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CAPÍTULO 3

TABELA PERIÓDICA

SUMÁRIO

3.1 A história da tabela periódica ..............................................................................61


3.2 A descoberta da lei periódica e a tabela periódica moderna ...............................62
3.3 A periodicidade nas configurações eletrônicas ...................................................64
3.4 A periodicidade nas propriedades atômicas........................................................67
3.4.1 Tamanho do átomo ..........................................................................................67
3.4.1.1 O raio iônico ..................................................................................................69
3.4.1.2 Raio covalente e raio de Van der Waals .......................................................69
3.4.2 Energia de ionização ........................................................................................70
3.4.3 Afinidade eletrônica ..........................................................................................71
3.4.4 Eletronegatividade, eletropositividade e reatividade ........................................72
3.4.5 Densidade ........................................................................................................76
3.4.6 Ponto de fusão e ponto de ebulição .................................................................76
3.5 Os blocos da tabela periódica e seus grupos......................................................77
3.5.1 O hidrogênio.....................................................................................................77
3.5.2 Elementos do bloco s .......................................................................................78
3.5.2.1 Grupo 1: metais alcalinos ..............................................................................78
3.5.2.2 Grupo 2: metais alcalinos terrosos ................................................................79
3.5.3 Elementos do bloco p .......................................................................................80
3.5.3.1 Grupo 13: grupo do boro ...............................................................................80
3.5.3.2 Grupo 14: grupo do carbono .........................................................................82
3.5.3.3 Grupo 15: grupo do nitrogênio.......................................................................83
3.5.3.4 Grupo 16: calcogênios...................................................................................84
3.5.3.5 Grupo 17: halogênios ....................................................................................85
3.5.3.6 Grupo 18: gases nobres ................................................................................87
3.5.4 Elementos do bloco d .......................................................................................88
3.5.4.1 Grupo 3: grupo do escândio ..........................................................................89
3.5.4.2 Grupo 4: grupo do titânio...............................................................................90
3.5.4.3 Grupo 5: grupo do vanádio............................................................................90
1

3.5.4.4 Grupo 6: grupo do crômio..............................................................................90


3.5.4.5 Grupo 7: grupo do manganês........................................................................91
3.5.4.6 Grupo 8: grupo do ferro .................................................................................92
3.5.4.7 Grupo 9: grupo do cobalto.............................................................................92
3.5.4.8 Grupo 10: grupo do níquel.............................................................................93
3.5.4.9 Grupo 11: grupo do cobre .............................................................................93
3.5.4.10 Grupo 12: grupo do zinco ............................................................................94
3.5.5 Elementos do bloco f ........................................................................................94
3.5.5.1 Série dos lantanídeos....................................................................................94
3.5.5.2 Série dos actinídeos ......................................................................................95
3.6 Referências bibliográficas do capítulo .................................................................96
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3 TABELA PERIÓDICA

Objetivos deste capítulo

Finalizado o capítulo, o aluno será capaz de:


• classificar os elementos químicos dentro das quatro categorias da tabela
periódica segundo a configuração de seus elétrons mais externos;
• escrever a configuração eletrônica dos elementos;
• comparar as propriedades físicas e químicas de metais e não metais;
• conhecer as semelhanças entre membros de um determinado grupo periódico;
• identificar as tendência dos raios atômicos, das energias de ionização e de
afinidade eletrônica na dos elementos dentro da tabela periódica.

3.1 A história da tabela periódica

Um pré-requisito necessário para construção da tabela periódica, foi a


descoberta individual dos elementos químicos. Embora os elementos, tais como
ouro (Au), prata (Ag), estanho (Sn), cobre (Cu), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg) fossem
conhecidos desde a antiguidade, a primeira descoberta científica de um elemento
ocorreu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo.
Durante os 200 anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo
às propriedades dos elementos e seus compostos, foram adquiridos pelos químicos.
Com o aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a
investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas
de classificação.
A primeira classificação foi a divisão dos elementos em metais e não-metais.
Isso possibilitou a antecipação das propriedades de outros elementos, determinando
assim, se seriam metálicos ou não metálicos.
A lista de elementos químicos, que tinham suas massas atômicas conhecidas,
foi preparada por John Dalton no início do século XIX. Muitas das massas atômicas
adotadas por Dalton, estavam longe dos valores atuais, devido à ocorrência de
erros. Os erros foram corrigidos por outros cientistas, e o desenvolvimento de
tabelas dos elementos e suas massas atômicas, centralizaram o estudo sistemático
da química. Os elementos não estavam listados em qualquer arranjo ou modelo
periódico, mas simplesmente ordenados em ordem crescente de massa atômica,
cada um com suas propriedades e seus compostos. Os químicos, ao estudar essa
lista, concluíram que ela não estava muito clara. Os elementos cloro, bromo e iodo,
que tinham propriedades químicas semelhantes tinham suas massas atômicas muito
separadas.
Em 1829, Johann W. Boebereiner teve a primeira idéia, com sucesso parcial,
de agrupar os elementos em três - ou tríades. Essas tríades também estavam
separadas pelas massas atômicas, mas com propriedades químicas muito
semelhantes. A massa atômica do elemento central da tríade era supostamente a
média das massas atômicas do primeiro e terceiro membros. Lamentavelmente,
muitos dos metais não podiam ser agrupados em tríades. Os elementos cloro, bromo
e iodo eram uma tríade, lítio, sódio e potássio formavam outra.
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Um segundo modelo, foi sugerido em 1864 por John A.R. Newlands,


professor de química inglês. Sugerindo que os elementos poderiam ser arranjados
num modelo periódico de oitavas, ou grupos de oito, na ordem crescente de suas
massas atômicas. Este modelo colocou o elemento lítio, sódio e potássio juntos.
Esquecendo o grupo dos elementos cloro, bromo e iodo, e os metais comuns como
o ferro e o cobre. A idéia de Newlands foi ridicularizada pela analogia com os sete
intervalos da escala musical. A Chemical Society recusou a publicação do seu
trabalho periódico (Journal of the Chemical Society).
Nenhuma regra numérica foi encontrada para que se pudesse organizar
completamente os elementos químicos numa forma consistente, com as
propriedades químicas e suas massas atômicas. A base teórica na qual os
elementos químicos estão arranjados atualmente - número atômico e teoria quântica
- era desconhecida naquela época e permaneceu assim por várias décadas.
A organização da tabela periódica foi desenvolvida não teoricamente, mas
com base na observação química de seus compostos, por Dmitri Mendeleev. Em
1869, organizou os elementos na forma da tabela periódica atual. Mendeleev criou
uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o
símbolo do elemento, a massa atômica e suas propriedades químicas e físicas.
Colocando as cartas em uma mesa, organizou-as em ordem crescente de suas
massas atômicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes.
Formou-se então a tabela periódica. A vantagem da tabela periódica de Mendeleev
sobre as outras, é que esta exibia semelhanças, não apenas em pequenos
conjuntos como as tríades. Mostravam semelhanças numa rede de relações vertical,
horizontal e diagonal. Em 1906, Mendeleev recebeu o Prêmio Nobel por este
trabalho.
Em 1913, o cientista britânico Henry Mosseley descobriu que o número de
prótons no núcleo de um determinado átomo era sempre o mesmo. Mosseley usou
essa idéia para o número atômico de cada átomo. Quando os átomos foram
arranjados de acordo com o aumento do número atômico, os problemas existentes
na tabela de Mendeleev desapareceram. Devido ao trabalho de Mosseley, a tabela
periódica moderna está baseada no número atômico dos elementos.
A tabela atual se difere bastante da de Mendeleev. Com o passar do tempo,
os químicos foram melhorando a tabela periódica moderna, aplicando novos dados,
como as descobertas de novos elementos e números mais precisos de massa
atômica, rearranjando as informações existentes.
A última maior troca na tabela periódica resultou do trabalho de Glenn
Seaborg, na década de 50. A partir da descoberta do plutônio em 1940, Seaborg
descobriu outros elementos transurânicos (do número atômico 94 até 102).
Reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actnídeos abaixo da série dos
lantanídeos. Em 1951, Seaborg recebeu o Prêmio Nobel em química, pelo seu
trabalho.

3.2 A descoberta da lei periódica e a tabela periódica moderna

Dmitri Mendeleev e o alemão Lothar Meyer, trabalhando independentemente,


descobriram experimentalmente a lei periódica e publicaram suas tabelas de
elementos, demonstrando a variação de propriedades periódicas consequente da
ordenação dos elementos adotada por eles. Em suas tabelas, ambos listaram os
elementos em ordem crescente de massa atômica (na época, não se conheciam os
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números atômicos, só as massas atômicas). Atualmente, sabemos que a


periodicidade é mais facilmente visualizada se a listagem for feita em ordem
crescente do número atômico, o que ocasiona uma pequena diferença sequencial
em relação à ordenação por massa atômica. O sucesso de Mendeleev e Meyer,
apesar de ordenarem os elementos com base em suas massas atômicas, deve-se
ao fato de que, em geral, quanto maior o número atômico, maior a massa atômica do
elemento.
A lei periódica estabelece que quando os elementos são listados,
sequencialmente, em ordem crescente do número atômico, é observada uma
repetição periódica em suas propriedades.

Figura 3.1 - Tabela periódica.

A repetição verificada na lei periódica é a base da estrutura da tabela


periódica moderna, de maneira que elementos com propriedades químicas
semelhantes ficam distribuídos em colunas verticais chamadas grupos. Vejamos
então esta estrutura, acompanhando na figura 3.1:
• Grupos: são as colunas da tabela periódica, também denominadas famílias. Os
grupos são enumerados com algarismos arábicos de 1 a 18, da esquerda para a
direita, como recomendação da IUPAC, a partir de 1990. A notação usada até
então e ainda hoje encontrada nomeava os grupos utilizando algarismos
romanos e letras do alfabeto da seguinte forma:
• grupos A para os elementos representativos, de IA até VIIA e para os gases
nobres (grupo 0), cujo subnível de maior energia é do tipo s ou p;
• grupos B para os elementos de transição, de IB até VIIIB, cujo subnível de
maior energia é do tipo d.
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Alguns grupos são conhecidos por nomes especiais, tais como:


• grupo 1: metais alcalinos;
• grupo 2: metais alcalinos terrosos;
• grupo 16: calcogênios;
• grupo 17: halogênios;
• grupo 18: gases nobres.
Os demais grupos são comumente reconhecidos pelo primeiro elemento da
coluna, como por exemplo, o grupo 14, chamado também de grupo do carbono.
• Períodos: são as filas horizontais da tabela periódica (linhas), enumeradas de 1
a 7, a partir da linha do hidrogênio. Note que os elementos das duas linhas
dispostas abaixo da tabela principal, os lantanídeos (ou terras-raras) e os
actinídeos, pertencem aos sexto e sétimo períodos, respectivamente. Estes
elementos são conhecidos como elementos de transição interna (subnível mais
energético do tipo f) e são assim dispostos por questão de praticidade e clareza.
O período em que um elemento está localizado indica o número de níveis de
energia (n) do elemento possui.
O hidrogênio, devido a suas propriedades particulares, distintas dos demais
elementos, é disposto isoladamente, não pertencendo a nenhum grupo, mas faz
parte do primeiro período juntamente com o hélio.

3.3 A periodicidade nas configurações eletrônicas

A organização da tabela periódica está intimamente relacionada com a


configuração eletrônica dos átomos. Cada período começa com um elemento que
tem um elétron de valência do tipo s. No primeiro período existem apenas dois
elementos, pois o orbital 1s comporta até 2 elétrons. O segundo período tem início
com o lítio, pois seu terceiro elétron é do tipo 2s. Como há um orbital 2s e 3 orbitais
2p, cada um capaz de acomodar dois elétrons, é possível colocar 8 elementos neste
período. O mesmo ocorre para o terceiro período com os orbitais 3s e 3p.
Como foi visto no capítulo anterior, o orbital 4s tem menor energia que os
orbitais 3d (fig. 2.31 e 2.32) e por este motivo, o quarto período inicia com o potássio
(4s1) e após o preenchimento do orbital 4s no cálcio, os orbitais vazios de menor
energia são os cinco orbitais 3d. Como os orbitais 3d podem acomodar 10 elétrons,
este período terá mais 10 elementos (metais de transição). Em seguida, o quarto
período pode ser completado com o preenchimento dos 3 orbitais 4p (mais 6
elementos).
No quinto período, os orbitais 5s, 4d e 5p são preenchidos em sequência. No
sexto período, após o preenchimento do orbital 6s e a entrada de um elétron nos
orbitais 5d, os 7 orbitais 4f são os próximos, em ordem de energia crescente,
possibilitando o encaixe de 14 elementos (lantanídeos) antes do preenchimento do
próximo orbital 5d. Os orbitais 5d preenchidos são sucedidos pelos 6 elementos
requeridos pelos 3 orbitais 6p.
O sétimo período começa com o preenchimento do orbital 7s; em seguida, um
elétron é adicionado a um dos orbitais 6d. Os próximos elétrons vão para os orbitais
5f, cujos 14 elementos formam a série dos actinídeos, grupo de elementos com
propriedades e estruturas eletrônicas semelhantes aos dos lantanídeos.
Os átomos de um mesmo grupo (coluna) da tabela periódica apresentam os
elétrons de valência com a mesma configuração e por isso são quimicamente
semelhantes. Por outro lado, sempre que existir uma semelhança entre as
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propriedades químicas dos elementos de um mesmo período, tais como entre os


lantanídeos ou entre os metais de transição, os elementos quimicamente
semelhantes diferem somente no número de elétrons encontrados num tipo
particular de orbital, por exemplo, 4f ou 3d.

Figura 3.2 - Tabela periódica com a separação em blocos s, p, d e f.


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Tabela 3.1 - Configuração eletrônica dos elementos.


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3.4 A periodicidade nas propriedades atômicas

As propriedades químicas e físicas de um elemento são determinadas pelo


número atômico e pelo número e disposição dos elétrons existentes nos orbitais.
Condutividade elétrica, estrutura cristalina, energia de ionização, afinidade eletrônica
são exemplos de propriedades que estão relacionadas com o comportamento
químico geral dos elementos.
Uma grande vantagem de uma disposição de elementos conforme a atual
estrutura da tabela periódica é a facilidade de se estudar inicialmente as
propriedades de um grupo de elementos e não as propriedades de todos os
elementos isoladamente.

3.4.1 Tamanho do átomo

Esta é uma propriedade difícil de se determinar, pois a probabilidade de se


encontrar um elétron ainda a uma distância muito grande (tendendo ao infinito) do
núcleo nunca é igual a zero, de modo que a distância “limite” do átomo é arbitrária. A
distribuição da probabilidade eletrônica é afetada pelo que há ao redor do núcleo.
Tabelas proporcionam uma comparação dos tamanhos relativos, geralmente obtidos
da divisão exata da distância observada entre centros de átomos idênticos
adjacentes. A dedução é feita da seguinte maneira: primeiramente, numa molécula
de H2 a distância de ligação (distância entre os núcleos dos dois átomos ligantes) é
o o
de 0,740 A , assim o raio de um único átomo de hidrogênio é igual a 0,370 A . No
o
diamante, a distância entre átomos de carbono é de 1,54 A , logo o raio de um único
o
carbono é 0,77 A . Finalmente, no metano (CH4), se os raios dos átomos de carbono
e hidrogênio fossem fixos, conforme mensurados anteriormente, a distância de
o o o o
ligação C-H seria 1,14 A (0,370 A + 0,77 A ) mas na verdade é 1,10 A .
A dificuldade em determinar as medidas experimentais dos tamanhos
atômicos deve-se, portanto, não à técnica de mensuração, mas sim à interpretação
dos resultados, já que os raios efetivos dos átomos não são constantes. A
contribuição de cada átomo na distância de ligação total depende da natureza da
ligação, que por sua vez depende, em parte, das propriedades dos átomos.
Considerando então raios atômicos aproximados obtidos através de medidas
de distâncias interatômicas, pode-se observar que o tamanho do átomo varia
periodicamente dentro da tabela periódica, obedecendo a uma tendência geral de
aumentar de cima para baixo nos grupos e diminuir da esquerda para a direita nos
períodos, conforme fig. 3.3.
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Figura 3.3 - Representação esquemática dos raios atômicos dos elementos.

A explicação para a redução do raio atômico ao longo do segundo e terceiro


períodos é que, nestes períodos, os elétrons são adicionados na camada de
valência dos átomos e, com o aumento do número atômico, para cada elétron
adicionado, há também o acréscimo de um próton no núcleo, tornando a carga
nuclear maior. A força de atração eletrostática do núcleo sobre os elétrons é
proporcional à carga nuclear e, conforme esta carga aumenta, a atração sobre os
elétrons também aumenta, reduzindo o raio atômico.
O decréscimo moderado do raio atômico, observado no quarto, quinto e sexto
períodos, também é explicado pela configuração eletrônica de seus elementos. Os
elementos de transição, que são maioria nestes três períodos, são caracterizados
por receber elétrons não na camada de valência, mas sim na segunda camada mais
externa. Uma vez que os elétrons são colocados nos orbitais (n – 1)d, entre o núcleo
e a camada de valência n, eles protegem parcialmente os elétrons de valência da
força de atração exercida pelo núcleo. Este efeito de blindagem faz com que o raio
não decresça tão rapidamente ao longo dos períodos, nos trechos dos elementos de
transição.
No final da série dos elementos de transição, a subcamada (n – 1)d se
aproxima de sua população máxima, 10 elétrons, aumentando o efeito de
blindagem; conseqüentemente, as repulsões interatômicas entre a camada (n - 1)d e
a camada de valência compensam quase completamente o aumento na carga
nuclear, acarretando um menor aumento no tamanho do raio, principalmente nas
séries dos elementos de transição interna, onde a subcamada (n - 2)f, que é
preenchida ao longo do período, comporta um grande número de elétrons (14, no
máximo).
No grupo, o aumento de tamanho se explica, pois quanto maior o número de
camadas utilizadas, maior o tamanho. Se há aumento da carga nuclear, se esperaria
uma maior atração do núcleo, entretanto o número de elétrons por camada aumenta,
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causando o aumento na distância entre a camada de valência e o núcleo.


Consequentemente, o aumento do número de camadas internas de elétrons implica
no aumento do efeito de blindagem que compensa o aumento da carga nuclear,
resultando num aumento do raio atômico.
Existem, porém, lugares na tabela periódica onde o tamanho atômico não
varia significativamente no grupo. Analisando qualquer elemento de transição do
quarto período e um imediatamente abaixo, do quinto período, notamos apreciável
aumento do raio atômico. Do quinto para o sexto período, praticamente não há
alteração. Isso ocorre devido à contração lantanóidica. O zircônio (Z = 40) com um
o o
raio de 1,45 A é aproximadamente igual ao háfnio (Z = 72), de raio 1,44 A . Esta
contração corresponde à aparição de elétrons em orbitais 4f que se situam
profundamente dentro do átomo, onde os efeitos de aumento de carga nuclear e
população eletrônica se cancelam, ou seja, a blindagem da camada interna
compensa completamente o efeito de aumento da carga nuclear. Similaridade no
tamanho e na configuração eletrônica entre os elementos de transição do quinto e
sexto períodos conduz a semelhanças notáveis em propriedades químico-físicas. O
zircônio e o háfnio formam compostos químicos com fórmulas similares,
apresentam-se juntos nos minérios no estado natural e apresentam propriedades
semelhantes (ponto de fusão, ponto de ebulição, solubilidade, etc).

3.4.1.1 O raio iônico

Um caso interessante que devemos denotar em relação ao raio de um átomo


é a alteração no tamanho deste quando o átomo se transforma em um íon. O raio de
um íon é chamado raio iônico. Quando comparamos um átomo neutro com seu íon,
a carga efetiva do núcleo sobre os elétrons permanece constante, pois o número
atômico não se altera. Porém, como o número de elétrons em um íon é sempre
diferente do número de elétrons do átomo neutro, ocorrerá uma diferença no raio
atômico decorrente dessa situação. Por exemplo, um átomo de sódio, cuja
configuração é 1s22s22p63s1, quando perde seu elétron 3s, logicamente, perde
também a terceira camada, o que leva à redução do raio. Além disso, o menor
número de elétrons facilita a atração nuclear sobre a nuvem eletrônica, contribuindo
para a redução do raio. Podemos generalizar que um cátion é sempre menor do que
o átomo neutro que o originou.
Por outro lado, o cloro, por exemplo, cuja configuração é 1s22s22p5, quando
recebe um elétron, aumenta seu número de elétrons e, conseqüentemente, as
repulsões intereletrônicas na camada 2p. Isso contribui para uma expansão da
nuvem eletrônica, que aumenta o raio iônico. Portanto, um ânion é sempre maior do
que o átomo neutro que o originou. É importante ressaltar que só se deve fazer
comparações entre íons isoeletrônicos ou entre um íon e seu átomo neutro. Outras
comparações não teriam sentido.

3.4.1.2 Raio covalente e raio de Van der Waals

Além do raio atômico e do raio iônico, podemos ainda falar em raio covalente
e raio de Van der Waals. O raio atômico corresponde ao raio do átomo em seu
estado neutro, ou seja, sem se combinar; o raio iônico corresponde ao raio de um
íon, ou seja, do átomo que forma uma ligação iônica; logicamente, o raio covalente
corresponde ao raio de um átomo que forma uma ligação covalente. O raio
covalente é menor que o raio iônico, devido ao fato de o átomo não receber elétrons,
70

mas compartilhar, fazendo com que a expansão da nuvem eletrônica seja menos
intensa, já que o elétron não pertence somente a um átomo.
Para exemplificar o conceito de raio de Van der Waals vamos imaginar uma
substância diatômica no estado sólido. Nesse estado, as moléculas “encostam-se”
umas às outras. Podemos esquematizar as moléculas desenhando átomos com
raios aparentes. Então, tem-se a impressão de que uma molécula está distanciada
uma da outra.

Figura 3.4 - Raio covalente e raio de Van der Waals.

O raio de Van der Waals, portanto, corresponde à metade da distância entre


os núcleos de dois átomos da substância que se encostam e pertencem a moléculas
diferentes. Trata-se de uma distância intermolecular.

3.4.2 Energia de ionização

Outra propriedade relacionada com a configuração eletrônica é a energia de


ionização. A energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um
elétron de um átomo no seu estado fundamental e corresponde à energia requerida
para a reação:
X 0 (g) → X + (g) + e −
A notação de estado gasoso (g) enfatiza a necessidade de que os átomos devem
estar isolados um em relação aos outros. Esta energia é também a energia de
ligação do último elétron a ser colocado no átomo.Uma vez o elétron completamente
removido, o átomo passa a ser um íon positivo (cátion), por isso o processo é dito
ionização. O elétron mais facilmente removível é aquele que possui maior energia
(último a ser distribuído segundo as regras de Hund), e está menos atraído pelo
núcleo.
A energia para remover este primeiro elétron mais externo é denomina
primeira energia de ionização. No caso de átomos com mais de um elétron
removível, diz-se que a energia para remover um segundo elétron é a segunda
energia de ionização, e assim por diante. A segunda energia de ionização é a
energia necessária, portanto para provocar o seguinte processo:
X + (g) → X 2+ (g) + e −
A energia de ionização, cuja unidade é dada geralmente em kJ/mol
(quilojoules por mol), também é uma propriedade periódica que varia com o número
atômico e em geral, quanto maior este for, maior é a carga nuclear do elemento,
maior é a atração dos elétrons pelo núcleo e mais difícil é a sua ionização. Portanto,
a energia de ionização tende a aumentar através do período. Alguns fatores que
influenciam a energia de ionização são:
• tamanho do átomo;
• carga do núcleo;
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• efeito de proteção das camadas internas;


• tipo de orbital em que se encontra o elétron;
• proximidade do elétron em relação ao núcleo.
A tendência da energia de ionização dentro de um período, para os elementos
representativos, é de aumentar da esquerda para a direita, pois uma grande atração
do núcleo sobre a eletrosfera leva a uma maior energia de ionização. A tendência
dentro do grupo é da energia de ionização diminuir de cima para baixo, pois, como o
tamanho do átomo aumenta neste sentido, os elétrons ficam mais distanciados do
núcleo e se torna mais fácil remove-los. Generalizando, quanto maior o tamanho do
átomo, menor será a primeira energia de ionização, tornando esta propriedade
inversamente proporcional ao tamanho atômico.

