) 25
......................................................................
4. Equipamentos de redes de 28
distribuição................................................................
4.1 28
Transformadores................................................................................................
4.2 Chave 31
Fusível.....................................................................................................
4.3 Chave 32
Seccionadora...........................................................................................
4.4 Pára- 32
raios...........................................................................................................
5. Construção de Redes de 33
Distribuição..................................................................
5.1 Materiais de 33
Segurança......................................................................................
5.2 Ferramentas e 40
Equipamentos.............................................................................
5.3 Recomendações sobre cuidados dos 45
equipamentos...........................................

2
5.4 Turmas e equipes de 45
construção........................................................................
5.4.1 Turma de duas 45
pessoas....................................................................................
5.4.2 Turma de quatro 46
pessoas.................................................................................
5.4.3 Turma de sete 46
pessoas.....................................................................................
5.5 Passos para execução de construção de 47
redes....................................................
5.6 As Cinco Regras de 47
Ouro...................................................................................
5.7 Procedimentos de 48
execução...............................................................................
Bibliografia.......................................................................................................... 51

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1. Introdução
Nos últimos anos os investimentos para construção de redes em todo o país têm crescido
com o apoio do Poder Público e das concessionárias de energia elétrica fazendo com que
quantidades significativas de famílias tenham sido beneficiadas. No entanto, ainda há
muitos sem tal beneficio e, portanto, ainda há muito que se construir de redes elétricas.
Já as redes construídas por sua vez necessitarão ser mantidas para garantir o uso de tal
benefício, onde entra o papel da manutenção que tem por objetivo eliminar anomalias e
defeitos das redes para garantir a continuidade do serviço.
A energia elétrica que utilizamos em nossas casas chega até nós de uma fonte geradora
geralmente distante e que para transmiti-la se faz necessária a construção de redes. Estas
redes têm características diferentes umas das outras de acordo com a quantidade de
energia que ela transporta e são divididas basicamente em dois tipos:
 Redes de Transmissão
 Redes de Distribuição
Neste material procuraremos demonstrar aspectos da construção e manutenção de Redes
de Distribuição. Adotaremos os padrões vigentes da concessionária de distribuição de
energia elétrica, nosso Estado.

1.1 Tipos de Redes de Energia Elétrica


1.1.1 Linhas de Transmissão
As linhas de transmissão transportam grandes blocos de energia em uma elevada tensão
para uma subestação onde estes níveis de energia serão rebaixados. Falando de um jeito
bem simples e como o próprio nome diz, elas “transmitem” a energia das hidrelétricas
para as subestações das concessionárias de energia.

Imagem 1 – Linhas de Transmissão de 230kV e 500kV.

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Imagem 2 – Linha de subtransmissão em 69kV.

1.1.2 Linhas de Distribuição


Estas são as linhas que geralmente vemos passar diante de nossas casas e que nos trazem
energia elétrica. Elas recebem a energia transmitida pelas linhas de transmissão para as
subestações e espalham para os consumidores. Também falando de um jeito simples elas
“distribuem” a energia das subestações para nós consumidores.
Como dito anteriormente, serão nestas redes que vamos focar nosso estudo.

Imagem 3 – Rede de distribuição.

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2. Terminologia
A seguir apresentamos alguns termos utilizados nesta área e seus significados para melhor
nos familiarizarmos com o que vamos estudar.

ALIMENTADOR DE DISTRIBUIÇÃO
Componente de uma rede de Média Tensão que alimenta, diretamente ou por intermédio
de seus ramais, transformadores de distribuição e/ou consumidores.

Imagem 4 – Alimentador SNP01N4 que parte da cidade de Senador Pompeu para Piquet Carneiro.
Em destaque no canto superior direito o Distrito de Mulungu, Piquet Carneiro.

Imagem 5 – Saída do alimentador ICH01I3 na cidade de Icó/CE.

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ATERRAMENTO
Ligação à terra de todas as partes metálicas não energizadas de uma instalação, incluindo
o NEUTRO da rede e da instalação.

BAIXA TENSÃO - BT
Tensão nominal até o limite de 1.000 volts.

CABO COCÊNTRICO
Cabo bipolar, formado por um condutor central isolado, rodeado concentricamente por
um conjunto de fios de cobre nu, dispostos de forma helicoidal e com uma cobertura
isolante, resistente a ação de intempéries.

CABO MULTIPLEXADO OU PRÉ-REUNIDO


Cabo formado por um, dois ou três condutores isolados, utilizados como condutores fase,
dispostos helicoidalmente em torno de um condutor neutro de sustentação, constituído
normalmente de material diferente (liga de alumínio ou cobre duro ou semi-duro)
diferente do condutor fase, de maneira que possua mais resistência mecânica para
sustentar os outros pré-reunidos em sua volta.

Imagem 6 – Detalhe de cabo multiplexado.

CAIXA DE DERIVAÇÃO
Caixa em policarbonato liga de alumínio ou aço pintado, fixada no poste ou suspensa
(somente em policarbonato) nos condutores de Baixa Tensão isolados (pré-reunido),
equipada com barramento para derivação dos ramais de ligação das unidades
consumidoras, com uso de cabos concêntricos 4mm² até 10mm², furo de 5mm² para saídas
e 6mm² para entrada para uso de cabos pré-reunido de 16mm².

Imagem 7 – Caixa de derivação

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CAIXA DE MEDIÇÃO
Caixa lacrável, destinada a instalação do medidor e seus acessórios. Esta caixa deve
abrigar somente os equipamentos de medição e a proteção geral.

CAIXA DE PROTEÇÃO
Caixa em policarbonato, liga de alumínio ou aço pintado, fixação em poste, destinada à
instalação do disjuntor de BT para proteção da rede secundária, montada na estrutura do
transformador. O material usado deve ser compatível com a área de utilização, ou seja,
caixas de aço nas áreas de corrosão não agressiva e alumínio nas áreas de corrosão
agressiva e policarbonato em ambas as áreas.

CALÇADA OU PASSEIO
Parte da via pública destinada à circulação de pedestres, quase sempre mais alta que a
parte destinada aos veículos e geralmente limitada pelo meio fio.

CARGA INSTALADA
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos, equipamentos e dispositivos
instalados nas dependências das unidades consumidoras, os quais, em qualquer tempo,
podem consumir energia elétrica.

