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ROTEIROS PASTORAIS
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2208 páginas
SAIBA MAIS!
• Edição revista e ampliada, incorporando as mais recentes contribuições das
ciências bíblicas.
• Notas e apêndices que ajudam o leitor a compreender e se situar no texto.
• Mapas geográficos das regiões mencionadas.
• Tradução a partir dos idiomas originais e contextualização histórica dos textos.
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responsável Valdir José de Castro, ssp Assinaturas assinaturas@paulus.com.br
Editor Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp (11) 3789-4000 • WhatsApp: 99974-1840
Conselho editorial Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp Rua Francisco Cruz, 229
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Darci Luiz Marin, ssp Redação © PAULUS – São Paulo (Brasil) • ISSN 0507-7184
Paulo Sérgio Bazaglia, ssp vidapastoral@paulus.com.br
Capa Reprodução paulus.com.br / paulinos.org.br
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Ilustrações Patrícia Campinas (artigos)
e Luís Henrique Alves Pinto (Roteiros homiléticos) Periódico de divulgação científica. Área: Humanidades e artes.
Editoração Elisa Zuigeber Curso: Teologia.
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Em busca de uma “Igreja autêntica”
após o Sínodo sobre os jovens
movimentos dedicados aos jovens. disse que muitos são os motivos para al-
guém se afastar da Igreja – e, em grande
•
ano 60
*Jornalista, mestre e doutorando em Ciências Sociais parte, são questões pessoais. “Mas, em ge-
pela Pontifícia Universidade Gregoriana, foi membro da ral, creio que o primeiro motivo seja a falta
•
prontas. Querem conhecer a verdade dos antes de mais nada, pelo testemunho.
fatos, mas não que esta lhes seja imposta. Suponhamos um cristão ou punhado
•
pulsiva – embora não se questione, aqui, o não impede nem inibe o anúncio explícito.
valor imensurável dos sacramentos. Em vez Pelo contrário, é necessário responder, dia-
•
ano 60
disso, fala-se de sair pelo mundo e testemu- logar, aprofundar a fé tanto racionalmente
nhar o exemplo de Jesus Cristo, inspirar-se quanto na vida de oração e nos gestos con-
•
nos santos e pedir a orientação do Espírito cretos de caridade e perdão, para que ela seja
Vida Pastoral
ditar como viver sua vida, sobretudo se per- alegre e interativa” (PRE-SYNODAL MEE-
cebem que esses “diretores” mesmos não TING, 2018, n. 11).
•
vivem de forma coerente com a mensagem São demandas que parecem pesadas,
Vida Pastoral
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Os jovens admitem que precisam
Vida Pastoral
tas vezes recorrem a outros meios e ide- que os jovens têm em relação a quem é
Vida Pastoral
Conclusão V I S I TE N OS S A L OJ A V I RTU AL
•
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A única forma de os membros da Igreja
Vida Pastoral
Referências bibliográficas
10
11
12
O mundo rural era determinado pela natu- até pouco tempo, uma estrutura política de
reza – o sol e a lua –, e era compreendido terrível dominação: pai, patrão e padre.
•
ano 60
13
construído pelas mãos humanas, onde o si- sibilite alcançar o coração do próximo, dos
lêncio é raro, a Palavra de Deus, os sacra- outros diferentes de nós, e ali semear o
•
ano 60
lêncio, de encontro da graça, que mantém veis, ou seja, os grupos ou territórios huma-
Vida Pastoral
viva nossa gratidão a Deus. nos que se identificam entre si nos seus
14
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lo XIX, chegaram ao máximo desenvolvi-
Vida Pastoral
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que, se não forem adequadamente interpreta- sintam realmente o que são: sujeitos da
das, podem caminhar para uma situação ain- missão da Igreja.
•
ano 60
da mais crítica, com desfechos imprevisíveis. São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, des-
O melhor remédio para os males urba- creve-nos, ainda que de modo um pouco
•
16
des cristãs (cf. ORIOLO, 2017, p. 45-47). que já acontecia nos primeiros tempos da
Igreja. Consiste em conviver com as pessoas
•
ano 60
ações de evangelização nas cidades, nesta missão evangelizadora, de tal forma que
Vida Pastoral
sociedade cristianizada e com sinais de des- cada célula seja uma comunidade eucarística,
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acompanham pela vida afora. Tantos outros elogios serão feitos, como preito de
ano 60
gratidão por tudo o que Deus nos concedeu fazer ou nos tem acontecido em nossa
432 páginas
18
Introdução
19
sociedade e no mundo – as mudanças nas cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e,
relações econômicas e políticas, o desenvol- posteriormente, do Conselho Episcopal
•
ano 60
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anos de idade, dois abaixo do mínimo exi- apresentadas a ele pelo então ex-integralista
Vida Pastoral
gido pelo direito canônico, o que implicou Alceu Amoroso Lima. As obras Humanismo
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1952, foi sagrado bispo e atuou de maneira no Rio de Janeiro em 1955. O evento cola-
decisiva para a criação da CNBB. Ele acredi- borou para uma mudança na condução da
•
tava que as distâncias do território nacional vida religiosa do bispo, principalmente após
Vida Pastoral
dispersavam a ação do episcopado e isso po- um encontro com o cardeal francês da cidade
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-se, em grande parte, ao carisma do religioso
Vida Pastoral
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der. Logo se pôs a indagar o Exército sobre repercutir suas ações, dom Hélder conti-
a violação dos direitos humanos mediante nuava a ampliar sua notoriedade, até por-
•
ano 60
práticas de perseguição e tortura contra os que era uma referência naquele período
opositores do regime. O governo reagiu de silêncio forçado da sociedade. O con-
•
com permanente atenção aos movimentos fronto com os militares dava-se no diálo-
Vida Pastoral
do prelado: seus documentos eram revista- go, no campo das ideias, no processo de
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Garrastazu Médici (1969-1973), a repressão Recife, dom Hélder falou sobre seu envolvi-
aos opositores do regime foi intensificada, da mento com a Ação Integralista Brasileira, so-
•
mesma forma que as represálias ao arcebis- bre o enfrentamento com os militares pós-64
Vida Pastoral
po. Ele foi enquadrado na Lei de Segurança e sobre a situação da Igreja latino-americana.
