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APRESENTAÇÃO .....................................................................03
INTRODUÇÃO ..........................................................................05
01. Estudo do Tabernáculo .................................................07
02. Vida Cheia do Espírito Santo ......................................146
03. A Genealogia de Cristo ...............................................180
04. Sansão e a Juventude Cristã ......................................199
05. A Grande Vitória ...........................................................232
06. A Última Semana de Cristo .........................................259
07. Barnabé de Chipre .......................................................304
08. A Oração Muda as Coisas ...........................................329
09. Anticristo o Ditador Mundial .......................................350
10. 569 Pensamentos de Rui Barbosa .............................376
11. Técnicas de Leitura .....................................................485
12. Técnicas de Memorização ...........................................719
13. A Vinha de Nabote .......................................................546
14. O Maná no Deserto ......................................................553
15. Apolo de Alexandria ....................................................564
16. O Atleta Espiritual ........................................................572
17. Cristo a Rosa de Sarom ..............................................578
18. Vencendo a Tentação ..................................................583
19. O Advogado dos Pecadores .......................................589
20. A Cruz de Cristo ...........................................................596
21. As seis cidades de Refúgio ........................................601
1
2
APRESENTAÇÃO
3
4
INTRODUÇÃO
5
6
01
MENSAGEM
TEMA: estudo do tabernáculo
TEXTO:
INTRODUÇÃO
7
1. A ORIGEM DO VOCÁBULO TABERNÁCULO
a) Santuário Ex 25.8-9;
b) Tabernáculo Ex 25.9;
8
e) Tenda da congregação Ex 27.21; 33.7;
m) Tenda Ex 40.2.
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Segundo os preceitos da lei mosaica foi observada
durante 7 dias. Iniciava no dia 15 e se estendia até o dia 22 de
setembro-outubro Ex 23.16; Dt 16.13-15, 17; Lv 23.33-34. O
primeiro dia era o dia de santa convocação. Ofereciam
sacrifícios todos os dias e ofertas queimadas no oitavo. Frutos
das árvores, ramos de palmeiras. Habitavam em tendas de
ramos no período de 7 dias, para lembrar que os pais assim
fizeram no deserto. Enfim, era uma festa memorial e de ação
de graças pelos frutos recolhidos.
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2.1. Os Materiais Arrecadados
3. O PÁTIO
3.1. A Cerca
12
Ex 19.12; Is 59.2. Enquanto estivermos no pátio estaremos
protegidos pelo sacrifício de Jesus 1 Jo 5.4.
3.2. As Colunas
15
3.2.3. As colunas ficavam na posição vertical
16
3.2.5. Ficavam escondidas atrás das cortinas
17
3.2.9. Os Colchetes Ex 38.10
18
3.2.11. As cordas ligavam as colunas aos pregos
3.3. As Cortinas
19
3.3.1. As cortinas eram mais altas do que o visitante que
delas se aproximasse
20
nossa vida de santidade provocará nas pessoas a
necessidade de entrar pela porta Jo 10.9.
3.4. A Entrada
7,5 M 7,5 M
21
3.4.1. Suas dimensões Ex 38.18
a) Largura: 20 cv. = 10 m
22
3.5.1. Púrpura
3.5.2. Carmesim
3.5.3. Branco
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submetida a um tratamento especial, era tecida. Foi exigido
por Deus por ser leve e fresco. O linho torcido demonstra a
inflexibilidade da justiça e da santidade de Cristo Ex 27.9; At
13.35; 1 Jo 2.20.
3.5.4. Azul
24
3.6.2. A entrada para o santuário Ex 26.37
25
Oeste
Arca da aliança
Bacia de bronze
Leste
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4.1. Nomes Aplicados Ao Altar Dos Holocaustos
d) Altar Ex 30.20.
27
4.2.2. O altar dos holocaustos era a primeira peça da
entrada e a maior de todas.
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de todas as atrações. Ninguém tinha acesso a Deus se
primeiro não passasse por ele; da mesma forma, no tempo da
graça o pecador não vai a Deus sem passar pelo sacrifício de
Cristo Hb 9.22; 1 Jo 1.7; Ap 1.5.
4.4. O Formato
30
humanidade de Cristo foi real, perfeita e sem pecado Hb 4.15.
A madeira era oriunda da terra, Cristo é a semente da mulher
Gn 3.15 e denominado: “feito da terra” Is 4.2. O altar não
atraía, a mensagem da cruz é incompreendida e rejeitada 1 Co
1.18,21; Fp 3.18.
c) Reconciliação
d) Resgate
a) Arrependimento;
33
b) Regeneração;
c) Justificação;
d) Santificação.
4.5.8. As caldeirinhas
37
4.5.14. As leis dos holocaustos Lv 6.8-13
38
algum e sem manchas tais como bode, carneiro, ou um
pombinho Lc 1.13-17. Cristo fora inspecionado pelo
Governador Pilatos e nada foi encontrado que o
40
h) A fumaça. Aponta para a aceitação divina como cheiro
suave.
Nota:
5. A BACIA DE BRONZE
d) Tanque de bronze;
42
e) Bacia para abluções;
f) Mar de bronze;
g) Kiór no hebraico.
5.2. Formato
5.3. Dimensões
5.4. Localização
43
adentrar ao lugar Santo, deveria passar por ela, lavar as mãos
e os pés que são símbolos do serviço e da conduta no andar.
Para chegarmos a Deus primeiramente devemos passar pelo
altar dos holocaustos (o Calvário) e depois nos dirigirmos em
direção a pia de cobre (regeneração). A água da pia diz muito
bem do poder purificador da Palavra que nos purificam e nos
santificam em todos os nossos caminhos Sl 119:9 e Jo 17.19.
5.5. Material
45
5.5.3. Os sacerdotes deviam lavar as mãos antes e depois
de algum sacrifício para adentrarem ao santuário
a) Os ungidos Ex 30.22-33;
b) Os purificados Ex 30.17-21;
c) Os remidos Ex 30.11-16.
46
A regeneração ocorre na vida do cristão apenas uma vez
e não se repete mais 1 Co 6.11. Enquanto estivermos na
travessia do deserto deste mundo necessitaremos da bacia de
bronze que é a Palavra que nos santifica e nos purifica Sl
119.9,11.
f) Candelabro – Testemunho;
6. A TENDA DA CONGREGAÇÃO
a) Comprimento: 10m;
48
b) Largura: 5m;
c) Altura: 5m;
d) Formato
49
6.2.1. As Dimensões das tábuas
a) Comprimento: 10 c.v. = 5 m
50
Árvore De Acácia No Deserto
52
Na realidade os cristãos são inúmeros, mas, formam um
só corpo, a igreja 1 Co 10.17. No corpo de Cristo somos um
número par e não um número ímpar. O número 48 representa
universalidade dos crentes de todas as épocas incorporados
na matemática seletiva de Deus formando um só templo.
53
tonelada de ouro Ex 38.24. Esse metal fala especificamente da
divindade de Cristo. Devemos ser paramentados da natureza
divina para que sejamos blindados contra a ação do velho
homem Rm 13.14; 2 Co 5.4,15; Gl 2.20; Ef 4.24; 2 Pe 1.4; Ap
3.18. A natureza humana deve ser escondida pelo banho de
ouro da graça divina Gl 2.20.
56
6.2.17. As tábuas unificadas formavam a habitação de
Deus e não de Moisés e Arão
57
6.2.20. Havia dos lados norte, sul e oeste cinco travessas
de madeira revestida de ouro
b) Partir do pão;
c) Comunhão;
d) Orações.
58
Mt 18.20; Lc 2.46; 6.8; 22.27; 24.36; Jo 8.9; 19.18; 20.19; Ap
1.13; 2.1; 5.6; 7.17. Cada crente que permite o Mestre reinar e
dominar sua vida através da obediência e submissão
promoverá de forma veraz a unidade da igreja Fp 2.2-3.
a) Apóstolos;
b) Profetas;
c) Evangelistas;
59
d) Pastores;
e) Doutores.
60
exposta. Em relação às coisas de Deus quanto mais revelação
buscarmos mais beleza contemplaremos. O teto do
Tabernáculo era chato diz bem da exaltação de Cristo Cl 3.1; 1
Ts 4.17.
- Comprimento: 20 cv = 14;
- Largura: 4 cv = 2 m.
62
d) Ao fim de três semanas de molho, era retirado da água
e estendido para secar ao sol
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Quem estivesse na parte interna e olhasse para cima, era
como se estivesse olhando dentro do céu. A beleza do teto
atraia o olhar dos sacerdotes. O cristão que vive em plena
comunhão com Deus tem seu olhar voltado para cima Cl 3.1,
acaba vendo o céu aberto At 7.55-56. Os querubins tipificam a
soberania da justiça do governo divino, e, eles mesmos a
executam. As tipologias dos quatro rostos dos querubins falam
dos ofícios de Cristo Ez 10.14; Ap 4.7; 5.5.
64
Em sua humanidade o Senhor Jesus foi perfeito,
imaculado e santo. Espelha a pureza e a retidão de vida 1 Jo
3.3-5; Ap 3.5; 15.6; 19.8. Além de expressar sua pureza e
perfeição, representa também o “Evangelho de Lucas” onde
Ele é chamado de: “O Filho do Homem” Lc 19.10. Os cristãos
como sacerdotes devem:
Comprimento: 30 cv = 15 m
Largura: 4 cv = 2 m.
66
É um simbolismo do patíbulo, o pau horizontal da cruz.
Cristo nasceu como estrela no Oriente Mt 2.2, e morreu como
o sol declinando para o ocidente Lc 23.45.
67
e) As 50 laçadas de azul e os colchetes de bronze Ex
26.10-11
68
b) Por ocasião da consagração dos sacerdotes um
carneiro era sacrificado Lv 8.2
69
c) A pele de texugo era acinzentada
a) Mesa Ex 26.35;
f) Mesa da presença;
a) Comprimento: 2 cv. = 1 m
b) Largura: 1 cv. = 50 cm
74
7.3.6. Os quatro pés Ex 37.13
75
7.3.10. A Posição da mesa no Santuário
76
c) Pão sagrado;
d) Pão contínuo;
e) Pão da face;
f) Pão da presença.
77
7.5.2. Não tinha fermento Lv 2.11
78
7.5.7. Os pães eram furados
80
7.5.14. Os sete dias Lv 24.8
81
8. O ALTAR DO INCENSO
82
b) Largura: 1 cv. = 50 cm
c) Altura: 2 cv. = 1 m
a) Confissão 1 Jo 1.9;
b) Arrependimento Ap 2.5;
c) Lágrimas Cl 7.44.
d) Humildade 1 Pe 5.6.
84
8.3.7. Posicionava diante do véu em frente à arca
85
8.3.9. As brasas que ardiam no altar do incenso vinham do
altar dos holocaustos
8.4.1. Estoraque
86
8.4.2. Onicha
8.4.3. Gálbano
87
produz um cheiro desagradável, mas combinada com outras
especiarias, produz um cheiro agradabilíssimo e ativo. A
oração feita somente com o formalismo prático e humano
cheira mal diante de Deus. Quando ela é mesclada com a
intercessão do Espírito passa a exalar um aroma
agradabilíssimo Rm 8.26.
8.4.4. Franquicenso
89
8.5. Tipologia Geral Do Incenso
90
8.5.4. O incenso exalava seu aroma dentro e fora da tenda
Todas as áreas de atividades na igreja precisam ser
cobertas de oração para que haja progresso e proteção Cl 1.9.
9. O CASTIÇAL DE OURO
Um pé de amendoeira
93
Flor de amendoeira
c) Candeeiro Lv 24.4;
96
apesar de algumas serem maiores que outras. Em Cristo
todos os homens estão nivelados independentemente de
cultura ou posição social Rm 10.12; 1 Co 12.13. As seis canas
formavam uma unidade. Foram decoradas em alto relevo com
os frutos, os cálices e as flores da amendoeira. Somos as
canas do castiçal e as varas da videira Jo 15.4.
97
Espírito Gl 5.22-23. Comunicação da vida plena em Cristo Sl
23.5.
98
saudosismo das experiências do passado, mas, atualizar a
nossa comunhão com o Senhor Fp 3.13-14.
9.5.12. Os pavios
99
9.5.13. O Óleo de Azeite Puro Lv 24.2
10. O VÉU
102
10.1. Nomes Aplicados Ao Véu
a) Véu Ex 25.33;
a) Largura: 12 cm;
b) Comprimento: 5 m;
c) Altura: 5 m.
d) Resistência
a) Tabernáculo Ex 26.33;
c) Templo de Zorobabel Ed 6; Ag 2;
105
10.5.4. O véu foi costurado
106
11.1. Nomes aplicados
b) Santuário Lv 16.2-3;
e) Santuário Interno;
a) Comprimento: 5m;
b) Altura: 5m;
c) Largura: 5m.
107
11.3. Formato
109
g) Arca do Senhor 1 Rs 2.26;
f) Em sua vinda em glória virá como Rei dos reis e Senhor dos
senhores Ap 19.16;
111
ouro por dentro é um protótipo da divindade de Jesus não
reconhecida pelos judeus Jo 1.11.
112
conviver com a presença de Deus, mas, é preciso muita
responsabilidade, cuidado e vigilância.
114
O MANÁ CRISTO O PÃO DO CÉU
12.4. O propiciatório
116
12.4.1. As suas dimensões
a) Comprimento: 1,25
b) Largura: 75 cm
117
12.4.4. Lugar da glória
118
por Satanás, ou pelo eu, ou por Deus. O controle de Satanás é
a escravidão; o controle do eu é a futilidade; o controle de
Deus é a vitória. Os inimigos quando percebem a presença de
Deus em nossas vidas sentem-se derrotados Js 2.9-11; Sl
68.7-8.
119
Obede-Edom significa “escravo de Edom”. A presença de
Deus traz libertação, prosperidade e paz.
120
13. AS VESTES DO SUMO SACERDOTE
121
e) Itamar: significa “costa da palmeira”.
122
13.1. Os Calções De Linho
13.2. A Túnica
13.3. O Éfode
b) Ouro: Divindade;
d) Púrpura: Realeza;
e) Carmesim: Sacrifício.
124
13.4. O Peitoral
125
quando fomos lapidados por Cristo pela regeneração
recebemos o brilho espiritual pela santificação e nos tornamos
em colunas da verdade Cl 1.13; 1 Tm 3.15; Ap 3.12.
13.5. As Ombreiras
127
significa “cruz” revela o sofrimento e corresponde o numeral
400 que simboliza a escravidão Gn 15.13; sendo assim,
através da cruz, Cristo livrou-nos da escravidão do pecado Rm
6.20; da morte Hb 2.15 e da enfermidade Lc 13.16. Essas
duas pedras eram tiradas, sacudidas e mediante a luz emitida
o sumo sacerdote obtinha um sim ou não da parte de Jeová
acerca do que era consultado Nm 27.21; Dt 33.8 1 Sm 14.36-
45; 23.9-14; 30.7-8; 1 Sm 28.6. Deparamos com Cristo
personalizado nas pedras urim e tumim como luz que trás a
revelação da perfeição de Deus Dt 8.13; Sl 18.30; Jó 37.16; Mt
5.48; Tg 1.17.
128
Um Sacerdote 75
E Tumim 526
Total: 888
Salvador 8 x 8 x 22 = 1.408
Emanuel 8 x 8 x 8 x 50 = 25.600
Messias 8 x 82 = 656
129
13.9. O Manto Do Éfode
130
13.11. O Cinto
131
uma cobertura para a cabeça exemplificando a submissão de
Cristo ao Pai Sl 40.7; Fp 2.8.
NOTA:
132
14. A COMPOSIÇÃO DO ÓLEO PRECIOSO
134
“gôdod” quer dizer “curvado”. Fala das provas que nos
quebram. Quando nos dobramos e reverenciamos a unção
vem. Quem é experimentado nas provações aprende
submeter-se a Deus.
135
b) O óleo da consagração descia pela cabeça, escorria por
todo o corpo Ex 29.7; Lv 8.12; Ec 9.8.
136
15. O LEVANTAMENTO DO TABERNÁCULO
b) Em Gilgal Js 5.10;
c) Em Siló 1 Sm 1.9;
137
16. A BÚSSOLA DO POVO DE DEUS
a) Nuvem Ex 34.5;
138
chegariam a Canaã, semelhantemente, não chegaremos a
Canaã celestial sem o Espírito Santo.
c) Governador: Moisés.
139
140
AS TENDAS DA BANDA DO ORIENTE NM 2.3-9
141
AS TENDAS DA BANDA DO SUL NM 2.10
142
AS TENDAS DA BANDA DO OCIDENTE NM 2.18
143
AS TENDAS DA BANDA DO NORTE NM 2.25
Dã 62.700 Nm 2.26
144
CONCLUSÃO
145
02
MENSAGEM
TEMA: UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO
TEXTO: At 4.31
I
NTRODUÇÃO
Ser cheio do Espírito Santo é um dever e não uma opção
Ef 5.18. O assunto que será aqui desenvolvido é de suma
importância para quem aprecia uma "temática
paracletológica", e tem experiência com o poder do Espírito
Santo. Quando o povo de Deus peregrinou no deserto por
quatro décadas foi guiado de dia pela nuvem e à noite pela
coluna de fogo Ex 13.21-22. A nuvem oferecia para o povo
duas coisas importantes: "direção" e "proteção," isto fala do
papel proposital do Espírito Santo Jo 16.13. Ele é o antítipo
nuvem. As águas do tanque de Betesda, quando movidas por
um anjo, tornavam-se curativas. Os discípulos de Jesus
cheios do Espírito tornaram-se instrumentos nas mãos de
Deus, destinados à cura das nações. O Espírito Santo é a
força motriz da nossa vida. É o dínamo que põe em
movimento todas as faculdades da alma. A experiência com o
Espírito é fundamental na vida de qualquer cristão. Porém, o
146
conhecimento da doutrina do Espírito Santo também é
fundamental para qualquer cristão. Quem não entender
poderá "apagar o Espírito" em sua vida 1 Ts 5.19.
147
intransponível que separa Jesus de Paulo, Cristo do
cristianismo e o Evangelho de Jesus e o Evangelho sobre a
pessoa de Jesus” (H. J. Cadbury).
VELHO TESTAMENTO
Gn.............................................................. O incubador da vida
Ex.......................................................A inspiração de Bezaleel
148
Lv........................................................................O fogo do altar
Nm...............................................................O autor da profecia
Dt...................................................................A força de Moisés
Js..............................................................O Encorajador divino
Jz............................................O restaurador das nossas forças
Rt....................................................O companheiro inseparável
1, 2 Sm.......................................................A lâmpada de Israel
1, 2 Rs.................................................................O arrebatador
1, 2 Cr.....................................................O fortalecedor dos reis
Ed..........................................................O revificador dos cultos
Ne...........................................................O amante do seu povo
Et.......................................................O provedor da última hora
Jó....................................................O amigo nas horas incertas
Sl.........................................................................O alvo de Davi
Pv.............................................................................A torre forte
Ec.......................................................O consumidor da vaidade
Ct...............................................................O viveiro de Hesbom
Is......................................................O purificador de Jerusalém
Jr.....................................A tocha viva que arde continuamente
Lm...................................................O colecionador de lágrimas
Ez..................................................................O autor das visões
Dn............................................................O mestre das orações
Os..............................................................O perdoador infalível
149
Jl...................................................A fonte do poder pentecostal
Am.....................................................................O fogo contínuo
Ob..........................................................O habitante das alturas
Jn.................................................O que anima os evangelistas
Mq..................................................................O orvalho de Sião
Na...........................................O portador da espada flamejante
Hc.........................................................A salvação do seu povo
Sf...........................................................O provedor da verdade
Ag...........................................................A glória da última casa
Zc........................................................O quebrantador de Israel
Ml..............................................................O que reveste o Elias
NOVO TESTAMENTO
150
Ef..........................................................................O selo celeste
Fp........................................................A paixão dos pregadores
Cl..........................................O arauto dos tesouros escondidos
1, 2 Ts..................................................O que detém o anticristo
1, 2 Tm.............................................O guarda do bom depósito
Tt.......................................................................O guia da igreja
Fm...................................................................O conselheiro fiel
Hb............................................................O arauto da redenção
Tg. .........................................O preservador da coroa de glória
1, 2 Pe...............................................O inspirador insubstituível
1, 2 , 3 Jo.........................O grande testificador do amor ágape
Jd.......................................................................O locutor divino
Ap....................................................O conclamador ininterrupto
151
4. NOMES APLICADOS AO ESPÍRITO SANTO
1. Consolador Jo 14.16
2. Espírito de santidade Rm 1.4
3. Espírito eterno Hb 9.14-15
4. Espírito de juízo Is 4.4
5. Espírito voluntário Sl 51.12
6. Espírito de conhecimento Is 11.2
7. Espírito Santo Sl 51.11
8. Espírito de graça Zc 12.10
9. Espírito do Senhor Is 11.2
10. Espírito da verdade Jo 14.17
11. Espírito de graça Zc 12.10
12. Espírito de vida Rm 8.2
13. Bom Espírito Ne 9.20
14. Espírito de temor Is 11.2
15. Poder do alto Lc 1.35
16. Espírito de inteligência Is 11.2
17. Deus At 5.3-4
18. Espírito do Senhor Deus Is 61.1
19. Espírito de adoção Rm 8.15
20. Espírito de fortaleza Is 11.2
21. Espírito de Cristo 1 Pe 1.11
22. Espírito de sabedoria Is 11.2
23. Espírito de conselho Is 11.2
24. Sete espíritos de Deus Ap 1.4
25. Espírito de glória 1 Pe 4.14
26. Espírito do Pai Mt 10.20
27. Espírito de Deus Gn 1.2
28. Espírito da profecia Ap 19.10
152
5. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
153
5.3. Espírito Santo Pode Ser Tratado Pessoalmente
154
6.2. O Credo Atanasiano
"O espírito Santo vem do Pai e do Filho, não foi feito,
nem criado, nem gerado, mas procedente".
6.3.- Artigos Da Igreja Inglesa
"O Espírito Santo, procedente do Pai e do Filho, é da
mesma substância, majestade e glória do Pai e do Filho. Deus
verdadeiro e eterno”. Assim como o hálito vital de um homem
tem uma emanação contínua e não se separa nunca
totalmente da pessoa, nem o abandona, assim o Espírito do
Pai e do Filho procede deles através de uma contínua
emanação divina, mas permanecendo com eles.
7. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
155
7.1. Pomba Mt 3.16
A pomba é o símbolo da brandura, paciência, suavidade,
pureza e paz, o que é peculiar, ao Espírito Santo. Como a
pomba é o símbolo universal da paz; assim o Espírito Santo é
o agente para trazer a paz aos corações Gl 5.22. Tristram
enumera quatro espécies existentes na Palestina: a pomba
dos bosques; a pomba dos troncos; a pomba das rochas e a
pomba rola. “Pairar” em Gn 1.2, tem o sentido de "chocar".
Seria como se o Espírito a semelhança de uma ave estivesse
chocando o mundo para ele nascer.
7.1.1. Simplicidade
Ilustra a beleza espiritual e a delicadeza do Espírito
Santo. Onde ele domina desaparece toda a malícia.
7.1.2. A pomba não aprecia as regiões frias
Da mesma forma, o Espírito Santo não aprecia um culto
frio e desprovido de alegria celestial.
7.1.3. É uma ave resistente, tem músculos peitorais muito
desenvolvidos
Isto denota o poder do Espírito Santo atuando em prol
do seu povo Is 11.2; At 1.8.
7.1.4. As asas são largas e fortes, permitindo atingir a
velocidade média de 50 km por hora
156
Aplica-se a rapidez da operação do Espírito Santo em
mobilizar o seu povo: "E de repente veio do céu...” At 2.2.
7.1.5. A cauda da pomba é quadrada
Isto fala da esfera da operação do Espírito Santo, que
são, os quatro cantos da terra, nesta presente dispensação.
7.1.6. Os pés têm quatro dedos, bem adaptados para a
marcha
Em numerologia este resultado 4 x 2 = 8 fala de um novo
começo em contraste com o velho. Assim podemos dizer que
com o derramamento do Espírito Santo, marcou o início da
igreja cristã. Ela marcha vitoriosamente pela atuação pomposa
do divino Paracleto At 10.44-45.
7.1.7. A maioria emite um canto suave e monótono
(arrulho)
É verdade que o Espírito Santo inspira-nos a cantar
"cânticos espirituais" Ef 5.19, mas, o seu cântico diuturno é:
"... Aba, Pai..." Gl 4.6.
7.1.8. Efetua várias posturas
Isto fala da multiplicidade de operações do Espírito.
7.1.9. Sua voz gemente
Fala da intercessão ininterrupta do Espírito Santo pelos
cristãos Is 38.14; 59.11; Rm 8.26.
157
7.1.10. No séc., XVI criavam-se na Índia e na Europa 16
raças distintas, a mais interessante é, sem dúvida a dos
pombos correios
O Espírito Santo é o mensageiro celestial, que nos
informa tudo o que se passa na glória Jo 16.13; 1 Co 2.11. Ele
não cessa de falar-nos, e sim, nós que deixamos de ouví-lo Ap
2.11.
158
ele trazia a madeira que tivesse a marca correspondente 2 Tm
2.19. Entre os pagãos, os devotos desta ou daquela divindade
recebiam uma marca sobre a pele, uma espécie de tatuagem,
que assinalava que pertenciam àquela divindade. Era uma
espécie de selo. Nos tempos bíblicos era uma marca que
assinalava a posse ou o direito. Pelo Espírito pertencemos a
Deus. O Selo ou marca servia para tornar conhecido ou
identificado aquilo que era selado. Deus conhece os que são
dele porque têm o selo do Espírito Santo. O Espírito Santo
como selo, serve de consolo para o cristão, na certeza de que
é conhecido pelo Pai celestial. Devemos ter o máximo
cuidado, para que a impressão deste selo divino não se
apague em nossas vidas Ef 4.30.
159
7.3.1. O vento refresca
O Espírito Santo é a razão do refrigério espiritual.
7.3.2. O vento sopra em todas as direções
Isto assevera a multiforme operação do Espírito Jo 3.5.
7.3.3. O vento penetra no recinto vazio
Para que o coração seja cheio do Espírito Santo Ef 5.18,
é necessário, esvaziá-lo de todo o pecado.
7.4. O Óleo
Era o conhecidíssimo azeite de oliveira, extraído na
parte oriental de Jerusalém, cujo local chama-se "Getsêmani"
que significa “prensa de azeite”.
7.4.1. Era usado na consagração dos reis em Israel 1 Sm
10: 1 Sm 16.13
Estamos reinando com Cristo por causa da unção do
Espírito Ap 1.6: 1 Jo 2.27.
7.4.2. O óleo era usado no candelabro com a finalidade de
produzir luz Ex 27.20
Se quisermos manter um testemunho vivo de Cristo
perante os homens, jamais poderá faltar esse precioso óleo 1
Jo 2.20.
7.4.3. O óleo era empregado como remédio Lc 10.34
O único remédio para um cristão seco e vazio é a unção
do Espírito.
160
7.4.4. Era usado para apartar os carneiros quando
brigavam Sl 23.3; Sl 133.2
A unção do Espírito sobre os cristãos é o meio pelo qual
o Senhor tem usado para aproximá-los uns dos outros
harmoniosamente. Como o sacerdote ungido com o óleo se
santificava, nós somos santificados pela unção do Espírito
Santo 1 Pe 1.2.
7.5. Fogo At 2.3
O vocábulo fogo é usualmente representado no Antigo
Testamento, e no Novo por "pyr". Esta palavra significa o
estado de combustão, e também seus aspectos visíveis. No
A.T. o fogo é o símbolo da presença de Deus. No N. T. o fogo
simboliza a obra purificadora do Espírito Santo. O fogo tipifica
também a penetração do Espírito.
7.5.1. É um elemento necessário à vida
Como o fogo é indispensável à vida material, assim
também é o fogo do Espírito na esfera espiritual.
7.5.2. No conforto do lar Jr 36.22
Se os lares cristãos provassem mais desta divina lareira,
muitos males hodiernos seriam praticamente evitados.
7.5.3. No preparo do alimento Ex 16.23
161
Uma pregação se não for aquecida pelo fogo do Espírito,
não passa de uma prosopopéia de Cícero orador romano 1 Co
2.4.
7.5.4. O fogo atrai
A igreja coreana pastoreada pelo Rev. Paul Y. Cho tem
atraído todo o mundo, porque lá está um grande incêndio do
Espírito.
7.6. Água Is 44.3
A chuva e o orvalho são, também, símbolos do Espírito,
porque fertilizam, refrescam e são abundantes. A água tem a
função de dessedentar, limpar e trazer vida. A água é a
responsável pela produção de frutos na estação própria. O
Espírito Santo faz o crente produzir os frutos espirituais. Isaías
disse com muita propriedade: "Serás como um jardim regado
e como um manancial, cujas águas nunca faltam" Is 58.11. O
orvalho é o emblema da força do povo de Deus Sl 110.3.
8. A TIPOLOGIA DA POMBA NA ARCA DE NOÉ
A atuação do Espírito Santo no V. Testamento Gn 8.10-
11. Quando a pomba foi solta pela primeira vez por Noé,
tipifica a operação do Espírito Santo na criação do mundo.
"...a pomba voltou... e eis, arrancada, uma folha de oliveira no
seu bico..." Gn 8.11. Aqui tipologicamente aplica-se a atuação
do Espírito Santo "desde Adão até João Batista". O ramo de
162
oliveira fala da paz reinante. O Espírito Santo é mencionado
cerca de 81 vezes no Antigo Testamento. Treze das 81
referências se encontram no Pentatêuco; catorze em Isaías;
doze em Ezequiel; sete em Juízes; sete em 1 Samuel e cinco
nos salmos. Dos 39 livros do Velho Testamento, apenas 16
não fazem referência ao Espírito Santo.
8.1. A Operação Espírito Santo No Pentateuco
8.1.1. José Gn 41.38
O nome significa "possa ele acrescentar". Foi justamente
o que sucedeu com José, o Senhor acrescentou-lhe muita
sabedoria e graça na administração egípcia, porque ele foi
cheio do Espírito Santo. Se os governantes hodiernos fossem
possuídos pelo Espírito Santo, o quadro econômico nacional e
internacional seria outro.
8.1.2. Bezaleel Ex 31.3; 35.31
O nome quer dizer "na sombra de Deus". Podemos
acrescer que ser cheio do Espírito, é estar na sombra do
Onipotente Sl 91.10. Nunca houve na história das profissões,
um homem que atuasse com tamanha sabedoria e
desempenho, como Bezaleel, na construção do tabernáculo. A
grande virtude desse exímio profissional foi repartir os seus
conhecimentos com os demais Ex 35.34.
163
8.1.3. Moisés Is 63.11; Nm 11.17
O nome significa "tirado das águas". Para que o homem
seja cheio do Espírito, é necessário que primeiramente seja
tirado das águas do pecado. Se Moisés vivesse hoje, ele
seria, um conferencista internacional na área de
"administração em massa". Para controlar, mais de três
milhões de pessoas no deserto, Moisés precisou ser cheio de
sabedoria e do Espírito Santo. Lembre-se, liderar na cidade
em meio aos recursos é uma coisa, e no deserto é outra.
8.1.4. Os setenta anciãos Nm 11.17,25, 26,29
Moisés com toda sabedoria, graça e unção, precisou de
setenta homens cheios do Espírito Santo, para ajudá-lo no
comando do povo em direção à terra de Canaã. Do Espírito
que estava em Moisés, o Senhor repartiu com os setenta.
Seguindo este pensamento, notamos que Moisés era
desprovido de jactância, não ciumou dos setenta profetizarem.
Atualmente muitos líderes evangélicos ciúmam, quando veem
ao lado, algum companheiro prosperar; a princípio, Josué
tinha esse espírito mesquinho Nm 11.28-29.
8.1.5. Josué Nm 27.18; Dt 34.9
O nome significa "Jeová é salvação". Como vimos nas
referências acima citadas, Josué foi cheio do Espírito Santo
pela imposição das mãos do profeta Moisés. É necessário que
164
haja nas reuniões de avivamento a imposição de mãos At
8.17,19. Calebe e Josué só conseguiram penetrar na terra de
Canaã porque tiveram o Espírito Santo Nm 26.65.
8.2. A operação do Espírito Santo nos livros históricos
8.2.1. Otniel Jz 3.9
O nome significa "leão de Deus". Por mais simples que
seja o cristão, se estiver cheio do Espírito Santo, ele será forte
como um leão. Otniel pode julgar as causas de Israel e ser
vitorioso sobre Cusã-Risataim, porque veio sobre ele o
Espírito do Senhor.
8.2.2. Gideão Jz 6.34
O nome quer dizer "malhador". Gideão era
verdadeiramente interessado nas causas de seu povo, por
isso, foi revestido com o poder do alto. O Senhor tem
procurado nesses últimos dias, servos que estejam
interessados em libertar os pecadores da situação caótica-
espiritual em que estão vivendo.
8.2.3. Jeftá Jz 11.29
O nome significa "libertador". Se estivermos cheios do
Espírito Santo, seremos os libertadores do mundo atual Mt
10.4-8. Jeftá cheio do poder empreendeu uma viagem
atravessando:
165
a) Gileade
Quer dizer "áspero, escabroso". Poderemos atravessar
os vales das dificuldades que defrontamos no dia-a-dia e
atravessá-los se estivermos gozando do poder do alto.
b) Manasses
Quer dizer "o que faz esquecer". No Egito, o patriarca
José pode esquecer-se dos sofrimentos que passara com
seus irmãos; por isso, colocou o nome no filho mais velho de
Manassés (ocupou a região ao leste do mar da Galiléia). Jeftá
atravessou a região da herança de Manassés, assim também
esqueceremos os problemas que defronta-nos por causa da
unção do Espírito que paira sobre nós. Somente com o poder
do alto, é que atravessaremos vitoriosamente este mundo.
8.2.4. Sansão Jz 13.25; 14.6; 15.14.
O nome significa "pequeno sol". Somente cheios do
Espírito Santo é que brilharemos como o sol Mt 5.14-16. Pelo
Espírito Sansão foi:
a) Impelido para o campo
Aqueles que possuem uma chamada missionária, não
são impelidos por si mesmos, e sim, por aquele que impeliu a
Sansão At 13.4.
166
b) Vitorioso sobre o leão
Satanás jamais obterá vitória sobre um cristão possuído
pelo Espírito Santo 1 Jo 2.14.
c) Triunfante sobre os asquelonitas
Essa conquista de Sansão denota a nossa vitória sobre
os prazeres mundanos. Ascalom era a cidade dos prazeres
sensuais na terra dos filisteus.
d) Livre das cordas dos leítas
Hoje podemos proclamar a nossa liberdade, porque
somos possuídos pelo Espírito do Senhor 2 Co 3.17.
8.2.5. Saul 1 Sm 10.6,10; 11.6.
Foi o primeiro monarca de Israel. Reinou quatro décadas
consecutivas com a capital estabelecida na cidade de
Jerusalém. A princípio, foi visitado pelo Espírito do Senhor,
sendo assim, manteve até certo ponto uma carreira brilhante
no governo judaico. O Espírito Santo atuou na vida de Saul
assim:
a) Mudou-lhe em outro homem
O Espírito habita sobre o cristão é para mudar-lhe de
vida, assim como ocorreu com o apóstolo Pedro At 2.14. Saul
iniciou bem e terminou mal 1Sm 16.14. O importante na
carreira cristã é iniciar e terminar bem 2 Tm 4.7.
167
b) Apoderou-se dele
O Espírito do Senhor se apoderará de nós, não para que
sejamos orgulhosos, mas para prestarmos um serviço mais
produtivo.
8.2.6. Davi 1 Sm 16.13
O Espírito do Senhor operou de uma forma toda especial
na vida de Davi cujo nome que dizer "amado". Foi conhecido
com o título: "O homem segundo o coração de Deus" 1 Sm
13.14; At 13.22. O homem sobre quem pousa o Espírito
Santo, sua vida é marcada por virtudes maravilhosas. A vida
espiritual de Davi ficou marcada assim: ... "E desde aquele dia
em diante...". Nobre leitor! Deixe, o Espírito Santo marcar a
sua vida espiritual!
a) A atuação do Espírito Santo na vida de Davi
Foi inspirado pelo Espírito 2 Sm 23.2;
Rogou a permanência do Espírito Sl 51.11;
Davi reconhecia a onipresença do Espírito Sl 139.7;
Daví era guiado pelo Espírito Sl 143.10.
8.3. A Operação Do Espírito Santo Na Vida Dos Profetas
Literários
8.3.1. Ezequiel Ez 2.2
O nome significa "Deus é fortaleza". Ezequiel é
conhecido como o "profeta das visões", porque toda a sua
168
vida foi envolvida com Espírito Santo. É bom notarmos a
afinidade de Ezequiel com o Espírito numa expressão que é
comum em seu livro: "... então entrou em mim o Espírito..." Ez
3.24.
171
9.2. A Operação Do Espírito Santo No Livro Histórico De
Atos
172
e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de
Jesus Cristo" Rm 15.19. As obras realizadas no poder do
Espírito Santo tornam-se imortais e mais divulgadas do que as
pirâmides do Egito. Quem quiser tornar-se imortal, faça
apenas um gesto no controle do Espírito Santo. É melhor um
cristão de joelhos ao sabor das lágrimas do pentecostes, do
que um mosteiro repleto de monges a meditar. O fogo do
pentecostes deixa a marca inapagável do sucesso no
entardecer da carreira cristã 2 Tm 4.7.
173
b) Apresentou Paulo à comunidade cristã At 9.27;
174
10. HOMENS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
10.1. Dw
ight Moody
175
10.3. Guilherme Bramwell
176
estava incendiado pelo fogo natural, enquanto eram as
chamas do Espírito Santo.
177
11.4. Quem trabalha sem a unção, quem trabalha sem ser
ungido, quem trabalha sem que o Espírito Santo esteja sobre
ele, no fim perde tempo.
do alto”?
179
03
MENSAGEM
TEMA: A GENEALOGIA DE CRISTO
TEXTO: Mt 1.1-17
INTRODUÇÃO
A nação de Israel nos dias em que Cristo palmilhou na
terra, esperava por um rei que a redimiria da opressão crassa
do império romano, contudo, muitos deles não acreditavam
que Jesus era esse Rei profetizado pelos profetas do Velho
Testamento. Mateus frisou em seu livro para provar
categoricamente que Jesus era realmente esse homem.
1. DADOS BIOGRÁFICOS DE MATEUS
1.1. Nome
O autor chamado “Mateus”, no hebraico é “Matitia” e no
grego “Mataion” que quer dizer “dom de Jeová”, aparece
apenas cinco vezes no Novo Testamento Mt 9.9; Mt 10.3; Mc
3.18; Lc 6.15; At 1.13. Seu nome primitivo antes de encontrar
a Cristo na coletoria de Cafarnaum era Levi, que significa
“adesão”; e aparece quatro vezes nos evangelhos Mc 2.14-
15; Lc 5.27- 29.
180
1.2. Filiação
O pai de Mateus chamava- se Alfeu, no grego Alphaios e
no aramaico Halfay que significa “passageiro ou transitório” Mc
2.14. Acerca de Alfeu o progenitor de Mateus nada se sabe.
Acerca da mãe de Mateus nenhum evangelho a menciona.
1.3. Profissão
A palavra publicano no grego neotestamentário é
“telõnês,” significa coletor de impostos ou de alfândega em
favor dos romanos; empregado por um contrator de cobrança
de impostos. Geralmente os publicanos vinham dentre a
população nativa, e suas práticas geralmente eram extorsivas
Lc 19.8, e as condições foram implicadas no conselho dado
por João Batista Lc 3.13. Jesus referiu- se aos publicanos
como portadores de atitudes egoísticas Mt 5.46. Mateus ao
seguir as pegadas de Cristo deixou de ser um coletor
ganancioso que só recebia, para ser um distribuidor da graça
de Cristo. Nem as dracmas e os denários que recolhia podiam
comparar com a refulgência da glória de Deus. Mateus deixou
de representar o império econômico de Roma para apresentar
ao mundo Cristo como o Messias prometido.
1.4. Morte
O que sabemos através da herança literária é muito
pouco sobre os últimos dias de Mateus. A tradição declara
181
que, após Mateus pregar bastante para os de sua pátria, foi
para outras nações, e que a Etiópia foi o centro de suas
atividades missionárias. Nesse país africano Mateus recebeu
uma estocada de lança nas costelas e morreu.
1.5. Símbolo
O símbolo que representa o apóstolo Mateus é uma
lança no sentido vertical.
2. FATOS RELACIONADOS AO LIVRO DE MATEUS
2.1. Autoria
Alguns estudiosos duvidam da autenticidade da autoria
do livro de Mateus; outros dizem que o material usado por ele
em seu evangelho é uma cópia do evangelho de Marcos.
Mateus conviveu pessoalmente com Jesus; e, Marcos não.
Ninguém melhor do que o evangelista Mateus podia descrever
acerca de Jesus. Como publicano era um minucioso
controlador de mercadorias. Ele deixou as anotações
econômicas da atividade de um publicano para ser um
biógrafo do Rei dos reis e Senhor dos senhores.
2.2. Tema
Cada evangelista apresenta Jesus num ponto de vista
próprio. O livro de Mateus trás consigo o tema que pode ser
definido assim: “Cristo o Rei Prometido”. A palavra rei ocorre
22 vezes em seu livro Mt 24.2.
182
2.3 . Data
O evangelho de Mateus foi escrito no ano 60 d.C., de
acordo com os melhores cronologistas. Jesus Cristo
profetizava sobre o cerco e a destruição de Jerusalém que
aconteceria no ano 70 d.C., Mt 24.2.
2.4. Capítulos
O livro de Mateus contém 28 capítulos que são
verdadeiras pepitas douradas da revelação divina.