CERCA ELETRIFICADA
São cercas energizadas por meio de um equipamento denominado eletrificador, que emite
pulsos elétricos pré-determinados, com intensidade inofensiva ao homem e aos animais.

CONECTOR PERFURANTE
Conector destinado a fazer a conexão entre condutores isolados sem a necessidade de se
remover a isolação dos cabos. A conexão elétrica é obtida através de dentes de cobre ou
alumínio, que perfuram a isolação do condutor.

CONSUMIDOR
Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada,
que solicitar a Coelce o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade
pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos
da ANEEL.

DISJUNTOR TERMOMAGNETICO
Dispositivo de proteção e manobra destinado a proteger os condutores e demais
equipamentos da unidade consumidora contra sobrecarga e curto-circuito.

DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO DIFERENCIAL RESIDUAL


É o equipamento destinado a proteção de pessoas contra choques elétricos e as instalações
elétricas contra incêndio, corrente de fuga e curto-circuito nas condições descritas pela
NBR 5410.
Deve ter os seguintes disparadores:
a) disparador magnético (instantâneo) que atua a partir de sobre-correntes e garante a
proteção dos condutores contra correntes de curto-circuito;
b) disparador diferencial (instantâneo) com sensibilidade que garanta a preservação da
vida de uma pessoa que toque acidentalmente uma parte sob tensão.

DESMATAMENTO

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Compreende o corte e retirada da vegetação que se encontra na faixa de passagem da rede
aérea a ser construída, com largura total de 6,0 metros para rede de Média Tensão e de
3,0 metros para rede de Baixa Tensão, observando o disposto no Desenho 01.04.

FAIXA DE SERVIDÃO
Corresponde a faixa do terreno onde passa a rede aérea, em toda a sua extensão e cuja
largura é determinada pela classe de tensão e estruturas utilizadas. A faixa de servidão
das redes rurais da COELCE corresponde a 3,0 metros para redes de BT e 6,0 metros para
redes de MT, sendo 1,5 metros e 3,0 metros para cada lado do eixo das redes de BT e de
MT respectivamente. Em casos excepcionais esta faixa poderá ser alterada. Na área
urbana, na maioria das situações, a faixa se confunde com o arruamento já definido,
devendo, no entanto, serem atendidas as prescrições mínimas de distância dos condutores
aos obstáculos.

Ilustração 1 – Limites da faixa de servidão.

MAPA CHAVE
É a planta plani-altimétrica da área a ser atendida, reduzida para a escala 1:5000.

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Ilustração 2 – Mapa Chave de uma extensão de MT.

MÉDIA TENSÃO - MT
Limite de tensão nominal acima de 1.000 V e abaixo de 69 kV. No sistema COELCE a
Média Tensão é de 13,8 kV.

NÚCLEO POPULACIONAL RURAL


São aglomerados populacionais com número inferior a 20 unidades de construção,
ocupando uma área contínua, formando ou não arruamentos regulares.

PERFIL PLANI-ALTIMÉTRICO
Representação plani-altimétrica do terreno da área específica do projeto de uma Rede de
Distribuição Aérea Rural.

Ilustração 3 – Perfil plani-altimétrico de uma extensão de MT.

PLANTA CADASTRAL
É uma planta na escala 1:1000 contendo todas os detalhes físicos e elétricos necessários
ao cálculo do projeto da Rede de Distribuição.

PLANTA DE SITUAÇÃO
É um desenho em escala adequada, com indicação do norte magnético e de pontos de
referência que permitam identificar o local onde será construída, ampliada ou reformada
a Rede de Distribuição. Esta planta deve apresentar pelo menos um ponto da rede da
COELCE.

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PONTO DE LIGAÇÃO
Ponto da Rede de Distribuição do qual deriva um ramal de ligação.

Ilustração 4 – Ponto de ligação em BT com pontalete e caixa de medição

Imagem 8 – Ponto de ligação em MT

PONTALETE
Suporte instalado em estrutura situada no terreno do consumidor, no limite da via pública,
às suas expensas. A finalidade do pontalete é fixar, elevar ou desviar o ramal de ligação
aéreo e o ponto de entrega.

POSTE AUXILIAR
Poste instalado nos limites da propriedade do consumidor com a via pública às suas
expensas, com a finalidade de fixar, elevar, desviar o ramal de ligação, ou fixar o ponto
de entrega.

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RAMAL DE ALIMENTADOR
Componente de um Alimentador de Distribuição que deriva diretamente de um tronco de
alimentador.

RAMAL DE LIGAÇÃO
É o trecho do circuito aéreo compreendido entre a Rede de Distribuição de MT ou de BT
da COELCE e o ponto de entrega.

REDE DE BAIXA TENSÃO


Parte da Rede de Distribuição derivada do secundário dos transformadores de distribuição
indo até os pontos de ligação dos diversos consumidores. Também denominada rede
secundária.

Imagem 9 – Redes de MT (na parte superior em três condutores) e BT (na parte inferior em cinco
condutores).

REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA RURAL – RDR


É um conjunto de linhas elétricas, com os equipamentos e materiais diretamente
associados, destinado à distribuição rural de energia elétrica.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA URBANA - RDU


É a parte integrante do Sistema de Distribuição implantado dentro do perímetro urbano
das cidades, distritos, vilas e povoados.

REDE DE MÉDIA TENSÃO


Parte de uma Rede de Distribuição que alimenta transformadores de distribuição e/ou
pontos de entrega sob a mesma tensão primária nominal. Também denominada rede
primária.

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
É a parte do sistema de potência destinado ao transporte de energia elétrica, em média ou
baixa tensão a partir do barramento secundário de uma subestação (onde termina a
transmissão ou sub-transmissão), até os pontos de consumo.

SOBRECARGA

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Incremento de carga adicional sobre o valor nominal, que pode ser imposto a um
determinado equipamento ou circuito.

TRONCO ALIMENTADOR
Componente de um Alimentador de Distribuição que transporta a parcela principal da
carga total.

UNIDADE CONSUMIDORA
Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de
energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e
correspondente a um único consumidor.

VIA PÚBLICA
Via de livre acesso para circulação. Nas áreas urbanas compreende a calçada ou passeio
e a parte destinada a circulação de veículos. Nas áreas rurais compreende as rodovias,
estradas e caminhos.