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Referências bibliográficas
ARAÚJO, Edvaldo M. Dom Helder Camara: profeta-peregrino da justiça e da paz. Aparecida: Ideias &
Letras, 2012.
BULLA, Ilvana Maria Pereira; CONDINI, Martinho. Helder Camara, um nordestino cidadão do mundo. São
Paulo: Paulus, 2011. (Coleção Brasileirinhos.)
CAMARA, Helder. Presença de Igreja no desenvolvimento da América Latina. Conferência em Buenos Aires,
1966.
CONDINI, Martinho. Dom Hélder Câmara: um modelo de esperança. 3. reimpr. São Paulo: Paulus,
nº- 330
RAMPON, Ivanir Antonio. O caminho espiritual de dom Helder Camara. São Paulo: Paulinas, 2013.
(Coleção Pesquisa Teológica.)
•
______. Paulo VI e dom Helder Camara: exemplo de uma amizade espiritual. São Paulo: Paulinas, 2014.
Vida Pastoral
26
O artigo propõe
um perfil de Dom Paulo
Evaristo Arns,
falecido em 2016
e que deixou um importante
legado de defesa e cuidado
pela vida na sociedade
brasileira e na Igreja.
Viveu momentos de
grandes desafios
em sua missão e sempre
tinha à frente
o horizonte da esperança.
Introdução
A vida de dom Paulo sempre se guiou O mapa de seu caminho terrestre era
por sua fidelidade a Cristo com base em guiado pelos sinais celestes, desde o dia de
profunda espiritualidade franciscana. Seu seu nascimento. Aquele que seria conheci-
amor aos pobres o fez homem sereno e voz do como cardeal dos pobres, dos direitos
segura durante os 21 anos de trevas que o humanos e da liberdade, nasceu em 14 de
Brasil viveu durante a ditadura cívico-em- setembro de 1921, no dia da festa litúrgica
presarial-militar de 1964 a 1985. Dom Pau- da Santa Cruz. Esse sinal da cruz iria marcar
nº- 330
lo nos ofereceu um mapa seguro para viver não só a hora de seu vir ao mundo, como
e buscar o melhor para o Brasil na constru- também suas decisões pessoais, imprimin-
•
ano 60
*Fernando Altemeyer Junior é graduado em Filosofia e Teologia, mestre em Teologia e Ciências da Religião pela
Vida Pastoral
Université Catholique de Louvain-La-Neuve, doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP e assistente doutor nesta universidade.
E-mail: fajr@pucsp.br
27
nhar e acreditar que caminhamos de espe- lho feliz e orgulhoso de colonos imigrantes
rança em esperança. Estiveram sempre ins- alemães, foi posto no mundo no dia 14 de
•
ano 60
prometida com a causa dos pobres. As cin- de sua família pobre e lutadora. O menino
Vida Pastoral
co estrelas da constelação marcam, metafo- sabia bem que quem negasse suas origens e
28
verdade pessoal e interior. Assim diz George mendo um “pão doce catarinense”, com as
Orwell: “Em tempos de engano universal, conferências de François Mauriac, Paul
•
ano 60
falar a verdade torna-se um ato revolucioná- Claudel, Jean-Paul Sartre e, de modo espe-
rio”. Esta é a Alfa Crux da vida e da cial, com os textos das aulas de Emmanuel
•
comunicação: coerência com as próprias ra- Mounier e Henri de Lubac. Voltou ao Brasil
Vida Pastoral
ízes e com a solidariedade humana. Aqui para exercer a função de professor em Bauru
29
lo Rossi, arcebispo de São Paulo, e de dois pe, e cada um que privasse de seu convívio
consagrantes, dom Anselmo Pietrulla, ofm, podia sempre ouvir de seus lábios: “Cora-
•
ano 60
bispo de Tubarão-SC, e dom Honorato Pia- gem, vamos em frente”. Sempre confiou nos
zera, scj, bispo coadjutor de Lajes-SC. Com outros. Não substituía funções nem tarefas,
•
a transferência do então cardeal dom Agne- mas partilhava e aplaudia com vigor quan-
Vida Pastoral
lo Rossi, enviado a Roma pelo papa Paulo do surgia a novidade do Espírito Santo. De
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Igreja que devia se tornar uma grandeza his-
Vida Pastoral
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bom virá. É ver o invisível. É crer no impos- espiritual do budismo tibetano. Criou a Co-
sível. missão Justiça e Paz e o Centro Santo Dias
•
ano 60
Dom Paulo foi criado cardeal da metró- da Silva, formados por eminentes juristas,
pole paulistana, em 5 de março de 1973, muitos dos quais advindos da Ação Católica
•
pelo papa Paulo VI. Foi o quinto arcebispo e marcados, também eles, pelo personalis-
Vida Pastoral
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NOVIDADE
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ciclo do Natal você só encontra na PAULUS.
