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XV SEMANA DE BIOLOGIA E
II SIMPÓSIO REGIONAL DE DIVERSIDADE BIOLÓGICA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
“Do início de uma vida ao equilíbrio de todas”
Anais:
Palestras,Mesa
Redondas
Trabalhos
Completos e
Resumos
8 a 12 de setembro de 2014
i
XV Semana de Biologia e II Simpósio Regional de Diversidade Biológica – UESPI
ISBN: 978-85-8320-064-2 v.1, n.1, 2014
Vice-reitora da FUESPI
Bárbara Olímpia Ramos de Melo
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COMISSÃO CIENTÍFICA
Maria de Fátima de Oliveira Pires (Coordenadora)
Cleiciane Maria de Oliveira
Colaboradora:
Vanessa Cristina Moreira de Souza
COMISSÃO DE MINICURSOS
Simone Mousinho Freire (Coordenadora)
Felipe Xavier Soares
Jarrel Henrique Silva dos Santos
Colaboradores:
Alana Rodrigues Lima
André Ricardo Ferreira Da Silva Rocha
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COMISSÃO DE ALOJAMENTO
Darlesson Geovani Dos Santos Sousa
Colaboradores:
Maria Iva Do Nascimento Pereira
Cecilia Maria Da Silva Santana
COMISSÃO DE CULTURAL
Fellype Antônio Pinto Albano
Colaboradores:
Beatriz Murilo Da Costa
João Victor Da Costa Santos
Jayne Polyana Paiva De Sousa
Colaboradores:
Andreza Pereira Moura
Cecilia Maria Da Silva Santana
Daniella Carla Monteiro Teixeira
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Colaboradores:
Jeferson Sousa Alencar
Daniel Santos De Sá
Matheus Lima Carsoso De Sousa
Bruna Leticia Rodrigues Barbosa Lopes
Irisvaldo Jose Do Amarante Silva
COMISSÃO FINANCEIRA
José Rafael da Silva Araújo
Colaborador:
André Ricardo Ferreira da Silva Rocha
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SUMÁRIO
I - APRESENTAÇÃO..................................................................................................... 13
II-PALESTRAS E MESAS REDONDAS
PALESTRAS
1 - Perspectivas dos Novos Sistemas de Ensino e as Novas Tecnologias.
Me. José Nazareno Cardeal Fonteles................................................................................. 15
MESAS REDONDAS
1 - DIVERSIDADE E BIOLOGIA DE AVES NEOTROPICAIS
Coordenadora: Profa. Ma. Simone Mousinho Freire (UESPI - CCN)
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III – RESUMOS
ACIDENTES OFÍDICOS OCORRIDOS NO ESTADO DO PIAUÍ NOS ANOS
DE 2003 A 2013 ............................................................................................................... 39
A FAMÍLIA ANACARDIACEAE R. BR. NO ACERVO DO HERBÁRIO
GRAZIELA BARROSO (TEPB) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ .... 40
A FAMÍLIA APOCYNACEAE NO HERBÁRIO AFRÂNIO FERNANDES –
UESPI – BRASIL ............................................................................................................ 41
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: INVESTIGANDO OS HÁBITOS
ALIMENTARES DOS ALUNOS DO 8ºANO DA ESCOLA MUNICIPAL
MARIA DE LOURDES PINHEIRO MACHADO, ILHA GRANDE – PI ............... 42
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MARANHENSE............................................................................................................... 59
LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS EM
QUINTAIS DO BAIRRO PARQUE ESTRELA, CAMPO MAIOR/PI..................... 60
LEVANTAMENTO DO CULTIVO E USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO
CONJUNTO RENASCER II - CAMPO MAIOR – PI................................................ 61
LEVANTAMENTO DE RÉPTEIS ENCONTRADOS NO PROGRAMA DE
MONITORAMENTO DE FAUNA NO PARQUE LAGOAS DO NORTE,
TERESINA – PI............................................................................................................... 62
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DAS ESPÉCIES UTILIZADAS PARA
FINS MEDICINAIS NO BAIRRO RENASCER I DA CIDADE DE CAMPO
MAIOR- PI....................................................................................................................... 63
LISTA PRELIMINAR DAS HEPÁTICAS (MARCHANTIOPHYTA) DO
ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL....................................................................................... 64
LISTA PRELIMINAR DE MUSGO ( BRYOPHYTA) DO ESTADO DO
PIAUÍ................................................................................................................................ 65
MACRÓFITA AQUÁTICA FLUTUANTE BIOINDICADORA NO PARQUE
AMBIENTAL ENCONTRO DOS RIOS, TERESINA, PIAUÍ................................... 66
OCORRÊNCIA DE Physarum compressum EM ZINGIBERALES NAS ÁREAS
URBANAS DA CIDADE DE TERESINA- PI.............................................................. 67
ORIGEM DA VIDA APLICADA A AO 7° ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL............................................................................................................ 68
PEIXES COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE PINHEIRO - MA, BAIXADA
MARANHENSE, BRASIL.............................................................................................. 69
PLANTAS MEDICINAIS DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE
QUILOMBO SANTANA DOS PRETOS – PINHEIRO (MA): USO E
CONHECIMENTO......................................................................................................... 71
POTENCIAL TÓXICO AMBIENTAL DO INSETICIDA DIFLUBENZURON..... 72
PRÁTICA DE ENSINO II DE CIÊNCIAS: EXPERIÊNCIAS
ENRIQUECEDORAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO...................................... 73
PROGRAMA DE EXTENSÃO NAS IES: ESTUDO DO PRÉ-VESTIBULAR
UESPI – CRESCIMENTO PARA DISCENTES E COMUNIDADE......................... 74
RELAÇÃO PESO - COMPRIMENTO EM DUAS ESPÉCIES DA FAMÍLIA
ANOSTOMIDAE (ACTINOPTERYGII: CHARACIFORMES)............................... 75
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I - APRESENTAÇÃO
A COMISSÃO ORGANIZADORA
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Palestras e
Mesas
Redondas
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PALESTRAS
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- Que alterações elas incidem na relação pedagógica e nos próprios processos de cognição dos
alunos-aprendentes e professores mediadores?
- Que alterações as TICs provocam ou podem provocar na organização institucional de uma
Escola Aprendente?
- Que contribuições as TICs podem dar para que uma Escola Tradicional aprenda a ser uma
Escola Aprendente?
- Como as TICs podem contribuir para o avanço da interdisciplinaridade e da
transdisciplinaridade?
Palavras-chave: Aprendizagem. TICs. Transdisciplinaridade
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MESA REDONDAS
As florestas Neotropicais compreendem uma das regiões biogeográficas mais ricas em termos
de biodiversidade apresentando cerca de 3751 espécies de aves. Toda essa diversidade, no
entanto, não está distribuída de maneira homogênea. É possível observar determinados
padrões na distribuição de vários grupos biológicos, os quais podem apresentar uma
distribuição congruente em regiões denominadas áreas de endemismos (AE). Historicamente,
a origem da diversidade Neotropical tem sido abordada sob uma perspectiva biogeográfica,
assumindo que essa elevada diversidade foi resultado de fatores históricos associados à
mudança da paisagem na região. Estudos recentes envolvendo aves neotropicais têm
demonstrado claramente que muitos táxons atualmente considerados subespécies podem ser
reconhecidos ao nível de espécie, ou seja, várias espécies com uma ampla distribuição no
Neotrópico são na verdade compostas por um complexo de espécies alopátricas ou
parapátricas bastante diferenciadas vocal e geneticamente, que se comportam como unidades
evolutivamente independentes. Estudos que revelam a distribuição e relações filogenéticas
entre táxons proximamente relacionados podem fornecer informações acerca dos eventos
biogeográficos responsáveis pelos processos de diversificação na região Neotropical. Além
disso, tem sido importantes para desenvolver e testar hipóteses sobre processos evolutivos
históricos relacionados com a origem da biodiversidade atual. Desta forma, esta pesquisa teve
como objetivos (1) investigar a filogeografia comparada de três espécies do complexo
Micrastur ruficollis (M. ruficollis, M. gilvicollis e M. mintoni), com a finalidade de identificar
os contextos temporal e espacial da diversificação do grupo; e (2) reavaliar com base em
caracteres moleculares o status taxonômico e limites interespecíficos entre os táxons do
complexo. As filogenias moleculares foram baseadas em 3.297 pares de bases dos genes
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mitocondriais ND2 e cyt b e dos genes nucleares BF5 e MUSK de 55 espécimes, incluindo
como grupos externos os táxons M. mirandollei e M. semitorquatus. As árvores filogenéticas
obtidas por IB e Árvore de Espécies recuperaram uma única topologia agrupando todos
espécimes analisados do complexo M. ruficollis em um clado fortemente apoiado, embora as
relações internas mais basais dentro do mesmo não tenham sido bem apoiadas
estatisticamente. As datas das árvores moleculares indicaram que as separações entre as
espécies do complexo ocorreram entre 4 e 5 milhões de anos tendo se iniciado durante o
Neógeno (Plioceno) e que resultou na diversificação de 10 linhagens, (sub-clados) em M.
ruficollis, M. gilvicollis e M. Mintoni, principais até os dias de hoje que poderão ser
consideradas espécies crípticas sob conceitos alternativos de espécie mediante a análises
adicionais com base em caracteres fenotípicos.
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vários tipos animais aquáticos, isso levou a proibição de seu uso nos anos 70. Toda a água que
percorre os continentes tem destino final os oceanos, os organismos associados direta e
indiretamente a ele sofrem impactos significativos com o DDT advindo do continente.
Diversos animais são estudados para monitorar as concentrações dos POP’s e dentre eles
estão as aves, em especial as aves marinhas que recebem essa denominação porque utilizam
os oceanos durante toda sua vida. Estas merecem uma atenção especial devido à sua
alimentação ser quase que exclusivamente marinha (p.ex. peixes, krill e lulas), serem
sensíveis às mudanças no ambiente e ocuparem o topo da cadeia alimentar, estando assim
mais suscetíveis à contaminantes que se bioacumulam e biomagnificam na cadeia trófica
devido a sua alta lipossolubilidade em tecidos animais, como no caso dos POP’s, em especial
o DDT. A contaminação por poluentes orgânicos mesmo que em baixas concentrações, causa
danos relevantes nas aves marinhas. Os efeitos mais preocupantes são: alteração no sistema
endócrino (atua negativamente na reprodução) e alteração no metabolismo de cálcio
(influencia na espessura da casca dos ovos), esses fatores provocam fragilidade e diminuição
na população de aves marinhas expostas aos contaminantes.
As aves são consideradas o grupo mais conhecido e estudado entre os vertebrados sul
americanos, tornando a América do Sul conhecida como o continente das aves, com
aproximadamente 3296 espécies. A avifauna brasileira encontra-se entre três maiores e mais
diversas do mundo, sendo o segundo país do mundo com maior diversidade de aves, com
aproximadamente mais de 1800 espécies, ficando atrás somente da Colômbia. Isto equivale à
aproximadamente 57% das espécies de aves registradas em toda América do Sul. Mais de
10% dessas espécies são endêmicas do Brasil, fazendo deste país um dos mais importantes
para investimentos em conservação. Mas apesar de tamanha diversidade, na região
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neotropical, o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas, onde o
cenário atual do estado de conservação dos diferentes biomas brasileiros, principalmente com
relação à distribuição da avifauna, é bastante variável. Noventa e dois por cento das aves
brasileiras são espécies residentes, sendo apenas 8% espécies migrantes; e esta distribuição
das espécies residentes ao longo do Brasil é desigual, estando a maior diversidade de espécies
concentrada na Amazônia e na Mata Atlântica, dois biomas que, originalmente, eram cobertos
por florestas úmidas. A diversidade de aves do Cerrado e da Caatinga também sofrem grandes
ameaças, e uma das principais causas é a perda de habitat, onde na maioria das vezes sua
vegetação natural vem sendo utilizada e convertida em pastagens intensivas, consequência da
disseminação da agricultura mecanizada. A ornitologia é o estudo científico, que inclui
descrição, história, classificação (classe, ordem, família, etc.); distribuição, números,
atividades, importância ecológica e de valor econômico das aves. O profissional que trabalha
nesse ramo é o ornitólogo, podendo este apresentar formação científica ou não, onde neste
último caso o profissional é conhecido como “bird watcher”, ou seja, observador de aves. Os
estudos ornitológicos são de grande importância para o aumento sobre o conhecimento e
conservação da diversidade da avifauna brasileira, e a cada nova espécie descrita, percebemos
que apesar de expressivo, o conhecimento sobre a diversidade destes animais ainda está
subestimado; por isso, estudos sobre taxonomia, ecologia, conservação e o desenvolvimento
de teorias para conservação destas espécies são cada vez mais necessários, e fundamentais
para a aplicabilidade em estudos da conservação e manejo de espécies endêmicas de cada
região. A finalidade deste trabalho é fazer uma reflexão sobre o conceito, a importância, e a
aplicabilidade desta ciência, como ramo da biologia, além da importância e contribuição dos
seus estudos dentro do panorama de conservação da biodiversidade de espécies, explicando as
diversas técnicas de coleta, manejo e conservação de aves; além das principais instituições e
recursos que podem ser utilizados como ferramenta para esta ciência.
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A família Araceae é composta por 118 gêneros e 3.437 espécies – são chamadas
informalmente de "aróides". Tem distribuição cosmopolita e com a maioria das espécies e
gêneros ocorrendo na zona tropical. A família é muito diversificada em forma de vida,
morfologia e anatomia. São ervas terrestres, geófitas, epífitas, hemiepífitas, aquáticas,
helófitas, reófitas, flutuantes livres ou submersas fixas, com caules trepadores (lianas),
arborescentes ou eretos, às vezes gigantes, reptantes ou ainda subterrâneos. Nas florestas mais
úmidas do neotrópico, a família tem um papel importante, particularmente, pela sua
diversidade e biomassa como epífitas e trepadeiras hemiepífitas. No mundo inteiro a
subfamília Lemnoideae (Lemna, Spirodela, Wolffia e Wolffiella) constitui um elemento
conspícuo dos ecossistemas aquáticos de água doce, onde formam grandes populações de
plantas flutuantes, indicadores de poluição. O gênero Pistia tem um papel ecológico parecido.
O gênero Montrichardia tem um papel ecológico importante com suas extensas populações ao
longo dos rios da Amazônia e Nordeste do Brasil. Muitos aróides são cultivados tanto na zona
tropical como temperada, e incluem espécies dos gêneros Aglaonema, Alocasia, Anthurium,
Caladium, Colocasia, Dieffenbachia, Epipremnum, Homalomena, Monstera, Philodendron,
Rhaphidophora, Schismatoglottis, Scindapsus, Spathiphyllum, Syngonium, Xanthospatha e
Zantedeschia (especialmente em altitudes maiores nos trópicos). São referidas como
provavelmente o grupo de plantas ornamentais de maior importância econômica no mundo
inteiro. A maioria das espécies são valorizadas pela beleza e exuberância da sua folhagem,
sendo um dos principais motivos para serem cultivadas em jardins de bosques, jardins
pedregosos ou habitats aquáticos. Certas especies, como Anthurium andraeanum e
Zantedeschia aethiopica são valorizadas pela beleza de suas inflorescências, as quais formam
a base para industrias horticulturais multi-milionárias em Holanda e no Havaí. Como plantas
comestíveis citam-se os túberes ou rizomas tuberosos. Espécies que merecem destaque como
alimentícias pertencem aos gêneros Colocasia, Xanthosoma, Amorphophallus, Alocasia e
Cyrtosperma. A espécie com a historia de domesticação mais antiga é Colocasia esculenta, o
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“taro” ou “dasheen” cultivada em muitos lugares desde cerca de 2.000 anos, no Oriente
Médio, e especialmente nas Ilhas do Pacífico e Sudeste da Ásia, de onde milhões de pessoas
as consomem como parte fundamental de sua dieta. Na medicina popular são utilizadas no
combate a várias doenças, tais como, vermes parasitas, febres, doenças de pele, disenterias,
mordidas de cobra, ferimentos, tumores, asmas, reumatismos e como laxante. Dentre as
espécies medicinais destacam-se Philodendron selloum, utilizado como diurético e
adstringente; Typhonium blumei no tratamento de diarréia; Acorus calamus tem sido usado
desde antigamente para males estomacais e Typhonium blumei é usado para tratar diarréia;
Colocasia esculenta é usada na indústria farmacêutica no tratamento da sífilis; as raízes de
Dracontium polyphyllum são antipasmódica e antiasmática, e na Martinica é empregada
contra mordedura de cobras; folhas de Alocasia macrorrhizos são usadas em cataplasma nas
inflamações do corpo e como antídoto pra picada de insetos venenosos; Dieffenbachia
seguine, apesar de ter princípio caustico e venenosíssimo, é usado na cura de qualquer
inflamação edematosa e aconselhada contra a lepra; o caule e as folhas de Philodendron
speciosum Schott são usados em tumores e na cura das dores articulares; as sementes e as
raízes são consideradas antihelmínticas. Xanthosoma striatipes é usada na cura das anginas;
as folhas de Montrichardia linifera são consideradas anti-reumáticas e eficazes na cura de
úlceras. As raízes de Monstera adansonii são consideradas úteis contra hydropsia e artrite.
Atribuem a certas espécies qualidades afrodisíacas, por exemplo, o tubérculo de
Amorphophallus utilizado para melhorar a performance sexual masculina. Os índios na
Colômbia utilizam Urospatha antisylleptica, Philodendron dyscarpium e Anthurium
tessuannii Krause para propósitos contraceptivos. Certos aróides (Epipremnum giganteum,
Amorphophallus prainii) são usados como constituintes de flechas tóxicas por indígenas na
Malásia. No que diz respeito às plantas fibrosas, algumas espécies fornecem matéria prima
para a fabricação de cestas, mobílias, etc. Espécies de Heteropsis e Philodendorn possuem
raízes que são excelente fonte de fibras, utilizados principalmente por nativos da América do
Sul. As raízes aéreas do conhecido “güembé”, Philodendron bipinnatifidum, espécie do
noroeste Argentino, Paraguai oriental e sul do Brasil, foram usadas por vários povos
indígenos na confecção de produtos como têxteis e fabricação de cordas e cabos. Sugere-se,
finalmente, o investimento na bioprospecção de espécies nativas de Araceae visando ampliar
a base genética para o melhoramento dado a importância dessas espécies nos usos alimentar,
ornamental e medicinal. No Brasil, o uso da maioria das espécies da família é principalmente
ornamental, merecendo destaque os gêneros Anthurium, Philodendron, Dieffenbachia,
Monstera, Zantedeschia. Gêneros que apresentam grande potencial, ainda não muito
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A família Asteraceae Martinov. pertence ao clado Asteridae, sendo reconhecida como uma
das maiores do reino vegetal e a maior entre as dicotiledôneas. É um grupo perfeitamente
caracterizado, com limites naturais bem estabelecidos, apresentando inúmeras sinapomorfias,
tanto morfológicas, como moleculares. Seus membros mostram uma uniformidade básica de
caracteres florais tais como, o agrupamento das flores em capítulos e o aspecto especial dos
estames e da corola, os quais não permitem confundi-la com qualquer outra família.
Considerada como uma das mais importantes do grupo das fanerógamas, as Asteraceae
compreendem aproximadamente 1.535 gêneros e 23.000 espécies, arranjadas em três
subfamílias (Barnadesioideae, Cichorioideae e Asteroideae) e 17 tribos. Para o Brasil, são
referidos aproximadamente 180 gêneros, ocorrendo como ervas, subarbustos, arbustos e
trepadeiras, sendo as árvores de ocorrência mais rara. Para o Nordeste encontra-se, mais de
1.000 espécies, habitando particularmente as regiões semiáridas, com cerca de 80% delas
registradas para as caatingas, sendo algumas endêmicas nessa região. A família possui uma
grande importância econômica para o homem, com muitas espécies com utilidades
medicinais, ornamentais, industriais, alimentares, aromáticas e inseticidas, porém existem
espécies causadoras de danos econômicos, seja prejudicando o desenvolvimento de lavouras,
invadindo pastagens ou causando a morte de animais domésticos. Na América, muitas
espécies neotropicais são utilizadas com fins medicinais; por exemplo, na Venezuela Calea
divaricata Benth. é usada no tratamento de resfriados; comumente C. pinnatifida Banks ex
Steud. é utilizada como vermífugo. Espécies sul-americanas de Acmella Rich. e algumas
mesoamericanas como Salmea scandens DC. são relatadas como eficazes no tratamento dor
de dente; espécies do gênero Mikania D.Dietr. são utilizadas como antídoto para picadas de
serpentes. Quanto ao potencial alimentício, também pertencem à família: alface (Lactuca
sativa L.), girassol (Helianthus annuus L.), chicória (Cichorium intybus L.), camomila
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Embora sejam utilizados na rotina médica e, portanto, muito conhecidos (exemplos: função
renal : uréia e creatinina; função hepática: TGO e TGP) muitos se mantém, temporariamente,
no campo da pesquisa e investigações científicas. Neste contexto, encontram-se as avaliações
genotóxicas (ensaio Allium cepa; teste de Ames; ensaio do micronúcleo; estudo das
aberrações cromossômicas e teste do cometa). Dotadas da capacidade de detectar danos que
antecedem os achados clínicos, são consideradas o futuro da prevenção de doenças crônicas
degenerativas como as neoplasias e o Alzheimer. Além disso, sua empregabilidade supera a
clínica, visto que variações em ensaios de estudos genotóxicos têm tido sucesso em avaliações
pré-clínicas de fármacos, agroquímicos e diversos componentes industrializados. A
importância disto, se deve, basicamente, a entender como e onde ocorrem os danos nos genes,
frutos da interação entre o produto teste e sistema estudado. Estes achados possibilitam à
indústria, aos órgãos sanitários e os de investigação epidemiológica estabelecer critérios de
segurança e precauções no uso de objetos (ainda não estudados), bem como aos futuros
lançamentos mercadológicos (uma incógnita quanto a segurança ambiental e individual). O
futuro da genotoxicidade é amplo, rico e complexo, devemos no entanto, compreender e
difundir seus princípios básicos, para que, em breve, com o avanço tecnológico e sua
popularização, não sejamos considerados estranhos no ninho.