2.5 . Versículos
O livro possui 1071 versículos ao longo dos vinte e oito
capítulos e 19 páginas de acordo com a Bíblia Almeida revista
corrigida editada pela IBB.
2.6 . Destinatário
O material literário escrito por Mateus foi endereçado
diretamente para os seus conterrâneos judeus. Os israelitas
esperavam naqueles dias um rei que os arrebatasse das
garras do poder romano; por isso, Mateus apresenta Jesus
como Rei.
2.7 . Frase Característica
“Para que se cumprisse,” esta expressão ocorre 14
vezes em Mateus; a primeira em Mt 1.22 e a última em Mt
27.9.
183
2.8 . Curiosidades Do Livro De Mateus
a) Jesus é chamado Filho de Davi por sete vezes nesse livro;
b) O trono de glória é referido somente em Mateus 19.28;
c) Só em Mateus Jerusalém é chamada cidade Santa 4.5;
d) Há 70 referências ao Velho Testamento;
e) A narrativa sobre a morte e a ressurreição de Jesus Cristo
ocupa 25% da literatura de Mateus;
f) A palavra reino encontra-se 55 vezes e reino dos céus 32.
Nota tipológica
O leão que é a figura do primeiro ser vivente em Ap 4.7
representa o evangelho segundo São Mateus onde Jesus é o
Rei do universo. A primeira cortina de púrpura que ficava
localizada na entrada do átrio do tabernáculo de Moisés
também representa Jesus como rei em Mateus.
3. A GENEALOGIA DE CRISTO
3.1. A Importância Da Genealogia
Genealogia é uma lista de nomes que indica os
antepassados ou os descendentes de um indivíduo ou de
diversos. A palavra “genealogia” é a tradução do vocábulo
hebraico yahas. A importância da genealogia como prova de
descendência aparece na exclusão do sacerdócio depois do
exílio, daqueles que não podiam provar sua descendência
sacerdotal a partir das genealogias Ed 2.59-63; Ne 7.61-65.
184
Encontramos as genealogias do Antigo Testamento nos
seguintes livros: no Pentateuco, Crônicas, Esdras e em
Neemias. A genealogia de Lucas vai de Jesus a Adão em
ordem ascendente. Devido a uma variante que há nas
genealogias os cristãos primitivos andavam polemizando entre
si o que puderam receber uma reprimenda do apóstolo Paulo
1 Tm 1.4; Tt 3.9. O fator prioritário das genealogias de Mateus
e de Lucas é que elas podem provar que Jesus existiu e que
Ele é oriundo da tribo de Judá Hb 7.14, e o possuidor das
credenciais de realeza para reinar no milênio Ap 20.4, e
eternamente na casa de Davi Lc 1.32. Teologicamente falando
a genealogia ilustra o registro dos santos no livro da vida Lc
10.20; Hb 12.23; Ap 3.5. As enumerações à esquerda dos
nomes a partir desta página não são subdivisões, e sim
citações dos versículos de Mateus capítulo l. Exemplo: 1.1.
AGRUPAMENTO TRÍPLICE
186
a) Matemática genealógica
14 +14+14 = 42
O escritor Mateus fez um arranjo especial dividindo o
relato genealógico em três grupos de 14 gerações. Para que
essa uniformidade literária ocorresse omitiu três gerações.
b) A Gematria de Davi
Gematria era uma arte oriental que dava número ao nome
de um indivíduo.
+D–4
+V–6
+D–4
__________
14
187
DIAGRAMA GENEALÓGICO
Amazias
Uzias Mt 1.8
188
aparece “1150” vezes nas páginas do Novo testamento.
Encontramos no Novo Testamento dois personagens com o
mesmo nome do nosso Salvador. Um falso profeta da cidade
de Pafos na ilha de Chipre At 13.6 e um cristão de bom
testemunho residente em Colossos Cl 4.11.
Cristo (vs.1)
Esse nome é tradução do hebraico “Mâsiah” que significa
“ungido”, “consagrado”. Apartir do profeta Daniel, os judeus
acostumaram-se a chamar de Messias o futuro Redentor de
Israel Dn 9.25-26. O nome Cristo ocorre 523 vezes no Novo
Testamento. Cristo é o título do seu ofício.
Filho de Davi (vs.1)
Jesus não era Filho direto de Davi e sim por
descendência. Cristo como Filho de Davi é Rei. Os hebreus
jamais aceitariam um Messias que não fosse descendente de
Davi 1 Cr 17.11; Lc 1.32-33.
Filho de Abraão (vs.1)
Para que Deus desse a entrada de Cristo ao mundo Ele
usou a família de Abraão. Assim como Isaque subiu o monte
Moriá; Cristo como Filho de Abraão subiria o Calvário; Ele é o
nosso sacrifício perfeito.
Abraão (vs.1)
189
O nome significa “pai de uma grande multidão”. Cristo
viria como Filho de Abraão abraçar e cuidar dessa grande
multidão de salvos. Em Abraão vemos o Deus que promete.
Isaque (vs.2)
O nome significa “riso”. Cristo veio para fazer obras tão
profundas que chega a provocar risos nas pessoas. Em
Isaque vemos o Deus que cumpre as promessas.
Jacó (vs.2)
No hebraico “ya’aqob” filho de Isaque e Rebeca Gn
25.25; 27.36, irmão gêmeo de Esaú. Etimologia popular
“aquele que segura pelo calcanhar, que suplanta”. O maior
acontecimento que se deu na vida de Jacó foi às bordas do rio
Jaboque onde houve uma transformação de vida e de nome.
De Jacó “enganador” passou a se chamar Israel, “príncipe que
luta com Deus”. Em Jacó vemos o Deus que transforma Gn
32.28.
Judá (vs.2)
Foi o quarto filho de Jacó com Léia. Seu nome significa
“objeto de louvor”. O emblema da tribo de Judá era um leão o
que tipifica Jesus como Leão da tribo de Judá Ap 5:5.
190
TÁBUA COMPARATIVA ENTRE JUDÁ E JESUS CRISTO
JUDÁ
CRISTO
191
Tamar (vs.3)
O nome significa “palmeira”. Apesar de que a palmeira
simboliza na botânica tipológica “doçura e uma vida frutífera”,
Tamar cometeu um incesto com seu sogro Judá. Deus pode
apanhá-la num estado imoral torná-la em bênçãos em suas
mãos.
Farés e a Zará (vs.3)
Farés no hebraico “pereç” significa “brecha”. Zará no
hebraico “zerah” significa “clarão”. Encontramos a história
desses irmãos gêmeos em Gn 38.28-30. O Senhor Jesus
chamou-nos para abrir brechas no campo inimigo e sermos
um clarão de testemunho nesse mundo de trevas Fp 2.15.
Esrom (vs.3)
Seu nome significa “preso”. Estando inserido o seu nome
nesta genealogia dá a entender o ministério libertador de
Cristo que veio para dar liberdade aos presos Lc 4.19.
Aminadabe (vs.4)
O nome significa “parente generoso”. O Senhor Jesus é o
parente mais generoso que os cristãos da face da terra
puderam conhecer Mc 3.31-35.
Naassom (vs.4)
Foi o príncipe da tribo de Judá; sua irmã foi mulher do
sumo sacerdote Arão. Naassom foi o quinto ascendente da
192
linha genealógica de Davi: seu nome significa “encantador” o
que retrata a beleza do ministério de Cristo; em obras Mc 6.5
e em palavras Jo 7.46.
Salmom (vs.4)
Foi o bisavô do rei Davi, seu nome significa “lugar de
sombras”. Casou-se com a ex-prostituta de Jericó chamada
Raabe que quer dizer “ferocidade”. Raabe casando com um
príncipe de Judá teve sua vida mudada, assim como os
cristãos que fazem parte da noiva de Cristo tiveram suas vidas
transformadas. Raabe foi salva por causa do fio de escarlate
na janela no dia da destruição de Jericó; o que pode tipificar
que seremos livres da destruição deste mundo por causa do
fio redentor que é o sangue de Cristo Js 2.18; 1 Pe 1.18.
Boaz (vs.5)
No hebraico “felicidade” ou “rapidez”. Foi natural de
Belém de Judá. Suas características são por demais
permeadas no livro de Rute. A princípio teve compaixão de
Rute porque era pobre e depois acabou casando-se com ela
por volta 1360 a.C. Jesus Cristo o nosso parente remidor veio
ao mundo por compaixão de todos nós; transformando-nos em
sua noiva e casaremos com Ele nas Bodas após o
arrebatamento.
193
Obede (vs.5)
Nasceu cerca de 1300 a.C. Cinco personagens do Antigo
Testamento receberam esse nome que significa “adorador” o
que retrata o caráter de Jesus como o verdadeiro Mestre da
adoração Jo 4.23-24. Obede foi o avô do rei Davi.
Jessé (vs.5)
No original hebraico “yisay” que significa “rico.” O nome
Jessé aparece 46 vezes nas Escrituras. Era natural de Belém
de Judá e tinha oito filhos sendo Davi o caçula 1 Sm 17.12-14.
Tanto Saul como os revoltosos que não queriam ser
governados pela casa de Davi chamavam-lhe de “filho de
Jessé” 1 Sm 20.31; 2 Sm 20.1; 12.6; 2 Cr 10.16. Os humildes
serão sempre exaltados pelo Senhor. O desprezado Jessé pai
de Davi, teve a honra de ser inserido na genealogia de Jesus.
O próprio Messias é chamado “um rebento do tronco de
Jessé”, Is 11.1 ou” raiz de Jessé” Rm 15.12.
Davi (vs.6)
Esse nome fulgura nas páginas da Bíblia 1105 vezes. No
idioma hebraico significa “amado”. Foi homem de variadas
habilidades, tendo sido guerreiro, político, músico, escudeiro,
profeta, pastor e poeta. Davi era o oitavo filho de Jessé. Em
numerologia bíblica o número 8 significa o inicio de uma coisa
nova. Na genealogia de Mateus aqui apresentada Davi foi o
194
último das gerações dos grandes patriarcas que forma o
primeiro grupo de catorze gerações com duração de 1000
anos. Davi também foi o primeiro das gerações dos reis.
Nessa genealogia, apenas de Davi se diz “o rei”, porque foi
por intermédio dele que foi introduzido o reino com realeza. O
nome e a vida de Davi revelam as características de Cristo
como Rei e a nossa posição no reino como reis, Ap 1.6.
Salomão (vs.6)
Nasceu em Jerusalém, e seu pai deu-lhe o nome de
Salomão que quer dizer “pacífico,” por antecipação da paz e
tranquilidade que havia de caracterizar o reino de seu filho. O
significado do nome Salomão tipifica a paz oferecida por
Cristo aos seus servos hoje Jo 14.27 e durante o milênio. O
profeta Natã por ordem divina deu-lhe o nome de Jedidias,
que quer dizer “amado” Mt 3.17; Mc 9.7. O nascimento de
Salomão é o resultado de três itens: transgressão +
arrependimento + perdão = Salomão. Ele edificou a casa de
Deus. O ser humano perdoado faz parte do edifício divino.
Roboão (vs.7)
Foi filho de Salomão e Naamá. Foi o primeiro rei de Judá
depois do cisma do reino. A divisão deu-se na assembleia de
Siquém, quando Roboão recusou determinadas concessões 2
195
Rs 12:19. Seu nome significa “o povo cresce”. Com Roboão o
povo separou- se, somente Cristo poderia ajuntá-lo.
NOMES SIGNIFICADOS
197
Abiúde Pai digno de louvor
Eliaquim Jeová estabelece
Azor ...............................
Sadoque Auxiliador
Aquim Justo
Eliúde Jeová estabelecera
Eleazar Deus ajudou
Matã Donativo
Jacó Suplantador.
198
04
MENSAGEM
TEMA: SANSÃO O JOVEM CARNAL
TEXTO: JZ 13 - 16
INTRODUÇÃO
Quem acompanha de perto a biografia de Sansão, verá o
segredo de sua força, e também, a sua malograda decepção
no ângulo espiritual por faltar-lhe a prudência. Sansão sendo
narizeu foi ocasionalmente espiritual, e algumas vezes
vitorioso, mas deu lugar ao segundo método da tentação que é
a concupiscência dos olhos, e esvaiu-se para o sexocentrismo,
e, no entanto, o que lhe restara, foi à derrota e a pudica
vergonha. Nada prendia Sansão; somente as paixões carnais,
foram as suas algemas. Quantos jovens que outrora foram
cheios do Espírito Santo, hoje, se encontram desnorteados
nas senzalas do pecado, porque foram levados pelas
correntezas da desobediência. Basta-nos dizer que o mundo é
um lugar muito pequeno para permitir a segurança do homem
que desobedece a Deus. Seria bom que todos os jovens
espirituais fizessem um estudo acurado sobre a vida de
Sansão, e analisassem o perigo que existe no galhofar com o
199
pecado. Jovem, é bom que tu lembres que é bela a vitória,
mas, como é cara!
1. A ORIGEM DOS FILISTEUS
Foram originados de Casluim filho de Misraim, filho de
Cão Gn 10.14; 1 Cr 1.12. De acordo com o tronco étnico das
nações Gn 10.13.14, podemos deferir que os filisteus tiveram
uma aproximação parentesca mui elevada com os egípcios. O
nome filisteu aparece na Bíblia 273 vezes e Filístia 8.
1.1. O Aspecto Geográfico
A região sudoeste da Palestina que ficava entre Jope e
Gaza era conhecida como planície da Filístia. Anteriormente
foi ocupada antes da conquista pelos Aveus Dt 2.23, e depois
expulsos pelos emigrantes da ilha de Caftor Jr 47.4; Am 9.7. O
auxiliar ministerial de Paulo em Creta, Tito, conhecia
profundamente o histórico etnológico dos Filisteus Tt 1.5. A
expressão paulina “... e de cidade em cidade ...” aponta para a
declaração histórica que diz que Creta por tantas cidades que
tivera foi chamada “ a ilha das cem cidades.”
1.2. A Pentápolis Dos Filisteus
A terra dos filisteus foi dividida em cinco cidades-
estados; cada qual tinha um príncipe e um deus com o nome
de Dagom Js 13.2-3; Jz 3.3; 1 Sm 6.16.
200
1.3. O Mar Dos Filisteus
O mar Mediterrâneo foi chamado também de mar dos
Filisteus, devido os filisteus habitarem na orla marítima Ex
23.31.
1.4. A Estrada Dos Filisteus
Era uma estrada internamente conhecida e fortificada
que saía do extremo oriental do delta egípcio e ia confinar com
Gaza ao sul de Canaã, numa extensão de 120 km. Um
soldado podia percorrê-la em dois dias e meio; uma multidão
como aquela que saíra do Egito Ex 12.37, gastaria quinze
dias. Era chamada estrada dos filisteus, porque ela estava
sobre o poder dos deles. Em suma, era uma estrada militar.
1.5. A Potência Filistéia
Nos dias de Davi, a região sudoeste de Israel foi
explorada por causa de suas minas de ferro; por isso, os
filisteus armaram-se efusivamente bem, e aos olhos das
nações circunvizinhas eles eram invencíveis 1 Sm 13.19.
1.6. A Planície Da Filístia
Era compreendida a faixa de terra ficando Jope e partes
de Sarom ao norte, e Gaza e o deserto ao sul; ao leste ficava
a Sefelá e partes da Judéia, ao oeste ficava o Mediterrâneo. A
planície supracitada contava com 80 km de comprimento e 25
a 16 Km de largura.
201
1.7. A Religião Filistéia
Os filisteus eram radicalmente politeístas, a sua religião
era uma miscelânea de deuses gregos e egípcios com um
pouquinho de sentimento religioso herdado dos camitas.
Dagom era o deus nacional. Tinha a cabeça de homem e o
corpo de peixe. A imagem de Dagom foi cunhada em moedas
que circulavam na terra dos filisteus. Da palavra hebraica
“dãghãn - cereal”, derivou o nome Dagom “deus da fertilidade”
Jz 16.23.
1.8. Os Filisteus Foram Alcunhados De:
1.8.1. Caftorins Dt 2.23;
1.8.2. Quereteus 1 Sm 30.14; Sf 2.5.
1.9. Definições Filistinas
1.9.1. Filístia
Significa “terra de estrangeiros”, é o nome usado na
Bíblia para designar a terra dos filisteus SL 60.8; 87.4; IS
14.29.
1.9.2. Filisteus
Significa “emigrantes”, é um adjetivo pátrio que se aplica
ao indivíduo nascido na Filístia Gn 26.18.
1.9.3. Palestina
Este nome foi derivado do termo Filístia Pelesheth no
tempo dos romanos. Palestina significa “terra dos filisteus”.
202
1.10. O Caráter Dos Filisteus
1.10.1. Orgulhosos Zc 9.6;
1.10.2. Idólatras Jr 16.23; 1 Sm 5.2;
1.10.3. Supersticiosos Is 2.6;
1.10.4. Guerreiros 1 Sm 17.1; 28.1.
2. A CAUSA DE ISRAEL TER SIDO OPRIMIDO
Israel como sempre pecara contra o Senhor, por isso,
ficou subjugado ao ferrenho jugo dos filisteus por um soma de
quarenta anos Jz 13.1. Quem faz a vontade de Deus, jamais
ficará submetido ao jugo do mundanismo e do pecado. O
número 40 em numerologia bíblica traduz o sentido de
provação. Convêm dizer que Israel foi provado quarenta anos.
A maneira que os filisteus usavam para por em cativeiro os
seus inimigos, era antagônica à dos moabitas, midianitas e
outros. Realizava-se pela infiltração... casamentos mistos,
comércio e outros contratos pacíficos, eram mais perigosos,
porque ameaçavam dominar integralmente a nação. O nosso
adversário na atualidade procura cativar os jovens crentes,
não é mais com drogas, vícios e coisas similares, e sim, com
casamentos ilícitos. Às vezes um jovem cristão é tentado a
afeiçoar-se por uma jovem mundana, e até mesmo chega a
casar-se; no entanto, o que se pode esperar é somente
203
frustração e desentendimento conjugal por serem contrárias às
opiniões religiosas.
3. O SENHOR PREPARA UM LIBERTADOR
O Senhor contemplara a situação espiritual do seu povo
e providenciou assazmente um libertador para tirar-lhes do
jugo do inimigo.
3.1. A Identidade Dos Progenitores De Sansão
3.1.1. Pai
Manoá significa “descanso”, isto quer dizer que através
de seu filho viria o descanso para o povo da promessa que a
tanto anelava.
3.1.2. Mãe
Seu nome não é mencionado na Bíblia Sagrada. Mesmo
sendo a mãe de Sansão uma crente anonimamente falando,
podemos contemplar inúmeras virtudes a serem imitadas. Não
nos preocupemos com a propagação do nosso nome, e sim
com o de nosso Senhor Jesus Cristo.
3.1.3. Nacionalidade
Israelita litealmente de nascimento.
3.1.4. Naturalidade
Vila de Zorá. Ficava no extremo oriental do antigo
território dos danitas, a 22 km ao oeste de Jerusalém, na
fronteira entre Dã e Judá. No livro de Jz são dedicados a
204
nobre história de Sansão 100 versículos. O nome Sansão
aparece 36 vezes na Bíblia. Sendo 35 no livro dos Juízes e
uma no de Hebreus. Vida conjugal das mais perfeitas
possíveis, sendo que a esposa de Manoá era estéril. Segundo
Josefo, Manoá era o principal da tribo de Dã e sua esposa
entre as mulheres danitas sobrepujavam-nas em beleza. Se
fossemos enumerar as qualidades da esposa de Manoá faltar-
nos-iam espaço.
205
vezes no capítulo 13 de juízes. Segundo Josefo, eles
tinham uma casa de campo para repouso temporário. A
mensagem do anjo foi sobremaneira poderosa, anunciando o
extermínio da esterilidade da mulher de Manoá. Quantos
jovens estéreis espiritualmente têm nos dias atuais, por faltar-
lhes denodo com as coisas celestiais! O cristão que tem um
relacionamento constante com Cristo jamais será estéril Jo
15.4-5.
4.2. O Nazireado De Sansão Jz 13.3-5
4.2.1. Nazireu
Esse termo deriva-se do hebraico “nazir” - que significa
“vinha não podada”. Portanto, homem ou mulher separado ou
consagrado especialmente para Deus.
4.2.2. Proibições ao nazireu:
a) Não podia envolver-se com vinho
Isto fala da falsa alegria que o jovem crente deve
esquivar-se.
b) Beber bebida forte
Excessos agressivos contra a verdade e cinismo
espiritual.
c) Beber vinagre
Fala da natureza irritável. Cristo ensinou-nos a sermos
mansos e humildes Mt 11.29.
206
d) Comer coisa imunda
Denota a separação constante do crente dos prazeres
macabros do mundo.
e) Cortar o cabelo
O cabelo é símbolo de “poderio” e “honra”. O jovem não
pode ficar sem a autoridade do Espírito, como o nazireu, não
podia ficar se os longos cabelos. O dia em que os cabelos de
Sansão foram cortados ele perdera a força Jz 6.19-20.
f) Não podia participar de um serviço fúnebre
O jovem cristão não pode aproximar-se mais do mundo
morto com intenção de admirá-lo ou prestar-lhe homenagem.
O que temos a fazer é ausentarmos dele para sempre.
5. AS SEMELHANÇAS ENTRE A CHAMADA DE SANSÃO E
A DO JOVEM CRISTÃO
207
6. MANOÁ OROU PEDINDO ORIENTAÇÃO A DEUS PARA
CRIAR SEU FILHO JZ 13.8
Eis, aí, uma bela lição que Manoá ensina aos pais, no
que tange a educação e a criação dos filhos. Essa oração é
recomendada a todo pai de família. Antes da criança ser
gerada Manoá já estava intercedendo a Deus por ela e
preocupado em como educá-la. Seria bom, que todo casal se
preocupasse com a intercessão pelos filhos para que tenham
dias melhores. O culto doméstico tem sido esquecido em
muitos lares e por isso têm existido prejuízos sem número em
nosso meio. Tu és preocupado e dedica-se a oração e ao
jejum pelo bem estar da sua família, caro leitor?
6.1. Manoá Recebe A Resposta Divina
Todo chefe de família fica deveras alegre quando sente e
sabe que as suas orações são respondidas pelo Senhor. A
minha mãe orou incessantemente por mim, para que Cristo me
salvasse, e, no entanto, ela não pode ver-me salvo porque
falecera. Mas as suas orações foram respondidas. Querido pai
de família, busque e clame ao Senhor constantemente para
que o teu desejo seja cumprido.
Quantos se comovem com a maravilhosa história e amor
palpitante de Jesus Cristo, que operou com tanto êxito em
Hudson Taylor, durante longos anos de seu trabalho
208
missionário na China! Diz-se de Tiago Taylor bisavô de
Hudson, na manhã do dia do seu casamento, enquanto sua
noiva o esperava, estava de joelhos tomado pelas palavras de
Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”! E Deus
honrou a firme resolução de Tiago Taylor, e deu-lhes um lar,
que por fim produziu um dos missionários que mais honrou a
igreja de Cristo.
6.2. Manoá procura identificar o mensageiro
“... Qual é o teu nome?” Jz 13.17. Nome é a palavra
designativa de pessoa. O ser humano é identificado pelo
nome. Quando Manoá formulou a pergunta, é porque o nome
é considerado portador de força e da personalidade da
pessoa. Jacó quando atravessava o vau do Jaboque, naquela
luta gloriosa que tivera com a Anjo ele perguntou pelo seu
nome Gn 32.29. Por ocasião da construção do tabernáculo, o
Sumo sacerdote, deveria estar com o peitoral em ordem
porque levava sobre ele os nomes das doze tribos de Israel.
6.2.1.- Maravilhoso Jz 13.18
Quer dizer “incomunicável”. A palavra hebraica é oriunda
duma raiz que quer dizer “separado”, “inefável”. O ser humano
jamais poderá sondar ou perscrutar os mistérios infindáveis do
Senhor. A resposta dada pelo Anjo está relacionada com o
209
primeiro nome messiânico de Jesus Is 9.6. Cristo foi assim
profetizado e chamado porque Ele é:
a) Admirável;
b) Surpreendente;
c) Assombroso;
d) Prodigioso;
e) Fantástico;
f) Inaudito
g) Milagroso.
7. A OFERTA DE MANOÁ JZ 13.19-23
7.1. Um Cabrito
Isto fala de uma vida constantemente em sacrifício a
Deus Rm 12.1-2.
7.2. A oferta de manjares:
É um tipo da perfeição, isto nos lembra o que disse
Jesus: “sede vós perfeitos”... Mt 5.48.
7.3. As chamas do altar
Quer dizer que a oferta foi aceita por Deus. Como vai,
meu irmão, a chama do teu altar espiritual, está subindo ou os
ventos das lutas estão espalhando as chamas para que você
não atinja o objetivo?
210
7.4. O Anjo Subiu Na Chama Do Altar
Os seres celestiais são a prova de fogo. Quando formos
transformados, por ocasião do arrebatamento, recebermos um
corpo a prova de qualquer fenômeno da natureza 1 Jo 3.2.
Quando o homem contempla a glória de Deus, ele próprio
dobra-se perante a divindade. Se você estiver num culto e for
visitado pelo Senhor, logo você irá dobrar-se diante dele, não
é verdade? O casal pensava que iria morrer Jz 13.22.23. As
antigos acreditavam, se vissem algo sobrenatural aparecer-
lhes morreriam. Gideão temeu quando reconhecera a
presença do anjo do Senhor Jz 6.22.23. Quando os anjos
pautaram o céu atmosférico de Belém com lindas músicas
celestiais, proclamando aos pastores o nascimento de Jesus,
a primeira expressão foi: “não temais” Lc 2.10, porque eles
temiam.
7.4.1. Ver a Deus significa, portanto a morte Ex 33.20;
7.4.2. Ser banido da presença de Deus é a morte eterna Jo
3.5;
7.4.3. O certo é a visão salvadora por meio de Jesus que é a
expressa revelação do Pai Jo 1.18; 14.9.
7.5. O Belo Conselho
Quando Manoá exclamou que morreria, a esposa disse
que não; e sim, que o Senhor tinha aceitado de bom grado o
211
sacrifício por eles oferecido. Se as mulheres que dizem cristãs,
soubessem melhor aconselhar os esposos fazendo o papel da
mãe de Sansão, evitariam inúmeros males na vida dos
esposos. O mundo está escasso de mulheres conselheiras Jz
13.23.
8. O NASCIMENTO DE SANSÃO JZ 13.24
Segundo os entendidos, Sansão nasceu vinte anos após
a aparição do “Anjo do Senhor” a seus pais, no ano 1120 a.C.
Nascimentos por intervenção divina: o de Isaque Gn 18.11-16;
21.1-3; o de Samuel 1 Sm 1.26,27 e o de Sansão Jz 13.3,24.
8.1. Nome Dado Ao Menino Jz13. 24
O nome Sansão em hebraico... “shimshôn”, que significa
“pequeno sol”. Seus pais deram-lhe esse nome em
antecipação de sua força heróica e miraculosa cheia energia
como o sol Jz 5.31; Sl 19.5; 84.11. Ele foi o pequeno sol,
porque o grande é Cristo. Cada jovem deve ser um sol a
brilhar nesta era de densas trevas, morais, espirituais, sociais
e religiosas.
8.2. O Desenvolvimento Físico E Espiritual De Sansão Jz
13.24
8.2.1. E o menino cresceu
Desenvolveu-se bem e tornou-se invencível. A única
algema de Sansão foi a fome exagerada pelo sexo. Se um
212
jovem ficar alimentando a mente com pensamentos carnais o
seu fim será fatídico.
8.2.2. A benção do Senhor era sobre ele Jz 13.24
Seus pais oraram por ele para que fosse feliz. Os
progenitores de Sansão fizeram tudo para vê-lo abençoado e
viram-no até certo tempo, e depois, ele esvaiu-se pela
concupiscência da carne e o seu fim foi drástico. Às vezes
mesmo na igreja tem crente que reclama porque o pastor não
tem todos os filhos em sujeição a Palavra de Deus. Nós não
podemos obrigar os nossos filhos a serem crentes, e sim
ensiná-los, porque a decisão é pessoal. Quantos filhos que às
vezes estão frequentando os cultos há tanto tempo e que não
tiveram experiências com Deus.
8.2.3. O campo de Dã na experiência de sansão Jz 13.25.
Era um lugar aberto, próximo à cidade de Zorá, onde
Sansão era acostumado passar momentos de meditação na
presença de Deus. Realmente em lugares como aquele nos
convida a pensar no que Deus tem preparado para nós. O
local era conhecido como “campo de Dã”, não só porque
ficava na herança da Dã, e sim, por que aquela paragem foi
dedicada em homenagem ao progenitor da tribo.
213
9. O TRÁGICO CASAMENTO DE SANSÃO
O jovem pode ser um instrumento nas mãos do Senhor,
todavia, se for ludibriado pelo sentimento carnal e alienar-se
da orientação divina, o que lhe restará é a vergonha e a
derrota. Quantos que foram abençoadíssimos e que hoje estão
afastados da igreja por ficarem fora do plano legal que nos foi
traçado pela Palavra de Deus. Sansão no dizer de alguém,
não cuidava em honrar a Deus em todas as ocasiões. Quantos
que obedecem ao Senhor em muitas áreas da vida, menos no
matrimônio? Posso acentuar que ele foi espiritual
ocasionalmente, e isso é perigoso e terrível.
9.1. Os Motivos Que Levaram Sansão À Infelicidade
Conjugal:
9.1.1. Fugiu do plano divino casando-se com uma filistéia o
que protestado pela lei mosaica Ex 34.16; Dt 7.3.
9.1.2. Não ouvia os conselhos paternos, causando-lhes
desgosto e tristeza Jz 14.3.
9.1.3. Ele não buscou orientação divina, mas sim o apetite
carnal dos olhos Jz 14.3; 1 Jo 2.16; Gn 3.6; Mt 4.8.
9.1.4. E desceu a Timnate Jz 14.1
A cidade de Timnate ficava localizada na fronteira de
Judá pouco distante de Bete-Semes. Mais tarde os filisteus
ocuparam-na. Timnate distava a 7 km a sudoeste de Zorá.
214
Descer a Timnate é o emblema da queda espiritual
ocasionada pela evasão sexomaníaca. Era o nosso biografado
um moço que não gostava de andar na companhia dos pais.
Quando assim acontecer com os nossos filhos, poderemos
conjecturar que eles estão tomando outro caminho antagônico
ao prescrito na Palavra. Quando descia à cidade acima citada,
beirando a estrada foi surpreendido por um leão que saltou
pronto a esmagar-lhe; mas, Sansão era portador de uma força
incomensurável, deu-lhe um sôco e o matou. Jesus Cristo quer
que a juventude cristã seja possuidora de seu divino poder.
O leão saltando em Sansão representa todas as setas do
inimigo que vem para nos destruir1 Pe 5.8; Ef 6.16. Jovem,
não seja fraco, lute e vença, porque a vitória é sua 1 Jo 2.14.
Arrastou o leão morto e o atirou para fora da estrada. Quando
regressou de Timnate logo após ter apresentado a noiva a
seus pais, veio andando e quando chegou perto de onde havia
jogado o leão, ele parou e dirigiu-se para ver o cadáver, havia
sobre a carcaça do leão um enxame de abelhas. Além de
comer o mel, levou também para seus pais. Quantos cristãos
que vão bem na vida espiritual e que tem até vencido o leão,
passando-se o tempo aproximam-se novamente das coisas
mundanas e acham agradáveis a colméia dos prazeres
temporários e acabam afastando de Jesus. Queridos irmãos!
215
Não aceitem os favos ofertados por Satanás, porque eles
trarão amarguras terríveis.
10. O BANQUETE E O ENIGMA DE SANSÃO JZ 14.10-20
No banquete que oferecera por ocasião das bodas,
tornou a quebrar outra lei do nazireado. Onde há banquete há
vinho.
10.1. Enigma
Significa uma expressão que se entende só a custa de
muito esforço mental. Pronunciou o seu enigma para trinta
rapazes vadios, dizendo-lhes: “... do comedor saiu comida, e
doçura saiu do forte...” Jz 14.14. Este enigma foi imaginado
por Sansão quando descia para casar-se. O enlace
matrimonial quando não tem aprovação divina, logo no
princípio há discrepâncias.
A esposa do nosso analisado indiferente que era às
coisas de Deus, quando ameaçada pelos conterrâneos o traiu.
Sansão já havia prometido para quem interpretasse o enigma
os seguintes presentes: “... trinta lençóis e trinta mudas de
vestidos” Jz 14.12. Uma mulher chorando, por sete dias,
durante as bodas era coisa de afligir qualquer esposo. Querido
irmão, que o Senhor te livre de uma noiva acintosa. Ao sétimo
dia, Sansão foi surpreendido com a resposta dos rapazes que
formaram em voz uníssona um coral dizendo: “... que coisa há
216
mais do que o mel? que coisa há mais forte do que o leão?”
Existem coisas em nossas vidas que ninguém poderá saber, e
quando formos orar não podemos pronunciá-las verbalmente
para que o inimigo não fique sabendo.
11. SANSÃO COM TREZENTAS RAPOSAS FAZ UMA
DEVASSA NA SEARA FILISTINA J Z 15.5
O tempo da colheita do trigo naquela região da Palestina
seria no fim do mês de maio, nos dias da festa de pentecostes.
Os molhos estavam prontos como toda a cega do trigo para
serem levados para a eira. Havia inúmeras cavernas na
região, lugar preferido pelas raposas, que ao anoitecer saiam
à procura de galinhas e de outras presas. A raposa é o
símbolo da astúcia, por que não é fácil apanhá-la. O que
Sansão deve ter feito para apanhar trezentas raposas, é de
nos admirar! A expressão usada por Jesus: “... ide, e dizei
àquela raposa...” Lc 13.32, quer significar que o divino Mestre
era independente tanto dos esquemas de Herodes como dos
planos dos fariseus, e que o seu destino não podia ser
determinado por qualquer plano de terreno, por mais cruel que
fosse. Raposinhas Ct 2.15. São os pecadilhos que frequentam
os nossos corações, i, é um perigo tremendo porque devasta a
vinha do Senhor que está em flor. O nível espiritual do povo
nessa época estava tão sorrateiro, que não podendo alistar
217
trezentos soldados como fez Gideão, teve de apanhar
trezentas raposas. Das trezentas raposas que apanhara, fez
cento e cinquenta pares, amarrando a cauda de uma na outra
e no meio um tição aceso, e soltando-as na seara dos filisteus
trouxe um prejuízo incalculável. Jesus ateou em nossos
corações a chama do Espírito, e nos enviou de dois a dois a
colocarmos fogo na seara de Satanás, do pecado e do mundo,
para que as hostes infernais tenham prejuízos sem igual.
Levar uma vida cheia do Espírito Santo é sinônimo de derrota
para o Diabo.
12. TRÊS MIL HOMENS DE JUDÁ AMARRAM SANSÃO JZ
5.10-13
Os habitantes de Judá desceram para amarrar Sansão,
porque foram obrigados pelos filisteus, assim procederem. Os
seus conterrâneos não queriam matá-lo, e sim amarrá-lo.
Assim também sucede conosco, quantos que não podem nos
matar, falam mal de nós e querem amarrar-nos com as cordas
da difamação.
12.1. A Rocha De Etã Jz 15.8,11
Era um local rochoso pertencente a Simeão, com o nome
moderno de “Urtas”. Os inimigos não puderam ferí-lo porque
ele estava debaixo da proteção divina, e posicionado na rocha.
218
Se estivermos postados na rocha dos séculos que é Jesus
todos os laços e armadilhas de Satã serão desfeitos.
12.2. Mil Homens São Feridos Com Apenas Uma Queixada
De Um Jumento Jz 15.14-20
Sansão foi amarrado e entregue nas mãos dos filisteus
para ser morto. Quando os seus inimigos se aproximaram ele
apanhou uma queixada fresca dum jumento e decepou-os
corajosamente. Basta nas mãos daquele que é cheio do
Espírito Santo uma queixada 1 Co 10.4.
219
se a luta o protagonista lançou a queixada no chão e exclamou
dizendo: “Rama-Leí” que significa “alto da queixada”. Ele
pensava que após a luta morreria de sede, e que cairia nas
mãos dos incircuncisos filisteus. Mas o Senhor fez com que
brotasse uma corrente duma rocha ali próximo e ele foi
dessedentado. Geologicamente as covas que ali existem
parecem-se com o almofariz, que eram usadas para pisar os
grãos de trigo. Caro leitor se você tem passado por agruras
termitentes, receba agora a corrente da água viva que emana
de Cristo a rocha da eternidade, e seja fortalecido para
prosseguir a jornada.
13. A DESCIDA DE SANSÃO À GAZA
Gaza significa fortaleza, ficava situada no extremo
meridional da planície filistéia, foi uma das capitais dos
filisteus. De Zorá a Gaza 60 Km. Chegando Sansão na cidade,
não suportando as sensações eróticas entrou numa casa de
programa com e prostituiu com uma mulher ali. Cheio de
autoconfiança foi à semelhança de Salomão, ambos foram
eventualmente dominados pelos excessos eróticos. É óbvio
que ele foi o homem mais forte da história, e se classificou
entre os moralmente mais fraco.
220
13.1. Sansão Arranca O Portão De Gaza Jz 16.3
Os gazitas ficaram sabendo por informações, que
Sansão havia entrado na cidade, os residentes dali fecharam o
portão para que ele não saísse. A meia noite ele saiu e
arrancou as folhas com as ombreiras e as trancas e o portão
pôs tudo nos ombros e levou para o cimo do monte que dava
frente para Hebrom. Essa foi a pior humilhação que ele
poderia ter infligido em seus inimigos, porque os portões das
cidades simbolizavam o poder nacional. Às vezes satanás
arma ciladas para nos apanhar, e coloca em nossa frente o
portão da impossibilidade, mas no mesmo instante somos
fortalecidos pelo poder de Deus e arrancamo-lo. Aquele portão
pesava 1200 kg. O que não seria fácil trazê-lo de volta. Os
portões de Gaza é o símbolo das portas do inferno. Se havia
ido a Gaza com qualquer propósito elevado, não realizou o
serviço. A mulher atrapalhou. Só as duas fraquezas o
prendiam.
14. SANSÃO CASA COM DALILA E É TRAÍDO
CRUELMENTE JZ 16.4-22
A vida Espiritual de Sansão foi arruinada porque era fácil
afeiçoar-se por mulheres; e o jovem que sofre esse lúgubre
sentimento carnal, não prosperará Jz 16.4. O que mais nos
221
causa admiração é que ele não aprendia as lições da vida,
parecia cada vez mais inócuo e ingênuo.
14.1. Vale De Soreque
Significa “vinha escolhida”. È um amplo vale ao
ocidente de Jerusalém, que começa a 21 Km da mesma e o
mar Mediterrâneo. É uma das mais belas regiões do sul da
Palestina. Atualmente o vale tem o nome de “wady Sufar”. Foi
nesse referido vale que residia Dalila que significa
“veneradora”, “devotada”. Pode ser apelidada também de
“informante”. Aquela região encantadora tornou-se lugar
romântico para que o jovem desajuizado perdesse o que
recebera de Deus. Dá para ver em Sansão o tema do herói
forte, tornado fraco pelo seu amor por uma mulher a qual,
pelas suas artimanhas sedutoras, sabe arrancar ao herói o
segredo de sua vida.
Ódio;
Calúnia;
Inveja;
Ciúme;
Detração;
Crítica;
Ameaças.
14.3.2. A segunda imploração Jz 16.10-12
Dalila não se cansava de implorar o esposo a revelar-lhe
o segredo de sua força. Sansão pela segunda vez mentiu
dizendo: “... se me amarrassem fortemente com cordas novas,
com que se não houvesse feito obra nenhuma, então me
enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem” Jz 16.11.
O amor erótico de Sansão cegou-lhe de tal maneira, que ele
224
não via o perigo nas artimanhas diabólicas de sua
companheira. Quantos que estão sendo atraídos por
aparentes belezas que o inimigo tem posto para aniquilá-los.
a) As cordas novas expressam
As astúcias do diabo;
Os dardos inflamados do maligno.
14.3.3. A terceira imploração Jz16. 13-15
Tudo indica que ela estava usada pelo diabo, foi
importunando o intrépido juiz e ele mentiu mais uma vez,
dizendo-lhe: “... se teceres sete tranças dos cabelos da minha
cabeça com os liços da teia” Jz 16.13. Sansão foi traído
porque dormira em duplo aspecto:
a) Sono natural Jz 16.14,20; Pv. 20.13
Quem dorme passando do limite acima de oito horas será
surpreendido pelas necessidades e perderá muitas
oportunidades. Uma hora perdida nunca mais será
recuperada.
b) Sono espiritual Ef 5.14
Dormiu de tal forma, que não distinguia o pecado de uma
vida equilibrada. Posso acentuar que o nosso analisado
dormia o sono da negligência.
O que representa as sete tranças de Sansão?
225
A que se dizia ser sua amada, fez um trançado a moda
do pecado e segurou-lhe pelas tranças, e gritou mais uma vez,
anunciando a chegada dos filisteus. Mas o Senhor que é bom,
livrou-o mais uma vez. Nós não podemos aproveitar da
misericórdia de Deus, para que não venha males inesperados
como viera sobre Sansão. A brincadeira tornou-se mais séria,
aproximando-se do segredo de sua força, concedida por Deus.
O cabelo tecido de Sansão, fala de uma vida amarrada pelo
pecado. Veja:
- Desobediência;
- Apostasia;
- Desmazelo;
- Sacrilégio;
- Negligência;
- Irreverência
- Derrota.