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Antífonas Ó Meditando a Palavra 1
80 páginas
136 páginas
Um tesouro da Liturgia do Advento Advento e Natal
Jomar Vigneron Pe. Augusto César Pereira, SCJ
Ilustrações de Cláudio Pastro
Este livro oferece reflexões sobre o
As Antífonas “Ó” e os Versículos Advento e o Natal, cujo mistério nos
Aleluiáticos formam um díptico que se garante que a promessa da segunda vinda
completa vantajosamente. O Mistério será cumprida. Com essa garantia, os
Natalino e o Mistério Pascal abraçam cristãos se esforçam para construir desde
nossa filiação divina. Com a Igreja não agora o mundo novo de Deus.
cessamos de solicitar com simplicidade
a vinda do nosso Redentor... Ele vem, o
Emanuel, a Sabedoria do Pai.
32 páginas
O Natal está chegando! Neste livro, você Para ajudar o povo a viver o tempo do
encontrará as respostas às dúvidas mais Advento e Natal de modo intenso e
comuns sobre o ciclo do Advento e Natal, participativo, os padres paulinos Antônio
além de compreender seu significado e Lúcio e Luiz Miguel prepararam um livro
sua riqueza, para poder celebrá-lo com com propostas concretas para dinamizar
maior entusiasmo e fé. as celebrações, destacando seus
principais símbolos e disponibilizando
algumas sugestões pastorais.
14 faixas
23 faixas
14 faixas
Refrães orantes para Advento e Natal de viola
Deivid Tavares
A viola enche nossa boca de sorrisos. A
A Palavra se fez carne! Chegou o primeiro viola traz de volta as alegrias do passado
CD de refrães orantes para celebrar o e nos ajuda a sonhar com um mundo
Advento e o Natal do Senhor que vem. melhor, que não é diferente do paraíso da
Interpretada pelo Coral Nossa Senhora nossa infância. É Natal, tempo de festa,
Aparecida de Apucarana, o álbum é um tempo de mida, tempo de viola! Feliz Natal,
excelente trabalho para as comunidades bem no nosso jeito!
do nosso Brasil.
11 faixas
Este CD alia todo o requinte do piano à O repertório deste álbum especial conta
tradição das mais conhecidas canções com cânticos clássicos natalinos, como
natalinas tocadas ao longo do tempo. Com “Glória a Deus”, “Boas festas”, “Adeste
arranjos e execução do pianista Miguel Fidelis” e muitas outras! Obra para lembrar
Briamonte, o ouvinte poderá escutar que o Natal é um milagre que se renova a
clássicos como “Jingle Bells”, composto cada ano no coração de cada um de nós.
por James Lord Pierpont, e “Cristo
Nasceu”, de Georg Friedrich Händel, e se
emocionar com o resultado final.
19 faixas
17 faixas
Retratações
Volume 43
Santo Agostinho
Se as Confissões de Agostinho são como uma retratação da vida, as Retratações são a confissão de seu pro-
gresso intelectual e espiritual. Mais do que investigar as escrituras e interpretá-las, doravante perscrutando-
-se, Agostinho revisa seus pontos de vista, e admite equívocos, sempre em busca da Verdade acima de tudo.
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Eis a teologia subjacente ao seu pensa-
mento. Um humanismo cristão que bebe Dom Hélder Câmara
nas fontes dos evangelhos, passa pela pa- Um modelo de esperança
trística e assume seu pleno vigor na ação
permanente em favor de qualquer pessoa Martinho Condini
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nosso amado pastor Paulo. Os brasileiros
Vida Pastoral
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nados nos porões da ditadura. Esse foi o dia ______. I poveri e la pace prima di tutto. Roma:
Vida Pastoral
34
Também na internet:
vidapastoral.com.br
Zuleica Aparecida Silvano*
TODOS OS SANTOS
3 de novembro
“A santidade é o rosto
mais belo da Igreja”
(Gaudete et Exsultate, n. 9)
I. Introdução geral
Nesta celebração, somos convidados a agradecer a
Deus o testemunho dos santos e santas de todas as nações
*Ir. Zuleica Aparecida Silvano, (I leitura). Eles e elas se purificaram, no dia a dia, do peca-
religiosa paulina, licenciada em do e da iniquidade (II leitura) e permaneceram fiéis ao
Filosofia pela UFRGS, mestra em
compromisso com a justiça, com a misericórdia, com a
nº- 330
35
senta uma multidão incontável, prove- lecer um paralelismo entre Jesus e Moisés.
niente de todas as nações (universalida- Este subia ao Sinai para receber a Lei de
•
ano 60
de). A túnica branca retrata a salvação e, Deus destinada ao povo (cf. Ex 19,3;
no Apocalipse, foi prometida aos vitorio- 24,15.18), sinal da aliança estabelecida com
•
sos e aos mártires (cf. Ap 3,4 e 6,11), ou Deus; Jesus, como Messias e Filho de Deus,
Vida Pastoral
seja, aos fiéis ao projeto de Deus que ven- sobe ao monte para apresentar não uma Lei,
36
e promove a paz. Enfim, é aquele que está da no Sl 37,11, quando menciona os injus-
disponível para cumprir a vontade divina, tamente desapropriados de suas terras. Por
•
ano 60
pois tem consciência de que não é possível isso, podemos traduzi-la por felizes os opri-
depositar sua confiança na riqueza ou no midos, os fracos, os que se encontram em
•
37
própria dignidade e contar com a partilha. justos (cf. Sl 34,15), por terem uma vida
Ela é, ainda, um convite para nos desarmar- perpassada por valores éticos. A paz é a sín-
mos diante das realidades de violência, tese dos bens prometidos por Deus aos tem-
ódio, inimizades, e sermos testemunhas da pos messiânicos. Trabalhar pela paz, por-
mansidão, um dom do Espírito (cf. Gl tanto, é ser um colaborador de Deus na
5,23). Ser manso também é uma expressão construção de seu Reino. É uma bem-aven-
da pobreza em espírito, pois supõe o despo- turança que nos desafia, pois, como diz o
jar-se para poder estar disposto ao diálogo e papa Francisco: “é muito comum sermos
ceder, quando necessário, do próprio ponto causa de conflitos ou, pelo menos, de in-
de vista, das próprias ideias e projetos. compreensões” (GE 87), e, nesses momen-
Os que têm fome e sede de justiça são tos, ser instrumentos de paz não é fácil, pois
aqueles que optaram por viver a justiça de isso requer criatividade, escuta, uma vida
tal forma, que ela perpassa seu modo de ser, marcada pela oração.