O teste para detecção de mutação e recombinação somática em células das asas de Drosophila
melanogaster – SMART é o sistema de teste descrito por GRAf e colaboradores em 1984, que
é utilizada para detectar eventos multacionais ocorridos no cromossomo 3 da Drosophila
melanogaster. No SMART são utilizados genes mwh (multiple wing hairs) e flrs3 (flare - 3),
com expressões fenotípicas bem definidas. O marcador multiple wing hairs é mantido na
linhagem como uma mutação viável em homozigose recessiva. A mutação mwh está
localizada no cromossomo 3 (3-0,3) e em condições de homozigose produz múltiplos
tricomas por célula ao invés de apenas um único tricoma, como normalmente acontece. O
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marcador flare - 3 (flr3) é uma mutação recessiva que, afeta a forma do pelo da asa, ele
também esta localizado no cromossomo 3, mas em posição mais proximal ( 3-38,3). Devido à
letalidade no zigoto, o alelo flr3 é mantido na linhagem estoque com a presença de um
balanceador cromossômico com múltiplas inversões cromossômicas (do inglês: TM3, Bds -
Third multiple e, Beaded - Serate). No SMART, em asas de Drosophila melanogaster, são
realizados dois cruzamentos: 1) Cruzamento padrão (ST – “Sandard Cross”) no qual fêmeas
virgens da linhagem "flare-3" são cruzadas com machos multiple wing hairs; 2) cruzamento
de alta bioativação (HB – “High Bioactivation Cross”), no qual fêmeas virgens de linhagem
"ORR - flare-3"com machos "multiple wing hairs". Desse cruzamento são obtidos dois tipos
de descendentes que são tratados com a substancia à ser testada quando sua genotoxicidade.
Nos adultos são analisadas as asas por meio do microscópio óptico de luz objetiva 40 X.
Durante a metamorfose, as células ao se diferenciarem sofrem mutações (dependente do
componente teste) nos pêlos das asas, para multiple wing hairs (mwh) e flare - 3 (flr3). As
mutações induzidas são detectadas em moscas adultas que apresentam manchas simples (com
fenótipo mwh ou flr3) ou gêmeas, com dois tipos de pêlos mutantes. Os registros dessas
freqüências e o tamanho de diferentes manchas permitem a determinação quantitativa de
efeitos mutagênicos e recombinogênicos.
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A mandioca por se tratar de uma cultura de ciclo longo, está sujeita a ação de diversos
patógenos, como: Phytophthora drechsleri Tucker; Pythium scleroteichum Drechsler;
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Fusarium oxysporum Schltdl e F. solani Sacc. No Nordeste, esta cultura vem sendo
fortemente atacada por fitopatógenos, que até pouco tempo eram desconhecidos pela literatura
especializada. Dentre os sintomas, destaca-se a podridão radicular, já relatada por diversos
autores como sendo a principal causa de perdas agrícolas na região. Na prevenção, costumam-
se usar agrotóxicos, que além de representarem significativos riscos à saúde humana,
provocam sérios problemas à agricultura, além de aumentarem surgimento de patógenos cada
vez mais resistentes. O conhecimento dos agentes etiológicos, por sua vez, configura-se com
peça fundamental para programas de melhoramento genético, que visem melhorar o genótipo
susceptível. Dessa forma, isolaram-se os possíveis agentes etiológicos de podridões
radiculares de mandioca em Brejo, Maranhão, para assim confirmar sua patogenicidade em
genótipos oriundos deste município. Confirmada a sua patogenicidade, utilizaram-se outros
genótipos de mandioca, disponibilizados pela Embrapa Meio Norte, para a caracterização de
resistência. Para isolamento dos patógenos realizaram-se três ensaios: meio de cultura
BDA/CMA, câmara úmida e câmara de solo com pepino (Cucumis sativus L.). Na
confirmação de patogenicidade/identificação de fonte de resistência, realizaram-se
inoculações dos patógenos, em três repetições, para os seguintes genótipos: pretinha,
branquinha, vermelhinha e tomazinha (genótipos oriundos do município Brejo) BRS Caipira,
BRS Verdinha, BRS Tapioqueira, BRS Dourada, BRS Gema de Ovo, 98148/02, 98143/01,
1167,1692, 1169, 1721 e 1722 (oriundos da coleção de genótipos da Embrapa Meio Norte).
Após as análises, observou-se que dentre as quatro espécies isoladas (Pythium palingenes
Drechsler, P. aquatile Honnk, P. echinulatum Matthews e Fusarium oxysporum Schltdl)
apenas uma (P. echinulatum) não apresentou potencial fitopatológico na cultura de mandioca.
Não houve genótipo totalmente imune aos patógenos isolados, mas existe resistência
moderada no genótipo pretinha e níveis aceitáveis de resistência em algumas mandiocas da
coleção de genótipos da Embrapa Meio Norte (98148/02, BRS Caipira e BRS Gema de Ovo).
Entretanto, recomenda-se apenas o uso do genótipo pretinha em cultivos posteriores no
município de Brejo, devido à presença de todos os fitopatógenos na área de estudo. Com
relação ao programa de melhoramento genético de mandioca, recomenda-se, além da
pretinha, o estudo com os genótipos 98148/02, BRS Caipira e BRS Gema de Ovo, pois os
mesmos apresentaram sintomas semelhantes ao genótipo pretinha, quando analisado em
laboratório. O trabalho também representa a primeira citação das espécies P. palingenes e P.
aquatile em sistemas agrícolas de mandioca no estado do Maranhão, bem como a primeira
citação de fitopatogenicidade destas espécies na cultura de mandioca, complementando
trabalhos anteriores.
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O guaraná (Paulinia cupana) é uma das mais importantes culturas do Estado do Amazonas.
Comercialmente, sua utilização é maior nos refrigerantes gaseificados, no entanto, a indústria
do guaraná vem crescendo e diversificando seus produtos, inclusive no mercado
internacional. A principal doença que afeta a cultura do guaraná é a antracnose, sendo seu
agente etiológico o fitopatógeno Colletotrichum guaranicola. A principal forma de controle
da antracnose é o emprego de fungicidas químicos, porém, em algumas regiões, que
adquiriram o reconhecimento de cultura orgânica, esta medida de controle não se adequa às
necessidades da produção. As espécies do gênero Trichoderma, são antagonistas utilizadas
eficazmente no controle biológico de algumas espécies fitopatogênicas, incluindo o gênero
Colletotrichum. A presença de dsRNAs é frequente em fungos, sendo relatada na literatura
muitas pesquisas associando-os com vários aspectos nestes hospedeiros: fenótipos
hipovirulentos, alterações morfológicas, o fenótipo ``killer'' em leveduras, ou ainda, a
nenhuma alteração nestes microrganismos. Esta pesquisa teve por objetivos investigar a
presença e influência de dsRNA sobre o potencial antagônico de Trichoderma spp. contra C.
guaranicola. Foram analisados 100 isolados de Trichoderma spp., sendo que apenas um
apresentou dsRNA. A espécie foi determinada por sequenciamento da região ITS do rDNA e
seus aspectos micromorfológicos (microscopia óptica e eletrônica de varredura) como
Trichoderma asperellum. Procedeu-se a purificação deste material por meio de cromatografia
em coluna de celulose e a digestão com nucleases (DNAse I e nuclease S1). Para analisar a
possível interferência destas partículas no potencial antagônico dos isolados de Trichoderma,
eliminou-se o dsRNA do isolado infectado com a substância desoxicolato de sódio,
adicionada ao meio BDA na concentração de 200mg/mL. Testes de antagonismo in vitro
(pelo método de pareamento em placa), revelaram diferença entre as linhagens isógenas (com
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e sem dsRNA) contra o fitopatógeno. O teste in vivo, pelo método de adição de esporos de
antagonista e fitopatógenos em plantas de Mucuna aterrima, não apresentou diferença
estatística entre as linhagens. Morfologicamente houve alterações entre os isolados com e sem
dsRNA, sendo que os sem dsRNA, apresentaram maior crescimento micelial e maior
produção de esporos. Diante dos resultados obtidos concluiu-se que o dsRNA presente em T.
asperellum interfere no seu potencial antagonista em testes in vitro, mas não no seu
desempenho em testes in vivo.
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CoRSV. A taxa de transmissão do CiLV-C foi de 83; 75 e 58% para os tratamentos frutos de
laranja sintomáticos, feijão-de-porco e frutos de laranja sadio, respectivamente. Os primeiros
sintomas de leprose dos citros foram observados após 30±5 dias após a infestação dos ácaros.
Nos testes de transmissão de CoRSV nenhum sintoma da mancha anular foi observado
durante um período de seis meses. Estes resultados indicam a necessidade de longo período é
necessário antes da transmissão do CoRSV pelo vetor. Para o CiLV-C os resultados indicam
que o tipo de interação vírus-vetor é persistente circulativa.
Todo desenvolvimento deve ter como objetivo maior a vida e o bem estar do homem. A
“noção” de evolução cultural, social, tecnológica e política sobre a espécie humana, se deve a
sua capacidade de intervir nos recursos naturais aprimorada com o advento científico e o
surgimento de instrumentos de domínio que transformaram as riquezas naturais em objetos de
consumo. A interação homem/meio ambiente não foi de troca mútua foi de conquista, pois
nem sempre a valorização econômica dos recursos naturais primou pela qualidade ambiental.
Considerando que toda atividade humana que utiliza recursos naturais representa um
rompimento da estrutura ecológica e causa impacto ambiental, não se trata de combater o
progresso econômico, mas sim harmonizar desenvolvimento com potencialidades e
limitações naturais minimizando os prejuízos ao meio ambiente. Os recursos naturais devem
ser utilizados de forma que os benefícios ao desenvolvimento humano, não prejudiquem o
bem estar dos sistemas globais e nem a existência das gerações futuras. As áreas silvestres
protegidas devem ser planejadas concomitantemente com atividades como agricultura,
transportes, abastecimento de água e assentamentos humanos. O empenho para preservar
espécies isoladas e ameaçadas, será inócuo se não for combinado com ecossistemas intactos,
a conservação in situ, as chamadas Unidades de Conservação. Todos os países signatários da
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vegetação, mas são suficientes para produzir diferenças florísticas na forma de substituição de
espécies. Os resultados analisados nesse trabalho sugerem que: quando submetidos a um
mesmo domínio climático, as diferenças nos padrões de riqueza podem ser correlacionadas às
características locais como solo e geomorfologia. Estes dados revestem-se de importância
como parâmetros a serem contemplados quando da escolha de áreas prioritárias para
conservação e manejo em ambientes frágeis.
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Resumos
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Sâmia Caroline Melo Araújo¹, Etielle Barroso de Andrade², Tatiana Pinheiro Gimenez³
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Joseane de Araújo Almeidaˡ, Karliane Maria Alves de Sousaˡ e Francisco Soares Santos Filho²
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Mayara Oliveira da Costa¹, Tuany Kelly Correia de Assis², Maria Savinados Santos Silva³,
Everson Santos Silva4, Flávia Veras Marques Carvalho 5
A alimentação é uma necessidade biológica comum a todos os seres vivos, pois fornece uma
série de sustâncias essenciais ao desenvolvimento do corpo. A escola é um espaço
privilegiado, pois promove e desempenha papel fundamental na formação de valores e
hábitos, como a boa alimentação. Dentro deste contexto, este estudo teve como objetivo
identificar e analisar os hábitos alimentares dos alunos do 8º ano da Escola Municipal Maria
de Lourdes Pinheiro Machado, Ilha Grande – PI, visto que o tema “alimentação saudável” faz
parte do conteúdo programático do currículo para essa série. Inicialmente foi aplicado um
questionário com seis perguntas diretas para os dezessete alunos da turma de 8º ano, afim de
levantarmos informações sobre seus costumes alimentares. Posteriormente, houve o momento
da intervenção através de palestras sobre os principais grupos de alimentos, consequências
dos bons e maus hábitos alimentares e os cuidados que devemos ter com os alimentos além da
promoção de atividades lúdicas como a montagem da pirâmide alimentar e confecção de
paineis. A partir da análise do questionário aplicado, baseado principalmente nos dados do
Ministério da Saúde, percebeu-se que os alunos em sua maioria não mantem uma prática
alimentar saudável, notável quando 82% dos alunos responderam que consomem refrigerante
pelo menos três vezes por semana, além de 53% responderem consumir legumes e verduras
duas ou menos vezes por semana. Esse projeto foi viável não somente por ampliar os
conhecimentos dos alunos em âmbitos social e escolar, mas também para percebemos os
pontos críticos que devem ser trabalhados, pois o ensino de ciências vinculado à escola deve
contribuir para que os alunos tenham uma formação de integridade pessoal e entendimento da
saúde com o valor social.
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Patrícia dos Reis Ferreira1, Felipe Xavier Soares1, Francisca Lúcia de Lima2
1- Discentes do Curso de Ciências Biológicas (CCN) Campus Poeta Torquato Neto da UESPI
2- Professora Associada II DE – CCN – UESPI
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Fabiana Mayara Seda Lobato1, Ana Patricia dos Santos Sodré2, Sandra Mara Pereira Araújo 3,
Wanderson Rodrigues Serrão4 e Suzanna de Sousa Silva5
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vêm ganhando espaço como alternativa em direção ao desenvolvimento rural menos invasivo,
buscando um uso mais sustentável das terras e do meio ambiente.
Palavras-chave: agroecologia, mandioca, sustentabilidade
Henrique José de Oliveira¹, Leila Jade dos Santos Mourão¹, Josiana Bandeira da Silva¹ e
Tatiana Gimenez Pinheiro²
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nos permite concluir que no Campus há uma maior diversidade de Artrópodes da Classe
Insecta, principalmente da Ordem Hymenoptera que tem como principais representantes as
formigas e abelhas.
Palavras-chave: Diversidade, Artrópodes, Armadilha Terrestre
Leila Maria Lima dos Santos, Ocivana Araújo Pereira, Maria Carvalho de Araújo, Geórgia de
Souza Tavares, Cinthia de Castro Cristovão
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Lucenilda de Jesus Costa Ferraz1, Ana Patricia dos Santos Sodré2, José Carlito do Nascimento
Ferreira Júnior3, Fabiana Mayara Pereira Seda4, Roberto Ramos5
Objetivo deste trabalho foi conhecer os atributos de história de vida dos búfalos da
raça Mediterrâneo, pois estes são encontrados frequentemente na cidade de Pinheiro-MA. A
metodologia utilizada para realização deste trabalho foi pesquisa bibliográfica, com leituras
de livros e artigos específicos e pesquisa de campo. Os atributos de história de vida abordam
aspectos como a idade de maturidade que está relacionada à primeira reprodução; a parição
que envolve o número de episódios de reprodução; a fecundidade que engloba números de
filhotes produzidos por episódio reprodutivo e longevidade que está relacionada à expectativa
de vida. A criação de búfalos teve inicio em 1960, vindos principalmente da Ilha de Marajó-
PA. A pesquisa indica que esses animais são Iteróparos, contam com vários eventos
reprodutivos na vida. Os bubalinos podem ser criados nas mais diversas condições climáticas,
apresentando-se como uma opção para o aproveitamento de áreas da propriedade às quais os
bovinos não se adaptam, fato que chama a atenção dos investidores do ramo. A preferência
por regiões alagadas ou áreas pantanosas é bastante peculiar para a espécie. Por essa razão, na
cidade de Pinheiro é muito comum encontrarmos esses animais pelos campos e outras áreas
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alagadas. Os búfalos atingem a maturidade sexual, em média, aos 4 anos de idade, podendo
procriar novamente após 400 a 450 dias. Seu período de gestação pode variar entre 9 a 10
meses. A idade indicada para que os búfalos comecem a receber cobertura é por volta dos 20
a 24 meses. Nessa espécie, em cada gestação nasce apenas um filhote, com o peso próximo a
40 kg. Verificou-se que esses animais não possuem predadores nesta região uma vez que não
estão no seu hábitat natural, mas um dos motivos que leva a migração desses animais é a
busca por água e alimento.
Palavras-chave: Búfalo, mediterrâneo, reprodução
Maria Cleane de Sousa Oliveira1, Narielle Ibiapina Reinaldo 1 e Carla Ledi Korndörfer1
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3.46 cm.cm-1 ± 0.25; MT: 4.93g ± 0.32). Entretanto, não houve diferença significativa na
alocação de biomassa (PA/R) entre os três tratamentos e nem entre a AF em T1 (409.31cm2 ±
23.0) e T2 (468.40 cm2 ± 16.9), cujos valores foram superiores a T0. Os resultados
demonstraram que plântulas de Cajueiro cultivadas sob condições moderadas de
sombreamento acumulam mais biomassa, portanto crescem mais, do que quando cultivadas
no sol.
Palavras-chave: Cajueiro, Sombreamento, Alocação de biomassa.
Cleiane do Nascimento Monteiro 1, Maria Wlly da Silva Costa1, Francielle Alline Martins1,
Pedro Marcos de Almeida2
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partir dos resultados obtidos no presente estudo, observou-se que o extrato da folha da
Catingueira não foi citotóxico para as células meristemáticas de A. cepa. Embora o resultado
tenha sido favorável, o uso deste extrato na medicina popular deve ser realizado com cautela,
pois estudos posteriores como são necessários para avaliação de possíveis alterações
genotóxicas e mutagênicas.
Palavras-chave: Allium cepa, Catingueira, Toxicidade.
Maria Wlly da Silva Costa¹, Cleanne do Nascimento Monteiro¹, Francielle Alline Martins²,
Pedro Marcos de Almeida3
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na medicina popular, é possível afirmar que o seu uso deve ser utilizado com cautela, pois
estudos mais abrangentes que visam avaliar possíveis alterações genotóxicas são necessários.
Palavras-chave: Allium cepa, Catingueira, Reação de Feulgen
Millyam Karem Mariano da Silva1, Antonia Delsivane Leite da Paz1, Aline Pereira do
Nascimento1, Juciara Ferreira1 e Tatiana Gimenez Pinheiro 2.
Os artrópodes constitui o filo com maior diversidade e abundância, com cerca de 80%
do Reino Animal, e também pode habitar praticamente todos os tipos de ambientes
conhecidos. O objetivo desse trabalho foi coletar, observar e identificar as várias espécies de
artrópodes no Campus Heróis do Jenipapo num local totalmente de sombra e ambiente úmido.
Foi utilizado o método da Armadilha de Queda (Pitfals), que consiste na captura do animal
sem que ele possa sair e que foram produzidas com garrafas PET transparentes de 2L. Os
artrópodes foram coletados em uma área de 5X5 m, com sete recipientes colocados em forma
de Y e com distância de 1m de cada, contendo uma solução com água, formol a 5% e
detergente. Depois de 2 dias foi feita a desmontagem das armadilhas e levadas para o
laboratório, para iniciar o processo de identificação dos espécimes. Já no laboratório, os
espécimes foram separados da solução de formol e mantidos no álcool 70%. Para a
identificação foram colocados em placa de Petri e observados na lupa para um resultado com
mais precisão. No fim da triagem e identificação foram encontrados 10 táxons do Filo
Arthropoda, com distribuição nas classes Insecta (Hymenoptera [65,08%], Orthoptera
[2,23%], Coleoptera [22,06%], Blattodea [0,27%], Heteroptera [0,27%], Diptera [3,07%] e
Hemiptera [1,95%]), Arachnida (Aranae [3,63%] e Acari [0,27%]) e Diplopoda (1,11%). E
também 1 táxon do Filo Chordata, da classe Amphibia, Ordem Anura. No período da coleta
houve pequenas chuvas, que talvez possa ter interferido na quantidade de indivíduos
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coletados. Após toda análise, pode-se observar que a classe Insecta foi mais abundante em
relação às outras. E com relação às ordens, a que mais teve indivíduos foi a Hymenoptera
(formigas), divididos em 4 morfoespécie, pois são frequente nos ecossistema e vários tipos de
habitat.
Palavras-chave: Pitfals, Insecta, Hymenoptera
Francynara Pontes Rocha¹ Leilane de Abreu Santos², José de Ribamar de Sousa Rocha³
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Clesiane Alves Veras¹, Fernanda Francielle da Silva Cardoso¹, Tatiana Gimenez Pinheiro².
Nos dias atuais a maioria dos docentes detém-se apenas ao livro didático, ministrando
apenas o básico, caindo na mesmice. O estágio é percebido como uma atividade teórico-
prática de reflexão e transformação da realidade. O presente estudo objetiva relatar a
experiência da Prática Docente de Ciências na Unidade Escolar Jose Olímpio da Paz em
Campo Maior – PI, por meio de uma descrição sobre o visto na mesma e os resultados
obtidos, o mesmo aconteceu no período do dia 18 de março de 2014 a 02 de junho de 2014, as
turmas trabalhadas foram 6º, 7º e 8º ano, sendo ministradas 09 aulas semanais, totalizando
100 horas, onde 50 horas foram em classe e 50 horas para preparação das aulas e instrumentos
a serem utilizados nas mesmas. Foram enfrentadas algumas dificuldades, pois as salas de
aulas são pequenas e há superlotação (7º ano, 35 alunos e 8º ano 25), dificultando o controle
dos alunos. Percebeu-se uma desmotivação na equipe da referida unidade, no entanto, o
professor desmotivado afirma que isso se acarreta a uma má remuneração paga pelo governo,
resultando na insuficiência de tempo para dedicar-se, pois para ressarcir ao mau salário esses
educadores passam a se sobrecarregar ministrando aulas nos três turnos, realizando assim um
trabalho ineficaz, improdutivo, dessa forma tornam-se incapazes de abordar aulas
diferenciadas caindo na rotina, desse modo contribuindo para o fracasso dos educandos que
na maioria dos casos já são desmotivado por não possuírem um acompanhamento da família
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Laiane Jancielly de Souza Silva1, Gleison Robson Desidério Gomes2, Carlos Augusto Silva de
Azevêdo3
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Este estudo teve como objetivo gerar conhecimentos sobre a germinação de sementes
de Cochlospermum regium, ocorrente em área de cerrado sensu stricto de um ecótono
localizado no Eco Resort Nazareth, município de José de Freitas, PI. Foram coletados frutos
maduros de C. regium em estado de deiscência, a cada quinze dias, entre os meses de agosto e
setembro de 2009. Os testes de germinação foram realizados sob condições de laboratório (26
± 2 ºC e 60% de umidade) em placas de Petri de 9 cm forradas com dupla camada (uma de
algodão e outra de papel de filtro) e umedecidas com água destilada. Foram aplicados seis
tratamentos com quatro repetições cada (escarificação com lixa de madeira 3M, escarificação
com ácido sulfúrico por 120 min e pré-embebição em água destilada durante 24h) e deixados
sob luz contínua e outro lote foi deixado no escuro. Os resultados obtidos mostraram que as
sementes de C. regium apresentaram maiores porcentagens de germinação ao serem
escarificadas com lixa (71,3%) tanto em luz contínua como no escuro. Isso significa que o
tratamento com escarificação com lixa foi eficiente na quebra de dormência e que a semente
de C. regium germina tanto no escuro como no claro. Todo o experimento foi repetido em
2010 e obtivemos os mesmos resultados.
Palavras-chave: Fotoblastismo, Viabilidade, dormência, armazenamento
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Iraquely Pereira dos Santos1, Audilene Rufino Soares1, Fernanda Ribeiro 1, Marilene Gomes
de Carvalho1, Maria Pessoa da Silva².