14.3.4. A quarta imploração Jz 16.16-21
O inimigo jamais poderá descobrir o segredo da nossa
vitória. É mister que vigiemos par não termos um fim macabro
como foi o de Sansão Jz 16.17,18. Se ele estivesse de joelhos
em oração jamais seria derrotado. Mas foi destroçado, porque
estava sobre os joelhos de uma mulher sensual. Por três
vezes Sansão conseguiu iludi-la, evitando seus ardis sedutivos
226
e hipócritas, mas não fugiu a semelhança de José Gn 39.12.
Eventualmente, sendo pego fora de vigilância, explicou que ele
era nazireu e que seus cachos compridos eram o segredo de
sua potência energética Jz 16.17. Dalila importunou-lhe de tal
maneira que ele sentiu vontade até de morrer. É assim que o
Diabo quer fazer conosco, ele luta e trama laços e
tempestades para oprimir-nos e erradicar das nossas almas os
tesouros da eternidade.
227
“... Porque não sabia que já o Senhor se tinha retirado
dele” Jz 16.20. Quantos que cantam no coral, ou tocam na
banda e até mesmo são pregadores, e não sentem mais a
presença de Deus? Nobre leitor sentes ainda Cristo em tua
vida?
Males que vieram em consequência da desobediência
Jz 16.21
- Quando um crente é derrotado, a primeira coisa que ele
perde é a visão espiritual 2 Co 4.4.
- Desceu à Gaza: isto fala do declínio na vida espiritual, moral
e social.
- Foi maniatado com duas cadeias de bronze. Escravidão
imposta devido o jugo do pecado e a tristeza espiritual, que
são as duas cadeias satânicas. Se tu estás desviado, deixe
agora que as cadeias caiam e sejas livre para servir? Jo 8.36.
- Andava moendo no cárcere, fazendo girar o moinho que era
a tarefa de um animal ou de um escravo. Cristo quando nos
salvou nos tirou do cárcere do pecado e do moinho da
incredulidade, e entregou em nossas mãos o arado do
evangelho da paz.
15. A FESTA SINISTRA JZ 16.23-31
O espetáculo promovido pelos filisteus tinha a finalidade
de zombar de Sansão e de afrontar o Deus de Israel. Não
228
suportando mais o escarnecimento, clamou ao Senhor e Ele o
ouviu Jz 16.28. A força retornou, mas que adianta ser forte e
sem visão? Que vergonha foi para aquele que ferira mil
homens e agora era guiado por um simples moço. O templo de
Dagom estava abarrotado com três mil expectadores,
cultuando-o, em ações de graças pela derrota de Sansão. O
inferno estava em festa pensando que Cristo estava derrotado,
mas de repente Ele apareceu como vencedor da morte e para
surpreender o folguedo de satanás Ap. 1.18.
16. SANSÃO ABRAÇA COM AS DUAS COULUNAS DO
TEMPLO DE DAGÔM E MORRE JZ 16.30
Sansão abraçou as duas colunas de madeira que
suportavam o telhado do pórtico em que os filisteus estavam
apostados para contemplar a cena. Ele puxou as duas colunas
para fora dos pedestais de pedra e o edifício veio abaixo.
Jesus Cristo, o Sansão das boas virtudes que lá na cruz do
Calvário abraçou as duas colunas que sustinham o império do
Diabo e o desmoronou: a morte e o inferno Ap 1.18.
a) A morte que matou Jz 16.30
Essa catástrofe dizimou inúmeros filisteus,
provavelmente contribuindo para a vitória dos israelitas na
batalha em Ebenézer, pouco depois 1 Sm 7. Um cálculo
aproximado indica que Sansão durante sua vida feriu mais de
229
1.100 pessoas Jz 14.19; 15.8,15, e na sua morte três mil. Com
a morte de Jesus, ele venceu mais inimigos do que em vida.
Através de sua morte provieram inumeráveis bênçãos:
salvação, cura, libertação, perdão e Santificação.
17. SANSÃO FOI DERROTADO PORQUE DEU OS
SEGUINTES PASSOS:
17.1. Perdeu o temor de Deus;
17.2. Buscou as más companhias de namoradas incrédulas;
17.3. Guardou pecados sem confessá-los;
17.4. Deixou-se ser levado por sentimentos pornográficos;
17.5. Esqueceu-se do voto de consagração;
17.6. Brincou com o poder do inimigo estando enfraquecido e
passou a ter quatro últimas amigas:
a) Cegueira
b) Prisão
c) Humilhação
d) Morte.
O segredo da decadência espiritual está no coração. É
indispensável reconhecê-la, confrontá-la e vencê-la, antes de
ser vencido Pv 14.14; 1 Co 9.27.
230
18. PORQUE O NOME DE SANSÃO APARECE NA
GALERIA DOS HERÓIS DA FÉ? HB 11.32
O que havia de verdadeiro em Sansão foi sua imensa fé
no Senhor numa época de dúvidas e de decadência espiritual,
e foi esta fé que honrou a Deus. Se Sansão tivesse nascido na
Grécia, seria um deus como Mercúrio ou outro qualquer. Os
israelitas, porém, não divinizavam os seus heróis. Que
sejamos fortes como Sansão na vida espiritual e que vigiemos
para não entrarmos no mesmo fracasso.
231
05
MENSAGEM
TEMA: A GRANDE VITÓRIA
TEXTO: 1 SM 17
INTRODUÇÃO
No mundo em que vivemos, todos procuram
incansavelmente obter vitória sobre os problemas de ordem
física, esportiva, moral, social e religiosa. Todos estão à
procura do triunfo, e ninguém pretende ser derrotado. A
grande vitória de que trataremos, se refere à conquista de
Davi contra Golias, que é o tipo da vitória do cristão sobre o
Diabo, o pecado e o mundo. Seria bom que aqueles que
reclamam quando estão submetidos às provações,
soubessem que não há vitórias sem conflitos, nem arco-íris
sem nuvens e temporais. O sucesso do cristianismo seria um
pouco mais atraente se os crentes vitoriosos parecessem mais
felizes. Se não há adversário, não há batalhas; se não há
batalhas, não há vitórias; se não há vitória, não há coroa. Nós
temos maior razão do que César para dizer: “Veni, vidi, vici”!
Eu vim, vi e venci! 1 Jo 2.13-14.
232
1. A BATALHA ENTRE OS ISRAELITAS E OS FILISTEUS
233
1.3. No Termo De Damim
234
raça dos anaquins; um remanescente que se refugiou em
Gate, Gaza e Asdode, quando o comandante Josué os
extinguiu Js 22.21-22. Golias caracteriza o mundo atual que
está alienado de Deus, sem a sua graça e seu poder. Ele
retrata ainda mais, a autoconfiança, o orgulho, a pomposidade
e também a vaidade pessoal.
2.1. A Estatura De Golias 1 Sm 17.4
235
2.2.1. O Capacete De Bronze
236
datada de 1500 a.C. A couraça de Golias pesava cinco mil
siclos de bronze, ou seja, 90 kg.
237
trazia o escudo entre os ombros”. A cinco metros diante dele
ia o escudeiro 1 Sm 17.7. O escudo do gigante era conhecido
entre os guerreiros de sua época, por azagaia. O escudeiro
portava-se de um escudo chamado “paves”, que cobria o
corpo inteiro. Os paveses ornamentais de Salomão eram
fabricados de ouro puro 1 Rs 10.16-17. Podia ser feito de
madeira ou de vime trançado e às vezes de bronze 1 Rs
14.27. Os que eram de ouro puro podiam ser queimados Ez
39.9. O de couro era ungido com azeite para preservá-lo ou
para torná-lo mais reluzente Is 21.5. O escudo chamado “tira”
era tão grande que parecia uma porta. Esse era igualmente o
escudo para o qual às mães gregas apontavam e diziam a
seus filhos, que partiam para a guerra: “volta para casa e traz
esse escudo, ou volta nele”.
O escudeiro passava boa parte do dia, rebatendo as
lanças em pleno treino defensivo na terra de Gate, para
proteger o gigante nas batalhas afogueadas. Ele pode rebater
todas as flechas, menos a pedrinha de Davi, que foi atirada
com fé, e orientação divina. O escudo de satanás torna-se
impotente, quando dirigimos a ele a pedra da fé. Entre os
exércitos assírios e egípcios os escudeiros protegiam o
companheiro, nas refregas. Nas peças da armadura do cristão
pronunciadas por Paulo, a fé, é o grande escudo que o Senhor
238
proporcionou aos seus servos, para livrá-los dos embates
aversivos e constantes do Diabo Ef 6.16; I Jo 5.4.
Reunidos Jr 51.11;
Descobertos Is 22.6;
Consertados Jr 46.3;
Avermelhados Na 2.3
240
3. GOLIAS DESAFIA AS COMPANHIAS DE ISRAEL
4.1. Pai
242
Jessé que significa “rico”
4.2. Mãe
4.3. Naturalidade
4.4. Nacionalidade
Israelita
4.5. Profissão
Ovinocultor
4.6. Religião
Judaísmo
244
6. DAVI VAI AO CAMPO DE BATALHA 1SM 17.17-22
246
6.3. “... Dez Queijos...”
“... e lhe dará a sua filha...”! Quem não queria ser genro
do rei Saul? Ser genro do rei corresponderia ser rico duas
vezes.
248
8.3. Promessa De Isenção De Impostos
249
““... eu lhe darei poder sobre as nações... e dar-lhe-ei a
estrela da manhã Ap 2.26,28.
250
reconhecia que Samuel havia ungido Davi para substituir o
monarca Saul. Quantas pessoas que estão conosco e que
desmerecem o trabalho dos demais; que o Senhor nos livre
desta atitude abusiva!
9.1. Eliabe
251
10. DAVI ENCORAJA O REI SAUL E SE DISPÕE A
PELEJAR CONTRA O GIGANTE FILISTEU 1 SM 17.32-33
252
confundirmos idade com idoneidade. Alguém pode ser idoso e
não idôneo e alguém pode ser idôneo, porém não idoso.
1.1.1. A linguagem da fé
253
Se Saul realmente confiasse na proteção divina, não teria
oferecido sua armadura a Davi.
11.2. A Tipologia Dos Três Inimigos De Davi
11.2.1. O leão
11.2.2. O urso
11.2.3. O Golias
254
do passado desperta a coragem do crente para confiar no
poder de Deus a fim de resolver as crises do presente.
12. DAVI REJEITA A ARMADURA SAULÍNICA
a) Eram brancas
255
b) Eram cinco
Prudência Pv 9.10.
c) Alforge
d) Funda
256
os benjamitas Jz 20.16. Os fundibulários integravam a
composição militar regular 2 Rs 3.25; 1 Cr 12.2; 2 Cr 26.14). O
fundibulário ambidestro era apreciado Jz 20.16. As pedras
geralmente eram redondas medindo de 5 a 8 cm de diâmetro.
A habilidade do fundibulário representa o manejo perfeito do
cristão com a Palavra viva do nosso Deus 2 Tm 2.15.
Davi Golias
Foi em nome do Senhor Foi em nome de Dagom,
Baalzebube e de Astarote
Era pequeno Era gigante
Era humilde Era exaltado e afrontador
Estava sem armas Estava bem armado
Foi vitorioso Foi derrotado
257
revelou sua capacidade de guerra mantendo-se numa
distância distancia considerável.
13.1.1. Fé de Davi;
258
06
MENSAGEM
TEMA: A ÚLTIMA SEMANA DE CRISTO
TEXTO: Mt 26 - 28
INTRODUÇÃO
259
1. REUNIÃO DE CARÁTER PERSECUTIVO
Ao concluir o sermão escatológico no cimo do monte
das Oliveiras, Jesus voltou sua atenção para o passo decisivo;
sua crucificação. Os fanáticos contemporâneos de Cristo não
puderam fazer-lhe mal antes de findar o seu ministério público;
assim, os seus seguidores serão imortais até concluírem os
projetos divinos Mt 26.1-5; Mc 14.1-2; Lc 22.1-2.
1.1. O Local Da Reunião Mt 26.3
Foi numa das salas do palácio de Caifás, que reuniu o
concílio e a cúpula judaica, para traçar os planos ignominiosos
e prender a Jesus Cristo.
1.2. Os Participantes Da Reunião
Quando Daniel foi injuriado pelos políticos de sua época,
eles não puderam acusá-lo de culpa ou vício nenhum Dn 6.4.
Com fraude e com desculpas esfarrapadas lançaram sobre o
Filho do Homem absurdas acusações para maniatá-lo e até
mesmo crucificá-lo: “... com dolo...” Mt 26.4.. Daniel foi um tipo
de Cristo em sua perseguição. Os participantes da reunião
foram:
1.3. Os príncipes dos sacerdotes
Eram autoridades da religião judaica, descendentes da
tribo de Levi. Quando o Messias aparecesse eles seriam
260
encarregados de apresentá-lo ao público; eram eles, no dizer
de Cristo, os ocupantes da cadeira mosaica Mt 23.
1.4. Os Escribas
Eram os estenógrafos da época. Estavam ali com a
missão de criticar o salvador da humanidade. Eram também
hermeneutas da lei mosaica e de todo o Velho Testamento.
Essa classe apareceu e desenvolveu por ocasião do exílio na
Babilônia.
1.5. Anciãos Do Povo
Era um corpo de conselheiros em certas
circunstâncias para orientar o rei. Velavam pelo bem estar do
povo, e eram interrogados pelos membros do sinédrio.
1.6. O Sumo Sacerdote Caifás
Era o supremo pontífice representante da nação
judaica. O nome significa “depressão,” foi nomeado para
exercer tal função por Valério Gratus, no ano de 18 a.C., e
deposto do cargo no ano 36 d.C, por Vitélio, governador sírio.
Seu nome completo era José Caifás.
2. O BANQUETE EM BETÂNIA
Ao encerrar o sermão escatológico, Jesus Cristo
demandou-se com seus discípulos para a aldeia de Betânia
que estava a 3 km ao leste de Jerusalém Mt 26.6-13; Mc 14.3-
9; Jo 12.1.
261
2.1. O Motivo Do Banquete
O convite brotou de um coração agradecido e dócil de
Simão o ex-leproso, por reconhecer os benefícios curadores
de Cristo. Todos quantos foram alcançados pelas bênçãos de
Jesus deveriam oferecer um banquete de agradecimento.
Simão é o tipo dos pecadores agradecidos.
2.2. A Protagonista Da Ação Benéfica
Maria, como sempre, ficava aos pés de Cristo, para
prestar-lhe homenagens. Foi uma discípula de mente e
coração abertos, conhecendo profundamente a missão
sacrificial de Cristo, e, no entanto, foi à casa de Simão e
procedeu com a unção especial. Maria antecipou a ação
porque as mulheres que mais tarde foram ungir o Rabone
encontraram somente a sepultura vazia.
2.3. O Vaso De Alabastro
O vaso de alabastro era fabricado de alabastro, um
carbonato ou sulfato de cálcio, branco ou amarelado. Recebeu
esse nome devido ser encontrado numa antiga aldeia egípcia
cujo nome era Alabastrum.
2.3.1. O formato
Possuía a forma de um cubo, com a altura
aproximadamente de 20 cm. A tampa era fechada e no alto
262
tinha a forma de um botão de rosa; para usar o conteúdo,
deveria quebrá-la Mc 14.3.
2.3.2. O unguento de nardo puro
Não possuía composição, era puríssimo, extraia-se o
óleo das raízes de uma planta nativa da Índia, cujo nome
científico é: “Nardostachys Jatamansi”.
2.3.3. O peso de... um arratel...” Jo 12.3
O valor equivale a 350 gramas Mc 14.5. O trabalhador,
naquele tempo, era assalariado por um denário por dia. O
perfume equivalia a 300 dias de serviço, isto é, quase um ano
(o ano judaico era de 360 dias). Devido ao grande valor do
bálsamo, Judas foi impulsionado pela avareza e exclamou:
““... porque este desperdício! Mt 26.7.
2.3.4. O aroma
Era de um cheiro extremamente agradável. Segundo os
perfumistas orientais, o unguento era sentido a distância, por
isso, o apóstolo São João disse: “... e encheu-se a casa do
cheiro do unguento” Jo 12.3.
2.3.5. Lições extraídas da unção
a) O unguento era caríssimo, mas Maria derramou-o todo em
Jesus; esse ato nos ensina que devemos servir o divino
Mestre com toda a nossa força.
263
b) O unguento correspondia o salário de um trabalhador
durante um ano; temos que dar a Deus o de mais precioso,
ainda que custe a nossa vida.
c) Cristo foi ungido por completo; isto representa um ato de
dignidade real, Cristo é rei.
3. O PREÇO DA TRAIÇÃO
Enquanto Judas mostrou-se avarento vendendo a Cristo
por uma quantia insignificante, houve uma serva fiel que
quebrou o vaso de alabastro para mostrar ao nosso Senhor
que existem aqueles que o amam profundamente Mt 26.14-16;
Mc 14.10-11; Lc 22.3,4.
3.1. O Traidor
Judas Iscariotes. O nome significa “Judá, homem de
Queriote”, era natural de Queriote, cidade que ficava
localizada a 20 Km ao sul de Hebrom.
3.2. O Preço
Pelo valor das moedas que Judas recebeu para apontar
e trair a Cristo, ele mostrou-se ter um caráter muito
mesquinho.
3.2.1. José foi o tipo de Jesus, sendo vendido Gn 37.2;
3.2.2. Zacarias profetizou o valor da traição Zc 11.12;
3.2.3. Era o valor exato de um escravo na lei mosaica Ex
21.37.
264
As trinta moedas de prata, shekels, ou didracmas, que
valiam 120 denários, isto é, a quantia que Judas recebeu para
trair o Mestre, correspondia ao salário de 120 dias de um
trabalhador palestino da época.
3.3. AS CARACTERÍSTICAS DE JUDAS
3.3.1. Avarento Mt 26.14,15;
3.3.2. Hipócrita o Mc 12.5-6;
3.3.3. Traidor Mc 14.10;
3.3.4. Ladrão Jo 12.6;
3.3.5. Endemoninhado Lc 22.3;
3.3.6. Era o único que não era galileu Js 15.25; Am 2.2;
3.3.7. Suicida Mt 27.5;
3.2.8. Sempre foi o último da lista dos nomes dos apóstolos Mt
10.4; Lc 6.16. Foi identificado pelo adjetivo “traidor”;
3.3.9. Sentiu profundo remorso Mt 27.3-4.
4. A ÚLTIMA PÁSCOA
Jesus, como era um cidadão judeu, procurou cumprir
com os deveres festivos instituídos pela história hebraica Mt
26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.7-23; 1 Co 11.23-29. Ao
encerrar o banquete e a unção na casa de Simão em Betânia,
Jesus e os discípulos seguiram para Jerusalém, passando por
Betfagé e logo alcançou o cimo do monte das Oliveiras e
atravessou o vale do Cedrom, provavelmente entrou na cidade
265
pela porta da água, e desceu ao sul do Tiropeom, passando
ao norte do tanque de Siloé e foi para o sudoeste onde estava
o cenáculo ornamentado, para a celebração da Páscoa. O
local onde participaram da ceia foi o mesmo onde mais tarde
receberam o batismo com o Espírito Santo At 2.1.
4.1. A Festa Dos Pães Asmos Mt 26.17
Por ocasião da festa da Páscoa, era celebrado sete dias
de pães asmos, comemorando assim a urgente saída do
Egito, quando não se podia preparar pães para a viagem, e os
filhos de Israel tomaram consigo a massa antes que levedasse
Ex 12.34. A festa durava cerca de sete dias (14 até 21 abril)
Ex 12.18. Quando todo o fermento era retirado das casas. Se
não fosse queimado, seria destruído de outra forma.
4.1.1. Os preparativos da páscoa e o seu simbolismo
a) O cordeiro pascoal
Simbolizava a proteção contra o anjo da morte no Egito.
b) Os pães sem levedura
Falavam da saída urgente da terra egípcia.
c) A água salgada
Lembrava-lhes as lágrimas e as águas do mar Vermelho.
d) As ervas amargosas
Lembravam-lhes as dores torturantes de um cativeiro
sem compaixão.
266
e) A sopa de frutas
Recordava-lhes a obrigação de fazer tijolos.
f) Os quatro copos de vinho
Recordavam-lhes as quatro promessas de Ex 6.6-7.
g) O cenáculo mobiliado Lc 22.12
Em quase todas as casas palestínicas da época, havia
uma sala reservada para fins festivos. Segundo os estudiosos,
o cenáculo onde Cristo participou da última páscoa, era
propriedade do pai de João Marcos. Os objetos que
ornamentavam um cenáculo eram os seguintes:
Um divã (mesa pequena de 30 cm de altura);
Alguns travesseiros para recosto;
O piso era carpetado com pele de cabras;
Os talheres sobre o divã;
Um candelabro aceso com sete hastes.
267
divulgando-a com o seguinte tema: “De Corpore et Sanguine
Domini”.
5.2. Consubstanciação
Foi a princípio defendida por Wyclif no ano de 1739. Ele
Dizia: “Pão e vinho continuam sendo pão e vinho, mas logo
terem sido abençoados recebem virtude”.
5.3. Memorial
A do memorial. Essa é a que nós os pentecostais
defendemos e, acima de tudo, cremos e pomos em prática.
Baseamos na afirmação de Jesus por ocasião da páscoa,
quando disse: “Fazei isto em memória de mim” Lc 22.19.
6. O HINO CANTADO POR JESUS E O SEU COLÉGIO
APOSTÓLICO
Segundo os hinólogos cristãos, eles cantaram a segunda
parte do Hallel, que vai do Salmo 115 até o 118. O que mais
me chama a atenção foi Cristo cantar, sabendo das dores que
lhe atravessariam dentro de pouco tempo. Cantar quando tudo
vai muito bem é fácil, cantar face aos problemas, não!
7. A AGONIA E A PRISÃO DE CRISTO NO GETSÊMANI
Logo ao encerrar o banquete pascoal e a santa ceia,
Jesus e os discípulos cantaram o hino Sl 115-118 e partiram
para a o Getsêmani. O Senhor Jesus havia advertido a Pedro
268
que ele o negaria incontestadamente Mt 26.36-56; Mc 14.32-
52; Lc 22.39-53; Jo 18.1-1.
269
e extraiu para a nossa felicidade o azeite pacífico da
redenção. O Éden foi o local onde o primeiro Adão cedeu à
tentação, e o Getsêmani foi o lugar onde o segundo Adão
prevaleceu sobre a tentação.
Jardim do Getsêmani
271
chamados de sicarii portavam debaixo da capa uma espada
curta e um pouco curva.
7.5.2. Varapaus
Eram compridos com a ponta recurvada, com
aproximadamente 1,80 m, parecendo um cajado.
7.5.3. Lanternas
Eram também chamadas de archotes, e eram feitas de
madeira de cedro e ocas na parte superior onde ficava o
azeite a ser queimado. Era lua cheia, mas algumas
localidades do jardim ficavam escuras e pensavam que Jesus
podia se retirar.
7.6. O Beijo Traidor Mt 26.49
““... e beijou-o, “no grego é “katephilesen”, indicando que
Judas realizou uma forte demonstração de afeição ao beijar a
Jesus”. É assim que acontece com aqueles que falam e se
levantam contra nós; na frente, abraçam-nos e até choram
conosco, mas ao ausentarem-se, ferem-nos, com palavras
desprovidas de misericórdia. Que o Senhor nos livre dessa
máscara diabólica!
7.7. Pedro Corta A Orelha De Malco Jo 18.10
Os discípulos tinham sido advertidos por Jesus quanto a
orar e vigiar, para não entrarem em tentação. Pedro não
vigiou, e quando lançaram mão para prender Jesus, ele
272
desembainhou a espada e cortou a orelha direita do servo do
sumo sacerdote cujo nome era Malco que significa “rei”. Cristo
curou a orelha do servo para mostrar a veracidade do seu
ensino quando proferido no monte Mt 5.41-44.
7.8. Doze Legiões De Anjos Mt 26.53
Em relação àquela multidão que veio prender Jesus, os
inimigos achavam que o Mestre estava desprovido de
segurança porque contava com apenas onze homens. Eles
esqueceram que Cristo é o Comandante do exército celeste e
que tinha naquele momento ao seu dispor mais de doze
legiões de anjos. Segundo a organização militar dos romanos,
uma legião era formada de 6.000 soldados. Se fizermos um
cálculo com doze legiões, ficará assim: 6000 x 12=72.000.
Cristo estava querendo dizer, se Ele quisesse contaria
naquele momento com 72.000 anjos. Um anjo foi o suficiente
para matar em uma só noite 185.000 soldados 2 Rs 19.35.
Para termos uma idéia do poder ofensivo do exército que o
general Jesus Cristo tinha ao seu dispor, calcularemos assim:
185.000 x 72.000 = 13.320.000, o total que morreria com a
ação dos anjos naquele instante. Aparentemente o Divino
Mestre estava sendo derrotado, mas foi dessa forma que Ele
conquistou a nossa vitória.
273
7.9. Cristo Perante o Sinédrio
Ao ser apanhado pela multidão no Getsêmani, Jesus
foi conduzido primeiramente a Anás, sumo-sacerdote de
honra, que era sogro de Caifás Mt 26.57-69; Mc 14.53-65; Lc
22.63-71; Jo 18.12-27.
7.9.1. Anás
Foi nomeado sumo-sacerdote no ano 6 d.C., por Quirino,
governador sírio, e deposto no ano 16 d.C., por Valérius
Gratus, procurador da Judéia. Mesmo não sendo considerado
pelos romanos, Anás era honrado pelos judeus por ser
considerado vitalício o cargo de sumo-sacerdote.
7.9.2. Cristo Na Casa De Caifás Mt 26.57
A casa tradicional de Caifás o sumo-sacerdote, situava-
se ao sul da porta de Sião imediatamente do lado de fora dos
atuais muros, bem próxima da esquina sudoeste da antiga
cidade. Tanto a casa de Anás como a de Caifás não ficavam
distantes do palácio.
7.9.3. O Local Do Julgamento
a) O sinédrio
Era a corte suprema de justiça dos judeus. Segundo
Flávio Josefo: “O sinédrio surgiu por volta do ano 57 d.C.,
quando Gabino, o governador na Síria dividiu a Palestina em
cinco distintas regiões Galileia, Samaria, Judéia, Decápolis,
274
Peréia”. Antes do Império Romano dominar a Palestina, o
sinédrio tinha o direito de condenar à morte, bem como
executar o condenado. Segundo Robertson: “O sinédrio era
constituído de setenta membros, fariseus e saduceus”.
b) Jesus é julgado
Os acusadores foram acusar Jesus, eles que foram
acusados. Ao julgar uma pessoa cheia de defeitos conhecida
pela opinião pública é fácil; mas, julgar alguém que nunca
pecou, é por demais impossível. Não eram “juízes” como
pretendiam ser, “mas promotores” da injustiça.
c) O julgamento foi ilegal
Os membros do sinédrio não podiam se reunir no período
noturno, somente depois do nascer do sol. O julgamento de
Jesus foi ilegal porque ocorreu à noite Mc 14.53-65; Mt 26.57.
As falsas testemunhas Mt 26.60
Jesus foi condenado à morte por causa da inveja que
estava engendrada nos corações dos seus compatriotas.
Daniel foi lançado na cova dos leões injustamente Dn 6.4,
assim como Jesus foi sentenciado sem nada dever aos
romanos e aos judeus. Todas as acusações apresentadas
pelas falsas testemunhas não passaram de castelos de
cinzas.
A posição de Jesus perante o tribunal Mt 26.62-68
275
Quando Jesus esteve atuando no ministério da Palavra;
Ele fez emudecer os seus interlocutores. Agora, perante o
tribunal ficou calado como exemplo para nós.
Os Dois Tribunais
- Religioso
O julgamento foi baseado na seguinte pergunta: “És tu o
Cristo, filho de Deus Bendito?”
- Romano
O julgamento foi baseado sobre a pergunta: “Tu és o rei
dos judeus?”.
8. PEDRO NEGA A JESUS
Eu acho que o pior momento no quadro biográfico de
Pedro, foi quando ele forçosamente agiu contra a sua própria
consciência, negando que não conhecia aquele a quem não
se apartava até para dormir. Proferiu as seguintes palavras:
“... não o conheço, nem sei o que dizes...” Mc 14.68. O que lhe
proporcionou o alívio dessa culpa foi o choro, e acabou
perdoado pelo Senhor Jesus Cristo Mt 26.69-75; Mc 14.66-72;
Lc 22.54-62; Jo 18.15-18.
8.1. Os Sete Passos Que Levaram Pedro A Cair Nessa
Tragédia
8.1.1. A autoconfiança Mc 14.29;
8.1.2. O orgulho Mc 14.31;
276
8.1.3. O descuido Mc 14.37;
8.1.4. A vergonha Mc 14.54;
8.1.5. Procurou a roda dos escarnecedores Mc 14.54;
8.1.6. Negou a Cristo Mc 14.67-68.
8.1.7. Caiu em descomedido pecado Mc 14.71.
Hoje o galo que desperta a atenção daqueles que negam
a Cristo, é a consciência, que é o tribunal secreto do homem.
Que Deus nos conceda graça, para que nunca venhamos
negar a Cristo em hipótese alguma. Lembremo-nos de
Policarpo que preferiu enfrentar o fogo a negar o bendito
nome de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
9. JESUS PERANTE PILATOS E HERODES
Cristo compareceu perante o tribunal romano, que tinha
como presidente o conhecido Pilatos Mt 27.11-31; Mc 15.1-20;
Lc 23.1-25; Jo 18.28-40; 19.1-16. Nunca houve um juiz que
ficasse tão apoquentado como Pilatos naquela hora de
indecisão. Se condenasse Jesus, trairia a sua própria
consciência; porque pouco antes havia dito: “... não acho
culpa alguma neste homem” se o soltassem os judeus iriam
denunciá-lo ao imperador romano, dizendo-lhe: “Pilatos traiu a
Lex romana, apontando outro rei no lugar de César”. Para não
denegrir a sua popularidade, Pilatos mandou açoitar o
inocente que a pouco havia constatado a sua inocência.
277
9.1. Pilatos
O nome no latim significa: “armado com dardo”. Foi
nomeado por Tibério como o quinto procurador da Judéia, no
grego epitropos; depois da deposição de Arquelau, pelo
espaço de dez anos 26-36 d.C. Pilatos nomeava os sumos
sacerdotes, controlava o templo, seu fundo monetário e as
peças do vestuário do sumo sacerdote estavam em seu poder
e eram entregues por ocasião das festividades religiosas. Foi
deposto do cargo por Vitélio, o procônsul da Síria no ano 36
d.C., e levado para Roma a fim de prestar relatório de seus
atos perante o imperador. Quando estava em viagem para
Roma, Tibério faleceu, mas Calígula, o seu sucessor, exilou
Pilatos para Vienne da Gália, onde por desgosto agudo,
suicidou-se. Diz uma tradição que Prócla sua esposa tornou-
se cristã.
9.2. A Mulher De Pilatos Mt 27.19
A tradição antiga chama a mulher de Pilatos de Cláudia
Prócla, e diz que ela se preocupava pela fé judaica do povo,
que seu marido governava como administrador. Por muito
tempo, não se permitia um governador romano ser
acompanhado por sua esposa para uma terra sujeita a
perturbações intestinas. Porém, no tempo de Augusto em
diante, foi-lhe isso concedido, Tácito, 3.33.
278
9.3. Quem Foi Barrabás? Mt 27.15.
O nome significa “filho de um pai”; alguns comentadores
pensam também que o nome quer dizer “mestre”, “rabino”. Foi
um facínora Jo 18.40 aprisionado por fazer terrorismo político
homicida Mc15. 7; Lc 23.18. Barrabás representou a revolução
pela força e pela violência, onde os homens extravasam suas
paixões mais baixas. “Jesus representou a revolução
espiritual, mediante a persuasão e a implantação das
realidades espirituais nas almas dos homens,” Champlin. Os
homens desalmados escolheram a Barrabás no lugar de
Jesus, mostrando assim rejeição pelas coisas de espirituais.
9.4. Barrabás Sendo Solto Representa Duas Coisas:
9.4.1. Que os homens não sabem escolher;
9.4.2. Que Cristo veio substituir os pecadores.
9.5. Pilatos Apresenta Jesus Ao Povo Jo 19.13
9.5.1. Pavimento
No hebraico “Gábatá” e no grego “Litóstrotos” que
significa “pedras espalhadas”. Júlio César levava consigo, em
seus empreendimentos militares, um pavimento de mosaico
que era colocado para assinalar o local onde eram passadas
suas decisões judiciais. Porém, nesta conexão, “Gabatá”
sugere antes um lugar fixo.
279
Litóstrotos Local do julgamento de Cristo
280
amigos por causa de Jesus. Isto pode provar a missão do
Divino Mestre entre os homens Lc 23.12.
10. HISTÓRICO SOBRE A CRUCIFICAÇÃO
10.1. Os Sofrimentos Preambulares
Antes do condenado ser levado ao local de suplício, era
submetido a torturas preambulares Mt 27.32-56; Mc 15.21-24;
Lc 23.26-49; Jo 19.17-37. No caso de Jesus, os soldados do
presidente começaram a torturá-lo da seguinte forma:
10.1.1. Despiram-lhe, vestindo uma capa de escarlata
Os imperadores romanos apreciavam a cor de escarlata,
por ser um vermelho vivo; assim como os judeus estimavam a
cor branca. Colocaram aquela capa em Jesus, depreciando a
sua postura de rei. A capa era prezada também por militares
da época.
10.1.2. Coroaram-lhe com uma coroa de espinhos Mt 27.29
A coroa foi confeccionada pelos próprios soldados, com
“spina christi”, que tem galhos cilíndricos e macios contendo
espinhos do tamanho de um dedo. Seria bom que todos os
governadores fossem altruístas como a rainha Vitória que
disse: “Gostaria de estar viva quando Jesus viesse, para
depositar aos seus pés a coroa da Inglaterra”.
281
10.1.3. Colocaram em sua mão uma cana Mt 27.29
Queriam, com aquele quadro zombador expressar que o
Divino Mestre estava com o cetro do governo judaico em suas
mãos. Brevemente Jesus regerá as nações com o cetro de
equidade Hb 1.8.
284
c) Sedile
Era um assento que ficava mais ou menos no meio do
stipes, onde a vítima era apoiada para dividir o peso do corpo.
Por isso disse Irineu, Bispo de Hierápolis: “A cruz tem cinco
extremidades; sobre a quinta descansa o crucificado”. Este
apoio era destinado a prolongar a agonia por diminuir a tração
sobre as mãos, causando tetania e asfixia.
d) O título Mt 27.37
Trata-se de uma tabuleta tosca em que se indicava com
letras de gesso claras e pretas, a culpa do condenado; às
vezes era conduzida por um arauto na frente do “patibulatus”
(o condenado conduzindo a cruz) ou pendurava-lhe ao
pescoço. Era usado também esse tipo de título, para divulgar
no império romano as notícias oficiais. O letreiro foi escrito em
três idiomas fluentes da época: grego, latim e hebraico. O
motivo pelo qual há uma variante no letreiro mencionado pelos
quatro evangelistas, é porque cada um escreveu em diferente
língua:
“Este é Jesus, o rei dos judeus” Mt 27.37
Foi escrito em hebraico para os judeus.
“O rei dos judeus” Mc 15.26
Foi escrito em latim para os romanos.
“Este é o rei dos judeus Lc 23.38
285
Foi escrito em grego para os gregos.
“Jesus Nazareno, rei dos judeus” Jo 19.19
Foi escrito para toda a igreja. Pelo que entendemos,
tudo isto indica ser uma síntese das frases escritas pelos
evangelistas sinóticos. Esse título foi colocado na cruz antes
de ter sido erguida. O outro sentido da acusação posta sobre
a cabeça de Jesus era: “Eis aqui o traidor do estado e da
pessoa de César”. Os judeus não ficaram contentes
politicamente em relação ao letreiro colocado por Pilatos na
cruz; porque a declaração, segundo eles, ofendia o imperador
romano; e, por isso, consultaram o governador Pilatos e nada
conseguiram Jo 19.21-22.
10.2.4. O uso da crucificação
Como tormento, provém do oriente, tendo por inventores
os persas. Os gregos e romanos adotaram a crucificação dos
fenícios. As palavras tem sua origem do latim “crucifigo”,
“cravo numa cruz”.
a) Quem era destinado à crucificação?
Os escravos, serville suplicium;
Os livres que não eram romanos;
Os prisioneiros apanhados nos campos de batalha
Os revoltosos vencidos;
Os desertores;
286
Os ladrões;
Os traidores.
Um cidadão romano era livre de morrer na cruz. Paulo,
condenado à morte, no governo de Nero, devido à sua
cidadania, foi decapitado na via Óstia, em Roma, enquanto
Pedro, envolvido na mesma sentença, por não ser romano, foi
crucificado Jo 21.18-19.
10.2.5. A crucificação em meio às grandes nações antigas
a) Alexandre, o Grande, mandou crucificar mil tírios.
b) No ano 167-166 a.C., Antíoco Epifânio o louco, crucificou
aqueles que não quiseram abandonar a crença judaica.
c) No ano 88 d.C., Alexandre Janeu crucificou 800 líderes
fariseus.
d) No ano 4 d.C., o general Varo, crucificou 2.000 insurgentes.
e) Por ocasião do cerco de Jerusalém por Tito no ano 70 d.C.,
foram tantos crucificados que faltaram tanto madeira como
espaço para erguerem as cruzes.
f) Floro, no ano 66 d.C., mandou executar na cruz 3.600
judeus, incluindo alguns de classe equestre. A morte por
crucificação foi abolida por completo do império romano por
Constantino, em 315 d.C. Era costume, entre os antigos,
queimar a cruz, logo após o condenado ser retirado dela pelos
parentes; isto quebra, por vez, a frase criada por Helena, mãe
287
do imperador Constantino, que dizia: “Ao regressar-me da
cruzada feita em Jerusalém, dei-me por satisfeita, porque lá
encontrei uma parte da cruz, que estava enterrada”.
10.2.6. Os termos crucificológicos usados na linguagem
teológica Paulina:
a) A cruz
É o resumo da verdadeira vida cristã 1 Co 1.17.
b) Crucificar a carne
É o símbolo da abnegação Gl 5.24.
c) A palavra da cruz
É o compêndio de todo o evangelho 1 Co 1.18.
d) Inimigos da cruz de Cristo
São aqueles que levam uma vida antagônica ao ensino
de Cristo Fp 3.18.
e) Estar crucificado com Cristo
É ser dependente totalmente dele; é estar ligado a Ele Gl
2.19.
f) O mundo está crucificado para mim
É viver no mundo sem o mundo viver em mim. É não ser
participante dos prazeres efêmeros daqui Gl 6.14.
10.2.7. Do Litóstrotos ao monte Calvário
a) O adjutor chamado Simão Cireneu Mt 27.32; Mc 15.21;
Lc 23.26
288
Jesus ao palmilhar alguns instantes na via dolorosa não
suportando o peso da cruz, por causa dos espancamentos
sofridos e por não haver dormido pela falta de sono; pelos
julgamentos; pelos diálogos desgastantes que lhe vinham
sugando as energias físicas e mentais, achou-se sobremodo
impotente a carregar o patíbulo. Por isso Simão foi obrigado a
carregar a cruz. Nenhum soldado se atreveria a levar cruz de
um patibulatus que seria rebaixar-se. Com aquele gesto de
amor e espírito serviçal, Simão tornou-se o tipo ideal do
discípulo que segue a Jesus carregando a sua cruz de cada
dia. Tudo, pois indica que, até aquele momento, Simão não
era convertido, mas creio que ao sentir o peso da cruz caiu
sobre ele a graça salvadora. Não somente ele foi agraciado
com a salvação como também seus dois conhecidíssimos
filhos Alexandre e Rufo Mc 15.21; Rm 16.13. Um Simão
abandonou a Cristo, mas, veio outro de terras longínquas para
servi-lo. Ele veio de:
Via Dolorosa
289
b) Cirene
Cidade fundada pelos dórios, no ano 632 d.C. Ficava
localizada na parte setentrional da África. Estava edificada
numa belíssima planície a poucos km ao sul do mar
Mediterrâneo. Era rica na produção de trigo, lã e tâmaras. A
melhor coisa que Cirene exportou foi Simão, o grande adjutor
de Cristo. Oportuna foi à declaração do teólogo Halley que
disse: “Qual não é, porém, seu orgulho no céu, por toda a
eternidade, quando se lembra de haver ajudado Jesus a levar
sua cruz!”.
c) O monte Calvário Mt 27.33; Mc 15.22; Lc 23.33; Jo 19.17
O termo Calvário deriva-se do latim “Calvária” quer dizer,
“crânio” e no grego “kranion”; esses termos traduzem o
aramaico “gulgotah”. Fica fora do muro, na parte norte, a 230
metros ao nordeste da porta de Damasco Hb 13.12; Jo 19.20.
É uma elevação com apenas 10 metros de altitude, com a
forma redonda e calva, possuindo a semelhança de uma
caveira humana. O túmulo do jardim foi identificado pela
primeira vez como local tradicional da crucificação, no ano
1849, pelo General Gordon, da Grã-Bretanha. Daí surgiu a
designação mui frequentemente usada pelos evangélicos,
para identificar o local tradicional da crucificação de Jesus:
“Calvário de Gordon”. A topografia orográfica do Calvário pode
290
representar os traços cranianos de Jesus, ao receber sobre si
as torturas do pagamento dos nossos pecados.
Monte Calvário
291
narcótico, ele não teria: orado pelos soldados desalmados;
salvo o ladrão que crera; recomendado sua querida mãe;
entregado seu espírito ao Pai e entregado livremente a sua
vida por nós.
e) As vestes foram repartidas em quatro partes Mt 27.35;
Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.23,24
Era de praxe, entre os soldados romanos, ficar com as
vestes dos condenados. Possuíam o guarda-roupa da
maldade. Ao quartenion, Cristo deixou-lhes por herança, as
quatro peças que compunham o seu vestuário: o manto da
cabeça, as sandálias, o cinto e a capa quadrada; mas aos que
creram em seu nome, deixou-lhes por herança a vida eterna.