pensar e agir, constituindo uma necessidade Ser perseguido é consequência de uma
primária (cf. Sl 107,5.8-9). Justiça pode ser vida doada e marcada pelo evangelho, à
entendida como a adequada relação com semelhança da vida do Mestre Jesus, que
Deus, com o próximo e consigo mesmo. também foi perseguido, incompreendido e
Quem tem fome e sede de justiça se deixa sofreu por fidelidade ao projeto do Pai.
conformar a Cristo, é pessoa que vive o pro-
cesso de humanização de suas relações, al- 3. II leitura: 1Jo 3,1-3
guém que deseja e constrói uma sociedade 1Jo 3,1-3 retoma os temas já apresen-
justa e fraterna. Isso também supõe perse- tados em 1Jo 1,5-10. Esses versículos con-
verança, pois é muito fácil permanecermos têm os mesmos elementos do discurso di-
saciados em nosso comodismo. rigido às pessoas em processo de iniciação
A bem-aventurança seguinte é centrada à vida cristã, após a adesão a Jesus Cristo e
na misericórdia, tema fundamental em Ma- o batismo, com a finalidade de refletir so-
teus, que se expressa na compaixão para bre o seguimento de Cristo, o significado
com o outro, por meio de gestos concretos, do messianismo de Jesus e o fundamento
na saída para ir ao encontro dos marginali- do agir cristão. Para o autor, aquele que
zados (cf. Mt 9,13; 12,7; 15,22; 25,35-37), cumpre a justiça e não peca provém de
no perdão fomentado nas relações comuni- Deus (cf. 1Jo 3,1) e caminha em direção a
tárias (cf. Mt 18,33; 6,12-15) e no amor aos ele (cf. v. 2).
inimigos (cf. Mt 5,38-48). Em 1Jo 3,1, o autor expressa sua admi-
A expressão “puros de coração” nos re- ração pelo grande amor de Deus Pai e pelo
mete ao Sl 24,4, que descreve as caracterís- fato de serem filhos de Deus por meio do
ticas do fiel ao qual é permitida a entrada batismo, dado que os membros da comuni-
no santuário. Assim, são aqueles e aquelas dade participam da filiação divina em vir-
que defendem a vida, que não estão com- tude da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus.
prometidos com a falsidade e não realizam A expressão “nascer de Deus” é própria da
nº- 330
ção é ser capaz de amar e poder ver a Deus, com o “nascer do alto” (Jo 3,6.8) e, após o
pois ele é amor. batismo, o fiel torna-se parte da família de
•
A expressão “os que promovem a paz” Deus. No v. 1, a palavra “mundo” deve ser
Vida Pastoral
pode ser interpretada como referência aos entendida como tudo aquilo que se opõe a
38
alidades que se opõem ao projeto de Deus (I sua religião. Enfim, a aliança que tinham
leitura). Somos também interpelados a nos estabelecido com o Deus de Israel. O texto
•
ano 60
questionar nessa festa: Como estou abra- escolhido para a liturgia é importante para
çando diariamente o caminho do evange- nós, cristãos, porque, pela primeira vez, no
•
lho? Como sou chamado/a a ser santo/a nas AT, aparece a fé na ressurreição. Portanto, o
Vida Pastoral
39
cruel e a frieza dos torturadores, mas reafir- Os saduceus apresentam o caso de uma
mar a convicção de que Deus é soberano e mulher que teve sete maridos, sem deixar
capaz de gerar vida, mesmo nesse contexto descendência. A pergunta que fazem é: “Na
de morte. ressurreição, ela será esposa de quem?”.
Percebe-se uma processualidade na tor- Essa questão tinha como finalidade deslegi-
tura e na confissão de fidelidade ao Deus de timar a crença na ressurreição dos mortos,
Israel e às tradições religiosas judaicas. O pri- visto que, para eles, a Lei do Levirato ace-
meiro filho torturado confessa a lealdade às nava a impossibilidade da ressurreição dos
leis referentes à alimentação, as quais eram mortos, sendo a vida continuada nos des-
um elemento fundamental para a formação cendentes. Outra possível interpretação
da identidade do povo (cf. 2Mc 7,1-2). Do baseia-se na crença de que a vida futura
segundo até o quarto, temos a profissão de fé seria semelhante à vida terrena, contendo,
na ressurreição do corpo, partindo da certeza porém, somente aspectos positivos. Jesus
de que Deus é o aliado do povo, é o Senhor responde a essa questão em duas etapas.