É comum o cultivo de ervas medicinais nos quintais das residências dos agricultores,
pois uma das partes das plantas possuem substâncias que quando ingerida por pessoas ou
animais tem função de recuperação da saúde. Campo Maior (04º 49’ 40” S e 42º 10’ 07” W)
localizado no Estado do Piauí, numa área de transição entre Caatinga e Cerrado, com
predominância de Cerrado. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de ervas
medicinais cultivadas nos Quintais do Conjunto Ipase, no Bairro São Luiz em Campo Maior -
PI, bem como o conhecimento dos moradores sobre seu uso. Foram notificadas 20 casas
existentes no conjunto. Para realizar o trabalho aplicou – se uma entrevista com 18 moradores
do Bairro, a qual foi baseada em um questionário sobre espécies que cultivavam em quintais.
A maioria dos entrevistados com faixa etária a partir dos 50 anos e 13 destes foram mulheres.
As ervas encontradas foram: (erva-cidreira) Lippia alba (Mill.) N. E. Br, (hortelã) (Mentha x
villosa Huds), (boldo) Plectranthus barbatus Andrews, (noni) Morinda citrifolia L., (babosa)
Aloe vera (L.) Burm. f., (vick) Mentha arvensis L., (romã) Punica granatum L., (folha-santa)
Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken, (mastruz) Chenopodium ambrosioides L. Observou - se
que cada morador tem pelo menos 2 (duas) espécies de ervas em seus quintais, pois acreditam
no poder de cura das mesmas. As mais cultivadas são boldo (P. barbatus), erva-cidreira (L.
alba) e folha-santa (B. pinnatum), as partes das plantas mais utilizadas são as folhas, no
preparo de chá decocto, para aliviar principalmente dores de barriga, gripe, além de ser um
calmante natural. Este estudo confirmou a importância dos conhecimentos etnobotânicos,
principalmente nas questões medicinais, favorecendo um aprendizado que as pessoas idosas
levam com elas cultivando os costumes tradicionais.
Palavras chaves: Espécies, Questionário, Conhecimento dos moradores.
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Luanda Cristina Rodrigues Gomes1, José Carlito do Nascimento Junior2, Lucenilda de Jesus
Costa Ferraz3, Wanderson Rodrigues Serrão 4 e Alessandro Wagner Coelho Ferreira5
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capoeiras com diferentes fases de regeneração. Apenas as espécies de orquídeas com ciclo de
vida mais precoce e que ainda tinham contato com seus polinizadores naturais é que tenderam
a resistir nesse local. É urgente a tomada de medidas de preservação, uma vez que de um ano
para outro, cada vez mais o desmatamento tem diminuído a riqueza de espécies dessa região.
Palavras-chaves: Florística, Orquídeas, Amazônia Legal
Financiamento: CNPq
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in natura, o gênero masculino (30%) informaram algumas espécies usadas como forrageiras:
Spondias tuberosa Arr. Cam (Imbu), Anarcadium occidentale L. (caju), Zea mays (milho).
Portanto, percebe-se que os usos atribuídos pelos entrevistados são oriundos de uma cultura
tradicional, já que parte dos moradores do bairro residia em zonas rurais com costumes e
conhecimentos adquiridos de seus pais e parentes.
Palavras-chave: Etnobotânica; Formas de uso; Alimentação
Rizane Maria de Andrade Silva1*; Maria Cleane de Sousa Oliveira1; Maria Mikaeli Rodrigues
de Sousa1; Maria Pessoa da Silva2.
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Cleiciane Maria de Oliveira1, Darlesson Geovani dos Santos Sousa1, Vanessa Cristina
Moreira de Souza1, Frankly Rodrigues Faria Sobral2.
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Rafael Bruno Ribeiro Melo 1, Fabíola da Silva Santos1, Géssica Maria Gomes do Nascimento 1,
João Wanderson Pereira Oliveira¹, Hermeson Cassiano de Oliveira 2
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secos, como as caatingas, distribuídas a leste e sudeste; passando pelos carrascos em sua parte
central e nordeste; seguidos dos cerrados em sua porção centro-norte e sudoeste, até os mais
úmidos, como as matas de babaçuais e florestas estacionais semidecíduas instaladas nos
limites dos estados do Piauí e Maranhão e nas depressões da bacia do Parnaíba. O presente
trabalho faz parte do projeto que objetiva realizar o levantamento da brioflora do estado do
Piauí. Os resultados foram obtidos através de consulta ao herbário Maria Eneyda P. K.
Fidalgo (SP) do Instituto de Botânica de São Paulo, além de consulta à literatura especializada
e identificação de amostras coletadas em diferentes localidades. No total, são listadas sete
espécies distribuídas em cinco famílias e cinco gêneros. Destas, Cyathodium cavernarum
Kunze é referida pela primeira vez para o estado do Piauí. O substrato mais colonizado pelas
hepáticas ocorrentes no Piauí foi rupícolo (56%), seguido de terrícolo (36%) e casmófito
(8%). A diversidade de hepáticas nos mosaicos vegetacionais do estado do Piauí é evidente
nos resultados preliminares, o que justifica a continuidade dos estudos para a obtenção da real
brioflora do estado.
Palavras-chave: Briófitas, Caatinga, Cerrado, Florística
Audilene Rufino Soares1, Fabíola da Silva Santos1, Géssica Maria Gomes do Nascimento 1,
João Wanderson Pereira Oliveira1, Hermeson Cassiano de Oliveira2
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Samara de Brito Vieira1Júlia Silva Oliveira1, , Hialleijardson Dias Miranda1, Marcelo Ricardo
da Silva Rodrigues1, José de Ribamar de Sousa Rocha1
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fanerógama pode ser bastante útil, pois é considerada uma planta medicinal, alimento para o
gado, fonte de biogás, matéria prima para artesanato, produção de fertilizante para o solo e
abrigo natural a organismos aquáticos. O objetivo deste trabalho foi identificar e classificar a
espécie de aguapé presente no parque ambiental Encontro dos Rios, Teresina, Piauí. Para
tanto, foram realizadas coletas de amostras da planta, acompanhadas de registro fotográfico e
posteriormente herborização, para estudo morfológico, baseado na literatura. O estudo
permitiu concluir que a espécie encontrada é a Eicchornia crassipes (Mart.) Solms, que
possui folhas arredondadas e espongiformes. Devido a sua capacidade de absorver e
incorporar em seus tecidos íons e metais pesados, tem sido estudada e sugerida como
indicadora de poluição e alternativa no controle da contaminação da água.
Palavras-chave: Eutrofização; Eicchornia crassipes (Mart.) Solms; Bioindicador.
Daniella Carla Monteiro Teixeira1, Andreza Pereira Moura2, Naiane de Carvalho Alves3 e
Márcia Percília Moura Parente4
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Dalvilene Maria Nascimento de Andrade1, Matheus Silva Oliveira², Aline Carvalho da Silva3,
Eliesio José Veras dos Santos4 e Geórgia de Sousa Tavares, 5
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conhecimento prévio sobre o tema proposto através da produção textual de alunos do último
período de ciências biológicas, analisar livros que abordam o tema e identificar a inexistência
de informações contidas nos recursos didáticos. A pesquisa foi elaborada por alunos do curso
de Licenciatura em Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Piauí- campus de
Parnaíba. Foi proposta uma produção textual sobre o tema: A origem da vida. Com o
propósito de avaliar o conhecimento prévio dos futuros professores de ciências. Foram
analisados 20 livros fornecidos pelo MEC de várias editoras, que será utilizado no triênio
2014 a 2016, pode-se observar a falta de contexto histórico e atividades lúdicas, além de não
possuírem atividades relacionadas ao tema analisado. concluí-se que mais de 50% dos livros
analisados não se adéquam aos critérios exigidos pela PNLD.
Palavras-chave: abiogênese, biogênese, primeiros seres vivos, recursos didáticos.
Sandra Mara Pereira Araújo 1, Ana Patricia dos Santos Sodré2, Fabiana Mayara Pereira Seda3
Lucenilda de Jesus Costa Ferraz4 e Suzanna de Sousa Silva5
O objetivo deste estudo foi identificar as espécies de peixes comercializadas nas feiras
e mercados na cidade de Pinheiro-MA, região da Baixada Maranhense, visando investigar a
procedência do pescado e levantar informações sobre a conservação dessas espécies. Os dados
foram obtidos durante visitas aos mercados e feiras da cidade e em entrevistas com os
atravessadores de peixes da região. Foram aplicados questionários para obtenção de
informações como: rio em que foi pescado, nome popular, período de reprodução. A
identificação das espécies realizou-se através de bibliografia especializada. Como resultado,
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foram identificadas 10 espécies de peixes osteícties (4 ordens) provenientes dos rios Turi e
Pericumã: Hoplias malabaricus (trahira, trarira), Schizodon vittatus (piau), Astyanax
bimaculatus (piaba), Pseudoplastystoma fasciatum (surubim), Hexanematichthys couma
(bagre), Satanoperca jurupari (cará, cará- bicudo), (pampa), Pimelodus sp. (mandi), Astyanax
bimaculatus (tapiaca), Gymnotus carapo (sarapó) e Sternopygus macrurus (sarapó). Também
foram encontradas 2 espécies de peixes oriundos de açudes do município de Pinheiro. Além
disso, registrou-se 9 espécies de peixes que são oriundas do Estado do Pará (piramutaba,
panasqueira, piranha, jeju, curimatá, traíra, cascudo, papará e pescadinha). A pesquisa indica
que apesar da região da Baixada Maranhense ser rica em rios e lagos e oferecer uma grande
diversidade de peixes, 43% das espécies comercializadas nas feiras e mercados vêm de outro
estado. A pesca exacerbada e a poluição dos rios provavelmente é a causa do declínio dos
peixes nessa região, levando pescadores e atravessadores a procurar peixes em rios de outros
locais ou até mesmo em outros Estados para comercialização e abastecimento dos municípios.
Os dados fornecem indícios de redução dos estoques pesqueiros e reforçam a necessidade de
conscientização da população sobre preservação dos rios e lagos da região bem como da
intensificação da fiscalização por parte dos órgãos ambientais.
Palavras-chave: Diversidade, ictiofauna, osteichthyes
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Ana Patricia dos Santos Sodré 1, Sandra Mara Pereira Araújo 2, Lucenilda de Jesus Costa
Ferraz3, José Carlito do Nascimento Ferreira4 e Alessandro Wagner Coelho Ferreira5
Visando contribuir para o avanço das pesquisas sobre plantas medicinais, o presente
estudo teve por objetivo fazer um levantamento sobre uso e conhecimento tradicional das
plantas medicinais empregadas na comunidade remanescente de quilombo Santana dos
Pretos, localizada na zona rural do município de Pinheiro – MA. A referida comunidade é
composta por 150 famílias e tem como principal fonte de renda a agricultura. Para a obtenção
dos dados optou-se pela pesquisa exploratório-descritiva, utilizando-se questionários e
entrevistas semiestruturadas com os moradores da referida comunidade. Foram realizadas 26
entrevistas, sendo identificadas 60 espécies (28 nativas, 32 exóticas) distribuídas em 36
famílias botânicas. Lamiaceae, Rutaceae, Asteraceae, Amaranthaceae e Rubiaceae foram as
famílias com maiores usos medicinais. A partir desses dados, fizemos o levantamento dos
nomes populares e científicos das espécies citadas, indicação terapêutica, forma de uso entre
outras informações. As plantas mais citadas foram: alfavaca (Ocimum basilicum L), amapá
(Parahancornia amapá L.), hortelã pimenta (Mentha arvensis L.), sete sangria (Heliotropium
lanceolatum Lour), terramicina (Alternanthera brasiliana (L) Kuntze) e unha de gato
(Uncaria tomentosa Willd). Foram identificadas 53 recomendações terapêuticas, com maior
representatividade àquelas relacionadas a doenças e sintomas de gripe, inflamação de barriga,
garganta, dor de barriga, tosse, gastrite, cólicas, calmante e como cicatrizante. O modo de
emprego mais freqüente foi o chá, sendo a folha, a parte da planta mais utilizada. Ficou
evidente a necessidade de orientar as pessoas sobre o uso mais adequado das plantas
medicinais, uma vez que se forem empregadas de maneira inadequada, podem ocasionar
problemas à saúde. Nesse sentido, foi elaborado um texto em forma de folder para ser
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Amanda Muriel Nunes da Silva1, Tamires de Sousa Silva1, Pedro Marcos de Almeida2 e
Francielle Alline Martins1
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Janaina Gomes da Silva¹, Fernanda Cássia Moraes Silva¹, Taís Teixeira de Sousa¹ e Tatiana
Gimenez Pinheiro²
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Sinara Gomes de Araújo¹, Laiane Pereira de Araújo Santos¹, Maria Teresa Madeira Silva¹,
Naise Cristhyne Gomes da Costa Cardoso¹, Vera Lúcia Borges Nunes¹, Roselis Ribeiro
Barbosa Machado²
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ponte para universidade, possibilitando aos alunos mais carentes (oriundos de escola pública),
a oportunidade de ingressar no ensino superior, competindo com alunos de escola particular,
sem maiores diferenças de aprendizagem e com possibilidades de êxito.
Palavras-chave: Ensino, Biologia, Universidade
Kelrilene Ágatha de Araújo Matos1, Henrique José de Oliveira1, Maria Amélia Guimarães do
Passo Gondolo1, Guilherme Fernandez Gondolo 1
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Ederson de Sousa Martins1, Flávia Damasceno Fontinele1, José Jorge Modesto 1, Maria Pessoa
da Silva2.
Dentre as necessidades básicas para a nossa sobrevivência, uma das que merece
destaque refere-se a nossa alimentação. Com base nisto, é necessário que a população tenha
conhecimento mínimo sobre este processo, seja ele tradicional ou cientifico. Com isso,
realizou-se um levantamento de plantas com potencial alimentício no conjunto Renascer II,
bairro Recreio, Campo Maior – PI. A coleta de dados ocorreu através de lista livre e entrevista
semiestruturada aplicado aos moradores. A seleção dos entrevistados aconteceu de forma
aleatória, compondo assim uma amostragem de 50%, (125 residências). Destas, apenas 21
residências cultivam algum tipo de planta alimentícia. Foi observado que as plantas
pertencentes ao estrato arbóreo estavam mais representadas com relação ao estrato arbustivo.
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Antonio de Padua Cunha Viana Junior1, Jose Jorge Modesto Araujo 1, Tayna Tamiris Conrado
Correia1, Jose Rodrigues de Almeida Neto2, Carla Ledi Korndörfer1
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Trabalhos completos
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RESUMO
A pesquisa teve como objetivos, analisar quali e quantitativamente as espécies
utilizadas na arborização da Praça Firmina Sobreira, no que diz respeito às condições de
manutenção e descrição das principais características, bem como também, destacar a
importância no espaço urbano. A metodologia constituiu-se em levantamento bibliográfico,
análise técnica, planilha de campo para a descrição das espécies adotadas na referida praça, e
registro fotográfico, para identificação das espécies. Constatou-se que a praça possui 82
indivíduos divididos em 15 espécies e em 12 famílias botânicas. Apesar da cidade de Teresina
ter um projeto com objetivo de substituir a espécie nativa Chal – Chal (Allophylus edulis), em
decorrência das desvantagens viróticas pelo Neem (Azadirachta indica) que é exótica, com
inúmeras vantagens, recomenda-se a implantação de espécies nativas, como a Copernicia
prunifera (Carnaúba) Parkia platycephala Benth (Faveira) Cenostigma macrophyllum Tul
(Caneleiro) entre outras, visando valorizar e preservar a biodiversidade local.
PALAVRAS – CHAVE: Área Verde. Espaço Urbano. Meio Ambiente.
ABSTRACT
The research aimed to analyze qualitatively and quantitatively the species used in
afforestation of Square Firmina Sobreira, with regard to their conditions of maintenance and
description of its main features, and also highlight its importance in the urban space of the
middle and major cities. The methodology consisted in technical analysis spreadsheet field for
the description of the species taken in that square, and detailed photographic record of each
tree and its fractions composers, for identification. It was found that the square has 82
subjects divided into 15 species and 12 botanical families. Although the city of Teresina have
a project aiming to replace native species Chal - Chal (Allophylus edulis) as a result of viral
disadvantages by Neem (Azadirachta indica) is an exotic species, with numerous advantages,
it is recommended to implement native species such as Copernicia prunifera (Carnaúba)
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INTRODUÇÃO
A presença de áreas verdes em espaços urbanos é cada vez mais necessária, uma vez
que, os impactos no meio ambiente das cidades médias e grandes são preocupantes, a
exemplo do aumento constante da poluição atmosférica, bem como, do aquecimento global.
Com o surgimento dos grandes aglomerados humanos organizados em estruturas
urbanas e o advento da revolução industrial, as cidades passaram a apresentar estruturas e
elementos que substituem os elementos naturais, como asfalto, edificações, pisos de concreto,
telhas de cerâmica, amianto, vidros e estruturas metálicas. Esses elementos, com elevada
capacidade refletora proporcionam um microclima, causando desconforto da população pelo
aumento da temperatura, formando bolsões denominados de “ilhas de calor”. (SCHUCH,
2006).
A arborização em praças é de fundamental importância, uma vez que a função
paisagística das praças é oferecer conforto nos mais diversos aspectos. No caso específico de
Teresina, onde o clima é quente, a arborização nas praças urbanas propicia sombreamento,
trazendo assim, sensação de conforto para os que estão na sua área.
Além desses benefícios, a presença de áreas verdes nos espaços citadinos propicia uma
sensação saudável, oferecendo bem-estar à população, além de contribuir significamente na
redução da poluição do ar.
A presente pesquisa teve como objetivos, analisar quali e quantitativamente as espécies
utilizadas na arborização da Praça Firmina Sobreira, no que diz respeito às suas condições de
manutenção e descrição de suas principais características, bem como também, destacar a sua
importância no espaço urbano.
MATERIAIS E MÉTODOS
1. Área de Estudo
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altitude de 74m acima do nível do mar (Figura 01). O bairro possui 3.129 habitantes segundo
a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Centro-Norte (PMT, 2013).
2. Análise Quali-Quantitativo
Para a identificação das espécies foi realizado o registro fotográfico minucioso de cada
indivíduo e suas frações compositoras, que foram encaminhados para o Jardim Botânico de
Teresina para a devida identificação das espécies.
Para a quantificação, foi realizado um censo para a análise estatística, a fim reforçar os
resultados e desenvolver uma tabela. Os dados coletados na planilha de campo para
levantamento qualitativo no mês de abril e maio de 2013 abrangeram os seguintes aspectos:
estado geral, fenologia, comportamento das raízes, conflitos, poda, pavimentação da praça,
participação das espécies e porte.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Tabela 01: Espécies arbóreas e arbustivas encontradas na Praça Firmina Sobreira: quantidade,
nome popular, nome científico, família e origem.
Quant Nome popular Nome Científico Família Origem
1 Olho-de-pavão Adenanthera pavonina Fabaceae Exótica
2 Mangueira Mangifera indica Anacardiaceae Exótica
4 Oitizeiro Licania tomentosa Crysobalanacea Nativa
1 Carnaubeira Corpernicia prunifera Arecaceae Nativa
27 Mamorana Pachira aquatica Bombacaceae Exótica
2 Amendoeira Terminalia catappa Combretaceae Exótica
9 Cujubeira Crescentia cujete Bignoniaceae Nativa
3 Babaçu Orbignya speciosa Palmae Nativa
1 Neem Azadirachta indica Meliaceae Exótica
14 Acacia Mimosa Acacia podaliriaefolia Fabaceae Exótica
1 Angico Preto Anadenanthera macrocarpa Mimosaceae Nativa
4 Faveira Parkia platycephala Mimosaceae Nativa
4 Curupitá Sapium Aucuparium Euforbiácea Nativa
2 Palmeira Fenix Phoenix roebelenii Arecaceae Exótica
2 Ixora Mini Ixora chinensis Rubiaceae Exótica
5 Não – identificadas
82 15 espécies 12 famílias
Fonte: Pesquisa de Campo, 2013.
De acordo com as análises feitas com o roteiro de campo, constatou-se que a maioria
das árvores encontra-se em estado geral bom. A fenologia da maioria das espécies
identificadas é de predominância fruto e flores, porém, a fenologia da Adenanthera pavonina
é sementes.
A respeito do comportamento das raízes, verificou-se que a maioria das árvores possui
raízes não evidentes e não causadoras de danos, porém algumas delas possuem raízes em
evidência, mas não alterando a pavimentação da praça. É importante destacar que a única
árvore verificada que possui raízes frondosas, em plena evidência e prejudicando a
pavimentação é a Anadenanthera macrocarpa (Figura 02), uma das poucas árvores de grande
porte da praça.
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No que diz respeito à pavimentação da praça no local das árvores, constatou-se que em
na maioria, predominam a terra, grama e capim. Foi analisado também que uma grande
porcentagem das espécies identificadas é de médio porte e que não é frequente a prática da
poda, pois essa área não predomina a rede elétrica. Mas, no que se refere à irrigação e
limpeza, a praça é condicionada com frequência por funcionários do órgão municipal
responsável.
Dentre as espécies registradas, três produzem frutos que são comestíveis: Mangifera
indica, Licania tomentosa e Terminalia catappa. Neste caso, Mangifera indica é designada
como inadequada, pois produz frutos grandes e pesados, que podem se soltar facilmente dos
galhos, além de atraírem insetos e poluir a área. Por outro lado, Licania tomentosa e
Terminalia catappa, por produzirem frutos comestíveis pequenos, são adequadas para praças
públicas, pois servem para a alimentação dos pássaros.
Das espécies analisadas, a Pachira aquatica e a Anadenanthera macrocarpa, segundo
Pivetta e Silva Filho (2002) são árvores onde já foram constatadas a ocorrência de pragas.
Essas pragas podem causar problemas crônicos, sazonais, esporádicos ou eventuais. Porém,
durante a análise de campo das árvores, não foram visualizadas ocorrência de pragas.
É interessante destacar, que a maioria das espécies observadas não são nativas. É
importante a implantação de espécies nativas em praças urbanas, pois, segundo a Cemig
(2011), essas espécies apresentam-se com grande potencial de utilização do ponto de vista de
sustentabilidade ambiental, tanto por suas características de adaptabilidade ao meio quanto
pela preservação da biodiversidade, fundamentais no equilíbrio ambiental local.
CONCLUSÃO
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completamente naturais, não são tóxicos para a humanidade e nem para os animais
domésticos e insetos benéficos e ao meio ambiente, segundo o site Planta Neem.