A túnica de Jesus era inconsútil querendo assim dizer que Ele
era totalmente diferente dos desejos e do comportamento dos
seus algozes. Cristo foi despido para vestir os homens das
vestimentas da salvação Sl 6l. 10. Os seus adversários
puderam extrair-lhe as vestes naturais, contudo, as suas
vestes espirituais eram intocáveis Sl 22.18.
f) Cristo entre dois ladrões Mt 27.44; Mc 15.27; Lc 23.39-
43; Is 53.12
Os pesquisadores e estudiosos, ao longo dos séculos,
têm procurado descobrir os nomes dos dois ladrões da cruz, e
os mais ventilados são os seguintes:
292
O da direita
Dimas ou Zoaham: o converso se tornou o modelo mais
notável de conversão repentina. É bom que os desviados e
vaciladores vejam o perigo de decidirem-se na última hora.
Com a ajuda de Deus um deles ainda crera antes de morrer. E
tu sabes quando partirás para a eternidade?
O da esquerda
Gestas ou Chammatha: se tornou o tipo verdadeiro da
incredulidade generalizada na mente e no coração dos
homens.
g) Jesus foi blasfemado por três categorias de
zombadores:
Pecadores condenados - os ladrões;
Pecadores ignorantes - os crucificados;
Pecadores religiosos - os escribas e sacerdotes. Essa
foi a pior entre as três categorias, porque sendo conhecedores
teóricos das Escrituras, faltavam-lhes o bom censo e a visão
espiritual. Segundo a história romana “era costume cravar na
cruz criminosos em chusmas”. Para mostrar a ira que tinha por
Jesus, crucificaram no meio e não dos lados. Porque, segundo
eles, o Mestre era o principal.
10.2.7. Os sofrimentos finais
a) Os cravos
293
Podiam ser feitos de cobre ou de ferro. Na língua grega
eram chamados de “helos” Jo 20.25. De acordo com o
costume de crucificar; a mão direita era a primeira a ser
cravada, e, em seguida, à esquerda. Os cravos eram agudos
conhecidos por clavi trabales, media cada um cerca de 10 cm.
Mediante as afrontas sofridas por Jesus, o que pôde segurá-lo
no madeiro não foram os cravos, e sim, o seu profundo amor
por cada um de nós.
b) O vinagre Jo 19.29
Ofereceram a Jesus no lugar de água, um vinagre feito
de vinho azedo, que era a “posca romana,” que inclusive
servia de bebida para os soldados. Até que ponto pôde ir à
maleficidade daqueles filhos de belial; ao invés de
dessedentar o Filho de Deus, deram-lhe vinagre que é o
símbolo da irritabilidade. Levaram até à boca do Rabone uma
esponja embebida de vinagre e erguida por um hissope que
media 65 cm.
c) A fratura dos ossos Jo 19.31-33
Quando os soldados queriam apressar a morte do
condenado, eles aplicavam o castigo do “crucifragium” que era
o ato de quebrar as pernas dos condenados na cruz, e, esse
era um ato realizado mediante um cacete ou um pesado
martelo. A palavra traduzida “quebraram” no original significa
294
que fizeram em pedaços. Esse ato não era menos cruel do
que o da crucificação; Jesus não foi submetido ao ato do
“crucifragium, para cumprir o que acerca d’Ele fora predito
pelo salmista que dissera: “Ele lhe guarda todos os seus
ossos; nem sequer um deles se quebra” Sl 34.20”.
d) O golpe de misericórdia
A princípio, o nome aplicado ao ferimento final era “golpe
de misericórdia”. Era assim chamado porque aliviava para
sempre as dores do condenado, levando-o a morte. A lança
que penetrou no lado de Jesus media cerca de 1 metro.
e) Sangue e água Jo 19.34
Quando a lança penetrou pelo lado direito de Jesus,
atingiu a aurícula direita do coração transpassando-lhe o
pericárdio. O sangue e a água que saíram do seu lado indicam
que morrera de ruptura do coração. Os pais da igreja
costumavam declarar que “assim como Eva fora extraída do
lado direito de Adão, assim também a igreja e as cerimônias
da santa ceia e do batismo procedem do lado transpassado de
Jesus”. Alguns cardiologistas dizem-nos que quando o
coração de alguém se rompe, o sangue se junta no pericárdio;
que é o envoltório do coração dividindo-se então numa
espécie de sangue coagulado e soro aquoso. Os dois líquidos
295
simbolizam: o sangue, a remissão, a propiciação, água da
regeneração e a santificação.
11. AS SETE PALAVRAS DA CRUZ
As palavras pronunciadas por Jesus no alto da cruz
ficaram para sempre gravadas e escritas com pena de ouro.
Foram as sete palavras da cruz a expressão verbal e final
daquele que mesmo em dor pode comunicar aos homens e ao
Pai o heroísmo de sua missão salvífica.
11.1. A Primeira Palavra
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Lc
23.34. Foi uma palavra de perdão.
11.2. A Segunda Palavra
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”
Lc 23.43. Foi uma palavra de salvação.
11.3. A Terceira Palavra
“Mulher, eis aí o teu filho Jo 19.26-27”. Foi uma palavra
de cuidado fraternal.
11.4. A Quarta Palavra
“Eloí, Eloí, lamá sabactâni Mt 27.46”. Foi uma palavra de
desamparo momentâneo.
11.5. A Quinta Palavra
“Tenho sede”! Jo 19.28. Foi uma palavra de necessidade
orgânica.
296
11.6. A Sexta Palavra
“Está consumado!” Jo 19.30. Foi uma palavra de
consumação redentorial.
11.7. A Sétima Palavra
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” Lc 23.46. Foi uma
palavra de recomendação.
12. OS SEIS MILAGRES DO CALVÁRIO
Os seis milagres que foram manifestados por ocasião da
morte de Jesus vieram confirmar o propósito de sua missão
aqui neste mundo. Ele morrera para dar-nos a vida eterna.
12.1. O Primeiro Milagre
As trevas preternaturais Lc 23.44. Quando Cristo nasceu,
a noite tornou-se dia e quando Ele morreu, o dia tornou-se em
noite. A escuridão não se tratava de um eclipse solar, porque
o mesmo não dura mais que alguns minutos e as trevas
duraram três horas. Astronomicamente falando, é impossível
um eclipse durante a lua cheia. Sabemos que no ciclo normal
da natureza a luz dissipa as trevas. Mas a escuridão do
Calvário sufocou o sol do meio dia! Era a natureza
protestando os maus desígnios dos seres humanos.
12.2. O Segundo Milagre
“O Véu Rasgou-Se De Alto A Baixo” Mc 15.38. O véu
aqui referido era o que estava no templo reconstruído por
297
Herodes o Grande, cuja construção durou por espaço de
quarenta e seis anos Jo 2.20. O véu não foi rasgado em
resultado do terremoto; se fosse, o templo teria sido destruído.
O véu foi rasgado de alto a baixo, apontando assim para a
iniciativa divina em abrir-nos o caminho do santo dos santos e
mostrar-nos os tesouros ocultos por tanto tempo desejados. O
véu desmantelando-se no próprio local era como se o ofício
sacerdotal fosse demitido, para dar lugar ao ofício sacerdotal
de Cristo.
12.3. O Terceiro Milagre
O Terremoto Mt 27.51. Veio no momento exato
autenticar a morte do Filho de Deus. Não foi o sismo originado
do fogo no interior da terra, mas foi a resposta ao bravio grito
do redentor da humanidade.
12.4. O Quarto Milagre
A abertura dos sepulcros Mt 27.52. Foram abertos com
o abalo do terremoto. Os sepulcros que foram abertos eram
somente de santos da antiga aliança. Ficaram abertos por três
dias, até Cristo ressuscitar e com ele um bom número de
santos.
12.5. O Quinto Milagre
A mortalha intacta Jo 20.6-8. Jesus saiu do envoltório de
linho tão facilmente como uma borboleta deixa o seu invólucro
298
filamentoso. Seu corpo glorificado é mais veloz que a luz
300.000 Km por segundo. Ali ficaram as mortalhas para provar
que o seu corpo não fora roubado. Se os discípulos tivessem
levado o corpo de Jesus, não teria deixado os panos e
tampouco bem arrumados como ficaram.
12.6. O Sexto Milagre
A ressurreição de muitos santos Mt 27.52. Eles foram
ressuscitados após a ressurreição de Jesus, que é o
primogênito dos mortos. O Divino Mestre ressuscitou para
comprovar a nossa ressurreição. Aqueles santos saíram de
suas sepulturas, mas apenas revivificados em seus corpos
naturais. O verdadeiro corpo da ressurreição, eles receberão
com todos os que são de Cristo de todas as épocas, por
ocasião do arrebatamento.
13. A SEPULTURA DE JESUS
Ao oeste da encosta do monte Calvário, havia um
sepulcro de propriedade familiar, do Senador José de
Arimatéia, o qual pedira a Pilatos o corpo de Jesus para
sepultá-lo nesse túmulo novo. Hodiernamente, o túmulo é
chamado de “túmulo de Gordon”, “túmulo do Jardim”, ou
“túmulo dos reis”. É uma sala com um espaço de 4,40 m X
3,20 m X 2,40 m de altura. José de Arimatéia é conhecido na
literatura de João como discípulo oculto Jo 19.38. Para muitos
299
estudiosos ele é considerado um covarde pelo anonimato,
mas para mim, ele foi corajoso, sendo o único a pedir a Pilatos
a permissão de levar o corpo de Jesus e sepultá-lo.
Nicodemos mostrou-se também cuidadoso, levando 50 kg de
perfume, para aromatizar o corpo de Jesus Jo 19.39. Sempre
aconteceram surpresas, de quem muitas vezes não
esperamos. Para todos os cristãos é o local sagrado donde
surgiu a garantia da nossa vida eterna.
300
A Parte Interna Da Sepultura De Jesus
301
14.3. O maior argumento em favor do Cristo ressurreto é o
cristão vivo. - Winifred Kirkland.
14.4. O sinal de nossa fé é uma cruz vazia, um túmulo vazio,
“Ele não está aqui, mas ressuscitou!” - W. Ware.
14.5. Os evangelhos não explicam a ressurreição; todavia a
ressurreição explica os evangelhos. - John S. Whale.
14.6. O cristianismo é antagônico a todos os ísmos, porque o
fio dourado de sua doutrina é a ressurreição de Jesus. -
Genésio Santos
14.7. Sinopse Sobre A Ressurreição
14.7.1. Foi predita pelo rei Davi Sl 16.10;
14.7.2. Foi predita pelo profeta messiânico Is 26.19;
14.7.3. Foi predita pelo próprio Cristo Mt 20.19;
14.7.4. Para cumprimento das Escrituras Lc 24.45,46;
14.7.5. Para a esperança dos cristãos 1 Co 15.19;
14.7.6. Para eficiência do sermão que pregamos 1 Co 15.14;
14.7.7. Para provar a veracidade de Cristo como Filho Deus
Rm 1.4;
14.7.8. Pelo poder de Deus Rm 8.11;
14.7.9. Pelo poder do Espírito Santo 1 Pe 3.18;
14.7.10. Pelo poder do próprio Jesus Jo 10.18;
14.7.11. Os anjos Lc 24.4-7,23;
14.7.12. Os apóstolos At 1.22;
302
14.7.13. Os guardas do sepulcro Mt 28.1-15.
CONCLUSÃO
O Cristianismo é uma religião viva porque o seu
consolidador é vivo e reina para todo o sempre. A única
religião sem luto na história das religiões é o cristianismo; de
túmulo vazio para quem quiser comprovar.
303
07
MENSAGEM
TEMA: BARNABÉ DE CHIPRE
TEXTO: AT 4.36
INTRODUÇÃO
Estudar com seriedade os traços biográficos de Barnabé
de Chipre é conhecer o amor cristão encarnado na vida deste
homem de bem. Necessário se faz dizer que Barnabé foi uma
das mais importantes estrelas eclesiásticas do I século.
Sobressaiu-se pelo espírito altruísta e filantrópico que lhe fora
peculiar. O ministério cristão hodierno está em crise de lideres
como Barnabé de Chipre e Barzilai de Rogelim At 4.36; 2 Sm
19.31-32. Quando surgirem os Barnabés na presente
dispensação, os Paulos, aos milhares refulgirão com eficácia
para disseminarem com amor as sementes metamorfósicas do
evangelho.
304
1. A IDENTIDADE DE BARNABÉ
1.1. Nomes
1.1.1. José
e) Um sacerdote Ne 12.14
1.1.2. Barnabé
1.1.3. Júpiter
1.1.4. Naturalidade
a) Suas dimensões
307
Era levita. Homem de família judia, de classe sacerdotal,
que tinha se fixado em Chipre.
1.1.8. O Parentesco
2. O PATRONO DA FILANTROPIA
309
Antioquia, naqueles tempos, era a terceira metrópole mundial
com cerca de 500.000 habitantes e economicamente
poderosa. Os cristãos dessa cidade eram bastante prósperos
e muito bem instruídos pelo apóstolo da filantropia. Com a
chegada do profeta Ágabo em Antioquia, sua profecia foi
aceita por todos e logo a igreja lançou mão duma grandiosa
coleta. Barnabé e Paulo foram encarregados de levá-la a
Jerusalém At 11.30; Gl 2.1. Os cristãos antioquianos eram
ternamente agradecidos aos crentes judeus por terem sido os
portadores da mensagem salvífica Gl 6.6.
a) Absalão
b) Adonias
c) Salomão
312
Promoveu e procurou matar Jeroboão ao mesmo tempo,
por ciúmes 1 Rs 11.28-40.
d) Jeroboão
e) Diótrefes
b) A saudade materna;
316
eclesiásticas e tratar de muitos assuntos pertinentes a
interesses próprios. Ao encerrar o concílio, Barnabé e Paulo
regressaram a Antioquia. A palavra de Barnabé era similar a
uma espada dourada e suas experiências a um bálsamo
raríssimo At 15.26.
5.2. Evangelista
318
5.3. Apóstolo
5.4. Missionário
5.5. Pastor
319
ao santo ofício pela integridade e firmeza de caráter
compatível ao padrão eclesiástico At 11.24.
Socorria os necessitados.
6.1.4. Cheio De Fé
6.2. Companheiro
320
que as virtudes”. Pois em Barnabé, Paulo pode encontrar a
mais firme companhia para elevá-lo acima da mediocridade e
se tornar em campeão das santas missões At 13.14,50; 14:20;
15.25,26. O enfraquecido João Marcos encostou-se em
Barnabé e se tornou um destro biógrafo do Divino Emanuel.
Que o Senhor possa continuar levantando Barnabés, para o
consolo e engrandecimento do santo ministério.
6.3. Submisso
321
ministério de Antioquia da Síria At 13.3,26-27. O trecho
Selêucia-Pafos foi liderado por Barnabé. Sempre seu nome
aparecia primeiro At 13.1,2, 7. Após o milagre aplicado sobre o
falso profeta Bar-Jesus, Paulo assumiu a liderança; daí para
frente o nome de Paulo aparece primeiramente no lugar de
Barnabé At 13.9,13, 43, 46,50. Ao perder a liderança para
Paulo na ilha de Chipre, Barnabé não se encolerizou; pelo
contrário, ficou feliz e se alegrou bastante por ver seu aluno
em progresso espiritual e liderança eficaz.
6.4. Visitador
6.6. Falível
325
dada ao corpo expressa a verdade. O jejum, quando
corretamente usado, sem dúvida alguma é de inestimável
valor no desenvolvimento espiritual e na busca pela orientação
divina. Eis ai, a razão do sucesso glorioso do ministério de
Barnabé, jejum e oração At 12.2-3.
7.3. Encorajador
7.4. Alegre
327
5.13. Depois de algum tempo Marcos reintegrou-se ao
ministério de Paulo, durante o seu primeiro aprisionamento em
Roma.
328
08
MENSAGEM
TEMA: A ORAÇÃO MUDA AS COISAS
TEXTO: LC 9.29
INTRODUÇÃO
A oração é o jejum são duas armas poderosíssimas
empregadas pelos valorosos servos de Deus no decorrer dos
séculos. As páginas biográficas da história estão, por
conseguinte, floridas de exemplos inapagáveis de homens que
souberam pagar o preço na oração e no jejum. De volta à
oração e ao jejum, é isso mesmo, que nós, os cristãos
hodiernos precisamos fazer. Porque a oração é a chave. A
oração trás a resposta de Deus e o jejum apressa a resposta
da oração. Os quartos de oração se encontram vazios e, os
calos dos joelhos fervorosos já desapareceram. O Senhor está
à procura de quem esteja na brecha Ez 22.30; Is 59.16. A
frieza que está campeando em muitos corações tem sua
origem no descuido para com a oração e o jejum. Confesso-
lhes, que ao elaborar este estudo; eu o fiz com o intuito de
auto disciplinar-me. O eco retumbante do Espírito em mim
ultimamente tem-me conclamado ininterruptamente a buscar
329
ao Senhor com maior dedicação. Preclaro aluno como tem
sido sua vida de oração e jejum?
1. O QUE É ORAÇÃO?
É o ato pelo qual o homem se dirige a Deus para prestar-
lhe homenagem ou reivindicar lhe benevolência. “A oração é o
meio que Deus nos concede para persuadi-lo a querer aquilo
que nós queremos, mas ela também deve ser o meio pelo
qual lhe peçamos que nos induza a querer aquilo que ele
quer” Vom Allmon. O que há de glorioso na oração é que o
eterno soberano nos convida a viver em suas pisadas de
amor.
2. PENSAMENTOS SOBRE A ORAÇÃO
2.1. O que o oxigênio é para os pulmões é a oração para a
alma.
2.2. É a melhor ginástica para a alma do cristão.
2.3. É o farol instintivo do espírito que aponta para a
imensidão do poder de Deus.
2.4. É aquilo que ninguém quer.
2.5. É a chave na mão da fé que abre a porta da caixa-forte
dos tesouros eternos de Deus.
2.6. Nunca o homem é tão grande como quando está de
joelhos.
2.7. É o fenômeno central da vida religiosa.
330
3. VOCABULÁRIO DAS SEGUINTES PALAVRAS
3.1. Clamar: implorar em voz altissonante Jr 33.3;
3.2. Invocar: chamar em auxílio Sl 17.6;
3.3. Suplicar: pedir com instância e humildade Ex 32.1;
3.4. Implorar: pedir humildemente Dt 3.23;
3.5. Orar: rogar a Deus 1 Sm 12.23;
3.6. Deprecar: pedir com insistência 1 Tm 2.1;
3.7. Interceder: intervir a favor de alguém Hb 7.25;
3.8. Rogar: pedir com perseverança Ex 33.18.
4. COMO RECUPERAR O DESEJO DE ORAR
Ficar sem orar é obter prejuízos na vida material e
espiritual. O homem é tendente a negligenciar no que tange
respeito à oração. O Diabo luta incessantemente, para ver em
escombros as nossas orações; o exemplo disso podemos ver
quando o príncipe do Reino da Pérsia lutou durante vinte e um
dias para interromper as orações do profeta Daniel Dn 10.12-
13. A única maneira de recuperar esse desejo é implorar ao
Senhor misericórdia e aplicar aa oração à sua vontade. O rei
Asa conclamou a nação judaica a voltar para o Deus Todo-
Poderoso, e todos de comum acordo aceitaram o desafio.
Nobre leitor, fazendo o que se segue o seu desejo de orar
será recuperado 2 Cr 15.12-15:
335
imortalizaram: a do juiz iníquo Lc 18.1-8 e a do amigo
importuno Lc 11. 5-13.
7.2. Os Efeitos Da Oração Contínua
7.2.1. Coloca-nos em plena comunhão com Deus;
7.2.2. Proporciona-nos fervor espiritual;
7.2.3. Traz-nos vitórias constantes;
7.2.4. Dá-nos autoridade sobre os demônios;
7.2.5. Dissipa todas as dúvidas da nossa mente.
336
8. OS INIMIGOS DA ORAÇÃO
Satanás sendo sabedor de que a oração torna-nos
sobremaneira poderosos, aplica alguns métodos, para ver se
consegue neutralizar as nossas orações. Se você querido
amigo quer ser vitorioso na oração deverá vencer o que se
segue:
8.1. Sono
8.4. Impaciência
Tanto pela experiência, bem como pela Bíblia, somos
sabedores de que para conversarmos com o Todo Poderoso,
é preciso que haja calma e profunda reflexão. Os impacientes
jamais poderão desfrutar do que há de melhor na oração, que
é a comunhão com Deus. Aquele que ajoelha com um joelho e
levanta com o outro, está longe de saber o real significado da
oração.
8.4.1. Homens que venceram os inimigos da oração
a) Abraão
Intercedendo por Ló e sua família Gn 18.23-33;
b) Moisés
Permaneceu o Senhor quarenta dias e quarenta noites
Ex 24.18
c) Paulo
Esteve três anos no deserto da Arábia Gl 1.17-18
d) Josué
Prostrou perante o Senhor um bom tempo Js 7.6-7;
339
e) A igreja primitiva
Ficou vários dias esperando a promessa do alto At 1.13-
14;
d) Charles Finney
Esse fervoroso evangelista orava quatro horas por dia;
e) João Hyde
Orava e demorava tanto na presença de Deus e quando
pensava em se retirar dizia: “Pai, é a tua vontade que eu me
retire?”
f) Guilherme Bramwell
Certa feita, ele orou e jejuou pelo espaço de trinta e seis
horas, e de vez em quando enfiava a cabeça na areia como a
avestruz em busca do poder do alto. Que o Senhor possa nos
despertar e proporcionar-nos paciência para estarmos aos
seus pés qual Maria Lc 10.42.
9. O PREGADOR E A SUA VIDA DE ORAÇÃO
Os pregadores são preletores privilegiados, pois, além de
contar com todos os requisitos exigidos pela oratória, contam
com a divina “unção espiritual”. Ela só é adquirida pelo manto
sagrado da oração Ef 6.18-19; At 4.29; Cl 4.3; 2 Ts 3.1. O
mensageiro que não ora pode ser comparado a uma noite
sem estrelas; a uma flor sem perfume e uma pintura sem
inspiração.
340
Aquele que deseja falar muito de Deus aos homens deve
falar muito dos homens a Deus. Um pregador que não é de
oração é despido por completo do poder do alto.
Particularmente eu acho muita coragem, um pregador assumir
o púlpito para pregar, sem ter passado um bom tempo pela
fornalha da oração. Spurgeon analisa da forma que se segue
a vida de oração do pregador:
12.1. Em pé 1 Re 8.22;
12.2. Prostrados Sl 95.6;
12.3. Ajoelhados 2 Cr 6.13;
12.4. De bruços Js 5.14;
12.5. Mãos estendidas Is 1.15;
12.6. Mãos levantadas Sl 28.2;
12.7. Deitados 2 Rs 20.1-2;
12.8. Cabeça entre as pernas 1 Rs 18.42;
12.9. De olhos abertos Sl 121.1;
12.10. Agarrados Gn 32.24.
13. COISAS QUE DEVEM ACOMPANHAR A ORAÇÃO
13.1. Humildade 1 Pe 5.5;
13.2. Fé Mc 11.24; Hb 11.6;
13.3. Retidão Tg 5.16;
13.4. Obediência 1 Jo 3.22;
13.5. Contrição 2 Cr 7.14;
13.6. Coração aberto Jr 29.13;
13.7. Lágrimas 2 Rs 20.5;
347
13.8. Arrependimento Jó 42.6;
13.9. Temor Pv 9.10;
13.10. Gratidão Rm 7.25.
14. AS ORAÇÕES BREVES REGISTRADAS NA BÍBLIA
14.1. A oração de Ezequias 2 Rs 20.2-3;
14.2. A oração do publicano Lc 18.13;
14.3. A oração de Jesus na cruz Lc 23.34;
14.4. A oração do ladrão moribundo Lc 23.42;
14.5. A oração de Estevão At 7.60;
14.6. A oração de Elias no monte Carmelo 1 Rs 18.36-37;
14.7. A oração de Jabes 1 Cr 4.10.
15. AS ORAÇÕES MAIS NOTÁVEIS DA HISTÓRIA BÍBLICA
15.1. A de Abraão por Sodoma Gn 18.23;
15.2. A de Jacó no vau do Jaboque Gn 32.22-28;
15.3. A de Davi pela construção do templo 2 Sm 7.18;
15.4. A de Salomão em Gibeão 1 Rs 3.6;
15.5. A de Ezequias na invasão de Senaqueribe 2 Rs 19.15;
15.6. A de Habacuque Hb 3.1.
16. PESSOAS QUE IMPORTUNARAM EM ORAÇÃO
16.1. Abraão Gn 18.32;
16.2. Jacó Gn 32.26;
16.3. Moisés Dt. 9.18;
16.4. A mulher siro-fenícia Mc 7.25;
348
16.5. Jesus Lc 22.44;
16.6. O régulo de Cafarnaum Jo 4.49;
16.7. A igreja primitiva At 12.5;
16.8. Elias Tg 5.17.
17. BÊNÇÃOS RESULTANTES DA ORAÇÃO
17.1. Visão espiritual;
17.2. Saúde plena;
17.3. Libertação;
17.4. Alegria espiritual;
17.5. Longevidade;
17.6. Comunhão perene;
17.7. Renovação espiritual;
17.8. Certeza de vida eterna;
17.9. Vitória sobre Satanás;
349
09
MENSAGEM
TEMA: ANTICRISTO O DITADOR MUNDIAL
TEXTO: 2 Ts 2.3-11
INTRODUÇÃO
É o grande personagem da literatura apocalíptica de
Daniel Dn 7. É o elemento com muitos traços herdados da
figura de Gog Ez 38. Representa o ponto culminante da
apostasia 1 Tm 4.1. Muitos escatologistas veem na besta do
apocalipse, uma ampliação desta doutrina Ap 13. A palavra
anticristo só se encontra nas epistolas joaninas, como o arqui-
inimigo de Cristo esperado para o fim dos tempos. A palavra
anticristo ocorre cinco vezes em 1 Jo 2.18; 2.22; 4.3; 2 Jo 7.
Ele surgirá imediatamente após o arrebatamento da igreja 2
Ts 2.7 e, será destruído na volta de Cristo em glória que
marcará o final da grande tribulação Ap 19.11-21.
1. DEFINIÇÃO DO VOCÁBULO ANTICRISTO
Na língua grega “anticristos” que significa “adversário de
Cristo”. Ele será a obra-prima de satanás, o dominador do
mundo, o assim chamado super-homem, o ditador, o profeta
de uma nova religião. O anticristo não será Satanás, mas
350
apenas virá segundo a sua eficácia 2 Ts 2.9. Ele será a última
desesperadora tentativa de Satanás para levar o mal a
dominar inteiramente o mundo. A força de “anti” como palavra
indica mais oposição do que alguém afirmar ser o Cristo.
2. NOMENCLATURAS ESCATOLÓGICAS QUE DESIGNAM
O ANTICRISTO
2.1. O anticristo 1 Jo 2.18;
2.2. A ponta pequena Dn 7.8;
2.3. O rei feroz de cara Dn 8.23-25;
2.4. O rei que fará segundo a sua própria vontade Dn11. 36;
2.5. É identificado pelo pronome “ele” Dn 9.27;
2.6. O personagem da última hora 1 Jo 2.18;
2.7. O homem do pecado 2 Ts 2.3;
2.8. O filho da perdição 2 Ts 2.3;
2.9. O iníquo 2 Ts 2.8;
2.10. O assolador Dn 9.27;
2.11. O mais robusto que os seus companheiros Dn 7.20;
2.12. O abominável Mt 24.15;
2.13. O ditador mundial Ap 13.7;
2.14. O autocêntrico Jo 5.43;
2.15. O belial Dn 7.23;
2.16. O rei obstinado Dn 7.23;
2.17. A besta Ap 13.4;
351
2.18. A besta leopardo Ap 13.2;
2.19. A besta que saiu do mar Ap 13.1;
2.20. O falso Cristo de satanás 1 Jo 2.22;
2.21. O cavaleiro equipado com arco Ap 6.2.
3. OS PROTÓTIPOS DO ANTICRISTO
3.1. Nabucodonosor
Era filho de Nabopolassar e rei da Babilônia. Capitaneou
uma bem sucedida revolta dos babilônios contra os assírios e
fundou o grande império em 625 a.C. O nome Nabucodonosor
significa “nebo defensor dos limites”. Tornou-se o primeiro
protótipo do anticristo pelos seguintes fatores: governou o
mundo todo de então; criou um sistema único de religião;
ordenou a adoração de imagem sobre pressão de morte; seu
número predileto era o seis; orgulhou-se do seu reinado e
durante sete anos viveu como animal.
3.2. Antíoco Epifânio
Era o filho menor de Antíoco III e Laodice. Subiu ao
trono em 175 a.C. Esse foi o rei selêucida que obteve má
fama por causa de sua interferência no estado e na adoração
dos judeus, ao ponto de torna-se um antigo protótipo do futuro
anticristo. Antíoco Epifânio sacrificou um porco sobre o altar
em Jerusalém, provocando desse modo a revolta dos
352
macabeus. Erigiu no templo dos judeus uma imagem de Zeus
o deus supremo da Grécia profanando o lugar santo.
3.3. Tito
Seu nome completo era Titus Flavius Vespasianus. Foi
imperador de Roma entre 78-81 d.C. Era filho do imperador
Vespasiano. O breve reinado de Tito que é um protótipo do
anticristo foi marcado por dois grandes desastres. O primeiro
foi a erupção do Vesúvio, em 70 d.C., e o outro foi o incêndio
de Roma e uma tremenda praga que feriu a cidade. Quando
Tito destruiu Jerusalém no ano 70 d.C., arrastou os abjetos
sagrados e o grande castiçal de ouro do templo através das
ruas de Roma.
3.4. Nero
Seu nome original era Lucius Domitus Ahenobarbus.
Mais tarde foi mudado para Nero Claudius Caesar Drusus
Germanicus. Nasceu em Antium na Itália em 15/12/37 d.C.
Era filho de Gneius Domitus Ahenobarbus e Agripina, irmã de
Calígula. A família de Nero era famosa por causa da coragem,
crueldade e altivez. Nero gastava sem conta com feras e lutas
de gladiadores, tratava seus empregados e escravos com
muita crueldade. Era adúltero, traidor, brutal e de natureza
leônica. Na língua sabina o nome Nero significava “valente e
forte”. Nero César (KSR NRWN) a soma dos valores
353
numéricos das letras hebraicas equivale = 666. Nero foi o leão
referido por Paulo 2 Tm 4.17. Foi assim chamado pela fome
que tinha de perseguir os servos de Deus do primeiro século.
Havia uma crença popular que afirmava que Nero voltaria a
reviver.
3.5. Adolf Hitler
Líder político, alemão nascido na Áustria em 1889-
1945. Responsável por um dos maiores genocídios da
história. Ao ordenar a invasão da Polônia em 1939, provocou
a 2a Guerra Mundial. Tornou-se protótipo do anticristo por sua
natureza felina e pela aversão que tinha pelo povo Judeu.
Mandou exterminar nos campos de concentrações cerca de 6
milhões de Judeus. Derrotado, em abril de 1945 com tropas
soviéticas, cercando Berlim, suicidou-se no bunker da
chancelaria.
Adolf Hitler
354
4. AS CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO
Encontramos nessa lista que Paulo elaborou ao escrever
a Timóteo o perfil do caráter do anticristo 2 Tm 3.1-5.
Encontramos catalogadas aqui dezoito características que se
somarmos ficarão assim: 6+6+6=18
CRISTO ANTICRISTO
O verbo encarnado de Deus Será a encarnação do Diabo
A Segunda pessoa da trindade A Segunda pessoa da
divina trindade satânica
O Filho de Deus O filho do diabo
Governará a terra por mil anos Governará a terra por sete
anos
O cabeça da Igreja O cabeça da falsa religião
Jesus é o defensor de Israel Defenderá Israel por 42
meses
Veio em nome do Pai Virá em seu próprio nome
Recebeu autoridade do Pai Receberá autoridade do
dragão
É o leão da tribo de Judá É simbolizado pelo leão
Salvará o povo judeu Falso salvador dos judeus
Governará a terra através de Governará o mundo através
Jerusalém de Jerusalém
João Batista foi o seu precursor O falso profeta será o seu
precursor
Falou em nome do Pai Falará em nome do dragão
É o Príncipe da paz Trará falsa paz
Virá em glória sobre um cavalo Aparecerá montado num
branco cavalo branco
356
6. OS SÍMBOLOS PROFÉTICOS DO ANTICRISTO
O anticristo a fera dos últimos dias tem sido configurado
em vários aspectos animalescos. Ele tem sido zoofigurado
devido o seu caráter bestial, homicida, em querer servilizar a
humanidade. O anticristo será um gênio que abarcará o
sentido governamental dos quatro impérios mundiais Dn 7 e
no Ap13. 2 terá os característicos combinados das três feras.
357
6.3. Dez Chifres Ap 13.1
Representam dez reis ou reinos que será uma
confederação de nações sobre a qual o anticristo dominará o
mundo Ap 13.1; Ap 17.12.
358
político-religioso e fará uma aliança enganosa com os judeus
por um período de sete anos.
6.5.3. A cor do leopardo é um bronzeado claro
Na tipologia bíblica o bronze como metal fala do
julgamento do pecado, só que o anticristo é simbolizado na
cor do leopardo como o homem do pecado.
6.5.4. É animal carnívoro
Isto fala da famigerada vontade do anticristo de matar os
que não subalternizarem as suas ordens ateístas.
6.5.5. Incrivelmente forte
O anticristo deterá em seu comando o poder político,
religioso e militar. Será o maior déspota até então.
6.5.6. O leopardo tem o hábito de subir nas árvores
O anticristo terá uma grande sede de poder em todos os
aspectos; se entronizará no templo querendo ser adorado
como deus.
6.5.7. Os seus pés serão como os de um urso Ap 13.2
a) Onde o urso pisa fica a marca devido pesar cerca de
666 Kg
A marca do anticristo estará presente em toda a
transação comercial com o correspondente numérico 666.
359
b) A pancada do pé dianteiro de um urso pode matar um
homem
O anticristo castigará sem misericórdia aqueles que
não quiserem dobrar diante dele. Terá a agressividade de uma
pancada de um urso.
c) As garras de um urso podem ser vistas sempre, porque
ao contrário das do gato, as do urso não tem cobertura
O anticristo mostrará a sua ferocidade ursina para
massacrar na metade da grande tribulação. Sua maldade será
evidente em seu governo.
d) O urso tem cinco dedos
Isto se refere ao seu governo ditatorial que se
expandirá pelos cinco continentes.
e) O pé mede 40 cm de comprimento
Em numerologia bíblica o número 40 fala de provação,
o reinado do anticristo será de grande tribulação nos últimos
três anos e meio.
f) O urso anda lentamente
Isto tipifica a frieza mordaz do anticristo em massacrar
e pisar os que se oporem a sua falsa doutrina.
6.5.8. Boca como de um leão Ap 13.2
a) O leão tem trinta dentes
360
Isto fala da triturante ira do anticristo. O número trinta em
numerologia fala de avaliação, tudo que o futuro governo
mundial fizer antes terá uma afinada avaliação.
361
7. O ANTICRISTO JÁ ESTÁ NO MUNDO?
Nós somos a geração que pode provar o cumprimento dos
acontecimentos escatológicos alistados por Jesus em Mt 24.
O fim é chegado e o tempo está muito mais próximo do que
podemos imaginar. Estamos no apagar das luzes da
dispensação da graça.
A TRIBO DE DÃ O ANTICRISTO
Dã significa juiz Será um falso juiz
Envolveu-se com a idolatria A autolatria será mui grande
Ficava localizada na beira do mar A besta subiu do mar
É comparada a uma serpente Será guiado pela serpente
Transformou de serpente em leão Dt O leão-serpente
33.22; Gn 49.17
Conquistou muita terra Conquistará todas as nações
Teve um enorme exército Terá o controle de todos os
exércitos
363
9. A CONQUISTA PROGRESSIVA DO ANTICRISTO
O anticristo terá um crescimento de liderança exorbitante
e será progressivo, estratégico e sutil. No gráfico que se
segue veja como ele procederá em sua conquista mundial:
367
É o órgão executivo responsável pelo primeiro dos
tratados firmados pela UE. É composta por 16 comissários e
chefiada por uma espécie de primeiro ministro
11.2.2. Conselho de ministros
É o órgão legislativo da organização e coordena as
políticas econômicas gerais das nações participantes. É
formado pelos chanceleres desses países, que, a cada seis
meses, revezam-se em sua presidência. É nesse sistema que
os líderes passarão a autoridade ao anticristo “todos eles
assinarão um tratado entregando o seu poder e a sua força a
ele.” Ap 17.13.
11.2.3. O Parlamento Europeu
É consultado sobre todas as decisões a serem tomadas
pela UE e fiscaliza orçamento.
11.2.4. Membros
Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França,
Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido, República
tcheca e Suécia. De acordo com a profecia bíblica, dessas
nações apenas dez nos dias do anticristo estarão fazendo
parte desse bloco poderoso que é representado por dez
chifres Ap 17.12.
368
PARLAMENTO EUROPEU EM BRUXELAS NA BÉLGICA
370
13. A IMAGEM DA BESTA
O período gentílico iniciou com a adoração a imagem de
escultura e culminará com a adoração a imagem da besta ou
o anticristo. O poder de fazer imagens falar era bem
conhecido no mundo antigo. Acerca da figura de Simão o
mago At 8.9, foi tecido um rosário de lendas que conta como
ele fez estátuas falar. Alguns imperadores da antiga Roma
pagã erigiram imagens de si mesmos em muitas cidades do
reino como na antiga cidade de Pérgamo. O imperador
Domiciano de 81 a 96 d.C. é lembrado por haver sido o
primeiro imperador romano a assumir honras divinas durante
seu próprio período de vida.
O anticristo Ap 6.2
371
14. O ANTICRISTO E OS DESVIADOS
No período tribulacional de sete anos o decreto
proibitivo da propagação da Palavra de Deus será de caráter
mundial. Se um desviado acha difícil servir a Cristo hoje no
período da dispensação da graça, na grande tribulação tudo
será angustia profunda. As duas testemunhas do capitulo
onze do Apocalipse serão mortas pelo anticristo em praça
pública e serão televisionadas para o mundo via satélite
diretamente de Jerusalém para amedrontar todos aqueles que
quiserem difundir a fé cristã durante o seu reinado. Hoje temos
a Palavra de Deus; muitos cultos de restauração espiritual;
programas evangélicos televisionados e radiofonizados;
reuniões apoteóticas de orações para o fortalecimento da fé
cristã, e naqueles dias macabros tudo isso será proibido
literalmente. Aconselho aqueles que se encontram desviados
e enfraquecidos espiritualmente a se fortificarem com a
vitamina celestial e a regressarem a Cristo sem tardar antes
que termine o grande dia da graça e caiam as negras nuvens
da grande tribulação, ou seja, a 70ª semanas proféticas de
Daniel.
372
NO PERÍODO DA
NO PERÍODO DA GRAÇA
GRANDE TRIBULAÇÃO
1. Hoje podemos pregar 1. Naquele dia tudo será
proibido
2. Naquele dia a Bíblia
2. Hoje podemos ler a Bíblia
será tirada
3. Hoje podemos cultuar ao ar 3. Naquele dia será
livre escondido
4. Hoje nossas reuniões são 4. Naquele dia tudo será
alegres tristeza
5. Hoje temos liberdade 5. Naquele dia haverá
torturas
6. Hoje temos o Espírito Santo 6. Naquele dia ele será
retirado
7. Hoje temos a luz de Cristo 7. Naquele dia haverá
escuridão
8. Naquele dia haverá
8. Hoje alcançamos misericórdia castigo, com selos,
trombetas e taças
9. Hoje somos selados pelo 9. Naquele dia haverá o
Espirito selo da besta
10. Hoje tudo é melhor 10. Naquele dia tudo será
pior
373
15. A DERROTA DO ANTICRISTO
A vinda de Cristo em glória será para estabelecer o
reino milenial desde há muito tempo esperado pelo povo
Judeu, bem como para livrar a nação de Israel do cerco na
famosa Batalha do Armagedom e para aniquilar o trono do
anticristo Ap 16.10. O inferno preparado para o Diabo e seus
anjos será batizado com o lançamento do anticristo e do falso
profeta Ap 19.20. Antigamente quando um líder político ia para
o campo de batalha cavalgava num cavalo de guerra e levava
consigo um cavalo branco; se ganhasse a guerra, ele voltaria
montado nele; se perdesse em caso de salvar-se voltaria no
mesmo cavalo. O nosso Cristo, guerreiro por excelência,
quando vier em glória estará montado no cavalo branco,
símbolo de vitória por antecedência. Os cristãos glorificados
virão com ele fazendo parte do chamado “exércitos no céu” Ap
19.13. Hoje sofremos, somos vilipendiados, rejeitados e
maltratados, mas naquele dia viremos vitoriosamente com o
Senhor. Jesus Cristo quando criança foi levado ao Egito sobre
um jumento, e quando entrou triunfalmente em Jerusalém foi
também montado sobre um jumento, mas, na batalha contra o
anticristo virá triunfantemente sobre o cavalo de vitória. Aquilo
que o anticristo não puder fazer durante a grande tribulação o
Senhor Jesus Cristo fará com sobras porque ele desde a
374
eternidade foi condecorado com o título de: “Governador das
nações”. A derrocada do anticristo será o início do triunfo
glorioso do reinado de Cristo. Será o governo da pedra
cortada sem mão que fez um grande monte e encheu a terra
Dn 2.35. O Seu reino será sem fim.