Figura 3.5 - Tendência da energia de ionização na tabela periódica.

3.4.3 Afinidade eletrônica

A afinidade eletrônica ou eletro-afinidade pode ser definida como a


quantidade de energia liberada no processo em que um átomo isolado, no seu
estado fundamental, recebe um elétron, formando um íon negativo (ânion), conforme
a reação:
X 0 (g) + e − → X − (g)
A liberação de energia mede o quão fortemente o elétron se liga ao átomo,
portanto quanto mais negativo o valor da afinidade eletrônica, maior é a tendência
do átomo em receber o elétron. Isso, porém, não impede que alguns elementos
tenham afinidade eletrônica positiva, o que indica uma baixíssima tendência de
receber elétrons e a necessidade de absorver energia para poder ganhar elétrons. A
eletronegatividade de X é igual à energia de ionização de X − .
As afinidades eletrônicas, em geral, têm valores menos negativos ao longo de
um grupo (descendo), porque a camada de valência está progressivamente mais
distante do núcleo e a blindagem das camadas internas é mais efetiva na
compensação do aumento da carga nuclear. Uma exceção a essa regra é que o
flúor é menos negativo que o cloro. Uma possível explicação para esse resultado
baseia-se no fato de que, o flúor, por ser o menor átomo do grupo dos halogênios,
não pode ter a força de repulsão inter-eletrônica na camada mais externa ignorada.
Para converter F0 em F-, o oitavo elétron estaria comprimido na camada n = 2, por
72

esta ser muito pequena e com isso, a repulsão entre elétrons seria relativamente
grande, reduzindo assim a afinidade eletrônica do flúor.
Os elementos do grupo dos halogênios são os átomos que possuem maior
afinidade eletrônica devido ao reduzido tamanho dos átomos, à carga nuclear efetiva
relativamente grande e à necessidade de apenas um elétron para alcançar a
configuração eletrônica de gases nobres (regra do octeto). Os gases nobres têm
valores nulos para a eletro-afinidade.

Figura 3.6 - Tendência da afinidade eletrônica na tabela periódica.

A afinidade eletrônica pode ser expressa em elétron-volts por átomo ou, no


SI, kJ/mol, assim como a energia de ionização.

3.4.4 Eletronegatividade, eletropositividade e reatividade

A eletronegatividade é definida como o grau de intensidade com que um


átomo atrai elétrons, capturando-os. A tendência relativa do comportamento
eletronegativo ou eletropositivo de um átomo pode ser quantificada, atribuindo a
cada elemento um número de eletronegatividade. Outra interpretação para
eletronegatividade refere-se às ligações covalentes. Numa ligação covalente, um par
(ou mais pares) de elétrons é compartilhado entre dois átomos. Isso significa que o
par é atraído simultaneamente para o núcleo de ambos os átomos, resultando numa
competição pelos elétrons. Essa atração é medida pela eletronegatividade, que aqui
pode ser definida como a tendência relativa de um átomo em atrair o par de elétrons
da ligação.
73

Figura 3.7 - Eletronegatividade dos elementos da tabela periódica.

A eletronegatividade tende a crescer da esquerda para a direita através de


um período na tabela periódica devido ao aumento da carga nuclear. Essa tendência
é geralmente uniforme entre os elementos representativos. Através de uma série de
transição, a eletronegatividade apresenta algumas irregularidades no crescimento da
esquerda para a direita, resultantes da variação do efeito de blindagem. Indo para
baixo num grupo, a eletronegatividade decresce à medida que a camada de valência
se torna mais afastada do núcleo e à medida que o efeito de blindagem compensa
amplamente o aumento da carga nuclear. Assim, os elementos com maior
eletronegatividade são os não-metais da tabela periódica, destacando-se o flúor, o
oxigênio e o nitrogênio. Os elementos mais eletropositivos, ou seja, com as mais
baixas eletronegatividades são os metais, particularmente os que se encontram na
parte inferior esquerda da tabela periódica.

Figura 3.8 - Tendência da eletronegatividade na tabela periódica.

Segundo a primeira definição de eletronegatividade, que seria a capacidade


de um átomo em atrair elétrons e, portanto, tornar-se um íon negativo (ânion),
podemos então definir eletropositividade como a capacidade de um átomo em
perder elétrons, originando cátions. Como os metais são os elementos que
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apresentam maior tendência em perder elétrons, a eletropositividade também pode


ser denominada de caráter metálico. A perda de elétrons em reações químicas é
uma característica dos elementos metálicos.

Figura 3.9 - Tendência da eletropositividade na tabela periódica.

O número de elétrons perdidos por um átomo eletropositivo e de elétrons


recebidos por um átomo eletronegativo é indicado pelo número de oxidação do
elemento, que é, respectivamente positivo e negativo. O número de oxidação indica
a reatividade de um elemento e a forma como ele irá reagir, pela indicação de sua
maior ou menor facilidade em ganhar ou perder elétrons. Alguns elementos da
tabela periódica podem se comportar de forma eletronegativa ou eletropositiva, o
que depende da reação química em que estão envolvidos. Os gases nobres, devido
a sua configuração eletrônica, são mais estáveis e menos reativos que outros
elementos.
75

Figura 3.10 - Número de oxidação dos elementos.

Na fig.3.11, podemos observar, através das indicações das setas, que o


elemento mais reativo entre os metais é o frâncio (elemento mais eletropositivo da
tabela) e, entre os não-metais, o mais reativo é o flúor (elemento mais eletronegativo
da tabela).
76

Figura 3.11 - Tendência da reatividade na tabela periódica.

3.4.5 Densidade

A densidade dos elementos é uma propriedade física que apresenta


periodicidade dentro da disposição da tabela periódica, embora as variações de
densidade não sejam muito regulares, pois diferentes características estruturais
influenciam na densidade da substância. Num período, a densidade aumenta das
extremidades para o centro. Nos grupos, ela aumenta de cima para baixo. A fig. 3.12
ilustra esquematicamente essas tendências da densidade, considerando que os
valores de densidade foram obtidos a temperatura de 25º C e pressão de 1 atm.
Nestas condições, o elemento mais denso da tabela periódica é o ósmio (Z = 76).

Figura 3.12 - Tendência da densidade na tabela periódica.

3.4.6 Ponto de fusão e ponto de ebulição

O ponto de fusão é a temperatura na qual uma substância passa do estado


sólido para o estado líquido. O ponto de ebulição é a temperatura na qual uma
substância para do estado líquido para o estado gasoso. Nos grupos IA, IIA, IIB, IIIB
77

e IVA, os elementos de maior ponto de fusão e ponto de ebulição estão situados na


parte superior da tabela. Nos demais grupos, os elementos com maiores pontos de
fusão e ebulição estão posicionados na parte inferior da tabela periódica. Nos
períodos, de maneira geral, os pontos de fusão e ebulição crescem das
extremidades para o centro da tabela. O elemento que apresenta maior ponto de
fusão é o tungstênio (Z = 74).

Figura 3.13 - Tendência dos pontos de fusão e ebulição na tabela periódica.

3.5 Os blocos da tabela periódica e seus grupos

A tabela periódica, da forma como está disposta, possibilita a classificação


dos elementos em blocos s, p, d e f (fig. 3.2), de acordo com as similaridades de
suas configuração eletrônica. Dentro desses blocos, encontramos os elementos
divididos em grupos, nos quais as características comuns entre os elementos de um
bloco estreitam-se ainda mais.

3.5.1 O hidrogênio

O hidrogênio por apresentar características únicas, é posicionado fora de


qualquer grupo da tabela periódica, apenas dividindo o primeiro período com o hélio.
Ele possui a estrutura atômica mais simples entre todos os elementos, apresentando
seu único elétron uma configuração eletrônica 1s1. O hidrogênio é bastante reativo,
podendo alcançar a estabilidade formando ligações covalentes com outros átomos,
perdendo seu elétron para formar H+ ou ainda adquirindo um elétron para formar H-.
Embora sua configuração eletrônica assemelhe-se à dos elementos do grupo 1 ou
metais alcalinos, que possuem um elétron no nível mais externo, o hidrogênio tem
maior tendência a compartilhar este elétron do que perde-lo, como ocorre com os
metais alcalinos ao reagirem.
O hidrogênio é um dos elementos mais abundantes do planeta, apesar da
quantidade de H2 na atmosfera terrestre ser muito pequena. Ele é encontrado na
crosta terrestre, nas águas dos oceanos, nos compostos como água, combustíveis
fosseis, amônia, ácidos, carboidratos e proteínas. Na verdade, o hidrogênio é o
elemento que mais forma compostos.
78

3.5.2 Elementos do bloco s

3.5.2.1 Grupo 1: metais alcalinos

Elemento Símbolo
Lítio Li
Sódio Na
Potássio K
Rubídio Rb
Césio Cs
Frâncio Fr
Tabela 3.2 - Elementos do grupo 1 e seus símbolos.

Os elementos aqui formam um grupo bastante homogêneo. Todos os


elementos desse grupo são metais, são excelentes condutores de eletricidade,
moles e altamente reativos. As propriedades químicas e físicas estão intimamente
relacionadas com sua estrutura eletrônica e seu tamanho. Geralmente formam
compostos univalentes, iônicos e incolores.
Todos os elementos desse grupo possuem um elétron de valência na camada
mais externa. Esse elétron é fracamente ligado ao núcleo por encontra-se bastante
afastado dele, podendo ser removido facilmente. Os demais elétrons, por estarem
mais próximos ao núcleo, são mais firmemente ligados e removidos com dificuldade.
Os elementos do grupo 1 são os maiores nos seus respectivos períodos mas
quando perdem o elétron mais externo na formação de íons positivos, o tamanho
diminui consideravelmente. Essa redução acontece porque uma camada eletrônica
inteira foi removida e como com a perda do elétron a carga positiva do núcleo ficou
maior que a soma da carga negativa dos elétrons, há uma maior atração do núcleo
sobre os elétrons remanescentes. Como os átomos são grandes, esses elementos
apresentam densidades muito baixas.
Como os átomos desse grupo são grandes e o elétron mais externo é
fracamente atraído pelo núcleo, as primeiras energias de ionização desses átomos
são muito menores que de elementos de outros grupos da tabela periódica. No
grupo, como os átomos são cada vez maiores (sentido descendente), as energias de
ionização diminuem. Já a segunda energia de ionização desses elementos é
extremamente elevada em comparação com a primeira energia devido a maior
atração eletrostática entre o núcleo e esse segundo elétron. Em condições normais,
o segundo elétron nunca é removido, pois seria necessária uma energia maior que a
energia para ionizar um gás nobre. Os elementos desse grupo formam íons X+.
Os valores de eletronegatividade dos elementos do grupo 1 são os menores
da tabela periódica. Com isso, ao reagirem com outros elementos, verifica-se uma
grande diferença de eletronegatividade entre o metal alcalino e o outro elemento, o
que caracteriza a formação de uma ligação predominantemente iônica.
As baixas energias de coesão acarretam as baixíssimas temperaturas de
fusão e de ebulição dos elementos desse grupo. Os pontos de fusão no grupo
variam entre 181ºC (Li) e 28,5ºC (Cs) enquanto que as temperaturas de fusão de
metais de transição geralmente são superiores a 1000ºC. Como a energia de coesão
diminui de cima para baixo no grupo, os pontos de fusão e de ebulição acompanham
a mesma tendência.
79

Be Mg Ca Sr Ba Ra
P. F. (ºC) 1287 649 839 768 727 700
P. E. (ºC) 2500 1105 1494 1381 1850 1700
Tabela 3.3 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 1.

Apesar de sua grande semelhança química, os elementos alcalinos não


ocorrem juntos, principalmente por causa dos diferentes tamanhos de seus íons. O
lítio é encontrado na crosta terrestre sob a forma de silicatos e fosfatos, sendo os
seus principais minerais o espodumênio, a ambligonita, a lepidolita e a petalita. O
sódio é o 4º elemento mais abundante na Terra, compondo aproximadamente 2,6%
da crosta terrestre, ele se apresenta na forma de minerais e na água do mar. A halita
(NaCl), também conhecida como salgema ou o "sal comum", é seu mineral mais
comum. É encontrada em depósitos subterrâneos e dissolvida nos mares, oceanos e
fontes de água salgada. O potássio ocorre na natureza na forma combinada como
silicatos de potássio, em depósitos de sais solúveis de potássio e nas águas dos
oceanos. O rubídio é um elemento raro e ocorre quase sempre com o césio, como
traços de óxido de rubídio em diversos minerais, tais como a leucita, o espodumênio,
a carnalita e a lepidolita. Uma das principais fontes de césio está localizada no lago
Bernic em Manitoba com 300.000 toneladas de polucita, com 20% de césio.
Também ocorre como traço na lepidolita. É um elemento instável que ocorre em
quantidades traço nas rochas. Existem menos de 30g de frâncio em toda a crosta
terrestre. O frâncio é encontrado em minérios de urânio (U) e tório (Th).

3.5.2.2 Grupo 2: metais alcalinos terrosos

Elemento Símbolo
Berílio Be
Magnésio Mg
Cálcio Ca
Estrôncio Sr
Bário Ba
Rádio Ra
Tabela 3.4 - Elementos do grupo 2 e seus símbolos.

Os elementos do grupo 2 apresentam tendências similares às apresentadas


pelo grupo 1 quanto a suas propriedades. Esses elementos formam uma série bem
comportada de metais altamente reativos, embora menos reativos que os metais
alcalinos. Geralmente são divalentes, formando compostos iônicos incolores. Os
elementos desse grupo possuem dois elétrons s no nível eletrônico mais externo.
Seus átomos são grandes, mas menores que os átomos dos elementos o grupo 1 no
mesmo período. Isso ocorre porque a carga adicional do núcleo faz com que este
atraia mais fortemente os elétrons. Os íons são relativamente grandes, mas menores
que dos elementos do grupo 1, uma vez que na remoção dos dois elétrons de
valência, o núcleo fica com uma carga efetiva maior que nos íons dos metais
alcalinos. Os elementos do grupo 2 apresentam densidades maiores que os do
grupo 1.
Os metais do grupo 2 têm cor branca prateada. Por apresentarem dois
elétrons que podem participar de ligações metálicas, eles são mais duros, suas
energias de ligação são maiores e seus pontos de fusão e de ebulição são mais
80

elevados que os metais do grupo 1, a possuem apenas um elétron. Em relação aos


demais metais, são considerados moles. Os pontos de fusão variam de forma
irregular devido às diferentes estruturas cristalinas assumidas por esses metais.

Li Na K Rb Cs
P. F. (ºC) 181 98 63 39 28,5
P. E. (ºC) 1347 881 766 688 705
Tabela 3.5 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 2.

Excetuando o berílio, cujos compostos são tipicamente covalentes, os


compostos formados por esses metais são predominantemente iônicos. Por serem
menores os átomos dos elementos do grupo 2, seus elétrons estão mais fortemente
ligados do que nos elementos do grupo 1, acarretando uma primeira energia de
ionização maior para a formação de X+. Depois de removido um elétron, a atração
entre o núcleo e os elétrons remanescentes torna-se ainda maior e com isso, a
energia necessária para a remoção do segundo elétron para formar íons X2+ é quase
o dobro da requeria para a remoção do primeiro.
Os valores de eletronegatividade dos elementos do grupo 2 são baixos, mas
maiores que dos correspondentes elementos do grupo 1. A eletronegatividade do
berílio é a maior do grupo.
O berílio não é muito comum por não ser abundante e por sua difícil extração.
Pode ser encontrado na natureza sob a forma de minerais, como o berilo e a
fenacita. O magnésio é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre. Não
ocorre livre na natureza, mas só na forma combinada em grandes depósitos
minerais, como a magnesita, a dolomita e a carnalita. Pequenas quantidades de
magnésio estão presentes na maioria dos organismos vivos. O cálcio é o quinto
elemento mais abundante na crosta terrestre, não ocorre livre na natureza, mas na
forma combinada em diversos minerais, como a gipsita, a anidrita, a fluorita, a
apatita, a dolomita e o calcáreo. O estrôncio não ocorre livre na natureza, apenas em
forma combinada em vários minerais, sendo os principais a estroncianita e a
celestita. O bário não ocorre livre na natureza, apenas em forma combinada em
vários minerais, sendo os principais a barita e a witherita. O rádio é o sexto elemento
mais raro na natureza. Ocorre em todos os minérios de urânio (U), como a
pitchblenda (U3O8). Pode ser extraído nos resíduos do processamento do urânio.
Grandes depósitos de urânio estão localizados no Novo México, em Ontário, em
Utah e na Austrália.

3.5.3 Elementos do bloco p

3.5.3.1 Grupo 13: grupo do boro

Elemento Símbolo
Boro B
Alumínio Al
Gálio Ga
Índio In
Tálio Tl
Ununtrio Uut
Tabela 3.6 - Elementos do grupo 13 e seus símbolos.
81

O boro é um não-metal e forma sempre ligações covalentes, normalmente


são três, utilizando orbitais híbridos sp2, com ângulos de 120º entre si. Os outros
elementos do grupo formam compostos trivalentes, sendo mais metálicos e iônicos
que o boro. São metais moderadamente reativos. Seus compostos estão no limite
entre aqueles com caráter iônico e covalente.
Os raios atômicos não aumentam regularmente de cima para baixo dentro do
grupo. Deve-se considerar que os raios no boro e no gálio são estimados, como
sendo a metade da distância de aproximação. Os raios iônicos de X3+ aumentam de
cima para baixo dentro do grupo.
Os pontos de fusão dos elementos do grupo 13 não podem ser comparados
entre si devido às diferentes estruturas cristalinas apresentadas no grupo. A
estrutura incomum do boro faz com que ele apresente um ponto de fusão muito
elevado. A estrutura do gálio, também pouco comum, faz com que ele tenha uma
temperatura de fusão incrivelmente baixa. Outra característica do gálio, é que ao
passar do estado líquido para o sólido, ao invés de se contrair, ele se expande. Os
demais elementos apresentam estruturas metálicas de empacotamento compacto.

B Al Ga In Tl
P. F. (ºC) 2180 660 30 157 303
P. E. (ºC) 3650 2467 2403 2080 1457
Tabela 3.7 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 13.

A natureza eletropositiva desses elementos cresce do boro para o alumínio,


segundo a tendência normal associada ao aumento de tamanho, e a seguir
decresce do alumínio para o tálio. Os três últimos elementos desse grupo têm
menor tendência em perder elétrons por causa da blindagem ineficiente
proporcionada pelos elétrons d.
Os valores das energias de ionização não decrescem regularmente dentro do
grupo. O decréscimo do boro para o alumínio corresponde ao comportamento
esperado descendo-se pelo grupo, associado ao aumento de tamanho. A blindagem
ineficiente oferecida pelos elétrons d influenciam os valores dos demais elementos
do grupo.
O boro não é encontrado livre na natureza, mas em jazidas relacionadas a
atividades vulcânicas, sob a forma de boratos de cálcio, sódio e magnésio. Cerca de
90% da produção mundial de borato provêm das jazidas da Califórnia (USA). Na
América do Sul, os boratos são encontrados em áreas desérticas do Peru, Chile,
Bolívia e Argentina. Seus minerais são o bórax, a kermita, a ulexita, a boracita, a
sassolita e a priceita. O Alumínio não é encontrado livre na natureza, apenas na
forma combinada. Seu principal mineral é a bauxita ou óxido de alumínio. O alumínio
brasileiro tem grande importância no comércio mundial. Nossas reservas
correspondem a 17% das mundiais, só perdendo em tamanho para as da Austrália e
da África Equatorial. O gálio é encontrado como elemento traço em minérios de
zinco, de manganês, alumínio e ferro; é um elemento muito escasso na crosta
terrestre. Pode ser obtido como subproduto da extração do zinco no minério de zinco
ou da extração do ferro no minério de ferro como a pirita, FeS. O índio é encontrado
em quantidades traço em minérios de ferro, chumbo e cobre. O Tálio ocorre na
crosta terrestre combinado em minerais como nos seguintes: crooksita, lorandita e
hutchinsonita. O ununtrio é um elemento artificial, que não ocorre na crosta terrestre.
82

3.5.3.2 Grupo 14: grupo do carbono

Elemento Símbolo
Carbono C
Silício Si
Germânio Ge
Estanho Sn
Chumbo Pb
Ununquadio Uuq
Tabela 3.8 - Elementos do grupo 14 e seus símbolos.

Todos os elementos desse grupo possuem quatro elétrons na última camada.


O carbono difere-se do restante do grupo por causa do seu menor tamanho e maior
eletronegatividade, o que acarreta maior energia de ionização. Ele é mais covalente
que metálico. Os compostos de carbono podem apresentar número de coordenação
de 3 a 8 e o carbono é o único do grupo que forma ligações múltiplas pπ-pπ. O
carbono apresenta uma acentuada capacidade de formar cadeias, pois as ligações
C – C são fortes, o que não ocorre com os outros elementos do grupo.
Com relação à estrutura, o carbono pode existir em diversas formas
alotrópicas. O silício, o germânio e o estanho adotam uma estrutura semelhante a do
diamante, sendo que o estanho pode tem forma metálica. O chumbo só existe na
forma metálica.
O tamanho dos átomos aumenta de cima para baixo no grupo. As energias de
ionização decrescem do carbono para o silício e a seguir variam de forma irregular
devido ao efeito dos níveis d e f preenchidos. A energia necessária para formar íons
X4+ é muito elevada.
O carbono apresenta ponto de fusão muito elevado. O silício e o germânio já
têm temperaturas de fusão consideravelmente menores, embora também elevadas.
Isso provem das fortes ligações covalentes em seus retículos, que são similares ao
do diamante. Os pontos de fusão do estanho e do chumbo são bem menores por
serem metálicos. O ponto de fusão decresce no grupo de cima para baixo. O
germânio possui uma característica pouco comum que é de se expandir ao passar
do estado líquido para o sólido.

C Si Ge Sn Pb
P. F. (ºC) 4100 1420 945 232 327
P. E. (ºC) 3280 2850 2623 1751
Tabela 3.9 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 14.

Nesse grupo é possível observar a transição do caráter metálico: de cima


para baixo tem-se o carbono e o silício que são não-metais, o germânio apresenta
algum caráter metálico e o estanho e o chumbo são metais. Esse aumento do
caráter metálico no grupo acarreta o aumento da maleabilidade, da condutividade
elétrica a da tendência de se formarem íons X2+.
O carbono é onipresente na natureza, sendo constituinte essencial de toda a
matéria viva. O carbono ocorre em grandes quantidades combinado ao carvão,
petróleo e a rochas calcárias. , como a calcita, a magnesita e a dolomita. Em sua
forma nativa, tem-se o diamante e a grafite. O diamante é encontrado em reservas
na África, Rússia, Índia, Indonésia, Venezuela, e Brasil. A grafite é extraída na
83

Rússia, Alemanha, Áustria, México, Ceilão e Brasil. O silício é o segundo elemento


mais abundante na crosta terrestre, e ocorre em grande variedade de silicatos (água
marinha, esmeralda, turmalina e topázio) e minerais de silício (ametista, cristal de
rocha, citrino, quartzo rosa, quartzo rutilo, quartzo azul, prásio, ágata, crisoprásio e
opalas). O germânio é obtido comercialmente do resíduo do processo de extração
do minério de zinco e como subproduto da combustão de alguns tipos de carvão. O
estanho ocorre na natureza na forma combinada com minerais, sendo o seu
principal minério a cassiterita (SnO2). Os maiores produtores mundiais são: Bolívia,
Indonésia, Zaire, Tailândia e Nigéria. O chumbo ocorre livre na natureza, mas é um
elemento raro. Ele é obtido principalmente da galena (PbS), o principal minério de
chumbo, que ocorre bem próxima ao solo. Ocorre também numa variedade de
minerais: anglesita, cerusita, crocoíta. As reservas mundiais de chumbo estão
distribuídas pelos seguintes países: Austrália, Rússia, Estados Unidos, México,
Canadá, eru e Marrocos. O ununquadio é um elemento artificial, que não ocorre na
crosta terrestre.

