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ACOMETIMENTOS CUTÂNEOS NA

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


“A PELE O EU QUE SE VÊ”
Denise Mota
Médica de Família e Comunidade
QUALIDADE DE VIDA
SAÚDE CUTÂNEA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PELE

• Epitélio E S T R A T I F I C A D O;
• Ectodérmico [contato com a DERME – tecido conjuntivo mesenquimal]

Estruturas originariamente distintas


interface através da junção dermoepidérmica
A pele é uma importante barreira protetora do organismo e pode
predispor a doenças, como dermatite atópica. Considerando isso assinale
a alternativa correta:
a. Alteração de barreira é um epifenômeno.
b. Defeitos na permeabilidade da barreira leva à propensão para infecções
secundárias.
c. A resposta imune com padrão Th2 predispõe a alteração de barreira.
d. É o fator mais importante na fisiopatologia da dermatite atópica.
e. A alteração de barreira não influencia a resposta Th1/Th2 ou contribui
para alteração da permeabilidade.
RESPOSTA B

• A dermatite atópica [DA] pode ser classificada com intrínseca e extrínseca. A


extrínseca ou alérgica atinge 70% dos pacientes com DA e está relacionada à
sensibilização contra alérgenos ambientais e níveis elevados de IgE. 20 a 30% são
intrínsecas e não alérgicas, com baixo níveis de IgE, ocorrendo por disfunção da
barreia cutânea.
• Xerose ou pele seca na DA está relacionada a diferenciações epidérmicas, do
metabolismo lipídico da epiderme e ao aumento da perda de agua
transepidérmica. A alteração de barreira não é um fenômeno relacionado
secundariamente a via alérgica, nem diretamente relacionado a resposta Th2, mas
que interfere significativamente na permeabilidade, deixando a pele predisposta
para a entrada de agentes biológicos.
LESÕES ELEMENTARES

Mácula Acrômica Máculas


Vitiligo de Hipocrômicas
pálpebra Hipercromia Pitiriase versicolor
Mancha café com
leite
LESÕES ELEMENTARES

não
desaparecem Petéquia
Equimose [trauma]
a [puntiforme]
não sobre a
digitopressão vitropressão com volume:
púrpura palpável
LESÕES ELEMENTARES

<1cm
>1cm

Bolha tensa e
Vesículas Herpes Agrupadas
brilhante
DERMATOSES MAIS FREQUENTES

• INFLAMATÓRIAS;
• BACTERIANAS;
• VIRAIS;
• FOLÍCULO PILOSEBÁCEO;
• FÚNGICAS – MICOSES SUPERFICIAIS;
MICOSES SUPERFICIAIS

• CAUSADAS POR FUNGOS ACOMETENDO CAMADA


CERATINIZADA DA PELE/MUCOSAS/ANEXOS
• PITIRÍASE VERSICOLOR (PANO BRANCO): CAMADA
CÓRNEA/HASTE LIVRE DO PÊLO, NÃO CONSOMEM
QUERATINA, NÃO PRODUZEM REAÇÃO INFLAMATÓRIA;
POUPAM “ASSINTOMÁTICAS” POUPAM
MUCOSAS MUCOSAS
• TINEAS – FUNGOS CERATOLÍTICOS, INVADEM CAMADA
CORNEA, RESPOSTA INFLAMATÓRIA E SUPERFICIAL →
PRURIDO/ERITEMA