Apesar da cidade de Teresina ter um projeto com objetivo de substituir a espécie
nativa Chal – Chal (Allophylus edulis), em decorrência das desvantagens viróticas pelo Neem
(Azadirachta indica) que é exótica, com inúmeras vantagens, recomenda-se a implantação de
espécies nativas, como a Copernicia prunifera (Carnaúba) Parkia platycephala Benth
(Faveira) Cenostigma macrophyllum Tul (Caneleiro), visando valorizar e preservar a
biodiversidade local.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos funcionários do Jardim Botânico de Teresina por terem nos ajudado
na identificação das espécies aqui supracitadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Larisse Raquel Carvalho Dias1, Maria de Fatima de Oliveira Pires2 Silvia Maria Colturato
Barbeiro3
RESUMO
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan está representada por indivíduos arbóreos,
com flores branco-amareladas. Foi estudada a anatomia foliar dessa espécie objetivando
contribuir para um melhor conhecimento da vegetação local e uma melhor caracterização
ecológica e estrutural da espécie. O material foi coletado em áreas de transição caatinga /
cerrado no município de Campo Maior – PI. Os cortes foram processados à mão livre,
corados com fucsina básica/azul de astra. As folhas são anfiestomáticas com estômatos
paracíticos e cutícula espessa. O mesofilo é homogêneo. O sistema vascular é colateral, com
feixes de grande e médio porte circundados por uma densa bainha de fibras, associadas a
cristais de oxalato de cálcio. No pecíolo, observa-se ainda, fibras gelatinosas. Caracteres da
anatomia foliar como o tipo de estômato e de cristais são comuns nas Mimosoideae.
Entretanto, cutícula espessa, mesofilo homogêneo, esclerênquima abundante e fibras
gelatinosas provavelmente são induzidas por fatores ambientais a que estão sujeitas.
PALAVRAS-CHAVE: Anatomia. Cerrado. Mimosoideae.
ABSTRACT
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan is represented by individual trees, with
yellowish-white flowers. Leaf anatomy from this species aiming to contribute to a better
knowledge of the local vegetation and a better ecological and structural characterization of the
species was studied. The material was collected in areas of caatinga / cerrado transition in
Campo Maior - PI. The sections were processed freehand, stained with basic fuchsin / astra
blue. The leaves are amphistomatic paracytic with thick cuticle and stomata. The mesophyll is
homogeneous. The vascular system is collateral, with beams of large and medium surrounded
by a thick sheath of fibers, associated with crystals of calcium oxalate. The stem, yet, it is
observed gelatinous fibers. Characters of leaf anatomy as the type of stomata and crystals are
common in Mimosoideae. However, thick cuticle, homogeneous mesophyll, abundant
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sclerenchyma and gelatinous fibers are probably induced by environmental factors to that they
are subject.
KEY-WORDS: Anatomy. Cerrado. Mimosoideae.
INTRODUÇÃO
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Campo Maior, Piauí, contribuindo, dessa forma, para um melhor conhecimento da espécie em
termos de seu comportamento ecológico e sua estrutura anatômica, bem como fornecer
subsídios para a interpretação ecológica daquele ecótono.
MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho foi selecionada uma área situada no Município de
Campo Maior - PI. A escolha da área decorreu principalmente por: constituir uma área de
transição (caatinga/cerrado); ter sido feito levantamento florístico e fitossociológico prévio
(CASTRO et al., 2007); e ser integrante dos estudos relacionados ao Projeto de Pesquisa
Ecológica de Longa Duração (PELD/CNPq: 2001-2011).
O Complexo de Campo Maior caracteriza-se por apresentar, segundo Köppen, clima
tropical subúmido seco (C 1WA’4 a’), com pequena amplitude térmica no verão. A duração
do período seco é de seis meses, com temperaturas médias máxima de 35°C e mínima de
28°C. Os solos apresentam horizonte “B” latossólico, pouco desenvolvidos, hidromórficos e
concrecionários tropicais (CEPRO, 1992).
A seleção da espécie A. colubrina foi baseada nos seguintes critérios: 1- ainda não ter
sido abordados aspectos da anatomia ecológica dessa espécie ocorrentes nos cerrados do
Nordeste do Brasil. 2 - Ser arbórea. 3 - Estar representada, no mínimo por três indivíduos.
Durante o primeiro semestre de execução do trabalho, foram realizadas excursões a
área escolhida onde foram selecionados três indivíduos adultos de A. colubrina e coletado
cinco folhas de cada um dos exemplares. Este material foi fixado em FAA 50 e
posteriormente estocado em álcool etílico 70% para os estudos anatômicos. Material botânico
fértil foi coletado para herborização, de acordo com as técnicas de Mori et al. (1997) e
incorporados ao acervo do Herbário Afrânio Gomes Fernandes (HAF) da Universidade
Estadual do Piauí (UESPI).
Foram realizados cortes histológicos à mão livre nos folíolos (compreendendo nervura
central e meio), pecíolo e peciólulo (na parte mediana).
As secções obtidas foram clarificadas em solução de hipoclorito de sódio a 50%,
lavadas em água destilada e submetidos ao processo de dupla coloração com fucsina
básica/azul de astra (ROESER, 1972), As lâminas semipermanentes foram montadas com
glicerina 50% e vedadas com esmalte incolor.
Para o estudo da epiderme em vista frontal, pequenos fragmentos da lâmina foliar
foram dissociados com peróxido de hidrogênio e ácido acético (FRANKLIN, 1945)
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posteriormente corados com azul de astra (RÖESER, 1972). O registro fotográfico foi
realizado através de fotomicroscópio, utilizando câmera digital acoplada ao computador.
Para os testes histoquímicos utilizou-se ácido clorídrico (50%) para detectar cristais de
oxalato de cálcio e lugol para os grãos de amido (JOHANSEN, 1940).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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da bainha de fibras são constituídas por fibras gelatinosas (Fig. 06), sendo tais fibras comuns
em plantas do cerrado, visto que possam atuar como estruturas armazenadoras de água
(PAVIANI, 1983).
Os cristais em associação com as fibras observados nesta espécie corroboram a
descrição de Metcalfe e Chalk (1957) que citam essa característica como comum para a
subfamília Mimosoideae.
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Folíolo de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. Figs. 1-2 Lâmina Foliar: Fig. 1. Epiderme adaxial:
estômatos paracíticos (setas). Fig. 2. Visão geral da lâmina foliar em secção transversal: epiderme (cabeça de
seta), parênquima paliçádico (pp), cristais de oxalato de cálcio (setas), xilema (x), floema (fl) e bainha de fibras
(fe). Figs. 3-6. Secção Transversal do pecíolo. Fig. 3. Visão Geral do pecíolo: feixes acessórios (setas). Fig. 4.
Feixe acessório: cristais (setas), xilema (x), floema (fl) e feixe de fibras (fe). Fig.5. Sistema vascular do pecíolo
evidenciando grãos de amido (asterisco) e cristais (seta) Fig. 6. Detalhe do pecíolo: cristais de oxalato de cálcio
(setas), fibras gelatinosas (fg) Fig. 7. Secção transversal do peciólulo evidenciando tricomas (setas).
Escalas: Figs. 1, 2, 4, 5, 6 e 7: 40µm. e Fig. 3: 150 µm.
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CONCLUSÕES
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(Oil larvicida activity of Jatropha sp. against Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae))
Wallace Baldez Oliveira1, José Rafael da Silva Araujo1, Pedro Marcos de Almeida2,
Reginaldo Roris Cavalcante3, Francielle Alline Martins1
RESUMO
Com o surgimento de formas resistentes do mosquito Aedes aegypti aos inseticidas
convencionais, tem crescido a procura por extratos vegetais e substâncias naturais que sejam
efetivas no combate ao mosquito adulto e/ou à larva. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi
avaliar a atividade larvicida dos óleos de Jatropha gossypiifolia L., J. curcas L. e J.
mollissima (Pohl) Baill. contra larvas de A. aegypti. Larvas foram colocadas em placa de Petri
contendo 20 ml de emulsão água e óleo nas concentrações 0,625; 1,25; 2,5; 5,0 e 10 mL/L. A
atividade larvicida foi estimada a partir da taxa de mortalidade avaliada a cada 24h. O óleo de
J. gossypiifolia. apresentou maior atividade larvicida, com CL90 de 6,96 mL/L, enquanto o de
J. curcas. apresentou menor atividade, com CL90 de 9,55. Os resultados indicam que óleos
avaliados, principalmente o de J. gossypiifolia são compostos por substâncias com efeito
larvicida contra A. aegypti.
Palavras-Chave: Dengue. Biolarvicida. Óleo vegetal.
ABSTRACT
With the emergence of resistant strains of the mosquito Aedes aegypti to conventional
insecticides, it has increased the demand for plant extracts and natural substances that are
effective in combating adult mosquitoes and / or larvae. Thus, the aim of this study was to
evaluate the larvicidal activity of Jatropha gossypiifolia L., J. curcas L. e J. mollissima (Pohl)
Baill. oil against A. aegypti larvae. Larvae were placed in a Petri dish containing 20 ml of
water and oil emulsion at concentrations of 0.625; 1.25; 2.5; 5.0 to 10 mL/L. The larvicidal
activity was estimated from the rate of mortality was evaluated every 24 hours. The J.
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gossypiifolia oil showed highest larvicidal activity with LC90 of 6.96 mL / L, while that of J.
curcas oil showed lower activity, with LC90 of 9.55. The results indicate that oils, and
particularly the J. gossypiifolia consist of substances with larvicidal effect against A. aegypti.
KEY WORDS: Dengue. Biolarvicide. Vegetable oil.
INTRODUÇÃO
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visam o controle de insetos vetores de doenças, como a dengue, são motivados pela não
toxicidade destes produtos a maioria dos animais e plantas e pelo fato de serem
biodegradáveis evitando a contaminação do meio ambiente (PIMENTA et al., 2006).
Entre os inseticidas botânicos, terpenoides, flavonoides e taninos são encontrados em
muitas especies gênero Jatropha, pertencentes à família Euphorbiaceae, uma das mais
extensas famílias de fanerógamas, compreendendo cerca de 307 gêneros e 6.900 espécies
(JUDD et al., 1999). A família tem se revelado bastante promissora para utilização como
bioinseticida, pois algumas de suas espécies como Jatropha curcas L., Ricinus communis L. e
Croton cajucara B., têm demonstrado excelentes resultados em pesquisas que avaliam suas
potencialidades como plantas possuidoras de atividades contra insetos considerados pragas na
agricultura (FERNANDES, 2012).
Neste sentido, existe a necessidade do desenvolvimento de compostos inseticidas
seguros contra vetores da dengue. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade
larvicida do óleo de Jatropha sp. sobre larvas de Aedes aegypti L.
MATERIAL E MÉTODOS
O óleo foi extraído por solventes orgânicos, utilizando o hexano, o material (amostra e
hexano) foi incubado com agitação (190 opm) durante 8 horas a uma temperatura de extração
de 40 ºC, depois a amostra foi colocada em placas de Petri em um ambiente de 18 ºC, durante
48 horas, para promover a evaporação do solvente, após todo o solvente ter evaporado, as
placas foram colocados numa estufa com circulação de ar a 65ºC. Para a composição dos
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tratamentos os óleos foram diluídos em água mineral em concentrações de 0,625; 1,25; 2,5; 5
e 10 mL/L.
Bioensaio
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Todos os óleos testados apresentaram atividade larvicida contra A. aegypti (Tabela 1).
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CL50: Concentração letal que mata 50% das larvas expostas. CL90: Concentração letal que
mata 90% das larvas expostas. nd: não identificado. R²: coeficiente de regressão.
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RESUMO
Terminalia actinophylla é utilizada na medicina popular para o tratamento de
diarreias, perturbações estomacais e na cicatrização. Este trabalho teve como objetivo avaliar
os efeitos tóxicos, citotóxicos, mutagênicos e genotóxicos do extrato etanólico da casca da T.
actinophylla, através do sistema teste Allium cepa. Sementes de A. cepa foram submetidas a
diferentes concentrações do extrato (1,25; 2,5; 5 e 10 mg/mL), utilizando como controle
negativo,água destilada, e como controle positivo, a trifluralina.A toxicidade foi avaliada a
partir da variação do comprimento das raízes de A. cepa. A citotoxicidade, genotoxicidade e
mutagenicidade foram investigadas pela contagem de 5.000 células meristemáticas para cada
tratamento em microscópio óptico. Os resultados indicaram que o extrato possui efeito tóxico,
citotóxico, mutagênico e genotóxico nas concentrações utilizadas. Considerando a correlação
do teste A. cepa com testes realizados em mamíferos, provavelmente, o uso do extrato para
fins medicinais pode causar efeitos prejudiciais ao organismo.
PALAVRAS-CHAVE: Allium cepa. Alterações Genotóxicas.Extrato Etanólico.
ABSTRACT
Terminalia actinophylla is used in folk medicine for the treatment of diarrhea,
stomach disorders and wound healing. This work aimed to evaluate the toxic, cytotoxic,
mutagenic and genotoxic effects of the ethanolic extract of the bark of the T. actinophylla,
through the Allium cepa test system. Seeds of A. cepa were exposed to different
concentrations of the extract (1.25, 2.5, 5 and 10 mg/mL),using as negative control, distilled
water, and as positive control, trifluralin. Toxicity was evaluated from the variation of the
length of the roots of A. cepa. The cytotoxicity, genotoxicity and mutagenicity were
investigated by counting 5,000 meristematic cells for each treatment. The results indicated
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that the extract has toxic effect, cytotoxic, mutagenic and genotoxic at the concentrations
used. Considering the correlation of the A. cepa test with tests in mammals, probably, the use
of the extract for medicinal purposes can cause harmful effects to the body.
KEY WORDS: Allium cepa. Chromosome Aberrations. Ethanolic Extract.
INTRODUÇÃO
As plantas medicinais e seus subprodutos fazem parte dos medicamentos por vários
anos e somente no século XIX que os químicos iniciaram estudos sobre as propriedades dos
extratos vegetais, substituindo-os por substâncias ativas isoladas (FÃO et al., 2012). No
entanto, apesar do reconhecimento da importância das plantas medicinais, o seu potencial
farmacológico é ainda pouco utilizado. Segundo estimativas, o número de espécies vegetais
superiores pode chegar a 500.000, sendo que, apenas 15 a 17% destas já foram investigadas
quanto as suas propriedades medicinais (BARROS, 2008).
As espécies do gênero Terminalia apresentam diferentes atividades medicinais, como
antifúngica, anti-helmíntica, antimalárica, anticancerígena, hipoglicêmica, anti-inflamatória,
antibacteriana, antioxidante, antiulcerogênica, antiviral, antidepressora, tripanocida,
moluscicida, imunomodulatória, hepatoprotetora e cardioprotetora. Além disso, são ricas em
triterpenospentacíclicos e seus derivados glicosilados, flavonoides, taninos e outros
compostos aromáticos (AYRES; CHAVES, 2009).
Terminalia actinophylla (Mart), popularmente conhecida como chapada é uma árvore
pertencente à família Combretaceae, distribuída em regiões tropicais e subtropicais, presente
no Cerrado brasileiro. No Estado do Piauí,a casca seca e triturada da árvore tem sido usada na
medicina popular após a infusão em água quente para fins antidiarreicos e para estancar
ferimentos (PÁDUA et al., 2013). Segundo esses autores, o extrato etanólico da casca da
chapada não teve efeito genotóxico em testes com Drosophila melanogaster. No entanto,
plantas que possuem princípios ativos terapêuticos, também podem interagir no organismo
provocando instabilidade genética em consequência de danos cumulativos ou não ao DNA
(WOOD, 2001). Assim, há necessidade de realizar mais estudos de toxicidade dessa espécie
para melhor uso do seu potencial farmacológico, tornando-se necessária a identificação de
concentrações e doses que possam induzir possíveis efeitos adversos.
Modelos vegetais, como A. cepa, permitem avaliar os potenciais tóxico, citotóxico,
genotóxico e mutagênico da substância testada. O potencial tóxico pode ser estimado
mediante avaliação do crescimento radicular; o efeito citotóxico através do índice mitótico e
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MATERIAL E MÉTODOS
Material Biológico
Folhas e frutos dachapada foram coletados em Picos (PI) a partir de várias plantas
adultas. A planta foi identificada pelo Dr.Francisco Soares, professor do Departamento de
Biologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI, Teresina) e uma exsicata da chapada (nº
21642) encontra-se no Herbário Graziela Barros da Universidade Federal do Piauí (PÁDUA
et al., 2013). As sementes de cebola, cv Vale Ouro IPA-11,encontram-se no Laboratório de
Genética da UESPI, Campus Poeta Torquato Neto.
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O extrato etanólico da casca da chapada (EECC) foi cedido pelo Núcleo de Estudos
sobre Propriedades Químicas de Plantas Medicinais da UESPI em janeiro de 2013.
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Análise Estatística
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Avaliação da Mutagenicidade
A mutagenicidade pode ser avaliada pela presença de micronúcleos (MN), que podem
ser originados a partir de alterações no fuso mitótico (efeito aneugênico) ou a partir de
quebras cromossômicas (efeito clastogênico) (FENECH et al., 2011). No presente estudo, a
presença significativa de MN nas células meristemáticas de todas as concentrações testadas
do EECC e da trifluralina evidenciou o potencial mutagênico do extrato e do controle
positivo. A presença significativa de quebras cromossômicas (QC) (Tabela 1) e de pontes
cromossômicas (Tabela 2) nas menores concentrações (1,25 e 2,5 mg/mL) indica ação
clastogênica do extrato. Além disso, a presença significativa de brotos nucleares e de perdas
cromossômicas nessas concentrações e na trifluralina (Tabela 2) também indica ação
aneugênica. Enquanto nas outras concentrações (5 e 10 mg/mL) e na trifluralina, a presença
não significativa de QC (Tabela 1), mas significativa de pontes cromossômicas (Tabela 2)
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Tabela 1. Valores do comprimento médio das raízes (VCMR), índice mitótico, médias dos
micronúcleos (MN) e quebras cromossômicas (QC) em células meristemáticas observadas
após tratamento das radículas de Allium cepa com extrato etanólico da casca da chapada e nos
controles negativo e positivo, após 24 h.
Avaliação da Genotoxicidade
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Tratamentos (mg/mL)
AC
CN 1,25 2,5 5 10 Trifluralina
BN 0,85 ± 1,21 2,97 ± 2,26* 2,83 ± 3,56* 1,42 ± 1,36* 0,82 ± 0,80 4,27 ± 3,98*
CB 0,38 ± 0,48 1,85±2,18 2,12±2,77 3,88±3,88 1,56±1,83 1,31±1,94
CP 0,00 0,18±0,39* 0,00 0,19±0,39* 0,00 4,11±9,24*
AD 1,59±1,78 7,50±3,79* 2,30±2,14* 1,14±2,31* 0,00 5,75±7,19*
CM 0,19±0,39 3,15±2,44* 1,15±1,11* 0,57±1,02* 0,00 11,49±14,32*
PC 0,19±0,39 1,67±1,74* 0,35±0,46* 0,38±0,91 0,00 1,31±1,78*
PT 0,66±1,18 3,70±2,43* 1,24±0,86* 0,95±0,89* 0,46±0,78* 2,14±3,13*
AMP 0,00 0,09±0,29 0,00 0,00 0,00 0,00
NA 0,00 0,00 0,18±0,37 0,48±0,92 0,00 1,15±2,82
Total 3,96±4,37 21,04±6,34* 10,11±4,33* 9,03±5,38* 2,73±2,62* 31,44±34,57*
AC: alterações cromossômicas. BN: brotos nucleares. CB: células binucleadas. CP: células
poliploides. AD: aderências cromossômicas. CM: C-metáfases. PC: perdas cromossômicas.
PT: pontes cromossômicas. AMP: anáfase multipolar com ponte. AN: alterações nucleares.
CN (água destilada):controle negativo. Trifluralina (0,84 ppm): controle
positivo.*Significativo no teste de Kruskal-Wallis (p < 0,05). Total de 5.000 células
analisadas.
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concentração (1,25 mg/mL) pode estar associada ao maior índice divisão mitótica, ou seja, o
maior número de células entrou em divisão, provocando maior índice de alterações
genotóxicas no material analisado, após a exposição ao extrato. Em relação à trifluralina, a
presença significativa das diferentes alterações cromossômicas (Tabela 2) também foi descrita
por Fernandes, Mazzeo e Marin-Morales (2009).
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Jardison de Oliveira Cunha 2, Josiane Costa Rocha2, Pedro Marcos de Almeida3, Francielle
Alline Martins4
RESUMO
Ximenia americana L. (Oleacaceae) é amplamente utilizada na medicina popular,
como cicatrizante e anti-inflamatório. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos
tóxico, citogenotóxico e mutagênico do extrato etanólico da casca de X. americana. Sementes
de A. cepa foram submetidas a diferentes concentrações do extrato (0,5; 1,0; 1,5 e 2,0mg/mL),
utilizando como controle negativo, água destilada. A toxicidade foi avaliada a partir da
variação do comprimento das raízes de A. cepa. A citogenotoxicidade e mutagenicidade
foram investigadas pela contagem de 5.000 células meristemáticas para cada tratamento. O
extratonão apresentou toxicidade em nenhuma das concentrações, enquanto a citotoxicidade
foi significativa em todas as concentrações. Os micronúcleos foram significativos em 1,5 e 2
mg/mL e apenas as células binucleadas foram significativas em 1,0 e 2 mg/mL. Considerando
que o extrato é aplicado na medicina popular, provavelmente, o seu uso deve ser utilizado
com cautela.
PALAVRAS-CHAVE: Alterações Cromossômicas. Micronúcleos. Teste Allium cepa.
ABSTRACT
Ximenia americana L. (Oleacaceae) is widely used in folk medicine as a healing and
anti-inflammatory. The aim of this study was to evaluate the toxic, citogenotoxicand
mutagenic effects of extract of the bark of X. americana. Seeds of A. cepa were exposed to
different concentrations of the extract (0.5, 1.0, 1.5 and 2.0 mg/mL) as a negative control,
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distilled water. Toxicity was evaluated from the variation of the length of the roots of A. cepa.
The citogenotoxicityand mutagenicity were investigated by counting 5,000 meristematic cells
for each treatment. The extract showed no toxicity at any concentration, while the cytotoxicity
was significant at all concentrations. The micronuclei were significant at 1.5 and 2 mg/mL
and binucleated cells were only significant at 1.0 and 2 mg/mL. Whereas the extract is used in
folk medicine, their use should probably be used with caution.
KEY-WORDS: Allium cepa Test. Chromosome Aberrations.Micronuclei.
INTRODUÇÃO
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Para a utilização da ameixa do mato como planta medicinal, muitos estudos ainda são
necessários, a começar, pela avaliação do potencial toxicológico do extrato da casca que tem
sido utilizados de forma empírica na medicina popular. Considerando que os testes de
toxicidade em animais leva a morte dos mesmos, alternativas para análise deste potencial
devem ser consideradas (BOTELHO et al., 2011). Neste sentido, testes de genotoxicidade e
mutagenicidade em modelos vegetais são os primeiros ensaios para a avaliação da
potencialidade de aplicação clínica de um novo material para uso medicinal, tornando-se
necessária a identificação de concentrações e doses que possam, eventualmente, induzir
possíveis efeitos adversos.