3.5.3.3 Grupo 15: grupo do nitrogênio

Elemento Símbolo
Nitrogênio N
Fósforo P
Arsênio As
Antimônio Sb
Bismuto Bi
Unumpentio Uup
Tabela 3.10 - Elementos do grupo 15 e seus símbolos.

Os átomos de todos os elementos do grupo 15 apresentam cinco elétrons na


camada de valência.
O nitrogênio é encontrado na forma de molécula N2, um gás incolor, inodoro,
insípido, cuja ligação tripla entre átomos de nitrogênio, torna-o muito estável. O
nitrogênio difere-se dos demais elementos do grupo, que são sólidos e possuem
várias formas alotrópicas.
O fósforo pode ser encontrado na fora de fósforo branco, que é sólido à
temperatura ambiente, mole, tóxico, bastante reativo, cuja forma da molécula P4 é
tetraédrica. Reage com o ar úmido e a 35ºC inflama-se espontaneamente. Se o
fósforo branco for aquecido a 250ºC, forma-se o fósforo vermelho, que é um sólido
polimérico, bem menos reativo, estável ao ar e só sofre ignição a 400ºC. Se o
fósforo branco for aquecido a pressões elevadas, obtém-se o fósforo preto, que é
altamente polimerizado e ainda mais estável.
O arsênio, o antimônio e o bismuto são sólidos e se apresentam em várias
formas alotrópicas. O bismuto, assim como o germânio e o gálio, expande-se ao
passar de líquido para sólido.

N2 P4 As Sb Bi
P. F. (ºC) -210 44 816 631 271
P. E. (ºC) -195,8 281 615 1587 1564
Tabela 3.11 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 15.
84

O caráter metálico no grupo segue a tendência geral aumentando de cima


para baixo no grupo. Assim, nitrogênio e fósforo são não-metais, arsênio e antimônio
são metalóides e o bismuto é um metal.
O nitrogênio é o gás mais abundante da atmosfera, compondo 78,03% do ar.
Ocorre em proporções muito menores em alguns minerais, sendo o mais relevante o
nitrato de sódio (NaNO3), também chamado de “salitre do Chile”, encontrado em
reservas expressivas no norte do Chile. O fósforo não é encontrado livre na
natureza. As mais importantes fontes do elemento são as diversas variedades de
rochas fosfatadas, encontradas na crosta terrestre. O seu principal mineral a apatita.
O maior depósito de apatita do mundo está localizado na península de Kola, próximo
a Kirovsky, na Rússia. A arsenopirita (FeAsS), é o mineral mais comum do arsênio.
Ela ocorre em minérios de estanho e tungstênio nos depósitos de alta temperatura;
associado com os minérios de prata e cobre, galena (PbS), esfarelita (ZnS), pirita
(FeS2) e calcopirita (CuFeS2). As reservas de arsenopirita estão espalhadas pela
crosta terrestre; as principais estão na Inglaterra, na Bolívia e nos Estados Unidos.
Antimônio elementar ocorre raramente na natureza, mas existem inúmeros minérios
contendo antimônio, embora poucos sejam utilizados comercialmente. A estibinita é
o mais importante minério de antimônio. O bismuto é um elemento raro, e não ocorre
em abundância na natureza. O bismuto elementar ocorre em veios de rochas
cristalinas e gnaisse (rocha metamórfica). Ele esta normalmente associado a
minérios de vários metais (Ag, Co, Pb, Zn e Sn). O principal mineral é a bismutinita e
quase sempre ocorre associado ao bismuto nativo. Os maiores produtores são o
Peru, Bolívia, México, Estados Unidos e Canadá. O unumpentio é um elemento
artificial, que não ocorre na crosta terrestre.

3.5.3.4 Grupo 16: calcogênios

Elemento Símbolo
Oxigênio O
Enxofre S
Selênio Se
Telúrio Te
Polônio Po
Ununhexio Uuh
Tabela 3.12 - Elementos do grupo 16 e seus símbolos.

Os elementos desse grupo, além de fazerem parte de vários minérios


compõem muitos produtos químicos que são economicamente importantes.
Descendo-se no grupo, verifica-se a tendência normal de aumento do caráter
metálico. Os quatro primeiro elementos são não-metais, o selênio e o telúrio
apresentam um menor caráter não-metálico e o polônio é caracteristicamente um
metal. Este último é um elemento radioativo, com tempo de vida curto.
O oxigênio apresenta algumas diferenças em relação aos demais elementos
do grupo devido ao seu menor tamanho e maior eletronegatividade (é o segundo
elementos mais eletronegativo da tabela). O enxofre possui a maior tendência de
formar cadeias do grupo. Além disso, forma uma extensa e incomum variedade de
compostos com o nitrogênio. Todos os compostos de selênio, telúrio e polônio são
potencialmente tóxicos e devem ser manuseados com cuidado.
85

Os elementos desse grupo têm configuração eletrônica s2p4 e podem atingir a


configuração de gás nobre recebendo dois elétrons (X2-) ou formando duas ligações
covalentes. Todos os elementos do grupo, com exceção do telúrio, são polimórficos,
ou seja, podem ser encontrados em diferentes formas alotrópicas. As temperaturas
de fusão e de ebulição variam conforme mostra a tabela 3.13.

O S Se Te Po
P. F. (ºC) -229 114 221 452 254
P. E. (ºC) -183 445 685 1087 962
Tabela 3.13 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 16.

O oxigênio gasoso forma cerca de 21%, em volume, da atmosfera terrestre.


Considerando os seus de compostos, está presente em 49% das moléculas da
crosta terrestre. É obtido comercialmente por processos de separação do ar. O
enxofre é encontrado livre na natureza, nos meteoritos e na forma de compostos
como a pirita, a esfalerita, a calcopirita, a galena, o gipso, a anidrida e a barita. O
enxofre e seus componentes ocorrem em regiões de rochas vulcânicas e nas de
rochas sedimentares. O enxofre vulcânico explorado no Japão e nos países andinos
tem importância relevante na produção mundial. Nos Estados Unidos, estão as
maiores reservas mundiais, nas formações terciárias à borda do Golfo do México. O
Selênio ocorre em quantidades traço na pirita (FeS2) e outros sulfetos de metais
pesados. É um elemento relativamente raro, representando 0,09% ppm (partes por
milhão) da crosta terrestre. Os dois maiores produtores mundiais de pirita são o
Japão e os Estados Unidos. O telúrio ocorre ocasionalmente na forma nativa. É
geralmente encontrado na calaverita (AuTe2). Comercialmente, é obtido dos
resíduos produzidos do refino eletrolítico do cobre. Os Estados Unidos, Canadá,
Peru e Japão são os maiores produtores do elemento. Quanto ao polônio, não foram
detectados indícios da presença do elemento na crosta terrestre. O polônio é um
produto do decaimento radioativo. Atualmente, obtém-se polônio artificialmente pela
irradiação do bismuto com nêutrons, em um reator nuclear. O ununhexio é um
elemento artificial, que não ocorre na crosta terrestre.

3.5.3.5 Grupo 17: halogênios

Elemento Símbolo
Flúor F
Cloro Cl
Bromo Br
Índio I
Astato At
Ununseptio Uus
Tabela 3.14 - Elementos do grupo 17 e seus símbolos.

Os elementos desse grupo são muito reativos, reagindo com não-metais e


formando sais com os metais. O flúor é o elemento mais reativo da tabela periódica.
Todos do grupo apresentam configuração eletrônica s2p5, ou seja, com apenas um
elétron a menos da configuração do gás nobre mais próximo. Os elementos do
grupo buscam completar o octeto adquirindo um elétron de um metal, formando íons
86

X- através de ligações iônicas, ou compartilhando um elétron com um não-metal


através de ligações covalentes.
Os halogênios existem como moléculas diatômicas e são coloridos. Suas
características são bem similares no grupo, excetuando as do flúor, por este ser
menor e não ter orbitais d de baixa energia para a realização de ligações. Os
halogênios atuam como agentes oxidantes (recebem elétrons). O flúor é um agente
oxidante muito forte e, por seu pequeno tamanho, faz com que os elementos aos
quais está ligado alcancem estados de oxidação bem elevados. Com relação ao
estado de oxidação dos halogênios, eles podem existir em estados elevados (+1, +3,
+4, +5, +6 e até +7), sendo o mais comum o -1. O flúor existe apenas como F-.
Os elementos do grupo 17 são muito reativos, reagindo com a maioria dos
elementos. A reatividade decresce na ordem F>Cl>Br>I. O flúor é o elemento mais
reativo da tabela periódica, reagindo com todos os elementos exceto com os gases
nobres mais leves (He, Ne e Ar). Sua grande reatividade deve-se à pequena energia
de dissociação da ligação F-F e à formação de ligações muito fortes, ambos os
fatores decorrentes do pequeno tamanho do átomo de flúor.
As energias de ionização no grupo tende a diminuir à medida que os átomos
aumentam de tamanho. Apresentam valores muito elevados o que reduz e
possibilidade da perda de elétrons e a formação de íons positivos. Os pontos de
fusão e de ebulição aumentam de cima para baixo no grupo.

F2 Cl2 Br2 I2
P. F. (ºC) -219 -101 -7 114
P. E. (ºC) -188 -34 60 185
Tabela 3.15 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 17.

Muitos são os produtos químicos halogenados de interesse econômico, como


por exemplo, HCl, HF, Cl2 e Br2. O flúor ocorre em muitos minerais na crosta
terrestre, como a fluorita, a fluorapatita e a criolita. O cloro não é encontrado livre na
natureza, somente na forma combinada, principalmente nos minerais arnalita, silvita
e halita. As principais fontes de bromo são: água do mar, salmouras naturais, e
como sub-produtos da recuperação dos sais de potássio em depósitos salinos. O
bromo é extraído das águas mães das salinas no Brasil e na França. Há extração
em lagos salgados nos Estados Unidos, Israel e também na Alemanha. O iodo
ocorre na natureza sob a forma de iodetos na água do mar, algas marinhas, em
salmouras associadas à alguns poços de petróleo, nos depósitos chilenos de nitrato
de sódio, sob a forma de iodato de sódio e periodato de sódio. Nos Estados Unidos
a produção de iodo provém da Califórnia; é produzido também na Indonésia, Itália e
Japão. Astato ocorre na forma de seus isótopos em minérios de urânio. Tem meia-
vida de 0,9 minutos e estima-se que esteja sempre presente onde há urânio, com
teor de 28 gramas de astato em toda a crosta terrestre. Não se tem registro de
astato em solo brasileiro. O ununseptio é um elemento artificial, que não ocorre na
crosta terrestre.
87

3.5.3.6 Grupo 18: gases nobres

Elemento Símbolo
Hélio He
Neônio Ne
Argônio Ar
Criptônio Kr
Xenônio Xe
Radônio Rn
Ununoctio Uuo
Tabela 3.16 - Elementos do grupo 18 e seus símbolos.

O nome de gases nobres atribuído aos elementos do grupo 18 deve-se a


tendência deles não serem reativos. A baixíssima reatividade desses elementos está
relacionada com suas configurações eletrônicas estáveis de dois elétrons 1s no hélio
e de oito elétrons na camada mais externa dos demais elementos do grupo,
completando um octeto. Os gases nobres apresentam uma afinidade eletrônica igual
a zero e suas energias de ionização são muito elevadas (as maiores da tabela
periódica).
Todos os elementos do grupo são gases monoatômicos, incolores e inodoros.
Seus pontos de fusão e de ebulição são extremamente baixos devidos às
fraquíssimas forças interatômicas. Os raios atômicos desses elementos são muito
pequenos e aumentam de cima para baixo no grupo. O hélio apresenta o ponto de
ebulição mais baixo de todas as substâncias conhecidas e só forma sólido sob
pressões elevadas. Ele forma duas fases líquidas distintas: o hélio I, que é um
líquido normal e o hélio II, que é um superfluído∗ cujas propriedades são diferentes
do hélio I.

He Ne Ar Kr Xe Rn
P. F. (ºC) -248,6 -189 -157,2 -108,1 -71
P. E. (ºC) -269 -246 -189,4 -153,6 -111,1 -62
Tabela 3.17 - Pontos de fusão e de ebulição dos elementos do grupo 18.

O hélio é o segundo elemento em abundância no universo. Está presente na


atmosfera terrestre, mas por sua leveza, escapa facilmente da atmosfera da terra,
onde sua concentração é pequena. Ele se apresenta na crosta terrestre, em fontes
de gás natural associadas a rochas e minerais, alguns radioativos: fergusonita,
monazita, torianita e clevita. O neônio é o quarto elemento mais abundante no
Universo e o quinto na atmosfera terrestre. Pode ser obtido do resíduo da separação
do oxigênio. O argônio não se combina com outros elementos químicos na natureza,
mas por ser um gás, está "misturado" com outros gases no ar. Estima-se que cerca
de 1,3% da atmosfera seja de argônio. Não se tem registro da ocorrência natural do
gás formando compostos ou incorporado a minerais. O criptônio está presente no ar
atmosférico com aproximadamente 1,0 ppm (parte por milhão). O xenônio é o gás


Uma substância é dita um superfluído quando não apresenta viscosidade. Isso ocorre com o hélio,
que se encontra no estado líquido a uma temperatura próxima de 0K, quando suas moléculas
movem-se como num líquido, pois as forças intemoleculares não são suficientemente fortes para
formar um sólido, mas o movimento térmico dos átomos praticamente cessou.
88

mais escasso na atmosfera terrestre. Apresenta concentração de 1 parte por 20


milhões. O radônio está sempre presente na atmosfera onde há depósitos minerais
de rádio, largamente distribuídos pela crosta terrestre. O gás é resultado do
decaimento natural do rádio (Ra) e do urânio (U), ocorre também em alguns tipos de
solos, onde a quantidade de radônio está diretamente relacionada à composição
química destes solos. O ununoctio é um elemento artificial, que não ocorre na crosta
terrestre.

3.5.4 Elementos do bloco d

Os elementos do bloco d são aqueles que possuem elétrons nos níveis


eletrônicos 3d, 4d ou 5d, pertencentes aos grupos 3 a 12 na tabela periódica,
localizados na porção central da tabela. Esses elementos são conhecidos por
elementos de transição, pois suas propriedades são intermediárias às propriedades
dos elementos do bloco s (grupos 1 e 2) e dos elementos do bloco p (grupos 13 a
18).
Nos blocos s e p, os elétrons vão sendo adicionados ao nível eletrônico mais
externo do átomo, enquanto que no bloco d, eles vão sendo adicionados ao
penúltimo nível, que vai se expandindo de 8 a 18 elétrons. Por possuírem o
penúltimo nível expandido, os elementos de transição têm muitas propriedades
físicas e químicas em comum. Todos os elementos do bloco d são metais, sendo,
portanto, bons condutores de calor e de eletricidade, duros, dúcteis e apresentando
o característico brilho metálico.
Os elementos de transição podem existir em diversos estados de oxidação,
que variam de uma em uma unidade. Esses estados podem ser relacionados às
estruturas eletrônicas dos elementos e sua variação é bem regular (tabela 3.18). As
únicas exceções a esta regularidade são o crômio e o cobre, nos quais um dos
elétrons s vai para o nível d devido à maior estabilidade deste orbital.

Grupo 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Configuração
d1s2 d2s2 d3s2 d5s1 d5s2 d6s2 d7s2 d8s2 d10s1 d10s2
eletrônica
I I
II II II II II II II II II II
Estados III III III III III III III III III
de IV IV IV IV IV IV IV
oxidação V V V V
VI VI VI
VII
Tabela 3.18 - Estados de oxidação dos elementos de transição.

O tamanho dos átomos dos elementos de transição decrescem da esquerda


para a direita ao longo de uma série, até próximo ao final, onde se observa um
pequeno aumento. Os átomos dos elementos do bloco d são menores que dos
elementos dos grupos 1 e 2 do mesmo período. Isso decorre da contração de
tamanho normal que ocorre ao longo dos períodos e porque os elétrons extras são
acomodados no penúltimo nível d e não no nível mais externo do átomo. Ao se
descer nos grupos dos elementos de transição, o tamanho dos átomos aumenta
devida à presença de camadas adicionais de elétrons.
89

Nos átomos dos elementos de transição, a blindagem ineficiente da carga


nuclear faz com que os elétrons sejam mais fortemente atraídos que nos átomos de
elementos dos grupos 1 e 2, apresentando volumes menores e densidades maiores
que estes. Dentro de um grupo, a densidade aumenta de cima para baixo. Os dois
elementos mais densos são o ósmio (22,57g/cm3) e o irídio (22,61g/cm3).
Os pontos de fusão e de ebulição dos elementos de transição são muito
elevados. Geralmente, esses elementos fundem acima de 900ºC, com exceção do
zinco (420ºC), do cádmio (321ºC) e do mercúrio (-38ºC), que é líquido a temperatura
ambiente.
Com relação a sua reatividade, os elementos do bloco d apresentam
propriedades intermediárias entre os elementos metálicos altamente reativos do
bloco s, que geralmente formam compostos iônicos, e os elementos do bloco p, que
geralmente formam compostos covalentes. Dependendo das condições, os metais
de transição podem formar ligações iônicas ou covalentes. Geralmente, os estados
de oxidação mais baixos formam compostos iônicos e os mais elevados compostos
covalentes. Os valores das energias de ionização dos metais de transição também
são intermediários entre aqueles dos blocos s e p.

3.5.4.1 Grupo 3: grupo do escândio

Elemento Símbolo
Escândio Sc
Ítrio Y
Lantânio La
Actínio Ac
Tabela 3.19 - Elementos do grupo 3 e seus símbolos.

O escândio é largamente distribuído na crosta terrestre, ocorrendo em


quantidade como traço em mais de 800 espécies de minerais. Atualmente, a
produção mundial de escândio é proveniente da recuperação da thortveitita, seu
principal minério, com 35 a 40 % de óxido de escândio (Sc2O3), ou extraído como
subproduto do urânio (U) obtendo-se 0,02% do óxido. O ítrio ocorre nos seguintes
minerais: xenotima, samarskita e gadolinita. Ocorre também na monazita - fosfato
amidro de terras raras, com teor de óxido de ítrio variando de 0 a 5%. Depósitos de
monazita (areia de praia) são encontrados nos Estados Unidos, Brasil, Índia,
Austrália e Madagascar. Os principais minérios de lantânio são a monazita e a
bastianita, ocorendo em 25% e 38%, respectivamente. A monazita (areia de praia)
pode ser encontrada nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, África, Espanha,
Rússia, África, Espanha, Índia e Brasil. O actínio ocorre na natureza sempre
associado aos elementos terras raras. É muito raro, somente 0,15 mg de actínio
ocorrem na pitchblenda (U3O8), por tonelada do mineral.
90

3.5.4.2 Grupo 4: grupo do titânio

Elemento Símbolo
Titânio Ti
Zircônio Zr
Háfnio Hf
Ruterfórdio Rf
Tabela 3.20 - Elementos do grupo 4 e seus símbolos.

O titânio ocorre na crosta terrestre na forma combinada com minerais. Suas


principais fontes são: a ilmenita, o rutilo e a titanomagnetita. Os maiores produtores
mundiais de titânio são os Estados Unidos, a Índia, Canadá e a Noruega. O zircônio
ocorre na litosfera, (compõe aproximadamente 0,2%) na forma de minérios. Os
principais são: zircão e baddeleyíta. Os principais produtores de minério de zircônio
são: Estados Unidos, Austrália e Brasil. O háfnio ocorre nos minerais de zircônio. O
ruterfórdio é um elemento artificial, que não ocorre na crosta terrestre.

3.5.4.3 Grupo 5: grupo do vanádio

Elemento Símbolo
Vanádio V
Nióbio Nb
Tântalo Ta
Dúbnio Db
Tabela 3.21 - Elementos do grupo 5 e seus símbolos.

O vanádio é encontrado na forma combinada em vários minerais; entre eles,


os principais são a vanadita, a carnolita, a roscoelita e a tyuyamunita. O elemento é
encontrado em meteoritos, nas plantas e nos animais. As principais reservas são
encontradas nos Estados Unidos (grande produtor e consumidor), Peru, Venezuela
e França. O nióbio é encontrado pelo mundo todo, na forma combinada, em
minerais. Grandes reservas são encontradas no Canadá, Brasil, Nigéria, Zaire,
Rússia e Austrália. Suas principais fontes são: niobita (columbita), columbita-
tantalita, pirocloro e euxenita. O tântalo ocorre combinado em minerais,
principalmente nos seguintes: columbita-tantalita e tantalita. As reservas mundiais
estão na América do Norte, África, Brasil e Austrália. O dúbnio é um elemento
artificial que não ocorre na crosta terrestre.

3.5.4.4 Grupo 6: grupo do crômio

Elemento Símbolo
Crômio Cr
Molibdênio Mo
Tungstênio W
Seabórgio Sg
Tabela 3.22 - Elementos do grupo 6 e seus símbolos.
91

O crômio não ocorre livre na natureza, mas somente na forma de seus


compostos. Ele é encontrado numa grande variedade de minerais na crosta
terrestre. Os dois minerais mais importantes do crômio são: a crocoíta (PbCrO4), que
é um mineral raro, encontrado nas zonas de oxidação dos depósitos de chumbo
(Pb). Ele não é suficientemente abundante para ser de valor comercial, sendo,
entretanto de interesse histórico, devido à descoberta do elemento cromo em sua
composição; e a cromita (FeCr2O4), é o principal minério de cromo. Os principais
produtores de minério de cromo são a Rússia, África, Filipinas e Turquia. A
molibidenita, minério de molibdênio, forma-se com um acessório em certos granitos
e pegmatitos. Comumente associada com a cassiterita, a scheelita e a fluorita.
Ocorre principalmente nos seguintes paises: Noruega, Suécia, Inglaterra, México,
China, Estados Unidos, Canadá e Rússia. O tungstênio é encontrado na natureza,
na forma combinada, nos seguintes minerais: a wolfranita, a sheelita, a nuebnerita e
a ferbita. Depósitos importantes do metal são encontrados nos Estados Unidos (na
Califórnia), Coréia, Bolívia, Rússia, Portugal e principalmente na China, que detém
75% das reservas mundiais. O seabórgio é um elemento artificial, que não ocorre na
crosta terrestre.

3.5.4.5 Grupo 7: grupo do manganês

Elemento Símbolo
Manganês Mn
Tecnécio Tc
Rênio Re
Bóhrio Bh
Tabela 3.23 - Elementos do grupo 7 e seus símbolos.