375
10
MENSAGEM
TEMA: OS 569 PENSAMENTOS MAIS NOTAVEIS DE RUI
BARBOSA
INTRODUÇÃO
Rui Barbosa foi a estrela fulgurante que cintilou no universo da
intelectualidade. Suas palavras e frases são pérolas rutilantes que
vieram enriquecer a cultura humana. Como um gênio de pequena
estatura a semelhança de Davi, combateu o gigantismo da corrupção
política, religiosa e social. Quando abria sua boca poderia ser
cognominado de João Crisóstomo (boca de ouro) brasileiro. Suas
expressões espontâneas e perlustradas foram uma Via-Láctea de
estrelas imorredouras que ficaram cinzeladas nos anais da história.
Como águia deslizou nas alturas da sabedoria na segunda conferência
de Haya, fazendo acrobacias intelectivas com esmero e naturalidade
deixando as delegações estrangeiras estarrecidas. A espada da palavra
reluziu afiadamente com o discurso translúcido onde pode defender de
forma convincente a igualdade jurídica das nações.
Nesta matéria você encontrará pensamentos e frases notáveis
que poderão ser ventilados em palestras, discursos, conferências e na
conversa diária. Além de enriquecer o seu vocabulário, será uma
portentosa neuróbica para seu exercício mental. As palavras do Dr. Rui
são verdadeiros trovões que rimbombam no mundo hodierno
despertando a sociedade letárgica para as verdades incontestes da
vida.
376
ABALAR
Nada avaria mais seriamente as instituições populares do
que os atos do poder que abalarem a confiança do povo no
respeito das leis pela autoridade.
2 - Abdicação
Resignei a cadeira de senador pela Bahia ministro durante
a eleição deste congresso, era meu dever devolver o mandato
ao eleitorado após nova lei eleitoral. Comunique amigos.
3- Abolição
A abolição desarmara da maior das suas forças a
autocracia imperial, cuja a estúpida centralização tinha feito
das nossas províncias meros compartimentos da casa do rei.
4- Abolicionismo
O abolicionismo degenerara da independência das suas
origens, adotando o culto da princesa redentora.
5- Abonador
O responsável é aquele, diz um; com ele ajustem as
contas. – Não! Retruca o outro, sancadilhando; a
responsabilidade é dele, e não minha. Um desses é o
responsável.
377
6- Absorvedor
O poder político é, de sua natureza, absorvente e
invasivo, mais invasivo e absorvedor ainda nas câmaras
legislativas do que no governo.
7- Abuso
Os abusos são todos compadres uns dos outros, e vivem
da proteção, que mutuamente se prestam.
8- Acusação
É sempre tempo de delindar uma acusação, quando a sua
realidade estriba em documentos, que se não destroem.
9- Adultério
O adultério, que deslustraria qualquer nação, e imprime
ao matrimônio o ignóbil caráter de um meio para a mútua
satisfação dos sentidos.
10 - Advogado
Legalidade e liberdade são as taludas da vocação do
advogado. Nelas se encerra, para ele, a síntese de todos os
mandamentos.
11- Afazer
Já vedes ao trabalho nada é impossível. Dele não há
extremos, que não sejam de esperar. Com ele nada pode
haver, de que desesperar.
378
12 - Afronta
Por que estas afrontas irreparáveis, que banem das almas
a misericórdia, que semeiam na sociedade o ódio fatal, que
eliminam das consciências o órgão do perdão?
13 - Agitador
Cada agitador é um autocrata, cada molécula inconsciente
da multidão um tirano.
14 - Agricultura
Nenhum gênero de louvor demanda, entre nós, tão séria
atenção dos poderes do Estado, como esse dos campos.
15 - Alavanca
Com todos os seus descontos, persuadidos estamos de
que a imprensa é um grande bem, talvez a mais forte alavanca
do bem no mundo moderno.
16 – Aleivosia
É uma inutilidade absoluta de defender-se contra a
calúnia; porque, se a esmagarmos, ressurgirá no outro dia
mais dilatada, e vivaz do que nunca.
17 - Alforriar
Dar liberdade ao negro, desinteressando-se, como se
desinteressaram absolutamente da sua sorte, não vinha a ser
mais do que alforriar os senhores.
379
18 - Alicerces
A república só se consolidará, entre nós, sobre alicerces
seguros, quando as suas funções se firmarem na democracia
do trabalho industrial, peça necessária ao mecanismo do
regime, que lhe trará o equilíbrio conveniente.
19 - Alumiar
Não faltou, na representação nacional, quem acendesse,
não o archote de luz avermelhada e fuliginosa, com o que se
ateiam as paixões, mas o farol da lealdade e da clareza, com
que se alumina o caminho da razão.
20 – Amadurecimento
Desde que a verdade chega a amadurecer com os
acontecimentos, cada embaraço com que trabalhamos por
contrariá-la, é um acréscimo de força para sua multiplicação.
21 - Ambiguidade
A ambiguidade na lei aproveita sempre ao mais poderoso
contra o mais fraco.
22 - Amigos
Amigos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas.
Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o
bem, e nos trazem o mal.
380
23 - Âncoras
Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o
amor da liberdade, o amor da verdade.
24 - Andorinhas
Louvada seja a vossa edilidade, por haver respeitado essa
maravilha, e não ter desfeito a antiga pousada a esses alados
mensageiros.
25 - Anexim
Tem cabelos brancos o anexim, velho e revelho, onde a
sabedoria dos nossos maiores nos ensinava que em pessoa de
cetro não há vício secreto.
26 - Animação
A servidão em que temos vivido até hoje, a ausência
completa de animação política do país, tem-nos habituado a
desdenhar esses fatos, que, sob a modéstia de suas feições,
ocultam graves sistemas de regeneração pública.
27 - Anistia
A anistia é um sacrifício, mais ou menos extenso, do
princípio vitorioso à consolidação da paz.
28 - Antipolítica
Imaginai agora à distância a que não teríamos chegado
além, se a política, a má política, a política antipolítica, a
381
política dos violentos e dos incapazes não nos tivesse obstruído
pertinazmente o caminho.
29 - Aptidão
O gênio do poder não se sacia senão com a absorção da
consciência dos que o servem.
30 - Apoteose
A apoteose de Jesus é uma provocação ao ministério
público, o evangelho um atentado contra o Código Penal, o
cristianismo a milenária impunidade da calúnia contra os
magistrados de César, que hoje se chama República.
31- Aplausos
Hoje me aplaudirão os que naquele tempo me ultrajavam,
enquanto apologistas daquele tempo me cobrem de baldões.
32 - Aprender
Saber estudar, possuir a arte de aprender, habilitar-se a
navegar seguro por essas águas e através desses escolhos, já
é ser abastado nas posses, e ter aproveitado o tempo.
33 - Apropriação
Todos os meios são vossos. Eles não dispõem senão dos
que lhe deixa uma pusilanimidade inconcebível nas classes
espoliadas.
382
34 - Apupar
O direito de apupar não se concilia com o direito de ouvir.
35 - Argumentar
Sou o último de todos, sou um velho estudante, sou um
argumentador, mas como todos os homens que gostam de
raciocinar e argumentar, para mostrar quanto à lógica é
sacrificada.
36 - Armamentos
No século dos armamentos, a justiça ainda constitui a
maior força do mundo.
37 - Aparelhado
Da lei desejo eu que nunca se arrede o povo, e só com a
lei esteja armado.
38 - Arquimentira
Mentem no que asseveram e no que negam, no que
inculcam ou ocultam, no que acusam, ou advogam.
39 - Arquiteto
Verdade é que o poder, em nossa terra, não faz caso do
tempo, velho arquiteto obstinado de obras eternas.
40 - Arvorar
Na sociedade das nações, o Estado que se arvora em
constituir a seu arbítrio a lei, põe-se a si mesmo fora da lei.
383
41 - Aspiração
O sonho da minha vida nunca foi dirigir, mas confiar, e
servir: confiar nos mais fortes, servir sob os mais capazes, mas
servir com inteligência, numa religião que não me abastarde a
crença, que me esclareça, me eleve, e me fortifique.
42 - Assalariado
Contra um homem público, basta a voz de um assalariado
que não tem como garantia do que faz, senão a impunidade do
anônimo a que se acolhe.
43 - Assegurar
A justiça coroa a ordem jurídica, a ordem jurídica
assegura a responsabilidade, a responsabilidade constitui a
base das instituições livres.
44 - Assiduidade
É a assiduidade na educação metódica e sistemática de
nós mesmos o que descobre as grandes vocações.
45 - Atitude
A justiça é a minha atitude, sim, porque não dizê-lo?
Nesta triste condição de Cristo de comédia, pregado à cruz da
irrisão pelos que o tratavam de mestre.
384
46 - Atleta
O seu destino não é o desse que se insinuam, e cortejam,
mas o dos que se impõem, e conquistam.
47 - Audácia
A audácia é o espírito fatalista dos aventureiros, a quem
uma partida tira no jogo o que outra lhes dera.
48 - Auditório
Demóstenes se ensoberbecia de ter a Platão por ouvinte,
prezando em mais tamanha honra que a de senhorear por
auditório o mundo inteiro.
49 - Austeridade
Tão pouco valem, porém os livros sagrados, quando o
homem lhes perde o sentimento.
50 - Autocracia
Nunca ouvi dizer que as nações arruinadas pelo
despotismo perdessem, com a morte dos déspotas, o direito de
responsabilizá-los.
51 - Automatismo
Quando um resto de equidade judiciária contraria, de leve
que seja, o automatismo da máquina homicida, um decreto
unânime da convenção amolda o processo às conveniências da
oportunidade.
385
52 - Autoridade
O poder não é um antro: é um tablado. A autoridade não
é uma capa, mas um farol.
53 - Avantajados
Medindo de perto os grandes e os fortes, achei-os
menores e mais fracos do que a justiça e o direito.
54 - Avariose
Mas o mal, e, sobretudo, o mau político, o terrível
avariose brasileira, é essencialmente falso, falsídico, falsificador
e falsado.
BAHIA
A nossa Bahia de hoje, a amada Bahia nossa, cujo nome
não me aflora aos lábios, sem que o coração me veja lágrimas
de saudade e ternura, a heroína titânica de José Bonifácio.
56 - Banco
É o banco do Brasil, o esconderijo dos grandes
empréstimos nunca resgatados.
57 - Bandeira
A bandeira não é só emblema da guerra. É principalmente
o paládio augusto da paz na liberdade.
386
58 - Bem
No crepúsculo melancólico da morte, por entre as
sombras que baixam de todos os lados, silenciosas e densas, a
reminiscência de uma simples intenção benfazeja pode irrisar
de esperança a pupila marejada do aflito.
59 - Bíblia
Se eu colocar a Bíblia por cima dos meus livros, será a
coroa de todos; se eu colocá-la por baixo, será o alicerce; e se
eu colocá-la no meio será o coração de todos.
60 - Bom-senso
Quando se sacrifica o bom-senso e o senso moral a certos
interesses, vai-se tudo, perde-se tudo.
61- Bondade
Só há glória uma verdadeiramente digna deste nome: é a
de ser bom; e essa não conhece a soberba, nem a fatuidade.
62 - Brasil
São as células artísticas da vida nacional. É a multidão
que não adula, não teme, não corre, não recua, não deserta,
não se vende.
63 - Brio
Uma dignidade inalterável, move-se por caminhos, que
poucos tem logrado percorrer com felicidade.
387
64 - Busto
Um homem em metal ou pedra me parece duas vezes
morto. Muito pode valer a estátua pelo merecimento da obra
prima. Mas então o seu lugar adequado será no museu.
CABEDAL
Do mundo antigo só não pereceram, para o cabedal
estável do gênero humano, o cristianismo e a civilização grega,
de que a romana é um longo reflexo.
66 - Caducar
As instituições não caducam pela sua antiguidade;
caducam pela imoralidade dos homens que as respeitam, que
as encarnam e que as exercem.
67 - Calúnia
Deixai escrever contra vós o que quiserem. Cedo, ou
tarde, irromperá o vosso triunfo sobre a calúnia.
68 - Câmaras
Os negócios invadiram o sagrado recinto dos
procuradores da soberania nacional e os postos da vigia das
sentinelas do povo à obra dos seus servidores.
388
69 - Camaradagem
A amizade pode extinguir-se, pode sofrer abalos
profundos, romper-se totalmente, não deixar senão
recordações dolorosas; mas o homem de bem a respeitará
sempre, ainda depois de extinta, nos fatos íntimos que ela
cobriu e que se passaram no seu seio.
70 - Campo
Já é mais sagrado um campo de lavoura por ser a riqueza
de um escravizador, do que a vida de um homem, porque luta
pela liberdade de seus semelhantes.
71 - Caráter
O caráter dos homens, mal escolhidos para as posições
de alta confiança nacional, voluntariamente se oferece à
contaminação, de que a lei empenhou as mais eficazes
garantias em os abrigar.
72 - Carneiros
Se os nossos políticos ao fiarem-se no estribilho de que o
povo é de carneiros ou muares. Também os rebanhos das
alimárias mais sossegadas se alucinam, e, alucinados, podem
passar por cima dos tropeiros desmontados.
389
73 - Carvão
De carvões cobertos pela cinza da experiência não é que
se há de reanimar a lareira extinta.
74 - Castigo
A consciência popular, mãe dos adágios, não ignora a
regra de que quem mal vive, por onde peca, por aí se castigue.
75 - Castro Alves
A alma da sua poesia é a aspiração culminante do país.
Nos seus cantos geme pela liberdade o passado, pugna o
presente, e triunfa o porvir.
76 - Cataclismos
Ora, senhores, tais cataclismos não vem ao acaso, nem
de improviso. Resultam, necessariamente, da mais longa
atuação de causas continuadas.
77 - Cavador
O Brasil não aceita a cova, que lhe estão cavando os
cavadores do tesouro, a cova de onde o acabariam de roer até
os ossos os tatus – canastras da politicalha.
78 - Cédula
No dia em que houvermos estabelecido o recato
impenetrável da cédula eleitoral, teremos escoimado a eleição
das suas duas chagas: a intimidação e o suborno. A
390
publicidade é a servidão do votante. O segredo, a sua
independência.
79 - Censura
A acusação é apenas um infortúnio, enquanto não
verificada pela prova.
80 - Certeza
A convicção do bem, quando contrariada pela hostilidade
do erro ou do sofisma, assemelha-se a essas catadupas da
serra; vinha remoinhando, topou na barreira, que lhe
embargava o caminho, ferveu, empinou-se.
81- Charlatanismo
Milagres, nunca os houve porventura tantos em séculos
nenhum como neste. É um veio inesgotável de renda para o
ultramontaníssimo.
82 - Chocalho
Tanges diante da eternidade o chocalho de teus próprios
crimes.
83 - Ciência
Grande é a ciência, bem o creio; é a maior de todas as
grandezas; mas abaixo da outra: a divina, que lhe há de
sobrepairar eternamente.
391
84 - Ciclones
Nos ciclones da rua, onde muitas vezes o turbilhão se faz
da escória das paixões plebéias, de resíduos insalubres e
rasteiros.
85 - Cidadão
O cidadão que se ergue, propugnando, contra o poder
delirante, a liberdade extorquida, não representa uma vocação
do seu egoísmo: exerce verdadeira magistratura.
86 - Civilização
A civilização para que caminha o mundo e a felicidade a
que aspira a humanidade, nem se podem fazer com as
supremacias dos fortes, nem com as lágrimas dos vencidos,
mas hão de assentar na base larga do trabalho harmônico de
todos os povos.
87 - Civilismo
Civilismo quer dizer ordem civil, ordem jurídica, a saber:
governo da lei, contraposto ao governo do arbítrio, ao governo
da força, ao governo da espada.
88 - Coação
O intolerável da coação está infinitamente menos no seu
princípio que na sua prolongabilidade.
392
89 - Cobiça
Para sermos bons irmãos entre os nossos vizinhos,
cumpre assentar em coisa julgada que o Brasil nunca teve
cobiças nem perpetrou expansões territoriais.
90 - Coerência
A anarquia moral assume proporções inenarráveis, e o
meio de corrigi-la não é trair a coerência, nem faltar à justiça:
é edificar pela coerência a verdade e pela justiça fundar a paz.
91- Cólera
Na turba, agitada por uma tromba de cólera, reina a
cegueira dos oceanos desencadeados.
92 - Combate
Não sufoqueis a voz dos vossos impulsos mais nobres.
Não deixeis de trazer cingidos os rins e ter à mão as boas
armas da vossa dignidade, as santas armas da justiça, para o
combate do bom direito.
93 - Competência
Há uma coisa, que, no nosso país, não existe: é a
competência, o respeito das especialidades, a autoridade
adquirida, o pontificado do merecimento.
393
94 - Compromisso
Mas nas almas dominadas pelo senso da responsabilidade
a consciência de um poder pesa como fardo, e atua como
freio.
95 - Comunhão
Os equívocos políticos desunem, e inimizam, mas que a
comunhão nos ideais patrióticos aproxima.
96 - Consciência
Nela, dentro em nós, durante a elaboração gradual ou a
manifestação instantânea da idéia, vem cada impressão do
espírito denunciar-se, e traduzir-se por uma repercussão
inevitável.
97 - Confissões
Todas as confissões abrangidas no grêmio do evangelho
apresentam a mesma condição; em todas o contato com o
poder é um contato de morte.
98 - Conduta
Os meus atos são o fruto inevitável das minhas
convicções, e que as minhas convicções tem raízes inabaláveis
na minha consciência.
394
99 - Confessar
Não basta crer: é preciso crer definida e ativamente em
Deus, isto é, confessá-lo com firmeza, e praticá-lo com
perseverança.
100 - Confiar
Uma nação, que confia nos seus direitos, em vez de
confiar nos seus marinheiros e soldados, engana-se a si
mesma, e prepara a sua queda.
101 - Confidenciar
Sou daqueles que não se envergonham de confessar os
erros cometidos, ainda quando seja necessário arrepiar
caminho e voltar a melhor.
102 - Conflito
Os meios de guerra que mais de pronto forçar em a paz,
são, e hão de ser os mais humanos.
103 - Conforto
Um momento de conforto derramado numa só agonia, a
simpatia com que se enxuga uma só lágrima, bastam, às
vezes, para a salvação de um condenado.
395
104 - Conjuntura
O curandeiro, o feiticeiro e o salvador miraculoso de
situações perdidas são gestações espontâneas de estados
sociais semelhantes.
105 - Conselho
Todo pai é conselheiro natural. Todos os pais
aconselham, se bem que nem todos possam julgar pelo valor
dos seus conselhos.
06 - Contemporanizar
Podeis reformar o direito, a moral e a honra. Mas inverter
a realidade contemporânea, e caluniar a civilização que nos
ilumina, é um desvario de vermes.
107 - Continentes
Cortemos, pois, de uma vez as nossas ligações com estes
princípios restritivos que tendem a fazer de cada continente
uma parte destacada do resto do mundo.
108 - Consequente
É preciso ser forte e consequente no bem, para não
degenerar males em inesperados.
396
109 - Conquista
A própria vitória das armas, quando não embebida na
justiça, não dirime solidamente: apenas se sufoca, e adia, para
ulteriormente, renascer em novas guerras.
110 - Consagrar
A república, entre nós, se consagrou ao culto da mentira.
Só nos salvaremos, opondo a essa idolatria à religião da
verdade.
111- Conflagração
Maldita seja a guerra, que, reduzindo a moral a lacaia da
força, rebentou o senso íntimo dos povos, e envolveu em
trevas a consciência de uma parte da humanidade!
112 - Consolidação
Para consolidar uma constituição, é necessário enxergar-
lhe as máculas, de que o fanático não vê, e prever-lhe os
perigos, de que o otimista não cura.
113 - Conta
Que conta darão a Deus esses governos, senhores, de
tudo que ambicionaram, poderosos para tudo o que quiseram,
livres em tudo o de que cogitaram.
397
114 - Constituição
Uma constituição é, por assim dizer, a miniatura política
da fisionomia de uma nacionalidade. Quando não seja, pois,
um falso testemunho solenemente levantado ao povo a que se
destina, tem de lhe esboçar em grandes traços o sentimento
geral.
115 - Contradição
O homem não se contradiz, verdadeiramente, senão
quando contravém à substância das suas idéias essenciais.
116 – Contradizer
Concordar e animar nada custa. Contradizer e aconselhar
isto sim.
117 - Contrafação
A fraude eleitoral da política brasileira é como o elemento
servil na formação da nossa sociedade; está por toda a parte.
118 - Convencimento
Se na fé consiste a crença, na fé a segurança, na fé a
salvação, ninguém põe a sua fé senão onde tenha a convicção
de se achar a verdade.
119 - Convicção
Um homem de convicções honestas, com a intrepidez e a
pertinácia das suas convicções, necessariamente há de acabar
398
por se impor ao respeito de seu auditório, por mais adverso
que lhe seja.
120 - Coração
Para o coração, pois, não há passado, nem futuro, nem
ausência. Ausência, pretérito e porvir, tudo lhe é atualidade,
tudo presença.
121- Coragem
A coragem de matar é a do bruto, a do louco, a do
criminoso. A coragem de morrer é a do soldado, mas é
também a do missionário, a do juiz, a do advogado.
122 - Cortejador
Em mim, bem sabeis que não ides ter um cortejador;
mas, se vos mereço justiça, deveis estar certos de que podeis
contar com um amigo.
123 - Cosmos
Todo mundo, que nos circunda, o próprio mundo
material, o grande cosmos da criação toda e o pequeno do
nosso habitáculo, é menos efeito das causas que se percebem,
quedas que não se divisam.
124 - Covardia
O esmorecimento é a sepultura dos povos poltrões. Não
caveis a vossa própria cova.
399
125 - Crença
Da vitória do bem não duvidei jamais, porque nunca me
vacilou a crença na nossa justiça.
126 - Crianças
Por essas criaturinhas, Senhor, é que o nosso espírito se
peja de cuidados, e a nossa previsão, agora mesmo enoiteceria
de agouros funestos, se te não víssemos de permeio entre elas
e o futuro carregado e temeroso.
127 - Crimes
Não, o que nodoa uma sociedade não são os crimes que
nela se praticam, descobrem e punem; são os crimes impunes,
são os crimes perdoados, são os crimes animados,
galardoados, coroados com os triunfos pelas instituições.
128 - Criminalidade
Estudem o desenvolvimento da criminalidade militar entre
nós, e hão de verificar, tenho por certo, que a delinquência
adquiriu, nessa esfera, expansão notável e crescente, desde
que se varreu dos quartéis a influencia civilizadora do culto.
129 - Cristianismo
O cristianismo não é essa lei de bílis e corrupção de
fraude e crueldade.
400
130 - Cultor
Sou apenas um velho amigo do direito, um cultor,
laborioso, mas estéril, das letras, um humilíssimo obreiro das
ciências. Nada mais.
131 - Cursos
Nos cursos superiores, ao subir-lhes de ano em ano os
graus sucessivos, raro ouvireis palavras crentes.
DAR
Cada um dá o que tem. O meu era pouco. Não podia dar
mais. Mas dei com o coração inteiro, dei meramente, como
quem cumpre o que deve.
133 - Deus
Deus é a chave inevitável do universo, a incógnita dos
grandes problemas insolúveis. Deus é a necessidade das
necessidades.
134 - Decepção
Quando a decepção pública já não puder levantar as
mãos para os tribunais, acabará por pedir inspirações ao
desespero.
401
135 - Declaração
Nossa palavra será recolhida no regaço do tempo como
um oráculo de liberdade, ou como um agouro de ruína.
136 - Defesa
A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem
a ambição: é simplesmente a defesa.
137 - Defensiva
Quando a ofensiva nos arrebata um direito, até onde o
exigir a recuperação deste, até aí deve ir à defensiva.
138 - Definhar
Se, pois, na legalidade e liberdade vivemos, definhando e
morrendo, quando a liberdade expira com a legalidade, na
legalidade e na liberdade temos o maior dos nossos interesses.
139 - Degenerados
Sempre me compadeci dos degenerados, que não
compreendem a própria honra senão como o reverso da
desonra alheia.
140 - Degradação
Quem terá então, num país regido por leis, autoridade de
degradá-lo? Se a sua reputação é uma pazada de lado vil,
porque o sonegam aos tribunais, vingadores do brio militar?
402
141- Delator
O delator obra com intuito malévolo: por ódio, ambição
ou cobiça. A delação é uma ação malfazeja, ditada por
interesses, ou não, e sempre vergonhosa.
142 - Demagogia
Os demagogos não perdem nunca as lições de
prepotência e desordem, que os governos lhes dão com os
atos.
143 - Demência
Nas fantasias da embriaguez; não há alcoolismo mais
cheio de demência do que o do poder pelo poder.
144 - Demérito
A ignomínia está em fraquear no propósito, não em
perecer no combate.
145 - Democracia
A democracia mesma, não disciplinada pelo direito, é
apenas uma das expressões da força, e talvez a pior delas.
146 - Depósito
Não há nada, que não se desnature ao contato do
despotismo. A seu lado até misericórdia assume a catadeira da
vingança insaciada.
403
147 - Derramar
Restituindo-nos a liberdade, portanto, é que a república
derramará nas consciências a paz, e lançará, em beneficio das
instituições, os fundamentos da verdadeira política
conservadora.
148 - Derrota
Mais vale a derrota acerba, mas veraz, do que a vitória,
onde os felizes se embriagam e se perdem.
149 - Desambição
Coloco a lei acima do arbítrio, a justiça acima das paixões,
o direito acima dos interesses, a clemência acima da força, o
dever cívico acima das conveniências e do medo, a liberdade
acima das ditaduras e das mazurcas.
150 - Desafeição
Amigos, não os tenho entre eles. Desafeiçoados,
adversários, inimigos, isso sim, e muitos.
151- Desembargador
Não sejas, pois desses magistrados, nas nações de quem
os outros penam como as almas do purgatório, ou arrastam
sonos esquecidos como as preguiças do mato.
404
152- Desentendimento
Guerra ou guerra. Guerra em ação ou guerra em ameaça.
Luta contra a guerra ou guerra. Sujeição à guerra ou
extermínio pela guerra.
153 - Desenvolvimento
Toda a civilização, pois, se encerra na liberdade, toda a
liberdade na segurança dos direitos individuais.
154 - Desigualdade
Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com
igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.
155 - Despedida
Umas apagam-se no declínio, outras na ascensão; umas
quando ainda se lhes não conhece bem o valor, outras quando
ele principia a entrar no domínio das tradições.
156 - Despejar
As baionetas vomitam de lado a lado as tremendas
ameaças da força armada. Da outra, a razão desarmada se
defende com a linguagem da lei.
157 - Desprezo
Há uma espécie de elevação da alma, disse um dia
Renan, “que só se adquire pelo hábito do desprezo”.
405
158 - Desterro
É menos no prender e no desterrar do que no desterrar e
prender indefinidamente que consiste o absolutismo.
159 - Desumanidade
O mais desumano, o mais truculento, o mais impudente
no desprezo dos deveres morais é o mais garantido.
160 - Desvalidos
No Brasil, porém, nunca se faz coisa boa senão de má
vontade, tarde e mal. Se há interesses em colisão, aos dos
desvalidos não se atende, senão quando os fracos, atinando
com o segredo da sua força, perdem o medo à do poder, para
confiar na própria.
161- Desvelo
No termômetro do zelo sobe ou desce a temperatura
segundo a altura do metal na cuba do ouro.
162 - Devastação
O Brasil não sofreu devastação da guerra. Mas é um país
moral, político e financeiramente devastado.
163 - Desvencilhar
A verdade se desvencilha por si mesma de todos os laços,
que a subtileza dos interesses lhe vai armando.
406
164 - Desviar
Apenas envolve-se com a política, entra a igreja a
desviar-se do Cristo, e a descer do primitivo esplendor.
165 - Deterioração
Não há, para qualquer sociedade, maior desgraça que a
de uma imprensa deteriorada, servilizada, ou mercantilizada.
166 - Detratar
Não pertenço certamente ao número daqueles que
reeditam calúnias monstruosas, supondo acobertar-se à
sombra dos seus autores, sem contar com as
responsabilidades de quem reproduz a acusação infamante.
167 - Dever
O dever sobrevive à esperança, e a paixão do bem
substitui com vantagem a confiança na vitória.
168 - Devoção
Entrai numa casa de oração. Lá está o luxo, a adoração
mecânica, a devoção sensual; profundo recolhimento da alma
diante do Deus vivo, não.
169 - Devotos
Toda ordem política estabelecida tem devotos que se
cevam na exploração dos seus defeitos
407
170 - Difamação
Se o difamado reage, dirão que se traiu; se emudece, lhe
apontarão no silencio a impossibilidade da defesa.
171- Dignidade
A lei e a nossa consciência são os dois únicos poderes
humanos, aos quais a nossa dignidade profissional se inclina.
172 - Dilacerar
Já se não sabe o que é a lei, nem onde está; porque a
constituição é um viveiro de abusos, onde pululam os
subtilizadores, e não há interesse político que se não vista com
um trapo da república dilacerada.
173 - Diploma
A denúncia formulada contra o meu diploma pelo
candidato vencido é a condenação esmagadora de si mesma.
174 - Diplomacia
Mas a diplomacia outra coisa não é que a política sob a
mais delicada, a mais fina, a mais elegante das suas formas.
175 - Direito
O direito não se compõe somente com o peso dos
exércitos. Também se impõe, e melhor, com a pressão dos
povos.
408
176 - Discussão
A primeira discussão não discute: é uma formalidade
silenciosa, terminada simbólicamente pelo sufrágio mudo.
177 - Dispnéia
A reiteração da afronta, ainda quando se lhe não rasteie o
sentido, o adverte de que alguma trama indigna se urde, no
escuro, contra o seu nome, e o obriga, em qualquer tempo que
ela se reproduza, a arrancar a máscara à calunia.
178 - Disposição
A política é que transformou o direito privado,
revolucionou o direito penal, instituiu o direito constitucional,
criou o direito internacional.
179 - Distribuição
Quando trabalha em distribuir com mais equanimidade a
riqueza pública, em obstar a que se concentrem nas mãos de
poucos somos tão enormes de capitais, que, praticamente,
acabam por se tornar inutilizáveis, e inversamente, quando se
ocupa em se desenvolver o bem estar desertados da fortuna, o
socialismo tem razão.
180 - Ditador
Um guia erudito, no salão das múmias no Cairo disse:
“aqui está o grande rei Sesóstris, que mesmo depois de três
409
mil anos tem o dedo levantado, na posição de quem dá
ordens”.
181- Ditadura
A fisionomia usual das revoluções é a violência. A índole
natural das ditaduras é a opressão.
182 - Divisão
Depois de nos habituarmos a não sentir a servidão, só
nos ocupam as divisões intestinas, só os grandes espetáculos
do fratricídio nos atraem.
183 - Divórcio
É o divórcio um mal, cujo desenvolvimento se opera à
custa das misérias, de que se nutre. O de que ele se alimenta,
são os vícios mais baixos de nossa natureza, os quais se
propagam, e desmedem, a maneira que se vai multiplicando a
procura desse recurso em satisfação de impetuosos e
depravados apetites.
184 - Domínio
O poder, no Brasil, não é senão uma toma de senzala,
acobertada de baixos pampas.
410
185 - Doutrina
As doutrinas perseguidoras sobrevivem à política que as
gerou, para perseguir amanhã nas mãos da política hoje
perseguida.
186 - Dúvida
A mesma dúvida, que nos arrastara das tribulações da fé
ao exclusivismo científico, pode reconduzir-nos do radicalismo
científico à placidez da fé.
ECONOMIA
A audácia, a ambição e a temperança trabalham para a
economia, e a economia vive da segurança cuja base é a
justiça.
188 - Educação
O ensino, como a justiça, como a administração, prospera
e vive muito mais relevante da verdade e moralidade, com que
se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que
se lhe consagram.
189 - Eleição
Para os que, em defesa de uma eleição perdida, se
exprimem desse modo, insultando no adversário a santidade
411
lutuosa da viuvez, para esses, sim, é que será difícil encontrar
barreiras, que se não transponham, no sentimento humano.
190 - Eleições
É pelas eleições que se evitam as revoluções. Revoluções
e eleições são os dois meios de remover maus governos. O
povo que elege, não se revolta: aguarda a operação eleitoral,
para ter o governo que lhe sirva. Mas os que tiram ao povo a
eleição, lhe impõe a revolução.
191- Elemento
Se esse elemento se preserva, as instituições subsistem
incólumes com ele; se esse elemento se derranca, as
instituições estão perdidas.
192 - Eloquência
É a evidência alada, a inspiração resplandecente, a
convicção eletrizada, a verdade em erupção, em cachoeira, ou
em oceano, com as transparências da onda, as surpresas do
vento, os reflexos do céu e os descortinos do horizonte.
193 - Emancipação
Homens realmente livres não se pagam de fórmulas
mentidas, e acima de tudo, exerceram a opressão, que se
abrigue sob hipocrisias de especioso liberalismo.
412
194 - Embargar
A própria humanidade instruída, pode, sem embargo da
influencia das teorias, preservar ilesos certos sentimentos, que
recebemos dos entes mais caros.
195 – Embuste
Se a história se não faz a mentira, a política, de ordinário,
não faz com a impenitência da maldade.
196 - Emoção
Aos reflexos da palavra incendiada no calor das grandes
emoções veríamos então desfraldar-se esta bandeira, e soltar-
se aos ventos como as velas de um sonho alado, céus em fora,
rumo do futuro.
197 - Empatia
O sentimento cristão não é esse sentimento exclusivista,
proscritor, vingativo, que, ainda sob os braços de uma cruz,
ainda ao pé de um ataúde, tem palavras de maldição e de fel
para os que estão já diante da eterna justiça.
198 - Encarnação
Cristo entrou no mundo verdadeiramente como homem,
e, entretanto, por caminho impenetrado antes, ou depois.
413
199 - Encobrir
Nunca se deve encobrir ao público circunstância alguma,
quaisquer que sejam os inconvenientes de sua divulgação.
200 - Encorajamento
Nunca a descrença resfrie o coração, nunca vos
desmaiem reveses, antes sejam-vos estímulo e incentivo as
mais arremessadas aspirações, a mais atrevidos cometimentos;
animo! Que o futuro nos espera; que os espinhos se hão de
converter em flores, e as palmas do martírio se hão de trocar
em lauréis de triunfo.
201- Energias
O povo brasileiro não teria as energias do povo russo,
para se salvar da crise, de que este, talvez, se vai salvando.
202 - Enormidade
Medindo de perto os grandes e os fortes, achei-os
menores e mais fracos do que a justiça e o direito.
203 - Ensino
Parece, a demonstrar que o ensino é antes objeto de alta
raridade, de alta cortesia, de alto luxo, do que o pão e água da
verdade, fáceis, prontos e à mão para todos os espíritos.
414
204 - Equipolência
A regra da igualdade não consiste senão em aquinhoar
desigualdade aos desiguais, na medida em que se desigualam.
205 - Erros
Desconfiamos do entusiasmo, fértil de erros, que
multiplica injustiças, quando cuida promulgar sentença.
206 - Erudito
Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada,
mas transformador reflexivo de aquisição dirigidas.
207- Escola
O trabalho e a escola são os fatores de uma grandeza real
e segura, o abrigo e a defesa contra todos os riscos possíveis.
208 - Escravaria
A escravidão gera escravidão, não só nos fatos sociais,
como nos espíritos. O cativeiro vinga-se da tirania que o
explora, afeiçoando-lhe a consciência a sua imagem.
209 - Escravidão
A escravidão é a força; pela força se alojou na lei; pela
dialética se desalojará, toda vez que a mínima falha
imperceptível como um ponto matemático, nos permita cravar-
lhe no ferro da couraça a cunha de um argumento.
415
210 - Escravismo
A escravidão era o alfa e o ômega da sociedade, que ela
nutria, o alicerce, e, juntamente, a cumeeira do Estado, o que
encerram.
211 - Escrita
Quando falo, ou escrevo, abro o meu coração, a minha
razão, a minha consciência, e deixo-os verter, em toda a
sinceridade.
212 - Escritor
O escritor curto em idéias e fatos será, naturalmente um
autor de histórias curtas, assim como de um sujeito de escasso
miolo na chola, de uma cabeça de coco velado.
213 - Escudar
As constituições não se adotam para tiranizar, mas para
escudar a consciência dos povos.
214 - Espada
A idolatria das espadas ambiciosas passou. Sucedeu-lhe o
culto da admiração e do reconhecimento aos vingadores da
dignidade humana contra todas as usurpações que a
conculcam no indivíduo ou no povo.
416
215 - Espólio
O Brasil não é só um baldio abandonado às experiências e
avidez dos aventureiros nacionais: é uma presa voluntária,
oferecida às liberalidades e intrigas da absorção estrangeira.
216 - Esposa
Caiu em letra morta à lei cristã, por onde a esposa era,
não um ente idêntico ao homem, mas uma companheira a ele
semelhante.
217 - Esposos
Amantes nunca dissentem um do outro. Mas esposos, que
não se saibam contrariar e advertir, é que não se sabem amar.
218 - Esquadrinhar
Não vos fique dúvida, que não esquadrinheis;
imperfeição, que não corrijais.
219 - Esquálida
A turba consultada nos comércios acerca de qualquer
assunto elevado é a mais esquálida exibição de imbecilidade, a
que, neste mundo, se pode assistir.
220 - Estabilidade
Ora, dessas tendências que atraem para a esta
estabilidade, a pacificação e a disciplina, sobram exemplos no
tipo desta vida, mal extinta e ainda quente.
417
221 - Estado
O mais sublime dever moral do estado não é guardar a
justiça, nem sustentar a moral: é aumentar o seu próprio
poder.
222 - Estatuaria
A estatuaria teve o seu tempo e seu meio na antiguidade;
porque a antiguidade era imaginativa e supersticiosa.
223 - Estima
A estima das instituições, como a das pessoas, se enraíza
pela liberdade da censura e pela franqueza da contradição, que
as idolatrias não toleram.
224 - Estímulo
Mas tende-vos firmes, presente, sede tenazes neste
propósito, não deserteis nunca mais o lugar.
225 - Estratolatria
O culto do estado precedeu o culto da força militar, a
estratolatria.
226 - Estrela
Mas que sociedade é esta, cuja consciência moral
mergulha em lama, ao menor capricho da força, as estrelas da
sua admiração?
418
227 - Estupidez
Num torrão onde o gênio é barato, e a estupidez
vasqueira, as missangas hão de ser preferidas aos diamantes,
como entre os aborígines da Costa de Guiné.
228 - Etilismo
O álcool, ele zomba da decência, das leis e da polícia,
abarca no domínio das suas emanações a sociedade inteira,
nivela sob a sua deprimente igualdade todas as classes,
mergulha na sua promiscuidade indiferente até os mais baixos
volutabros do lixo social.
229 - E.U. A
A salvação dos Estados Unidos está na divina grandeza da
sua justiça.
230 - Excêntricos
Os excêntricos de ontem não são os evangelistas de hoje?
As hipóteses de hoje não tem ser a ciência de amanhã?
231 - Executar
Uma coisa, porém, é fazer a lei; outra, executá-la.
232 - Exemplos
De nós devem partir os exemplos, exemplos que valem
mais que todas as leis.
419
233 - Expiação
Há épocas em que a vida é um suplício, em que a
existência é por si só uma expiação.
234 - Exportação
Em verdade não são pobres, financeiramente
considerados, os países que importam mais do que exportam,
antes, o são os que exportam mais do que importam.
235. FALSIDADE
A falsidade é elemento constitutivo do crime de calúnia, e,
uma vez que se prove a verdade dos fatos atribuídos, é claro
que não há crime.
Fator
O tempo, o maior e o mais certo fator da justiça na
ordem das cousas humanas, vinga a sagrada memória.
237 - Fatos
As doutrinas precedem aos atos. Os fatos materiais
emanam dos fatos morais. Os acontecimentos resultam da
ambiência de erros ou verdades.
420
238 - Fatuidade
O estrangeiro sorri da nossa fatuidade, descrê da nossa
civilização, estigmatiza o nosso caráter, aponta os episódios
inauditos da barbaria.
239 - Fé
O túmulo dos que caem com a fé e a justiça é a parte da
ressurreição.
240 - Fidelidade
Pela fidelidade às coisas antigas, a gente acaba por se
envergonhar da língua, da religião, da história, da
nacionalidade e do siso comum.
241- Federação
É o laço de unidade e o tipo normal de organização livre
da nação na imensidade e diversidade de um território como o
nosso.
242 - Federalismo
Renunciar o federalismo é emascular-se. Desistir do foro
republicano é prostituir-se. Conquistas destas não se revogam,
senão pelo processo porque se fazem os eunucos.
243 - Felicidade
A nossa felicidade consiste no sentimento da felicidade
alheia, generosamente criada por um ato nosso.
421
244 - Filosofia
Percorri as filosofias; mas nenhuma me saciou: não
encontrei o repouso em nenhuma.
245 - Flagelos
As ordens da lei é um instrumento de civilização. A
disposição do arbítrio, é o flagelo dos flagelos humanos.
246 - Força
A força militar se converte, naqueles que a possuem, em
tentação quase irresistível contra os vizinhos despercebidos.
247 - Formar
Meu espírito formou-se nas idéias políticas da Inglaterra e
sob influências intelectuais da França.
248 - Formas
Se as formas contem vãos princípios e aparências,
sofísticas, essas formas não podem ser respeitadas porque elas
são hipocrisias.
249 - Foro
A legislação militar não se aplica no foro comum, nem a
legislação comum se aplica no foro militar.
250 - Fortes
Os fortes defendem-se pela força que tem à mão, os
fracos, pela alegação dos direitos que se lhes não pode tirar.
422
251 - Fortuna
Bendito Deus, que me tem favorecido sempre com a
consciência do meu nada, para não conhecer nunca a vertigem
da fortuna, para não me embriagar jamais no capitoso licor da
vaidade.