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3. Estruturas de redes de distribuição
As três principais e mais conhecidas estruturas de qualquer rede de energia elétrica são
os postes, isoladores e os condutores. Os postes servem para dar sustentação à rede e
logicamente mantê-la distante da terra. Já os isoladores impedem que os condutores que
os postes sustentam entrem em contato com eles impedindo que a energia elétrica
transmitida “vaze” para a terra. Existem vários tipos de postes e também de isoladores e
condutores de acordo com o uso que eles terão. Por exemplo, um poste mais alto e mais
grosso serve para elevar uma rede a uma altura maior que de um poste menos alto e fino,
como na travessia de uma estrada.

3.1 Postes
Os postes são classificados ou nomeados de acordo com sua capacidade e altura, também
podem ser fabricados de diversos materiais, os mais comuns são madeira e concreto. Na
Coelce os postes a serem utilizados em redes de distribuição são de concreto armado do
tipo duplo “T”.
Na tabela abaixo nós temos os principais utilizados pela concessionária aqui do Ceará:

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Tabela 1 – Postes duplo “T” padronizados e sua utilização

O esforço de cada poste é indicado em daN, que é uma unidade de força, mas pode muito
facilmente ser entendido como kg. Por exemplo:

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1) O projetista de uma rede elétrica calculou que a implantação de um poste em
determinado ponto deveria ser do tipo 600/12. O que isso significa?
Significa que o projetista solicitou um poste com 12m de altura e que suporta um esforço
de 600 kg (ou 600daN) para aquele local.

De acordo com a tabela acima podemos então fazer uma lista de postes disponíveis para
serem utilizados pelos projetistas: 150/9, 300/9, 600/9, 150/10,5, 300/10,5, 600/10,5,
1000/10,5, 2000/10,5, 300/12, 600/12, 1000/12, 2000/12, 3000/12. Na tabela 7 mais
adiante podemos identificar melhor como são dimensionados os esforços dos postes.
Existem também nas redes mais antigas postes que não estão listados acima por já não
serem utilizados pela empresa, como por exemplo, o 150/10 e 300/11, ou seja, postes de
10m e 11m, que são postes fora de padrão.
As duas faces lisas do poste são os lados de maior esforço e as duas faces vazadas são os
lados de menor esforço. Os vasos recebem o nome de gavetas.

Engastamento
O engastamento é a profundidade de instalação do poste, ou seja, a profundidade do
buraco onde o poste será instalado. O comprimento do buraco dependerá do tamanho do
poste, quanto maior o poste mais profundo será o buraco, e quanto maior o esforço do
poste, mais largo será o buraco, pois logicamente será um poste mais grosso.
Para se calcular esta profundidade deve-se multiplicar a altura do poste por 0,1 e depois
somar 0,6m (ou 60cm), ou seja:
E=0,1xL + 0,6m
Onde:
E profundidade do buraco;
L altura do poste.
Há ainda uma regra que diz que o engastamento (profundidade) de um poste deve ser de
no mínimo um metro e meio (1,5m).

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Ilustração 5 - Exemplo de engastamento (a) e modelo de identificação de poste duplo “T”

Exemplo:
1) Com qual profundidade deve ser escavado o buraco para implantação de um poste
300/10,5?
Neste caso L=10,5m, portanto:
E=0,1x10,5 + 0,6
E=1,05 + 0,6
E=1,65m
Ou seja, deverá se escavar um buraco com um metro e sessenta e cinco centímetros de
profundidade.

Respeitada a profundidade do buraco, este também deverá ter dimensões corretas de


largura e comprimento, que são indicadas na tabela abaixo:

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Tabela 2 – Dimensões de escavações de postes.

3.2 Isoladores
Todo material apresenta uma capacidade de conduzir corrente elétrica. Dependendo do
material, esta capacidade pode ser muito grande ou muito pequena. Os materiais que têm
pouca capacidade de conduzir corrente elétrica são os isolantes, e os que têm alta
capacidade são os condutores.
Os isoladores são fabricados com materiais isolantes e podem ser divididos de acordo
com:
 A capacidade de isolamento;
 O tipo de material isolante;
 O formato do isolador.
Nas redes de distribuição da Coelce os condutores trabalham em tensões entre
220V/380V (para redes de BT) e 15000V (ou 15kV – para redes de MT) e os isoladores
devem ter, para MT, um nível de isolamento de 95kV.

3.2.1 Isoladores de BT
Isolador Castanha
Isolador mais utilizado em ramais de ligação ou em estais onde os condutores são ligados
na extremidade dos mesmos.

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Imagem 10 – Isolador castanha

Isolador Roldana ou Estribo


Como o próprio nome diz, tem forma de roldana com um furo axial onde é fixado em
uma armação. Comumente também chamado de estribo.

Imagem 11 – Isolador Roldana e isolador roldana em armação.

3.2.2 Isoladores de MT
Isolador de Pino
Isolador projetado para ser instalado rigidamente em um pino que penetra o seu corpo
isolante.

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Imagem 12 – Isolador de Pino e Isolador de Pino com o pino.

Isolador de Disco
Isolador de cadeia em forma de disco com ferragens em suas extremidades.

Imagem 13 – Isolador de Disco e Isoladores de Disco em cadeia.

Isolador polimérico
São isoladores fabricados com compostos poliméricos e podem ser utilizados tanto como
isoladores de pino quanto como de discos, de acordo com o seu formato.

Imagem 14 – Isolador de Pino Polimérico e Isolador de “disco” Polimérico.

3.3 Condutores
É o principal e mais importante componente em uma rede de distribuição, pois são
responsáveis por “conduzir” a energia elétrica. São utilizados condutores de alumínio
onde não há corrosão salina (interior do estado) e condutores de cobre onde a corrosão é
mais severa (região litorânea do estado).
No interior do estado os cabos a serem utilizados em MT são os de alumínio com alma
de aço (CAA) e podem ter as seguintes características:

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Tabela 3 – Características dos Cabos de Alumínio com Alma de Aço – CAA.

Onde a corrosão salina é maior os condutores e serem utilizados na MT são:

Tabela 4 – Características dos Cabos de Cobre Nu – CCN.

Já para a BT onda não há influência do mar, no interior, os condutores a serem utilizados


são cabos pré-reunidos de alumínio com as seguintes características:

Tabela 5 – características dos cabos pré-reunidos de alumínio para BT.