Os depósitos de manganês são abundantes na natureza, mas distribuem-se


irregularmente. Os principais minerais de manganês são: pirolusita, hausmannita,
braunita, rodocrosita e manganita. A Rússia possui grande parte da reserva mundial.
A Índia exporta manganês desde 1891. A República Sul Africana tem seus principais
depósitos situados na Província do Cabo. A produção do minério teve um
crescimento considerável, que levou o país ao segundo lugar na produção mundial.
No Gabão está umas das maiores reservas do planeta. O tecnécio não é encontrado
na crosta terrestre, devido ao seu curto período de meia-vida. Foi detectada a
presença do elemento em estrelas, através de técnicas especiais envolvendo teorias
de evolução estelar e a síntese dos elementos. A mais importante fonte de rênio é a
molibidenita - MoS2 . Também ocorre em alguns minérios de cobre, nos minérios de
platina, no mineral columbita-tantalita. A concentração de rênio na crosta terrestre é
de, aproximadamente, 0,001 ppm (partes por milhão). O bóhrio é um elemento
artificial, que não ocorre na crosta terrestre.
92

3.5.4.6 Grupo 8: grupo do ferro

Elemento Símbolo
Ferro Fe
Rutênio Ru
Ósmio Os
Hássio Hs
Tabela 3.24 - Elementos do grupo 8 e seus símbolos.

O ferro constitui aproximadamente 5% da crosta terrestre, sendo o quarto


elemento mais abundante e o segundo metal mais abundante. Os minerais mais
importantes são: a magnetita, a hematita, a limonita e a siderita. A avaliação das
reservas mundiais de minério de ferro deve ser encarada com certa restrição, pois
novas descobertas vão alterando o quadro destas reservas. As reservas de ferro
estão espalhadas pelo mundo todo: na Ásia, Oriente Médio, América do Sul, Europa,
América do Norte, Antilhas, África e Oceania. A abundância do rutênio na crosta
terrestre é estimada em 10-4 ppm. Ocorre associado com os metais do grupo da
platina (rutênio, ródio, paládio, ósmio, irídio, e platina), formando ligas indefinidas em
depósitos de minérios de níquel, minérios de cobre e na platina. Rússia, Canadá,
Estados Unidos, Colômbia e Japão detêm as maiores reservas. Na natureza, o
ósmio ocorre associado a metais do grupo da platina, formando ligas indefinidas em
depósitos de minérios de níquel, de cobre e na platina livre. A abundância do ósmio
na crosta terrestre é estimada em 10-3 ppm. Depósitos contendo ósmio podem ser
encontrados na Rússia, Estados Unidos, Canadá, Colômbia e Japão. O hássio é um
elemento radioativo artificial que não ocorre na crosta terrestre.

3.5.4.7 Grupo 9: grupo do cobalto

Elemento Símbolo
Cobalto Co
Ródio Rh
Irídio Ir
Meitenério Mt
Tabela 3.25 - Elementos do grupo 9 e seus símbolos.

A principal fonte de cobalto é proveniente da sua obtenção como subproduto


de minérios de cobre, níquel, prata e do tratamento de piritas cobaltíferas. A
abundância do ródio na crosta terrestre é estimada em 10-4 ppm. Ocorre associado
com os metais do grupo da platina, formando ligas indefinidas em depósitos de
minérios de níquel, minérios de cobre e platina livre dos depósitos de pláceres.
Rússia, Canadá, Estados Unidos, Colômbia e Japão possuem reservas de ródio. A
abundância do irídio na crosta terrestre é estimada em 10-3 ppm. Depósitos
contendo irídio podem ser encontrados na Rússia, Estados Unidos, Canadá,
Colômbia e Japão. O meitnério é um elemento artificial, que não ocorre na crosta
terrestre.
93

3.5.4.8 Grupo 10: grupo do níquel

Elemento Símbolo
Níquel Ni
Paládio Pd
Platina Pt
Darmstadtio Ds
Tabela 3.26 - Elementos do grupo 10 e seus símbolos.

O níquel é encontrado como um constituinte na maioria dos meteoritos ou


sideritos, que podem conter ferro ligado com cerca de 5% a 20% de níquel. São
eles: nicolita, pentlandita, pirrotita e garnierita. A região de Sudbury, Ontário,
Canadá, produz aproximadamente 30% do níquel para o mundo. Outros depósitos
são encontrados na Austrália, Cuba, Indonésia. A abundância do paládio na crosta
terrestre é estimada em 10-3 a 10-2 ppm. Ocorre associado a metais do grupo da
platina, formando ligas em depósitos de minérios de níquel, minérios de cobre e na
platina livre, nos depósitos de pláceres. O paládio pode ser encontrado na Rússia,
Canadá, Estados Unidos, Colômbia e Japão. A abundância da platina na crosta
terrestre é estimada em 10-2 ppm. Ela ocorre associada a metais formando ligas
indefinidas em depósitos de minérios de níquel, minérios de cobre e também livre
nos depósitos de pláceres. São produtores de platina a Rússia, o Canadá, os
Estados Unidos, a Colômbia e o Japão. O darmstadtio é um elemento artificial, que
não ocorre na crosta terrestre.

3.5.4.9 Grupo 11: grupo do cobre

Elemento Símbolo
Cobre Cu
Prata Ag
Ouro Au
Unununio Uuu
Tabela 3.27 - Elementos do grupo 11 e seus símbolos.

O cobre ocorre tanto no estado natural (100% de cobre), quanto em minerais


constituindo: sulfetos (calcocita, covelita, calcopirita e bornita), óxidos (cuprita) e
carbonatos (malaquita e azurita). No cenário internacional ocorre principalmente no
Chile (maiores reservas), Peru, Estados Unidos, Zâmbia, República Democrática do
Congo, Rússia e Canadá. A prata raramente ocorre na forma pura. Pode ser
encontrada sob a forma de sulfeto de prata (Ag2S), associados aos sulfetos de
chumbo, de zinco, de cobre, de níquel e de estanho. As grandes jazidas de prata
estão localizadas na região das Montanhas Rochosas, oeste dos Estados Unidos,
nas montanhas do México e na Cordilheira dos Andes, no Peru e na Bolívia. O ouro
ocorre naturalmente em seu estado elementar, em chamados veios ou filões de
ouro, dentro de rochas. A África do Sul domina a produção mundial de ouro, seguida
de Rússia, Canadá, Estados Unidos e Austrália. O unununio é um elemento artificial,
que não ocorre na crosta terrestre.
94

3.5.4.10 Grupo 12: grupo do zinco

Elemento Símbolo
Zinco Zn
Cádmio Cd
Mercúrio Hg
Ununbio Uub
Tabela 3.28 - Elementos do grupo 12 e seus símbolos.

Os principais minerais de Zinco são: esfalerita, wurtzita, smithsonita,


calamina, willemita, franklinita e zincita. O zinco é encontrado nos Estados Unidos,
Rússia, Canadá e Aústrália. O cádmio é encontrado na natureza como impureza em
minérios de zinco. Os países que se destacam na produção mundial do elemento
são o México, a África, a Escócia e os Estados Unidos. O principal mineral do
minério de mercúrio é o cinábrio, e de menor importância, a hermesita e a
calomelita. Os maiores depósitos de minério de mercúrio estão na Espanha e na
Itália, sendo os responsáveis por 50% da produção mundial do metal; em segundo
temos depósitos importantes nos Estados Unidos, Rússia, China, México e Canadá.
O ununbio é um elemento artificial, que não ocorre na crosta terrestre.

3.5.5 Elementos do bloco f

3.5.5.1 Série dos lantanídeos

Elemento Símbolo
Cério Ce
Praseodímio Pr
Neodímio Nd
Promécio Pm
Samário Sm
Európio Eu
Gadolínio Gd
Térbio Tb
Disprósio Dy
Hólmio Ho
Érbio Er
Túlio Tm
Itérbio Yb
Lutécio Lu
Tabela 3.29 - Elementos da série dos lantanídeos e seus símbolos.

Os elementos da série dos lantanídeos caracterizam-se pelo preenchimento


gradativo do antepenúltimo nível energético, 4f. As propriedades desses elementos
são extremamente semelhantes entre si, observando-se apenas pequenas variações
de tamanho e de carga nuclear sobre o comportamento químico dos mesmos. Era
de se esperar que a configuração eletrônica desses 14 elementos pudesse ser
obtida pela adição sucessiva de um elétron ao nível 4f a partir do cério, porém, no
95

caso do césio, do gadolínio e do lutécio, o deslocamento do elétron 5d para o nível


4f é energicamente favorável. A configuração eletrônica da série pode ser observada
na tabela 3.1, números atômicos de 58 a 71.
As três primeiras energias de ionização desses elementos têm valores baixos
e o íon X3+ domina a química dos lantanídeos por ser o íon mais estável. Muitos íons
trivalentes dos lantanídeos são coloridos, tanto no estado sólido como em solução
aquosa. Parece que a cor depende do número de elétrons f desemparelhados.
Num período da tabela periódica, o tamanho dos átomos decresce da
esquerda para a direita, pois os elétrons que vão sendo acrescentados blindam
ineficientemente a carga nuclear adicional. Assim, quanto maior o número atômico,
maior é a atração no núcleo sobre todos os elétrons, que se aproximam cada vez
mais do núcleo. O efeito de blindagem dos elétrons reduz-se a ordem s > p > d > f. A
contração de tamanho de um elemento para outro é relativamente pequena, mas no
caso da série dos lantanídeos, a adição de 14 elétrons do cério ao lutécio, gera uma
o
redução de aproximadamente 0,2 A e o fenômeno é denominado contração
lantanídica. A contração lantanídica faz com que os raios dos últimos quatro
elementos da série sejam menores que o raio do ítrio, na série de transição que
antecede aos lantanídeos.
O cério, o praseodímio, o neodímio, o samário, o európio, o gadolínio, o
térbio, o disprósio, o hólmio, o érbio, o itérbio e o lutécio são encontrados nos
minerais como a monazita, a alanita e a bastnasita. A monazita (areia de praia) pode
ser encontrada nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, África, Espanha, Rússia,
África, Espanha, Índia e Brasil. O teor de samário na monazita é de 2,8%. O túlio
ocorre em pequenas quantidades com outros lantanídeos, em vários minerais. A
monazita contém 0,07% de túlio. O túlio é o mais escasso dentre os lantanídeos e,
segundo descobertas de novas ocorrências, assemelha-se em raridade ao ouro,
prata e cádmio. Ainda não foram encontrados indícios da existência do promécio na
crosta terrestre, mas ele já foi identificado no espectro da estrela HR465, na
Constelação Andrômeda.

3.5.5.2 Série dos actinídeos

Elemento Símbolo
Tório Th
Protactínio Pa
Urânio U
Neptúnio Np
Plutônio Pu
Amerício Am
Cúrio Cm
Berquélio Bk
Califórnio Cf
Einstênio Es
Férmio Fm
Mendelévio Md
Nobélio No
Laurêncio Lr
Tabela 3.30 - Elementos da série dos actinídeos e seus símbolos.
96

Os elementos da série dos actinídeos caracterizam-se pelo preenchimento


gradativo do antepenúltimo nível energético, 5f, porém, as configurações eletrônicas
dessa série de transição interna não seguem o padrão simples que ocorre na série
dos lantanídeos (ver tabela 3.1, números atômicos de 90 a 103). Como os orbitais 5f
e 6d apresentam uma pequena diferença de energia, nos primeiros quatro
actinídeos os elétrons podem ocupar um ou outro nível. Nos actinídeos mais
pesados, o nível 5f passa a ter menor energia e, a partir do plutônio, passa a ser
preenchido regularmente. Do plutônio em diante, os elementos apresentam maiores
semelhanças entre si.
Todos os actinídeos formam íon no estado de oxidação X3+, mas nem sempre
este é o íon mais estável, como ocorre com os lantanídeos. Todos os metais são
prateados, de ponto de fusão moderadamente elevados, embora inferiores aos
elementos de transição. O tamanho dos átomos decresce regularmente ao longo da
série e ocorre uma contração actinídica, semelhantemente a que ocorre nos
lantanídeos.
O urânio é o elemento natural mais “pesado” (Z = 92). Com o
desenvolvimento da bomba atômica e pesquisas posteriores sobre energia nuclear,
foram obtidos artificialmente elementos com números atômicos superiores ao do
urânio, conhecidos como elementos transurânicos.
O tório é três vezes mais abundante na crosta terrestre do que o urânio (U).
Embora mais abundante, ele não tem as mesmas propriedades químicas do urânio,
o que ocasionou a facilidades de movimento e dispersão através das rochas
superficiais, no momento da sua deposição original. As grandes fontes mundiais de
tório são os depósitos de monazita e fosfato mineral, encontrado nas areias das
praias dos Estados Unidos, Madagascar, Índia e Austrália. O protactíneo é o mais
raro dentre os elementos que ocorre naturalmente. Pode ser encontrado na
pitchblenda - U3O8 e minerais de urânio. O urânio ocorre no minério uranilita ou
pitchblenda - U3O8 ou como minerais secundários, em depósitos minerais. A sua
ocorrência natural é uma mistura de três isótopos, U-234, U-235 e U-238. As
principais reservas mundiais estão nos seguintes países: Estados Unidos, Canadá,
Austrália, África do Sul (como sub-produto da mineração do ouro), Namíbia, Zaire e
Gabão. O netúnio não é encontrado em quantidade considerável em minerais
naturais. Os isótopos do metal são formados somente por reações nucleares. O
plutônio é produzido em grandes quantidades em reatores nucleares. O elemento
também ocorre em quantidades traço nos minérios de urânio. É formado pela
irradiação natural do urânio. Quantidades em miligramas de cúrio provavelmente
existem em depósitos naturais de minérios de urânio, como resultado da captura de
nêutrons e decaimento b desses minérios. O amerício, o berquélio, o califórnio, o
einstênio, o férmio, o mendelévio, o nobélio e o laurêncio são elementos radioativos
artificiais.

3.6 Referências bibliográficas do capítulo

• ALMEIDA, L. R. Tabela periódica interativa. Disponível na internet. http://


www.merck.com.br. 24 jul. 2003.
• BRADY, J. E.; HUMISTON, G. E. Química geral. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC,
1986. V. 1.
• LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. São Paulo: E. Blücher, 2001.
97

• MAHAN, B. H. Química: um curso universitário. São Paulo: E. Blücher, 1995.


• RUSSELL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. V. 1.
• SIENKO, M. J.; PLANE, R. A. Química: principios y aplicaciones. México:
McGraw-Hill, 1990.
• SMITH, W. F. Princípio de ciência e engenharia de materiais. 3. ed. Lisboa:
McGraw-Hill, 1998.
• WINTER, M. Webelements periodic table. Disponível na internet.
http://www.webelements.com. 28 jul. 2003.
94

LISTA DE EXERCÍCIOS

TABELA PERIÓDICA

1) Diga o nome e o símbolo para os elementos cuja localização na tabela periódica


é:
a) Grupo 1A período 4
b) Grupo 3A período 3
c) Grupo 6A período 2
d) Grupo 2A período 6
2) Por que o flúor apresenta raio atômico menor que o oxigênio e cloro?
3) Quantos elétrons não pareados são encontrados nos seguintes átomos nos seus
estados fundamentais:
a) Mn
b) Sc
c) Fe
d) Zn
4) O primeiro estado excitado é a configuração mais próxima do estado
fundamental e ao mesmo tempo mais alta que este. Escreva a configuração
eletrônica correspondente ao primeiro estado excitado dos seguintes elementos:
a) Ne
b) Li.
5) a) Que subcamada está sendo preenchida para os elementos terras raras e
quais são estes elementos? b) Que subcamada eletrônica está sendo
preenchida para os actinóides? c) Baseando-se na configuração eletrônica o que
tem em comum os elementos do grupo 7A?
6) As energia de ionização do Li e K são 519 e 418 kJ/mol, respectivamente. Dos
seguintes valores, qual seria a energia de ionização para o sódio e por quê? (a)
–334; (b) 360; (c) –450; (d) 494; (e) 635.
7) Os números atômicos de três elementos A, B, e C são 20, 30 e 53,
respectivamente. Indicar: a) símbolo, b) configuração eletrônica, c) posição na
tabela periódica, d) ordenar por eletronegatividade.
8) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina
e explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.
9) Quais das seguintes designações de orbitais não são possíveis: 6s, 2d, 8p, 4f,
1p e 3f?
10) A quais grupos pertencem os seguintes elementos: Cl, Al, Cs, Ce e U? Por que o
Al é usado como material estrutural de baixo peso? Como reage com a água?
Compare com o Fe.
11) Escreva uma tabela comparativa das principais propriedades físicas e químicas
dos metais e não metais.
12) Qual é a configuração eletrônica e valência mais provável do elemento de
número atômico 10?
13) Quais as características em comum que possuem os metais de transição?
Explique brevemente cada uma de elas.
14) Quais são algumas das aplicações dos lantanídeos?
95

15) Defina ou explique os seguintes termos: período, grupo, grupo B, elemento


representativo, elemento de transição interna?
16) Em qual grupo da tabela periódica está: a) um halogênio, b) um metal alcalino, c)
um metal alcalino-terroso, d) um calcogênio, e) um gás nobre?
17) Por que um número de elementos de cada período da tabela periódica aumenta
de cima para baixo?
18) Usando somente a tabela periódica, dê as configurações eletrônicas nos estados
fundamentais de: a) C (Z=6), b) P (Z=15), c) Cr (Z=24), d) As (Z=33), e) Sr
(Z=38), f) Cu (Z=29). Usar a notação espectroscópica.
19) Usando somente a tabela periódica, dê as configurações eletrônicas nos estados
fundamentais de: a) Al3+, b) Ca2+, c) Rb+, d) O2-, e) Br--, f) Ti2+, g) Mn3+
20) Usando somente a tabela periódica, dê o símbolo do átomo, no estado
fundamental, que tem a seguinte configuração na camada de valência: a) 3s2, b)
2s2, 2p1, c) 4s2, 4p3, d) 5s2, 5p4, e) 6s2, 6p6.
21) Qual o significado do tamanho de um átomo? Quais são os problemas
associados às determinações do tamanho atômico?
22) Onde se encontram na tabela periódica os elementos com primeiras energias de
ionização mais altas. Explique?
23) O volume da uma amostra de um sólido C contendo 1mol de átomos é 5,0 cm3,
enquanto uma amostra de N é de 14 cm3. Calcule a densidade de cada um
destes dois sólidos.
24) Para cada um dos seguintes pares de átomos, indique qual tema primeira
energia de ionização mais alta e explique brevemente por que: (a) S e P, (b) Al e
Mg, (c) Sr e Rb, (d) Cu e Zn, (e) Rn e At, (f) K e Rb.
25) Como a primeira energia de ionização do íon Cl- esta relacionada com a
afinidade eletrônica do átomo de Cl?
26) Por que a segunda energia de ionização de qualquer átomo é maior do que a
primeira?
27) Para cada um dos seguintes pares de átomos, estabeleça qual deveria ter a
maior afinidade eletrônica e explique por que: a) Br e I, b) Li e F, c) F e Ne;
28) As seguintes partículas são isoeletrônicas, isto é, possuem a mesma
configuração eletrônica. Coloque-as em ordem decrescente de raios: Ne, F-,
Na+, O2- Mg2+.
29) Que elemento é: a) um halogênio no quinto período, b) um gás nobre no terceiro
período, c) um metal alcalino com mais uma camada ocupada do que o potássio,
d) um elemento de transição com uma configuração 4d3?
30) Coloque em ordem decrescente de raio atômico: Se2-, S2-, Te2-, O2-.
31) A primeira energia de ionização do Na é 496 kJ mol-1. A afinidade eletrônica do
Cloro é 348 kJ mol-1. Considere que um mol de átomos de Na gasoso reage
com 1 mol de átomos de Cl gasoso para formar um mol de Na+ e Cl-. Este
processo libera ou absorve energia? Quanto?
32) Calcule a freqüência e o comprimento de onda de luz necessária para ionizar
átomos de lítio, sendo que a primeira energia de ionização é 520 Kj mol-1.
33) Qual das seguintes espécies tem o menor raio iônico: Fe2+ ou Fe3+. Explique.
34) Qual dos átomos deve ter maior afinidade eletrônica: C ou N? Explique.
35) A primeira energia de ionização do ouro (Z=79) é maior do que da prata (Z=47),
cuja posição é imediatamente acima na tabela periódica. Explique.
36) Quantos elétrons estão presentes na camada de valência de:
a) N3-
b) O2-
96

c) F-
d) Ne
37) Dê os símbolos de todos os átomos no estado fundamental que tenha a)
configurações da camada de valência 4s1, b) configuração da camada de
valência 5s2 5p2, c) subcamada 3d semipreenchida, d) subcamada 3d totalmente
preenchida;
38) Resolver também os exercícios: 7.5 a 7.18, 7.27 a 7.31, 7.33 a 7.35, 7.39, 7.41
e 7.42, do livro Química Geral - Russell.

INFORMAÇÕES GERAIS PARA TODOS OS TRABALHOS:

1. O aluno deve desenvolver individualmente um trabalho sobre os assuntos


seguintes:
• Configuração eletrônica dos elementos sugeridos.
• Propriedades físicas e químicas (tamanho, eletronegatividade, afinidade
eletrônica, reatividade, densidade, propriedades magnéticas e elétricas etc.).
• Diferenças de algum dos elementos em relação ao restante do grupo.
• Capacidade de formar compostos ou complexos.
• Ocorrência e obtenção (processamento para obter o metal puro ou ligas).
• Uso dos elementos (exemplos).
2. O trabalho deve conter como mínimo 10 paginas e deve ser apresentado no
padrão de trabalhos científicos. (Apresentação, peso 15%).
3. Além da bibliografia indicada o aluno poderá solicitar material complementar ao
monitor.
4. O aluno deverá responder também as questões especificas sugeridas.
5. Disponibilizar una copia do trabalho para toda a turma, pois cada aluno devera
conhecer o trabalho desenvolvido por todos.
6. O trabalho é de caráter estritamente individual. Serão eliminados trabalhos
idênticos, considerando que cada aluno tem seu próprio estilo de resumir um
determinado tópico.
7. O desenvolvimento e complexidade cientifica das questões é parte integrante da
avaliação. A apresentação de um assunto que você não conhece e muito
perigoso, pois o professor pode pedir explicação (Originalidade e conteúdo peso
65%).
8. A defesa do seu trabalho em data a ser definida faz parte da avaliação,
preparasse (peso 20%).

1) Grupo IA - Metais Alcalinos

a) Por que os elementos do grupo IA são: univalentes, principalmente iônicos,


apresentam as mais baixas energias de ionização e são muito moles..
b) Quais as fontes comuns destes Metais Alcalinos e como os elementos podem ser
obtidos a partir delas?
c) Enumere diferenças entre o comportamento químico do lítio e dos demais metais
alcalinos, apresentando razões para justificar estas diferenças.
d) Quais as propriedades químicas dos elementos?
e) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
97

f) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,


caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

2) Grupo IIA -Metais Alcalinos Terrosos.

a) Por que os elementos do grupo IIA são: são menores, apresentam maior energia
de ionização e são mais duros que os elementos correspondestes do grupo IA?
b) Quais as fontes comuns destes Metais e como os elementos podem ser obtidos a
partir delas?
c) Descreva e explique o comportamento anômalo do berílio em relação aos demais
metais alcalinos terrosos.
d) Quais as propriedades químicas dos elementos?
e) O primeiro estado excitado é a configuração mais próxima do estado fundamental
e ao mesmo tempo mais alta que este. Escreva a configuração eletrônica
correspondente ao estado excitado do Berílio e posteriormente escreva a
formação do BeF2 gasoso.
f) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

3) Grupo IIIA - Grupo do Alumínio

a) Por que os elementos do grupo IIIA formam ligações essencialmente covalentes?


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como os elementos podem ser
obtidos a partir delas? Quais as aplicações deles?
c) Por que o Al é usado como material estrutural de baixo peso?
d) Quais as propriedades químicas dos elementos?
e) Quais as estruturas cristalinas nas quais apresenta-se o boro, segundo essas
estruturas como se explica a dureza deste material? Qual o ponto de fusão deste
metal?
f) Descreva o processo de fabricação do alumínio.
g) Quais as aplicações deste metal no setor elétrico e porque?
h) Em relação ao Al2O3 fale das propriedades e aplicações do mesmo.
i) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

4) Grupo IVA - Grupo do Carbono

a) Descreva o caráter metálico e não metálico destes elementos.