252 - Fracos
Na ordem do mundo só se fala em direito entre iguais em
força. Entre fortes e fracos, os fortes fazem o que podem e os
fracos sofrem o que devem.
253 - Fragilidade
Se os fracos não tem a força das armas, que se armem
com a força do seu direito.
254 - Fraternidade
Os homens não inventaram, antes adulteraram a
fraternidade, de que o Cristo lhes dera a fórmula sublime,
ensinando-os a se amarem uns aos outros.
255 - Fratricídio
Lei que nega a noção de todas as leis, lei de
inconsciência, que autoriza a perfídia, consagra a brutalidade,
agaloa a insolência, eterniza o ódio, premia o roubo, coroa a
matança, organiza a devastação, semeia a barbaria.
423
256 - Fraude
As mais das vezes é a mulher que se abalança à fraude;
mas não raro se tenta o apetite de Adão com o exemplo das
habilidades de Eva.
257 - Fulminar
Cantem os maus intérpretes para o auditório gelado, ou
as bancadas ermas, e estarão fulminados ou profanadores da
inspiração, os parasitas da arte.
258 - Funcionários
O montepio dos funcionários federais não é a criação da
benevolência de um homem: é a expressão instintiva da
humanidade de uma época.
259 - Furtar
Na ironia do provérbio, e segundo o qual, quem pouco
furta é ladrão, quem muito furta é barão.
260 - Futilidade
Futilidade vaidade gigantesca agitando-se no vazio de
uma consciência deserta, ninguém te confundirá com o
desdém dos heróis, ou a palidez dos justos em presença da
morte.
424
GUARDA-COSTAS
Faz-se do liberto o guarda-costas político, o capanga
eleitoral. Aguçaram-se-lhe os maus instintos do ativismo servil
como educação da taberna, do bacamarte e da navalha.
262 - Gatuno
Se o fiel der em ladrão, não haverá, neste mundo, ladrão
tão perigoso. Porque bem poucos são os que dos seus guardas
se guardam.
263 - Gazua
Inventada a gazua, o que se segue não é que a polícia
deva acabar com a gazua, mas que a gazua de acabar com as
leis que protegem as gavetas.
264 - Generosidade
Aquele que pratica uma ação generosa, não pode fugir
aos corolários da honra.
265 – Gênio
As arrancadas mais altas do gênio mal se livram nos
longes da nossa atmosfera, de todas as partes envolvida e
distanciada pelo infinito.
425
266 - Glória
A ociosidade, a prodigalidade, a imoralidade geram a
pobreza; a pobreza gera o sofrimento; o sofrimento, a virtude;
a virtude, a admiração; a admiração, a glória.
267 - Golpes
Os golpes de estado não podem ter cerimônias com a lei,
nem perdem tempo em deferências com a autoridade
desarmada.
268 - Governista
Não pode ser o composto de uma tribuna e uma alcova,
de uma escola e um balcão, de uma pena e uma gazua, de
uma consciência e uma máscara.
269 - Governo
Nos programas de governo o que cabe, só e unicamente,
é o que estiver na competência da magistratura, cuja honra
pleiteia o candidato.
270 - Grandezas
Eu não conheço duas grandezas tão vizinhas pela sua
altitude, tão semelhantes pelas suas lições, tão paralelas na
sua eternidade, como estas: a justiça e a morte.
426
271- Guerra
Não é, porém, das nuvens que se pregou, em nossos
dias, o catecismo da guerra. É das cadeiras donde se
proporcionava a instrução à mocidade, donde os sábios
falavam aos sábios.
HAIA
A vibração com que a nossa pátria, do norte ao sul,
acompanhou a Conferência de Haia, mostra que o resolvemos,
e que, para estremecer por essas questões, compreendendo-as
intensamente, sobram ao nosso povo o tino, a simpatia, e a
vivacidade.
273 - Habeas-corpus
Este país não seria uma nação, mas uma escravaria digna
do seu vilipêndio, se o direito destas vítimas não encontrasse
um patrono para este habeas-corpus.
274 - Harmonia
A paz, entre nós por garantia o coração dos povos e os
seus grandes interesses, o seu comércio, a sua prosperidade, a
sua civilização.
427
275 - Heroísmo
Oxalá que nós também, meus concidadãos, nos
embebamos desse contágio regenerador, o bom contágio, o
contágio do verdadeiro heroísmo, do heroísmo humano, do
heroísmo liberal, do heroísmo cristão.
276 - Hipocrisia
A Hipocrisia é a capa de um indivíduo, a mônita de um
partido, ou a expressão passageira de uma época: não pode
ser a máscara da história de uma nação.
277 - Homero
A tradição viva da verdade militante é que há de ser o
Homero dessas glórias, tão cedo maculados pela má fé dos
interesses.
278 - Honra
A honra é ainda mais obrigatória nos que representam
nações do que nos que só se representam a si mesmos.
279 - Honradez
A grandeza depende mais do caráter que da educação; e
é nos campos de batalha que se forma o caráter.
428
280 - Horizonte
Na curva do horizonte recheado pelo sangue começa a se
anular a aurora de um mundo melhor. Cairão os governos do
arbítrio, e surgirão os governos da lei.
281- Hostilidade
Frequentes vezes as hostilidades precedem à
manifestação formal do rompimento.
282 - Humanidade
Não há meio termo entre servir a humanidade e transmitir
com exigências dos que não querem tolerá-la.
IDEAL
O ideal não se define, enxerga-se pelas clareiras que dão
para o infinito.
284 - Idéias
O homem que não possuir dentro da alma um campo de
idéias mais amplo do que ela, não pode governar
beneficamente.
285 - Ídolos
O homem, que não rende culto a ídolos religiosos, muito
menos queimará incenso a ídolos políticos.
429
286 - Ignomínia
Numa comunidade cujos membros abandonaram os seus
direitos, o estandarte nacional é a folha de parra da nudez da
sua ignomínia.
287 - Igualdade
O gênio da igualdade está profundamente inoculado, em
nossa pátria, nos hábitos, nas tendências, nas necessidades
populares.
288 - Imoralidade
Evita-se a imoralidade da fabricação política; mas não se
ousa reagir contra a imoralidade da fabricação jurídica.
289 - Imparcialidade
Os perseguidos, cuja causa o poder não ousasse confiar a
imparcialidade da justiça, penariam, esquecidos, nos cárceres,
nos desterros, enquanto durassem no governo as paixões e
nos seus instrumentos a baixeza.
290 - Imperador
Os que fizeram a República Federativa não tem
reivindicações contra as cinzas do velho imperador.
291- Imperfeição
É pela crítica das imperfeições da realidade que se
fortalecem as criações duráveis do homem.
430
292 - Impiedade
O juiz, que deixa cair na urna inapelável uma esfera
ímpia, não presente quantas palpitações do coração o
distanciam da reparação infalível.
293 - Imposto
Na guerra, como na guerra. O povo não é obrigado a
pagar senão o imposto que votou.
294 - Impotência
No meio das batalhas pessoais em que se debate a
impotência do parlamento, se viu reduzida a bradar pelas leis,
que se imolam, é contra os abusos, que se consumam.
295 - Imprensa
A grande escola da educação cívica é a imprensa. E daí,
dessa infinita galeria onde cabem todos, que o povo,
esclarecendo-se, observa, estuda, premeia, fulmina os que, em
nome dele, governam o país.
296 - Imprescindível
Não considero mais imprescindíveis à existência de um
povo os sacrifícios de guerra do que os exigidos para o
derramamento do ensino.
431
297 - Impunidade
Firmada a impunidade universal dos prepotentes,
corrompeu-se a fidelidade na administração do erário.
298 - Impureza
Mais longe estava Cristo da impureza do que os filósofos
estão perto da razão.
299 - Imputação
Há certas imputações que a dignidade de um homem
honesto refoge de considerar, ainda que por um momento;
mas, como não faltam pela superfície da terra almas
degeneradas, muitas vezes ao homem político é necessário
defrontar essas acusações e pulverizá-las.
300 - Incêndio
Do mesmo modo como o sino de rebate não tenha a
culpa do incêndio, que anuncia, não é responsável o jornal
pelas comoções, de que previne a imprevidência do poder.
301- Inculpabilidade
São bons os que pagam pelos maus, são os inerentes os
que respondem pelos culpados, são os ritmos que expiam os
crimes dos verdugos.
432
302 - Incredulidade
É debaixo dessa superfície que dormem os vulcões
inextinguíveis, as revoluções sinistras do servilismo, da
intolerância ou da corrupção.
303 - Incongruência
Não posso, entretanto deixar de notar a incongruência do
argumento em que se funda a censura, quando, ao mesmo
tempo que confessa nos fatos.
304 - Incompetência
A incompetência é a mais preciosa das qualidades da
administração, porque é a sócia natural da baixeza, do
fanatismo e da brutalidade.
305 - Incumbência
Não pertenço à escola dos que não refletem sobre as
suas responsabilidades, nem também à daqueles que para
evitar responsabilidades não hesitam em colocar-se ou dar
conselhos menos dignos.
306 - Índole
A índole mesquinha de nossa política tem convertido esse
reclamo da consciência nacional em arma de hostilidades.
433
307 - Infamador
Lavar, pois, com a confissão testamentária do infamador
o nome do infamado é caridade para com ambos.
308 - Inglaterra
Os Estados Unidos são apenas um ramo da Inglaterra, a
grande árvore da liberdade no mundo moderno.
309 - Injustiça
De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de
todas as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos
demagogos e pelos governos.
310 - Instinto
Toda vez que se manifeste, o mais trivial instinto da
dignidade humana impõe ao agressor o dever de descobrir as
suas armas. E ao agredido assiste o direito de exigi-lo.
311 - Instituição
As boas instituições hão de se conservar, melhorando-se,
com as boas construções, refazendo os estragos do tempo, e
acomodando-se, com correr dele, aos novos hábitos e as novas
exigências de seus sucessivos habitadores.
434
312 - Instrução
Uma lei da divina harmonia que preside o mundo, prende
as grandes questões sociais; emancipar e instruir é a forma
dupla do mesmo pensamento político.
313 - Interpretação
Não é lícito, pois, entender os textos escritos em sentido
tal, que nos conduza a semelhante resultado, enquanto eles
forem susceptíveis de outra interpretação.
314 - Intelectualidade
Por menor que seja a safra intelectual de cada um, pode
ser um tesouro: um dia afortunado enriquece às vezes o
explorador.
315 - Intervencionismo
Adversário sou, também eu, do intervencionismo, que é a
frequência abusiva, a facilidade arbitrária, o vicioso excesso,
em suma, da intervenção.
316 - Irredutibilidade
Uma criatura pode ser o grão de areia, que eu sou, e ter,
entretanto, na sua quantidade mínima de substância cerebral
uma consciência irredutível.
435
317 - Irresponsabilidade
O domínio da espada se estabelece necessariamente o
governo da irresponsabilidade, o jubileu dos estados de sítio, a
extinção da ordem jurídica, a subalternização da justiça à
força.
JORNALISTA
Cada jornalista é, para o comum do povo, ao mesmo
tempo, um mestre de primeiras letras e um catedrático de
democracia em ação, um advogado e um sensor, um familiar e
um magistrado.
319 - Jogo
O jogo é o grande putrefator. Diátese conversora das
raças amenizadas pela sensualidade e pela preguiça, ele
entorpece, caleja e desviriliza os povos, nas fibras de cujo
organismo insinuou o seu germe proliferante e inextirpável.
320 - Jornal
Nenhum jornal poderá erguer uma ponta da cortina;
porque esses gestos da crônica íntima dos governos são
cautelosos, não afrontam a luz, não deixam papel, que os
denuncie, nem tem de ordinário outros presenciantes além dos
cúmplices e das vítimas.
436
321 - Judicial
O espírito jurídico é o caráter geral das grandes nações
senhoras de si mesmas.
322 - Juiz
O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz
covarde.
323 - Juízo
Mas Deus, que a todos nos há de julgar: Deus, ante quem
os grandes deste mundo comparecerem tais quais são,
despojados do séquito dos seus cortesãos e lisonjeio: Deus
que mede, ele só, a extensão das nossas culpas, a força dos
impulsos que nos desvairam, a expiação que os resgata: Deus
pronunciará depois de nós, a sua sentença.
324 - Julgador
Pode alguém oficiar como julgador em matéria que
envolva, ou seja, capaz de envolver, a sua responsabilidade
pessoal?
325 - Julgamento
O julgamento de Cristo é o espelho de todas as deserções
da justiça corrompida pelas facções, pelos demagogos e pelos
governos.
437
LADRÃO
Entre dois ladrões crucificaram os judeus a Jesus: porque
não ousaram executá-lo entre dois burlões.
327 - Laranjal
A folhagem risonha do laranjal. De dia é toda oxigênio,
que aviventa, e perfumes inofensivos: de noite sob essas
exalações balsâmicas insinua-se o carbono que asfixia.
328 - Lategadas
Mas, então, era Jesus quem poluía as coisas sagradas,
quando, vencidas pela indignação divina a divina doçura do
cordeiro, varreu do templo, a lategadas, as traficâncias e os
vendilhões?
329 - Lavoura
Que sorte aguarda a nossa indústria agrícola, quando,
verificada a importância à rotina secular, o proprietário
inteligente carece de temperar a crise da deficiência de braços
com os processos da arte aperfeiçoada?
330 - Lealdade
Políticos sois, e deveis ser francamente, não no sentido
dos interesses da ambição, que convulsionam as facções, mas
no da fidelidade constitucional, que desacoroçoa as cabalas
insidiosas.
438
331- Legislador
É necessário que o legislador comece reformando a sua
vida, a sua moral, a pauta de seus atos.
332 - Lei
A característica da lei está no amparar a fraqueza contra
a força, a minoria contra a maioria, o direito contra o interesse,
o princípio contra a ocasião.
333 - Letra
Se a letra não obsta á liberdade, não é lícito excluí-la pelo
espírito da lei.
334 - Liberdade
As procelas, as trombas, os ciclones devastam, mas não
duram. O que não passa, é o oceano das verdades eternas da
liberdade.
335 - Libertação
Necessário será sempre que as duas liberdades
coexistiam, a maligna e a benfazeja, porque é mister que a do
mal sirva de estímulo à do bem.
336 - Língua
Quando não se tem que temer, é preciso ferrar uma vez
entre os dedos o réptil, fazê-lo vomitar a língua torpe, e
arrancar-lhe as presas.
439
337 - Linguagem
A inteireza do espírito começa por se caracterizar no
escrúpulo da linguagem.
338 - Lisonja
Não é licito dar a um homem o que ele não tem, para lhe
negar o que tem. Não é justo cumular um indivíduo de
grandezas, que lhe não cabem, para, logo após, o desdobrar
com achaques de que não padece.
339 - Livros
Os pobres, ao que parece, não entesouram livros:
compram baralhos, bebem, tunam e fumam na boemia, que é
barata.
340 - Locução
Os nossos governos vivem a tecer de palavras os seus
abusos, porque as maiores enormidades oficiais tem certeza de
iludir, se forem lustrosamente fraseadas.
341 - Loteria
Um povo, em cujo espírito morreu de todo a esperança,
para não ficar senão a esperança do jogador diante da batota
das loterias, é o último e o mais abjeto dos povos.
440
342 - Lucro
Com os grandes e fortes está o lucro; com os fracos e
humildes, o perigo.
343 - Lutas
O amargor das lutas é a lima dos sofrimentos que tira as
arestas da nossa vida, a expurga, a tempera, a notabiliza e
amadurece.
344 - Luxo
O rastaquerismo, entronizado na mais alta administração
da nossa terra, excedeu aqui o sublime do ridículo. Já não há
indignação, que nos salve, nem desprezo que nos vingue.
345 - Luzeiros
Quem quer que siga os luzeiros, as estrelas de Deus, verá
que elas fulguram, e não se apagam, enquanto nos não levam
ao sol.
MAJESTADES
As majestades da força nunca me inclinei. Mas sirvo às do
direito. Sirvo ao merecimento. Sirvo a razão. Sirvo à lei. Sirvo à
minha pátria. São essas as que eu reconheço neste mundo, e é
uma delas a com que em vós me encontro neste mundo.
441
347 - Magistrados
Se veda a função do juiz, não é para sentenciar, mas para
esquecer. Se suspende a ação da justiça, não é para usurpar,
mas para a mitigar.
348 - Magnanimidade
Só na prática em comum de atos heróicos a bem da
pátria é que uma nação logra torna-se, real e espiritualmente,
unida.
349 - Magoar
Para não mentir aos meus próprios votos de não mentir,
magôo, desgosto, e, muitas vezes, me inimizo com as próprias
causas, por cujos elevados interesses me abnego, e sacrifico.
350 - Maioria
Se o número não souber dar razão dos seus atos, se as
maiorias não se legitimarem pela inteligência e pela justiça, o
governo popular não será menos aviltante que o dos
autocratas.
351 - Mal
Mas o mal, e sobretudo o mal político, a terrível avariose
brasileira, é essencialmente falso, falsídico, falsificador e
refalsado. Varia o furta – cor da palavra insidiosa, fala todos os
idiomas da mentira.
442
352 - Maldade
O mal nunca venceu o bem, senão usurpando a este o
necessário para iludir, arredar, o adormecer, o fraudar, o
substituir, o vencer.
353 - Maledicência
Dizia-se outrora que nas casas de ruim conversação o
que se praticava, era a amizade desonesta.
354 - Malversação
A malversação não avulta, nem míngua, com a maior ou
menor monta dos bens malversados.
355 - Manjedoura
Tiveste por berço as palhas de um curral. A última das
mães sentir-se-ia humilhada, se houvesse de reclinar o fruto
do seu regaço no sítio abjeto, onde recebeste os primeiros
carinhos da tua.
356 - Manumissão
Deus não recusa a liberdade aos seus próprios negadores
mas, por isto mesmo, no fundo mais inviolável de toda a
liberdade está Deus, a sua garantia suprema.
443
357 - Mar
O mar é o grande avisador, pô-lo Deus a bramir junto ao
nosso sono, para nos pregar que não durmamos. Por ora a sua
proteção nos sorri, antes de se trocar em severidade.
358 - Marinha
A nulificação da nossa marinha é, portanto, um projeto e
começo de suicídio. Mas, pela parte de terra, a nossa situação
não será muito melhor.
359 - Mascates
Ao derredor do poder formigueja a multidão verbal, e os
governos se algum embaraço topam, é em dar vazão ao
número de mascates da palavra escrita.
360 - Mediocridade
Os governos arbitrários não se acomodam com a
autonomia da toga, nem com a independência dos juristas,
porque esses governos vivem rasteiramente da mediocridade,
da adulação e da mentira, da injustiça, da crueldade e da
desonra.
361- Mentira
Uma impregnação tal das consequências pela mentira que
se acaba por se não discernir a mentira da verdade, que os
contaminados acabam por mentir a si mesmos.
444
362 - Merecimento
Os povos têm, é verdade os governos que merecem. Mas,
também, os povos refletem, copiam e imitam os governos, que
tem.
363 - Mérito
A malignidade morde os melhores atos da minha vida. De
todos os méritos me tenho por vazio.
364 - Meta
A vaidade e a ambição põe sempre a meta dos nossos
desejos muito além da nossa capacidade.
365 - Milícia
Com a polícia e a milícia inteligentemente organizadas,
com um núcleo de exército sequestrado da política, instruído e
disciplinado, um país como o nosso não precisa de mais, para
assegurar a sua integridade.
366 - Miséria
Essa opulência do nosso território abençoado é a máscara
da miséria nacional.
367 - Mochos
A luz deslumbra os mochos. O talento é a luz; os néscios
e os parvos são mochos.
445
368 - Mocidade
Mocidade brasileira! Esperai, mas não arrefeçais, não vos
entregueis, não percais de vista a meta cintilante da vossa
estrela.
369 – Monarcas
Os monarcas constitucionais não gozam da
irresponsabilidade, senão porque não governam.
370 - Monarquia
As monarquias nominais podem ser de fato as melhores
Repúblicas, e que, na realidade, as repúblicas aparentes são
muitas vezes as piores tiranias.
371 - Monopólio
O monopólio do poder é, em certo sentido, uma garantia:
porque fixa a responsabilidade em uma fronte emitente, e
subtrai o império à avidez das paixões.
372 - Moral
Só a moral, portanto, é prática, só a justiça é eficaz. Só as
criações de uma e de outra perduram.
373 - Morte
A morte não extingue: transforma; não aniquila: renova;
não divorcia: aproxima.
446
374 - Multimâmio
Animal multimâmio, a que ora se chama nação, ora
administração, ora fazenda, orçamento, ou erário, e de cujos
peitos e dependuram, aos milhares, as crias vorazes na
mamadura, mamães e mamadores, para cuja gana insaciável
não há desmame.
375 - Mulher
Não se queixa, porque não forceja; não tem que resignar-
se, porque se não constrange; faz o bem como nós
respiramos, como as aves trinam, como o sol irradia.
NAÇÕES
Deus fez cada pátria completa em si mesma, e distribuiu
a humanidade em nações, para que cada qual viva na sua
casa.
377 - Naturalismo
O naturalismo cifra exclusivamente no testemunho dos
sentidos o critério da realidade.
378 - Nauta
Não se admitem surpresas para o nauta: há de adivinhar
a atmosfera como o barômetro, e pressentir a tormenta,
447
quando ela pinta apenas como uma mosca pequenina e
longínqua na transparência da imensidade.
379 - Navio
Prover-se de navios, sem homens, dizia Lorde Burleigh,
equivale a pendurar em postes, ao longo das praias,
armaduras para o inimigo.
380 - Negligência
A guerra voa no oceano como as procelas, e surpreende
com os seus raios a política fatalista dos países negligentes.
381- Neutralidade
Não quer dizer impassibilidade: quer dizer imparcialidade;
e não há imparcialidade entre o direito e a justiça.
382 - Nobreza
No próprio patriotismo armado o mais difícil da vocação, e
a sua dignidade, não está no matar, mas no morrer.
OBSERVADOR
Mas o observador é um ponto, que se reduz cada vez
mais no centro do horizonte sensível.
448
384 - Odiar
Não sei odiar os homens, por mais que deles me desiluda.
O mal é inexorável, pela consciência de ser caduco. O bem,
paciente e compassivo, pela certeza da sua eternidade.
385 - Ofendido
Desde que o ofendido pela calúnia exige a manifestação
clara da realidade, apelando para a honra do agressor, este,
homem de honra é, e crê nela, não se pode esquivar à
explicação franca dos fatos.
386 - Oligarquias
Nas autocracias, como nas oligarquias, o poder corre ao
encontro dos maus exemplos, como a limalha ao do ímã.
387 - Opiniões
Posso perdoar, e tenho perdoado aos homens, que
perseguem. Mas, nunca perdoarei as opiniões perseguidoras.
Porque os homens passam, e as opiniões duram, os homens
perecem, e as opiniões germinam.
388 - Opressão
O cativeiro é a treva espessa, em cujo fundo a
consciência se atrofia, pela necessidade de anular-se, pelo
hábito de não se exercer.
449
389 - Oração
Oração e trabalho são os recursos mais poderosos na
criação moral do homem.
390 - Orador
Como o Espírito do Senhor se liberava sobre as águas, a
sensação da eminência de um poder invisível paira sobre a
tribuna ocupada por um verdadeiro orador.
391- Ordem
Há, na esfera governativa, os triunfos do poder ao serviço
da força e os triunfos do poder ao serviço do direito.
392 - Organização
A organização e a preparação prévia são os elementos,
que determinam o triunfo na guerra. Aquele que aguardar a
hora derradeira, para se aprontar, está perdido antes da luta.
393 - Orgulho
Não conheço nada mais tolo e mau do que o orgulho,
nada mais duro e odioso do que a intolerância, nada mais
perigoso ou ridículo do que a vaidade.
394 - Outodoxia
Que venha a ser a outodoxia, senão um tesouro de
revoltas canonizadas pelo tempo?
450
PAGAMENTO
Estou bem pago enquanto o criador me reservar por todo
o futuro o regaço da vida moral, onde lancei a âncora entre a
família, a religião, a consciência e o trabalho.
396 - País
O interesse do país não está em ser governado consoante
a fórmula deste ou daquele sistema, senão sim em ser bem
governado; e os governos bons são os temperados e
fiscalizados pela discussão.
397 - Paixão
A paixão da verdade, senhores, é como as cachoeiras da
serra, aqueles borbotões d´água que rebetam e espadanam,
marulhando.
398 - Palavras
As multidões amam a eloquência, e bebem com delícia as
frases da palavra nos lábios dos grandes oradores.
399 - Pão
Disse o Cristo que o homem não vive só do pão. Sim;
porque vive do pão e do ideal. O pão é o ventre, centro da
vida orgânica. O ideal é o espírito, o órgão da vida eterna.
451
400 - Papa
Os púlpitos sublimam-no acima dos santos padres,
comparam-no aos maiores discípulos de Cristo, chamam-lhe de
coluna do templo, a lâmpada do santuário, o filho de Deus.
401 - Parecer
Sempre que uma opinião me escalda o espírito, é meu
costume deixá-la romper sob a mais ardente de suas formas.
402 - Parlamentarismo
Só no governo parlamentar existe o terreno capaz de dar
teatro a essas cruzadas morais, a essas lutas pelas idéias nas
regiões mais altas da palavra, onde elas se fecundam.
403 - Partidos
Deplorar os partidos, que são positivamente um bem e
uma necessidade congênita à sociedade humana, tanto
importa como reprovar a névoa e o vento, ou as forças que
equilibram o mundo.
404 – Passageiro
Como passageiro lançado à costa pelo naufrágio, depois
de ouvir gemer o mar tempestuoso, já não me assustaram
recifes.
452
405 - Pátria
A pátria não é de ninguém: são todas e cada qual tem no
seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação.
406 - Patrimônio
No dia em que não houver no país quem pugne por esse
patrimônio, os nossos foros de homens livres valerão menos
do que a tanga dos escravos de guiné.
407 - Patriota
Todos os homens úteis à sua pátria hão de provar a
esponja de fel e vinagre. Mas só os curtos de inteligência e os
pequeninos de alma se tem aventurado à repressão.
408 - Patriotismo
É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada
permuta de abnegações, um tecido vivente de almas
entrelaçadas.
409 - Paz
Não a paz opressora da conquista, mas a paz reparadora
do direito, a paz da misericórdia e da justiça. Misericórdia com
os erros. Justiça com os crimes.
453
410 - Pendor
Um pendor irresistível acende em nós a aspiração ardente
de consagrarmos os nossos esforços ao que é universal, de
fundirmos a nossa existência no que é permanente.
411- Pensador
Nenhum pensador, contudo, ainda se abalançou a
disputar que a administração venha a ser a primeira
necessidade e a característica fundamental das sociedades
organizadas.
412 - Pensamento
É o poder do pensamento, a vibração da fé, a energia
motriz das almas, esse fluído impalpável que vai, em outras
regiões, arder nos espíritos e agitar os viventes.
413 - Pequeninos
Mas o evangelho mesmo não soube reproduzir a
linguagem de Jesus às crianças... ou o próprio Jesus não lhes
soube falar, senão afagando-as.
414 - Percuciente
A espada percuciente do pontificado, que transmudara
um torrão esplendido em uma vasta necrópole, essa era a
humilde, a mansa, a perseguida.
454
415 - Perigos
Não vos temais senão dele (árbitro); fora da legalidade é
que se escondem os grandes perigos e se preparam os
naufrágios irremediáveis.
416 - Perseguidor
Nem todos trocam, na hora da perseguição, a amizade do
perseguido pelas graças do perseguidor.
417 - Perversão
Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é,
portanto, um país cego e um país miasmado, um país de idéias
falsas e sentimentos pervertidos.
418 - Perspectiva
O homem cujo horizonte mental se confunde com o
horizonte visual dos partidos, nunca será capaz das virtudes
que assinalam os grandes regedores de povos: o equilíbrio
intelectual na luta, a firmeza nos reveses, a magnanimidade no
triunfo.
419 - Pestes
Mas as pestes morais circulam hoje o mundo com a
rapidez da eletricidade.
455
420 - Petrificar
Um povo cuja fé se petrificou, é um povo cuja liberdade
se perdeu.
421- Petrópolis
A encantadora cidade dos jardins, a pérola das nossas
montanhas, a filha do rei filósofo, poeta e cavaleiro.
422 - Pleito
Correi a conquista legal das urnas com todos os recursos
da vossa incontestável superioridade, e varrei com braço de
Hércules as estrebarias de águias da mentira eleitoral.
423 - Poderes
A inteligência, o direito, a religião, são os três poderes
legítimos no mundo. Eles representam de per si, o eu humano,
a sociedade humana, o destino humano.
424 - Polícia
Mas a polícia, quando se não põe a ladrar contra o zelo
dos que por ela chamam, escuta como se tivesse os ouvidos
encravados, deixa pender as orelhas, e vai meter o focinho na
mesma celha onde come o ladrão.
425 - Polidez
Polidez, inteligência, generosidade, tudo se esvai na
aluvião do elemento rebelde, a cuja passagem as qualidades
456
menos simpáticas da nossa natureza lhe acodem à tona em
sua mais íntima grosseria.
426 - Política
Essa nobre ciência, que engrandece os estados
constitucionais, degenerou entre nós em arte maquiavélica, em
instrumento mesquinho de paixões facciosas.
427 - Politicalha
A política é a higiene dos países moralmente sadios. A
politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
428 - Politiquismo
O chavascal da politicalha, não passa de um sistema de
transfusão do sangue dos que trabalham para as veias dos que
governam.
429 - Pontificado
Em linguagem pontifícia, linguagem de deuses, a palavra
tem sempre significação diretamente oposta à idéia que traduz
em linguagem vulgar, linguagem de mortais, que somos.
430 - Potentados
Quando um homem se vota a defender os humildes
contra os potentados, por outro motivo não se concebe que
anteponha os fracos aos fortes, a não ser para servir à justiça.
457
431- Povoações
A consciência nacional forma-se bem longe, forma-se
nessas longínquas povoações silenciosas, aparentemente
indiferentes, e de cuja opinião tão pouco caso costumamos
fazer.
432 - Porto
A multiplicidade e a profundeza dos portos constituem
fonte nacional de riqueza. Mas, exatamente na razão da sua
acessibilidade eles vêm a ser origem de fraqueza na guerra
quando não cabalmente defendidos.
433 - Porvir
Não barganharemos o nosso porvir a troco de um
mesquinho prato de lentilhas.
434 - Precautelar
Pois, se da política é que nos queremos precaver,
buscando a justiça, como é que à política deixaríamos a última
palavra contra a justiça?
435 - Predomínio
O poder forte é aquele, cujo amor-próprio capitula a boa
mente diante da lei. A força da força tem a sua fraqueza
incurável na desestima.
458
436 - Preferência
Uniformes sejam as vossas preferências; e, uma vez
liquidadas, adscrevei-vos tenazmente ao nosso antigo preceito:
todos por um, um por todos.
437 - Preguiça
Nos tempos de preguiça e ociosidade cada indivíduo
nasce a regurgitar de qualidades geniais. Mal esfloraram os
primeiros livros, e já se sentem com força de escrever
tratados.
438 - Prelo
A imprensa é, sobretudo uma força de persuasão ou, uma
força de convicção; há de valer pelos dados com que entrar
em debates, pelos atos com que julgar, pelos documentos que
exibir ou pelos raciocínios que desenvolver.
439 - Preparação
A potência que levar a dianteira no período de
preparação, entra na guerra já com imenso ganho.
440 - Preservativo
Um pensamento bom, em que se fixe o espírito, “dizia
Bacon: “É o melhor preservativo contra as dores da morte”“.
459
441- Pressão
O que eu pressagio, e não ouso prognosticar, não é, pois,
o que eu desejaria promover, mas o que eu envidaria tudo por
evitar.
442 - Princípios
O sábio pesa os sistemas na balança dos princípios, não
na dos resultados. Mas o bom-senso vulgar segue, e seguirá
sempre caminho inverso.
443 - Protelar
Protelar é faltar ao dever, por influências de interesses
que não se podem confessar.
444 - Providência
Deus arrebata as criaturas na corrente caudalosa dos
fatos e submerge as resistências do nosso lado no abismo da
sua providência benfazeja e criadora.
445 - Presidencialismo
O presidencialismo brasileiro não é senão a ditadura em
estado crônico, a irresponsabilidade geral, a irresponsabilidade
consolidada, a irresponsabilidade sistemática do poder
executivo.
460
446 - Presunção
Não vos desacoroçoo do estudo, meus amigos: tão
somente vos acautelo da presunção.
447 - Pressão
A pressão formidável das idéias cresce de dia para dia em
volta de nós como o oceano previne de tempestades.
448 - Princípio
Se o Brasil tivesse imprimido na pedra angular da sua
independência e da sua organização política o mesmo princípio
cristão, o rumo da nossa civilização, a celeridade do nosso
progresso, a índole do nosso caráter seriam outros.
449 - Probidade
O homem público é o homem da confiança dos seus
concidadãos, o de quem eles esperam a ciência e o conselho, a
honestidade e a lisura, o desinteresse e a lealdade; é o vigia
da lei, o amigo da justiça, o sacerdote do civismo.
450 - Problema
Ou os governos se consagram com sinceridade a solução
do problema liberal, do problema democrático, do problema
social, ou serão inevitavelmente devorados pela esfinge do
moderno Édipo: o caos.
461
451- Processos
A falta de provas é tal, que os acusadores se vêem
obrigados a estrangular atropeladamente os processos.
452 - Produzir
A propósito de Dante: “A maior coisa que uma nação
pode fazer, é produzir grandes homens”.
453 - Profissional
Legalidade e liberdade são o oxigênio e hidrogênio da
nossa atmosfera profissional.
454 - Progresso
Nos resultados morais, que não cabem nos artigos de um
inventário, mas inclinam com um peso impalpável a concha da
balança no espírito do bom observador, e que consiste a
seriedade prática e a estabilidade orgânica do progresso.
455 - Prosperidade
O meu viver será sempre um mistério suspeito; porque eu
não vegeto na penúria dos ociosos; porque eu medro; porque
a face da minha existência irradia indícios de prosperidade.
456 - Prostíbulo
No lupanar o menos que se gasta é o equilíbrio da alma,
o menos que se arruína, é o ideal, o menos que se dissipa, é o
tempo.
462
457 - Prostrar
Diante de Deus, sim, prostre-se o pecador, e ore: porque,
se é bom, é também severo; é pai, mas há de ser
sentenciador; é a misericórdia, mas é, ao mesmo tempo, a
justiça.
458 - Protagonismo
O heroísmo não está na embriaguez impulsiva da
cegueira diante dos perigos, está na indiferença diante da
morte, pela verdade, pela honra, pelo bem.
459 - Proteção
A proteção constitucional da palavra escrita ou falada só
não se estende à prédica do crime.
460 - Prudência
Não quereria, porém, arriscar-me a perder o possível,
pouco que seja, por fazer do impossível caprichosa questão.
461- Público
O público infalivelmente honrará o homem de bem
vilmente caluniado, e desprezará o miserável caluniador,
condenado pela invencibilidade do seu silêncio.
463
462 - Punição
Logo, se, para os culpados, é uma redução da penalidade,
em que incorreriam, para os inocentes envolve a imposição de
castigo, que lhes não toca.
463 - Pusilanimidade
Advogado de um princípio sacrificado, advogado do
interesse público, não pode pactuar com a pusilanimidade das
conveniências particulares.
464 - Pústulas
Se abolidos os lupanares e estabelecerdes a censura de
costumes, as fezes da imoralidade comprimida rebentarão em
pústulas nos centros da vida social.
QUANTIDADE
Tanto vai, senhores, do ser grande pela quantidade a ser
grande pela qualidade.
466 - Queda
Os escândalos que se desgalgam dessas assomadas,
rolam agravados com o peso da sua enormidade e da sua
queda, arrasando a vergonha nas almas.
464
467 - Quietude
Divina coisa, senhores, é a paz, mas a paz nobre, a paz
com dignidade, a paz respeitada.
468 - Quero-quero
Este pássaro curioso, a que a natureza concedeu o
penacho da garça real, o vôo do corvo e a laringe do galo, tem
pela última dessas prendas, o dom de encher a soledade dos
descampados e sangas das macegas e canhadas com o grito
estrídulo, rechinante, profundo, onde o gênio pitoresco dos
gaúchos descobriu a fidelíssima onomatopéia, que o batiza.
RACIONALIDADE
A política radical aspira a plena e completa fruição da
liberdade: mas caminha para lá conquistando sucessivamente
as liberdades possíveis.
470 - Raízes
Os males, que hoje nos afligem, são raízes sobreviventes
das enfermidades do império. O próprio militarismo é um
legado seu.
471- Raridade
Os gênios são meteoros raros, nem sempre benéficos.
465
472 - Razão
A razão e a fé são os dois mundos, em que se
circunscreve a nossa existência espiritual.
473 - Reação
O dever da reação e do exemplo, na defesa da liberdade
e do punidor, que são irrenunciáveis, contra os arlútrios e
surpresas da força.
474- Realeza
A realeza parlamentar não é uma forma de governo
menos complexa, menos delicada, menos sutil do que
república presidencial.
475 - Recasar
Casem, para se divorciar, descasam, para se recasar, sem
que o homem tenha jamais o ciúme do passado, sem que a
mulher sinta o pudor.
476 - Reconquista
Se a nação se reconquista. Se um grande povo não se
envergonha de se deixar cavalgar e desonrar por meia dúzia
de ciganos pernósticos e arrojados.
466
477 - Redenção
Sabei alcançar para vós o que soubestes conseguir para
os africanos: a redenção, a reaquisição de vós mesmos, o
vosso lugar limpo na comunhão da humanidade livre.
478 – Redentora
O abolicionismo degenerara na independência das suas
origens, adotando o culto da princesa redentora, os cabeças da
causa vencedora adormeceram nos seus lauréis, é a república
racionária desde o seu começo imersa no egoísmo da política
do poder pelo poder.
479 - Reforma
Quando a seiva do espírito público entra a derramar-se no
gérmen de uma reforma, é porque a providência já a
abençoou.
480 - Regime
De todos os inimigos de um regime, o pior é o fetichista,
que, a poder de lhe admirar a forma, que não é nada, cada vez
mais lhe perderá de vista a substância que é tudo.
481- Regurgitar
Nos tempos de preguiça e ociosidade cada indivíduo
nasce a regurgitar de qualidades geniais.
467
482 - Reinvindicação
Povo brasileiro! Reclamai, e vos escutarão; exigí, e tereis;
ordenai, e sereis obedecidos; sabei querer, e tudo vos cederá.
483 - Reportagem
Mas nessas águas silenciosas só penetra a audácia dos
mergulhadores da imprensa, ou a fisga da reportagem
moderna.
484 - Repúblicas
A existência das repúblicas se mede pela existência da
justiça.
485 – Resignados
Não abusem da fraqueza dos humildes e resignados, se
não querem ter dessas surpresas, que desestribam os mais
fortes, e dão em terra com os mais seguros.
486 - Responsabilidade
O responsável é aquele, diz um; com ele ajustem as
contas. – Não! Retruca o outro, sancadilhando; a
responsabilidade é dele, e não minha. Um desses é o
responsável.
487 - Reputação
Nenhum país salva a sua reputação com os abafos,
capuzes e mantilhas da corrupção encapotada.
468
488 - Ressurreição
A semelhança do rio, que, atravessando um lago,
prossegue além o seu curso cristalino, sem se perder na bacia
que transpõe, assim a vida, consagrada à fé, isto é, a Jesus
Cristo, vence os pantanais da morte, rompendo límpida e
transparente do outro lado.
489 - Retina
A retina exercida nas distâncias marinhas habitua-se a
sondar o infinito, com a do marinheiro e a do albatroz.
490 - Revolução
Juridicamente, revolução é a destruição da ordem. Mas,
também, juridicamente, a ordem é a lei. Logo, juridicamente,
na destruição da lei é que consiste a revolução.
491- Réu
É preciso instaurar a causa, encetar o processo, enunciar,
ao menos, em tribunal, a acusação, para converter em réu o
acusado.
492 - Ridículo
Aos espíritos elevados o ridículo nunca fez senão sorrir,
ou encolher os ombros.
469
493 - Risco
Como optar o risco, em lugar da vantagem, senão por
antepor o direito à iniquidade?
494 - Romanismo
O romanismo não é uma religião mas uma política, e a
mais viciosa, a mais sem escrúpulos, a mais funesta de todas
as políticas.
495 - Rótulo
Desconfiai dos rótulos, que mentem, meus amigos, e
habituai-vos a contrastear a mercadoria com o critério vivo do
nosso bom - censo.
SACRIFÍCIO
E não há sacrifícios, a que tão de molde assente esta
máxima, como os que tenderem à educação do país.
497 - Sacudir
Não é um acusado, que se defende, é um homem de
bem, que sacode sobre os caluniadores a poeira das suas
infâmias.
498 - Salário
O homem e a mulher, sujeitando os dois à mesma tarefa,
ao mesmo horário, ao mesmo regímen, não há por onde
470
coonestar a crassa absurdeza de, no tocante ao salário, se
colocar a mulher abaixo do homem. Nada tem que ver o sexo.
A igual trabalho salário igual.
499 - Salafrário
Mas os filhos da mentira, cada vez mais sem pejo. Sou eu
que prego a recusa do imposto; porque eu grito contra os
salafrários, cuja secura gargalaça as torneiras do tesouro como
as dos paus-d’água, na taberna, as garrafas de zurrapa.
500 - Semear
O que hoje semeais, colhereis amanhã. Semeais opressão
sereis oprimidos. Semeais o engano, sereis espoliados.
501- Sementes
É destas sementes, deste espírito jurídico, deste gosto
pelas questões de direito que se formam os povos capazes de
entreter instituições e mantê-las.