CANDIDAS [LEVEDURAS]: AFETAM PELE


E MUCOSAS...SISTÊMICAS
PITIRIASE VERSICOLOR

• MICOSE SUPERFICIAL
• FUNGO LIPOFÍLICO [GOSTA DE GORDURA]: COURO CABELUDO,
FACE, COLO/POSTERIOR DO DORSO;
• COLONIZA HUMANOS = RASPADOS POR OUTRAS CAUSAS COM
MALASSEZIA FURFUR [NÃO É CONTAGIOSO, 90% DA POPULAÇÃO
TEM O FUNGO – proliferação em situações propicias];
• PODE EVOLUIR EM SURTOS/RECORÊNCIA [condição propicia mantida –
orientar, não apenas medicar];
• VERSICORLOR – MAIS FREQUENTEMENTE HIPOCRÔMICA, MAS
PODEM SER HIPERCRÔMICAS [pele com tendência a pigmentação
descola e fica mais escura e ERITEMATOSAS [LEVE INFLAMAÇÃO];
MÁCULAS
HIPOCRÔMICAS Bem
delimitadas
Estiramento
da camada
córnea
[destacável]
SINAL DE
ZILERI

Paciente transpirando ou em áreas cobertas: pele pode


não destacar ao estiramento, não exclui Dx
COMO TRATAR?

Formas mais localizadas: TTO tópico – shampoos


por que a área de maior crescimento do fungo é
em couro cabeludo – fazer descolonização
Se pele
• Sulfeto de selênio 2.5%
Lavar o cabelo e enxaguar muito
Shampoos • Cetoconazol 2%
por 1 mês todos os dias ou oleosa
• Ciclopiroxolamina repetir 1x
em dias alternados
semana

+ azólicos → cetoconazol creme 2x ao dia por 1 mês


Sabonetes ceratolíticos [enxofre/AAS] removem camada superficial
da pele
FOLICULITE PITIROSPÓRICA

• Lesões com aparência folicular, pequenas e arredondadas;


• Evitar fatores predisponentes: hiperoleosidade/hiperidratação, má nutrição, gravidez é um momento
de predisposição [hormonal], DM, corticoterapia prolongada;
• Depois de tratada: pigmentação da pele demora a voltar → estimular com um pouco de sol [a
mancha branca não some tão rapidamente]
• Abordar com medicação VO
• Evitar cetoconazol VO [alerta do FDA – riscos de injuria hepática aguda]
• Itraconazol 200mg/dia por 7 dias
• Fluconazol 450mg em dose única
DERMATOFITOSES OU TINEAS

• Microsporum, Trichopyton e Epidermophyton


• Solo; animais; homem;
• Não invadem diretamente a epiderme e a derme, mas seus antígenos são
reconhecidos e estimulam o sistema imune;
• Consomem ceratina, mas não invadem;
• Mais comuns em homens;
• Contágio por contato direto ou indireto
TINEA CAPITIS

• Couro cabeludo;
• Microsporum ou Trichophyton;
• Mais comum em crianças;
• Microsporum canis – cães ou gatos contaminados;
• Epidemias em crianças – creches e escolas – pente maquina de cortar
cabelo, escovas;
TINEA CAPITIS

Áreas
arredondadas -
falta de cabelo
TINEA CAPITIS

Pêlos tonsurados
– quebrados –
fungo começou a
consumir e não
destruiu bem
ALOPECIA
AREATA
TRATAMENTO TINEA CAPITIS

• VO [fungo no folículo];
• Prolongado [crescimento do cabelo em todas as fases];
• GRISEOFULVINA 20mg/kg 1x ao dia para crianças e adultos 1g em 2
tomadas por 2 a 3 meses ou até cura clínica ou micológica;
• Terbinafina 2ª opção 5mg/kg/dia ou 125mg para adulto por 2-3m até
cura clínica ou micológica;
• Tópicos são pouco efetivos, pode ser usados em associação;
QUÉRION
TINEA CORPORIS

• Tinea da pele glabra (sem cabelo);


• “Impingem”;
• Microsporum, Trichopyton e Epidermophyton
• Transmissão inter humana (contato direto, roupas, fômites, banhos públicos) ou contato
com cães e gatos;
• Muito pruriginosa;
• Arredondadas;
• Bordas definidas → crescimento centrifugo [consome queratina do meio e vai se
espalhando, abrindo] – centro vai tendendo a cura e apresenta mais atividade em bordas
[circinadas]
TINEA
CORPORIS