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como os elementos podem ser
obtidos a partir delas? Quais as aplicações deles? Você poderia falar também
dos silicones.
c) Enumere as diferenças entre o comportamento químico do carbono e silício e os
demais elementos do grupo, apresentando razões para justificar estas
diferenças. Fale de alotropia do carbono e do polimorfismo da sílica.
d) Quais as propriedades químicas dos elementos?
e) Explique a estrutura da grafita e do diamante, como essas estruturas interferem
nas propriedades físicas e químicas desses materiais?
98

f) Quais as propriedades químicas dos elementos?


g) Além da grafita e diamante o carbono VI e o futeboleno são formas alotrópicas do
carbono, o que você sabe sobre elas?
h) Fale dos elementos deste grupo que são semicondutores, qual o valor do “gap”
de energia, Eg, do silício e do germânio segundo o modelo de bandas?
i) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

5) Grupo VA -Grupo do Nitrogênio

a) Descreva a configuração eletrônica e estados de oxidação destes elementos.


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como os elementos podem ser
obtidos a partir delas? Quais as aplicações deles?
c) Enumere as diferenças entre o comportamento químico do nitrogênio e os
demais elementos do grupo, apresentando razões para justificar estas
diferenças.
d) O primeiro estado excitado é a configuração mais próxima do estado fundamental
e ao mesmo tempo mais alta que este, escreva a configuração eletrônica
correspondente ao estado excitado do nitrogênio e posteriormente escreva a
formação do íon amônio [NH4 ]+?.
e) Descreva a estrutura do fósforo branco P4, você já viu algum filme no qual ele foi
usado, fale do filme?
f) Quais são as outras formas alotrópicas do fósforo?
g) Quais os principais componentes dos fertilizantes obtido a partir do nitrogênio?
h) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

7) Grupo VIA – Grupo do Oxigênio

a) Descreva a configuração eletrônica, estados de oxidação caráter metálico e não


metálico destes elementos.
b) Quais as fontes comuns destes elementos e como os elementos podem ser
obtidos a partir delas? Quais os usos e a reatividade dos elementos?
c) Enumere as diferenças entre o comportamento químico do oxigênio e os demais
elementos do grupo.
d) Descreva o processo de obtenção, propriedades e estrutura do H2SO4.
e) Quais as principais propriedades dos óxidos?
f) Qual a forma mais estável do enxofre?
g) Quais as principais aplicações do O3, porque?
h) Quais as estruturas em que se apresentam o Se e Te?
i) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

7) Grupo VIIA - Os Halogênios

a) Por que o Flúor apresenta raio atômico menor que o Oxigênio e Cloro?
b) Descreva a obtenção do flúor. O F encontra emprego amplo em reações, porque?
99

c) Quais as fontes comuns de Cloro, Bromo e iodo na forma de sais? Onde ocorrem
e como os elementos podem ser obtidos a partir delas?
d) Apresente equações que mostrem como podem ser preparados os ácidos
halogenídricos. HF, HCl, HBr e HI em solução aquosa.
e) Enumere diferenças entre o comportamento químico do flúor e dos demais
halogênios, apresentando razões para justificar estas diferenças.
f) Mostre a reação do HF com o vidro.
g) Qual a formula estrutural do mero que da origem ao politetraflouretileno, qual a
semelhança com o polímero polietileno? Porque o Teflon é inerte ao ataque
químico?
h) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

8) Grupo 0 (VIII) A) - Gases inertes

a) Descreva a configuração eletrônica desses elementos.


b) Quais as fontes destes elementos e como os mesmos podem ser obtidos a partir
delas? Quais os usos?
c) Enumere as propriedades particulares do hélio quando comparado com demais
elementos do grupo.
d) Por muitos anos os gases nobres eram tidos como inertes, de que forma este
fato está relacionado com a regra do octeto eletrônico estável.
e) Escreva sobre as experiências de Bartlett para obter compostos a partir de Xe e
Rn.
f) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

9) Grupo IIIB - Grupo do Escândio

a) Por que os elementos do bloco d são chamados de elementos de transição?


b) Quais as fontes comuns destes elementos e comi podem ser obtidos a partir
delas?
c) Descreva as propriedades gerais elementos: tamanho, densidade, ponto de
fusão e ebulição, reatividade, energias de ionização, cor e propriedades
magnéticas, catalíticas, valência variável, estabilidade e capacidade de formar
complexos e Não estequiometria.
d) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
e) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)6 4- .
f) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

10) Grupo IVB - Grupo do Titânio

a) Por que os elementos do bloco d são chamados de elementos de transição?


b) Quais as fontes comuns e como podem ser obtidos os elementos puros?
100

c) Descreva as propriedades gerais dos elementos destacando: tamanho, estados


de oxidação, reatividade e caráter passivo, compostos organometálicos.
d) Descrever o emprego de compostos de titânio na polimerização do etano e na
fixação do nitrogênio.
e) Descreva e cite 4 propriedades físicas dos metais como você explica essas
propriedades baseando-se no modelo de bandas de energia?
f) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
g) O que você entende por um ion complexo? Exemplo o Fe(CN)6 4- .
h) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

11) Grupo VB - Grupo do Vanádio

a) Por que os elementos do bloco d são chamados de elementos de transição?


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos a partir
delas?
g) Descreva e cite 4 propriedades físicas dos metais como você explica essas
propriedades baseando-se no modelo de bandas de energia?
c) Descreva as propriedades gerais dos elementos.
d) Quais as características em comum que possuem os metais de transição?
explique brevemente cada uma de elas.
e) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
f) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)6 4- .
g) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

12) Grupo VIB - Grupo do Cromo

a) Descreva os estado de oxidação e configuração eletrônica dos elementos.


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos a partir
delas?
c) Descreva as propriedades gerais dos elementos.
d) O que entende por paramagnetismo e diamagnetismo? De exemplos.
e) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
f) Qual o outro nome com que designamos o tungstênio?
g) Quais as principais aplicações dos elementos deste grupo?
h) Qual o nome da liga obtida a partir da adição de Cr ao Fe?
i) Escreva alguns exemplos de compostos de cromo que sejam coloridos.
j) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)64- .
k) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.
101

13) Grupo VIIB - Grupo do Manganês

a) Descreva os estado de oxidação e configuração eletrônica dos elementos.


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos a partir
delas?
c) Descreva as propriedades gerais dos elementos.
d) O manganês foi descrito como o “elemento mais versátil”. Explique esta
observação e mostre semelhanças e diferenças químicas deste elemento e o
rênio.
e) Qual a formula do mineral pirolusita?
f) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
g) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)6 4- .
h) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

14) Grupos do Ferro, do Cobalto e do Níquel

a) Descreva os estado de oxidação e configuração eletrônica dos elementos.


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos a partir
delas? .
c) Descreva as propriedades gerais dos elementos. Escreva sobre o polimorfismo
do ferro.
d) Porque metais como o ferro sofrem corrosão e como pode ser evitado este
fenômeno?.
e) O ferromagnetismo é uma forte atração por um campo magnético, como você
explica o ferromagnetismo que sofrem os elementos deste grupo no estado
elementar?
f) Quais as características em comum que possuem os metais de transição?
Explique brevemente cada uma de elas.
g) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)64- .
h) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

15) Grupo IB - Grupo do Cobre

a) Descreva os estado de oxidação e configuração eletrônica dos elementos.


b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos quais os
usos?
c) Descreva as propriedades gerais dos elementos.
d) Quais os metais que apresentam a menor resistência elétrica?
e) Cite a composição de três importantes ligas obtidas a partir do cobre.
f) Comparar e assinalar as diferenças do comportamento químico destes metais.
g) Quais os compostos mais interessantes da prata?
h) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)64-.
i) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina e
explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.
102

16) Grupo IIB - Grupo do Zinco

a) Descreva os estado de oxidação, configuração eletrônica, óxidos e haletos


destes elementos.
b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos, quais os
usos?
c) Descreva as propriedades gerais dos elementos.
a) Quais as características peculiares do mercúrio em relação aos outros metais.
Comentar a toxicidade de compostos orgânicos e inorgânicos de mercúrio.
b) Qual é o nome do mineral no qual o mercúrio é abundante?
c) Comentar sobre a capacidade contaminante e toxicidade do Cd.
d) O que você entende por um íon complexo? Exemplo o Fe(CN)64-.
e) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina
e explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

17) Grupo IIIB - Grupo dos Lantanídeos ou terras raras (do Ce ao Lutécio)

a) Que subcamada está sendo preenchida para os elementos terras raras e quais
são estes elementos, quais os estados de oxidação?
b) Como varia o tamanho dos íons tripositivos dos elementos lantanídeos.
c) A grande semelhança química destes elementos dificulta sua separação qual é o
método empregado.
d) Quais as fontes comuns destes elementos, quais as aplicações dos mesmos?
e) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
f) O que você entende por um íon complexo? exemplo o Fe(CN)64- .
g) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina
e explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.

18) Grupo IIIB - Grupo dos Actinóides (do Tório ao Laurêncio)

a) Que subcamada eletrônica está sendo preenchida para os actinoides? Qual a


configuração eletrônica? Apresente o nome e o símbolo desta série na
seqüência correta.
b) Quais as fontes comuns destes elementos e como podem ser obtidos, quais os
usos?
c) Todos os elementos posteriores ao bismuto são radioativos. Comente sobre a
radioatividade dos elementos.
d) Descreva as propriedades gerais dos elementos.
e) Em que lugar da tabela periódica são encontrados os metais com maior ponto de
fusão?
f) O que você entende por um ion complexo? Exemplo o Fe(CN)64- .
g) O raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade,
caráter metálico e poder oxidante e redutor são propriedades periódicas, defina
e explique cada uma de elas indicando as tendências na tabela periódica.
103

Preencha a tabela periódica, com os dados da estrutura, raio atômico, número


atômico e massa atômica dos elementos que você pesquisou.
http://dx.doi.org/10.21577/0100-4042.20170350 Quim. Nova, Vol. 42, No. 4, 468-472, 2019
Assuntos Gerais
AITP 2019 - ANO INTERNACIONAL DA TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

Henrique E. Tomaa
a
Instituto de Química, Universidade de São Paulo, 05508-000, São Paulo – SP, Brasil

Recebido em 04/02/2019; aceito 19/03/2019; publicado na web 28/03/2019

IYPT 2019 - INTERNATIONAL YEAR OF THE PERIODIC TABLE OF THE CHEMICAL ELEMENTS. United Nations elected
2019 a year devoted to the Periodic Table of the Elements, in deference to the original contribution by Dmitri Ivanovich Mendeleev
in 1869. Since then, the impact of the Periodic Table in Science has been tremendous, becoming an icon today as the Chemistry
Portal, leading to a better acquaintance of the chemical elements. In this article, modern aspects of the Periodic Table of the Elements
are presented, complementing an existing historical presentation in this Journal, with special emphasis on the quantum distribution
models and on the remarkable role of the elements in Science and Nanotechnology.

Keywords: periodic table; IYPT; nanotechnology; bioinorganic chemistry; isotopes.

INTRODUÇÃO vermelha, sem perder a nobreza. O vermelho das nanopartículas de


ouro provém da oscilação dos elétrons de superfície quando atingidos
A ONU elegeu 2019 o Ano Internacional da Tabela Periódica,1 pela luz, comportando-se como ondas ou plásmons. Isso acontece
em deferência à primeira publicação da Tabela organizada por Dmitri porque a luz é uma radiação eletromagnética conduzida pelo fóton
Ivanovich Mendeleev,2 em 1869. Passaram-se 150 anos deste então, que se propaga no espaço transportando campos elétricos e magné-
e hoje ela está presente nas salas de aula e em quase todos os livros ticos oscilantes. Os elétrons das nanopartículas de ouro respondem
de Química. Para os não químicos, pode parecer estranho essa aos campos elétricos oscilantes da luz, mas a eficiência máxima com
escolha temática da ONU: uma Tabela? Para os cientistas, porém, que isso ocorre e que leva à ressonância, depende do ambiente local
essa homenagem é muito louvável, e proporciona uma excelente (dielétrico) em que se encontram. Quando se altera o ambiente quí-
oportunidade para falar de Ciência e principalmente da Química, mico ao redor da nanopartícula acontecem muitas coisas, incluindo
além de mostrar como ela é fundamental em nossa vida. De fato, mudanças de cor, geralmente de vermelho para azul. É assim que as
atualmente, a Tabela Periódica é um Portal do Conhecimento. Nela nanopartículas de ouro sinalizam a presença de moléculas, fármacos
estão todos os elementos químicos conhecidos. Assim como as letras e células, além de refletir uma luz que pode ser captada e trabalhada
do alfabeto compõem as palavras, os elementos compõem todas as pelos instrumentos, permitindo chegar à detecção de apenas uma
substâncias e materiais que conhecemos e proporcionam conforto e única molécula na superfície. No organismo, seu direcionamento
qualidade vida através da Química. Sob o símbolo de cada elemento por ser dirigido por meio de anticorpos até a célula cancerosa, e isso
existe uma longa história de descobertas, muitos Prêmios Nobel e pode ser usado para sinalizar tumores e até destruí-los sob ação da
também muitos sonhos a embalar a nossa vida. luz. Essas nanopartículas são de fato teranósticas, associando terapia
O volume de dados históricos sobre a Tabela Periódica é impres- e diagnóstico. Tudo isso já é possível com esse elemento bem conhe-
sionante, e para poupar espaço cabe uma recomendação enfática de cido de todos, ainda considerado inerte e inócuo, porém que adquire
consulta ao excelente artigo publicado por Tolentino, Rocha-Filho nova personalidade quando em uma escala dimensional bem menor
e Chagas3 em 1997, na Química Nova. Mas, além da retrospectiva do que estamos acostumados.
histórica,4,5 existem outros aspectos que levaram a ONU a decidir
pelo tema. De fato, hoje a Tabela Periódica transcende os fatos de sua UMA TABELA PERIÓDICA REAL?
criação, ela é um ícone, - o verdadeiro Portal da Química.
A forma de lidar com os elementos está mudando com as recentes Pode ser interessante observar diretamente os elementos na Tabela
imersões da Ciência no mundo Nano, - dimensão que é a mais próxima Periódica, como a que está exposta no Instituto de Química da USP
da escala atômica. A cada dia estão sendo descobertas novas formas (Figura 1). É incrível descobrir que o sódio metálico puro brilha tanto
elementares, que só podem ser vistas na escala nanométrica,6 como quanto a prata, que o bismuto metálico reflete os belos tons do arco-
é o caso das nanoespécies de carbono como os fullerenos, nanotu- -íris, e que o gálio até parece mercúrio. E ainda, que cada elemento
bos, grafeno, nanodiamante, e pontos quânticos de carbono. Com tem suas idiossincrasias: por exemplo, assim como o ouro que adquire
isso estão surgindo materiais mais resistentes que o aço, películas tons distintos na escala nano, o estanho metálico que embeleza os
condutoras com espessura de uma molécula, superfícies à prova objetos de arte e utensílios com seu brilho fosco, reduz-se a pó em
de riscos, sensores e elementos ópticos praticamente invisíveis, e baixas temperaturas. No livro, os botões de Napoleão,7 as tempera-
novos medicamentos. E os resultados já estão ao nosso alcance, nos turas congelantes da Rússia teriam pulverizado os botões de estanho
celulares e smartfones, nos aparelhos de TV cada vez mais finos e usado nas roupas, deixando os soldados expostos, com o dilema de
leves, nos computadores, e nos sensores que monitoram quase tudo lutar ou de se manter coberto. Cogita-se que esta seria a causa deste
que podemos imaginar. grande comandante ter perdido a guerra. Mas tem muitas curiosidades
O próprio ouro milenar, que sempre foi símbolo de riqueza, interessantes sobre os elementos, e que foram bem explorados pelo
com seu brilho amarelo (dourado), na escala nano ganha outra cor, jornalista Theodore Gray em seu livro, The Elements.8
Nessa Tabela, em particular, o selênio elementar recobre um ci-
*e-mail: henetoma@iq.usp.br lindro de alumínio, e aparece como um revestimento violeta brilhante
Vol. 42, No. 4 AITP 2019 - Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos 469

Figura 1. Tabela Periódica representando os elementos químicos em sua forma pura ou natural, exposta no Instituto de Química da Universidade de São Paulo
(dimensão 1m x 2 m)

e inconfundível. O que poucos sabem, é que esse cilindro foi tirado proporções múltiplas de Dalton (1803).5 Por isso, as massas atômicas
de um cartucho de toner usado, de uma máquina de xérox. Quando disponíveis eram os melhores atributos da época para estabelecer a
a luz incide sobre esse elemento, ele responde emitindo elétrons que identidade e fazer a diferenciação dos elementos. No mesmo ano em
são captados pelo alumínio, deixando o local com carga positiva. É que Mendeleev publicou sua Tabela com base nas massas atômicas e
isso que provoca a atração das partículas do toner, depositando-as na similaridade química, ou até um pouco antes, Julius Lothar Meyer9
sobre a superfície, para depois serem transferidas para o papel de (1864) introduziu de forma brilhante a comparação dos elementos
impressão e gerar a cópia xerográfica. usando a valência, inspirado na Teoria de Kekulé.5 Assim, as caracte-
O mercúrio permanece enigmático como sempre, brilhante e rísticas de combinação (valência) foram contempladas na similaridade
fluído, porém escondendo o temor levantado nas últimas décadas, dos elementos, explicando constatações anteriores, como as tríades
pelos seus efeitos nocivos sobre a vida. O brilho metálico líquido que de Döbereiner (1829)5, exemplificada pelo cloro, bromo e iodo, ou
já foi usado para recobrir grandes refletores ópticos em telescópios, pelo lítio, sódio e potássio. O agrupamento por similaridade química
também inspirou filósofos e alquimistas a considerar o elemento como também foi utilizado por Mendeleev, e isso tornou-se notório quando
algo primordial ou essencial. Foi até testado como elixir da longa deliberadamente preferiu inverter a ordem dos elementos telúrio (mas-
vida, mas acabou levando à morte prematura de Qin Shi Huang Di sa atômica 127) e iodo (massa atômica 126) em sua Tabela Periódica
(259-210 a.C.), o primeiro imperador da China unificada, entre 221 então composta por 59 elementos. Entretanto, foi a capacidade de
a 210 a.C. Restaram, porém, nada menos que os magníficos soldados previsão da existência de novos elementos, como o gálio e o germânio
de terracota, a muralha da China e a descoberta da pólvora, como que deu credibilidade à Tabela Periódica de Mendeleev. Estes foram
feitos para relembrar sua existência. Mas a favor do mercúrio está a descobertos por Lecoq de Boisbaudran em 1875 e Clemens Winker em
história do desenvolvimento da Química, com os avanços conseguidos 1886, respectivamente.5 Havia ainda espaço para uma família inteira
desde Lavoisier, o surgimento da polarografia, e de produtos odonto- de elementos, os gases nobres, que acabaram sendo descobertos por
lógicos, farmacêuticos e de laboratório, incluindo o termômetro, os Willliam Ramsay em 1898.5
quais estão sendo substituídos gradualmente por sucedâneos menos A Tabela Periódica atual é baseada na sequência de números
tóxicos. Sua afinidade por ouro tem sido uma desgraça nos garimpos atômicos, ditada pelo número de prótons existentes no átomo.
clandestinos e na reciclagem não qualificada realizada por amadores, Portanto, ela incorpora a evolução da era atômica, desde a descoberta
nos centros urbanos. da radioatividade por Henry Becquerel (1895),5 das emissões radio-
É interessante comparar o aspecto do cloro gasoso, amarelo ativas e existência de isótopos (Frederick Soddy),5 e principalmente,
pálido, com o líquido marrom-avermelhado fumegante que marca das correlações espectrais com um número inteiro (Henry Moseley,
a aparência do bromo, e os belos cristais violetas do iodo. Eles pro- 1913)5 que mais tarde tornou-se o número atômico. Vieram depois
porcionam um exemplo claro da evolução das propriedades físicas o modelo atômico de Rutherford, com o átomo nuclear, seguido
com o aumento da massa molecular. E curiosamente, nesse sentido, pela visão pré-quântica de Bohr descrevendo os átomos com níveis
Mendeleev estava correto: as massas dos elementos também são discretos de energia.
importantes. A Tabela Periódica atual reflete a periodicidade das propriedades
atômicas que podem ser explicadas pelo modelo quântico dos átomos.
A VERSÃO ATUAL DA TABELA PERIÓDICA Esse modelo surgiu na década de 1920, com os elétrons distribuídos
em níveis energéticos, ocupando regiões espaciais denominadas
A Tabela Periódica atual é um pouco diferente daquela publicada orbitais, os quais receberam as denominações s, p, d, f. Deste então,
por Mendeleev há 150 anos, e encerra um conceito completamente a ocupação dos orbitais passou a ser o conceito lógico que rege a
diverso, isto é, o uso de números atômicos em vez de massas atô- Tabela Periódica, pois ela dita a configuração eletrônica dos átomos.
micas. Para entender isso, temos que voltar até a época de Lavoisier Contudo a sequência de colocação dos elétrons nos átomos não é tão
(1789),4 quando as análises químicas dos compostos permitiram simples, pois depende não só da energia de cada nível ou camada,
chegar com razoável precisão até as massas atômicas dos elemen- mas também do tipo de orbital envolvido. Note-se que enquanto os
tos, graças às leis das proporções definidas de Proust (1799) e das elétrons são atraídos pelo núcleo, eles se repelem mutuamente por
470 Toma Quim. Nova

forças eletrostáticas. O balanço entre as forças atrativas e repulsivas atualmente foi claramente inspirada em Mendeleev e apresentada
depende na natureza dos orbitais, ou seja de sua distribuição espacial. pela primeira vez pelo químico americano Horace Groves Deming11
Além disso, o princípio de Pauli estabelece a distribuição dos spins, em 1923, em seu livro de Química Geral. De fato, Deming manteve
que é outro fator muito importante nas configurações eletrônicas. Por a sequência de Mendeleev, porém trocou os números de massa pelos
isso, a ordem de preenchimento das camadas pode sofrer variações, números atômicos, e estabeleceu uma distribuição em 18 colunas.
principalmente quando entram em jogo os orbitais d e f, e isso está Essa distribuição expressa a ocupação dos orbitais s, p e d na repre-
refletido na Tabela Periódica. sentação dos blocos de elementos correspondentes, com 2, 6 e 10
Apesar de o número atômico expressar o número de prótons elétrons, ou 18 no total. Os elementos do bloco f ficaram separados
no núcleo, as semelhanças químicas decorrem da distribuição dos do conjunto, na parte inferior da Tabela, provocando uma interrup-
elétrons nos átomos, ou seja, da configuração eletrônica. Contudo, ção da sequência natural de número atômicos. Essa tabela, com um
no átomo, o número de prótons é sempre igual ao número de elétrons formato mais compacto que os análogos quânticos, foi rapidamente
e isso permite manter o uso do número atômico como identificador assimilada pelos fornecedores de produtos químicos e instrumentos,
do elemento. Enquanto o número de elétrons varia quando o átomo os quais ampliaram sua divulgação através de posters e quadros para
passa para a forma de íon (cátion ou ânion), o número de prótons fixação em paredes e salas de aulas, como se observa até hoje. Na
permanece inalterado, mantendo a identidade do elemento químico. identificação das 18 colunas, Deming usou uma notação A e B para
Geralmente é a última camada eletrônica que determina a posi- diferenciar os elementos representativos (blocos principais) dos
ção dos elementos na Tabela periódica. Por exemplo, os elementos elementos de transição (bloco do meio). Essa diferenciação persistiu
com um elétron s na última camada n, isto é ns1, estão alinhados na até 1988, quando foi suprimida pela IUPAC.12
coluna 1 e os elementos ns2 ficam na coluna 2. Pela ordem energética,
os elementos seguintes deveriam ter a configuração ns2npx (x = 1 a OS NOVOS ELEMENTOS NA TABELA PERIÓDICA
8). Entretanto, nos metais de transição, ocorre inversões energéticas
decorrentes das diferentes repulsões intereletrônicas envolvendo os Até 1937, havia um espaço vazio entre os elementos molibdênio
orbitais d, e f, em relação aos orbitais s e p. A configuração repre- e rutênio. Esse elemento, de número atômico 43, foi descoberto por
sentativa da última camada energética (camada de valência) passa a Emílio Gino Segré, na Universidade de Palermo, a partir da análise de
ser (n-1)dx ns2 para os elementos de transição típicos, ou (n-1)dx+1ns1 uma placa de molibdênio que havia sido bombardeada com núcleos
quando x se aproxima de 4 ou 9 (também conhecido como efeito de de deutério no Lawrence Radiation Laboratory da Califórnia. Era o
configuração completa ou semicompleta), ou eventualmente 8, como elemento abaixo do manganês, que faltava na Tabela Periódica. Sua
no caso do Pd, cuja configuração de valência é 410 em vez de 4d8 5s2. radioatividade com um tempo de meia vida de 211 mil anos explica
Essa regra não é absoluta, pois na Pt a configuração se mantém 5d9 6s1 sua ausência entre os elementos encontrados na natureza, decorridos
em vez de 5d10. Nos elementos lantanídios e actinídios, a configuração alguns bilhões de anos. Assim, o Tecnécio foi o primeiro elemento
representativa de valência é (n-2)fx (n-1)s2p6 ns2. artificial a ser incorporado na Tabela Periódica.
Se a Tabela de Mendeleev tivesse surgido 50 anos depois, já na A próxima leva de elementos foi sintetizada entre os anos 1950
era quântica, talvez ela tivesse a forma proposta por Charles Janet e 1970 principalmente pela equipe de Glenn Theodore Seaborg na
em 1928 (Figura 2) com base nas configurações eletrônicas dos Califórnia, por meio de colisões entre núcleos atômicos em acele-
elementos: radores nucleares. Seaborg inaugurou uma nova série de elementos
Outra Tabela interessante, proposta por Hugh Christopher após o urânio, estabelecendo um grupo específico da Tabela Periódica,
Longuet-Higgins10 em 1957 (Figura 3), reproduz diretamente a que deveria começar com o tório (Th), protactínio (Pa) e urânio (U).
ordem de preenchimento dos orbitais pelo princípio Auf-bau, ou de Após a equipe de Seaborg ter isolado o plutônio, as descobertas
construção, e é muito interessante do ponto de vista pedagógico por foram se sucedendo com o amerício (Am), cúrio (Cm), berquélio
destacar a natureza dos orbitais de valência. (Bk), califórnio (Cf), einstênio (Es), férmio (Fm) e mendelévio (Md).
Entretanto, a despeito da lógica da distribuição quântica usada por Essa série que termina com o lawrêncio (Lr, 103), forma o grupo de
Charles Janet e Longuet-Higgins, a Tabela periódica que utilizamos elementos conhecidos como actinídios, e seu enquadramento em