da vida e o Criador de todo o universo. Primeiramente, afirma que o Reino de
Deus, ou o mundo futuro, não segue os
2. Evangelho: Lc 20,27-38 moldes de nossa sociedade. Aqueles que
Este trecho de Lc 20 traz a controvérsia ressuscitarão serão como anjos, ou seja, te-
entre Jesus e os saduceus, um dos grupos re- rão seus olhos fixos no Deus da vida, pois
ligiosos presentes na Palestina daquele tem- poderão contemplar Aquele que dá a vida e
po. Os saduceus se consideravam descen- também viver em comunhão com os ir-
dentes de Sadoc (cf. Ez 44,15). Esse grupo, mãos e irmãs, como filhos e filhas amados
constituído pelo chefe dos sacerdotes (sumo pelo único Pai. Em segundo lugar, confir-
sacerdote), pelas famílias sacerdotais e pela ma a fé na ressurreição, baseando-se em Ex
aristocracia, detinha o poder político, religio- 3,6, um texto do Pentateuco que contém a
so, econômico e jurídico. Desse modo, tinha revelação de Deus a Moisés e a confirmação
poder sobre o Templo e sobre o sinédrio. de que ele é o Deus da vida. Assim, além de
Aceitava somente o Pentateuco e, por isso, provar a ressurreição e refutar a crença dos
não acreditava ser possível afirmar algo sobre saduceus, Jesus afirma que a preocupação
a ressurreição dos mortos, uma vez que não dos saduceus não deve ser promover a
via sinais dessa crença nos cinco primeiros morte, por meio de ações injustas e de um
livros da Bíblia, atribuídos a Moisés. culto desvinculado da vida, mas o verda-
Os saduceus, ao se aproximarem de Je- deiro culto a Deus é promover a vida ao
sus, interrogam-no baseando-se na Lei do redor, pois Deus não é o Deus dos mortos,
Levirato (lei do cunhado), descrita em Dt mas da vida, e vida em plenitude.
25,5-10. Essa lei prescreve que, “se alguém
tiver um irmão casado, e esse morrer sem 3. II leitura: 2Ts 2,16-3,5
filhos, o irmão deve casar-se com a viúva a A segunda carta aos Tessalonicenses é
fim de suscitar uma descendência para seu chamada deuteropaulina, ou seja, é atribuí-
nº- 330
irmão”. A Lei do Levirato fazia parte das leis da a Paulo, mas não foi escrita por ele. Pro-
de solidariedade familiar e tinha como obje- vavelmente foi escrita por um discípulo ou
•
ano 60
do falecido, dado que uma viúva sem filho Nessa carta, transparece um contexto
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não teria nenhum direito. hostil à fé (cf. v. 2). Nesse sentido, ela está
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mas é também um critério, uma certeza que
Vida Pastoral
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tas, mas como um dia que faz memória da O texto de Lc 21,5-19 é um trecho do
Vida Pastoral
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tado (cf. v. 13). Portanto, é necessário con- manual não é algo desprezível e que, por
fiar na ação de Deus em sua vida, mesmo meio de um trabalho justo, é possível ter
•
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diante do conflito e da morte, pois é perma- acesso aos bens. Desse modo, os fiéis de-
necendo firmes que ganharão a vida (cf. v. vem ganhar o próprio sustento e não se
•
17). Essa exortação final é uma promessa aproveitar da solidariedade dos irmãos da
Vida Pastoral
43
confirma que a espera pela vinda do Senhor des sociais e incentivar as mesas fraternas,
deve ser ativa, marcada pela caridade, pela ou outras atividades concretas relacionadas
justiça, pois a vinda esperada, o fim dos às políticas públicas (cf. CNBB. Manual da
tempos, a parusia, será a plenificação da co- CF-2019: Fraternidade e Políticas Públicas.
munhão já vivida entre os membros da co- Brasília: CNBB, 2018. n. 254 a 261).
munidade e com os outros irmãos e irmãs.
CRISTO, REI DO UNIVERSO
III. Pistas para reflexão 24 de novembro
As leituras e a celebração do dia mun-
dial dos pobres nos oferecem várias dicas “Senhor, lembra-te
para reflexão. A I leitura nos chama a aten-
ção para a tentação de desvincularmos o de mim, quando
culto da vida, de acusarmos Deus pela in-
justiça e não assumirmos nosso compro- entrares em teu
misso com a justiça social, não ouvindo os
apelos à conversão. Outra tentação é desa-
nimarmos e, diante das exigências da ética
reinado” (Lc 23,42)
vas); visitar e criar atividades em orfanatos, rei sobre Judá (Reino do Sul), residindo em
abrigos, asilos, presídios, hospitais; criar e Hebron (cf. 2Sm 2,1-4). O texto escolhido
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ano 60
realizar círculos bíblicos sobre o tema do tra- para a liturgia deste domingo, 2Sm 5,1-3,
balho e questões sociais; rezar pelos empo- narra a unção de Davi como rei e o reconhe-
•
brecidos; promover rodas de reflexão sobre cimento de seu reinado sobre as tribos de
Vida Pastoral
44
partilhando seu poder com as outras lideran- des impérios – os quais massacram o povo
ças (cf. v. 3). para fazer prevalecer os próprios interesses
•
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cificação, a reação dos chefes e dos solda- poder mediante a total doação da própria
45
vida, na entrega em favor dos irmãos. É sus assumiu a condição humana. Eles tam-
com base nessa compreensão que o segun- bém acreditavam que os anjos e as forças
do malfeitor professa a fé na ressurreição e cósmicas tinham um papel fundamental no
no triunfo do Reinado de Deus, ao pedir destino das pessoas. Por isso, era necessário
que Jesus se recorde dele quando entrar no realizar várias práticas religiosas, como a ob-
seu Reinado. É também o momento de rea- servância das leis relativas aos alimentos, je-
firmar a fidelidade de Deus em cumprir as jum, práticas ascéticas, para garantir a bene-
promessas e manter a aliança estabelecida volência desses seres considerados celestes.
com o povo (cf. Lc 1,72). Tal malfeitor es- O hino descrito em Cl 1,12-20 prova-
perava uma salvação futura, no fim dos velmente provém da liturgia batismal. No
tempos, mas Jesus lhe garante que a salva- contexto da comunidade de Colossas, ele
ção já está presente. Desse modo, o chama- ilumina o cristão e o ajuda a se orientar em
do “bom ladrão” se apresenta como o pro- direção ao Reinado de Deus, do qual é par-
tótipo daquele que percebe que, com Jesus, ticipante por meio do batismo.