Modelos vegetais, como Allium cepa, permitem avaliar os potenciais tóxico
(crescimento radicular), citotóxico (índice mitótico), genotóxico (aberrações cromossômicas)
e mutagênico (micronúcleos e quebras cromossômicas) da substância testada. O sistema teste
A. cepa destaca-se entre outras plantas por apresentar cromossomos maiores e número
reduzido (2n = 16) e alta sensibilidade em detectar agentes químicos ambientais (MAZZEO;
FERNANDES; MARIN-MORALES, 2011). Adicionalmente, esse sistema é bastante
recomendado para avaliar possíveis efeitos tóxicos dos extratos vegetais, pois permite que o
extrato testado em diferentes concentrações fique em contato direto com as raízes de A. cepa,
possibilitando analisar alterações na divisão celular e aberrações cromossômicas das células
meristemáticas de A. cepa (PERON; CANESIN; CARDOSO, 2009).
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o potencial efeito tóxico,
citotóxico, genotóxico e mutagênico do extrato etanólicoda casca da ameixa do mato nas
células meristemáticas do modelo A. cepa.
MATERIALE MÉTODOS
Material Biológico
As cascas da ameixa do mato foram coletadas em Teresina (PI) a partir de várias plantas
adultas. A planta foi identificada pelo Dr. Francisco Soares, professor do Departamento de
Biologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI, Teresina). As sementes de cebola, cv
Vale Ouro IPA-11, encontram-se no Laboratório de Genética da UESPI, Campus Poeta
Torquato Neto.
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Análise Estatística
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Valores do comprimento médio das radículas (VCMR), índice mitótico, médias dos
micronúcleos (MN) e quebras cromossômicas (QC) em células meristemáticas observadas
após tratamento das radículas de Allium cepa com extrato etanólico da casca da ameixa do
mato e no controle negativo, após 24 h.
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Por outro lado, nos ensaios de citotoxicidade foram observadas diferenças significativas
dos índices mitóticos (IM) em relação ao CN. O aumento das médias dos IM, pode estar
associado a proliferação descontrolada do ciclo celular das células meristemáticas de A. cepa
provocadas por compostos fitoquímicos da ameixa do mato. Resultados similares quanto ao
IM foram relatados na revisão realizada por Leme e Marin-Morales (2009).
A mutagenicidade pode ser avaliada pela presença de micronúcleos (MN), que podem
ser originados a partir de alterações no fuso mitótico (efeito aneugênico) e/ou a partir de
quebras cromossômicas (efeito clastogênico) (FENECH et al., 2011). No presente estudo, a
presença de MN nas células meristemáticas foi significativa apenas nas maiores
concentrações (1,5 e 2,0 mg/mL) em comparação com o controle (Tabela 1). Enquanto, a
presença de quebras cromossômicas (QC) (Tabela 1) e pontes cromossômicas (Tabela 2) não
foram significativas em nenhuma das concentrações testadas, o que indica ação não
clastogênica do extrato. Adicionalmente, a presenção não significativa de perdas
cromossômicas (Tabela 2) em todas as concentrações testadas também evidencia ação não
aneugênica do extrato.
4 5 6
nucleares, CB: células binucleadas, CP: células poliploides, AC: aderências
7 8 9
cromossômicas, CM: C-metáfases, PC: perdas cromossômicas, PT: pontes
cromossômicas, 10AMP: anáfases multipolares. *Significativo no teste de Kruskal-Wallis (p <
0,05). Total de 4.000 células analisadas.
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Jose Rafael da Silva Araujo 3, Wallace Baldez Oliveira4, Maria Wlly da Silva Costa5
Reginaldo Roris Cavalcante6, Francielle Alline Martins7
RESUMO
Na busca por compostos químicos naturais para o controle alternativo contra Aedes
aegypti L., pesquisas são estimuladas em busca de novas substâncias inseticidas com baixo
impacto ao homem e ao ambiente. O objetivo deste estudo foi avaliar a bioatividade de 3
espécies de Jatropha sp. contra larvas de A. aegypti. Larvas do mosquito foram colocadas em
placa de Petri contendo 20 mL de solução em diferentes concentrações dos extratos foliares.
A taxa de mortalidade foi avaliada a cada 24h e os índices de mortalidade e a concentração
letal 50 e 90% foram estimados. O extrato foliar de J. gossypiifolia apresentou maior
atividade larvicida (CL90 56,56 mg.L-1), enquanto J. curcas apresentou menor atividade (CL50
301,61 mg.L-1e CL90 555,67 mg.L-1). O extrato de J. mollissima apresentou atividade
intermediária. Os resultados indicaram que os extratos foliares de Jatropha sp. apresentam
potencial bioinseticida contra A. aegypti, sobretudo o extrato de J. gossypiifolia.
Palavras-Chaves: Dengue. Bioinseticida. Jatropha.
ABSTRACT
Through the search of natural chemical compounds for alternative control against
Aedes aegypti L., many researches are developed and encouraged in order to find new
insecticidal substances with low impact to humans and the environment. The aim of this work
was to evaluate the bioactivity of 3 species of genus Jatropha against larvae of A. aegypti. For
each treatment, 20 larvae, in triplicate, were placed in Petri dishe containing 20 ml of
solution. The treated larvae and control the temperature were maintained at 28 ± 5ºC and 12h
photophase. The larvicidal activity, based on the mortality rate was evaluated every 24h. The
3
Universidade Estadual do Piauí, Campus Torquato Neto/ Teresina – PI [jrafaelquadros@hotmail.com]
4
Universidade Estadual do Piauí, Campus Torquato Neto/ Teresina – PI [wallacebo.89@hotmail.com]
5
Universidade Estadual do Piauí, Campus Torquato Neto/ Teresina – PI [wlly_silva@hotmail.com]
6
Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Petrônio Portela/ Teresina – PI.
5
Universidade Estadual do Piauí, Campus Torquato Neto/ Teresina – PI [francielle@uespi.br]
123
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aqueous extract of L. J. gossypiifolia induced the highest larvicidal activity with LC90 of
56.56 mg.L-1, while that of J. curcas L. showed less activity, with LC50 of 301.61 mg.L-1 and
555 LC90, 67 mg.L-1. These data indicate that extracts and particularly the J. gossypiifolia
consist of substances with larvicidal effect against A. aegypti.
Key Words: Dengue. Bioinsecticide. Jatropha.
INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
Plantas
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Larvas de Aedes aegypti foram coletadas em Teresina/PI nos bairros onde tinham
maior foco do mosquito. Em seguida foram levados ao Núcleo de Entomologia da
Universidade Federal do Piauí (NEPI) para triagem e estabelecimento da população do
mosquito. Os ovos foram coletados da colônia e postos para eclodir em água mineral, a
28±5ºC, com fotoperíodo de 12h e alimentadas com ração para gato triturada, até atingirem o
3º estágio de desenvolvimento para o preparo do bioensaio.
Folhas jovens das 3 espécies de Jatropha foram dessecadas em estufa a 45°C por 5
dias e em seguida foram trituradas separadamente em um liquidificador. As soluções foram
preparadas contendo 200 mg da espécie vegetal triturada para cada litro de água mineral.
Após a preparação, o recipiente contendo a solução-mãe (200 mg.L-1) foi agitado por 5
minutos e mantido no refrigerador a 5°C por um período de 48h para extração dos compostos
hidrossolúveis. Decorrido esse tempo, a solução mãe foi filtrada e as diluições foram
realizadas para os respectivos tratamentos: 100, 80, 60, 40, 20, 10, 5 e 1 mg.L -1.
Bioensaio
Cada tratamento foi realizado em placa de Petri contendo 20mL da solução teste.
Como controle positivo foi utilizado diflubenzuron na concentração recomendada pela
vigilância sanitária municipal de Teresina - PI (3 mg.L-1) e como controle negativo foi
utilizado água mineral. Para cada amostra, 20 larvas de 3º estágio foram testadas em
triplicatas. As larvas tratadas e os controles foram mantidos sob as mesmas condições de
temperatura e luminosidade da criação. O número de larvas mortas foi contabilizado a cada
24h de exposição, sendo essas consideradas mortas quando não reagiram a estímulos
mecânicos. O teste foi conduzido até a morte de todas as larvas ou a verificação de apenas
pupas no tratamento.
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RESULTADOS
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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Darlane Freitas Morais da Silva1, Maria de Fátima de Oliveira Pires2, Francisco Soares Santos
Filho2.
RESUMO
Objetivou-se estudar a anatomia foliar de duas populações de Cenostigma
macrophyllum Tul. conhecida vulgarmente como caneleiro, ocorrentes em áreas
ecologicamente distintas. Realizaram-se excursões ao campo para coleta e fixação de material
vegetativo, os quais passaram por metodologia usual no laboratório de biologia vegetal.
Efetuaram-se também testes histoquímicos e medidas do espessamento da cutícula e mesofilo.
Os estudos mostraram que os indivíduos analisados apresentam caracteres comuns à
Caesalpinioideae e a Cenostigma Tul. Já outros caracteres como cutícula mais espessa e
mesofilo mais desenvolvido nos espécimes de transição cerrado/caatinga, podem demonstrar
uma influência do ambiente na anatomia desses indivíduos.
Palavras-chave: Anatomia; Cenostigma macrophyllum; Ecologia.
ABSTRACT
Aimed to study the leaf anatomy of two populations of Cenostigma macrophyllum Tul.
commonly known as caneleiro, occurring in ecologically distinct areas, were held to field trips for
collecting and fixing of plant material, which went through the usual methodology in plant biology
laboratory. Also effected immunohistochemical tests and measures the cuticle and mesophyll. Studies
have shown that individuals have analyzed the common Cenostigma Tul. characters and
Caesalpinioideae. Have other characters as thicker cuticle and mesophyll more developed in
specimens of cerrado / savanna transition can demonstrate an influence of the environment on the
anatomy of these individuals.
KEY WORDS: Anatomy; Cenostigma macrophyllum; Ecology.
______________________________________________
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INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
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Figuras 1- 2. Áreas de estudo. Fig. 1. Área de transição cerrado/caatinga, no município de Juazeiro do Piauí-PI.
Fig.2. Área de mata semidecídua (zoobotânico), no município de Teresina-PI.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Lâmina foliar
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A nervura mediana apresenta-se côncava na face adaxial e convexa pela face abaxial.
Observaram-se em ambas as faces tricomas tectores unicelulares (Fig. 10) e raros estrelados
(Fig. 11). Os feixes vasculares estão dispostos em forma de arco, sendo circundada totalmente
por uma bainha de fibras associadas a cristais, similares aqueles do mesofilo e adjacente, a
epiderme ocorre uma a duas camadas de colênquima angular (Fig. 12).
Peciólulo
Raque e Pecíolo
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Figuras de 3-13. Folha de Cenostigma macrophyllum Tul. Figs. 3 e 6: Indivíduos pertencentes à área de
transição Cerrado/Caatinga. Figs. 4-5, 7-13: Indivíduos pertencentes à área de mata semidecídua. Figs.
1-12. Lâmina Foliar em secção transversal: Figs. 3-4. Epiderme adaxial com células de paredes
sinuosas(seta). Fig. 5. Epiderme. abaxial evidenciando estômatos paracíticos (seta). Figs. 6-7. Detalhe da
lâmina foliar: Cutícula (c), epiderme (e); mesofilo bilateral: parênquima paliçádico (pp), parênquima lacunoso
(pl), feixe de pequeno porte (seta). Fig. 8. Estrutura secretora (seta). Fig. 9. Nervura lateral evidenciando feixe
vascular de grande porte: cristais (seta), fibras (asterisco), xilema (x), floema (f). Fig. 10. Nervura mediana
evidenciando tricomas unicelulares tectores (seta), fibras (asterisco), xilema (x), floema (f). Fig. 11. Epiderme
adaxial da nervura mediana evidenciando tricoma estrelado (seta). Fig. 12. Detalhe da região abaxial da
nervura mediana evidenciando colênquima angular (asterisco) e cristais (seta). Fig. 13. Secção Transversal do
peciólulo: visão geral evidenciando os tricomas unicelulares tectores (seta), sistema vascular: floema (f),
xilema (x) e cristais (asterisco).
Escalas: Figs. 3-9, 11 e 12: 30μm. Fig. 10 e 13: 150μm
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Figuras 14-23. Folha de Cenostigma. macrophyllum Tul. Figs. 15, 18-20 e 23: Indivíduos pertencentes à
área de transição Cerrado/Caatinga. Figs. 14, 16, 17, 21 e 22: Indivíduos pertencentes à área de mata
semidecídua. Figs. 14-15. Secção Transversal do pecíolulo. Fig. 14. Tricomas em tufos (seta). Fig. 15.
Bainha externa evidenciando células com grãos de amido (seta);Bainha interna evidenciando cristais de
oxalato de cálcio (asterisco). Figs. 16-20. Secçao Transversal da raque foliar. Fig. 16. Visão geral : fibras
(asterisco), floema (f), xilema (x) e região medular (m). Fig. 17. Detalhe da raque mostrando tricomas
unicelulares tectores (seta). Fig. 18. Tricoma estrelado (seta). Fig. 19 Colênquima angular (asterisco) e
cristais (seta). Fig. 20. Detalhe do sistema vascular evidenciando floema (f), xilema (x) e fibras (asterisco).
Figs. 21-23. Secção transversal do pecíolo. Fig. 21. Visão geral do pecíolo. Fig. 22. Sistema vascular
evidenciando xilema (x), floema (f) e fibras (asterisco). Fig. 23. Colênquima angular (asterisco) e cristais
(seta).
Escalas: Figs. 14, 15, 17-19 e 23: 30μm. Figs. 20 e 22: 50μm. Figs. 16 e 21: 300μm.
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CONCLUSÃO
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Fellype Antônio Pinto Albano 8, Tatiane Neves de Sousa1, Renata Vieira de Sousa Silva¹,
Jarrel Henrique Silva dos Santos¹, Simone Mousinho Freire².
RESUMO
O pombo doméstico é o mais conhecido por sua proximidade no convívio com o
homem e pode ser a causa direta de transmissão de doenças. Estudou-se a prevalência de
endoparasitos em fezes de pombos Columba livia domestica que frequentam a Praça Saraiva
em Teresina-PI. Foram colhidos 40 “pools” de fezes entre abril e maio de 2014, colhidos em
dias alternados da semana. As amostras foram analisadas pelos métodos de Hoffmann e Willis
no Laboratório da UESPI. Encontramos ovos de Ascaris sp. 5% (1/20), Enterobius sp. 5%
(1/20), Capillaria sp. 5% (1/20) e Strongyloides sp. 15% (3/20) pelo método de Willis. Pelo
método de Hoffmann os mais prevalentes foram de Ancylostoma sp. 20%(04/20), Ascaris sp.
5% (1/20), Balantidium sp. 10% (2/20), Capillaria sp. 15%(3/20), Enterobius sp. 10% (2/20)
e Strongyloides sp. 10% (2/20). O método de Hoffmann foi mais homogêneo com menor
variação entre as amostras, apresentado um coeficiente de variação (CV = 121,39 %).
PALAVRAS-CHAVE: Prevalência. Amostras fecais. Parasitos.
ABSTRACT
The domestic pigeon is best known for its proximity to the contact with the man and
may be the direct cause of disease transmission. We studied the prevalence of endoparasites
in stool pigeon Columba livia domestica attending Saraiva Square in Teresina-PI. Were
collected 40 "pools" of feces between April and May 2014, collected on alternate days of the
week. The samples were analyzed by the methods of Hoffmann and Willis at the Laboratory
of UESPI. We have found eggs of Ascaris sp. 5% (1/20), Enterobius spp. 5% (1/20),
1 – Graduandos de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí, Campus Torquato Neto, Teresina –
PI [fellypealbano@hotmail.com]
2 - Professora de Parasitologia do Centro de Ciências da Natureza- CCN/UESPI, Teresina – PI.
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Capillaria sp. 5% (1/20) and Strongyloides sp. 15% (3/20) by the method of Willis. At the
most prevalent method of Hoffmann were Ancylostoma sp. 20% (04/20), Ascaris sp. 5%
(1/20), Balantidium spp. 10% (2/20), Capillaria sp. 15% (3/20), Enterobius spp. 10% (2/20)
and Strongyloides sp. 10% (2/20). The method of Hoffmann was more homogeneous with
less variation between samples, presented a coefficient of variation (CV = 121.39%).
KEY-WORDS: Prevalence. Fecal samples. Parasites.
INTRODUÇÃO
142
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MATERIAL E MÉTODOS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise revelou que 20 das 40 amostras (50%) analisadas apresentaram algum tipo
de estrutura parasitária. Pelo método de Willis modificado foram identificadas 06 amostras
positivas e pelo método de Hoffmann, 14 amostras (Tabela 1).
144
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Figura 1. Estruturas parasitárias identificadas nos 40 “pools” de amostras fecais dos pombos
da Praça Saraiva, em Teresina- PI. a) trofozoíto de Balantidium sp.;b) ovo de Ascaris sp.;c)
ovo de Ancylostoma sp.; d)ovo de Strongyloides sp.
a b
c d
145
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CONCLUSÕES
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parasitoses podendo transmiti-las ao ser humano e outros animais domésticos, uma vez que o
convívio entre eles é constante. Este estudo é pioneiro no que se refere a parasitoses
intestinais de pombos no Estado do Piauí.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Juliane Nunes Pereira Costa1, Naira Soares1, Rômulo Aécio1, Fernanda Samara Barbosa
Rocha2, Ivete Lopes de Mendonça3
RESUMO
Os animais silvestres estão expostos a inúmeros agentes infecciosos e parasitários,
dentre eles os hemoparasitas, que são transmitidos por vetores hematófagos. Este estudo
objetiva analisar a existência de hemoparasitas nas serpentes Boa constrictor constrictor
pertencentes ao parque Zoobotânico de Teresina, levando em consideração a forma de manejo
e possíveis danos causados, utilizando-se 6 espécimes que mediam entre 1,46-2,24 m e peso
variando entre 3,5-19 kg . Os exames foram feitos através de exame clínico e de esfregaços
sanguíneos e analisados em microscópio óptico. Os resultados apresentados foram que
83,33% (5/6) apresentaram a infecção pela família Haemogregarinae. Sendo que 60% (3/6)
das serpentes apresentaram leve, 40% (2/6) apresentaram infecção média e 16,66 % (1/6) uma
não apresentou nenhum tipo de infecção. No exame clínico observaram-se alterações como
desidratação (50%) e anorexia (33,33%), nodulação pelo corpo, estomatite, problemas de
pele, cicatrizes e fraturas oriundas de traumas ou lesões.
PALAVRAS-CHAVE: Boa constrictor constrictor, Hemoparasitas, Cativeiro
ABSTACT
The wild animals are exposed to numerous infectious and parasitic, among them
hemoparasites agents that are transmitted by blood-sucking vectors. This study aims to
analyze the existence of hemoparasites Boa constrictor constrictor snakes in the park
belonging Zoobotânico Teresina, taking the form of management and possible damage into
_______________________________________________
1- Graduando de Medicina Veterinária, UFPI
2- Residente em doenças parasitárias no Laboratório de Sanidade Animal-LASAN
3- Profa. Dra. de Medicina Veterinária - UFPI e coordenadora do Laboratório de Sanidade Animal-LASAN
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account, using six specimens that mediate between weight ranging from 1.46 to 2.24 me from
3.5 to 19 kg. The examinations were made by clinical examination and blood smears and
examined by an optical microscope. The results were that 83.33% (5/6) showed infection by
Haemogregarinae family. And 60% (3/6) of the snakes had mild, 40% (2/6) had a mean
infection and 16.66% (1/6) one does not show any type of infection. On examination
abnormalities were observed as dehydration (50%) and anorexia (33.33%), nodulation by the
body, stomatitis, skin problems, scars and fractures arising from trauma or injury.
KEY WORDS: Boa constrictor constrictor, hemoparasites Captivity
INTRODUÇÃO
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Haemogregarina não podem ser distinguidas de Hepatozoon spp. tendo como base somente a
aparência de seus gamontes intraeritrocíticos e merontes hepáticos (MOÇO, 2012). Para a
confirmação da espécie é importante o conhecimento do modelo de desenvolvimento do
esporozoário no vetor, e que a mesma pode viver em serpentes e lagartos sendo transmitido
por ácaros, mosquitos e carrapatos, podendo existir mais de uma espécie no mesmo
hospedeiro (CRIZÓSTIMO, 2008).
A Haemogregarina é pouco patogênica, normalmente encontrada em animais sadios e
apenas causam pequenas alterações, principalmente anemia, quando há infecções severas
(CRIZÓSTIMO, 2008). Os exames laboratoriais podem ser considerados métodos eficazes
para diagnosticar e prevenir doenças e inclusive servir como bioindicador de qualidade
ambiental, uma vez que a saúde do meio ambiente influencia na biologia e ecologia dos
organismos que vivem nele (FALCE, 2009).
Em vista desse panorama e ainda considerando a escassez de estudos que contribuem
para a parasitologia veterinária de animais silvestres, este estudo objetivou pesquisar a
existência de hemoparasitas nas serpentes pertencentes ao parque Zoobotânico de Teresina,
levando em consideração a forma de manejo e possíveis danos causados.
MATERIAL E MÉTODOS
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A coleta sanguínea foi realizada no período da manhã, sendo colhidos 1mL de sangue
pela veia ventral caudal ou por cardiocentese (Figura 1) procedimento realizado pelo Médico
Veterinário, com o auxilio de seringas e tubos contendo heparina sódica diluída (1:5)
preconizado para exame hematológico em repteis, confeccionou-se esfregaços sanguíneas
corados com giemsa. Posteriormente as laminas foram analisadas em microscopia óptica com
aumento de 100x, para pesquisa de parasitas intra e extras eritrocitários.
Os parasitas encontrados foram fotografados e identificados segundo Luz et al, 2012 e
Telford, 2009. Os hemoparasitas foram identificados pela presença de gametócitos
intracitoplasmáticos nos eritrócitos, apresentado formato de “linguiça” ou ovoide e núcleo
grande central ou periférico (THRALL et al., 2007).
A
rq
ui
Figura 1- Coleta sanguínea por cardiocentese (A) e por veia ventral caudal (B) (Foto:v
Naira Soares) o
pe
ss
RESULTADOS E DISCUSSÃO oa
l)
B
Durante a avaliação clinica foram observadas alterações como desidratação 50% (3/6)
e anorexia 33,33% (2/6). Realizada a palpação observou-se que 50% apresentaram
ectoparasitas (carrapatos). Uma apresentou-se com nódulos pelo corpo, duas com estomatite e
outra com mandíbula fraturada, sendo que a coloração da mucosa e membranas oculares
apresentava-se normais (Figura 2).