Figura 2. Tabela Periódica de Charles Janet, com os elementos colocados na ordem dos números atômicos, porém inspirado na distribuição dos elétrons nos
átomos de acordo com a recém criada teoria quântica (1928).
Vol. 42, No. 4 AITP 2019 - Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos 471

Figura 3. Tabela periódica de Longuet-Higgins com os elementos dispostos segundo a ordem de preenchimento orbital no esquema auf-bau, de baixo para
cima, porém no sentido diagonal, deixando aparente os últimos orbitais semipreenchidos (lustrados à direita), responsáveis pelo estado de valência.

separado é bem justificado pelas Tabelas Periódicas inspiradas nas Tabela mostrada, é uma versão que inclui a distribuição isotópica dos
teorias quânticas. Eles formam os elementos do grupo 5f (Figura 3). elementos para auxiliar na análise dos espectros de massa. Ela coloca
Muito se aprendeu na química nuclear com o estudo desses ele- em evidência os elementos segundo suas abundâncias nos sistemas
mentos artificiais, principalmente a existência de ilhas de estabilidade biológicos, diferenciando os elementos de construção molecular (H,
na correlação entre os números de massa e os números atômicos. C, N, O, P) que compreendem de 1 a 60% na constituição dos seres
Novos elementos foram previstos em função dessas ilhas, e confir- vivos, dos elementos eletrolíticos (Na, K, Cl) e de suporte (Ca, Mg,
mados na última década com a síntese desses elementos superpesados S) perfazendo 0,01 a 1%, e dos elementos traços como V, Cr, Mn, Fe,
que faltavam para completar a última linha da Tabela Periódica. O Co, Ni, Cu, Zn, Mo e W, presentes abaixo de 0,01% e respondem pela
elemento nihônio (113) foi sintetizado pelo bombardeamento de nú- catálise na maioria dos processos enzimáticos. Também são contem-
cleos de elementos pesados como o bismuto (Z = 83), com átomos de plados elementos usados na medicina, como metalodrogas e agentes
zinco (Z = 30) nos aceleradores lineares da Riken no Japão. Embora marcadores e de contraste. Sua presença na Tabela deverá se ampliar
a fusão de partículas pesadas seja considerada bastante improvável, consideravelmente, com os avanços da Química Bioinorgânica.
em alguns casos a colisão pode resultar em transientes como o nihô- Uma publicação recente de Tabela Periódica13 chamou a atenção
nio (113), cujo tempo de vida é de alguns milésimos de segundo. para a possível escassez natural, em futuro próximo, de elementos
Esse elemento sofre quatro decaimentos alfa sucessivos, gerando o químicos como Zn, Ga, Ge, In, Ag, Hf, Ta, Sr, Y, Te, e As, ou para a
dúbnio, Db Foi essa cadeia de transformações que forneceu a pista escassez provocada pela demanda crescente de Cr, Co, Rh, Ru, Pd,
que levou à validação da descoberta do novo elemento. Os elementos Pt, Os, Ir, Dy, Cd e U, em processos tecnológicos. Também ressalta
114 (fleróvio, Fl), 115 (moscôvio, Mc), 116 (livermório, Lv), 117 outros elementos como Li, Cu, B, Mg, P, Sc, V, Mn, Ni, Se, Zr, Nb,
(tenesso, Ts), e 118 (oganessônio, Og) também foram sintetizados de Mo, Sn, Sb, Nd, W, Au, Hg, Tl, Pb, Bi , cuja baixa produção ou pro-
forma semelhante, em aceleradores de partículas em Dubna (Rússia), dução limitada poderá vir a impactar o mercado. Essa preocupação
Califórnia, e Tennessee (Estados Unidos). mereceu um número especial na revista Green Chemistry18,19 sobre
elemental sustainability, estimulando o surgimento de iniciativas
NOVAS VERSÕES DA TABELA PERIÓDICA e propostas de processos sustentáveis e utilização responsável dos
elementos químicos. Esse assunto é particularmente importante para
Hoje, existem várias dezenas de design para a Tabela Periódica, pro- o Brasil, que detém grandes riquezas minerais, como é o caso das
jetando com criatividade diversos aspectos da distribuição dos elemen- terras raras, mas continua sendo mero exportador de commodities e
tos e sua importância, nos mais diferentes formatos, incluindo até design produtos minerais com baixo valor agregado. Atualmente o mercado
cósmico. Elas podem ser consultadas na Internet Database of Periodic de terras raras é monopólio da China. E, particularmente importante
Tables,13 organizada especialmente para a celebração internacional de é o neodímio, usado nos superimãs do tipo Nd2Fe14B, que estão entre
2019. Destaque especial pode ser dado para uma Tabela Periódica que os principais componentes de geradores e conversores de energia
reúne os descobridores dos elementos, com suas respectivas fotografias elétrica e eólica, e nos amplificadores de som. O lantânio faz parte
preenchendo os espaços pertinentes.14 Recentemente a IUPAC publicou dos catalisadores de craqueamento na indústria petroquímica. Outras
a Tabela Periódica dos Isótopos, incluindo a distribuição isotópica dos terras raras atuam em sistemas de transmissão de sinais, e formação
elementos representada em pequenos círculos, com seus diagramas de imagens, e estão presentes em todos os celulares e smartphones.
do tipo pizza.15 Esses dados também foram introduzidos em colunas O nióbio é outra riqueza do Brasil, que detém mais de 95% das re-
coloridas inseridas por este autor na Tabela Periódica convencional, servas mundiais. Esse elemento é usado em supercondutores, e tem
para preservar o seu formato.16 um grande potencial de ser explorado tecnologicamente.
A Tabela Periódica da Vida, reproduzida na Figura 4, é uma No Brasil ainda é comum a exploração mineral predatória ou com
proposta do autor apresentada no livro de Química Bioinorgânica.17 A baixa tecnologia, provocando danos irreparáveis ao meio ambiente
472 Toma Quim. Nova

Figura 4. Tabela Periódica da Vida, mostrando os elementos de constituição C, N, O, H, P que compõem de 1 a 60% do organismo, depois os elementos eletro-
líticos e de suporte, como Cl, Na, K, Mg e Ca, presentes em teores de 0,01 a 1%, e os elementos traço que ocorrem abaixo de 0,01% mas respondem por grande
parte da atividade enzimática atuando diretamente no sítio ativo ou como cofatores. Os elementos usados na medicina atual também estão indicados na Tabela.

e colocando em risco a vida da população. Em contraponto, um dos 2. Mendelejew, D.; Zeitsch.Chem. 1869, 12, 405.
aspectos que está em pauta em todo o mundo é a mineração urbana, 3. Tolentino, M.; Rocha, R. C.; Chagas, A. P.; Quim. Nova 1997, 20, 103.
atividade voltada para a extração e reaproveitamento dos elementos 4. Greenberg, A.; Trad. Toma, H. E., Corio, P.; Osório, V. K. L. Uma breve
químicos, como forma de preservar os recursos naturais e promover história da Química, Edgard Blucher, São Paulo, 2009.
a despoluição provocada pelos descartes da indústria eletro-eletrôni- 5. Ihde, A. J.; The development of modern chemistry, Harper & Row, New
ca.19,20 Pensar na Tabela Periódica, com seus elementos, recursos e es- York, 1964.
tratégias, é um passo importante em rumo à sustentabilidade mineral. 6. Toma, H. E.; Nanotecnologia molecular - materiais e dispositivos,
Edgard Blucher, São Paulo, 2016.
CONCLUSÃO 7. Couter, P. L.; Burreson, J.; Trad. Borges, M. L. X.; Os botões de
Napoleão. Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2003.
O Ano Internacional da Tabela Periódica21,22 é um estímulo 8. Gray, T.; Trad. Toma, H. E.; Os Elementos, Edgard Blucher, São Paulo,
e oportunidade para reflexão, colocando a Química no centro da 2011.
atenção, com suas implicações de natureza histórica, econômica, 9. Meyer, L.; Liebigs Ann. Chem. 1870, 7, 354.
social e futurística. Nesse contexto, grandes nomes que já foram 10. Longuet-Higgins, H. C.; J. Chem. Ed. 1957, 34, 30.
citados merecem ser relembrados, e as noções da atomística quântica 11. Deming, H.; General Chemistry: an elementary survey, John Wiley &
embutida na Tabela Periódica precisam ser incorporadas no ensino Sons, New York, 1923.
em todos os níveis, para propagar uma compreensão correta dos 12. Fluck, E.; Pure App. Chem. 1988, 60, 431.
elementos e da própria Química. Por isso, esta iniciativa da ONU 13. Leach, M. R.; The internet data base of periodic tables. https://www.
deve ser celebrada pela sociedade. A Tabela Periódica é uma grande meta-synthesis.com/webbook/35_pt/pt_database.php, acessada em
conquista da Ciência. fevereiro de 2019.
14. Jürgen, H.; Seeger, Q.; The periodic table through history: Who charted
AGRADECIMENTOS the elements? Wiley VCH, 2007.
15. IUPAC; The periodic table of isotopes. 2011.
Ao apoio da FAPESP – Projeto Temático 2013/24725-4 e CNPq 16. Toma, H.; Estrutura atômica, ligações e estereoquímica, Edgard
405301/2013-8 (Projeto de Tecnologia Mineral – Terras Raras), e aos Blucher, São Paulo, 2018.
colegas Alceu T. Silveira Jr, Fernando M. de Melo e Delmarcio G. 17. Toma, H.; Química Bioinorgânica e Ambiental, Edgard Blucher, São
da Silva pela leitura crítica deste artigo. Paulo, 2015.
18. Hunt, A.; Matharu, A.; King, A.; Clark, J.; Green Chem. 2015, 17, 1949.
REFERÊNCIAS 19. Toma, H. E.; Green Chem. 2015, 17, 2027.
20. Condomitti, U.; Almeida, S. N.; Silveira, A.T.; de Melo, F. M.; Toma,
1. UNESCO. 2019 - International Year of the Periodic Table of Chemical H. E.; J. Braz. Chem. Soc., 2018, 29, 948.
Elements. http://www.unesco.org/new/en/brasilia/about-this-office/ 21. Szuromi, P.; Science, 2019, 363, 464.
prizes-and-celebrations/2019-international-year-of-the-periodic-table- 22. Editorial; Nature, 2019, 565, 535.
of-chemical-elements/. acessada em fevereiro de 2019.

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Grupo
1
1 Ta b e l a P e r i ó d i c a d o s E l e m e n t o s na Webboom
Grupo
2
18
1s1 1s2
Distribuição electrónica
1.° Período

1,00794 4,002602
por níveis de energia 2-8-14-2 Configuração electrónica
H Massa atómica (1) 55,845
[Ar] 3d6 4s2 He
Hidrogénio Símbolo químico (3) Hélio
1 +1–1
2,20 Grupo 2 Nome Fe Grupo 13 Grupo 14 Grupo 15 Grupo 16 Grupo 17 2 –

2-1 2-2 Ferro
Estados de oxidação (4) 2-3 2-4 2-5 2-6 2-7 2-8
[He] 2s1 [He] 2s2
N.° atómico (2) 26 +6+3+2
Electronegatividade (Pauling)
[He] 2s2 2p1 [He] 2s2 2p2 [He] 2s2 2p3 [He] 2s2 2p4 [He] 2s2 2p5 [He] 2s2 2p6
2.° Período

6,941 9,012182 1,83 10,811 12,0107 14,00674 15,9994 18,9984032 20,1797

Li Be B C N O F Ne
Lítio Berílio (1) Massas atómicas relativas ao átomo de carbono-12 e recomendadas pela IUPAC em 1999. Os valores apresentados entre ( ) indicam o número de massa Boro Carbono Azoto Oxigénio Flúor Néon
3 +1
0,98
4 +2
1,57 do isótopo mais estável desse elemento. 5 +3
2,04
6 ±4+2–1
2,55
7 +5+4+3–3±2±1
3,04
8 –2–1
3,44
9 –1
3,98
10 –

2-8-1 2-8-2 (2) Elementos representativos Elementos de transição Elementos de transição internos Gases nobres. 2-8-3 2-8-4 2-8-5 2-8-6 2-8-7 2-8-8
[Ne] 3s1 [Ne] 3s2 [Ne] 3s2 3p1 [Ne] 3s2 3p2 [Ne] 3s2 3p3 [Ne] 3s2 3p4 [Ne] 3s2 3p5 [Ne] 3s2 3p6
3.° Período

3
22,989770 24,3050 ( ) Estados físicos nas condições normais de pressão e temperatura: Preto – sólido. Azul – líquido. Vermelho – gasoso. Cinza – preparado por síntese. 26,981538 28,0855 30,973761 32,066 35,4527 39,948

Na Mg (4) A negro estão representados os estados mais comuns. Al Si P S Cl Ar


Sódio Magnésio Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Árgon
11 +1
0,93
12 +2
1,31 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Grupo 8 Grupo 9 Grupo 10 Grupo 11 Grupo 12 13 +3
1,61
14 +4+2–4
1,90
15 +5+4±3
2,19
16 +6+4±2
2,58
17 +7+5+3+1–1
3,16
18 –

2-8-8-1 2-8-8-2 2-8-9-2 2-8-10-2 2-8-11-2 2-8-13-1 2-8-13-2 2-8-14-2 2-8-15-2 2-8-16-2 2-8-18-1 2-8-18-2 2-8-18-3 2-8-18-4 2-8-18-5 2-8-18-6 2-8-18-7 2-8-18-8
[Ar] 4s1 [Ar] 4s2 [Ar] 3d1 4s2 [Ar] 3d2 4s2 [Ar] 3d3 4s2 [Ar] 3d5 4s1 [Ar] 3d5 4s2 [Ar] 3d6 4s2 [Ar] 3d7 4s2 [Ar] 3d8 4s2 [Ar] 3d10 4s1 [Ar] 3d10 4s2 [Ar] 3d10 4s2 4p1 [Ar] 3d10 4s2 4p2 [Ar] 3d10 4s2 4p3 [Ar] 3d10 4s2 4p4 [Ar] 3d10 4s2 4p5 [Ar] 3d10 4s2 4p6
4.° Período

39,0983 40,078 44,955910 47,867 50,9415 51,9961 54,938049 55,845 58,933200 58,6934 63,546 65,39 69,723 72,61 74,92160 78,96 79,904 83,80

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crómio Manganésio Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsénio Selénio Bromo Crípton
19 +1
0,82
20 +2
1,00
21 +3
1,36
22 +4+3+2
1,54
23 +5+4+3+2
1,63
24 +6+3+2
1,66
25 +7+6+4+3+2
1,55
26 +6+3+2
1,83
27 +6+3+2
1,88
28 +3+2
1,91
29 +2+1
1,90
30 +2
1,65
31 +3
1,81
32 +4+2–4
2,01
33 +5+3–3
2,18
34 +6+4–2
2,55
35 +7+5+3+1–1
2,96
36 +2
3,00
2-8-18-8-1 2-8-18-8-2 2-8-18-9-2 2-8-18-10-2 2-8-18-12-1 2-8-18-13-1 2-8-18-13-2 2-8-18-15-1 2-8-18-16-1 2-8-18-18-0 2-8-18-18-1 2-8-18-18-2 2-8-18-18-3 2-8-18-18-4 2-8-18-18-5 2-8-18-18-6 2-8-18-18-7 2-8-18-18-8
[Kr] 5s1 [Kr] 5s2 [Kr] 4d1 5s2 [Kr] 4d2 5s2 [Kr] 4d4 5s1 [Kr] 4d5 5s1 [Kr] 4d5 5s2 [Kr] 4d7 5s1 [Kr] 4d8 5s1 [Kr] 4d10 [Kr] 4d10 5s1 [Kr] 4d10 5s2 [Kr] 4d10 5s2 5p1 [Kr] 4d10 5s2 5p2 [Kr] 4d10 5s2 5p3 [Kr] 4d10 5s2 5p4 [Kr] 4d10 5s2 5p5 [Kr] 4d10 5s2 5p6
5.° Período

85,4678 87,62 88,90585 91,224 92,90638 95,94 (98) 101,07 102,90550 106,42 107,8682 112,411 114,818 118,710 121,760 127,60 126,90447 131,29

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircónio Nióbio Molibdénio Tecnécio Ruténio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Antimónio Telúrio Iodo Xénon
37 +1
0,82
38 +2
0,95
39 +3
1,22
40 +4
1,33
41 +5+3
1,6
42 +6+5+4+3+2
2,16
43 +7+6+4
1,9
44 +8+6+4+3+2
2,2
45 +5+4+3+2+1
2,28
46 +4+2
2,20
47 +1
1,93
48 +2
1,69
49 +3
1,78
50 +4+2
1,96
51 +5+3–3
2,05
52 +6+4–2
2,1
53 +7+5+3+1–1
2,66
54 +6+4+2
2,6
2-8-18-18-8-1 2-8-18-18-8-2 2-8-18-32-10-2 2-8-18-32-11-2 2-8-18-32-12-2 2-8-18-32-13-2 2-8-18-32-14-2 2-8-18-32-15-2 2-8-18-32-17-1 2-8-18-32-18-1 2-8-18-32-18-2 2-8-18-32-18-3 2-8-18-32-18-4 2-8-18-32-18-5 2-8-18-32-18-6 2-8-18-32-18-7 2-8-18-32-18-8
[Xe] 6s1 [Xe] 6s2 [Xe] 4f14 5d2 6s2 [Xe] 4f14 5d3 6s2 [Xe] 4f14 5d4 6s2 [Xe] 4f14 5d5 6s2 [Xe] 4f14 5d6 6s2 [Xe] 4f14 5d7 6s2 [Xe] 4f14 5d9 6s1 [Xe] 4f14 5d10 6s1 [Xe] 4f14 5d10 6s2 [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p1 [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p2 [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p3 [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p4 [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p5 [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p6
6.° Período

132,90545 137,327 178,49 180,9479 183,84 186,207 190,23 192,217 195,078 196,96655 200,59 204,3833 207,2 208,98038 (209) (210) (222)

Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Césio Bário Háfnio Tântalo Tungsténio Rénio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polónio Ástato Radão
55 +1
0,79
56 +2
0,89
72 +4
1,3
73 +5
1,5
74 +6+5+4+3+2
2,36
75 +7+6+4+2–1
1,9
76 +8+6+4+3+2
2,2
77 +6+4+3+2+1
2,20
78 +4+2
2,28
79 +3+1
2,54
80 +2+1
2,00
81 +3+1
2,04
82 +4+2
2,33
83 +5+3
2,02
84 +6+4+2
2,0
85 +7+5+3+1–1
2,2
86 +2

2-8-18-32-18-8-1 2-8-18-32-18-8-2 2-8-18-32-32-10-2 2-8-18-32-32-11-2 2-8-18-32-32-12-2 2-8-18-32-32-13-2 2-8-18-32-32-14-2 2-8-18-32-32-15-2 2-8-18-32-32-17-1 2-8-18-32-32-18-1 2-8-18-32-32-18-2 2-8-18-32-32-18-4 2-8-18-32-32-18-6 2-8-18-32-32-18-8
[Rn] 7s1 [Rn] 7s2 [Rn] 5f14 6d2 7s2 [Rn] 5f14 6d3 7s2 [Rn] 5f14 6d4 7s2 [Rn] 5f14 6d5 7s2 [Rn] 5f14 6d6 7s2 [Rn] 5f14 6d7 7s2 [Rn] 5f14 6d9 7s1 [Rn] 5f14 6d10 7s1 [Rn] 5f14 6d10 7s2 [Rn] 5f14 6d10 7s2 7p2 [Rn] 5f14 6d10 7s2 7p4 [Rn] 5f14 6d10 7s2 7p6
7.° Período

(223) (226) (261) (262) (263) (264) (265) (268) (269) (272) (277) (285) (289) (293)

Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Uun Uuu Uub Uuq Uuh Uuo


Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Ununnílio Ununúnio Unúmbio Ununquádio Ununhéxio Ununóctio
87 +1
0,7
88 +2
0,9
104 +4

105 +5

106 +6

107 +5

108 +3

109 +2

110 –

111 –

112 –

114 –

116 –

118 –

2-8-18-18-9-2 2-8-18-19-9-2 2-8-18-21-8-2 2-8-18-22-8-2 2-8-18-23-8-2 2-8-18-24-8-2 2-8-18-25-8-2 2-8-18-25-9-2 2-8-18-27-8-2 2-8-18-28-8-2 2-8-18-29-8-2 2-8-18-30-8-2 2-8-18-31-8-2 2-8-18-32-8-2 2-8-18-32-9-2
[Xe] 5d1 6s2 [Xe] 4f1 5d1 6s2 [Xe] 4f3 5d0 6s2 [Xe] 4f4 5d0 6s2 [Xe] 4f5 5d0 6s2 [Xe] 4f6 5d0 6s2 [Xe] 4f7 5d0 6s2 [Xe] 4f7 5d1 6s2 [Xe] 4f9 5d0 6s2 [Xe] 4f10 5d0 6s2 [Xe] 4f11 5d0 6s2 [Xe] 4f12 5d0 6s2 [Xe] 4f13 5d0 6s2 [Xe] 4f14 5d0 6s2 [Xe] 4f14 5d1 6s2
6.° Período