se inaugura a manifestação do Reinado, da Podemos dividir o hino em três partes.
soberania de Deus. Por isso, o estar com A primeira apresenta Cristo como a imagem
Jesus “hoje no paraíso” não pode ser inter- de Deus e como o primogênito da criação
pretado como algo futuro, como a ressur- (cf. vv. 15-16). Desse modo, Cristo Jesus é o
reição no fim dos tempos, mas o paraíso é princípio unificador da realidade cósmica
o reconhecimento do Reino inaugurado na com a humana. É ele que unifica toda a
encarnação de Jesus (cf. Lc 2,22), no seu obra de Deus, pois é o mediador da criação,
ministério público, por meio de suas pala- o reconciliador e salvador. O autor, portan-
vras e gestos (cf. Lc 4,21). O paraíso signi- to, afirma que Cristo é a plenitude do divi-
fica, portanto, essa comunhão com o proje- no e do humano, e todos os chamados seres
to de Cristo (“estarás comigo”, v. 43). O intermediários entre Deus e a humanidade
texto também reafirma que a salvação é (tronos, dominações, soberanias, poderes,
dada a todos, basta acolhê-la. anjos) submetem-se ao seu poder. Assim, a
Ao concluir, podemos dizer que o se- salvação é obtida por meio da fé em Jesus
gundo malfeitor declara a vitória sobre a Cristo, pois ele é o centro da criação, o fun-
morte, pois, ao contemplar Jesus crucifica- damento da história da salvação, a revelação
do, professa a fé no triunfo da vida e na so- do Deus invisível, o primogênito da criação.
berania divina. A segunda parte confirma a soberania de
Cristo sobre todas as criaturas (cf. vv. 17-
3. II leitura: Cl 1,12-20 18a). Também indica que ele é o Senhor da
A carta aos Colossenses foi escrita por Igreja e esta se encontra sob sua autoridade.
algum discípulo de Paulo, sendo considera- Na terceira parte, o autor declara que Cristo
da, portanto, deuteropaulina. Colossas era é o primogênito dos mortos, pois foi o pri-
uma pequena cidade na Ásia Menor. Na co- meiro a ressuscitar e é o fundamento da res-
munidade, formada praticamente por pes- surreição. Enfim, Cristo é o lugar no qual a
nº- 330
cepções não condizentes com o seguimento que gera a vida nova entre os cristãos. As-
de Jesus. Uma delas é que Jesus seria inferior sim, a vida e o destino dos cristãos depen-
•
aos anjos, pois os anjos sempre permanece- dem da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus
Vida Pastoral
46
Senhor”
Vendas: (11) 3789-4000
(Mt 24,42) 0800-164011
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ano 60
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No primeiro domingo do Advento (Ano
Vida Pastoral
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toda a nossa confiança e esperança no Se- mentos para cultivar a terra e torná-la fe-
nhor. O profeta Isaías anuncia a peregrina- cunda, plena de vida. Ele transformará as
ção de todas as nações para Sião, a fim de relações entre os povos e fará prevalecer a
serem conduzidas por Deus pelo caminho justiça, a paz, o desarmamento, o bem-estar
da justiça e da paz. O salmista canta a ale- de todos, a vida digna para todos.
gria do povo por ir à casa do Senhor, pois
somente Ele é capaz de nos conceder a sal- 2. II leitura: Rm 13,11-14a
vação. As outras duas leituras (II leitura e O texto de Romanos está inserido nas
evangelho) mostram-nos a imprevisibilida- exortações descritas nos capítulos 12 e 13 e
de da vinda de Jesus e da salvação definiti- tem como finalidade explicitar a motivação
va. O “quando” está reservado a Deus Pai, a cristã da obediência. Desse modo, Paulo
nós é solicitada uma espera vigilante. Por ressalta a seriedade do tempo que o cristão
isso, Paulo nos convida a ficar despertos, e a cristã experimentam, pois é o tempo fa-
pois precisamos estar preparados para esse vorável, anunciado pelos profetas. De fato, a
encontro definitivo com o Filho do homem, salvação anunciada tornou-se realidade na
despojando-nos de tudo que nos afasta de adesão a Jesus por meio da fé e do batismo,
Deus (a idolatria e a injustiça) e sendo ver- ao qual o apóstolo se refere ao falar de “re-
dadeiramente filhos da luz. vestir-se de Cristo” (v. 14a). Assim, todo agir
cristão deve ser perpassado por essa experi-
II. Comentários ência batismal, pela experiência de segui-
dos textos bíblicos mento de Jesus Cristo e pela decisão de se
1. I leitura: Is 2,1-5 deixar guiar pelo Espírito.
O profeta Isaías (o Primeiro Isaías) pro- Paulo convida os cristãos a despertar,
vavelmente atuou entre os anos 731 e 701 tendo como motivação a proximidade da
a.C. no Reino de Judá. Nesse período, Judá salvação. Assim, o apóstolo indica a necessi-
passava por grande crise política, econômi- dade de ler o presente à luz da experiência
ca e social (cf. Is 1-39). Essa crise foi gerada batismal e de assumir nova vivência ética
pela proliferação da injustiça, pela desones- (“vistamos as armas da luz”, v. 12). As ações
tidade de suas lideranças, pela opressão por ligadas às trevas são aquelas presentes nos
meio dos impostos e da exploração do tra- cultos considerados idolátricos (bebedeiras,
balho, pelo culto desvinculado da vida e orgias sexuais), mas também a prática da in-
pelas alianças firmadas com as grandes po- justiça (imoralidades, brigas e rivalidades).