Onde há corrosão os cabos a serem utilizados são de cobre de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 6 – características dos cabos pré-reunidos de cobre para BT.

O uso e aplicação de cada um dos condutores acima dependem de cálculos e projetos


efetuados por eletrotécnicos e engenheiros que são devidamente expostos nos projetos de
construção de rede e seu uso deve ser fielmente seguido.

21
3.4 Outras estruturas
Alem das estruturas vistas acima citadas existem mais outras que são utilizadas na
sustentação dos condutores entre os postes e isoladores. Há tanto estruturas para a Média
Tensão quanto para a Baixa Tensão. As estruturas utilizadas em MT são chamadas de
estruturas primárias e as utilizadas em BT são as estruturas secundárias. Suas
características variam de acordo com a aplicação de cada uma.

3.4.1 Estruturas Primárias (de MT)


Podem ser estruturas trifásicas, monofásicas ou ainda monofilares (ou MRT – monofásica
com retorno por terra). As estruturas trifásicas e monofásicas ainda podem ser
subdivididas pelos tipos de cruzetas: cruzeta normal (N); cruzeta meio-beco (M); cruzeta
beco (B). Já as monofilares não apresentam necessidade de cruzetas e são designadas pela
letra “U”.
Devido a diversidade de estruturas foram formados códigos para melhorar sua
identificação de acordo com o explicado abaixo:
a) primeira letra
N – estrutura com cruzeta normal
M – estrutura com cruzeta meio-beco
B – estrutura com cruzeta beco
b) segunda letra
M – indica estruturas monofásicas
c) últimas letras da estrutura
CF – estruturas com chaves fusíveis
CS – estruturas com chaves seccionadoras
PR – estruturas com para-raio
TM – transformadores monofásicos
TMB – transformadores monobuchas (MRT)
TT – transformadores trifásicos
d) estruturas especiais
RE1 – rural especial em um poste
RE2 – rural especial em dois postes
Exemplo de nomenclatura:

A seguir a simbologia básica das estruturas com cruzetas:

22
Ilustração 6 – Estruturas Monofásicas (onde a segunda letra “M” indica que a rede é monofásica).

23
Ilustração 7 – Estruturas Trifásicas.

Note que a diferença entre as cruzetas está exatamente no local onde as mesmas são
afixadas no poste, e estas características são aproveitas para diferentes situações.
Cada estrutura (N1, N2, N3, N4, etc.) suporta um ângulo e um vão de cabo de acordo com
sua construção que são identificadas na tabela abaixo.

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Tabela 7 – Dimensionamento de postes e estruturas para rede de distribuição rural.

Da tabela acima podemos concluir, por exemplo, que construindo uma rede de MT
trifásica onde seja necessário fazer um ângulo de 20º devemos utilizar uma estrutura do
tipo N2, que suporta um vão máximo de 200m desde que seja utilizado um poste com
esforço de 300daN e mais um estai.

As estruturas monofilares, ou MRT, são um caso a parte e têm um padrão de estruturas


único. Sua principal característica é que é composto de apenas um fio, e por isso não
necessita de cruzetas. As principais são expostas a seguir:

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Tangente U1

Pequena deflexão U2

Ancoragem U3

Grande deflexão U3.3

Encabeçamento U4
Ilustração 8 – Principais estruturas MRT.

3.4.2 Estruturas Secundárias (de BT)


Estas estruturas sustentam os condutores que saem dos transformadores e são levados até
nossas casas e são constituídas por isoladores e armações que os sustentam, além de
caixas de proteção e distribuição, alças e laços, etc.

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As estruturas compostas de isoladores são nomeadas iniciando com a letra “S” indicando
secundário, depois um número que indica a quantidade de isoladores roldana que existe
na armação, e por ultimo uma letra que indica o tipo de parafuso que sustentará esta
armação no poste. Por exemplo, na imagem 09 podemos ver em um poste além de uma
estrutura de MT do tipo N1 também uma estrutura de BT do tipo S5N, ou seja, uma
estrutura secundária com cinco estribos (isoladores roldana) e com um parafuso do tipo
N.
Para os parafusos temos as seguintes letras que os identificam:
N – parafuso de 200mm (ou 20cm);
A – parafuso de 250mm (ou 25cm);
B – parafuso de 300mm (ou 30cm);
C – estrutura complementar sem parafuso.

Imagem 15 – Parafusos de 200, 250 e 300mm.

Há também as caixas de derivação que servem para ligação de ramais de ligação e também
são identificadas por CXDM para caixas de derivação monofásicas e CXDT para caixas
trifásicas.

Imagem 16 – Aplicação de uma CXDM – Caixa de derivação monofásica.

Estruturas como estas levam outros pequenos materiais, como alças, laços e conectores,
que podem ser consultados no final deste trabalho onde são listados detalhadamente.

27
Imagem 17 – Alça e laço em detalhe. Conector tipo cunha utilizado em cabos não isolados.

1) Por exemplo, vamos identificar as estruturas existentes na ilustração abaixo.

Imagem 18 – Estrutura de BT e MT.

De cima pra baixo podemos identificar uma estrutura de MT do tipo N4 com pára-raios,
portanto uma N4PR, já na BT temos quatro estribos armados de um lado do poste e
aproveitando os parafusos desta armação mais dois estribos do outro lado do poste, logo
teremos uma S4, provavelmente com parafusos de 250mm, portanto S4A, e uma S2 sem
parafusos, ou seja uma S2C, além de uma CXDT logo abaixo. Poderíamos também
identificar as duas luminárias no poste com as letras IP (de iluminação pública). O poste,
apesar de não poder se identificar na imagem é provavelmente um 300/10,5. Teríamos
então a seguinte estrutura: 300/10,5 N4PR S4A S2C CXDT IP

28
4. Equipamentos de redes de distribuição
Além das estruturas vistas nos tópicos anteriores outros dispositivos também têm sua
importância nas redes de distribuição e não poderiam passar em branco neste estudo.
Dentre muitos dos equipamentos utilizados abordaremos os mais utilizados nas extensões
de redes que são os transformadores, as chaves fusíveis e seccionadoras e os pára-raios.
Há ainda os equipamentos especiais, como banco de reguladores e capacitores, mas não
será objeto do nosso estudo. Será apenas uma abordagem superficial.