138,9055 140,116 140,90765 144,24 (145) 150,36 151,964 157,25 158,92534 162,50 164,93032 167,26 168,93421 173,04 174,967
Para a elaboração desta tabela foram
consultadas diversas fontes, entre as
quais:
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
• IUPAC (International Union of Pure 57 +3
1,10
58 +4+3
1,12
59 +4+3
1,13
60 +3
1,14
61 +3
1,13
62 +3+2
1,17
63 +3+2
1,2
64 +3
1,20
65 +4+3
1,2
66 +3
1,22
67 +3
1,23
68 +3
1,24
69 +3+2
1,25
70 +3+2
1,1
71 +3
1,27
and Applied Chemistry); 2-8-18-32-18-9-2 2-8-18-32-18-10-2 2-8-18-32-20-9-2 2-8-18-32-21-9-2 2-8-18-32-22-9-2 2-8-18-32-24-8-2 2-8-18-32-25-8-2 2-8-18-32-25-9-2 2-8-18-32-27-8-2 2-8-18-32-28-8-2 2-8-18-32-29-8-2 2-8-18-32-30-8-2 2-8-18-32-31-8-2 2-8-18-32-32-8-2 2-8-18-32-32-9-2
[Rn] 6d1 7s2 [Rn] 6d2 7s2 [Rn] 5f2 6d1 7s2 [Rn] 5f3 6d1 7s2 [Rn] 5f4 6d1 7s2 [Rn] 5f6 6d0 7s2 [Rn] 5f7 6d0 7s2 [Rn] 5f7 6d1 7s2 [Rn] 5f9 6d0 7s2 [Rn] 5f10 6d0 7s2 [Rn] 5f11 6d0 7s2 [Rn] 5f12 6d0 7s2 [Rn] 5f13 6d0 7s2 [Rn] 5f14 6d0 7s2 [Rn] 5f14 6d1 7s2
• MIT (Massachusetts Institute of
7.° Período

Technology); (227) 232,0381 231,03588 238,0289 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (262)

• University of Sheffield; Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
• Peter Atkins; Actínio Tório Protactínio Urânio Neptúnio Plutónio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstêinio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
• Raymond Chang.
89 +3
1,1
90 +4
1,3
91 +5+4
1,5
92 +6+5+4+3
1,38
93 +6+5+4+3
1,36
94 +6+5+4+3
1,28
95 +6+5+4+3
1,3
96 +4+3
1,3
97 +4+3
1,3
98 +4+3
1,3
99 +3
1,3
100 +3
1,3
101 +3
1,3
102 +3+2
1,3
103 +3
1,3
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Grupo 1
37,3 1312,0 14,01
Ta b e l a P e r i ó d i c a d o s E l e m e n t o s a –1
na Webboom
50
Grupo
2372,3 0,95
18
30 – 20,28 Raio atómico (pm) Energia de 1. ionização (kJ mol ) (1) Cúbica Cúbica de corpo centrado Cúbica de faces centradas Hexagonal Romboédrica Tetragonal Ortorrômbica 93 5250,5 4,22
1.° Período

208(–1) 0,1805 93(1) 0,1513


14,42 Energia de 2.a ionização (kJ mol–1) Monoclínica. 20,79
Raio covalente (pm) 124,1 762,5 1811
H Raio iónico (pm)
116 1561,9 3134
64(3) 80,1
Ponto de fusão (K) (5) (2) Para o óxido de estado de oxidação mais elevado: Fortemente ácido Ácido Anfotérico Alcalino Fortemente alcalino. He
Hidrogénio Ponto de ebulição (K) ( ) 6 (3) À pressão de 0,1 MPa e à temperatura de 298,15 K. Nos ele- Hélio
1 14,10 0,0899 Grupo 2 Estrutura cristalina (1)
76(2) 25,07
Grupo 13 Grupo 14 Grupo 15 Grupo 16 Grupo 17 2 31,81 0,179
152,1 520,2 453,69 111,3 899,5 1560
123 7298,1 1615 89 1757,1 2742 Propriedades
Fe Condutividade térmica
(W m–1 K–1) (7)
mentos no estado líquido ou gasoso o valor apresentado é refe-
rente ao estado sólido, no ponto de fusão. 88,2 800,6 2349 77,2 1086,5 3800 74,2 1402,3 63,05 66,4 1313,9 54,8 64,1 1681,0 53,53
80 2427,1 4200 73 2352,6 4300 69 2856 77,36 73 3388,3 90,2 72 3374,2 85,03
60 2080,7 24,56
69 3952,3 27,07
Ferro
26 (4) À pressão de 0,1 MPa. Sólidos e líquidos em g cm–3 e à tempera- 20(3)
2.° Período

60(1) 85,1 31(2) 190 27,1 15(4) 155 11(5) 0,02583 176(–1) 0,02658 136(–1) 0,0277 112(1) 0,0491
24,86 16,45 ácido-base (2) 7,09 7,874
Capacidade térmica molar –3 11,09 260(–4) 8,52 171(–3) 14,60 140(–2) 14,72 15,65 20,79
tura de 293,15 K; gases em kg m e à temperatura de 273,15 K.
Li Be Volume molar
(cm3 mol–1) (3)
Massa volúmica
(J mol–1 K–1) (8) (5) À pressão de 0,1 MPa com excepção do He (2,63 MPa) e do
As (3,60 MPa).
B C N O F Ne
3
Lítio
4
Berílio (g cm–3 ou kg m–3) (4) Boro Carbono
5
Azoto
6
Oxigénio Flúor
7 8 9 10
Néon
13,02 0,535 4,85 1,848
(6) À pressão de 0,1 MPa. O valor indicado para o As é o do seu 4,39 2,460 5,29 2,267 17,31 1,251 14,11 1,429 17,09 1,696 16,92 0,901
185,8 495,8 370,87 159,9 737,7 923 143,2 577,5 933,47 117,6 786,5 1687 110,5 1011,8 317,3 103,5 999,6 388,36 99,4 1251,2 171,6 88 1520,6 83,8
Diferença de ponto de sublimação.
157 4562 1156 136 1450,7 1363 0,1 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 125 1816,7 2792 110 1577,1 3173 102 1907 550 100 2252 717,87 99 2298 239,11 98 2665,8 87,3
electronegatividade (7) À pressão de 0,1 MPa.
3.° Período

95(1) 140 65(2) 160 50(3) 235 41(4) 150 34(5) 0,236 29(6) 0,205 26(7) 0,0089 154(1) 0,01772
28,28 24,79 Percentagem de 24,28 271(–4) 19,66 212(–3) 23,82 184(–2) 22,77 49(1);181(–1) 17,02 20,79
0,5 1 4 9 15 22 30 39 47 55 63 70 76 82 86 89 92 (8) Valores indicados para 1 mol de átomos à pressão de 0,1 MPa e
Na Mg carácter iónico à temperatura de 298,15 K. Al Si P S Cl Ar
Sódio Magnésio Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Árgon
11 23,78 0,968 12 14,00 1,738 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Grupo 8 Grupo 9 Grupo 10 Grupo 11 Grupo 12 13 10,00 2,700 14 12,06 2,330 15 17,02 1,823 16 15,53 1,960 17 18,71 3,165 18 24,22 1,784
227,2 418,8 336,53 197,4 589,8 1115 160,6 633,1 1814 144,8 658,8 1941 131,1 650,9 2183 124,9 652,9 2180 136,7 717,3 1519 124,1 762,5 1811 125,3 760,4 1768 124,6 737,1 1728 127,8 745,5 1357,77 133,5 906,4 692,68 153,1 578,8 302,91 122,5 762 1211,4 121,1 947,0 1090 116,0 941,0 494 114,5 1139,9 265,8 106 1350,8 115,79
203 3052 1032 174 1145,4 1757 144 1235,0 3103 132 1309,8 3560 122 1414 3680 118 1590,6 2944 118 1509,0 2334 116 1561,9 3134 116 1648 3200 115 1753,0 3186 117 1957,9 3200 125 1733,3 1180 144 1979,3 2477 117 1537,5 3093 118 1798 889 108 2045 958 114 2103 332 110 2350,4 119,93
4.° Período

133(1) 100 99(2) 200 81(3) 16,1 68(4) 22,1 59(5) 31,1 52(6) 94,1 46(7) 7,8 64(3) 80,1 63(3) 100 62(3) 91,2 69(2) 400 74(2) 120 62(3) 40,6 53(4) 60,2 47(5) 50,2 50(4) 0,52 39(7) 0,12 169(1) 0,00943
29,60 25,93 25,53 90(2) 25,03 74(3) 24,91 69(3);84(2) 23,35 80(2) 26,37 76(2) 25,07 74(2) 24,81 72(2) 26,06 96(1) 24,47 25,37 25,87 90(2);272(–4) 23,24 222(–3) 24,72 198(–2) 25,27 62(1);195(–1) 18,06 20,78

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crómio Manganésio Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsénio Selénio Bromo Crípton
19 45,94 0,856 20 26,20 1,550 21 15,00 2,985 22 10,64 4,507 23 8,32 6,110 24 7,23 7,140 25 7,35 7,470 26 7,09 7,874 27 6,67 8,900 28 6,59 8,908 29 7,11 8,920 30 9,16 7,140 31 11,80 5,904 32 13,63 5,323 33 12,95 5,727 34 16,42 4,819 35 23,52 3,121 36 32,23 3,733
247,5 403,0 312,46 215,1 549,5 1050 177,6 600 1799 159,0 640,1 2128 142,9 652,1 2750 136,3 684,3 2896 135,2 702 2430 132,5 710,2 2607 134,5 719,7 2237 137,6 804,4 1828,05 144,5 731,0 1234,93 148,9 867,8 594,22 162,6 558,3 429,75 154,2 708,6 505,08 145,0 834 903,78 137,1 869,3 722,66 133,1 1008,4 386,85 125 1170,4 161,4
216 2633 961 191 1064,2 1655 162 1180 3609 145 1270 4682 134 1380 5017 130 1560 4912 127 1470 4538 125 1620 4423 125 1740 3968 128 1870 3236 134 2070 2435 141 1631,4 1040 150 1820,7 2345 145 1411,8 2875 141 1594,9 1860 131 1790 1261 133 1845,9 457,4 130 2046,4 165,1
5.° Período

166(1) 58,2 132(2) 35,1 104(3) 17,2 73(4) 23,2 78(5) 54,2 73(6);79(4) 139 70(7) 51,2 50(8) 120 69(5) 150 75,5(4) 72,3 114(1) 430 92(2) 97,2 76(3) 82,3 69(4) 67,2 74(5) 24,3 57(6) 3,1 56(7) 0,449 54(8) 0,00565
31,02 26,29 26,67 25,36 86(3) 24,62 83(3);92(2) 23,99 78,5(4) 23,52 76(4);82(3) 24,05 74(4);80,5(3) 24,90 78(2) 25,97 25,03 26,19 26,75 93(2) 27,07 90(3) 25,20 80(4);221(–2) 25,78 109(5);206(–1) 27,16 190(1) 20,74

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircónio Nióbio Molibdénio Tecnécio Ruténio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Antimónio Telúrio Iodo Xénon
37 55,76 1,532 38 33,94 2,630 39 19,88 4,472 40 14,02 6,511 41 10,83 8,570 42 9,38 10,280 43 8,63 11,500 44 8,17 12,370 45 8,28 12,450 46 8,56 12,023 47 10,27 10,490 48 13,00 8,650 49 15,76 7,130 50 16,29 7,310 51 18,19 6,697 52 20,46 6,240 53 25,72 4,660 54 42,91 5,861
265,5 375,7 301,59 217,4 502,9 1000 156,4 658,5 2506 143,0 761 3290 137,0 770 3695 137,1 760 3459 133,8 840 3306 135,7 880 2739 137,3 870 2041,4 144,2 890,1 1337,33 150,3 1007,1 234,32 178,0 589,4 577 177,0 715,4 600,61 175,2 703 544,4 167,3 812,1 527 145 920 575 140 1037 202
253 2234,3 944 198 965,2 2143 144 1440 4876 134 1500 5731 130 1700 5828 128 1260 5869 126 1600 5285 127 1600 4701 130 1791 4098 134 1980 3129 144 1810 629,88 163 1971 1746 154 1450,5 2022 167 1610 1837 146 1834 1235 145 1737 610 145 1930 211,3
6.° Período

181(1) 36,1 149(2) 18,2 72(4) 23,3 78(5) 57,1 56(6) 170 67(7) 48,1 53(8);69(6) 88,2 76,5(4) 150 71(4) 72,2 82(3) 320 110(2) 8,3 89(3) 46,1 79(4) 35,1 90(5) 8,1 81(6) – 76(7) 2,3 – 0,00361
31,90 28,01 84(3) 24,99 25,33 76(5);80(4) 23,90 69(6);77(4) 25,51 77(4);81(3) 24,73 82(3) 24,99 74(2) 25,36 151(1) 25,21 133(1) 28,08 164(1) 26,37 133(2) 26,73 117(3) 25,50 108(4) 25,80 227(–1) – 20,87

Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Césio Bário Háfnio Tântalo Tungsténio Rénio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polónio Ástato Radão
55 70,94 1,879 56 38,16 3,510 72 13,44 13,310 73 10,85 16,650 74 9,47 19,250 75 8,86 21,020 76 8,42 22,610 77 8,52 22,650 78 9,09 21,090 79 10,21 19,300 80 14,09 13,594 81 17,22 11,850 82 18,26 11,340 83 21,31 9,780 84 22,97 9,196 85 – – 86 50,50 9,911
270 380 300 223 509,3 973 150 491 – 139 636 – 132 732 – 128 568 – 126 667 – – 800 – – 956 – – – – – – – – – – – – – – – –
– 2123 950 – 979,0 2010 – – – – – – – – – – 1803 – – 1697 – – 1823 – – 1890 – – – – – – – – – – – – – – – –
7.° Período

194(1) 15 162(2) 19,3 67(4) – 68(5) – 86(5) – 83(3) – 80(4) – 83(2) – – – – – – – – – – – – –


31,7 21,24 – – – – – – – – – – – –

Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Uun Uuu Uub Uuq Uuh Uuo


Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Ununnílio Ununúnio Unúmbio Ununquádio Ununhéxio Ununóctio
87 92,04 2,412 88 41,09 5,000 104 – – 105 – – 106 – – 107 – – 108 – – 109 – – 110 – – 111 – – 112 – – 114 – – 116 – – 118 – –

187,0 538,1 1193 182,5 534,4 1068 182,0 527 1208 181,4 533,1 1297 180 540 1373 179 544,5 1345 199,5 547,1 1099 178,7 593,4 1585 176,3 565,8 1629 175,2 573,0 1680 174,3 581,0 1734 173,4 589,3 1770 172,4 596,7 1818 194,0 603,4 1097 171,8 523,5 1925
169 1067 3743 165 1050 3633 165 1020 3563 164 1040 3373 163 1050 3273 162 1070 2076 185 1085 1800 161 1170 3523 159 1110 3503 159 1130 2840 158 1140 2993 157 1150 3141 156 1160 2223 174 1174,8 1469 156 1340 3675
6.° Período

117,2(3) 13,2 101(4) 11,2 99(4) 13,3 112,3(3) 17,1 111(3) 15,3 109,8(3) 13,3 108,7(3) 14,4 107,8(3) 11,3 90(4) 11,2 105,2(3) 11,2 104,1(3) 16,3 103(3) 15,2 102(3) 17,2 100,8(3) 39,3 100(3) 16,1
26,39 115(3) 26,62 113(3) 27,20 27,41 26,83 141(2) 29,62 131(2) 27,66 37,11 106(3) 28,61 28,11 27,21 28,10 117(2) 27,03 116(2) 26,82 26,25

La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
57 22,39 6,146 58 20,69 6,689 59 20,8 6,640 60 20,59 6,800 61 20,23 7,264 62 19,98 7,353 63 28,97 5,244 64 19,90 7,901 65 19,30 8,219 66 19,01 8,551 67 18,74 8,795 68 18,46 9,066 69 19,1 9,321 70 24,84 6,570 71 17,78 9,841
187,8 499 1323 179,8 587 2115 156,1 568 1841 138,5 597,6 1405,3 130,0 604,5 910 151,3 584,7 912,5 172 578 1449 174 581 1613 170 601 1259 169 608 1173 203 619 1133 – 627 1800 – 635 1100 – 642 1100 – 416 1900
– 1170 3573 165 1110 5093 – 1105 4300 142 1123 4200 – 1138 4273 – 1081 3503 – 1171 2880 – 1194 3383 – 1212 – – 1140 – – 1157 – – 1170 – – 1185 – – 1200 – – 1350 –
7.° Período

126(3) 12,3 108(4) 54,3 92(5) 47,2 66(6);90(5) 27,2 86(6);89(5) 6,2 85(6);88(5) 6,2 109(4) 10,2 99(4) 10 97(4) 10,1 96,1(4) 10 98(3) 10 91(3) 10 90(3) 10 124(2) 10 88(3) 10
27,24 26,22 104(4) 27,72 114(4);116,5(3) 28,56 112(4);115(3) 29,61 100(4);114(3) 31,72 123(3) 25,91 111(3) 27,70 110(3) – 109(3);117(2) – – – – – –

Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Actínio Tório Protactínio Urânio Neptúnio Plutónio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstêinio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
89 22,55 10,070 90 19,80 11,724 91 15,18 15,370 92 12,49 19,050 93 11,59 20,450 94 12,29 19,816 95 17,63 13,722 96 18,05 13,510 97 16,84 14,780 98 16,50 15,112 99 28,52 – 100 – – 101 – – 102 – – 103 – –
2019 é o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos.
TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS
2019 · ANO INTERNACIONAL ⁄ 150 ANOS

* A massa atómica é truncada à segunda casa decimal e apresentada apenas para os elementos cujo valor padrão é consensual.
Uma resolução das Nações Unidas e da UNESCO para celebrar a criação
de uma das ferramentas mais importantes na história da ciência.

Em 1869 Dmitry Mendeleev criou o Sistema Periódico dos Elementos


Químicos. Passados 150 anos celebramos a criação da ferramenta que
permitiu prever as propriedades da matéria – na Terra, ou em qualquer parte
do Universo. Numa obra prima, as essências da química, da física, da biologia,
e das ciências que delas floresceram, encontram-se reunidas.

grupo

número atómico
símbolo químico

nome do elemento

massa atómica*
período

Não metais Metais alcalinos Metais alcalinoterrosos Metais de transição Metais representativos Semimetais Halogéneos Gases nobres Lantanídeos Actinídeos
The Periodic Table of the Elements, in Pictures
Alkali Noble
Solid The color of the symbol is
Metals Atomic Gases
Periods

Number
the color of the element in Color Key
Group 1 Atomic number of
Liquid its most common pure form. 18
Symbol protons Examples metallic solid Metals Nonmetals
H 1 Gas red liquid He 2
Hydrogen Symbols at room colorless gas Helium
Alkali temperature H

1 Earth A Z Human Body Boron Carbon Nitrogen Oxygen 1

Noble Gases
No Met Poo ls
Alkali Earth Metals
Metals _____ium Group Group Group Group Halogens

nm
top ten elements by weight

Alkali Metals

Halogens
et
Sun and Earth's Crust
2 13 14 15 16 17

als ids
Stars Name top eight elements by weight Transition Metals Balloons

all
o
Me
Li 3 Be 4 Magnetic B 5C 6N 7O 8F 9 Ne 10

r
ta
Lithium Beryllium ferromagnetic at room temperature Boron Carbon Nitrogen Oxygen Fluorine Neon
Widgets Noble Metals Superheavy Elements
corrosion-resistant
2 Radioactive
2
Rare Earth Metals
all isotopes are radioactive
How it is (or was) used Actinide Metals
Only Traces Found in Nature Sports Basis of Life's Advertising
Batteries Emeralds or where it occurs in nature less than a millionth percent of earth's crust Equipment Molecules Protein Air Toothpaste Signs
Na 11 Mg 12 Never Found in Nature Al 13 Si 14 P 15 S 16 Cl 17 Ar 18
Sodium Magnesium only made by people Aluminum Silicon Phosphorus Sulfur Chlorine Argon

3 3
Transition Metals
Stone, Sand, Swimming
Salt Chlorophyll 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Airplanes and Soil Bones Eggs Pools Light Bulbs
K 19 Ca 20 Sc 21 Ti 22 V 23 Cr 24 Mn 25 Fe 26 Co 27 Ni 28 Cu 29 Zn 30 Ga 31 Ge 32 As 33 Se 34 Br 35 Kr 36
Potassium Calcium Scandium Titanium Vanadium Chromium Manganese Iron Cobalt Nickel Copper Zinc Gallium Germanium Arsenic Selenium Bromine Krypton

4 4
Fruits and Shells and Stainless Steel Electric Brass Light-Emitting Semiconductor Photography
Vegetables Bones Bicycles Aerospace Springs Steel Earthmovers Structures Magnets Coins Wires Instruments Diodes (LEDs) Electronics Poison Copiers Film Flashlights
Rb 37 Sr 38 Y 39 Zr 40 Nb 41 Mo 42 Tc 43 Ru 44 Rh 45 Pd 46 Ag 47 Cd 48 In 49 Sn 50 Sb 51 Te 52 I 53 Xe 54
Rubidium Strontium Yttrium Zirconium Niobium Molybdenum Technetium Ruthenium Rhodium Palladium Silver Cadmium Indium Tin Antimony Tellurium Iodine Xenon

5 5
Global Chemical Mag Lev Cutting Radioactive Electric Searchlight Pollution Liquid Crystal Plated Car Thermoelectric High-Intensity
Navigation Fireworks Lasers Pipelines Trains Tools Diagnosis Switches Reflectors Control Jewelry Paint Displays (LCDs) Food Cans Batteries Coolers Disinfectant Lamps
Cs 55 Ba 56 57 - 71 Hf 72 Ta 73 W 74 Re 75 Os 76 Ir 77 Pt 78 Au 79 Hg 80 Tl 81 Pb 82 Bi 83 Po 84 At 85 Rn 86
Cesium Barium Hafnium Tantalum Tungsten Rhenium Osmium Iridium Platinum Gold Mercury Thallium Lead Bismuth Polonium Astatine Radon
Rare
6 Earth 6
Metals
Atomic X-Ray Nuclear Mobile Lamp Rocket Low-Temperature Fire Anti-Static Radioactive Surgical
Clocks Diagnosis Submarines Phones Filaments Engines Pen Points Spark Plugs Labware Jewelry Thermometers Thermometers Weights Sprinklers Brushes Medicine Implants
Fr 87 Ra 88 89 - 103 Rf 104 Db 105 Sg 106 Bh 107 Hs 108 Mt 109 Ds 110 Rg 111 Cn 112 Nh 113 Fl 114 Mc 115 Lv 116 Ts 117 Og 118
Francium Radium Rutherfordium Dubnium Seaborgium Bohrium Hassium Meitnerium Darmstadtium Roentgenium Copernicium Nihonium Flerovium Moscovium Livermorium Tennessine Oganesson

