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CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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PROBLEMÁTICA E QUESTÕES DE INTERESSE:
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crescimento nos investimentos em educação superior está demonstrado por
meio do gráfico a seguir:
GRÁFICO 01 – SÉRIE HISTÓRICA DA DESPESA EMPENHADA EM
EDUCAÇÃO SUPERIOR PELO GOVERNO FEDERAL POR ANO.
Valores em R$ Milhões
Fonte: Ministério do Planejamento
Ou seja, nos últimos dez anos o governo brasileiro ampliou em média
15% (quinze por cento) ao ano os gastos com ensino superior. Vale salientar
que nos números acima não estão contabilizados os investimentos realizados
por meio da concessão de renúncia fiscal do Programa Universidade Para
Todos (PROUNI), nem os valores investidos por meio de empréstimo
financeiros para estudantes – Financiamento Estudantil (FIES).
Por outro lado, não é o montante de recursos públicos empregados em
uma ação de governo que garantirá a sua eficácia. O modo como esses
recursos serão geridos é que possibilitará se fazer mais gastando menos.
Nesse contexto, é que o planejamento surge como ferramenta capaz de
aperfeiçoar a realização dos investimentos. Sob este aspecto, a informação
contábil aparece como elemento norteador do planejamento, não somente
como mera exigência constitucional, mas, sobretudo, como um instrumento
capaz de orientar o processo decisório e aumentar a eficiência e eficácia das
ações planejadas.
Neste cenário, no Estado da Paraíba, a Universidade Federal da
Paraíba – UFPB; a Universidade Federal de Campina Grande – UFCG; a
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e o Instituto Federal da Paraíba
constituem a rede estadual da educação superior deste estado. Desse modo,
cabe informar que, de acordo com os dados do Portal da Transparência do
Governo Federal (BRASIL) e do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba a
execução orçamentária destas instituições de educação superior no exercício
de 2017, se somadas, será inferior somente à execução orçamentária
realizada pelo Governo do Estado da Paraíba. Ou seja, estas IFES se
equiparam aos maiores movimentadores de recursos públicos do Estado da
Paraíba.
Ou seja, estudar a forma como os estes gestores da utilizam as
informações produzidas pela contabilidade para planejar suas ações,
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contribuirá, certamente para que identifiquemos o grau de contribuição das
informações contábeis no processo de decisão, bem como, poderá servir de
parâmetro de como os gestores planejam e decidem sobre os gastos
públicos.
Sob este aspecto, como já relatamos anteriormente, o Plano de
Desenvolvimento Institucional se apresenta como a principal peça de
planejamento de uma instituição de educação superior. É importante observar
que a legislação que regula o credenciamento das instituições dessa
natureza no sistema federal de ensino, apresenta requisitos cujos conceitos
são comuns a entidades do setor privado. Dessa forma, observamos que as
instituições públicas da educação superior têm que se adequar a essa
exigência sem perder de vista a sua finalidade social.
Desse modo apresentam-se as seguintes questões: a) como a estas
entidades vêm elaborando o seu plano de desenvolvimento institucional?; b)
que contribuição pode ser dada pela teoria de gestão da educação e do
planejamento educacional para a elaboração do PDI destas inistuições? e c)
o uso das informações contábeis e das técnicas da contabilidade gerencial e
orçamentária podem colaborar na demonstração de sustentabilidade
financeira do PDI?
A partir das questões acima é que este trabalho se propõe a analisar a
gestão daquela instituição e apresentar, ao seu final, uma sugestão de
metodologia para a elaboração do PDI para instituições públicas de educação
superior que contemple os princípios da gestão participativa presente nas
teorias do planejamento e da gestão educacional, como auxílio das técnicas e
ferramentas da ciência contábil
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OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA:
Nos últimos trinta anos, o capitalismo global tem passado por
transformações. Nesse viés, o papel do Estado na sociedade e
principalmente o modelo estatal a ser adotado tem sido rediscutido. No Brasil,
tais transformações consubstanciaram-se na Reforma Administrativa do
Estado Brasileiro, priorizada pelo então presidente da República, o sociólogo
Fernando Henrique Cardoso.
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo bipolar dividido em áreas
de influência norte-americana e soviéticas e, sobretudo, o medo da ameaça
comunista possibilitaram o surgimento de um modelo de Estado com
relevante ênfase nas garantias e direitos sociais de seus cidadãos. Enquanto
o Estado Liberal tinha como prioridade a garantia das liberdades individuais,
o limite do poder estatal e a inviolabilidade da propriedade privada, o Estado
de Bem-estar social admitia a proteção a novos direitos, tais como
previdência social, saúde e educação como obrigação do Estado, etc...