tências, afastando-se da aliança realizada Por conseguinte, o cristão é chamado a
com o Senhor. cumprir aquilo que é anunciado no texto de
O texto da liturgia é extraído do início Is 2,1-5: transformar as armas de guerra em
do livro do profeta Isaías. O v. 2 insiste so- armas de luz, o que significa humanizar as
bre a questão do tempo, um tempo favorá- relações em todos os níveis.
vel no qual todos os povos peregrinarão ao
monte Sião – onde foi construído o Templo 3. Evangelho: Mt 24,37-44
nº- 330
guiados por Deus pelos caminhos da justiça sos escatológicos presentes em Mt 24-25
e conhecerem seus preceitos. Ele será o juiz tratam de dois temas: 1) a destruição do
•
que, tendo como função estabelecer a paz, Templo e de Jerusalém; 2) a vinda do Filho
Vida Pastoral
48
cional (Febic) nos convida a celebrar o Ano “Alegre-se a terra que era deserta e in-
da Palavra de Deus, com início neste pri- transitável, exulte a solidão”: essa é a
•
meiro domingo do Advento e com término mensagem de esperança que ecoa neste
Vida Pastoral
49
pela imediata irrupção do reinado universal nado de Deus entre os mais pobres. Desse
de Deus, como podemos perceber em todo modo, as palavras e gestos de Jesus atestam
•
esse trecho de Is 35, no qual se fala da ma- sua identidade e sinalizam o cumprimento
Vida Pastoral
50
acenava para um Reino voltado para os po- talecidos, isto é, saber discernir, decidir
bres, marcado pela presença misericordiosa com prudência e ser perseverantes no ca-
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ano 60
de Deus e anunciado por alguém que tinha minho assumido, mesmo diante dos confli-
convicção e autoridade, porque realmente tos e do sofrimento. A expressão “a vinda
•
vivia aquilo que anunciava e não era um do Senhor está próxima” (v. 8) pode ser in-
Vida Pastoral
“caniço agitado pelo vento”. Essas descri- terpretada como a vinda do Senhor no fim
51
dos tempos, na parusia, mas também como encarnação até sua ascensão (II leitura). O
a intervenção de Deus na história, tal como evangelho faz uma releitura cristológica de
anunciavam os profetas e se manifestou na Is 7,14 (I leitura) para confirmar que Jesus
vida de Jesus Cristo (cf. Am 1,2-2,16; 3,1- cumpre as promessas anunciadas pelos
8; Ml 3,1; Is 35,4). profetas. Nele deparamos com a docilidade
A terceira atitude incentivada pelo autor de José, que acolhe o projeto de Deus, e
da carta é a comunhão e o viver com alegria, somos informados sobre a missão de Jesus:
ajudando o outro em sua caminhada, não “salvar seu povo de seu pecado” e ser a re-
julgando, pois o julgar pertence a Deus, o velação da presença constante de Deus em
justo juiz. Por fim, exorta-se o/a batizado/a nosso meio (Emanuel).
a ter audácia profética e ser mensageiro/a da
ação salvífica de Deus. II. Comentários
dos textos bíblicos
III. Pistas para reflexão 1. I leitura: Is 7,10-14
A liturgia deste terceiro domingo do Ad- Esse oráculo situa-se em torno do ano
vento nos impele a nos alegrarmos e a não 734 a.C., no reinado de Acaz. Nesse perío-
ter medo diante das dificuldades, pois a vin- do, o rei de Israel (Reino do Norte) uniu-se
da salvadora de Deus transforma todo o ao rei de Aram para tomar Jerusalém, que
universo, liberta o povo do cativeiro e se pertencia ao Reino do Sul. Essa guerra foi
manifesta na ação libertadora de Jesus. chamada Siro-Efraimita. A provável tomada
Além de acolhermos o convite à alegria pela de Jerusalém trazia consequências não so-
imensa manifestação da bondade e da ter- mente políticas e sociais, mas sobretudo re-
nura de Deus, somos convidados a nos per- ligiosas, pois cairia por terra a promessa da
guntar: para nós, que importância tem a presença de Deus em Jerusalém, feita a Davi.
resposta dada por Jesus aos discípulos de Em meio a essa realidade de tensão, surge a
João Batista? Que Boa Notícia nos traz? Das pergunta: Deus realmente estava com o
atitudes elencadas na carta de Tiago, qual povo de Judá ou o havia abandonado? Dian-
nos chama mais a atenção? Como estamos te da dúvida, Judá tenta fazer aliança com a
preparando o coração para celebrar a encar- Assíria, sendo criticado pelo profeta Isaías,
nação de Jesus na celebração do Natal que visto que a única esperança era confiar na
se aproxima? aliança estabelecida com Deus.
O rei Acaz é incitado pelo profeta e por
4º DOMINGO DO ADVENTO Deus a pedir um sinal, que poderia ser “pro-
22 de dezembro veniente da profundeza da terra, como das
o Deus conosco!”
