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Atrás de nós
a cancela
se fecha sozinha
enquanto no ar
um melro traça
em enxame de cruzes
pequenos e redondos
no canto da horta
escondidos
as moitas de louro
As palavras se abrem
do tronco
claro da azinheira
e tu que esparges
as pedras
Dietro di noi
il cancello
si richiude da solo
mentre nell’aria
un merlo traccia
Fragole acerbe
piccole e tonde
nell’angolo dell’orto
nascoste
dietro e sotto
i cespugli d’alloro
Le parole in fiore
nel legno
e tu che annaffi
le pietre
doce e tranqüila
que te conheço
desde sempre
encostado no tronco
liso do castanheiro
a refugiar-me
faz tempo
no centro do terreno
carregavam a uva.
doce e tranqüila
quando me assalta
a vontade
de raspá-la de vez
dos muros
arcaicos da mente
Hai un volto
dolce e tranquillo
a volte penso
di conoscerti
da sempre
di poter dialogare
a ripararmi
una volta
su camion rossi
caricavano l’uva.
dolce e tranquillo
quando mi prende
la voglia
dalle pareti
da bruma e do calor
incita à busca
os ramos cortados
Vejo-os
A quest’ora, poi
spinge in cerca
i rami tagliati
Li osservo
As árvores
foram abandonadas?
sem linfa
tomados de assalto
e as aranhas vermelhas
Em volta da árvore
o tapete de folhas
maceradas na água.
Gli alberi
un passaggio sbarrato
privo di linfa
verranno ad abbatterli.
A terra i frutti
presi d’assalto
da formiche affamate
il tappeto di foglie
macerate nell’acqua.
nascem e morrem
Pálido o córtice
intato, elegante
ou durmo
o quieto sono
do esquilo misterioso.
ou sinais de fumaça
de sentido, e de amor.
.
Due noci avuti in dono
nascono e muoiono
Pallida la corteccia
salda, elegante
o dormo
il quieto sonno
o segnali di fumo
priva com’è
di sostaza, e d’amore.
As rosas
as pétalas murchas
deixam-se
lacerar pelo vento
ressecar ao sol.
as urtigas devoram
As rosas
as puseste
transmigram
As rosas
são a reserva
de calor e alegria
o sonho da água
que se derrama
Le rose
i petali piegati
si lasciano
ortiche divorano
Le rose
le hai messe tu
che da secoli
si tramandano
da madre in figlia.
Le rose
sono la scorta
di calore e di gioia
il sogno d’acqua
che si riversa
um belo ponto.
Escavar
em um escorredouro
um poço
pôr a estaca em pé
para amparar
o novo damasqueiro
contá-lo
escandi-lo
há um sol
mexe-te
Scavare
un fossato di scolo
un pozzo
per sostenere
il giovane albicocco
enumerarlo
scandirlo
c’è un sole
ma chiaro e necessario
No aggiungi altro
l’acqua ramata.
a vontade de fugir.
verde-esmeralda da ameixeira
acariciando a terra
em volta ao tronco,
calda de giugno
la voglia di fuggire.
ad accarezzare la terra
intorno al tronco,
vê, te digo
arrancaram os espinhos
a erva má do campo
o fizeram
direto ao céu.
Com os pés no ar
a face levantada
olho e admiro
a luminosa simplicidade
de teu pensamento.
vedi, te dico
lo hanno fatto
un pozzo che se ne va
il mento all’insù
guardo e ammiro
la luminosa semplicità
cor do sol
a sálvia aveludada
a menta romana
a lavanda
a alecrim
folhas delicadas
mas afiadas
di salvia vellutata
di menta romana
di lavanda
di rosmarino
foglie sottili
ma aguzze
em essência desprovido
de janelas e alicerces.
Tetos vermelhos
vitoriosa da noite.
Caminhos de areia
(guerras, ou o quê?)
o carvalho selvagem,
a terra recém-arada.
in sostanza privo
di finestre e fondamenta.
Tetti rossi
salutano il passaggio
Strade di sabbia
o início do outono.
a trilha recoberta
de espinhos, de urtiga.
Há tristeza no grito
à ampla face
milenária do mundo.
.
Ecco te raggiungo a fine agosto
l’inizio dell’autumno.
il sentiero ricoperto
al volto esteso
passos tentativos.
Agora o sei e não espero outra coisa.
assídua colaboração
no corpo e no espírito.
mudar bruscamente
método e direção
stentati passi.
Ora lo so e non aspetto altro.
dieci anni fa
assidua collaborazione
metodo e direzione
§
Alessio Brandolini
BREVE BIOGRAFIA
onde se destaca por sua intensa atividade cultural. É um dos mais importantes
Premio Alfonso Gatto 2003 – Opera Prima. Em 2004, saiu o livro Poesia della terra