Com presença marcante, sobretudo na Europa Ocidental, o Estado de
Bem-estar social, ou simplesmente, Estado Social, na ótica de Piketty (2014),
se estabeleceu de forma consensual durante os anos cinquenta e sessenta,
na chamada “Era Dourada” do capitalismo. Todavia, uma das características
mais marcantes deste paradigma de Estado era a forte intervenção do Estado
na economia, gerando um Estado grande que necessitava de uma alta carga
tributária para a sua manutenção.
No Brasil, o Estado de Bem-estar social ganha forma com a
promulgação da Constituição Federal de 1988 que estabelece que a
prioridade fundamental da administração pública seja a promoção do bem-
estar social.
Vale ressaltar que este modelo de estado chega ao Brasil quando nos
países desenvolvidos este paradigma já se encontrava em mudança
ocasionada principalmente pelas crises econômicas das décadas de 1970 e
1980. De acordo com Piketty (2014, p.139), “com o fim da reconstrução e do
crescimento elevado dos Trinta Gloriosos, o processo de extensão indefinida
do papel do Estado e dos nivelamentos obrigatórios que prevaleceu nos anos
1950-1970 se mostrou naturalmente falho”. Por esta via, a crise econômica
inflacionária se instalou, ficando a década de 1980 conhecida como a Década
Perdida.
A década de 1990 foi marcada pelo acirramento de privatização da
educação superior brasileira, a partir de políticas de incentivo às instituições
da iniciativa privada.
Nesse período, observamos, ainda, uma queda nos investimentos
realizados pelo Governo Federal na educação superior. De acordo os dados
da execução orçamentária da União, no período de 1990 a 2003, os gastos
para efetiva manutenção das IFES caíram de 0,08% do PIB, em 1990, para
0,02% em 2003.
No entanto, com o objetivo de melhor qualificar a mão-de-obra para o
mercado de trabalho no Brasil, é que o Governo Federal ampliou
consideravelmente nos últimos anos os investimentos na educação superior.
Sob este aspecto, pode perfeitamente observar o crescimento, em número e
em valores, das Instituições Federais de Ensino Superior – IFES. Esse
crescimento nos investimentos em educação superior está demonstrado por
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meio do gráfico a seguir:
GRÁFICO 01 – SÉRIE HISTÓRICA DA DESPESA EMPENHADA EM
EDUCAÇÃO SUPERIOR PELO GOVERNO FEDERAL POR ANO.
Valores em R$ Milhões
Fonte: Ministério do Planejamento
Ou seja, nos últimos dez anos o governo brasileiro ampliou em média
15% (quinze por cento) ao ano os gastos com ensino superior. Vale salientar
que nos números acima não estão contabilizados os investimentos realizados
por meio da concessão de renúncia fiscal do Programa Universidade Para
Todos (PROUNI), nem os valores investidos por meio de empréstimo
financeiros para estudantes – Financiamento Estudantil (FIES).
Por outro lado, não é o montante de recursos públicos empregados em
uma ação de governo que garantirá a sua eficácia. O modo como esses
recursos serão geridos é que possibilitará se fazer mais gastando menos.
Nesse contexto, é que o planejamento surge como ferramenta capaz de
aperfeiçoar a realização dos investimentos. Sob este aspecto, a informação
contábil aparece como elemento norteador do planejamento, não somente
como mera exigência constitucional, mas, sobretudo, como um instrumento
capaz de orientar o processo decisório e aumentar a eficiência e eficácia das
ações planejadas.
Neste cenário, no Estado da Paraíba, a Universidade Federal da
Paraíba – UFPB; a Universidade Federal de Campina Grande – UFCG; a
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e o Instituto Federal da Paraíba
constituem a rede estadual da educação superior deste estado. Desse modo,
cabe informar que, de acordo com os dados do Portal da Transparência do
Governo Federal (BRASIL) e do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba a
execução orçamentária destas instituições de educação superior no exercício
de 2017, se somadas, será inferior somente à execução orçamentária
realizada pelo Governo do Estado da Paraíba. Ou seja, estas IFES se
equiparam aos maiores movimentadores de recursos públicos do Estado da
Paraíba.
Ou seja, estudar a forma como os estes gestores da utilizam as
informações produzidas pela contabilidade para planejar suas ações,
contribuirá, certamente para que identifiquemos o grau de contribuição das
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informações contábeis no processo de decisão, bem como, poderá servir de
parâmetro de como os gestores planejam e decidem sobre os gastos
públicos.
Sob este aspecto, como já relatamos anteriormente, o Plano de
Desenvolvimento Institucional se apresenta como a principal peça de
planejamento de uma instituição de educação superior. É importante observar
que a legislação que regula o credenciamento das instituições dessa
natureza no sistema federal de ensino, apresenta requisitos cujos conceitos
são comuns a entidades do setor privado. Dessa forma, observamos que as
instituições públicas da educação superior têm que se adequar a essa
exigência sem perder de vista a sua finalidade social.