Localizadas antifúngicos
tópicos 2x/dia por 1 mês
[áreas mais úmidas, tedencia
maior a não ter resposta
imunologica…[fazer cursos
maiores garante resolução]
Antifúngico Sistêmico
Terbinafina 250mg/dia 15d
Itraconazol 100mg/dia 15d
Fluconazol 150mg/sem [mais
apropriado para leveduras –
candida - versicolor]
Cetoconazol 200mg/dia 1 m

T I NE A COR POR I S DI SSE MI NADA , R E FR ATÁR I A OU


COM FATOR E S P R E DI SP ONENT ES
TINEA CRURIS

• Linha da região perineal ou inguino crural;


• Dobra, períneo, coxa proximal e abdome;
• Homens adultos, diabéticos, obesos;
• Poupa bolsa escrotal e não apresenta lesões satélites;
• Frequentemente associada a tinea pedis;
• Semelhante tratamento da tinea corporis;
RESPOSTA IMMUNE PIOR
BOLSA ESCROTAL É MAIS FRIA
PROCURAR TINEA NA UNHA (PEDIS – FOCO)
TINEA PEDIS
TINEA PEDIS
EXAMINAR ENTRE OS DEDOS!
• Antifúngico tópico 3 sem [isoconazol,
cetoconazol, miconazol];
• Secar bem os pés;
• Usar pós antimicóticos nos sapatos
reduz incidia;
TRATAR
TINEA • Cuidados com banheiro [colonização] –
Lysoform 1 colher de sopa em 2 L de
PEDIS água para lavar banheiro e enxaguar as
meias
• Evitar umidade local e fissuras;
• Lesão plantar descamativa e espessa:
ureia 20% ou vaselina salicilada
TINEA DE UNHA
TINEA UNGUEAL
ONICOMICOSE
ONICOMICOSE
TRATAMENTO
ONICOMICOSE
QUANDO TRATAR ONICOMICOSE VIA
ORAL?

ACOMETIMENTO DE > 50% DO LEITO UNGUEAL OU


DA MATRIZ E/OU MAIS DE UMA UNHA
TRATAMENTO ORAL DA ONICOMICOSE

• TERBINAFINA 250mg/dia por 1 semana, suspende 3 semanas, fazendo 4


[mão] a 6 ciclos [pé], cura 90%; o mais seguro em idosos;
• Itraconazol 400mg/dia por 1 semana [200mg de 12/12h], suspende 3
semanas, fazendo 4 a 6 ciclos, cura 90%;
• Fluconazol 300mg/semana em dose única por 6m [melhor pra
versicolor/cândidas = levedura], então se for onicomicose de dona de
casa, mão de lavadeira, fungo que gosta de água, a chance de cura é
melhor; com boa taxa de cura para mãos, mas baixa taxa para os pés;
CUIDADOS

Motivar
paciente
C ANDIDÍASES
MICOSES
SUPERFICIAIS
LESÕES SATÉLITE
REGIÃO DE DOBRAS/ATRITO
MACERAÇÃO/UMIDADE DE FRALDAS
CANDIDÍASE
UNGUEAL
TRATAMENTO DAS CANDIDÍASES
SUPERFICIAIS
INFECÇÕES BACTERIANAS
IMPETIGO

Dermatose infecciosa aguda;


- Comum em crianças;
- Stafilococcos plasmocoagulase positivos
- Estreptococo beta hemolítico
IMPETIGO BOLHOSO – estafilococo
IMPETIGO NÃO BOLHOSO – estreptococo/estafilococo
- Higiene precária
- Colonização mucosa nasal
Marta traz Emily Kauwane, 4m, à consulta de puericultura. Relata
que observou o aparecimento de casquinhas amarelas no couro
cabeludo e orelha da filha desde a última consulta. Ao exame
físico a criança apresenta lesões eritematoescamosas, amareladas
e aderentes à pele do couro cabeludo e da região retroauricular.
O diagnóstico e tratamento mais indicados são:
a. Impetigo e a prescrição de bacitracina tópico.
b. Psoríase infantil e a prescrição de clobetazol.
c. Miilia infectada e prescrição de penicilina benzatina.
d. Dermatite seborreica e prescrição de óleo mineral salicilado.
RESPOSTA D