4.1 Transformadores
Transformam MT em BT, reduzindo o nível de tensão de 13800V para 380/220V e são
um dos principais equipamentos na transmissão e distribuição de energia elétrica. Existem
muitos tipos de transformadores, mas os utilizados na distribuição de energia são
denominados de transformadores de potência e podem ser trifásicos ou monofásicos, e há
também os MRT’s ou monobuchas. A seguir exemplos de cada um.

Transformadores Trifásicos

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Imagem 19 – Transformadores trifásicos.

Transformadores Monofásicos

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Imagem 20 – Transformadores monofásicos.

Transformadores MRT

31
Imagem 21 – Transformadores MRT.

4.2 Chave Fusível


São dispositivos que permitem proteger a rede e seus equipamentos de altas correntes,
rompendo um fusível quando esta corrente a percorre e fazendo com que a chave abra
interrompendo a circulação da corrente.

Imagem 22 – Chave Fusível.

4.3 Chave Seccionadora


Este equipamento é utilizado para desligar e manobrar a rede permitindo que
determinados trechos sejam desligados.

32
Imagem 23 – Chave Seccionadora.

4.4 Pára-raios
Protegem as redes de surtos de tensões causados por descargas atmosféricas (raios), ou
mesmo de manobras realizadas na rede, limitando os níveis de tensão aos suportáveis pela
rede. São instalados geralmente em transformadores e outros equipamentos.

Imagem 24 – Para-raio do tipo polimérico.

33
5. Construção de Redes de Distribuição
Tomando conhecimento dos principais equipamentos, estruturas, terminologias e tipos de
redes de distribuição passaremos agora a conhecer os procedimentos para execução da
construção de redes de distribuição.
Esta é uma atividade que envolve muitos riscos, pois lida com um componente “invisível”
que é a eletricidade, bem como com alturas elevadas e materiais pesados, tornando
indispensáveis materiais de segurança bem como ferramentas adequadas, pessoal treinado
e capacitado para seguir todos os procedimentos.

5.1 Materiais de Segurança


Os materiais de segurança protegem o pessoal envolvido na construção de redes dos riscos
aos quais estão submetidos. Os principais são listados abaixo:

Botas de segurança

Imagem 25 – Botas de segurança. A primeira sem condições de uso por estar rasgada.

As botas protegem os pés de objetos e também de tensões de até 1000V.

Botas de borracha

Imagem 26 – Bota de borracha.


As botas de borracha devem proteger os pés em ambientes alagadiços.

Capa de chuva
Protegem o trabalhador nos dias chuvosos.

Capacete aba total

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Imagem 27 – Capacete aba total com suspensão e jugular.

Protege a cabeça contra impactos acidentais e contatos acidentais de até 1000V.

Kit “EPI” (cinturão/talabarte/trava-quedas)


Consiste no kit individual para eletricistas que escalem o topo do poste protegendo-o de
quedas, deslizes, etc.
O cinturão é tipo pára-quedista, o talabarte envolve a cintura do escalador e a trava-quedas
é ligada a uma linha de vida que impede a queda.

Imagem 28 – Exemplo de aplicação do Kit “EPI”.

Imagem 29 – Trava-quedas que é ligada á linha de vida.

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Imagem 30 – Talabarte.

Imagem 31 – Cinturão pára-quedista.

Kit “EPC” (Linha de vida/fita-poste/agulhão/ICC)


São dispositivos utilizados para escalação do poste.

Imagem 32 – Linha de vida e fita-poste.

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Imagem 33 – Agulhão e ICC.

Espora para poste de concreto duplo “T”


Auxiliam o eletricista na escalada do poste quando não é obrigatório o uso de escadas.

Imagem 34 – Esporas.

Fardamento retarda-chama
Protege o eletricista contra os efeitos do arco-elétrico.

Imagem 35 – Fardamento retarda-chama.

Luvas isolantes de borracha


Deve constar de um par de luvas isolantes Classe 0 que isola a tensões de até 1.000V e
outro par Classe “2” que isola tensões de até 17.000V. São utilizadas quando do contato
com a rede elétrica energizada ou não.

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Imagem 36 – Luva isolante de BT (tarja vermelha).

Imagem 37 – Luva isolante de MT (tarja amarela).

Estas luvas só podem ser utilizadas com luvas de cobertura que as protegem de desgastes,
mantendo assim a sua segurança e qualidade.

Luvas de vaqueta
Protegem a mão contra farpas, terra, esforços e etc. para uso geral.

Imagem 38 – Luvas de vaqueta.

Mangas de borracha
Protegem os ombros e braços do eletricista contra contatos em redes energizadas em até
1.000V.

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Imagem 39 – Mangas de borracha.

Protetor facial e óculos de proteção


Protegem os olhos e face do eletricista contra fragmentos e outros que possam ocasionar
acidente a esta região do corpo.

Imagem 40 – Protetor facial e óculos de proteção.

Cones para sinalização


Delimitam e sinalizam a área de trabalho impedindo que terceiros transitem por ela.

Imagem 41 – Exemplo de aplicação dos cones.

Conjuntos de aterramento
São utilizados para aterrarem redes desenergizadas para que em uma energização
acidental a corrente elétrica não circule pelas pessoas que estejam em contato com a rede
e escoe para a terra. Há o específico de BT e o de MT.

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Imagem 42 – Conjunto de aterramento e BT e conjunto de aterramento de MT.

Detectores de tensão
Quando da desenergização da rede são utilizados para detectar a ausência de tensão. Caso
ainda exista energia na rede este detector alarma indicando.

Imagem 43 – Detector de tensão de MT

Imagem 44 – Detector de tensão de BT

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Imagem 45 – Detector de tensão para residências

Estojo de primeiro socorros


Deve conter todo o material necessário para prestação de primeiros socorros em caso de
acidentes.

Imagem 46 – Kit primeiros socorros

5.2 Ferramentas e Equipamentos


Conheceremos agora os principais equipamentos e ferramentas utilizadas na construção
de redes assim como a aplicabilidade e correta utilização dos mesmos.

Alicate universal isolado para 1000 Volts: amarrações e cortar condutores;

Imagem 47 – Alicate universal com cabo isolado.

