Eu, José Carlos Muniz, portador do RG: 0259718408, domiciliado
na Rua Marujos do Brasil, nº 06, Ed. Alice, Joana Angelica, CEP: 40040485, Salvador, BA, com registro CNH de nº 04432297507, tendo sido notificadO da penalidade de multa, abaixo descrita, venho respeitosamente através do presente, em conformidade com os arts. 280, 281 e 285 do CTB, Resoluções 299/08 e 404/12 do CONTRAN, da Lei Federal 9.784/99 e CF/88, para interpor a presente Defesa, contra referida autuação, com o objetivo de proporcionar a oportunidade de exercitar meu legítimo direito de ampla defesa e do exercício pleno do contraditório, nos termos e fundamentos legais que a seguir expõe:
DO VEÍCULO:
Honda/City DX Flex, cor preta, placa OUG 8577, fabricado em
2013, modelo 2013, RENAVAM N° 00539224499; Certificado de Registro de Veículo em nome de José Carlos Muniz.
DA INFRAÇÃO:
Código da infração 7455 - Transitar em velocidade superior à
máxima permitida em até 20%; Artigo: 218, inciso I; Data: 18/09/2017; hora 18:55:00; local: Av. Sete de setembro X 2º Distrito Naval, 4255 - Sent. Ondina - Faixa 1, Salvador-BA; Orgão autuante: Transalvador, Agente Autuador nº 223433, Equipamento Eletrônico nº 0060-1, Aferição dia 09/03/2017.
RAZÕES DA DEFESA
O recorrente recebeu NOTIFICAÇÃO via postal no mês de janeiro
do corrente ano, sobre infração ao Art. 218, I, do Código de Trânsito Brasileiro, cuja cominação legal consiste em penalidade de multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos) cumulativamente com a perda de 4 pontos no prontuário.
DOS DIREITOS:
O proprietário, ora recorrente, utiliza-se desse remédio
administrativo por sentir-se extremamente lesado, injustiçado e tolhido de seus direitos de cidadão. O Código de Trânsito Brasileiro, assim como suas respectivas Resolução, não deixam pairar dúvidas a respeito da total procedência do presente recurso. Senão vejamos: DA SINALIZAÇÃO - A sinalização tanto sobre a velocidade máxima permitida, como a de fiscalização por radar, daquela via, é comprometida pela poluição visual que existem naqueles postes, com propagandas, que tais sinalizações permanecem também quase que camufladas pelos diversos ônibus de turismo de proporções excessivas em sua altura, que permanecem parados na frente das sinalizações, como também pelo vandalismo de “rabiscos pichados” nas placas de sinalização. Confrontando-se nitidamente com o disposto nos Arts. 80, § 1º e 81 caput, do Código de Trânsito Brasileiro e da Resolução nº 396/2011 do CONTRAN: AIT IRREGULAR - O Art. 281, parágrafo único, I do Código de Trânsito Brasileiro, expressa claramente o que ocorre quando presente irregularidades: “Parágrafo único. O Auto de Infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente: I - se considerado inconsistente ou irregular”; DO VALOR DA MULTA - Baseando-se no Art. 286 do Código de Trânsito Brasileiro, este recurso é interposto sem o recolhimento do seu valor. DO PEDIDO:
Nobres julgadores, diante de todo o exposto requer o recorrente:
1 - ARQUIVAMENTO e o CANCELAMENTO do AIT nº R004384323, expedido pelo órgão Transalvador, por estar nitidamente eivado de irregularidades e confrontos com a atual Legislação de trânsito. 2 - Que seja recebida a presente Defesa, pois preenche todos os requisitos de sua admissibilidade, com cópia de documentos de acordo com a Res. 299/88 do CONTRAM.
3 - Que seja julgado o AUTO INSUBSISTENTE, sendo DEFERIDA a
presente Defesa, e por via de conseqüência o cancelamento da multa imposta, conforme preceitua o art, 281, inciso I do CTB, sendo anulada a pontuação.
4 - De acordo com o Artigo 37 da Constituição Federal e Lei 9.784/00,
a administração direta e indireta de qualquer dos poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerem aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, motivação e eficiência, caso não seja acatado o pedido, solicitamos um parecer por escrito do responsável com decisão motivada e fundamentada sob pena de nulidade de todo este processo administrativo.
5 - Requer-se, finalmente, o efeito suspensivo propugnado no artigo
285, parágrafo 3° do CTB (Lei n° 9503/97), caso o presente recurso não seja julgado em 30 dias, e da Lei Federal n° 9.784/99, que regulamenta o Processo Administrativo, no Parágrafo único do art. 61.
Salvador/BA, 25/01/2018 __________________________________________ José Carlos Muniz