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A B C
D E F
Figura 2 Estomatite (seta preta) e carrapato (seta azul) (A); Disecdise (B); Nódulo
(seta vermelha) (C) ;Micoses superficiais (seta verde) (D); Lesão ( seta amarela)
(E); Desidratação e anorexia (F). ( Fotos: Juliane Nunes)
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70% desidratação
60% anorexia
30% nodulações
20% ectoparasitas
problemas de pele
10%
cicatrizes por traumas ou
0%
lesõe
Achados em Exame Clínico
Gráfico 1.Achados em Exames Clínicos
1 2
Figura.
A 3 Recinto das jiboias no Terrário (1); Exame Clínico (2). (Fotos:
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A B
3
C D
Figura.4 (A) Eritrócito parasitado por hemogregarina (seta) em serpente com um grau
de parasitemia leve. (1) eritrócito (2) trombócito (3) monócito. (B) Eritrócitos
parasitados por hemogregarinas (setas) em serpente com um grau de parasitemia
médio (encontro entre limite máximo de infecção leve até três parasitos por campo
óptico). (C) (D)Eritrócito parasitado por hemogregarina (seta vermelha) e gamonte
livre (seta azul) (Foto: Arquivo pessoal).
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essas serpentes apresentam em relação as outras que se apresentam livres. E que as alterações
imunológicas e fisiológicas, assim como a facilidade de transmissão de parasitos, está
relacionada com ambiente, confinamento, alimentação, estresse e aproximação com outros
animais.
A presença de hemoparasitas tem como facilitador da infecção a existência de
ectoparasitas nas serpentes devido acomodação em cativeiro (LUZ et al.,2012), mas que não
se pode descarta outras formas de transmissão, como por mosquitos e pela predação, não
podem ser descartadas. Pois algumas serpentes de estudo não apresentaram ectoparasitas, e
sabe-se que tratam apenas de animais oriundos de captura e encontrados em zonas urbanas.
Segundo Barbosa et al. (2006) esse confinamento facilita a prevalência desses ectoparasitas,
aumentando as chances de infecções.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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(PRELIMINARY LIST SNAKES THAT INHABIT THE AREA FREE OF PARK ZOOBOTANICO
TERESINA – PI)
Darlesson Geovani dos Santos Sousa1, Raimundo Leoberto Torres de Sousa1, Simone
Mousinho Freire1 Vanessa Rodrigues Costa Fontinele2, Rômulo Aécio Alves Chaves2.
RESUMO
A fauna de serpentes da região neotropical caracteriza-se pela riqueza de espécies e
complexidade de relações ecológicas. No período de fevereiro à abril de 2014 foi realizado
levantamento da fauna de serpentes que habitam a área livre do Parque Zoobotânico de
Teresina, Piauí. A visualização ocasional foi o único método adotado na amostragem de
serpentes. Registrou-se 27 exemplares distribuidas em 4 famílias e 7 gêneros. A familia
Columbridae foi a mais representativa, com 60% das espécies, seguida por Boidae, com 27%.
Elapidae e Dipsadidae foram registradas com apenas uma espécie (6,5%) para cada família.
Uma espécie de importância medica foi encontrada: Micrurus ibiboboca. Um número
considerável de espécies foi encontrado durante a pesquisa, tratando – se do primeiro estudo
de levantamento faunístico de serpentes realizado nesta área do Parque Zoobotânico de
Teresina – PI.
PALAVRAS – CHAVE: Composição Faunística. Ofídios. Visualização Ocasional.
ABSTRACT
The snake fauna from Neotropical region is characterized by the richness and
complexity of ecological relationships. From February to April 2014 a survey of the fauna of
snakes that inhabit the area free of Zoo and Botanical Park of Teresina, Piauí was performed.
A casual viewing was the only method used for sampling snakes. Registered 27 copies
distributed in 4 families and 7 genera. The family Columbridae was the most representative,
60% of the species followed by Boidae, 27%. Elapidae and Dipsadidae were recorded with
only one species (6.5%) for each family. A kind of medical significance was found: Micrurus
___________________
1.Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto, CCN/ Teresina
[darlessonbio@outlook.com]
2. Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Petrônio Portela, CCA/ Teresina
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ibiboboca. A considerable number of species found during the search, trying - if the first
study of faunal survey of snakes held on the Zoo and Botanical Park area of Teresina - PI.
KEY-WORDS: Faunal Composition. Snakes. Occasional viewing.
INTRODUÇÃO
As Serpentes são répteis pertencentes à ordem Squamata, subordem Ophidia, sendo que
esta subordem se divide em várias famílias, onde as principais são os Boídeos (Família
Boidae) representados pelas serpentes de tamanho e volume avantajados, os Viperídos
(Família Viperidae) onde se encontram as serpentes mais venenosas do Brasil, e os Elapídeos
(Família Elapidae) onde encontramos as serpentes conhecidas como corais verdadeiras. São
caracterizadas pela ausência de membros locomotores e pela sua facilidade de deslocamento
da mandíbula podendo ingerir presas bem maiores que elas mesmas (STORER, 1991).
Quando se faz estudos da sistemática de serpentes de um ecossistema podem - se criar
programas preventivos contra a caça de espécies locais, visto que este fato pode desencadear
um desequilíbrio nas relações ecológicas já que elas são importantes controladoras de
populações de anfíbios e roedores. Outro fator importante deste tipo de estudo é mapear e
identificar possíveis serpentes peçonhentas que habitam o local, evitando assim acidentes
ofídicos que possam ocorrer. Além disso com o conhecimento sobre as espécies locais é
possível realizar programas de educação ambiental que visam a preservação das mesmas, e
abrir novas oportunidades de pesquisas com as serpentes que foram identificadas (DELFINO;
RABELO, 2007).
Poucos são os registros de estudos sobre levantamento de serpentes em áreas de
preservação no Piauí, no entanto, alguns trabalhos como estes estão sendo realizados em
outras locais, como áreas de preservação da mata atlântica (MARQUES, 1998), do cerrado
(SIMONE e JÚNIOR, 2008; PEDRO e PIRES, 2009), mas as regiões florestais da Amazônia
ainda concentram o maior número de levantamentos e composição da herpetofauna
neotropical (MARQUES, 1998). Alguns trabalhos realizados sobre levantamento de serpentes
em área de preservação utilizaram de diversos métodos para a capturas destas, mas
visualização ocasional foi um dos principais métodos utilizados nestes tipos de trabalhos
(SAMPAIO et al., 2007). Armadilha de interceptação e queda (Pitfall) (JÚNIOR e GRANDI,
2007; TURCI e BERNARDE, 2008) e, postos de coletas também foram utilizados (PEDRO e
PIRES, 2009).
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MATERIAIS E MÉTODOS
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manejadas quando estavam em um local de difícil acesso, dificultando o registro de fotos e/ou
a sua identificação.
Os registros obtidos foram levados ao Laboratório de Zoologia e Biologia Parasitária
(ZOOBP) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), e as sepentes foram identificadas com
ajuda das referências bibliográficas e chaves de identificação segundo Bérnils e Costa (2012).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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STORER, T. I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R. C.; NYBAKKEN, J. W. Zoologia Geral. Nacional.
São Paulo, 1991.
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RESUMO
Os babaçuais resultam da ação antrópica e traduzem as primitivas florestas dicótilo-
palmáceas representadas pela presença quase exclusiva do babaçu. O Piauí concentra as
maiores extensões desta fisionomia. O objetivo deste trabalho foi levantar as epífitas
vasculares presentes em Attalea speciosa, classificando as espécies em categorias ecológicas.
Coletas sistemáticas mensais foram efetuadas na Fazenda Nazareth, município de José de
Freitas-PI, durante doze meses. A flora está constituída de 11 espécies, distribuídas em 11
gêneros pertencentes a nove famílias. Araceae e Orquidaceae foram as famílias de maior
representatividade específica, contribuindo com 37%. As espécies foram classificadas como
holoepifitas acidentais (45% do total), hemiepífitas (27%), holoepifitos facultativos (18%) e
holoepífitas verdadeiras (9%). Araceae, Orquidaceae e Pteridophyta são os grupos mais
especializados neste hábito e mostraram maiores diversidade e representatividade na categoria
de holoepífitos. O pequeno número de epífitos amostrados pode estar relacionado tanto à
sazonalidade climática quanto à vegetação homóclina ou subhomóclina que podem atuar
como fatores limitantes em relação à disponibilidade hídrica e baixa luminosidade, além da
pouca ou nenhuma diversidade do forófito e consequentemente de habitats.
PALAVRAS – CHAVE: Babaçu, composição florística, epífitas
ABSTRACT
The babassu palm grove or forest is usually a result of human action and represent the
primitive forests dicótilo-palmácease and composed almost exclusively by babassu palm.
Piauí state concentrates the largest areas of this physiognomy. The aim of this study was to
__________________________________________
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assess the vascular epiphyte present in Attalea speciosa and to classify the species in
ecological categories. Monthly systematic collections were made in Nazareth Farm, located
in Jose de Freitas-PI, during twelve months. The flora is composed of 11 species belonging to
11 genera and belonging to 9 families. Araceae and Orchidaceae with two species each,
showed the highest specific representation contributing 37%. The species were classified as
accidental holoepiphytes (45% of the total), hemiepiphytes (27%), facultative holoepiphytes
(18%) and true holoepífita (9%) of. Overall, Araceae, orchidaceae and Pteridophyta are
considered the most common groups and showed a large diversity and representation among
the holoepiphytes category. The small number of sampled epiphytes can be related both to the
seasonality for the type of homóclina subhomóclina or dense vegetation that can act as
limiting factors in low light and water availability ratio, in addition to little or no diversity of
habitats and consequently diverse phorophyte.
KEY – WORDS: Rubs, floristic composition, epiphyte
INTRODUÇÃO
Através dos tempos, o uso dos recursos florestais e a exploração de matas nativas pelo
homem, reduziram de modo drástico diversas comunidades vegetais, levando a formação de
clareiras e alterando de forma importante a estrutura da vegetação original.
Os babaçuais ou mata de cocais, na maioria das vezes, resultam da ação antrópica e
traduzem as primitivas florestas dicótilo-palmáceas, atualmente representadas pela presença
quase exclusiva do babaçu, Attalea speciosa Mart. ex Spreng. Os babaçuais ocupam áreas
relativamente extensas nas várzeas e ou nas encostas das elevações que compõem vales
úmidos, encontrando-se espalhados ao sul da bacia amazônica, onde a floresta úmida é
substituída pela vegetação típica dos cerrados, sendo o Maranhão, Piauí e Tocantins os
Estados que concentram as maiores extensões deste tipo de fisionomia. Muitas vezes e,
espontaneamente, formam populações homóclitas ou subhomóclitas de babaçu, bastante
densas, tornando o ambiente escuro, tal a proximidade entre os espécimes de babaçu
(FERNANDES e BEZERRA, 1990; VELOSO, 1991).
Os impactos causados aos ecossistemas são decorrentes do uso indiscriminado dos
recursos naturais, da expansão de atividades econômicas e da ocupação e urbanização em
áreas sem planejamento, representando os principais fatores de degradação ambiental. Devido
a isso, a informação sobre a dinâmica dos diversos ecossistemas existentes com suas
numerosas formas de vida é importante para sua proteção e sustentabilidade.
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Epífitas são plantas autótrofas que se desenvolvem sobre outro vegetal, denominado
forófito, vivendo todo o seu ciclo de vida, ou parte dele, sobre o hospedeiro. São
independentes do forófito na obtenção e aproveitamento de nutrientes e água, embora sejam
confundidas frequentemente com espécies parasitas.
Apresentam uma relação harmônica – EPIFITISMO – caracterizada por não causar
prejuízo no suporte mecânico proporcionado pela planta hospedeira.
Os epífitos vasculares constituem uma das categorias ecológicas mais diversificadas de
florestas úmidas tropicais e subtropicais exercendo grande influência nos processos e
manutenção dos ecossistemas, como ciclagem de água e nutrientes (NADKARNI, 1988).
Contribuem, portanto, na manutenção da diversidade biológica e no equilíbrio interativo entre
as espécies, tendo em vista que este grupo de plantas proporciona recursos e, às vezes únicos,
como alimento (frutos, néctar, pólen) além de microhabitats especializados para a fauna,
constituída por uma infinidade de organismos (BENZING, 1990).
Aproximadamente 29.000 espécies, pertencentes a 876 gêneros e 84 famílias são
epífitas, perfazendo cerca de 10% do total de espécies de plantas vasculares (GENTRY e
DODSON, 1987a, b; MADISON, 1977; BENZING, 1990; DISLISH e MONTOVANI, 1998).
De maneira geral, os levantamentos que englobam toda a flora epifítica vascular
realizados no Brasil são ainda escassos, sendo que a maioria dos trabalhos efetuados nas
diferentes formações vegetais, são inventários de um determinado grupo como: Araceae
(MANTOVANI, 1999), Bromeliaceae (FONTOURA, 1995; RIBEIRO et al., 1999;
FONTOURA-ALVES, 2005; REIS e FONTOURA, 2009; QUARESMA e JARDIM, 2012),
Orchidaceae, Pteridophyta (SENNA e WAECHTER, 1997; LABIAK e PRADO, 1998;
DITTRICH et al., 2005; MEDEIROS e JARDIM, 2011), nas florestas brasileiras, os trabalhos
sobre a composição florística e/ou estrutura de epífitas estão concentrados nas regiões Sul e
Sudeste (AGUIAR et al., 1981; WAECHTER, 1986; CERVI et al., 1988; KERSTEN e
SILVA, 2001; 2002; BORGO e SILVA, 2003; GONÇALVES e WAECHTER, 2003;
GIONGO e WAECHTER, 2004; KERSTEN e KUNIYOSHI, 2006; CERVI e BORGO, 2007;
FONTOURA et al., 2009; BATAGHIN et al., 2012). Até o momento não se conhece nenhum
estudo relativo à diversidade das matas de babaçu envolvendo quer a comunidade epifítica
quer a de apenas um determinado taxon.
O objetivo deste trabalho é caracterizar a composição florística das epíiítas vasculares
presentes em indivíduos de babaçu de uma mata de cocais e classificar as espécies em
categorias ecológicas, de acordo com sua relação com o forófito.
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MATERIAL E MÉTODOS
O levantamento foi desenvolvido na Fazenda Nazareth (FNZ; 04º 45’ 23’’ S e 42º 34’
32’’ O), localizado no município de José de Freitas a 40 km ao norte de Teresina-Piauí. O
clima é tropical subúmido, com período seco de seis meses. A temperatura média anual varia
de 24 a 26 ºC, com máxima de 38 ºC e mínima de 18 ºC. A precipitação anual varia de 1400
– 1600 mm, com dois períodos: um seco de junho a novembro e um chuvoso de dezembro a
maio (ANDRADE Jr. et al., 2004).
A área de estudo encontra-se inserida na região do domínio vegetacional das Florestas
Estacionais Semi-deciduais do Norte do Estado do Piauí, uma região de grande importância
biológica, por se tratar de uma área de transição entre os Biomas: Amazônia, Cerrado e
Caatinga (IGBE 2004a, IBGE 2004b).
O componente epifítico foi levantado através de coletas sistemáticas efetuadas na área
selecionada, durante o período de junho de 2011 a agosto de 2012, através de excursões
mensais. O levantamento incluiu todas as espécies de plantas epífitas vasculares que utilizam
como forófito Attalea speciosa Mart. ex Spreng.
Foram coletadas de cinco a dez amostras de cada espécie de epífita, em fase
preferencialmente reprodutiva (flores e/ou frutos), para posterior herborização, de acordo com
as técnicas recomendadas por Mori et al,. 1989).
A identificação do material botânico foi realizada através de bibliografia especializada,
comparações com exsicatas de herbários e por especialistas. Os espécimes coletados foram
incorporados ao Herbário Afrânio Gomes Fernandes – HAGF, da UESPI.
As espécies foram organizadas em famílias de acordo com o sistema de classificação
baseado em APG III (2009) para as Angiospermas e Prado e Sylvestre, (2014) para as
Samambaias e Licófitas.
As epífitas foram classificadas em categorias ecológicas, segundo as formas de vida,
baseadas na relação com o hospedeiro (BENZING, 1990) em: holoepífitas verdadeiras ou
obrigatórias (hábito epifítico durante todo seu ciclo de vida); holoepífitas facultativas (podem
crescer tanto no forófito como no solo); holoepífitas acidentais (não possuem adaptação à
vida epifítica, crescem ocasionalmente sobre os forófitos); hemiepífitas (hábito epifítico
apenas em parte da sua vida): a. primárias (germinam sobre os forófitos e posteriormente
emitem raízes em direção ao solo); a.1. estrangulantes (levam o forófito à morte por impedir o
fluxo de seiva); a.2. não estrangulantes (só utilizam o apoio mecânico do forófito); b.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Espécies de epífitas, amostradas na RPPN Nazareth, José de Freitas, PI, Brasil. e
suas categorias ecológicas: CEC = categorias ecológicas; HLV = holoepífitos verdadeiros,
HLF – holoepífitos facultativos, HLA – holoepífitos acidentais; HMP = hemiepífitos
primários, HMS – hemiepífitos secundários e Nº.G= número de registro no HAGF.
FAMÍLIAS/ ESPÉCIES CEC Nº.G
ANGIOSPERMAE
ARACEAE
Philodendron acutatum Schott HMS 2832
Taccarum peregrinum (Schott) Engl. HLA 2833
BROMELIACEAE
Bromeliaceae HLA -
DIOSCORIACEAE
Dioscorea L. sp HLA 2901
LAMIACEAE
Leucas cf. martinicensis (Jacq.)R. Br. HLA 2918
MORACEAE
Ficus L. sp HMP -
ORCHIDACEAE
Catasetum maranhense K.G.Lacerda e J.B.F.Silva HLV 2831
Vanilla gardneri Rolfe HMS 2908
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POACEAE
Ichnanthus P. Beauv. sp HLA 2907
PTERIDOPHYTA
DAVALLIACEAE
Nephrolepis cf. occidentalis Kunze HLF 2837
POLYPODIACEAE
Phlebodium cf. pseudoaureum (Cav.) Lellinger HLF 2836
Araceae e Orquidaceae, com duas espécies cada uma, foram às famílias de maior
representatividade florística, contribuindo com 37% do total de espécies amostradas, enquanto
que as demais (Bromeliaceae, Davalliaceae, Dioscoriaceae, Lamiaceae, Moracea, Poaceae e
Polypodiaceae), representadas cada uma por apenas uma espécie, perfizeram juntas 63% (9%
cada).
Dentre as famílias com representantes epifíticos relatados em diversos trabalhos,
Orchidaceae é citada como uma das mais importantes em riqueza de espécies, embora, na
dependência do ambiente estudado, alterna sua posição ora com as Bromeliaceae ora com as
Polypodiaceae, tanto no nível mundial (MADISON, 1977; KRESS, 1986, BENZING, 1990)
como no neotropical (GENTRY e DODSON, 1987b), inclusive no Brasil (KERSTEN, 2010).
Em levantamentos de epífitos vasculares realizados no Rio Grande do Sul
(WAECHTER, 1986; 1998; ROGALSKI e ZANIN, 2003; GONÇALVES e WAECHTER,
2003), no Paraná (KERSTEN e SILVA, 2001; BONNET et al., 2011; BORGO e SILVA,
2003; KERSTEN et al., 2009) e em São Paulo (MANIA e MONTEIRO, 2010; BATAGHIN
et al., 2012), estas famílias também estão entre as que apresentaram maior riqueza específica.
No Rio Grande do Sul, de um total de 250 espécies levantadas em planícies costeiras
dessa região, Waechter (1992) encontrou cerca de 50% pertencentes à Orchidaceae, em
Florestas Estacional Semidecidual, Ombrófila Densa e Mista e Áreas Ecotonais do Paraná,
Cervi e Borgo (2007), Geraldino et al.(2010) e Bianchi et al. (2012) encontraram cerca de
37,5%, 38% e 30% de um total de 56, 61 e 127 respectivamente, de espécies epifíticas
levantadas nessas fitofisionomias. Em áreas preservadas de diferentes fisionomias no Estado
de São Paulo, Breier (2005), Bataghin (2009) em Floresta Estacional Semidecidual, Dislich e
Mantovani (1998) em Florestas Ombrófila Densa, Mania e Monteiro (2010) em vegetação de
Restinga e Bataghin et al. (2012) em área de Cerrado, Orchidaceae também foi citada como a
família de maior riqueza especifica dentre as epífitas.
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CONCLUSÕES
Nota-se que as espécies não lenhosas são, aparentemente, o grupo mais especializado ao
hábito epifítico, pois, além de mostrarem maior diversidade, foram aquelas mais
representativas da categoria de holoepífitos (seis espécies).
Embora o número de espécies encontradas na área pesquisada tenha sido inferior a
maioria dos estudos efetuados nas diferentes fitofisionomias do Brasil, os resultados
corroboram a dominância das famílias presentes e suas respectivas riquezas em relação ao
número de espécies das Araceae, Orquidaceae e Pteridophyta.
Este baixo número de espécies levantadas pode estar relacionado, por um lado,
provavelmente à sazonalidade climática da área onde foi realizado esse estudo, que apresenta
uma longa estação seca bem definida, com duração de cerca de seis meses, fato esse que pode
atuar como fator limitante, considerando que, segundo Hietz (1999), as epífitas apresentam
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Mykaelly Jurgleidy de Souza Rocha 9, Antônia Leidna Silva Brito¹, Erimara Katiana Leocadia
de Oliveira¹, Maria Amélia Guimarães do Passo Gondolo¹, Guilherme Fernandez Gondolo¹
RESUMO
A ictiofauna presente em rios do Nordeste brasileiro ainda encontra-se pouco
documentada. O rio Surubim é um afluente do rio Longá, e pertencente à grande bacia do rio
Parnaíba, percorrendo em parte de seu curso o município de Campo Maior/PI. O presente
trabalho tem por objetivo realizar um levantamento preliminar da ictiofauna presente no rio
Surubim. O período do estudo incidiu de novembro de 2013 a junho de 2014, com a
realização de coletas mensais em três pontos fixos no curso do rio. Para a coleta dos
espécimes foram utilizadas redes de espera e tarrafas. Foram obtidos um total de 3144
espécimes de peixes, distribuídos em 4 ordens , 14 famílias, e 38 espécies. Entre as principais
espécies identificadas no rio surubim podem ser citadas: Psectrogaster rhomboides; Curimata
macrops; Steindachnerina notonota e Geophagus parnaibae. O presente trabalho contribui
para um maior conhecimento sobre a ictiofauna do Piauí.
PALAVRAS- CHAVE: Peixes. Diversidade. Preservação. Pesca.