Capacete aba total: proteger a cabeça contra impactos e agentes agressivos;


Canivete: retirar isolamento dos condutores ou cortes eventuais;
Chave de fenda: apertar e desapertar parafusos dotados de fenda;

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Imagem 48 – Jogo chave de fenda com cabo isolado.

Caixa de ferramentas: acondicionar para transporte as ferramentas de turma;


Chave inglesa 300 mm, ajustável: apertar e desapertar parafusos e porcas de várias
bitolas;

Imagem 49 – Chave inglesa com cabo isolado.

Óculos de segurança: proteger os olhos;


Garra para escalar poste duplo – T: escalar poste duplo T;
Gancho para içar ferramentas: içar ferramentas com cordas;
Maleta de couro p/ ferramentas: acondicionar e transportar ferramentas;
Marreta: cravar peças, quebrar calçadas;
Luva protetora: proteger a luva isolante, contra possíveis perfurações ou cortes;
Alavanca de aço sextavada: deslocar peças e escavação do solo;
Alicate de compressão mecânica: efetuar compressão mecânica de luva de emenda e
conectores;
Arco de serra ajustável: serrar peças metálicas;
Bolsa para luva de borracha: acondicionar e proteger luvas isolantes;
Bastão universal com acessórios (vara de manobra): executar manobras,
desligamentos, e troca de fusíveis em redes aéreas de distribuição;
Conjunto de Aterramento temporário: proteger contra choques elétricos acidentais nos
trabalhos em redes desenergizadas;
Chave de boca combinada: apertar e desapertar porcas e parafusos de cabeça quadrada
ou sextavada;

Imagem 50 - Jogo de chaves de boca e de roda com cabos isolados.

Chave de grifo: apertar e desapertar canos, eletrodutos e outras peças cilíndricas;


Cavadeira: abrir cavas em terrenos normais;

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Imagem 51 – Cavadeira.

Caixa de primeiros socorros: acondicionar medicamentos;


Cone de sinalização: orientar e dirigir o tráfego;
Detector de tensão: testar a linha quanto a sua energização;
Dinamômetro: medir tração de cabos em montagens de rede;
Enxada: capinar, mexer argamassa, remover terras, etc;
Esticador: prender condutor/cabo para tracionamento;

Imagem 52 – Esticador mordente ligado a moitão.

Escada extensível: executar serviços até o topo do poste;

Imagem 53 – Escada dupla extensível.

Facão: abrir picadas e limpar faixas;


Foice: cortar vegetação rasteira;
Fita para levantar poste: levantar poste;
Gancho para virar poste: girar poste para posição adequada;
Luva de borracha classe 2: proteger as mãos e parte do antebraço contra choques
elétricos até tensões de 20 KV;
Machado: cortar tora de madeira, desmatamento;
Moitão com corda: tracionar condutores e estais;
Medidor de resistência de terra: medir a resistência de terra;

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Martelo unha: bater, quebrar e, especialmente cravar pregos;
Pá manual: cavar terrenos macios e remover terra;
Picareta: escavar terra, arrancar pedras, etc;
Prumo: colocar peças e postes na posição vertical;
Placa de sinalização: “NÃO OPERE ESTE EQUIPAMENTO”: sinalizar equipamento
com operação temporariamente interditada;
Roldana para lançamento de condutor: auxiliar, suportar e proteger condutores
facilitando o deslocamento dos mesmos, durante o lançamento;
Malho: compactar terreno (socador);
Sacola para acondicionamento de bastão universal: acondicionar e proteger o bastão
universal (vara de manobra);
Talhadeira: cortar pequenas peças de aço;
Tesourão: cortar cabos;

Imagem 54 – Tesourão.

Trena fibra de vidro: medir vãos de rede;


Talha tipo tifór: levantar e deslocar cargas e nivelamento de condutores;
Talha de catraca/corrente: para tencionamento de cabos de aço;
Bainha para alicate: acondicionar, proteger e transportar alicate;
Calça conforme especificação Coelce em vigor: peça do uniforme;
Camisa conforme especificação Coelce em vigor: peça do uniforme;
Calçado de segurança: proteger os pés e as pernas;
Cinto de segurança com talabarte: fixar o eletricista no poste, com segurança, evitando
quedas;
Luva de proteção de raspa: possibilitar o trabalho de operação de redes desenergizadas;
Sacola para içamento: içar, arriar ferramentas e peças de pequeno porte;
Corda de sisal ou nylon: puxar condutores, içar/arriar ferramentas e materiais;
Bandeirola de sinalização: sinalizar locais de trabalho;
Garrafa térmica para 5 litros: acondicionamento de água para beber;
Lâmina de arco de serra: componente do arco de serra e serve para serrar peças
metálicas;
Prancha de madeira: proteger a parede da cava no levantamento manual de poste;
Encerado lonado: proteger materiais e equipamentos do sol, vento e chuva;
Cepo de madeira: apoiar o pé do guindauto;
Alicate bomba d’água: Aplicação do conector tipo cunha;

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Imagem 55 - Alicate bomba d’água.

Extrator de conector tipo cunha: Utilizado para retirar conector;


Alicate Volt-amperímetro: Utilizado para efetuar leituras de corrente e tensão nos
equipamentos;

Imagem 56 – Alicate volt-amperímetro.

Tripé: Auxiliar no fincamento de postes em terreno de difícil acesso;


Loadbuster: Equipamento de extinção de arco elétrico durante a operação de aberturas
de chaves com carga;

Imagem 57 – Load-Buster.

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Ferramenta ampact (pistola): Utilizada para instalação e retirada de conector tipo
cunha.

Imagem 58 – Ferramenta ampact

Manga de borracha: Proteção do braço e antebraço contra choque Elétrico;


Termômetro: Para medir temperatura ambiente no ato do tencionamento do condutor;
GPS: Levantamento de coordenadas Geo-referenciadas;

5.3 Recomendações sobre cuidados dos equipamentos


As ferramentas utilizadas para Construção de Redes de distribuição devem ser mantidas
em perfeitas condições de uso, ou seja, limpas, lubrificadas e afiadas;
As luvas de borracha deverão ser lavadas após execução dos serviços diários, com água
e sabão neutro, secar a sombra e receber aplicação de talco industrial;
Os medidores de resistência de terra e dinamômetro devem estar sempre aferidos;
Os conjuntos de aterramento temporário devem ser freqüentemente inspecionados;
Os detectores de tensão deverão ser testados obrigatoriamente antes de sua utilização;
Load-buster deverá ser acondicionado em maleta apropriada, e inspecionado
periodicamente, de conformidade com o estabelecido pelo fabricante. (Deverá ser sempre
acompanhado de um registro do número de operações);

5.4 Turmas e equipes de construção


As turmas de construção devem ser formadas de no mínimo dois componentes não tendo
um limite máximo de componentes, no entanto para as construções de redes da Coelce
geralmente se usam turmas de sete pessoas. O serviço que estas turmas podem executar
dependem da quantidade e diversidade de componentes das mesmas.