• A dermatite seborreica [“caspa”] é uma doença inflamatória superficial, crônica,


com predileção por couro cabeludo, sobrancelhas, bordos palpebrais, sulco
nasolabial e região pré-esternal [áreas seborreicas]. Em bebês, pode haver
acometimento intenso do couro cabeludo formando escamas, espessas e
amareladas, denominadas “capuz de leite”.
• Dentre as opções de tratamento tempos: xampu de enxofre, coaltar, soluções
contendo acido salicílico, zinco, selênio e antifúngico – corticoesteroides ou
antifúngicos creme;
• Prednisona oral em casos graves.
IMPETIGO
TRATAMENTO
TRATAMENTO SISTÊMICO

• Se não tiver acesso ao tópico


• Penicilinas – cefalexina é a
opção [50mg/kg/dia em 4
tomadas – apresentação
250mg/5ml]
• Eritromicina em alérgicos
MOLUSCO CONTAGIOSO
COMO TRATAR?

• Destruir química ou fisicamente as lesões;


• Sempre tratar devido chance de disseminação;
• Hidróxido de potássio 5 a 10%: mandar manipular em solução aquosa 1x ao
dia até a lesão cair;
• Curetagem é o método de eleição, porém dói [usar clorexidina, lidocaína
pomada, luvas e exérese];
• Sulfato de zinco VO com resultados promissores 10mg/kg/dia 3x ao dia
[máximo de 600mg/dia] alguma intolerância gástrica;
VERRUGAS VIRAIS

• HPV
• Contagio interpessoal, auto inoculação;
• Infectividade depende da carga do vírus;
• Vulgar/, plantar [olho de peixe – não
cresce exofidicamente - dolorosa] e
planas
• Pontos negros: capilares trombosados/couve-
flor
• Fenômeno de Koebner
TRATAMENTOS

• Destrutivos (queratinolítico,
crioterapia, curetagem, laser)
• Antimitóticos (retinóides,
podofilotoxina)
• Imunoestimulantes (interferon)
- Duofilm plantar: verruga vulgar 1x ao
dia por 7 dias [destrutivos];
- Imiquimod 1x ao dia 5 dias por
semana por no máximo 16 semanas;
- Ácido tricloroacético usado pelo
medico 1x a cada 2-3 semanas
[plantar]
HERPES SIMPLES

• TIPO 1 – FACE E TRONCO


• TIPO II – GENITAIS
• 70% ADULTOS: CONTATO COM O VÍRUS;
• PENETRAM CÉLULAS DA DERME/EPIDERME
TERMINAÇÕES NERVOSAS LOCAIS;
• PERSISTE APÓS PRIMOINFECÇÃO;
• RECIDIVAS;
• OROLABIAL + COMUM, DESENCADEADAS
POR ESTRESSORES E TRAUMAS;
• DOLOROSAS
QUANDO TRATAR?

• PRIMOINFECÇÕES;
• HERPES GENITAL RECORRENTE 5 DIAS E PRIMOINFECÇÃO 10 DIAS;
• OROLABIAL 1-2X AO ANO:
• OROLABIAL RECORRENTE; ANTES DO APARECIMENTO – ACICLOVIR 200MG 5X AO DIA
POR 5 DIAS OU FAM/VALACICLOVIR
• IMUNODEPRIMIDO;
• MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS;
→ NO LOCAL USAR CICATRIZANTES COMO BEPANTOL 2-3X AO DIA E
PENVIR/ACICLOVIR TÓPICO COM PARCOS RESULTADOS
REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica, Saúde da Família.


Atenção Básica e a Saúde da Famíia [online]. 2011

GUSSO G.; LOPES, J. M. C.; DIAS, L.C. (Org.). Tratado de medicina de família e
comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre:Artmed, 2019. v. 2,

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