(Lc 1,23)
-se a pedir um sinal que confirmasse a pro-
teção de Deus e a fidelidade dele às promes-
sas, tentando mostrar, por meio dessa recu-
nº- 330
Neste quarto domingo do Advento, so- rei, dado que este adorava outros deuses e
mos convidados a refletir sobre a identida- havia até mesmo sacrificado seus filhos aos
•
de de Jesus. Assim, é-nos oferecida uma ídolos (cf. 2Rs 16,1-4). Deus, contudo, por
Vida Pastoral
síntese de toda a história de Cristo, de sua meio do profeta, confirma sua proteção e
52
sus a José. Ela vem após a genealogia, na Igreja nos próximos anos.
qual Mateus afirma que Jesus é “filho de
Davi” e “filho de Abraão”. Nesta, realça-se a
natureza humana de Jesus, que faz parte da
tradição judaica e é da descendência davídi-
nº- 330
ca. Já o relato desse dia visa explicitar a filia- Vendas: (11) 3789-4000
ção divina de Jesus. 0800-164011
•
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paulus.com.br
gem de Jesus Cristo” (v. 18), o evangelista
Vida Pastoral
53
Cristo será oferecida a todas as nações. nar para o Pai. Paulo, portanto, sintetiza toda
54
55
“primogênito”. Portanto, será o filho consa- A narrativa termina com a alegria (cf. v.
grado a Deus, conforme a tradição judaica 10), tema característico de Lucas e da era
•
(cf. Ex 12,3; Nm 3,13). O primeiro elemen- messiânica. A alegria tem como motivo a in-
Vida Pastoral
to que nos chama a atenção é a salvação vir tervenção salvífica de Deus na história e o
56
dos” põe o acento não na disposição huma- a atitude de substituir o verdadeiro Deus,
na (como o faz a tradução “aos homens de revelado em Jesus Cristo, por pessoas ou
•
boa vontade”), mas no comportamento de coisas (dinheiro, poder, status, projeção so-
Vida Pastoral
Deus. Nessa perspectiva, todos são chama- cial). As paixões mundanas se expressam na
57
do nosso Deus”
(Sl 97,3)
caráter universal.
Os termos traduzidos por “bem” e “paz”
podem ser entendidos como consequência
do evento histórico-salvífico que consiste
I. Introdução geral justamente no retorno dos exilados, com o
A promessa da contemplação da salva- povo sendo libertado de seus adversários
ção de Deus (I leitura) se realiza na encarna- (cf. Na 2,1). A paz também tem o significa-
ção do seu Filho, enviado para comunicar a do de bem-estar e segurança nas dimensões
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tal, possamos nos deixar envolver pela gra- A salvação, em Is 52,7, assume o signifi-
tuidade desse amor e ser, também nós, por- cado de administrar a justiça (cf. Is 60,16;
•
58
Oi de casa!
vação, isto é, as manifestações da potência
divina mediante a intervenção de ações con-
cretas, realizadas na criação e na história de
Igreja missionária, Igreja em saída,
Israel. A mensagem a ser transmitida (“teu
Igreja que visita
Deus reina”, v. 7) é uma espécie de profissão
de fé. Essa locução reafirma o monoteísmo e Pe. Aldino José Kiesel, OSFS
a realeza de Deus explicitada nas manifesta-
ções salvíficas e tem, como consequência, o
restabelecimento ético, por meio dos termos
“paz” e “bem”, trazendo a estabilidade, o
bem-estar e o controle das forças hostis cós-
micas, a fim de manter a ordem instaurada
nos inícios e ainda em contínua restauração.
O exultar de alegria (cf. v. 8) provavel-
mente tem como motivo a vitória de Deus,
seu julgar com retidão (cf. Sl 51,16; 67,5;
145,7; Dt 32,43) e o cumprimento das pro-
messas (cf. Sl 132,9.16). O convite a exul-
tar certifica a realização da redenção pro-
metida pelo Deus de Israel, a qual todos
72 6págs.
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a torna lugar, por excelência, da revelação
Vida Pastoral
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mente, têm a intenção de apresentar o Fi- 34,5-7). Também são utilizados na liturgia
lho como a Sabedoria criadora de Deus, do povo de Israel. A palavra “graça” pode
•
que gera vida (cf. vv. 3-4) e se encarna, ter o sentido de compadecer-se, aproximar-
Vida Pastoral
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história, como a definitiva palavra revelado- mistério da potência divina revelada numa
ra de Deus, e seu papel na ação salvífica. Em criança, somos convidados a refletir sobre o
•
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SAGRADA FAMÍLIA -lhes sua bênção (cf. vv. 8-9), fonte de pros-
29 de dezembro peridade e fecundidade. Entre as promessas
aos outros, pois (cf. vv. 3.15). As outras promessas são: acu-
mular tesouros (cf. v. 4), alegria com relação
o amor é o vínculo aos filhos (cf. v. 5), vida longa (cf. v. 6), ora-
ção atendida (cf. v. 5). Aqueles, porém, que
jovens como os adultos, que tenham cari- de Jesus com o Pai e indica que seu retorno
nho e respeito para com seus pais, pois é do Egito para a terra prometida deve ser re-
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necessário honrar pai e mãe (cf. vv. 3-5), lido como um novo êxodo, no qual Jesus
respeitá-los (cf. v. 7), não abandonar o pai estabelecerá uma nova aliança, libertando
•
(cf. v. 16) e consolar a mãe (cf. v. 6). O dom Israel de todo tipo de opressão e anuncian-
Vida Pastoral
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sus Cristo, resgatar a aliança com Deus (cf. v. está sujeito às vicissitudes do dia a dia – pro-
12), estabelecer nova relação com o outro, blemas econômicos, de estabilidade, experi-
•
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O povo de Deus
José Comblin
O povo de Deus foi escrito em vista do novo pontificado. Na origem, há um grande ato
de esperança no advento de um novo dia depois da “noite escura”. A esperança tem
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por objeto um retorno aos princípios do Vaticano II. Não se trata de um Vaticano III. Não
poderia haver Vaticano III sem, primeiro, voltar ao Vaticano II. O retorno aos pobres e
o redescobrimento da Igreja dos pobres foram o caminho que levou à reabilitação do
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A TRAJETÓRIA DO HOMEM
QUE PASSOU DE PERSEGUIDOR
DA IGREJA A ANUNCIADOR
DE CRISTO.
PAULO
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Luiz Alexandre Solano Rossi
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