5.4.1 Turma de duas pessoas


Composição:
01 motorista / eletricista
01 eletricista
Viatura:
Pick-up de cabine simples equipada com porta-escada ou escada extensível ou cesta aérea
Serviços que poderão ser executados:
Instalação de luminárias com braço curto (Equipe com treinamento também em PEX-06)

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Instalação de cobertura em cabos de BT (Rede Desenergizada)
Fechamento de jumps de BT e MT
Instalações de medidores e ramais de ligação (Obras Luz Para Todos)
Instalações internas nas residências (Obras Luz Para Todos)
Troca de medição de monofásica para trifásica (Rede Desenergizada)
Instalação de caixa de derivação

5.4.2 Turma de quatro pessoas


Composição
01 motorista / eletricista;
01 eletricista;
01 auxiliar de serviço;
01 chefe de turma.
Viatura
Pick-up ou F- 4000 de cabine dupla equipada com porta escada
Serviços que poderão ser executados:
Troca de cruzetas de MT;
Instalação de cobertura em cabos de MT;
Interligação de obras de MT ou BT;
Ampliação ou substituição de fases de MT ou BT de até três vãos;
Instalação ou substituição de transformador (*) – Equipe com treinamento também em
PEX-10;
Instalação de luminárias com braço longo (*) – Equipe com treinamento também em
PEX-06;
Interligação de obras com implantação ou substituição de poste (*);
Construção de obra de MT ou BT de até três postes (*);
Instalação de equipamentos tipo: banco de capacitores, seccionador ou religador (*);
Instalação de chaves fusíveis e seccionadoras.

5.4.3 Turma de sete pessoas


Composição
01 motorista / operador de guindauto
02 eletricistas
02 montadores
01 auxiliar de serviço
01 chefe de turma
Viatura
Caminhão de cabine dupla, equipado com guindauto de capacidade de no mínimo seis
toneladas, ou caminhão de cabine simples equipado com guindauto de no mínimo seis
toneladas e de um veículo de apoio (carro ou pick-up de cabine dupla), para o transporte
do pessoal.
Serviços que poderão ser executados
Os demais serviços
Fardamento retardante a chama

*
Os serviços indicados em (*) somente poderão ser realizados com o auxílio de uma equipe de
apoio composta de um motorista / operador de guindauto e dois auxiliares de serviço, tendo como
viatura um caminhão de cabine simples equipado com guindauto de no mínimo seis toneladas de
capacidade.

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Os montadores e auxiliares não podem executar serviços de construção ou reforma da
rede elétrica dentro da zona controlada ou em partes do sistema elétrico com possibilidade
de energização acidental, portanto, estão dispensados do uso do fardamento retardante a
chama.

5.5 Passos para execução de construção de redes


Os principais passos a serem seguidos na construção de redes são os seguintes:
 Interpretação do Projeto;
 Planejamento de Execução de Obras;
 Transporte de Equipamentos e Materiais;
 Transporte de Pessoal;
 Posicionamento do Veículo na Área de Trabalho;
 Sinalização da Área de Trabalho;
 Locação de RDU;
 Locação de RDR;
 Abertura de cavas;
 Distribuição de postes;
 Fincamento de postes e montagem de estruturas;
 Estaiamento;
 Lançamento, Nivelamento, Tencionamento e Conexão de condutores;
 Instalação de equipamentos;
 Aterramentos;
 Revisão de rede;
 Desligamento e Religamento;
 Interligação da rede;
 Devolução de materiais.

5.6 As cinco Regras de Ouro


Para que sejam executados trabalhos em redes elétricas desenergizadas deve-se sempre
se adotar as denominadas “Cinco Regras de Ouro”, as quais devem ser seguidas na
seguinte ordem:
Primeira Regra de Ouro:
Identificar a instalação na qual se vai trabalhar e abrir com corte visível todas as possíveis
fontes de tensão através de dispositivos de corte efetivo.
Segunda Regra de Ouro:
Realizar sempre que possível o bloqueio dos equipamentos de abertura dos circuitos e
instalar obrigatoriamente a sinalização de “ATENÇÃO – Não Opere este Equipamento”
em local bem visível e junto a estes dispositivos.
Terceira Regra de Ouro:
Comprovar a ausência de tensão nos locais de abertura dos circuitos elétricos bem como
no local de trabalho, empregando para isto, o detector de tensão adequado para o nível de
tensão nominal de cada circuito. Nota: Antes do uso, testar o funcionamento do detector
de tensão através de seu auto-teste.
Quarta Regra de Ouro:
Instalar os conjuntos de aterramento temporários quantos forem necessários. Em toda
instalação elétrica desenergizada para que sejam realizados quaisquer trabalhos devem
ser bem definidas as Zonas de Desligamento, Zonas de Proteção e Zonas de Trabalho.
Quinta Regra de Ouro:
Sinalizar e Delimitar a área de trabalho através de equipamentos apropriados. Sinalizar
os dispositivos de corte visível e efetivo que foram abertos através da instalação de Placas

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de Advertência “ATENÇÃO – Não Opere este Equipamento” em local bem visível e
junto a estes dispositivos.