502 - Sanção
A ausência de uma autoridade, que, nas relações
internacionais, aplique a sanção do direito, é a grande fraqueza
das civilizações mais adiantadas.
503 - Sanha
O mais sanhoso demônio da guerra não é o que se
revolve, no torvelinho de balas e chamas, cruentando a liça
471
dos combates. É o que leva ao seio dos não combatentes as
cruezas da guerra.
504 - Santificação
Mas a suprema santificação da linguagem humana, abaixo
da prece, está no ensino da mocidade.
505 - Seguro
Sem a obrigação de seguro, ou caução, não há,
verdadeiramente, reparação assegurada aos acidentes de
trabalho.
506 - Seitas
A multiplicação renascente e progressiva das seitas no
seio das nações protestantes não é mais revolucionária do que
a letargia habitual do catolicismo entre nós.
507 - Sensatez
Uma constituição sensata não pode contemplar o
heroísmo como elemento ordinário no cálculo dos seus freios e
contrapesos.
508 - Separação
O fim do nosso trânsito pela terra não nos dói tanto,
senão pela idéia, com que nos acabrunha, de nos separar.
472
509 - Servidão
E eu não conheço servidão mais imoral do que nutrir uma
sociedade com sangue de suas veias, esteiar com a autoridade
de suas instituições, armar com todos os privilégios da
soberania religiosa uma tendência clerial incompatível com a
índole, com a prosperidade, com a educação do povo, que ela
vicia.
510 - Sexo
Mais sedutor, porém, ainda, e mais digno de bênçãos o
nome a que tem direito o sexo lindo; porque ele é a caridade
mesma.
511- Sino
O sino da liberdade não terá de dobrar sobre o sepulcro
dos juízes, mas sobre o ignominioso trespasse da república,
contra a qual, nas mãos da nação revoltada pela falta de
justiça, se levantarão as pedras das ruas.
512 - Soberania
É um poder que não está na dependência de outro, e
cujas colisões com as demais soberanias só se podem resolver
pelas armas, quando não for voluntário arbitramento.
473
513 - Soberba
Golias, o gigante de ferro e cobre e presunção insultava
as forças de Israel, mas, daí a pouco, a montanha de soberba
e bravaria desabava ao tiro da funda de um pegureiro.
514 - Socialismo
No socialismo, pois, como em todas as crenças de
partido, em todos os sistemas, em todas as terras, há um
fundo verdadeiro, com acessórios falsos, ou um fundo errôneo,
com acessórios justos.
515 - Sociedade
O dever geral a todos os membros da sociedade é
promoverem no seu seio a justiça e a paz assentada na justiça,
pois esta é a única espécie de paz que tem muito valor ou
pode ser durável.
516 - Sodoma
Não nos faltará jamais, para não termos saudades das
Gomorras e Sodomas da corrupção política e moral, a bendita
assistência do grande companheiro de todos os homens e a
sua voz na voz incorruptível do povo.
517 - Sofismar
Não há vantagem, nunca, em sofismar, a benefício de
interesses momentâneos, textos legislativos, textos
474
constitucionais cuja evidência se impõe ao espírito de todos os
homens de juízo e de moralidade.
518 - Sofrimento
A ira do paciente, feita de incalculáveis acumulações de
sofrimento comprimido, não tem limites e pode raiar pelas
divisas da loucura.
519 - Soldado
No grande soldado não aplaudimos senão o grande
cidadão. Sua farda é cívica; sua farda não o discrimina do
povo.
520 - Solidariedade
Não há sinal mais expressivo da civilização de um povo
que a sua solidariedade na tradição e no desenvolvimento, nas
aspirações e nas idéias, nas simpatias e nos dissabores.
521- Solução
Não nos lembramos, sequer, de que há, na América do
Sul, quem entenda que a solução do problema americano está
na dissolução do Brasil.
522 - Sombra
Ah! Brasil! Quantas oportunidades de sair da sombra te
fazem perder!
475
523 - Sono
Muito há que já não subtraio tanto às horas da cama,
para acrescentar às do estudo.
524 - Submissão
Quando uma legião embrulha a sua bandeira, a honra da
submissão nos legionários degenera em vilipêndio.
525 - Suborno
Os processos financeiros do suborno administrativo não
são diversos. No tesouro as saídas são sempre bem
escrituradas. Na matriz os rótulos de cada gasto condizem, de
ordinário, com as averbações do orçamento.
526 - Substância
Tem sido o sentimento religioso a inspiração, a
substância, ou o cimento das instituições livres, onde quer que
elas duram, enraízam-se, e florescem.
527 - Subsequência
O elemento servil é cunho negro de toda a nossa história,
e a extinção do elemento servil será a fímbria luminosa de todo
o nosso futuro.
528 - Superabundância
Só principia a superabundância, onde se começa a
descobrir a superfluidade.
476
529 - Surriada
Mas, como quer que seja, as incorreções da solfa em
todos os graus vão tendo assim a mesma errata no tribunal
definitivo da surriada.
TATUS-CANASTRAS
O Brasil não aceita a cova, que lhe estão cavando os
cavadores do tesouro, a cova onde o acabariam de roer até os
ossos os tatus – canastras da politicalha.
531- Têmpera
Com a brocha de limo em punho, sempre há de haver
homens de têmpera, que na baixem os olhos, e não temam de
pavor os seus esgares e os seus ribombos.
532 - Temperamento
Com o meu temperamento acanhado, retraído, e talvez
tímido ao contato das coisas delicadas, nunca me faltou a
coragem do coração, a coragem das idéias, a coragem do
patriotismo, a coragem da honra.
533 - Tempestades
Os trovões da sua voz reproduzem apenas os ecos das
tempestades de outrora.
477
534 - Tempo
O tempo não conhece dificuldades, a que não gaste as
arestas, não desate os nós, e não resolva enigmas.
535 - Temporada
O tempo é o continente insuprível dessa experiência
inicial, onde se educam os capitães do oceano.
536 - Teologia
As batalhas decisivas da teologia se dão fora das suas
fronteiras; que a causa da religião não se perde ou ganha nas
controvérsias meramente religiosas.
537 - Tergiversar
Não tergiverseis com as nossas responsabilidades, por
mais atribulações que vos empenham, e mais perigos que nos
exponham.
538 - Terras
Que vantagem há de uma federação, que possui terras, e
destarte não necessita de fazer-se em dinheiro, para acudir a
deveres tão sagrados!
539 - Tiranizados
Todos sabem quanto custam certas posições aos
tiranizados pela disciplina dos partidos; ela impõe muitas vezes
478
sacrifícios cujas dolorosas heroicidades inspiram respeito ainda
aos adversários mais cruéis.
540 - Toga
A nobreza da toga é a nobreza sempre viva da justiça, de
onde mana igualmente a dignidade para a milícia da palavra e
a milícia da espada.
541- Trabalho
Tudo o que nasce do trabalho, é bom. Tudo o que se
amontoa pelo trabalho, é justo. Tudo o que se assenta no
trabalho é útil.
542 - Tradição
Mais vale entre dois povos uma tradição destas na sua
história que a escritura de um tratado de aliança nas suas
chancelarias.
543- Transviar
Os governos podem ser transviados aos mais ruinosos
erros pelas paixões que os desvairam, ou pelas facções que os
exploram.
544 - Tribuna
No governo do povo pelo povo a palavra é o grande
poder, a tribuna a força das forças.
479
545 - Tribunal
Os tribunais mais ilustres dependem, para a sua
respeitabilidade moral, da luz, que derramam sobre o espírito
público, do esclarecido assentimento, que neste conquistam.
546 - Triunfo
É o triunfo um premio, após o qual, sedento do licor
capitoso, se arremessa a nossa natureza na prelibação da
embriaguez.
547 - Trivialidade
Os homens são de seu natural propensos a desprezar a
trivialidade, e avaliar os bens deste mundo pela sua rareza.
548 - Túmulos
Nunca ergui a voz sobre um túmulo, parecendo-me
sempre que o silêncio era a linguagem de nos entendermos
com o mistério dos mortos.
VAIDADE
Mocidade vaidosa não chegará jamais a virilidade útil.
Onde os meninos camparem de doutores, os doutores não
passarão de meninos.
480
550 - Valer
No que valeram, pois, os de ontem, se está vendo o que
os de hoje podem valer.
551- Vassalagem
Privilégios da mentira, que, soberana inconcussa destes
reinos, não há prerrogativas que lhe bastem, para impor os
seus vassalos a humilhação brutal da sua vassalagem.
552 - Vaticanismo
A harmonia que nos depara o vaticanismo está em
harmonizarmo-nos com ele nós, não ele conosco. Ele tem a
diapasão e a craveira, nós somos apenas as cordas inertes do
instrumento.
553 - Veneno
O lento veneno do despotismo é pior do que as lutas
convulsivas da anarquia.
554 - Vênus
Enquanto a Vênus vaga nos destrói a moralidade
particular, o Vênus vago nos arruína a honestidade pública.
555 - Verdade
A fronte do sacerdote se verga para o cálice consagrado.
A do lavrador, para a terra. A do que espalha o grão da
verdade, para o sulco soaberto nas consciências novas.
481
556 - Veracidade
Damos a vida pela pátria. Deixamos a pátria pela
liberdade. Mas pátria e liberdade renunciamos pela verdade.
557 - Vibrar
Quando o coração me começou a vibrar dos sentimentos,
que me tem enchido a vida, o trabalho arfava acorrentado à
rocha da escravidão, onde lhe dilacerava as entranhas o abutre
da cobiça desumana.
558 - Vício
O vício arrecada sobre a atividade do ocioso quatro
espécies de impostos: a perda do tempo, a perda do estímulo,
a perda da saúde e a perda do dinheiro.
559 - Vidro
Queiram, ou não queiram, os que se consagram à vida
pública, até a sua vida particular deram paredes de vidro.
560 - Vigor
A força da força tem a fraqueza incurável na desestima da
nação, que a odeia. Quereis a estabilidade do poder? Fazei-o
dócil à justiça.
561- Vingador
São as ditaduras que detém o braço vingador das nações;
e, todavia, no tribunal da posteridade, ficam passando
482
iniquamente por autoras dos atentados, que não puderam
obstar.
562 - Violência
A lei de Caim é a lei do fratricídio. A lei do fratricídio é a
lei da guerra. A lei da guerra é a lei da força. A lei da força é a
lei da insídia, a lei do assalto, a lei da pilhagem, a lei da
bestialidade.
563 - Virtude
Transigi, quanto puderdes, nos limites do bom senso, da
boa-fé, da boa razão. Mas nunca abandoneis a boa causa da
vossa honra, pela qual deveríeis morrer, se com ela não
pudésseis triunfar.
564 - Viver
Ora, tudo é viver, previvendo, é existir, preexistindo é ver,
prevendo.
565 - Votação
O voto é a primeira arma do cidadão. Com ele vencereis.
Agora, se vô-lo roubarem, é outra coisa. Com ladrões, como
com ladrões.
566 - Voto
Mas a liberdade política, da qual a condição prática está
no voto, é o liame, que nesse feixe os enlaça a todos,
483
estabelecendo entre eles a união, por onde se conservam, e
impõe.
WASHINGTON
Um homem de presa qualquer, empurrado pela fortuna,
ou pela desgraça, até ao cimo da nossa autocracia, será por
eles aclamado Washington.
568 - Wilson
A nossa paz e a nossa esperança estão acima de tudo,
não na força, aliás colossal, dos Estados Unidos, mas nos
princípios de que a mensagem de Wilson levantou a bandeira.
569 - Zelo
Todo excesso de zelo é ridículo, assim como toda a
intrusão em esfera subalterna será sempre humilhante para a
majestade do poder.
484
11
MENSAGEM
TEMA: TÉCNICAS DE LEITURA
INTRODUÇÃO
485
1.3. Ler sem refletir assemelha-se comer sem digerir. Edmund
Burke
1.4. A leitura é para mente o que o exercício é para o corpo.
Joseph Addilson
1.5. Quem adquire o habito de ler constrói para si mesmo um
refugio contra quase todas as misérias da vida.
1.6. Mostre-me uma família de leitores, e lhe mostrarei o povo
que dirigirá o mundo. Napoleão
1.7. Até a minha chegada, aplica-te a leitura, a exortação, ao
ensino". Apóstolo Paulo.
2. O VALOR INCOMENSURÁVEL DA LEITURA
2.1. Melhora o nosso vocabulário;
2.2. Facilita a aquisição de experiência;
2.3. Amplia o conhecimento da língua;
2.4. Melhora a nossa redação;
2.5. Desperta a inteligência;
2.6. Aviva a imaginação;
2.7. Aumenta a cultura;
2. 8. Fornece-nos soluções de problemas já resolvidos por
outras pessoas.
486
3. AS LITERATURAS INDISPENSÁVEIS AO PREGADOR
3.1. Bíblia;
3.2. Dicionários bíblicos e seculares;
3.3. Manual bíblico;
3.4. Comentários bíblicos;
3.5. Teologia sistemática;
3.6. Biografias;
3.7. Livros científicos;
3.8. Manchetes;
3.9. Jornais;
3.10. Almanaque Abril e outros...
4. OS CUIDADOS PESSOAIS DO LEITOR
4.1. Dormir bem para não dormir sobre os livros;
4.2. Deve estar higienicamente preparado;
4.3. Usar roupas e calçados que não incomodem;
4.4. Se tiver problemas visuais consulte um oftalmologista;
4.5. Não ler ou estudar com fome a não ser que esteja
jejuando;
4.6. Atender ao telefone só em caso de extrema necessidade;
4.7. Após uma hora de leitura convém que o leitor faça uma
pausa;
4.8. A postura deve ser observada com muito cuidado.
487
5. LOCAL ADEQUADO PARA SE FAZER UMA LEITURA
5.1. O ambiente deve ser bem arejado;
5.2. O local deve ser bem aconchegante;
5.3. O lugar precisa ser bem iluminado;
5.4. A mesa deve ter uma altura e extensão adequada;
5. 5. O assento deve oferecer uma boa comodidade;
5.6. O lugar deve ser livre de qualquer ruído.
6. COISAS QUE DESMOTIVAM A LEITURA
6.1. Ficar conferindo a espessura do livro;
6.2. Contar as páginas para saber quantas faltam para
encerrar a leitura;
6.3. Achar que as letras são muito pequenas;
6.4. Saltar linhas e páginas com pressa de terminar a leitura;
6.5. Ler ouvindo música ou assistindo TV.
7. COMO FAZER UMA BOA LEITURA EM PÚBLICO
7.1. Uma boa leitura deve ser feita de palavras e nunca de
sílabas
Este tipo de leitura requer exercícios, e sempre que
aparecerem palavras novas devemos ler várias vezes, até
decorá-las, pois quando as mesmas aparecerem numa leitura
não precisaremos soletrá-las.
488
7.2. A leitura deve ser feita primeiramente com a mente, e
posteriormente pronunciada
A boca deve ficar distante da mente sempre atrás dela e
mantendo certa distância, para uma maior coordenação da
leitura.
7.3. A leitura deve ser feita de maneira lenta e nunca
apressadamente
É comum, uma pessoa ler um trecho ou versículos
bíblicos, e logo após não saber o que leu. Devemos ler de
maneira que o conhecimento fique retido em nossa mente. É
comum o esgotamento de energia nas leituras feitas
rapidamente e a absorção de conhecimento.
7.4. Observações Sobre Pontuação
7.4.1. A vírgula
Pausa leve e modulação suave
7.4.2. Ponto e vírgula
Pausa mais longa e modulação mais elevada.
7.4.3. Dois pontos
Pausa na penúltima, ou antes, da palavra onde está a
acentuação.
7.4.4. Interrogação
Modulação acentuada em toda a cláusula de interrogação
e pausa com modulação.
489
7.4.5. Exclamação
Modulação acentuada em toda cláusula de exclamação.
É usado com interjeição.
7.4.6. Ponto
Modulação acentuada e pausa longa.
8. COMO LER DE FORMA ATRAENTE
8.1. O ideal é que a forma de ler não seja monótona, mas
atraente e interpretando a passagem lida.
8.2. O exercício para se alcançar este objetivo é muito
simples, consiste nos três passos seguintes:
8.3.1. Sublinhar as palavras
Ao estudar as passagens, convém sublinhar as palavras
que, a seu ver, são as palavras chaves da passagem que vai
ler ante ao público. Exemplo: “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça mais tenha a vida eterna”.
8.3.2. Praticar a leitura
Ler a passagem, dando ênfase às palavras sublinhadas e
observando a pontuação. É conveniente mesmo exagerar, no
exercício para poder aprendê-lo bem. Todavia, ante ao público
deve-se ler com mais naturalidade.
490
8.3.3. Ler em voz alta
Ler a passagem em voz alta; várias vezes antes de sair
para o culto, mesmo quando se vai repetir uma mensagem.
Ler é uma necessidade básica embora digamos que não
temos tempo para lê, somos obrigados a ler constantemente.
491
8.3.4. As diferenças entre os maus e os bons leitores
492
MAUS LEITORES BONS LEITORES
493
9. LER OBSERVANDO A ACENTUAÇÃO
Devemos ter muito cuidado ao lermos palavras
acentuadas. Os acentos podem mudar o sentido das palavras.
Exemplos: avô- avó; esta-está; nos-nós; etc.
9.1- Cuidado com as palavras: Êxodo, côvado, sátrapa,
pífaro Dn 3.1,2, 5; mister Lc 11.8; idólatras Ap 22.15); insípido.
10. COMO FAZER A PRÉ-LEITURA DE UM LIVRO
10.1. Saber o título;
10.2. O autor;
10.3. A editora;
10.4. A contracapa;
10.5. As orelhas;
10.6. A data da edição;
10.7. A categoria;
10.8. O índice;
10.9. A apresentação;
10.10. A dedicatória;
10.11. A introdução;
10.12. A bibliografia;
10.13. Ler os títulos e os subtítulos dos capítulos;
10.14. Os gráficos;
10.15. As palavras em negrito.
494
11. COMO FAZER A LEITURA DE UM LIVRO DA BÍBLIA
EX: O LIVRO DE ISAÍAS
11.1. Informações Essenciais
11.1.1. Autor: Isaías significa "Jeová salvou." Era filho de
Amoz;
11.1.2. Divisão bibliográfica: Profetas maiores;
11.1.3. Tema: o Messias prometido;
11.1.4. Data: 1-39 em 700 a.C., 40-66 em 681 a.C.,
11.1.5. Panorama: Isaías fala e escreve de Jerusalém;
11.1.6. Capítulos: 66;
11.1.7. Versículos: 1.292;
11.1.8. Versículo chave: Salvação;
11.1.9. Palavra chave: Salvação.
11.2. O Esboço Do Livro
11.2.1. Palavras de juízo 1.1-39.8;
a) Os de Israel e Judá;
b) Julgamento contra as nações ímpias;
c) O propósito do juízo de Deus;
d) As verdadeiras e as falsas esperanças de Jerusalém;
e) Eventos durante o reinado de Ezequias.
11.2.2. Palavras de conforto 40.1-66.24
a) Libertação de Israel do cativeiro;
495
b) O futuro redentor;
c) O futuro reino.
12. COMO REALIZAR A LEITURA DE UM CAPÍTULO DA
BÍBLIA
Ex: Mateus 3.1.12;
12.1. Leia primeiramente o capítulo todo;
12.2. Use caneta de várias cores;
12.3. Procure saber acerca do personagem principal;
12.4. Marque as palavras que são desconhecidas e procure
no dicionário os seus significados;
12.5. Grife as palavras do texto que são de ordens doutrinárias
para que sejam elaborados estudos bíblicos e pregações. Ex:
arrependimento, arrebatamento, salvação, oração e Jejum.
12.6. Marque as palavras bíblicas relacionadas com as
cidades, rios, grupos religiosos e outros...
12.7. Se o versículo for de uma expressão muito forte,
sublinhe-o todo, senão apenas uma parte.
13. COMO FAZER LEITURA DIFERENCIADA
13.1. Uma poesia;
13.2. Um noticiário;
13.3. Um salmo de fortaleza espiritual Sl 46;
13.4. Um salmo sereno Sl 23;
496
13.5. Saber diferenciar na leitura quando é o escritor que esta
dizendo e quando é o Senhor Jesus e os escritores outros. Ex:
Mt 16.13-16.
14. PRONÚNCIA
14.1. Pronunciar bem é expressar-se com clareza, nitidez e
precisão.
14.2. A pronúncia depende diretamente da articulação e esta é
que controla o ritmo e a modulação da palavra.
14.3. Todavia, não depende exclusivamente da perfeição com
que pronunciamos um fonema isolado, mas, também, nas
sílabas, na palavra e na frase.
14.4. Para que tenhamos uma pronúncia agradável, devemos
observar os seguintes detalhes:
14.1.1. Não falar muito depressa
A pronunciação para ser nítida exige que a palavra não
seja muito precipitada. A rapidez na pronunciação leva
fatalmente à supressão e ao desaparecimento de certas
sílabas. É impossível perceber-se mais de quatro sílabas em
um segundo.
14.1.2. Acentuar a articulação
Porque desta forma controlamos, como já dissemos, o ritmo e
a modulação ou o colorido da palavra.
497
14.1.3. Evitar vícios de pronúncia
a) Como, por exemplo: T e D que muitas pessoas pronunciam
defeituosamente (tchi – dji).
b) O R deve ser pronunciado com a vibração da ponta da
língua e não naturalmente.
c) O L final e intermediário não deve ser muito acentuado,
nem muito vocalizado, gerau em vez de geral.
d) Pronunciar com clareza os ditongos existentes em várias
palavras, tais como em: cabeleireiro; leiteiro; marceneiro;
caixeiro e cadeira.
e) Dar a devida atenção aos grupos consonantais, adv. de
advogado; abd, de abdicar, etc. Todo o cuidado é pouco para
não colocar uma vogal parasitária nestes grupos: Ex. Abs.
absolutamente. Quando se quer dar ênfase, acentua-se o a
dizendo absolutamente! E nunca abísolutamente.
f) Não colocar vogal onde não existe: nóis em lugar de nós,
vóis em lugar de vós, Jesuis em lugar de Jesus.
g) Suavizar as finais átonas: ex. tempo, o O final não deve ser
aberto: tempó, e nem tempu, com u agudo, mas com uma
vogal intermediária, para o que não temos representação
gráfica. Outro exemplo; palavras como saudade, em que não
é e, frisado, nem í agudo, mas uma vogal intermediária.
498
h) A pronúncia correta faz com que transmitamos os nossos
pensamentos e os nossos sentimentos com o mínimo de
esforço e o máximo de eficácia.
15. LEITURA EM VOZ ALTA
Infelizmente não temos cultivado o hábito de leitura em
voz alta. É através dela que educa o ouvido e, é um dos meios
de melhorar muito a articulação das palavras e a pronuncia em
geral.
15.1. Regras Para Se Fazer Uma Leitura Expressiva
15.1.1. Ler silenciosamente para conhecer o trecho e o seu
sentido;
15.1.2. Ler novamente para observar a pontuação e destacar
as palavras e as frases mais importantes;
15.1.3. Sentir o que o autor quis transmitir;
15.1.4. Ler em voz alta, articulando bem, observando que se
comece dentro da tessitura da voz normal, nem muito grave,
nem muito agudo, para que se opere naturalmente a
modulação, também chamada inflexão da voz;
15.1.5. Não ter pressa e pronunciar cuidadosamente, as
sílabas, pronunciando bem, palavra por palavra;
15.1.6. Reproduzir, ou recordar a leitura feita. Páginas
literárias escritas em prosa deverão ser selecionadas pelo
leitor para os seus exercícios de leitura.
499
16. A LEITURA PÚBLICA DAS ESCRITURAS
16.1. Outro momento solene no culto de adoração deve ser
aquele em que o ministro abre o Livro para dar de comer do
maná divino à faminta congregação. Quão importante é saber
fazê-lo bem!
16.2. A leitura da Bíblia oferece um campo vastíssimo para
enriquecimento do culto de adoração, é de lamentar o fato de
que, com tanta frequência, as Escrituras sejam tão mal lidas.
Meia vida gasta no estudo da Palavra de Deus já terá dado ao
pregador uma grande familiaridade com os detalhes mais
íntimos do Livro de Deus.
16.3. Os Cinco Requisitos Da Leitura Interpretativa
16.3.1. O leitor deve identificar-se plenamente com os
personagens que falam ou atuam no trecho bíblico em foco.
16.3.2. Por outro lado, o leitor deve aprender a fazer uso
inteligente da pausa.
16.3.3. Além disso, necessita determinar quais são as
palavras da passagem que devem receber maior ênfase na
leitura.
500
16.3.5. A identificação do leitor com os personagens que falam
ou atuam na passagem escolhida para ser lida se alcança
mediante o que alguém chamou de "imaginação histórica".
Queremos dizer que pelas asas de sua imaginação o leitor
procurará transladar-se para o tempo e o lugar dos
acontecimentos narrados na passagem, esforçando-se por
captar novamente toda a sua viva realidade.
16.3.6. O ministro deve ter uma chave para se fazer uma
leitura rápida e pausadamente
a) Uma pausa breve
Pode ser indicada por uma linha diagonal ou barra /.
b) Uma pausa mais longa
Com duas linhas diagonais: //.
c) As palavras que devem receber maior ênfase
Podem ser sublinhadas.
d) Uma velocidade “normal” na leitura
Pode ser indicada escrevendo-se a letra “N” acima da
primeira palavra da frase que deve ser lida dessa maneira.
e) Onde o passo deve será acelerado
Pode ser indicado escrevendo a letra “R,” para rápido. E
a letra “D” para “devagar” poderia indicar que a velocidade
deve ser diminuída para menos ao normal. Nesse esquema, a
501
cópia da parábola do filho pródigo ficaria mais ou menos
conforme segue:
N N N
“Disse-lhes mais: / Certo homem tinha dois filhos. / O mais
moço deles
R R N
disse ao pai: / Pai, / dá-me a parte dos bens que me toca. / /
Repartiu-lhes.
N R
pois, os seus haveres. / / Poucos dias depois, / o filho mais
moço. Ajuntando
R R R D
tudo, / partiu / para um país distante, / / e ali / / desperdiçou os
seus bens. /
D N N
vivendo dissolutamente. / / E, havendo ele dissipado tudo, /
houve naquela
D N
terra uma grande fome; e começou a passar necessidade. / /
Então foi
R N
encostar-se a um dos cidadãos daquele país, / o qual o
mandou para os seus
502
D D R
campos / a apascentar / porcos. / / E desejava encher o
estômago com as
D N
alfarrobas que os porcos comiam; / / e ninguém lhe dava nada.
/ / Caindo,
R N R
porém, em si, / disse: Quantos empregados / de meu pai / têm
abundância
D D R R
de pão, / / e eu / aqui /pereço de fome! / / Levantar-me-ei / irei
ter com meu pai /
N D D N
e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu / e diante de ti; / / já não
sou digno de
N
ser chamado teu filho; / / trata-me como um dos teus
empregados. / /
N N N N
Levantou-se, pois, / e foi para seu pai. / Estando ele ainda
longe, / seu pai o
N R R D
503
viu, / encheu-se de compaixão e, / correndo, / lançou-se-lhe ao
pescoço / e o
N D D N
beijou. / / Disse-lhe o filho: Pai, / pequei contra o céu / e diante
de ti; / já nãoN
sou digno de ser chamado teu filho. / / Mas o pai disse aos
seus servos: /
R R R
Trazei depressa a melhor roupa, / e vesti-lho, / e ponde-lhe um
anel no dedo,
R R R R
e alparcas nos pés; / trazei também o bezerro cevado / e
matai-o; /
N N D R
comamos, e regozijemo-nos, / / porque este / meu filho /
estava morto, / e revi
D R N
veu; / / tinha-se perdido, / e foi achado. / / E começaram a
regozijar-se."
Cada leitor terá que fazer sua própria interpretação da
passagem. Não pretendemos que este arranjo dado seja o
único que se poderia fazer com a parábola do filho pródigo.
Porém, de uma coisa estamos certos: Se o pregador se dá ao
504
trabalho de fazer semelhante preparação para sua leitura terá
um aumento marcado no interesse da congregação.
É necessário assinalar um erro muito comum no modo de
manejar o termo "disse" na leitura pública das Escrituras.
Tomemos, por exemplo, as palavras de Lucas 15.17: “Caindo,
porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” A maneira
comum de ler este trecho é como segue:
“Caindo, porém, em si, disse:
Quantos empregados de meu pai...”
Tal maneira de ler coloca ênfase demasiada no verbo "disse".
A leitura correta se faria assim:
“Caindo, porém, em si”,
disse: “Quantos empregados de meu pai...”
Nesta forma, o verbo "disse" está em posição fraca, que
realmente corresponde à sua função de simplesmente indicar
que as palavras que seguem constituem uma citação direta.
Uma leitura bem feita vale por uma pregação. Portanto,
prepare-se!
505
12
MENSAGEM
TEMA: TÉCNICAS DE MEMORIZAÇÃO
1. O QUE É O ENCÉFALO?
1.1. É a parte do sistema nervoso contida na cavidade do
crânio, que abrange o cérebro, o cerebelo, protuberância e o
bulbo raquiano;
1.2. É o principal órgão do corpo;
1.3. Possui uma constituição elaborada, é mais admirado do
que qualquer máquina já construída;
509
menor do que durante o dia. Os acontecimentos diários
interferem na capacidade de lembrar o material aprendido.
3.4. Como Se Lembrar Das Coisas
Se a pessoa procura decorar a lista somente até ser
capaz de se lembrar de toda a lista apenas uma vez, pode não
se lembrar dela por muito tempo. Mas continua a memorizar a
lista por muito além do momento em que será que acontece
perfeitamente, então a pessoa se lembrará da lista por muito
mais tempo. A repetição oral durante o processo originado de
aprendizagem também ajuda a memorização. Enquanto
aprende a lista, a pessoa deve repetir os elementos nela
contidos diversas vezes seguidas para si mesma. É bom
salientar que o método de fortalecer a memória utilizando-se
de métodos formais ou mecânicos de decoração é chamado
de mnemônica. O caminho mais viável para a saúde cerebral
é usar a capacidade do cérebro produzir seus próprios
nutrientes naturais. A vida cotidiana é a academia da
neuróbica cerebral.
3.5. O Poder Do Cérebro Manifesta-Se Com Maior
Intensidade Nas Tarefas Novas Do Que Nas Rotineiras
3.5.1. As interações sociais têm efeitos positivos sobre a
saúde do cérebro;
510
3.5.2. Apanhe as chaves do apartamento guardadas na bolsa
sem olhar usando somente uma das mãos;
3.5.3. Exercite fazendo palavras cruzadas;
3.5.4. Fazer cursos para aprender outros idiomas;
3.5.5. Ao tomar banho fique com os olhos fechados, utilize
somente o tato;
3.5.6. Faça a barba com o barbeador de olhos fechados;
3.5.7. Se você e destro escreva com a mão esquerda para
ativar o lado direito do cérebro.
3.5.8. Escove os dentes com a mão não usual, inclusive abrir
e fechar o tubo de creme dental;
3.5.9. Abotoar a camisa, calçar o sapato ou se vestir usando
a mão não dominante;
3.5.10. O uso extensivo dos dedos com os olhos fechados
para fazer distinções entre objetos;
3.5.11. Assista a um programa de TV que você nunca
assistiu;
3.5.12. Use um trajeto diferente ao fazer a sua caminhada;
3.5.13. Mude o itinerário de ida e volta do trabalho;
3.5.14. Tente determinar os valores diferentes das moedas
usando apenas o tato;
511
3.5.15. Os adultos que perdem a visão. Eles aprendem a
distinguir as letras em braile porque seu córtex emprega mais
circuitos para processar as informações do tato;
3.5.16. De vez em quando aproveite para pôr o relógio no
outro pulso;
3.5.17. Mude os móveis domésticos de lugar de vez em
quando;
3.5.18. Mude de lugar o cesto de papel de seu escritório;
3.5.19. Escreva 20 palavras e forma frases com elas;
3.5.20. Grampeie papéis, ligue aparelhos e disque o telefone
com a mão oposta;
3.5.21. Nos balcões de carne, peixe ou frios peça aos
vendedores para ajudá-lo a escolher alguma coisa, evite os
embalados;
3.5.22. Procure alimentos que possam trazer de volta a
memória da infância;
3.5.23. Caminhar na rua exercita o cérebro muito mais que
ficar confinado numa esteira dentro de uma academia
3.5.24. Aprenda usar todos os seus dedos no teclado do
computador. Não fique catando as teclas.
512
4. A IMPORTÂNCIA DA MEMORIZAÇÃO PARA O
PREGADOR
4.1. A memorização é necessária devido à exiguidade do
tempo;
4.2. Evite dizer que tem uma memória fraca. Às vezes você é
distraído e não que a sua memória seja fraca;
4.3. As antigas civilizações já destacavam a memória como
um grande pilar para se adquirir conhecimento (gregos e
romanos);
4.4. Tenha atenção no que se tem observado. Nos mínimos
detalhes;
4.5. Procure observar fotos e paisagens;
4.6. A concentração é fundamental no processo de
memorização;
4.7. Facilitará a memorizar centenas de versículos que serão
usados durante a pregação;
4.8. Fixará com maior facilidade os nomes de pessoas
envolvidas em suas atividades eclesiásticas;
4.9. Armazenará os nomes das pessoas, das cidades e dos
objetos contidos no texto bíblico;
4.10. Citará com maior segurança os pensamentos
importantes dos maiores vultos da história;
513
4.11. Pregará com habilidade acerca das passagens históricas
da Bíblia com maior desenvoltura;
4.12. Gravará na memória centenas de números telefônicos
sem muito esforço.
5. EXERCÍCIOS DE MEMORIZAÇÃO
5.1. Faça uma lista com 30 palavras e decore de 5 em 5;
5.2. Desenhe o mapa do Brasil e escreva os nomes dos
estados várias vezes e depois os nomes das capitais;
5.3. Desenhe o mapa de Israel no período das doze tribos e
coloque os nomes de cada uma dentro de sua localidade,
repetindo várias vezes;
5.4. Imprima do computador quarenta figuras e coloque cinco
em cada folha e memorize-as;
5.5. Imprima 30 palavras em posições variadas numa folha de
papel e vai memorizando e depois escreva no verso as que
forem lembrando.
6. A MEMÓRIA
A memória é a faculdade de reter as sensações trans-
mitidas pelos cinco sentidos, às idéias e os pensamentos. Ela
é a faculdade que permite registrar tudo que diz respeito à
atividade do homem e, através de um processo inverso,
relembra o que necessitamos no momento. Sendo a
consciência uma faculdade elevada, a memorização exige
514
dela maior atenção e maior interesse. Este esforço é
compensado pela capacidade de poder recordar, com
facilidade, um estado que já passou, tornando-se apenas
elemento de uma experiência situada no passado, fora,
portanto, das preocupações conscientes do presente. Todavia,
convém não confundir os mecanismos naturais da memória
com o seu funcionamento na prática. Sabemos que existe a
memória natural, espontânea; mas a memória de que estamos
falando é aquela consciente que nos permite lembrar os fatos
e saber que os recordamos situando no tempo e no espaço,
dando-se o fenômeno da revivescência. Daí, ser um dos
princípios no processo de desenvolvimento da memória
compreender primeiro o fato para depois retê-lo. A nossa vida
social, espiritual e intelectual dependem muito da nossa
memória. Portanto, devemos atribuir grande importância à
memorização, que é uma função fundamental do espírito. O
enfraquecimento das funções da memória traz,
consequentemente, o enfraquecimento das funções e ati-
vidades do homem. Obviamente, o inverso é certo: o de-
senvolvimento das funções da nossa memória permitirá,
fatalmente, o enriquecimento ilimitado de nosso espírito,
contribuindo para o nosso progresso e desenvolvimento
harmônico. A necessidade cada vez maior de estar em dia
515
com as novas descobertas em todos os campos, com o
material noticioso, literário e científico cada vez mais
crescente, impõe-nos a obrigação de seguir um método para
ler e absorver rapidamente o máximo que pudermos. O campo
do saber é muito amplo, a curiosidade humana é muito
extensa, mas o importante é usar adequadamente esses
conhecimentos para tirar proveito no momento oportuno.
6.1. A Assimilação Dos Conhecimentos
A sua recordação quando deles necessitamos, é o
móvel principal da utilização de um método. Com ele teremos
facilitado a nossa tarefa e nos libertaremos de uma tensão
desnecessária, podendo usar mais livremente a nossa energia
mental em outros campos, aumentando o nosso rendimento
intelectual.
6.2. A Memória É De Fato Uma Faculdade Preciosa E De
Grande Valor
Ela ocupa um papel muito importante na nossa vida,
permitindo-nos assimilar e recordar tudo quanto interessa às
nossas atividades. Praticamente, é a ela que apelamos para
resolver nossos problemas.
6.3. O Fortalecimento Da Memória
Da mesma maneira que, através da cultura física,
desenvolvemos o nosso corpo podemos, como um método
516
seguro, fortalecer a nossa memória, que é uma faculdade
natural. Esse fortalecimento será uma das armas de que
disporemos durante a vida, evitando-nos muitos aborre-
cimentos. Partindo do princípio de que os fatos exteriores fi-
cam marcados em nosso inconsciente através dos nossos
cinco sentidos, cuja dupla função é captar os estímulos
internos do nosso organismo e provocar as sensações, os
métodos que iremos estudar mais adiante tem por finalidade
desenvolver a nossa capacidade de conservar o maior número
possível de imagens e por um tempo muito prolongado.
6.4. Os Exercícios De Memorização Têm Por Objetivo:
6.4.1. Possibilitar à pessoa interessada identificar, denominar,
comparar, conceituar e individualizar facilmente os fatos
situados nas diversas fases da vida.
6.4.2. O ensino da observação e da concentração mental tanto
no tempo como no espaço.
6.4.3. O fortalecimento da memória para não cair na
reminiscência, ou seja, na recordação incompleta dos fatos ou
a vaga lembrança de um estado.
6.4.4. Esses exercícios tendem a desenvolver a capacidade
de conservação e de evocação de um fato, ou de um de-
terminado estado de coisas. E, para que eles possam ser mais
517
bem compreendidos, convém antes lembrar que o processo
da memória pode dividir-se em quatro etapas:
1ª – Compreender processo consciente;
2ª – Registrar
Processos inconscientes;
3ª – Conversar
4ª – Evocar processo consciente.
6.4.5. Assim, depois de compreender ou tomar consciência de
um fato, nós o registramos na nossa mente, ou em forma de
imagem que concebemos pela inteligência, ou através de uma
sensação veiculada por um ou mais dos nossos sentidos.
6.4.6. O papel da memória é guardar tudo que foi registrado e
esta função chama-se retenção. Quando precisamos desses
registros, fazemos evocação do fato e assim recordamos.
6.4.7. O primeiro exercício visará, então, a uma compreensão
máxima para melhor retenção e conservação.
6.4.8. A concentração mental desempenha, portanto, um
papel muito importante no processo de registrar e conservar
as idéias.
6.4.9. A faculdade de concentração consiste em ficarmos
fixados sobre um tema determinado sem nos distrairmos com
qualquer outra coisa, a não ser o assunto tratado.
6.4.10. É a faculdade de convergir toda a nossa atenção para
o assunto a ser tratado. Portanto, a concentração é fun-
518
damental para a obtenção de bons resultados, especialmente
porque, no nosso pensamento, as idéias aparecem e se
sucedem sem fim.
6.4.11. Através da concentração conseguiremos rechaçar
energicamente tudo que for alheio ao objeto do nosso estudo,
neutralizando, por essa força, “as idéias parasitas” que
pretendem perturbar o nosso trabalho. E, concentrados,
teremos mais facilidade para estudar e analisar, em seus
mínimos detalhes, qualquer problema, encontrando-lhe as
melhores soluções.
6.5. 1º Exercício
Escolha um objeto qualquer que se encontre ao seu
redor, um livro, por exemplo. Agora, examine esse livro com
muita atenção, examine as suas dimensões, largura, altura,
comprimento, o formato, a cor da capa e outros detalhes.
Depois de conseguir ter a mente totalmente ocupada por esse
objeto, tudo o que se relaciona à sua forma, passe a
aprofundar a sua concentração numa segunda etapa deste
exercício: descobrir todos os seus mínimos detalhes. Usando
o objeto dado no exemplo anterior teremos nesta fase que
descobrir o nome do autor, o nome do livro, a edição, o ano, a
forma das letras usadas, as diferenças de tamanho, as cores
utilizadas, as gravuras etc. Depois de examinar esse livro sob
519
todos os seus ângulos, feche os olhos e tente visualizar
mentalmente tudo que você viu todas as impressões que
conservou do objeto examinado. Neste momento da
memorização nada mais existe a não ser o objeto.
No exercício seguinte, você utilizará mais de um objeto,
passando rapidamente de uma concentração para outra. Isto
tem importância em vista da variedade dos assuntos a serem
tratados e dos problemas a serem resolvidos em um tempo
relativamente curto.
6.6. 2° Exercício
a) Pense durante cinco minutos num assunto qualquer.
Passado esse tempo, escolha outro assunto, de preferência
do seu interesse imediato. Esgotados os cinco minutos, passe
novamente a pensar num outro tema, e assim por diante,
durante quinze a vinte minutos. Após uma pequena pausa,
tente recordar os assuntos pela ordem em que neles se
concentrou. Esses exercícios, de concentração têm por
finalidade desenvolver o poder de observação e
especialmente notar as transformações que cada objeto
apresenta, tanto no espaço como no tempo. Desta forma,
estaremos dando maior campo à nossa imaginação e
munindo-nos das armas necessárias para nos defendermos,
mesmo quando formos apanhados de improviso. Teremos
520
desenvolvido a nossa inteligência em profundidade e em
potencialidade.