ABSTRACT
The river in the Northeast region of Brazil has a ichthyofauna poorly documented. The
Surubim river is a tributary of the Longá river, and belongs to the great basin of the Parnaíba
river, covering part of their course in the municipality of Campo Maior/PI. This paper aims to
carry out a preliminary survey of the fish fauna in this Surubim river. The study period was
from November 2013 to June 2014, with monthly samples in three fixed points in the course
of the river. Gillnets and cast nets were used to collect specimens. A total of 3,144 specimens
of fish, over 4 orders, 14 families and 38 species were obtained. Among the main species
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INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
O rio Surubim tem sua nascente no município de Altos – PI, e juntamente com o rio
Maratoã desembocam pela margem esquerda no rio Longá e pela margem direita, os rios
Jenipapo, Corrente, dos Matos, Caldeirão, e o rio Piracuruca. As nascentes do rio Longá estão
situadas no Município de Alto Longá e recebem contribuições oriundas dos Municípios de
Altos e Campo Maior. Trata-se de um rio perene no médio e baixo curso e alimenta inúmeras
lagoas de pequeno porte (BRASIL, 2006).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Siluriformes
Loricariidae
Hypostomus johnii (Steindachnner, 1877) X X X X X
Hypostomus sp.1 X X X X X X X X X X
Hypostomus sp.2 X X
Hypostomus sp.3 X X
Heptapteridae
Pimelodella parnahybae Fowler, 1941 X X X X X X X X X
Doradidae
Hassar affinis (Steindachner, 1881) X X X X X
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Auchenipteridae
Auchenipterus menezesi Ferraris & Vari, 1999 X X X X X
Pimelodidae
Pimelodus blochii Valenciennes, 1840 X X X X X X X X X X
Gymnotiformes
Sternopygidae
Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider,
X X
1801)
Perciformes
Cichlidae
Cichlasoma sanctifranciscense Kullander, 1983 X X X X X X X X X
Crenicichla menezesi Ploeg, 1991 X X X X X X X X X X
Crenicichla sp. X X X
Geophagus parnaibae Staeck & Schindler, 2006 X X X X X X X X X X X
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) X X X X X
Tilapia rendali (Boulenger, 1897) X X X X X
*Números referentes aos meses de coleta: 1- Novembro /13, 2- Dezembro /13, 3-Janeiro /14,
4-Fevereiro /14, 5- Março /14, 6- Abril /15, 7- Maio /14, 8- Junho /14.
A ordem Characifomes além de mais abundante, também foi a mais diversa, com um
total de 23 espécies identificadas. Na ordem Siluriformes 8 espécies foram identificadas, a
ordem Perciformes um total de 6 espécies, e a ordem Gymnontiformes apenas 1 espécie.
(Tabela 2). As famílias identificadas foram Curimatidae (64,95%), Characidae (10,97%),
Cichlidae (7,82%), Prochilodontidae (4,99%), Anostomidae (3,05%), Loricariidae (2,13%),
Hemiodontidae (2,04%), Chilodontidae (1,65%), Erythrinidae (0,80%), Pimelodidae (0,70%),
Heptapteridae (0,38%), Doradidae (0,25%), Auchenipteridae (0,22%), e Sternopygidae
(0,03%).
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Siluriformes Loricariidae 4 67
Pimelodidae 1 22
Heptapteridae 1 12
Doradidae 1 8
Auchenipteridae 1 7
Gymnontiformes Sternopygidae 1 1
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CONCLUSÕES
O presente estudo produziu uma considerável lista de espécies de peixes para o Rio
Surubim, constituindo-se de importância para a ampliação do conhecimento da ictiofauna de
água doce do estado do Piauí. Verifica-se que o número de espécies que foi encontrado ainda
pode ser ampliado, principalmente para as espécies de menor porte, onde a realização de um
maior número de coletas e utilização de uma maior variedade de artes de pescas se faz
necessário para um melhor detalhamento da fauna de peixes do Rio Surubim. Espera-se que
um maior número de levantamentos ictiofaunísticos seja realizado também em outros corpos
d’água da região de Campo Maior, para que a região tenha sua ictiofauna devidamente
conhecida e documentada.
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Jairo Bacelar Soares1 Laianna Rafaella Morais dos Anjos1, Jaysa Alves Ferreira1, Jéssica
Pereira dos Santos1, Simone Mousinho Freire2.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foielaborar, confeccionar e avaliar o jogo didático Parasito
Gamepara o auxilio na compreensão e aprendizagem de conteúdos voltados à parasitologia
ministrados no ensino de Ciências e deBiologia, contribuindo para a melhoria da prática
pedagógica, transmitindo o conteúdo abordado de maneira lúdica e facilitando o processo
ensino-aprendizagem. O jogo foi elabora com base na literatura e conteúdos específicos, e foi
realizado com 40 alunos da 2ª série do Ensino Médio de uma escola pública na cidade de
Teresina-PI. A função educativa do jogo Parasito Game foi facilmente observada durante sua
aplicação ao ser verificada o favorecimento da aquisição de conhecimento, já que os
depoimentos indicaram que a transmissão do conteúdo deu-se de forma satisfatória. Diante do
exposto defende-se a ideia de que os jogos poderiam merecer um espaço na prática
pedagógica dos professores por ser uma estratégia motivante e que agrega aprendizagem de
conteúdo.
PALAVRAS-CHAVE: Ciências. Biologia. Jogo didático. Parasitologia.
ABSTRACT
The aim of this study was to develop, fabricate and evaluate educational game Parasite
Game for assistance in understanding and learning content focused on parasitology taught in
teaching science and biology, contributing to the improvement of teaching practice,
conveying the content covered so playful and facilitating the teaching-learning process. The
game was working out based on the literature and specific content, and was conducted with
40 students of the 2nd year of high school at a public school in the city of Teresina-PI. The
educational function of the game Parasite Game was easily observed during its application to
be verified favoring the acquisition of knowledge, as the testimony indicated that transmission
of the content took place satisfactorily. For the foregoing defends the idea that games could
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INTRODUÇÃO
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medida que progride nos estudos ele passa dos argumentos perceptivos aos conceituais,
realizando raciocínios e analogias concretas, por meio de sua interação com o mundo e as
pessoas com que tem contato.
Gomes e Friedrich (2001) salientam que o jogo no ambiente educacional nem sempre
foi visto como didático, pois como a ideia de jogo encontra-se associada ao prazer, ele
assumia pouca importância para a formação do estudante. Sua utilização como meio
educativo demorou a ser aceita. E ainda hoje é pouco utilizado nas escolas e seus benefícios
são desconhecidos por muitos professores.
Sendo assim, o objetivo do trabalho éelaborar, confeccionar e avaliar jogos didáticos
que auxiliem na compreensão e aprendizagem de conteúdos voltados à parasitologia
ministrados tantono ensino de Ciências como no ensino deBiologia, bem como contribuir para
a melhoria da prática pedagógica, transmitindo o conteúdo abordado de maneira lúdica,
facilitando o processo ensino-aprendizagem e minimizando a distância professor/aluno.
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O jogo é iniciado com o lançamento do dado por cada participante, onde o número
obtido identificará a ordem de jogada e o caminho a ser percorrido.Em seguida, cada
participante escolherá uma carta contendo as características morfológicas e tentará identificar
a qual parasito corresponde tais características dentre os exemplares. Acertando o parasito, o
jogador irá para a Casa A e aguardará sua vez. Errando, perderá a vez e entrará um novo
jogador.Na Casa A, deve-se identificar a doença (parasitose) causada ou transmitida pelo
parasito. Se acertar a doença, o participante jogará o dado e, aparecendo os lados 1, 3 ou 5
saltará uma Casa e aguardará sua vez. No entanto, aparecendo os lados 2, 4 ou 6 dirigir-se-á
para a Casa B, aguardando sua vez.Se errar a doença, o participante permanecerá na Casa A
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até todos os seus concorrentes jogarem.A Casa B trata do agente etiológico (causador) da
parasitose, onde acertando o agente causador, o jogador avançará para a Casa C ou terá a
opção de permutar de Casa uma única vez com os seus adversários, porém, permanecendo na
sua própria Chave. No entanto, se errar o agente causador, o jogador retornará à Casa A e
esperará todos jogarem.Na Casa C ocorrerá a identificação do vetor (transmissor) da doença e,
acertando o mesmo, o participante jogará o dado, se aparecer os lados 1 ou 6 voltará à Casa B
e aguardará. Aparecendo os lados 3 ou 4 ficará na Casa C aguardando sua vez. Porém,
aparecendo os lados 2 ou 5 avançará para a Casa D e aguardará. Porém, se errar o agente
transmissor, o participante retornará ao início do jogo recomeçando-o novamente.O
hospedeiro do parasito será verificado na Casa D. Se acertá-lo, o jogador avançará para a Casa
E aguardando sua vez. Errando o hospedeiro, o jogador perderá o jogo e passará a vez a outro
jogador, que iniciará o jogo a partir da Casa D.A transmissão da doença é caracterizada na
Casa E. Acertando-a, o participante jogará o dado e, aparecendo o lado 6, avançará para a
Casa G e aguardará sua vez. No entanto, aparecendo os lados 1, 2, 3, 4 ou 5, o jogador
avançará para a Casa F e aguardará.Se errar o modo de transmissão da doença, o jogador
permanecerá na Casa E, e esperará uma rodada. Na Casa F verificar-se-á a sintomatologia da
parasitose. Sendo que, se o participante acertar pelo menos dois sintomas, o mesmo avançará
para a Casa G e aguardará sua vez. Se o jogadorerrar os sintomas da doença, o participante
permanecerá na Casa F e aguardará duas rodadas.O tratamento da doença é discorrido na Casa
G. Se acertar o tratamento da parasitose, o participante jogará o dado e, aparecendo os lados 1
ou 3 avançará para a última Casa H. Aparecendo os lados 2 ou 5 permanecerá na Casa G e
aguardará todos jogarem. Entretanto, aparecendo os lados 4 ou 6 permutará de Chave com o
jogador mais atrasado e aguardará sua vez. Errando o tratamento, o participante retornará a
Casa E aguardando sua vez.Na Casa H (última Casa) verificar-se-á os cuidados e prevenções
para evitar o contágio da parasitose. Se o participante identificar pelo menos duas prevenções,
completará o jogo e vencerá. Caso contrário, perderáo jogo. A Figura 2 demostra a
representação do jogo.
Durante o jogo, o professor assume a função de mediador entre os participantes,
esclarecendo possíveis dúvidas e também incentivando a cooperação, a discussão e a
manifestaçãode diferentes pontos de vista na realizaçãode tarefas.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A turma da2ª série do Ensino Médio da escola pública avaliou o jogo assim como o
professor de Biologia responsável por ministrar essa disciplina.Os depoimentos indicaram que
a transmissão do conteúdo deu-se de forma satisfatória. Além disso, os alunos destacaram
que, com o jogo, sentiram-se mais motivados e ativos na aprendizagem sobre parasitoses
humanas, no qual envolveu os principais aspectos das doenças.O professor da turma destacou
que o jogo Parasito Game intensificou de maneira prática o melhor aprendizado frente ao
conteúdo abordado de forma teórica, podendo ser utilizado inclusive como método avaliativo,
trazendo resultados positivos para o processo educativo.
A análise do questionário aplicado antes do jogo revelou que dos 40 alunos, 23
(57,5%) consideraram ruim o nível de entendimento do conteúdo e 27(67,5%) não gostaram
da didática utilizada. No entanto, através do questionário aplicado ao final do jogo, observou-
se que dos 40 alunos, 35(87,5%) consideraram bom o nível de entendimento do conteúdo e 39
(97,5%) gostaram da didática, conforme Tabela 1.
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O fato de que grande maioria dos alunos terem gostado da didática utilizada pode ser
explicado de acordo com Santos (1998), pois, vários estudos a respeito deatividades lúdicas
vêm comprovar que o jogo, além de ser fonte de prazer e descoberta para o aluno, é a
tradução do contexto sócio- histórico refletido na cultura, podendo contribuir
significativamente para o processo de construção do conhecimento do aluno como mediador
daaprendizagem. Aprender e ensinar brincando, enriquece as visões do mundo e as
possibilidadesde relacionamento e companheirismo, de socialização e troca de experiências,
de conhecimentodo outro e respeito às diferenças e de reflexão sobre as ações. O lúdico éum
importante instrumento de trabalho no qual o mediador, no caso o professor, deve
oferecerpossibilidades para a elaboração do conhecimento, respeitando as diversas
singularidades. Essasatividades, quando bem exploradas, oportunizam a interlocução de
saberes, a socialização e odesenvolvimento pessoal, social e cognitivo (Cabrera & Salvi,
2005).
A aula expositiva, ainda que muito criticada, sejapor tradição, por falta de
conhecimento dos docentes quanto à operacionalização dos demais métodos ou por falta de
estrutura nas instituições de ensino, tradicionalmente, é um método padrão utilizado pela
maior parte dos professores, consistindo na verbalização utilizada por estes com o objetivo de
transmitir conhecimento acerca de um conteúdo (GIL, 2009). No entanto, apresenta certas
desvantagens, tais como: passividade dos alunos, tornando-os menos participativos, pequena
retenção de informações, decréscimo de atenção dos alunos, falta de interação entre professor
e aluno, além de conversas paralelas. Tal realidade foi observada através da análise do
questionário em que grande maioria dos alunos relataram um baixo nível de entendimento do
conteúdo com a aula expositiva dialogada, além de não gostarem da didática utilizada.
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CONCLUSÃO
A função educativa do jogo Parasito Game foi facilmente observada durante sua
aplicação ao ser verificada o favorecimento da aquisição de conhecimento.Diante do exposto
defende-se a ideia de que os jogos poderiam merecer um espaço na prática pedagógica dos
professores por ser uma estratégia motivante e que agrega aprendizagem de conteúdo ao
desenvolvimento de aspectos comportamentais saudáveis. Cabe ressaltar que os jogos
pedagógicos não são substitutos de outros métodos de ensino. São suportes para o professor e
poderosos motivadores para os alunos que usufruem, dos mesmos, como recurso didático para
a sua aprendizagem.Por outro lado, os professores precisam estar atentos aos objetivos da
utilização de um jogo em sala de aula e saber como dar encaminhamento ao trabalho, após o
seu uso. Além disso, deve dispor de subsídios que os auxiliem a explorar as possibilidades do
jogo e avaliar os seus efeitos em relação ao processo ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CABRERA, W.B.; SALVI, R.A ludicidade no Ensino Médio: Aspirações de Pesquisa numa
perspectiva construtivista. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM
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SANTOS C. M. dos. Levando o jogo a sério. Presença Pedagógica. v.4 n.23. set/out. 1998, p. 52-57.
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Maria Teresa Madeira Silva 1, Francielle Alline Martins1, Francisco Soares Santos Filho 1,
Pedro Marcos de Almeida2
RESUMO
O presente estudo visou avaliar os efeitos tóxico, citotóxico, genotóxico e mutagênico
do extrato aquoso das folhas de pinhão-roxo (Jatropha gossypiifolia L.), utilizando o sistema-
teste Allium cepa L. Sementes de A. cepa foram submetidas a diferentes concentrações do
extrato (0,001; 0,01; 0,1; 1 e 10 mg/mL), utilizando como controle negativo, água destilada, e
como controles positivos, o metilmetanosulfonato (4x10 -4 M) e a trifluralina (0,84 ppm). A
redução significativa do índice mitótico resultou na diminuição do crescimento radicular de A.
cepa em 0,1; 1 e 10 mg/mL. Alterações cromossômicas significativas foram observadas,
como brotos nucleares, aderências cromossômicas, C-metáfases e pontes cromossômicas.
Frequências significativas de MN foram observadas nas células meristemáticas e F1.
Considerando que o extrato foliar do pinhão-roxo é utilizado na terapêutica popular e que A.
cepa apresenta boa correlação com testes realizados em mamíferos, é possível que o seu uso
para fins medicinais possa causar danos à saúde humana.
PALAVRAS-CHAVE: Allium cepa. Alterações Genotóxicas. Micronúcleos.
ABSTRACT
The present study aimed to evaluate the toxic, cytotoxic, genotoxic and mutagenic
effects of the cotton-leaf physicnut (J. gossypiifolia L.), using Allium cepa L. as test system.
Seeds of A. cepa were exposed to five concentrations of the aqueous extract (0.001; 0.01; 0.1;
1 e 10 mg/mL), using as negative control, distilled water, and as positives controls,
metilmetanosulfonato (4x10-4 M) and trifluralin (0,84 ppm). Significant decrease in root mean
_________________________________
1 - Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto - CCN - Teresina– PI
[maytemadeirabio@gmail.com; fsoaresfilho@gmail.com; franufv@yahoo.com.br]
2 - Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto - CCS - Teresina– PI
[pedromarcosalmeida@yahoo.com.br].
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growth values as well as mitotic index for the concentrations (0.1; 1 e 10 mg/mL), when
compared with the negative control. Significant chromosomal abnormalities, as nuclear buds,
chromosome adherence, C-metaphases and chromosome bridges were identified. Significant
MN frequencies were observed in meristematic cells and F1. Considering that the cotton-leaf
is used in popular therapies, and that the A. cepa presents good correlation with tests in
mammals, it is possible that its use for medicinal purposes can cause harm to human health.
KEY WORDS: Allium cepa. Chromosome Aberrations. Micronuclei.
INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
Material Biológico
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Cem sementes de A. cepa (cv. Vale Ouro IPA - 11) foram germinadas em placas de
Petri contendo papel de filtro umedecido com água destilada. Após germinação, foram
transferidas para as cinco concentrações citadas dos extratos foliares, uma placa por
concentração, por um período de 24 h. Como controle negativo (CN), foi utilizada água
destilada, e como controles positivos (CP) o MMS (Metilmetanosulfonato, 4x10-4 M), uma
droga de ação clastogênica, e o herbicida trifluralina (0,84 ppm), uma substância de ação
aneugênica (FERNANDES; MAZZEO; MARIN-MORALES, 2007). Quando as radículas
atingiram cerca de 1,5 cm de comprimento, o material foi fixado em Carnoy (3 etanol: 1 ácido
acético; v:v) por 6-8 h, à temperatura ambiente, e estocadas a -20º C, até o momento de
confecção das lâminas.
Para a confecção das lâminas, as raízes foram lavadas três vezes em água destilada, de
5 min cada, e hidrolisadas a 60 °C, por 10 min, em HCl 1N. Após a hidrólise, as raízes foram
novamente lavadas em água destilada e transferidas para frascos de vidro âmbar, contendo o
Reativo de Schiff, onde permaneceram em local escuro, por 2 h. Após esse período, as raízes
foram lavadas, até a total retirada do reativo, transferidas para lâminas, onde foram esmagadas
em uma gota de carmim acético 2% e montadas com Entellan.
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Análise Estatística
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A mutagenicidade pode ser avaliada pela presença de micronúcleos (MN), que podem
ser originados a partir de alterações no fuso mitótico (efeito aneugênico) ou a partir de
quebras cromossômicas (efeito clastogênico) (FENECH et al., 2011). No presente estudo, a
frequência de micronúcleos (MN) significativas foram observadas apenas na concentração de
10 mg/mL do EAPR e dos CP (MMS e trifluralina) (Tabela 1). Os MN citados possivelmente
foram resultantes da frequência significativa de pontes cromossômicas (origem clastogênica)
e de brotos nucleares (origem aneugênica) tanto para as concentrações testadas como para os
CP (Tabela 2) como observados por Fernandes, Mazzeo e Marin-Morales (2009).
Tabela 1. Valores do comprimento médio das radículas de Allium cepa (VCMR), dos índices
mitóticos, das frequências de micronúcleos (MN) e de quebras cromossômicas (QC) de
células meristemáticas e índices de MN em células F1, observadas após o tratamento de 24 h
com extrato aquoso foliar de pinhão-roxo em diferentes concentrações.
Células Meristemáticas
Tratamentos Células F1
VCMR3 Índice
(mg/mL) Micronúcleos QC4 Micronúcleos
(cm) Mitótico
CN1 4,22 ± 1,29 43,44 ± 10,12 0,20 ± 0,19 0,02 ± 0,06 0,62 ± 0,46
0,001 3,89 ± 1,28 39,91 ± 5,92 0,62 ± 0,60 0,06 ± 0,17 0,98 ± 0,82
0,01 3,47 ± 1,02 36,33 ± 5,39 0,66 ± 0,51 0,07 ± 0,13 1,32 ± 0,74*
0,1 2,92 ± 0,91* 34,96 ± 8,16* 0,72 ± 0,29 0,07 ± 0,09 1,38 ± 0,44*
*
1 2,61 ± 1,00* 32,57 ± 7,22 0,81 ± 0,57 0,10 ± 0,15 1,47 ± 0,48*
*
10 2,03 ± 0,93* 29,97 ± 10,24 0,94 ± 0,70* 0,07 ± 0,16 1,52 ± 0,83*
MMS2 2,07 ± 0,53* 32,80 ± 3,89* 3,54 ± 2,30* 0,44 ± 0,38 3,16 ± 1,59*
Trifluralina 1,73 ± 0,43* 26,63 ± 4,13* 1,71 ± 1,09* 0,11 ± 0,24 1,57 ± 0,73*
1
CN (água destilada): controle negativo. 2MMS (Metilmetanosulfonato, 4 x 10 -4
M):
3
controle positivo. Trifluralina (0,84 ppm): controle positivo. VCMR: valor do
comprimento médio das raízes. 4QC: quebras cromossômicas. *Significativo no teste de
Kruskal-Wallis (p < 0,05). Os resultados referem-se à análise de 5.000 células por
tratamento.
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Resultados similares foram observados nas células F1, que são derivadas da divisão
mitótica de células meristemáticas (MA et al., 1995), nas concentrações de 0,01; 0,1; 1 e 10
mg/mL com relação à frequência de MN (Tabela 1). Provavelmente, células contendo
aberrações cromossômicas deram origem aos MN, o que explica a alta frequência desses nas
células F1 como observados por Leme e Marin-Morales (2008).
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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Beatriz Murilo da Costa1, Fernanda Leal Ferreira1, José Rafael da Silva Araújo 1, Pedro
Marcos de Almeida2, Francielle Alline Martins1
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial tóxico, citotóxico, genotóxico e
mutagêncico do extrato aquoso foliar de Jatropha mollissima, utilizando o sistema-teste
Allium cepa L. Sementes de A. cepa cv: Vale-Ouro IPA-11 foram germinadas em placas de
Petri com papel filtro umedecido com água destilada. Após 7 dias de germinação, as sementes
foram colocadas nos diferentes tratamentos, sendo: T1 (controle negativo) – água destilada;
T2: 0,01mL/L; T3: 0,1mL/L; T4: 1mL/L e T5: 10mL/L. As raízes de cada tratamento foram
medidas, fixadas e coradas com reativo de Schiff. Foram analisadas 6.000 células por
tratamento. Os dados foram avaliados por meio do teste de Kruskal-Wallis a 5% de
probabilidade. No teste de toxicidade, não foram observadas diferenças entre os tratamentos e
o controle negativo. O comprimento médio geral das raízes foi igual a 2,74 cm, variando de
2,4 a 2,98 cm. Também não foram observados efeitos citogenotóxicos nas concentrações
avaliadas.