5.7 Procedimentos de execução


Quanto à segurança:
 Durante o lançamento dos condutores ou tencionamento (com utilização de talha
tifor ou corrente, moitão), não é permitido que nenhum membro da turma esteja
sobre os postes e/ou cruzetas;
 No caso de utilização da talha de corrente deverá ser utilizado cesta aérea;
 É terminantemente proibida a utilização de equipamento mecânico de lançamento
de cabos sobre os postes, salvo se este equipamento for devidamente aprovado pela
engenharia e segurança da Coelce;
 O chefe de turma responsável pelo serviço deve orientar o pessoal de suas
responsabilidades para o cumprimento das práticas de segurança tanto de natureza
técnica como comportamental;
 Não é permitida a realização de tarefas com a utilização de ferramentas ou
equipamentos defeituosos ou fora sua finalidade;
 Antes de iniciar qualquer serviço o chefe de turma deverá fazer uma programação
do trabalho a ser executado, buscando identificar e controlar todos os riscos de
possíveis acidentes, inclusive com terceiros;
 O chefe de turma deverá analisar as condições do local de trabalho, avaliar as
situações de risco do local, reunir seu pessoal e explicar as tarefas a ser efetuada e
distribuí-las com a equipe, deixando aquelas mais difíceis e mais complexas para
aqueles que reunirem melhores condições para executá-las, (conversa ao pé do
poste);
 Durante o estacionamento ou posicionamento da viatura, no local do trabalho, um
componente da equipe deverá auxiliar ao motorista até a conclusão total das
manobras, inclusive a sinalização e calço das rodas;
 O chefe de turma deverá orientar o isolamento da área de trabalho, sinalizando-a
através de cordas e cones de segurança, não permitindo a presença de terceiros;
 O chefe de turma deverá supervisionar os materiais, ferramentas e equipamentos
necessários à execução dos serviços, verificando as suas condições de uso;
 O chefe de turma deverá obedecer aos valores de tencionamento dos condutores
estabelecidos no projeto, através da utilização do dinamômetro;
 O chefe de turma deverá lembrar a equipe que durante a execução das tarefas, cada
integrante deverá zelar pela segurança de todos, inclusive terceiros;
 No momento do desligamento, o chefe de turma deverá observar o seguinte:
Solicitar autorização ao centro de operações para desligar a rede, após receber
autorização, e efetuar a abertura das chaves;
Registrar no pedido de desligamento via palmtop o horário do início do
desligamento;
Após a abertura das chaves fusíveis retirar os seus cartuchos Após a abertura das
chaves seccionadoras, colocar invólucros de proteção nas lâminas das chaves;
Desconectar todas as gambiarras existentes no trecho da obra em execução;
Testar a ausência de tensão na Baixa e na Média Tensão, colocar a placa de
advertência, a uma altura mínima de 3,5 m;
Fazer aplicação dos conjuntos de aterramento do trecho desenergizado de modo
que a área de trabalho fique totalmente protegida;
Delimitar e sinalizar a área de trabalho, colocar as placas “NÃO OPERE ESTE
EQUIPAMENTO” em todas as chaves de fronteira (ou seja, todas as chaves de

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encontro de alimentadores que fizer fronteira com a área desligada), que permitam
a energização da área desligada, só então a rede pode ser liberada para os serviços;
Abrir todas as chaves de trafos ou ramais que ficarem localizadas dentro da área
de trabalho, não sendo necessária a retirada dos cartuchos ou colocação de
invólucros;
 Após a conclusão dos trabalhos, o chefe de turma deverá observar o seguinte:
Conferir os serviços executados;
Comunicar a todos os membros da equipe, que foi iniciado o processo de religação
da linha, proibindo qualquer intervenção no circuito em questão;
Retirar os aterramentos provisórios e placas de advertência;
Recolocar os cartuchos das chaves fusíveis e/ou retirar os invólucros de proteção
das lâminas das chaves seccionadoras;
Solicitar autorização ao centro de controle para religação da rede, após receber
autorização, efetuar o fechamento das chaves;
Registrar no pedido de desligamento via palmtop o horário do fim do
desligamento;
Observar se o sistema foi normalizado, caso não seja identificado nenhuma
anomalia, a equipe estará liberada.

Quanto a execução de serviços pela equipe:


 O trabalho deve ser executado com calma, coordenação e habilidade, por elementos
treinados e considerados aptos, físico e psicologicamente para a tarefa;
 A equipe deverá seguir as normas e orientação para o uso dos equipamentos e
ferramentas necessárias e verificando o seu estado de conservação;
 Qualquer imprevisto que exija a alteração da programação deverá ser comunicado
de imediato, ao chefe de turma para as devidas providências/soluções;
 Não permitir o uso de qualquer equipamento ou ferramenta inadequada durante a
execução das tarefas;
 Verificar a existência de cães, cobras, maribondos ou abelhas na área de trabalho e
providenciar a retirada por meios mais práticos e seguros;
 Cada componente da turma deverá inspecionar seu equipamento de proteção
individual – EPI, antes do início dos trabalhos;
 O CHEFE DE TURMA deverá inspecionar e manter seus equipamentos de proteção
coletiva EPCs em perfeita condição de uso, inclusive o estojo de primeiros socorros;
 As viaturas devem ser posicionadas e estacionadas de maneira a oferecer a melhor
condição para execução dos serviços. Sempre que possível protegendo a área de
trabalho;
 Após o estacionamento a viatura deverá estar com o freio de mão acionado, as rodas
dianteiras direcionadas para a calçada e todas devidamente cepadas;
 Na execução de qualquer tarefa, deverão ser observadas as condições
meteorológicas e
 tomadas as seguintes decisões:
 Com tempestade ou chuva forte, a tarefa não deverá ser iniciada e as operações em
andamento serão interrompidas ou suspensas;
 Com chuva fina ou neblina verificar se esta condição impõe uma situação de risco,
caso afirmativo, não iniciar ou paralisar as atividades até que se tenha condição
segura para execução do trabalho;
 Com vento, forte verificar se a situação permite a execução ou continuidade do
serviço, caso contrário também paralisar ou suspender os mesmos.

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6. Bibliografia

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ. Padrão de estrutura PE031 revisão R03:

Rede Primária de Distribuição Aérea de Energia Elétrica Urbana e Rural. 2004

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ. Padrão de estrutura PE035 revisão R00:

Rede Primária de Distribuição Aérea Rural Monofilar. 2008

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ. Padrão de estrutura PE038 revisão R01:

Rede Secundária de Distribuição Aérea 380/220V. 2005

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ. Procedimento de Execução PEX014

revisão R16: Construção de Redes Aéreas de MT e BT Desenergizadas. 2008

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ. Procedimento de Segurança do Trabalho

PRST004 revisão R10: Procedimento de Segurança do Trabalho para Serviços Elétricos.

2010

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