6.7. 3° Exercício
O método audiovisual é uma combinação muito feliz
resultante de transformar as frases, as palavras, em imagens,
ou gráfico, partindo-se do princípio de que o registro das
imagens e dos gráficos na mente é mais intenso, mais
profundo. E quando o registro, a gravação, é melhor, mais fácil
é a evocação, a lembrança. Consequentemente, a recordação
é mais completa, mais perfeita. Em resumo, transformamos as
frases e idéias em desenhos e imagens visuais. Quando
necessitamos, evocamos então essas imagens por
associações de idéias e as re-transformamos, novamente, em
idéias e frases. Desta maneira, usando a nossa imaginação,
aprenderemos a pensar através de imagens, desenhos e
figuras, tornando mais agradável e menos trabalhosa a
memorização de um conhecimento, de uma conferência, de
um discurso ou de qualquer outra atividade de que necessi-
tamos guardar mentalmente. Resulta do que acabamos de
expor, que é de grande importância o poder de observação.
Mas, infelizmente, somos mais distraídos do que
observadores. Caminhamos sem prestar atenção aos
ensinamentos da vida. O espírito de observação parece estar
521
morrendo. É importante adquirir novamente esta faculdade
preciosa: observar. Observar para depois concentrar-nos e
procurarmos entender, compreender o “por quê” das coisas.
6.8. Para Desenvolver O Nosso Espírito De Observação,
Recomendamos Os Exercícios Seguintes:
a) Indo para o serviço, ou voltando para casa, sem prejuízo do
seu tempo, observe bem o caminho em todos os seus
ângulos, as pessoas, as lojas e estabelecimentos, o trânsito
nas diferentes horas, os lados opostos da rua, a iluminação, o
barulho, enfim tudo aquilo que merece a sua atenção. Procure
depois estudar e analisar o "por quê" das coisas observadas.
Talvez encontre soluções e faça sugestões para melhorar
esses fatos. Normalmente, estamos em contato com as
mesmas pessoas em casa, no caminho, no trabalho, no clube,
no grupo social mais próximo de nós. Procure observar
minuciosamente essas pessoas, lembrando-se do seu nome
completo, sua origem, sua idade. Depois, faça um estudo
rápido do tipo físico dessa pessoa, registrando sua altura, sua
forma física, analisando, particularmente, as características de
sua cabeça: a cor dos olhos, o nariz, ouvidos, a boca, o
cabelo, etc. Na medida do possível, examine as suas mãos, a
sua maneira de andar, os seus gestos, a sua voz, a maneira
de se vestir. Enfim, examine a pessoa sob todos os aspectos.
522
A cada dia, estude uma pessoa e tente analisar todos
esses detalhes. Num momento de repouso, experimente
lembrar-se dessa pessoa e de todos esses detalhes.
Estes exercícios simples, mas eficientes, irão proporcionar
maior poder de observação, indispensável para o
desenvolvimento da sua memória. Acabamos de apresentar
algumas técnicas que nos permitirão adquirir um rendimento
maior das nossas faculdades cerebrais. À medida que formos
praticando e nos aprofundando nessas técnicas,
perceberemos, certamente, um grande progresso. E a
satisfação de tomar consciência desse progresso compensará
o esforço que tivermos feito.
7. COMO DESENVOLVER A MEMÓRIA
É certo que existem diferenças individuais na capacidade
de memorizar; contudo, qualquer pessoa de inteligência
normal pode desenvolver muito tal capacidade e, para isso,
basta observar certos preceitos bastante simples. Devo insistir
em que a memória é susceptível de ser aperfeiçoada porque a
maior parte das pessoas gosta de colocar-se na posição
cômoda de desculpar seus esquecimentos alegando que isso
faz parte de sua própria natureza. “Eu nasci assim; que vou
fazer?” – é o que sempre dizem. Se alguém se aferra a esse
523
ponto torna-se impossível fazer qualquer coisa para melhorar
seu rendimento mental.
As outras pessoas podem desculpar quando você se
esquecer de algo, caro leitor; pois, afinal, esquecer-se é
humano. Sugiro, contudo, que você jamais se satisfaça com
uma simples desculpa com relação aos próprios
esquecimentos. De nada adianta ficar remoendo falhas
passadas; o que se tem a fazer é adotar medidas concretas
para que as mesmas não se repitam. Não existe (boa
memória)” – escrevem Joyce D. Brothers e Edward P. F.
Eagan em “Como Desenvolver a Memória” (Ed. Record),
existe apenas uma boa técnica de memória. “O cérebro –
pode ser comparado a um grande arquivo em que cada coisa
que você vê, ouve ou lê é imediatamente classificada e
arquivada”. O fato de ser ou não arquivada de maneira a ser
facilmente acessível no momento em que você quer depende
inteiramente de você. O interesse, uma forte motivação, é o
principal ingrediente de uma boa memória. Você deve
conhecer inúmeras pessoas que têm dificuldade em
memorizar seja o que for que lhes pareça aborrecido, mas que
se recordam com detalhes de jogos de futebol desenrolados
há dezenas de anos; chegam a lembrar-se da escalação dos
times, da contagem e dos goleadores! É importante reservar a
524
memória para as coisas que realmente merecem nossa
atenção. Pretender reter na cabeça detalhes e coisas
insignificantes serve apenas para dispersar a atenção e
prejudicar a memorização das coisas importantes.
É proverbial a distração dos grandes sábios com relação
às coisas triviais. Conta-se que Lord Macaulay, poeta e
historiador inglês, era capaz de repetir palavra por palavra; um
discurso que tivesse o dom de despertar seu interesse. Uma
conversa banal com um amigo, contudo, podia ser esquecida
imediatamente. O famoso maestro Artur Toscanini conhecia
de cor as partituras de centenas de sinfonias e óperas. Por
outro, lado; podia subir em um ônibus e logo esquecer seu
número. Destarte, o que se tem a fazer para desenvolver a
memória é aprender a esquecer! É preciso pôr de lado tudo o
que não merece ocupar nossa atenção. Existem outros sim,
uma série de coisas que precisam ser recordadas, mas que
não necessitamos reter em nossas mentes. Nesse sentido o
papel funciona como verdadeira extensão do cérebro, pois
podemos lançar nele, nossas preocupações, temores e
pequenas tarefas de rotina. Quanto mais usarmos anotações
para essas coisas melhor. A utilização de uma agenda para
registrar nossos compromissos e uma grande variedade de
outras pequenas coisas permite conservar a mente livre de
525
pequenas e desnecessárias preocupações e aplicar nossa
energia mental em assuntos mais importantes. Um artigo
publicado no jornal O Estado de S. Paulo de 12/01/69, refere-
se aos conselhos de um psiquiatra londrino: A mente liberta da
confusão exterior, sob a forma de minúcias, rotinas, horários e
problemas pessoais, encontra tempo para a sua principal
missão na vida: o pensamento criador, em outras palavras, a
solução dos problemas, o comando da ação, a descoberta dos
modos e meios. “Se você puder adquirir o hábito de pôr no
papel às coisas rotineiras da vida, de modo a que possa
conferir o seu tempo pelas suas anotações - diz o especialista
estará no caminho certo para vencer na vida. Milhares e
milhares de pessoas perdem horas preciosas preocupando-se
inutilmente com ninharias que, se tivessem sido anotadas, se
resolveriam por si mesmas”. No mesmo artigo, menciona-se a
recomendação dos psiquiatras de manter um diário para o
registro dos nossos problemas pessoais, deixando linhas em
branco para anotar a solução que vierem a ter, e de utilizar
uma pasta para os assuntos profissionais. Não se deve,
jamais acrescentam, misturar assuntos pessoais com os que
dizem respeito à nossa vida profissional. A confusão de
pensamentos é, precisamente, um dos maiores geradores de
tensão e deve ser evitada a qualquer custo. Preceituam,
526
também, o uso de um caderno de notas que funcione como
uma espécie de “cesta de papel das emoções de nossa
mente”. Servirá para o registro de pensamentos que nos vêm
ao espírito e que não encontram lugar adequado seja no diário
seja na pasta. “Ressentimentos, frustrações, coisas que
aspiramos realizar e temos consciência de nunca o poder. É
melhor que tudo isso esteja fora de nossa cabeça, no caderno
de notas”.
Como vemos, confirma-se a afirmação que fiz atrás de
que, livre de preocupações e más emoções, da “areia no
motor”, a mente torna-se apta para render o máximo em todos
os seus aspectos. Note-se, aliás, que todos esses aspectos
estão relacionados entre si, melhorando em um deles, todos
os outros serão também beneficiados. Por outro lado, a
memória pode ser inibida, como os outros processos mentais,
pelo excesso de motivação. É o que sucede quando
prestamos exames importantes ou quando nos apresentamos
para falar em público. O nervosismo que essas situações
acarretam parece paralisar nosso intelecto. Li certa feita, a
história de um homem que fugia de um dos países da “cortina
de ferro”, usando nome suposto. A extrema tensão do
momento em que embarcava no trem que o conduziria para
um local seguro fez com que se esquecesse do tal nome,
527
muito embora tivesse passado vários dias procurando
familiarizar-se com ele. Só quando conseguiu libertar-se um
pouco do nervosismo é que ele lhe veio à lembrança.
Nesses casos em que determinada lembrança parece
bloqueada, de nada adianta forçar a memória. Quanto mais
esforço, fizermos; mais inacessível vai se tornando aquilo que
queremos lembrar. O melhor que se tem a fazer é desviar a
atenção para outros assuntos até que, de repente, “estale” a
lembrança. A prática do relaxamento traz benefícios também
para a memória, seja para reter seja para evocar recordações.
Nas relações humanas é muito importante lembrar-se dos
nomes das pessoas com quem temos contato. “Se quiser
fazer que as pessoas gostem de você escreve Dale Carnegie
– a regra é: lembrar que o nome de um homem é para ele o
som mais doce e mais importante que existe no seu idioma”.
Frank Bettger, autor de “Do Fracasso ao Sucesso na Arte
de Vender” (publicado no Brasil pela Ibrasa, várias edições)
faz notar que, para lembrar nomes e fisionomias três passos
são importantes:
Impressão;
Repetição;
Associação.
528
Adverte, na maioria das vezes, não chegamos a ouvir,
clara e distintamente o nome das pessoas que nos são
apresentadas. Ocorre, portanto, uma deficiência de
observação e não, propriamente, de memória. Se o nome não
foi perfeitamente compreendido não há nada que impeça que
solicitemos e seja repetido ou, se necessário, soletrado.
Ouvindo nitidamente o nome e observado com cuidado a
fisionomia da pessoa, teremos fornecido à memória uma
impressão clara que ela terá facilidade em gravar. É bom
sistema, também, anotar o nome da pessoa apresentada,
depois que ela se afasta. Escrever auxilia a mente aguardar.
Se procurarmos repetir, sempre que possível, o nome das
pessoas, teremos oferecido outro precioso auxílio à memória.
Às vezes esquecemos o nome da pessoa apresentada alguns
segundos depois que o ouvimos. A repetição mental,
silenciosa, do nome logo após sua enunciação evita isso. A
associação mental é o processo básico pelo qual a memória
atua. Sempre que pudermos associar o nome com algum
objeto ou palavra, devemos fazê-lo. Frequentemente, ao
depararmos com uma fisionomia vagamente familiar,
perguntamos a nós mesmos “de onde é que eu conheço esse
camarada?” Súbito acode-nos a lembrança do local onde
estivemos em contato com essa pessoa e, então, todos os
529
detalhes apresentam-se nitidamente em nossa consciência.
Essa ligação de nomes e fisionomias com um determinado
ambiente ou por William com certas circunstâncias é, pois, o
processo natural que a mente usa para reter as lembranças;
nada mais temos a fazer, para aperfeiçoar o processo, do que
dar-lhe uma atenção consciente. Não resta dúvida, caro leitor,
que a mente pode ser bastante aperfeiçoada se cuidarmos
disso com entusiasmo e determinação. Fazê-lo está em suas
mãos. Ei-las: “Existe apenas uma coisa que realmente ensina
a mente humana e essa coisa é o emprego voluntário da
mente pelo próprio homem. Podemos ajudá-lo, podemos guiá-
lo, podemos fazer-lhe sugestões e, acima de tudo, podemos
dar-lhe uma inspiração, mas a única coisa que vale a pena ter
é aquela que ele adquire por seu próprio esforço e o resultado
é proporcional ao esforço que aplica para consegui-lo”.
8. COMO EXERCITAR A MEMÓRIA
A memória é a faculdade de conservar e de experi-
mentar, de novo; estados de consciência passados. A
recordação é, pois, um estado complexo, que supõe, para ser
perfeita: A conservação das impressões anteriores;
Sua localização;
Sua revivescência.
530
A recordação de um estado nada mais é senão esse
estado renascente; por isso é que deve conter todos os
requisitos acima mencionados, especialmente o revi-
vescimento. Porque pouco valor teria, na oratória, a
conservação das impressões anteriores, com a sua repro-
dução e localização no tempo e no espaço, se não se
completassem com as características da revivescência, isto é,
do calor da vida que esses estados passados possuíam. Há
memórias fotográficas, que conseguem reproduzir listas
enormes de nomes e datas. Mas, o que interessa ao orador,
sobretudo, é ter memória capaz de lembrar-lhe os itens do
esquema e os fatos e dados mais importantes do seu
discurso.
8.1. Para melhorar a memória, deve o orador exercitar-se
através de quatro meios conhecidos:
8.1.1. Repetição
A repetição, procurando colocar os nomes ou datas de
modo a facilitar a sua recordação. Assim, por exemplo, para
se lembrar os deveres do escoteiro, é interessante colocá-los
na ordem alfabética, repetindo-os nessa ordem, a saber:
alegre, alerta, asseado, cortês, econômico, honesto e leal.
531
8.1.2. Observação
A observação buscando o orador deter-se nas minúcias,
para melhor gravação do objeto visado. Assim,
exemplificando, referir-se-á com maior sensibilidade ao fato
histórico da Independência do Brasil, se demorar na
observação do quadro de Pedro Américo que o reproduziu.
Detendo-se, também, na observação atenta da fotografia de
alguém sobre o qual deva falar, gravará pormenores de sua
fisionomia, que lhe darão maior precisão e, mesmo,
eloquência no discurso, quando se referir às qualidades de
bondade ou de caráter do biografado.
8.1.3. Concentração
A concentração sobre um fato qualquer do objeto do
discurso consiste, indiscutivelmente, na sua memorização.
Quando o orador se concentra num acontecimento qualquer,
procurando localizá-lo no tempo e no espaço, para revivê-lo
dentro das condições exatas em que ele se dera, não apenas
o grava na memória, como o valoriza no seu discurso. Por
certo, carece de interesse o orador que não sente o que diz,
ou melhor, que não procurou concentrar-se sobre o fato que
deseja transmitir, e, por isto, não se identificou com ele. O
descobridor tem maior entusiasmo na sua exposição e
discorre com mais segurança sobre o assunto.
532
8.1.4. Associação de idéias
O processo associativo constitui a arte de associar idéias
cuja reprodução é difícil a outras que são facilmente
lembradas. Assim, se desejarmos reproduzir num discurso o
nome de alguém chamado “Otávio” e tivermos receio de
falhar, convém associarmos essa pessoa a um nosso amigo
que tenha nome idêntico. Lembrar a imagem desse amigo é
mais fácil do que guardarmos o seu nome; e a imagem sugere
o nome. Uma série enorme de associações de idéias pode fa-
zer o orador lembrar-se de dados e nomes que deverão ser
reproduzidos no seu discurso.
Ribot demonstra que a memória não supõe somente uma
modificação dos elementos nervosos, mas também,
associações dinâmicas entre si. Quanto mais repetida for à
associação, tanto mais a recordação será tenaz; é o que
explica que as recordações mais antigas sejam as últimas a
desaparecer (lei de regressão; certos velhos só conversam as
recordações da infância).
O jogo da associação de idéias é importantíssimo,
porque a vontade não tem o poder de sozinha, provocar o
renascimento de um estado passado. Sabemos que quanto
mais nos esforçamos para lembrar alguma coisa, mais ela nos
escapa. Se deixarmos de lado a vontade de recordar algo e
533
fixarmos a nossa atenção sobre uma determinada idéia, de
maneira a provocar o jogo da associação de idéias, o fato
poderá renascer. Assim, por exemplo, se nos escapa o nome
de uma pessoa conhecida, não nos lembraremos dela pelo
simples fato de querermos nos lembrar. Quando
abandonamos essa nossa vontade, o nome surge. Mas
poderemos, através de uma associação de idéias, conseguir
lembrar esse nome esquecido. Essa associação poderá ser
feita de vários modos, dos quais destacamos este, que é fácil
de ser aplicado: percorre-se o alfabeto, a começar pela letra
“a”, parando-se alguns segundos em cada letra, o suficiente
para se verificar se ela se associa ao nome que se deseja
recordar. Não havendo nenhuma resposta da mente, passa-se
a segunda e, assim, até à última letra. Pode-se, até, ao
pronunciá-la mentalmente, ligá-la a diversas sílabas, para
provocar a memória.
O exercício referido; como muitos outros que poderiam
ser feitos, demonstra que, realmente, a vontade não interfere
na memória, nada adiantando insistir, sem a ajuda de uma
idéia associada, na lembrança de algo.
A memória se manifesta de modo diverso nas pessoas.
Há aqueles que se recordam mais das imagens auditivas;
outras, das imagens visuais, e outras, ainda, das imagens
534
motoras. O conhecimento deste fato tem grande importância,
sobretudo, para o estudante. Quando se der mais valor a essa
particularidade, dividir-se-ão os estudantes de uma classe em
seções diferentes, para receber ensinamentos por métodos
diferentes. Aos que tenham melhor memória visual serão
aplicados métodos visuais, com a exibição de imagens; aos
que memorizem melhor através da audição, as gravações são
mais indicadas, e aos que tenham memória motora será
aplicado o método correspondente, permitindo-lhes a
movimentação. Aristóteles criara a sua escola filosófica e de
oratória dos “Peripatéticos”, porque lecionava melhor e os
seus discípulos o compreendiam mais facilmente, andando.
Evidentemente, não nos cabe, num livro sobre oratória, fazer
um estudo mais amplo sobre a memória. Afloramos o assunto,
porque é palpitante e preocupa todos aqueles que desejam
falar em público.
Lembremos, todavia, que é errônea a suposição de que
somente uma pessoa que possua excelente memória estará
em condições de discursar.
Como discursar não é recitar discurso, mas compô-lo,
estruturando as idéias e improvisando as palavras, resulta
evidente que uma memória normal é o suficiente para um
orador. É exatamente essa preocupação de ter uma memória
535
privilegiada para falar em público que faz com que muitos se
afastem da oratória.
Quem fala em público deve, ou saber os fatos e dados
que vai mencionar, ou levá-los anotados para uma consulta,
se necessário. O discurso não é uma peça que tenha que ser
desenvolvida sem nenhuma interrupção Existe, até uma figura
de ornato na oratória chamada comunicação, estudada no
segundo volume desta obra, pela qual o orador, em
determinado momento, interrompe o discurso e conversa com
auditório. Nessa conversa, ele poderá dizer, entre outras
coisas: “escapa-me, no momento, o nome, ou a data de algum
acontecimento; desculpem-me, mas quando me emociono,
tartamudeio um, pouco; e encetar outras comunicações com o
auditório”. Entendida a oratória por este modo, verifica-se que
ela está ao alcance de qualquer um, desde que disponha as
suas idéias de um modo claro e correto. O restante, inclusive
a memória, desenvolve-se à proporção que a pessoa fala em
público. Necessário é que se evite autossugestionar
negativamente, mas, ao contrário, procure confiar em si,
seguindo as instruções contidas no terceiro volume desta obra
sobre a eficiência pessoal.
536
9. O DESPERDÍCIO
Certa ocasião perguntaram a Carlyle o que ele pensava
sobre o homem. E, prontamente, respondeu: “Essa obra prima
da natureza, dotada de faculdades excepcionais, não faz
esforço para nascer, não aprende a viver e sofre para morrer”.
De certo modo, estava ele repetindo Sêneca, quando afirmava
que “o homem vive preocupado em viver muito e não em viver
bem, quando não depende dele viver muito, mas sim viver
bem”. Na realidade, o homem, de um modo geral, não
aprende a viver, mesmo porque ignora o potencial de
inteligência com que a natureza o dotou, ou melhor, cogita
muito pouco de explorar essa maravilha que é o seu cérebro.
Um cientista inglês - Gray Walter pondo em evidência a
importância do cérebro humano ,mesmo aquele do qual pouco
se exigiu, considerou e, se tivessem que construir um
aparelho que pudesse competir com esse órgão que pesa
apenas meio quilo, seriam gastos três quatrilhões de dólares,
ou seja, muitas vezes o orçamento dos Estados Unidos da
América do Norte, pesaria algumas centenas de quilos,
exigiria um milhão de watts de energia para funcionar e não
superaria o cérebro humano. Na espetacular viagem em-
preendida até à Lua, concebida pelo cérebro do homem,
enquanto os computadores eletrônicos enlouqueciam, a mente
537
humana continuava atenta e vigilante, corrigindo os defeitos
desses aparelhos de precisão quase absoluta. Se
deixássemos de lado as profundezas da mente, ou seja, o
subconsciente ou inconsciente, onde se localiza um campo
ainda misterioso para o homem, e nos ativéssemos apenas à
mente consciente alimentada pelos nossos cinco sentidos,
verificaríamos o quanto desperdiçamos da nossa capacidade
mental no trato das coisas que nos circundam. Aproveitamos
dela apenas 10%, como muito bem afirmou William James.
Assim, por exemplo, pelo tato, sabemos distinguir a superfície
dos objetos, identificando o aveludado de uma pétala de rosa
ou a aspereza do espinho, podendo ainda fazer distinções
mais precisas. Todavia, isto equivale apenas a 10% da nossa
capacidade táctil, porque o cego consegue ler com as pontas
dos dedos. Ele apenas desenvolveu uma capacidade antes
mal explorada. Pelo gosto, distinguimos os alimentos e os
identificamos, mas os experimentadores de bebidas não o dis-
tinguem apenas, pois são capazes de classificá-los e
reclassifica-los. Pela audição reconhecemos uma voz amiga,
percebemos o cair da chuva, mas o homem das selvas, por
uma necessidade de defesa, colocando seu ouvido no chão, é
capaz de ouvir ao longe o tropel de seu inimigo. O olfato nos
permite distinguir os odores, o que na realidade representa
538
apenas 10% da capacidade desse sentido. O bugre aspira o
ar e sente à distância a presença de uma fera. E o que dizer
então do sentido da vista! Contentamo-nos apenas em ver as
coisas que estão em nosso redor e não procurar enxergar
mais longe. O homem deixou de ser observador por força da
rotina. Quantas cenas existem diante de seus olhos oferecidas
pela natureza, ou mesmo pela engenharia, que ele não vê. No
entanto, dinamizando seu órgão visual, através de exercícios
sérios, verdadeiros e pertinazes, seria capaz de ler até duas
ou três mil palavras por minuto. Há até aqueles que
conseguem fotografar na retina uma folha de papel escrita e
tirando-lhe essa folha podem reproduzir o que nesse papel se
continha. Verdade é que muito se tem escrito sobre esse
assunto e há os que negam essa propriedade por parte da
vista humana, como existem os que a comprovam. Outro setor
em que há muita lamentação, cometendo-se uma grave
injustiça, é o da memória. Ouvimos comumente pessoas
dizerem que não têm memória, quando deveriam dizer que
não usam ou não desenvolvem a memória que têm. Se a
pessoa não tivesse memória teria se desintegrado
mentalmente, pois nunca saberia se identificar. Essa
identificação da pessoa através do tempo, sentindo-se sempre
a mesma, a despeito dos anos que passam, existe à conta
539
dessa memória que a própria pessoa diz não possuir. O que é
preciso é cultivar a memória, o que se torna possível através
dos quatro meios já mencionados: a repetição, a observação,
a concentração e a associação de idéias. Cada um desses
meios deve ser usado de acordo com o caso específico que
se apresente. Assim, por exemplo, um jovem sofria pelo fato
de não ter conseguido em duas tentativas passar nos ves-
tibulares da Escola Politécnica. Ele usava o processo da
repetição nos seus estudos, quando deveria usar, sobretudo,
o da observação e da concentração. Dizia ele que passava
grande parte da noite a repetir as lições contidas no livro e, na
hora oportuna, esquecia-se de grande parte do que decorara.
É que havia começado a decorar sem antes ter tido o cuida do
de despertar a sua curiosidade por aquilo que iria ler. A
curiosidade tem a faculdade de despertar o interesse por
aquilo que buscamos na leitura. Assim como não comemos
bem sem apetite, não assimilamos o que lemos sem
curiosidade. Esse moço trazia nas mãos um dos livros em que
costumava estudar. Tomamo-lo e o abrimos exatamente numa
página em que se desenhava uma máquina com a indicação
de suas peças. Explicamos-lhe que ele não poderia sentir
prazer na leitura daquele capítulo se antes não despertasse a
sua curiosidade para o funcionamento daquela máquina,
540
procurando descobrir o seu segredo. O tempo dedicado a
esse trabalho se compensaria pela exacerbação da sua
curiosidade em procurar a explicação no livro. Mesmo quando
não existam gráficos e máquinas à vista, sempre haverá sobre
o que fustigar a nossa curiosidade. Um acadêmico de Direito
quando vai estudar um ponto sobre o “pátrio poder”, por
exemplo, precisa, antes de ler a lição respectiva, indagar
mentalmente sobre esse instituto de direito, a sua importância
e o porquê do seu estudo. Só depois de verificar que pouco ou
nada sabe a respeito é que deverá se abeberar no livro. Con-
seguido o interesse pela leitura, ativa-se a observação e a
concentração, sem o que não seria possível a assimilação
daquilo que se pretende saber. O livro deixará de ser um
fardo, um inimigo do estudante, para ser o seu companheiro, o
segredo das suas vitórias. As técnicas para a memorização de
poesias, de nomes, de números existem estudadas e
ofertadas em livros especializados sobre o assunto, mas o
homem dificilmente sai de sua rotina. Se precisar fazer um
esforço para apanhar o livro e, se mais esforço lhe exige a
leitura, tudo isto fica esquecido, e o mundo que se descortina
nesses ensinamentos ficará, também, no olvido. Ele
continuará na sua vida insípida, no terra-terra de todos os
dias, usando mal a sua inteligência e, por isso mesmo,
541
confirmando o que disse Carlyle, não aprenderá a viver,
embora disponha de recursos para isto.
9.1. O Espacejamento
Para memorizar um nome, ou um número, ou um trecho
escrito, deve-se repeti-los mentalmente, ou falando com uma
pausa de trinta segundos entre uma repetição e outra. Assim,
evitar-se-á o que os psicólogos chamam eco da memória, que
se desfaz facilmente. Com esse intervalo entre uma repetição
e outra se sedimenta na mente o que se pretende memorizar.
Quando se repete algo com certo intervalo, o cérebro
ganha um tempo precioso para gravá-lo. Doutro modo, fica-se
apenas com o eco das palavras, de valor periférico e não
profundo.
A experiência ensina a validade desse processo, de-
nominado espacejamento, através da demonstração seguinte:
Se alguém repetir, sem interrupção, um mesmo número;
esquecê-lo-á pouco tempo depois de terminar a repetição.
Todavia, se a repetição for feita com intervalos de trinta
segundos, a memorização se faz de modo mais eficiente.
Qualquer pessoa poderá testar a validade do espacejamento
decorando um número de telefone. Repita o número,
mencionando-o sem nenhuma interrupção, e verificará que
logo ele será esquecido. Repita-o, agora, intervalando-o com
542
trinta segundos de pausa, e notará que, nesse intervalo, o
número se aprofundou na mente, que assim pode retê-lo.
9.2. Reminiscência
Consiste este método em revermos, periodicamente, as
coisas aprendidas, evitando-se, assim; o seu esquecimento.
Aliás, sabido é que, nas leituras subsequentes, grava-se de
modo mais eficiente do que na inicial.
A psicologia tem se ocupado bastante, Ultimamente,
com o estudo da memória, através de experiências inte-
ressantes. Assim, por exemplo, o psicólogo F. Nicolai,
testando o valor da reminiscência na memorização, apre-
sentou a um grupo de pessoas uma caixa fechada contendo
no seu interior objetos vários e diferentes entre si. Diante
delas, devidamente prevenidas de que deveriam observar
bem seu conteúdo, tirou a tampa da caixa. Depois, afastou a
caixa e perguntou que objetos tinham visto dentro dela.
Poucos eram os objetos identificados pelos observadores.
Mas, à proporção que a caixa era novamente aberta e
apresentada às pessoas, estas retinham de memória maior
número de objetos.
A experiência acima teve o condão de tranquilizar
aqueles que supõem não possuir boa memória, pelo simples
fato de terem lido uma ou duas vezes um mesmo texto e não
543
o terem decorado. Isto é perfeitamente natural. O que é
preciso é repetir mais vezes, usando técnicas como do
espacejamento, como acabamos de estudar.
As coisas que guardamos de memória vão, com o tempo,
sendo esquecidas. Só conseguimos sua revivescência
recordando-as periodicamente.
Os fatos ocorridos na nossa infância ficam meio es-
maecidos, não se apresentando as cenas bem definidas. Mas,
aquela reminiscência, que outra não é senão uma lembrança
indecisa na nossa memória irá se reavivar aos poucos, se nos
concentrarmos nos fatos que buscamos lembrar. Esse, aliás, é
um ótimo exercício para a memória.
Enfim, se desejarmos exercitar a nossa memória,
melhorando-a cada vez mais, procuremos nos lembrar de
fatos ocorridos no passado, recapitulemos uma poesia que
decoramos há algum tempo, ou um discurso que nos agradou;
forcemos, de qualquer modo, a memória, sob pena de
esquecermos que a possuímos. Um interessante e agradável
exercício para a memória é decorar uma poesia. Tente fazê-lo,
adotando esta técnica:
Leia, antes, a poesia e procure entendê-la. Divida-a,
depois, em três partes: a primeira, do início até a metade
aproximadamente; a segunda envolvendo o centro da peça, e
544
a terceira o final. Se a poesia for muito extensa, convém fazer
subdivisões. Na reprodução será mais fácil lembrar-se do
início e mais difícil o centro e o fim. Sabendo disso, dedique-
se mais a estas duas últimas partes da poesia.
A decoração feita linha por linha, embora seja mais fácil
no instante em que se processa, resultará em maior
dificuldade quando se tiver que reproduzir o texto. Pois, pela
descontinuidade do exercício, perde-se o nexo do todo.
545
13
MENSAGEM
TEXTO: 1 RS 21.1-29
INTRODUÇÃO
546
vida dos profetas que por ali circulavam. Nobre leitor, o que é
mais importante nesta vida para você? Estrelas do futebol
mundial, o seu clube, ou algum tipo de diversão? Muitas vezes
poderemos incorrer no erro de gostarmos mais da obra do
Senhor do que do Senhor da obra.
2. NABOTE O JIZREELITA
2.1. Nome
2.2. Profissão
Vinicultor.
548
3.2.3. Judas era materialista, deu mais valor a 30 moedas de
prata do que a sua salvação eterna.
549
4. AS PROPOSTAS AMBICIOSAS DE ACABE
Dizia Acabe: “Te darei por ela outra vinha melhor do que
ela.” O que Satanás tem de melhor para nos oferecer do que a
plena comunhão que desfrutamos com o Senhor? 1 Co 1.9.
550
4.4. O Que Aconteceu Com Acabe Quando Nabote Não
Aceitou O Negócio? Ele ficou:
4.4.1. Desgostoso.
4.4.2. Intrigante.
4.4.3. Estressado.
551
5.3. Herodes praticou um infanticídio em Belém e morreu de
hidropisia em Jericó. Rejeitou o Cristo que é a água da vida e
morreu represado pelas águas de sua própria maldade.
CONCLUSÃO
Devemos exercer a bravura de Nabote. Se necessário
for, entregaremos a própria vida à morte do que perdermos a
nossa herança espiritual à Satanás e ao mundo.
552
14
MENSAGEM
TEXTO: Ex 16.35
INTRODUÇÃO
555
supridor de todas nossas necessidades em todos os detalhes. Veja
abaixo:
MANÁ CRISTO
556
4. A COLHEITA DO MANÁ
558
israelitas cruzaram as fronteiras de Canaã e comeram da
novidade da terra o maná cessou Ex 16.35; Js 5.10-12.
559
O maná enviado por Deus e que alimentava o povo em
seu jornadear ao ser ingerido por um viajante ele sentia o
sabor que desejasse.
560
7.8. O nosso deserto será encurtado mediante o nosso
comportamento em relação a Deus.
561
7.17. Os momentos de provações desérticas são propícios
para nos fazer esquecer-se de tudo que o Senhor já deu.
CONCLUSÃO
562
o maná cessa e se torna passado, você começa a viver das
novidades prometidas no tempo de aflição. Doravante será
abundância e não apenas provisões limitadas. Elimine
qualquer sensação de murmuração e faça como Moisés,
clame ao Senhor!
563
15
MENSAGEM
TEXTO: At 18.24-28
INTRODUÇÃO
564
aljava e as terríveis flechas e se vingou da serpente Piton que
tão obstinadamente perseguira sua mãe. Apolo amou a Ninfa
Coronis que o tornou pai de Esculápio o deus da medicina.
Apolo é o deus da música, da poesia, da eloqüência e da
beleza máscula. O colosso de 185 metros de altitude erguido
na ilha de Rodes que tornou uma das sete maravilhas do
mundo era a estátua do deus Apolo. O nome de Apolo o
pregador fervoroso, aparece 10 vezes em Atos e nas epístolas
At 18.24; 19.1; 1 Co 1.12; 3.4,5, 6,22; 4.6;16.12; Tt 3.13.
565
converteram, tornaram-se missionários em suas próprias
terras. Daí, concluímos que a conversão de Apolo deu-se em
Alexandria no Egito.
2.1. Instruído
2.2. Eloqüente
566
com interesse suficientes para que o amor próprio os leve,
de bom grado, a refletir sobre elas.
2.3. Poderoso
2.4. Esforçado
567
2.5. Fiel
2.6. Corajoso
2.7. Humilde
568
O grande homem é aquele que tem o coração aberto
para receber instruções para torná-lo mais sábio. O ignorante
não aprende porque acha que sabe tudo enquanto não sabe
nada Ec 7.16. Quantos cristãos tem tido prejuízos na vida
espiritual porque não param para aprender?! Há obreiro que
permanece na tribuna só se for para pregar. Apolo o gigante
da teologia cristã curvou-se serenamente para ouvir Priscila e
Áquila. Disse Orlando Boyer: “Se a Priscila e a Áquila faltavam
eloqüência, ainda venceram a inveja, amolando a espada do
grande Apolo.” Priscila e Áquila não trabalharam de tempo
integral. O ponto culminante deles foi aprimorar o poderoso
Apolo no caminho da verdade. Que casal de talento
inigualável! O que estava faltando para Apolo? Era conhecer, o
batismo com o Espírito Santo e a santificação através do
Espírito.
2.8. Dedicado
569
trabalho de discipulado. Muitos novos convertidos não
permanecem porque o discipulado em muitas igrejas não é
levado a sério. Paulo falou com inteireza quando se referiu a
Apolo: “Eu plantei, Apolo regou...” 1 Co 3.6.
2.9. Apologeta
CONCLUSÃO
De todas as virtudes que exornaram o caráter do grande
Apolo; a que sobrepujou, foi a de poderoso nas Escrituras. Se
os cristãos da atualidade tivessem mais familiaridade com a
Bíblia seriam mais fortes e grandes defensores bíblicos. Que o
Senhor da glória através de seu glorioso Espírito venha aguçar
o nosso apetite por sua divina Palavra. Amém!
571
16
MENSAGEM
TEMA: O ATLETA ESPIRITUAL
TEXTO: 1 Co 9.24
INTRODUÇÃO
1. A PREPARAÇÃO DO ATLETA
572
1.1. Manter a forma treinando diariamente
573
2. A TRAJETÓRIA DO ATLETA
574
2.3. Deve remover os embaraços Hb 12.1
3. A PREMIAÇÃO DO ATLETA
575
3.1. O local da premiação
CONCLUSÃO
577
17
MENSAGEM
TEMA: CRISTO, A ROSA DE SAROM
TEXTO: CT 2.1
INTRODUÇÃO
578
1. DADOS GEOGRÁFICOS SOBRE A PLANÍCIE DE
SAROM
579
No lar onde Cristo desabrocha os filhos transformam em
profetas consagrados e passam a não ter mais tempo para as
vaidades nefandas deste mundo tenebroso.
580
O sangue carmesim de Jesus a rosa de Sarom brilha
fulgurantemente nos quatro cantos do mundo como prova de
invencibilidade e purificação.
581
arraigado em Jesus Cristo pode produzir frutos inimagináveis
por estar firmado no solo fértil da verdade.
CONCLUSÃO
MENSAGEM
TEMA: VENCENDO A TENTAÇÃO
TEXTO: 1 Co 10.13
INTRODUÇÃO
583
tentação 13. A tentação às vezes, é uma dura e temível prova,
por isso devemos pedir a Deus que nos seja poupada Mt 6.13;
26.41.
2. OS TRÊS ASPECTOS DA TENTAÇÃO
584
1 Jo 2.16
Desejável Gn
Eva Comer
3.6 Agradável aos olhos
Cobicei Js
Acã Ví Tomei
7.21
Trazer 2
Davi Sm Viu Entrou
11.2,4
Sansã Tomai-ma Jz
Vendo Tomar
o 14.2
Satan Manda Mt
Mostrou Darei
ás 4.3,8, 9
3. OS AGENTES DA TENTAÇÃO
585
De todos os operantes da tentação esse é o principal
articulador da maldade. A Bíblia fala de sua armadilha
denominando-a: “... Laço do passarinheiro...” Sl 91.3. O Diabo
é o maior especialista em estratégias de derrota espiritual. É
incansável na tentação Lc 4.13.
586
4.2. Eliseu 2 Rs 5.15,16
587
5.2. Manejando a espada do Espírito Ef 6.17
CONCLUSÃO
Do monte Quarentena que fica localizado no deserto de
Jericó onde Jesus foi tentado dá para contemplar o monte
Calvário local da última batalha. Podemos ser tentados no
monte Quarentena pelo Diabo, mas, quando olhamos para o
Calvário recebemos forças para massacrá-lo. Amém!
588
19
MENSAGEM
TEMA: O ADVOGADO DOS PECADORES
TEXTO: 1 JO 2.1
INTRODUÇÃO
589
1. O PECADOR NO BANCO DOS RÉUS
590
Se o grande Deus Jeová expulsou Adão do Éden por um só
pecado, não nos permitirá adentrar aos céus conservando
pecados em nossas vidas.
1. A PROMOTORIA DO DIABO
591
é fazer de tudo para que o réu seja condenado e possa receber
a sentença condenatória na prisão perpétua no lago de fogo
que é a carceragem dos irregenerados Ap 20.15.
592
3.2. Conseguiu anular a sentença que foi decretada
contra o pecador Rm 8.34
593
pecado, como para justificar o pecador; isto é, isentá-lo de
toda acusação. Quando o homem é justificado, Deus diz:
“Perdôo esta pessoa, e aceito na minha presença, como se
jamais tivesse pecado. Reputou-a justa, e a justifico plena e
completamente”.
CONCLUSÃO
O Senhor Dr. Jesus Cristo pode desfazer o processo
montado contra nós elaborado pelo Diabo. O trabalho
advocatício e justificador de Cristo são tão gloriosos que faz o
Pai não mais se lembrar dos nossos pecados Is 43.25.
Somente o céu pode nos oferecer este tão grande presente
que é a isenção da nossa culpa. Caro amigo! Você que está
atordoado por uma falha que cometeu, vai agora até a cruz e
594
obtenha o perdão e a defesa de Cristo o maior advogado da
história.
595
20
MENSAGEM
TEXTO: 1 Co 1.17
INTRODUÇÃO
Tinha a forma de um X.
Tinha o molde de um T.
Foi por isso que Simão Cireneu teve que ajudar Jesus
transportá-la para o Gólgota Mt 27.32.
3.3. Patibulum
3.4. Sedile
598
3.5. O letreiro
4.1. A cruz
599
4.6. O mundo está crucificado para mim Gl 6.14
5.3. A cruz tem sido venerada, porque Jesus foi pregado nela,
mas a cruz sem o verbo não passaria de uma forca - François
Mauriac.
CONCLUSÃO
A cruz é o elemento fundamental para a transformação
das gerações. Ela tem quatro pontas, representando o poder
regenerador de Cristo nos quatro cantos da terra. A cruz é o
maior remédio para as nações.
600
21
MENSAGEM
INTRODUÇÃO
601
1. A IMPORTÂNCIA DAS CIDADES DE REFÚGIO
603
nordeste de Penuel. O sentido de Ramote é “altura”,
“elevação”, refere-se a Jesus o nosso Ramote elevado à mão
direita de Deus. A expressão usada por Paulo: “exaltou” Fp
2.9; no original grego é “uperupsoo”, que quer dizer: “elevar
às mais elevadas alturas”, “exaltar excelsamente”. Quando o
pecador aproxima de Jesus o nosso Ramote espiritual, ele sai
do monturo da vida humana, e passa assumir uma posição
gloriosa Sl 113.7, 8; Ef 2.5, 6.
604
3.1. Quedes na tribo de Naftali Js 20.7
605
3.3. Hebrom na tribo de Judá Js 20.7
CONCLUSÃO
Para o homem: fracassado, desenganado, amedrontado e
desequilibrado psicologicamente Jesus é a Cidadela forte.
Aqueles que encontram abrigo no Filho de Deus não serão
vítimas de satanás. Enquanto estivermos escondidos nas asas
protetoras dEle nenhuma praga, maldição ou macumbaria nos
atingirão.
606
607