Desse modo apresentam-se as seguintes questões: a) como a estas
entidades vêm elaborando o seu plano de desenvolvimento institucional?; b)
que contribuição pode ser dada pela teoria de gestão da educação e do
planejamento educacional para a elaboração do PDI destas inistuições? e c)
o uso das informações contábeis e das técnicas da contabilidade gerencial e
orçamentária podem colaborar na demonstração de sustentabilidade
financeira do PDI?
A partir das questões acima é que este trabalho se propõe a analisar a
gestão daquela instituição e apresentar, ao seu final, uma sugestão de
metodologia para a elaboração do PDI para instituições públicas de educação
superior que contemple os princípios da gestão participativa presente nas
teorias do planejamento e da gestão educacional, como auxílio das técnicas e
ferramentas da ciência contábil.
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CONCEITOS QUE PRETENDE APLICAR, TEORIAS E/OU AUTORES/AS DE
INTERESSE, E PRINCIPAIS REFERÊNCIAS:
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METODOLOGIA:
Esta pesquisa utiliza uma abordagem compreensiva e hermenêutica
como paradigma do método, com o uma vez que buscamos identificar
essência entre a teoria e a prática, entre o discurso e a ação e por fim entre a
norma e a realidade factual.
Nesse caso, conforme Hermann (2002, p. 24), “a hermenêutica tem a
função de tornar explícito o implícito, de descobrir a mensagem, de torná-la
compreensível”.
É importante salientar que a pesquisa histórica como método de
procedimento, em nosso caso, é necessária uma vez que não será possível
compreender essencialmente os procedimentos utilizados na UFCG sem
conhecermos as razões pelas quais esses procedimentos foram definidos, de
modo que conforme Richardson (1999, p. 245) “os acontecimentos atuais só
têm significado com relação ao contexto dos fatos passados dos quais
surgiram”. Aplicamos esse mesmo raciocínio, quando avaliamos como e
porque os planejadores da UFCG escolhem os métodos de planejamento
desta instituição. Cabe ressaltar ainda que tendo em vista o fato de que
nossa análise estará restrita a uma única instituição, nosso método de
procedimento também terá um caráter de estudo de caso.
Como vemos, nesta pesquisa, a metodologia predominante é do tipo
qualitativa, com uma contribuição complementar de procedimentos inerentes
às pesquisas em ciências sociais aplicadas, na forma de pesquisa
documental, que diferem, conforme afirmado por Beuren (2004, p. 89), da
pesquisa bibliográfica tendo-se em vista a natureza de suas fontes.
Quanto aos objetivos, é possível afirmar que esta pesquisa é do tipo
exploratória e descritiva, uma vez que se objetiva avaliar os métodos usados
nas ações de planejamento das instituições, descrevendo-os, identificando as
suas limitações para ao final propor soluções para atenuar as limitações
identificadas.
Esta pesquisa será realizada por meio de uma pesquisa de campo.
Neste momento, utilizamos de três procedimentos distintos. O primeiro deles
será a realização de uma análise documental, especificamente os
documentos de constituição da, os relatórios de gestão, os relatórios de
avaliação institucional, tudo, no intuito de identificar como os processos de
elaboração do planejamento estão normatizados nas instituições e como de
fato eles são realizados.
Para a análise desses documentos, a abordagem do método
compreensivo de Max Weber (2006, p. 73) se mostrou adequada uma vez
que “a atividade historiográfica se defronta com a tarefa de determinar em
cada caso particular a proximidade entre a realidade e o quadro ideal”.
Desta maneira, o uso da hermenêutica para interpretar os textos dos
documentos ora analisado justifica-se em virtude de que o ideal aqui é
compreender o fenômeno na sua concreção singular, percebendo como a
Universidade Federal de Campina Grande é o que veio a ser. (GADAMER, p.
39).
Outro procedimento a ser realizado nessa fase da pesquisa partirá da
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observação e descrição dos sistemas de informação contábil utilizados no
âmbito das instituições estudadas, com ênfase na contribuição dada por eles
aos sistemas de planejamento.
Vale dizer ainda que, em que pese a predominância de características
comuns às pesquisas educacionais, este trabalho se utilizará de uma
contribuição complementar de procedimentos inerentes às pesquisas em
ciências sociais aplicadas, na forma de pesquisa documental
CRONOGRAMA DA PESQUISA
ANO I (Meses)
Atividades
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
1.0)
2.0)
3.0)
4.0)
5.0)
6.0)
ANO II (Meses)
Atividades
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
1.0)
2.0)
3.0)
4.0)
5.0)
6.0)
11
OUTRAS INFORMAÇÕES
12
REFERÊNCIAS
13
14