Actinide
7 Metals 7
Superheavy Elements
Laser Luminous
Atom Traps Watches radioactive, never found in nature, no uses except atomic research
119 120 121...
8 La 57 Ce 58 Pr 59 Nd 60 Pm 61 Sm 62 Eu 63 Gd 64 Tb 65 Dy 66 Ho 67 Er 68 Tm 69 Yb 70 Lu 71
Lanthanum Cerium Praseodymium Neodymium Promethium Samarium Europium Gadolinium Terbium Dysprosium Holmium Erbium Thulium Ytterbium Lutetium
Rare
Earth 6
Metals
Telescope Lighter Torchworkers' Electric Motor Luminous Electric Motor Color MRI Fluorescent Smart Material Laser Optical Fiber Laser Scientific Photodynamic
Lenses Flints Eyeglasses Magnets Dials Magnets Televisions Diagnosis Lamps Actuators Surgery Communications Surgery Fiber Lasers Medicine
Ac 89 Th 90 Pa 91 U 92 Np 93 Pu 94 Am 95 Cm 96 Bk 97 Cf 98 Es 99 Fm 100 Md 101 No 102 Lr 103
Actinium Thorium Protactinium Uranium Neptunium Plutonium Americium Curium Berkelium Californium Einsteinium Fermium Mendelevium Nobelium Lawrencium

Actinide
Metals 7
Radioactive Gas Lamp Radioactive Nuclear Radioactive Nuclear Smoke Mineral Radioactive Mineral
Medicine Mantles Waste Power Waste Weapons Detectors Analyzers Waste Analyzers radioactive, never found in nature, no uses except atomic research

© 2005–2016 Keith Enevoldsen elements.wlonk.com Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License
Hydrogen belongs to no definite group. It forms
compounds by either donating an electron like an alkali
The Periodic Table of the Elements, in Words Noble Gases are inactive, or inert. Each atom
has exactly the number of electrons it needs to have
metal or accepting an electron like a halogen. Atoms Chemical Bonding a full outer shell, so these atoms almost never bond
with other atoms. That is why these are all gases.
Nucleus of Atoms form molecules by bonding together. Atoms give, take, or
Alkali Metals are very reactive Particles
share electrons to achieve full outer electron shells.
Periods

protons and
and readily form compounds but are neutrons
+1 Proton Metalloids are Nonmetals, in Halogens are reactive
Group 1 not found free in nature. They form 0 Neutron Na Cl H O H Ag Ag partly like metals and their solid state, nonmetals and readily 18
salts and alkali (acid-neutralizing) -1 Electron partly like nonmetals. are usually brittle form compounds but are
Electron Ag Ag Ag
H Hydrogen 1 compounds such as baking soda. In H H For example, they are (they break rather not found free in nature. He Helium 2
explosive gas, shells Na +
Cl -
O inert gas, second
Ag Ag semiconductors, which than bend) and They combine with alkali
lightest element; pure form, they are very soft metals Salt Water Silver lightest element;
An atom has a nucleus, made of protons and neutrons,
90% of atoms in which catch fire on contact with means they conduct they are insulators metals to form salts nuclear fusion
surrounded by electrons orbiting in cloud-like shells.
1 the universe,
sun and stars,
water. Smaller shells are surrounded by larger shells.
Ionic bond Covalent bond Metallic bond electricity in some of both heat and (halogen means in sun and stars, 1
One atom takes an Atoms share their Shared outer conditions. electricity. salt-former). balloons,
water (H20), The atomic number is the number of protons in an atom. electron from another outer electrons. electrons flow, lasers,
life's organic Alkali Earth This determines the chemical properties of the atom. atom and the oppositely conducting heat supercold
molecules 2 Metals are reactive Protons have positive electric charge, neutrons are neutral, charged ions attract. and electricity.
13 14 15 16 17 refrigerant
Li Lithium 3 Be Beryllium 4 and readily form and electrons are negative. Normally, an atom has equal Groups B Boron 5 C Carbon 6 N Nitrogen 7 O Oxygen 8 F Fluorine 9 Ne Neon 10
lightest metal, lightweight metal; compounds but are numbers of protons and electrons. An ion is a charged atom Elements in the same group, or column, are similar because they hard black solid; hard diamond, colorless gas; colorless gas; yellowish inert gas;
soft, reactive; non-sparking not found free in with more or fewer electrons than protons. typically have the same number of outer electrons. This table borax soap, soft graphite; 78% of air, 21% of air, H2O, poison gas, orange-red
lightweight copper alloy tools, nature. Their oxides The atomic weight of an element is the average number of shows some easy-to-remember common numbers for each group. fertilizer, basis of life's organic molecules, 65% of the body, most reactive neon tubes for
2 aluminum alloys, aerospace,
are called alkali protons plus neutrons. You can easily estimate the atomic stiff fibers, organic molecules, protein, muscles, organic molecules, element; advertising signs, 2
batteries, X-ray windows, weight: it is usually 2 to 2.5 times the atomic number.
Group number 1 2 3-12 13 14 15 16 17 18 sports equipment, animals, plants, DNA, ammonia, blood, breathing, glowing fluorite, lasers,
impact-resistant beryl gems: earths. In pure Outer electrons* 1 2 2 3 4 5 6 7 8 heat-resistant CO2, wood, paper, fertilizer, fire, half of toothpaste, supercold
ceramic cookware, emeralds and form, they are soft An element is a substance made from one or more atoms of
Valence number* +1 +2 +2 +3 +4,-4 -3 -2 -1 0 borosilicate glass, cloth, plastic, explosives (TNT), Earth's crust, nonstick cookware, refrigerant
mood stabilizer aquamarines and somewhat brittle the same atomic number. A compound is a substance made semiconductors coal, oil, gasoline refrigerants minerals, oxides CFC refrigerants
from two or more elements chemically bonded. * typical The valence number is the number of electrons
Na Sodium 11 Mg Magnesium 12 metals. given (+) or taken (-) when bonding. Al Aluminum 13 Si Silicon 14 P Phosphorus 15 S Sulfur 16 Cl Chlorine 17 Ar Argon 18
soft metal, lightweight metal; lightweight non- hard metalloid; glowing white waxy brittle yellow solid; greenish poison gas; inert gas;
reactive; chlorophyll in corroding metal; quartz, granite, solid (also red skin, hair, salt (NaCl), bleach, 1% of air,
salt (NaCl), nerves, green plants, Transition Metals are typical metals: they are strong, shiny, Poor Metals are usually kitchenware, cans, sand, soil, clay, and black forms); eggs, onions, stomach acid, most abundant
3 baking soda,
antacids, lye, soap,
talc, basalt,
aluminum alloys,
malleable (they can be hammered into shape), flexible (in thin soft and have low melting foil, machinery, ceramics, glass, bones, DNA, garlic, skunks, disinfectant, inert gas, 3
sheets or wires), and they conduct both heat and electricity. temperatures. cars, planes, bikes, algae, diatoms, energy-storing hot springs, drinking water, light bulbs,
soda ash, glass, cars, planes, bikes, feldspar, granite, semiconductors, phosphates (ATP), volcanos, gypsum, swimming pools, "neon" tubes,
papermaking, flares, sparklers, clay, ceramics, computer chips, fertilizer, acids, rubber, acids, PVC plastic lasers,
street lamps antacids 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 corundum, gems silicone rubber detergent, matches papermaking pipes and bottles welding gas
K Potassium 19 Ca Calcium 20 Sc Scandium 21 Ti Titanium 22 V Vanadium 23 Cr Chromium 24 Mn Manganese 25 Fe Iron 26 Co Cobalt 27 Ni Nickel 28 Cu Copper 29 Zn Zinc 30 Ga Gallium 31 Ge Germanium 32 As Arsenic 33 Se Selenium 34 Br Bromine 35 Kr Krypton 36
soft metal, soft metal; soft lightweight strongest hard metal; hard shiny metal; hard metal; medium-hard hard metal, medium-hard colored metal, non-corroding soft metal, melts brittle metalloid; brittle metalloid; brittle gray solid; dark red liquid; inert gas;
reactive; bones, teeth, milk, metal; lightweight metal, hard strong stainless steel hard tough steel, metal, magnetic; magnetic; metal, magnetic; conducts heat and metal; on a hot day; semiconductors, poisons, photocopiers, disinfectant, high-intensity
salts, nerves, leaves, vegetables, aluminum alloys, heat-resistant; resilient steel, (Fe-Cr-Ni), earthmovers, steel alloys hard strong steel, stainless steel electricity well; galvanized steel, semiconductors, transistors, semiconductors, laser printers, pools and spas, lamps, headlights,
4 nutrients in fruits shells, coral, racing bikes, aerospace, structures, kitchenware, rock crushers, are mostly iron, cutting tools, (Fe-Cr-Ni), wires, cookware, brass (Cu-Zn), light-emitting rectifiers, diodes, light-emitting photocells, photo film, flashlights, 4
and vegetables, limestone, chalk, stadium lamps, racing bikes, vehicles, springs, nichrome heaters, rails, plows, axes, structures, turbines, kitchenware, brass (Cu-Zn), batteries, white diodes (LEDs) photocells, diodes (LEDs) red glass, flame retardant, lanterns,
soap, fertilizer, gypsum, plaster, furnace bricks, artificial joints, driveshafts, tools, car trim, paints, batteries, vehicles, magnets, magnets (Al-Ni-Co), nichrome heaters, bronze (Cu-Sn), paint, phosphors (GaAs), lenses, (GaAs), dandruff shampoo, leaded gasoline, "neon" tubes,
potash, matches, mortar, cement, aquamarines white paint, aerospace, recording tape, fertilizer, Earth's core, blue glass, ceramics, nicad batteries, coins, pipes, in TVs and lamps, signal lights, infrared windows signal lights, rubber sedatives lasers
gunpowder marble, antacids blue sapphires violet sapphires emeralds & rubies amethysts red rocks, blood vitamin B-12 coins, Earth's core blue crab blood fertilizer tiny lasers tiny lasers
Rb Rubidium 37 Sr Strontium 38 Y Yttrium 39 Zr Zirconium 40 Nb Niobium 41 MoMolybdenum 42 Tc Technetium 43 Ru Ruthenium 44 Rh Rhodium 45 Pd Palladium 46 Ag Silver 47 Cd Cadmium 48 In Indium 49 Sn Tin 50 Sb Antimony 51 Te Tellurium 52 I Iodine 53 Xe Xenon 54
soft metal, soft metal; soft metal; non-corroding high-melting-point high-melting-point radioactive, non-corroding non-corroding non-corroding soft shiny metal, non-corroding soft metal; non-corroding brittle metalloid; brittle metalloid; violet-black solid; inert gas;
reactive; red fireworks, phosphors in neutron-resistant non-corroding metal; long-lived; hard metal; hard shiny metal; hard metal, conducts soft metal, toxic; solders, soft metal; solders, alloys, disinfectant for high-intensity
atomic clocks, flares, color TVs, metal; metal; hard steel, first human-made electric contacts, labware, absorbs hydrogen; electricity best electroplated glass seals, solders, lead hardener, semiconductors, wounds and lamps, headlights,
5 global navigation phosphors, lasers (YAG, YLF), chemical pipelines, chemical pipelines, cutting tools, element, only leaf switches, reflectors, labware, of all elements; steel, glass coatings, plated food cans, batteries, bullets, photocopiers, drinking water, stadium lamps, 5
(GPS), nuclear batteries, furnace bricks, nuclear reactors, superconductors, drill bits, traces on Earth pen tips, electric contacts, electric contacts, jewelry, nicad batteries, liquid crystal bronze (Cu-Sn), semiconductors, computer disks, added to salt projectors,
vacuum tube medical high-temperature furnace bricks, magnetic armor plate, but found in stars, catalyst, thermocouples, dentistry, silverware, coins, red and yellow displays (LCDs), pewter cups, photocells, thermo-electric to prevent strobes, lasers,
scavenger diagnostic tracer, superconductors abrasives, levitation trains, gun barrels, medical hydrogen catalyst, catalyst, dentistry, paints, semiconductors, glassmaking, matches, coolers and thyroid disease, spacecraft
nuclear fallout zircon gems MRI magnets fertilizer diagnostic tracer production pollution control pollution control photo film fire sprinklers diodes, photocells fire sprinklers flame retardant generators photo film ion engines
Cs Cesium 55 Ba Barium 56 57 - 71 Hf Hafnium 72 Ta Tantalum 73 W Tungsten 74 Re Rhenium 75 Os Osmium 76 Ir Iridium 77 Pt Platinum 78 Au Gold 79 Hg Mercury 80 Tl Thallium 81 Pb Lead 82 Bi Bismuth 83 Po Polonium 84 At Astatine 85 Rn Radon 86
soft metal, melts soft metal, non-corroding high-melting-point highest-melting- high-melting-point non-corroding non-corroding non-corroding most malleable liquid metal, soft metal, dense, soft, low-melting-point radioactive, radioactive, radioactive gas,
on a hot day, absorbs X-rays; metal, non-corroding point metal, dense; dense metal; high-melting-point hard metal, dense metal; element, dense toxic; toxic; non-corroding brittle metal; long-lived; short-lived; short-lived;
reactive, largest stomach X-ray Rare absorbs neutrons; metal; filaments in rocket engines, hard metal, densest element labware, non-tarnishing thermometers, low-melting-point metal, toxic; solders, fuses, first radioactive small traces environmental
6 stable atoms; contrast enhancer, Earth nuclear reactor labware, lamps and TVs, heater coils, densest element (same as osmium); spark plugs, colored metal; barometers, mercury alloys, weights, solders, fire sprinklers element found, in nature, hazard, 6
atomic clocks, green fireworks, Metals control rods in surgical tools, cutting tools, lab filaments, (same as iridium); labware, catalyst, jewelry, coins, thermostats, low-temperature batteries, bullets, (plugs melt small traces cancer medicine surgical implants
global navigation whitener and filler submarines, artificial joints, abrasives, electric contacts, electric contacts, spark plugs, pollution control, ultra-thin street lamps, thermometers, crystal glass, when hot), in nature, for cancer
(GPS), vacuum for paper, plastic, plasma torch capacitors, thermocouples thermocouples, pen tips, needles, pen tips, needles petroleum cracking, gold leaf, fluorescent lamps, undersea lamps, old plumbing, cosmetics pigment anti-static brushes, treatment
tube scavenger and rubber electrodes mobile phones catalyst fingerprint powder processing fats electric contacts dentistry photocells radiation shield tobacco
Fr Francium 87 Ra Radium 88 89 - 103 Rf 104 Db 105 Sg 106 Bh 107 Hs 108 Mt 109 Ds 110 Rg 111 Cn 112 Nh 113 Fl 114 Mc 115 Lv 116 Ts 117 Og 118
radioactive, radioactive, Rutherfordium Dubnium Seaborgium Bohrium Hassium Meitnerium Darmstadtium Roentgenium Copernicium Nihonium Flerovium Moscovium Livermorium Tennessine Oganesson
short-lived long-lived;
atoms larger luminous watches Actinide
7 than cesium; (now banned),
Metals 7
small traces medical radon Superheavy Elements
in nature, production,
studied in radiography,
laser atom traps radwaste radioactive, short-lived; never found in nature, no uses except atomic research
119 120 121...
8 La Lanthanum 57 Ce Cerium 58 Pr Praseodymium 59 Nd Neodymium 60 Pm Promethium 61 Sm Samarium 62 Eu Europium 63 Gd Gadolinium 64 Tb Terbium 65 Dy Dysprosium 66 Ho Holmium 67 Er Erbium 68 Tm Thulium 69 Yb Ytterbium 70 Lu Lutetium 71
soft metal; soft metal; soft metal; soft metal; radioactive, soft metal; soft metal; soft metal, best soft metal; soft metal; soft metal; soft metal; soft metal; soft metal; soft metal,
Rare Earth Metals are all soft metals. optical glass, most abundant torchworkers' strong magnets long-lived; magnets (Sm-Co), phosphors in neutron absorber, phosphors in nuclear infrared lasers, fiber optic rarest stable fiber optic densest and
They are chemically similar to scandium and telescope rare earth metal, didymium eye- (Nd-Fe-B), human-made, electric motors, color TVs and magnetic; color TVs and control rods, laser surgery, signal amplifiers, rare earth metal, signal amplifiers, hardest
yttrium and are difficult to separate from eyepieces, lighter flints,
camera lenses, gas lamp mantles,
glasses (Pr-Nd), electric motors,
lighter flints, speakers and
small traces
in nature,
speakers and trichromatic lamps, magnetic resonance trichromatic lamps, MRI phosphors,
headphones, luminous paint, imaging (MRI) computer disks, computer disks,
eye-safe laser
rangefinders,
infrared lasers,
laser surgery,
infrared lasers,
laser surgery,
infrared
fiber lasers,
rare earth metal;
cancer-fighting
6
each other. lighter flints, self-cleaning arc lamps, headphones, luminous dials, infrared sensors, lasers contrast enhancer, magnetostrictive magnetostrictive computer disks, pink glass, phosphors stainless steel photodynamic
arc lamps ovens, magnets, lasers, sheet thickness infrared-absorbing phosphors, neutron smart materials smart materials yellow glass filters sunglasses, alloys (light-activated)
Actinide Metals are all radioactive glass polishing yellow glass lighter flints gauges glass radiography (Terfenol-D®) (Terfenol-D®) vanadium alloys medicine
heavy metals. They are used mainly for
their radioactive properties. Ac Actinium 89 Th Thorium 90 Pa Protactinium 91 U Uranium 92 Np Neptunium 93 Pu Plutonium 94 Am Americium 95 Cm Curium 96 Bk Berkelium 97 Cf Californium 98 Es 99 Fm 100 Md 101 No 102 Lr 103
radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, radioactive, Einsteinium Fermium Mendelevium Nobelium Lawrencium
Radioactivity. Atoms with the same number of protons long-lived; long-lived; long-lived; long-lived, dense; long-lived; long-lived; long-lived; long-lived; long-lived; long-lived;
small traces most abundant small traces nuclear small traces small traces never found never found never found never found
but different numbers of neutrons are called isotopes.
Some isotopes are stable; others are radioactive —
in nature,
cancer medicine,
radioactive element,
nuclear
in nature,
no uses,
reactor fuel, in nature,
nuclear weapons, neutron detectors,
in nature,
nuclear
in nature,
smoke detectors,
in nature,
scientific
in nature,
no uses,
in nature,
scientific
7
their nuclei eventually disintegrate. The radioactive neutron source, reactor fuel, radwaste counterweights, dosimeters, reactor fuel, sheet thickness instruments, radwaste instruments,
half-life is the time for half the nuclei to disintegrate. radwaste gas lamp mantles, armor piercing nuclear weapons, spacecraft power, gauges, mineral analyzers, mineral analyzers,
On this chart, an element is called long-lived if the tungsten filaments bullets radwaste nuclear weapons radwaste radwaste radwaste radioactive, short-lived; never found in nature, no uses except atomic research
half-life of any of its isotopes is more than one year;
otherwise it is called short-lived. © 2005–2016 Keith Enevoldsen elements.wlonk.com Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License
1
1
GRUPO
IA
1.0079
TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS http://www.periodni.com
18 VIIIA
2 4.0026
PERÍODO

MASSA ATÔMICA RELATIVA (1)


1 H Metal Semi-metal Nã o metal
He
GRUPO IUPAC GRUPO CAS Metais alcalinos Calcogê nios
HIDROGÊNIO 2 IIA 13 IIIA 14 IVA 15 VA 16 VIA 17 VIIA HÉLIO
13 Metais alcalino-terrosos Halogê nios
3 6.941 4 9.0122 5 10.811 6 12.011 7 14.007 8 15.999 9 18.998 10 20.180
NÚMERO ATÔMICO 5 10.811
Metais de transiçã o Gases nobres
2 Li Be SÍMBOLO B Lantanídios
ESTADOS FÍSICOS (25 °C; 101 kPa)
B C N O F Ne
LÍTIO BERÍLIO BORO CARBONO NITROGÊNIO OXIGÊNIO FLÚOR NEÔNIO
BORO
Actinídios Ne - gasoso Fe - sólido
11 22.990 12 24.305 Hg - líquido Tc - artificiais 13 26.982 14 28.086 15 30.974 16 32.065 17 35.453 18 39.948

3 Na Mg NOME DO ELEMENTO
Al Si P S Cl Ar
VIIIB
SÓDIO MAGNÉSIO 3 IIIB 4 IVB 5 VB 6 VIB 7 VIIB 8 9 10 11 IB 12 IIB ALUMÍNIO SILÍCIO FÓSFORO ENXOFRE CLORO ARGÔNIO

19 39.098 20 40.078 21 44.956 22 23


47.867 50.94224 25 54.938 26
51.996 55.845 27 58.933 28 58.693 29 63.546 30 65.38 31 69.723 32 72.64 33 74.922 34 78.96 35 79.904 36 83.798

4 K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
POTÁSSIO CÁLCIO ESCÂNDIO TITÂNIO VANÁDIO CRÔMIO MANGANÊS FERRO COBALTO NÍQUEL COBRE ZINCO GÁLIO GERMÂNIO ARSÊNIO SELÊNIO BROMO CRIPTÔNIO

37 85.468 38 87.62 39 88.906 40 91.224 41 92.906 42 95.96 43 (98) 44 101.07 45 102.91 46 106.42 47 107.87 48 112.41 49 114.82 50 118.71 51 121.76 52 127.60 53 126.90 54 131.29

5 Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
RUBÍDIO ESTRÔNCIO ÍTRIO ZIRCÔNIO NIÓBIO MOLIBDÊNIO TECNÉCIO RUTÊNIO RÓDIO PALÁDIO PRATA CÁDMIO ÍNDIO ESTANHO ANTIMÔNIO TELÚRIO IODO XENÔNIO

55 132.91 56 137.33 57-71 72 178.49 73 180.95 74 183.84 75 186.21 76 190.23 77 192.22 78 195.08 79 196.97 80 200.59 81 204.38 82 207.2 83 208.98 84 (209) 85 (210) 86 (222)

6 Cs Ba La-Lu Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Lantanídios
CÉSIO BÁRIO HÁFNIO TÂNTALO TUNGSTÊNIO RÊNIO ÓSMIO IRÍDIO PLATINA OURO MERCÚRIO TÁLIO CHUMBO BISMUTO POLÔNIO ÁSTATO RADÔNIO

87 (223) 88 (226) 89-103 104 (267) 105 (268) 106 (271) 107 (272) 108 (277) 109 (276) 110 (281) 111 (280) 112 (285) 113 (. . .) 114 (287) 115 (. . .) 116 (291) 117 (. . .) 118 (. . .)

7 Fr Ra Ac-Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Uut Fl Uup Lv Uus Uuo


FRÂNCIO RÁDIO
Actinídios RUTHERFÓRDIO DÚBNIO SEABÓRGIO BÓHRIO HÁSSIO MEITNÉRIO DARMSTÁCIO ROENTGÊNIO COPERNÍCIO UNÚNTRIO FLERÓVIO UNUNPÊNTIO LIVERMÓRIO UNUNSÉPTIO UNUNÓCTIO

LANTANÍDIOS
57 138.91 58 140.12 59 140.91 60 144.24 61 (145) 62 150.36 63 151.96 64 157.25 65 158.93 66 162.50 67 164.93 68 167.26 69 168.93 70 173.05 71 174.97

La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
LANTÂNIO CÉRIO PRASEODÍMIO NEODÍMIO PROMÉCIO SAMÁRIO EURÓPIO GADOLÍNIO TÉRBIO DISPRÓSIO HÓLMIO ÉRBIO TÚLIO ITÉRBIO LUTÉCIO

ACTINÍDIOS
www.periodni.com 89 (227) 90 232.04 91 231.04 92 238.03 93 (237) 94 (244) 95 (243) 96 (247) 97 (247) 98 (251) 99 (252) 100 (257) 101 (258) 102 (259) 103 (262)

(1) Atomic Weights of the Elements 2007,


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Pure Appl. Chem., 81, No. 11, 2131-2156 (2009) ACTÍNIO TÓRIO PROTACTÍNIO URÂNIO NEPTÚNIO PLUTÔNIO AMERÍCIO CÚRIO BERKÉLIO CALIFÓRNIO EINSTÊNIO FÉRMIO MENDELÉVIO NOBÉLIO LAWRÊNCIO

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