PALAVRAS-CHAVE: Citotoxicidade. Genotoxicidade. Mutagenecidade.
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the toxic, cytotoxic, genotoxic and mutagenic
potential the leaf aqueous extract of Jatropha mollissima using the test system Allium cepa L.
Seeds of A. cepa cv: Golden Valley-IPA-11 were germinated in Petri dishes with moistened
filter paper with distilled water. After 7 days of germination, the seeds were placed in the
different treatments were: T1 (negative control) - distilled water; T2: 0.01mL/L; T3: 0.1mL/L;
__________________________
1 - Universidade Estadual do Piauí, CCN/Teresina – PI.
2 - Universidade Estadual do Piauí, CCS /Teresina – PI.
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T4: 1mL/L and T5: 10mL/L. The roots of each treatment were measured, fixed and stained
with Schiff. 6000 cells were analyzed per treatment. Data were evaluated by the Kruskal-
Wallis test at 5% probability. In toxicity tests, no differences between treatments and the
negative control were observed. The overall average root length was equal to 2.74 cm,
ranging from 2.4 to 2.98 cm. No cytogenotoxic effects were also observed at the
concentrations evaluated.
KEY WORDS: Cytotoxicity. Genotoxicity. Mutagenicity.
INTRODUÇÃO
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Rupestre (SANO et al., 2008), já na Caatinga tem sido observada com frequência vegetando
áreas degradadas, um ecossistema típico do nordeste do país (POMPELLI et al., 2011).
Jatropha mollissima é um arbusto lactescente (leitoso) de em média 3 m em altura. A
casca é lisa e em tons de dourado, desprendendo-se em finas lâminas. Os ramos são
suculentos (cheios de suco) e moles. Folhas com cinco lobos (“pontas”) de margem denteada
e com longos pecíolos. As flores masculinas são vermelhas e as femininas são alvo-
amareladas. O fruto (3 cm) quando verde possui seis quinas e após secar, tem deiscência
explosiva (explode ao liberar as três sementes). O látex avermelhado tem sido empregado no
tratamento de úlceras e contra veneno de cobras e juntamente com as folhas têm efeito
cicatrizante, sendo usado em golpes e feridas. As folhas possuem ainda atividade
antireumática. O óleo extraído da semente tem uso veterinário como purgante (CASTRO;
CAVALCANTE, 2011). Existem relatos ainda do uso da espécie no tratamento de inflamação
renal e inapetência (ALBURQUEQUE et al., 2007) e atividade antibacteriana da espécie
(ROCHA; DANTAS, 2009).
Embora J. mollissima possua importância na medicina popular regional brasileira, suas
informações farmacobotânicas são insipientes, assim como estudos toxicológicos que visam
identificar o potencial genotóxico e mutagênico da espécie. Sendo assim, este estudo objetiva-
se a avaliação do potencial tóxico, citotóxico, genotóxico e mutagênico do extrato aquoso
foliar do pinhão bravo por meio do bioensaio com Allium cepa L.
MATERIAL E MÉTODOS
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cada tratamento foram medidas com auxílio de uma régua milimétrica e em seguida
armazenadas em uma solução fixadora de metanol: ácido acético (3:1) e mantidas no freezer.
As preparações citogenéticas foram realizadas por meio da reação de Feulgen e as
raízes meristemáticas hidrolisadas em banho-maria à 60°C, em HCl 1N por 15 minutos. Após
hidrólise, as raízes foram lavadas e coradas com Reativo de Schiff, por 2 horas no escuro.
Após esse período, as raízes foram lavadas, a regiões meristemáticas cortadas, com auxílio de
bisturi e lupa e esmagadas em uma gota de carmim acético 2% conforme descrito por Guerra;
Souza, (2002).
A toxicidade do extrato foliar foi avaliada a partir da variação do comprimento médio
das raízes de A. cepa. A citotoxicidade, genotoxicidade e mutagenicidade foram verificadas
por meio da contagem 6.000 células ao microscópio óptico Olympus CX 21 em aumento de
400X, para cada tratamento. A citotoxicidade foi avaliada a partir do índice mitótico; a
genotoxicidade por meio do índice de alterações cromossômicas, tais como: brotos nucleares,
células binucleadas, perda de cromossomos, anáfases multipolares com ponte, células
poliploides, ponte, atraso cromossômico, aderência cromossômica, anáfases multipolares e
alterações nucleares; e a mutagenicidade foi verificada por meio do número de quebras
cromossômicas e de micronúcleos observados nas células.
Uma vez verificada a não adequação dos dados observados aos parâmetros exigidos
para a análise de variância, tais como: normalidade e homogeneidade, as avaliações
estatísticas para a toxicidade, citotoxicidade, genotoxicidade e mutagenicidade foram
realizadas por meio do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, a 5% de probabilidade, com
auxílio do programa BioEstat 5.3 (AYRES et al, 2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
209
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Tabela 1. Valores do comprimento médio das radículas de Allium cepa (VCMR), dos índices
mitóticos, das frequências de micronúcleos (MN) e de quebras cromossômicas (QC) de
células meristemáticas, observadas após o tratamento com o estrato foliar de J. mollissima em
diferentes concentrações
Tratamentos VCMR Células Meristemáticas
(mg/ml) (cm) Índice Mitótico Micronúcleos QC MN + QC
CN 2,98 ± 1,04 124 ± 71,2 0,11 ± 0,39 0,00 ±0,00 0,11 ± 0,39
10 2,40 ± 0,99 148 ± 112 0,24 ± 0,46 0,00 ±0,00 0,24 ± 0,46
1 2,73 ± 1,16 178 ±75,0 0,39 ± 0,97 0,19 ±0,48 0,58 ±1,45
0,1 2,98 ± 1,23 169 ±76,7 0,11 ± 0,37 0,11 ±0,25 0,22 ±0,62
0,01 2,61 ± 1,09 180 ± 83,4 0,82 ± 1,19 0,00± 0,00 0,82 ± 1,19
p-valor p > 0,05 0,35 0,56 0,88 1,44
CN (água destilada): controle negativo. VCMR: valor do comprimento médio das raízes.
QC: quebras cromossômicas. (MN + QC): micronúcleos e quebras cromossômicas nas
células meristemáticas. Os resultados referem-se à análise de 6.000 células por tratamento.
210
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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212
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213
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Jardison de Oliveira Cunha 10, Josiane Costa Rocha2, Pedro Marcos de Almeida3, Francielle
Alline Martins4
RESUMO
Pertencente à família Euphorbiaceae, Jatropha mollissima é um arbusto lactescente.
Estudos têm mostrado a utilização de forma empírica do látex desta espécie na medicina,
sendo assim necessária a avaliação do seu potencial toxicogenético. Desta forma, o objetivo
deste estudo foi avaliar o potencial tóxico, citotóxico, genotóxico e mutagênico do látex de J.
mollissima em raízes de Allium cepa L., para tanto sementes de A. cepa foram germinadas em
placas Petri por 7 dias, em seguida transferidas para os tratamentos: T1 (controle negativo) –
água destilada; T2: 2,5ml/L; T3: 5,0mL/L; T4: 10mL/L e T5: 20mL/L. Após 24h, as raízes
foram medidas, fixadas e coradas com reativo de Schiff. Foram analisadas 5.000 células por
tratamento e os dados avaliados por meio do teste de Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade.
Não foram observados efeito citogenotóxico na maioria das concentrações avaliadas do látex,
sendo a espécie em estudo considerada promissora na indústria farmacêutica.
PALAVRAS-CHAVE: Euphorbiaceae. Citotoxicidade. Genotoxicidade. Mutagenicidade.
ABSTRACT
Belonging to the Euphorbiaceae family, Jatropha mollissima is a milky shrub. Studies
have shown the empirically use of latex of this species in medicine, and therefore require the
evaluation of its potential toxicogenético. The objective of this study was to evaluate the
toxic, cytotoxic, genotoxic and mutagenic potential of the J. mollissima latex on roots of
Allium cepa L. Therefore, A. cepa seeds were germinated in Petri dishes for 7 days, then
transferred for the treatments: T1 (negative control) - distilled water; T2: 2.5 mL/L; T3: 5.0
mL/L; T4: 10mL/L and T5: 20mL/L. After 24 h, the roots were measured, fixed and stained
214
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with Schiff reagent. Five thousand cells per treatment were analyzed and the data were
evaluated by the Kruskal-Wallis test at 5% probability. No cytogenotoxic effects were found
in the majority of the tested concentrations of latex and the specie under study was considered
promising in the pharmaceutical industry.
KEY-WORDS: Euphorbiaceae. Cytotoxicity. Genotoxicity. Mutagenicity.
INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
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Para cada um dos cinco tratamentos foram avaliadas 5.000 células meristemáticas,
quanto as diferentes fases da divisão mitótica, possíveis alterações cromossômicas e
nucleares. A citotoxidade foi avaliada pelo índice mitótico (IM) (número de células em
divisão/total de células), enquanto a genotoxidade foi obtida dividindo-se o número de células
com alterações cromossômicas (C-metáfases, metáfases poliploides, metáfases com
aderências, metáfases com perdas cromossômicas, perdas de cromossomos inteiros e pontes
cromossômicas) pelo total de células e o índice de mutagenicidade foi obtido mediante a
contagem de células portadoras de fragmentos cromossômicos ou micronúcleos também
divididos pelo total de células observadas.
Os dados foram avaliados por meio do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Todas
as análises de estatísticas foram realizadas com auxílio do programa BIOESTAT 5.3 a 5% de
probabilidade (AYRES et al., 2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores de comprimento médio das raízes (VCMR) de A. cepa variou de 5,8 a 6,4 cm
(Tabela 1). Diferenças significativas entre os tratamentos e o controle negativo não foram
observadas no teste de toxidade realizado.
Tabela 1. Valores do comprimento médio das radículas de Allium cepa (VCMR), dos índices
mitóticos, das frequências de micronúcleos (MN) e de quebras cromossômicas (QC) de
células meristemáticas, observadas após o tratamento com o látex de J. mollissima em
diferentes concentrações
Tratamentos VCMR CélulasMeristemáticas
(ml/L) (cm) Índice Mitótico MN QC MN + QC
CN 5,8 ± 1,10 238 ± 34,3 0,00 ± 0,00 0,00 ±0,00 0,00 ± 0,00
2,5 6,4 ± 1,31 214 ± 16,5 0,10 ± 0,32 0,10 ± 0,32 0,20 ± 0,64
5,0 6,1 ± 1,21 210* ± 22,4 0,00 ± 0,00 0,00 ±0,00 0,00 ± 0,00
10 5,6 ± 0,93 198*± 15,0 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00 0,00 ± 0,00
20 6,3 ± 1,01 196* ± 20,4 0,10 ± 0,32 0,00± 0,00 0,10 ± 0,32
217
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Avaliação da genotoxicidade:
No estudo da genotoxicidade, em que a frequência de cada uma das alterações
cromossômicas foi avaliada, não foram observadas ocorrências significativas para a maioria
das alterações cromossômicas. A exceção das células binucleadas que ocorreram com maior
frequência no tratamento 4 (10mL/L). De forma geral, não foi observado efeito genotóxico do
látex (Tabela 2).
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CN (água destilada): controle negativo. BN: brotos nucleares, CB: células binucleadas, CP:
células poliploides, AC: aderências cromossômicas, CM: C-metáfases, PC: perdas
cromossômicas, PT: pontes cromossômicas, AMP: anáfases multipolares com ponte, *: p –
valor < 0,05 de probabilidade em relação ao CN. Os resultados referem-se à análise de 5,000
células por tratamento.
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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220
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SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia ilustrado para identificação das
famílias de Angiospermas da flora brasileira em APG II. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum,
2005. 640 p.
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Jéssica Pereira dos Santos1, Andreza Pereira Moura1, Bruna Layra Silva1, Cecília Maria da
Silva Santana1, Simone Mousinho Freire1.
RESUMO
Este trabalho visou identificar parasitos gastrintestinais em ursos mantidos em
cativeiros no Parque Zoobotânico de Teresina – PI, Brasil. Nesse estudo foi pesquisada uma
espécie de urso (Ursus arctos Linnaeus, 1758), totalizando 3 animais. Foram analisadas 24
amostras fecais no Laboratório de Zoologia e Biologia Parasitária da Universidade Estadual
do Piauí – UESPI, pelas técnicas de Willis modificado e de Hoffmann, Pons e Janer para
pesquisa de parasitas. Nesses animais, foi observada infecção simples por parasitas da família
Strongylidae (25%) e Acylostomatidae (33,3%). Pela ausência de sinais clínicos das
parasitoses, conclui-se que os animais deste estudo são portadores assintomáticos e atuam
como disseminadores destes parasitos.
PALAVRAS-CHAVES: Ursus arctos. Parasitos intestinais. Cativeiro.
ABSTRACT
This study aimed to identify gastrointestinal parasites in bears kept in captivity at Zoo
and Botanical Park of Teresina - PI, Brazil. That study surveyed a species of bear (Ursus
arctos Linnaeus, 1758), totaling 3 animals. 24 fecal samples were analyzed at the Laboratory
of Parasitic Biology and Zoology, State University of Piauí - UESPI, the techniques of Willis
modified and Hoffmann, Pons and Janer to search for parasites. In these animals, simple
infection was observed parasites Strongylidae (25%) and Acylostomatidae (33.3%) family.
The absence of clinical signs of parasites, it is concluded that the animals in this study were
asymptomatic carriers and act as disseminators of these parasites.
KEY-WORDS: Bears Ursus arctos. Intestinal parasites. Captivity
_____________________________________________
1 - Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto, CCS/Teresina – PI
[jessik_ssantos@hotmail.com]
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INTRODUÇÃO
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no manejo e na manutenção da saúde das pessoas que trabalham com esses animais, pois
muitos destes parasitos são potentes causadores de zoonoses. Também é importante verificar
se esses animais se comportam como transmissores de parasitas para o meio ambiente por
estarem infectados (BRACK, 1987). Segundo a OMS, é essencial levar a cabo investigações
epidemiológicas das parasitoses em geral com o objetivo de prevenir e controlar melhor essas
infecções. Conforme a literatura, alguns helmintos gastrointestinais tem sido relatados em
ursos, dentre as famílias desses helmintos, destaca-se: Ascarididae, Ancylostomatidae,
Strongyloididae, Trichinellidae e Taenidae. E pelo menos 77 espécies de parasitas foram
relatadas a partir de ursos, mas não há nenhuma evidência de que os parasitas são uma causa
comum de mortalidade. Efeitos patológicos geralmente não são aparentes em ursos
parasitados (HORSTMAN, 1949; RAUSCH, 1961; JONKE, 1971).
MATERIAL E MÉTODOS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se que, das 24 amostras fecais examinadas dos ursos do Parque Zoobotânico
de Teresina – PI, 14 (58,3%) foram positivas e 10 (41,7%) foram negativas. Dentre as
amostras positivas, identificaram-se 8 (33,3%) com ovos de parasitas pertencente a Família
Ancylostomatidae Loss, 1905, cuja espécie nem gênero não foram identificadas, e 6 (25%)
com ovos pertencentes a Família Strongyloididae Chitwood & McIntosh, 1934 (Figura 1A e
1B).
A B
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60,00%
50,00%
40,00%
30,00% Presença de ovos
20,00%
10,00%
0,00%
Método Willis Método de
Hoffmann
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CONCLUSÕES
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Amanda Graziele Araújo Resende1, Maria Amélia Guimarães do Passo Gondolo 1, Guilherme
Fernandez Gondolo1
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi analisar a relação peso-comprimento da Branquinha,
Psectrogaster rhomboides, pescada comercialmente no Rio Surubim, Campo Maior-PI.
Foram analisados 806 indivíduos coletados mensalmente no rio Surubim em Campo Maior,
durante um ano de trabalho. Dos indivíduos capturados eram obtidos dados morfométricos,
referente ao comprimento total (LT) e peso total (WT). Para a análise da população foi feito
uso da relação peso-comprimento, seguindo a equação: WT=a *LTb. Para a verificação da
existência de dimorfismo entre os sexos, a relação peso-comprimento foi aplicada para fêmeas
e machos, onde ambos apresentaram crescimento alométrico positivo b>3. A população como
um todo, também demonstrou um crescimento alométrico positivo. É possível evidenciar
também que a pesca comercial esta retirando indivíduos muito jovens e na maioria imaturos
sexualmente, o que pode contribuir para a depleção do estoque desse importante recurso
pesqueiro regional.
PALAVRAS- CHAVE: População. Medidas morfométricas. Bem estar.
ABSTRACT
The objective of this study was to analyze the length-weight relationship of
Psectrogaster rhomboides, fished for commercial purposes in the Surubim River, Campo
Maior-PI. A total of 806 individuals were collected on monthly surveys, during one year.
From the specimens, were obtained morphometric data for the total length (TL) and total
weight (WT). For the population analysis was done the length-weight relationship, following
_____________________________
1. Laboratório de Ictiologia – LABICTIO. Universidade Estadual do Piauí, Campus Heróis do Jenipapo/Campo
Maior-PI [gondolo@gmail.com]
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this equation: WT = a*LTb. To verify the existence of dimorphism between the sexes, the
length-weight relationship was applied to females and males, which both showed positive
allometric growth b> 3. The population as a whole, also showed positive allometric growth. It
is also possible to show that commercial fishing taking this very young and most sexually
immature, which may contribute to the depletion of the stock of this important regional
fisheries resource.
KEY-WORDS: Population. Morphometric measurements. Welfare.
INTRODUÇÃO
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MATERIAIS E MÉTODOS
As amostragens foram realizadas no Rio Surubim (Figura 1) que tem sua nascente no
município de Altos-PI, e juntamente com o rio Maratoã desembocam pela margem esquerda
no rio Longá e pela margem direita, os rios Jenipapo, Corrente, dos Matos, Caldeirão, e o rio
Piracuruca. As nascentes do rio Longá estão situadas no Município de Alto Longá e recebem
contribuições oriundas dos Municípios de Altos e Campo Maior. Trata-se de um rio perene no
médio e baixo curso e alimenta inúmeras lagoas de pequeno porte (BRASIL, 2006).
A B
Figura 1: Leito do Rio Surubim (A), imagens de satélite com os limites de Campo Maior-PI e
detalhe do local da barragem do Rio Surubim (B).
Foram realizadas capturas entre agosto de 2013 a julho de 2014, utilizando-se de redes
de espera e tarrafas. Os exemplares eram coletados no local de pesca e acondicionados em
caixas de isopor com gelo onde eram transportados para o Laboratório de Ictiologia da
Universidade Estadual do Piauí. No laboratório eram registrados os dados morfométricas de
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cada indivíduo, contando das seguintes medidas: comprimento total (LT) e o peso total (WT)
em gramas utilizando uma balança de precisão 0,02 g. Após medidos e pesados, os
exemplares quando possível tinham os sexos identificados por análise de maturação das
gônadas.
A relação peso-comprimento foi feita seguindo a fórmula WT=a *LT b, onde, b é
coeficiente angular, constante relacionada com a forma do crescimento (LE CREN, 1951). O
valor de b é considerado a constante de alometria. Valor de b=3 indica crescimento
isométrico, b >3 crescimento alométrico positivo e b <3 crescimento alométrico negativo
(OLIVEIRA, 2009), para que fosse possível estimar se a espécie ganha mais incremento em
peso ou em comprimento, avaliando essa condição para os diferentes sexos e população. Orsi
et al. (2002) acrescenta ainda que se o crescimento for isométrico, o incremento em peso
acompanha o crescimento em comprimento; mas se for alométrico negativo há um incremento
em peso menor do que em comprimento; e se é alométrico positivo, há um incremento em
peso maior do que em comprimento.
Mensalmente, até 60 indivíduos, possuíram suas cavidades viscerais acessadas através
de corte ventral longitudinal. Após abertos eram verificados, quando possível, o sexo e a
presença ou ausência de uma camada lipídica nas paredes internas da cavidade visceral.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
233
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30 Ausente
120 Presente
120 Presente
12,00
10,00
Frequência Relativa (%)
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
87,5
90,5
84,5
93,5
96,5
99,5
129,5
132,5
102,5
105,5
108,5
111,5
114,5
117,5
120,5
123,5
126,5
135,5
138,5
141,5
144,5
147,5
150,5
153,5
156,5
159,5
162,5
165,5
.
Figura 2: Distribuição de frequência da espécie Psectrogaster rhomboides
234
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Durante a análise do conteúdo visceral, foi possível observar a presença de uma camada
de gordura junto às vísceras de alguns dos exemplares examinados, inicialmente no mês de
setembro (Tabela 1). Nos meses consecutivos houve uma alternância em relação à presença
dessa camada lipídica, geralmente quando a mesma não era verificada os sexos eram
identificados, ou seja, é provável que a partir do consumo dessa camada, as gônadas
tornavam-se mais desenvolvidas, facilitando a distinção dos sexos. Dessa forma podemos
supor que a presença da camada de gordura é uma forma de estocar energia, que será alocada
e consumida para a reprodução, que pode ser sustentado por Godinho (1994), que afirma que
o desenvolvimento de gordura tem relação com a reprodução. A maturação das gônadas e/ou
atividades reprodutivas implicam na utilização de recursos obtidos a partir do alimento
ingerido e, principalmente, de reservas energéticas depositadas em diferentes partes do
organismo (AGOSTINHO et al., 1990). Assim o início do processo de amadurecimento das
gônadas de P. rhomboides, coincidiu com o desaparecimento das reservar de gordura. Diante
disso, é possível afirmar que a partir do momento em que as gônadas começam a maturar, os
recursos energéticos deixam de ser investidos em crescimento e passam a ser utilizados para
esse fim (CARMASSI, 2008).
A procura de uma fórmula para expressar a relação peso/comprimento e prover meios
de converter medidas de comprimento em peso (ou vice-versa), tem revelado complexidade
entre as interelações de peso, comprimento e fase de maturação sexual do peixe, tendo sido
encontrada correlação entre suas variações e as mudanças sazonais no desenvolvimento
gonadal (ROSSI-WONGTSCHOWSKI, 1997).
A relação entre peso-comprimento foi analisada para cada sexo separadamente e para
todos os indivíduos juntos (Figura 3). Nas três análises foram obtidos excelentes coeficientes
de regressão (coeficiente de determinação) (R2), todos acima de 0,91. Também, nas três
relações foram obtidos índices de alometria positivos e as seguintes equações:WT = 4,5 *10-
6*
LT3,24 para fêmeas, WT = 7,0 *10-6*LT3,13 para machos e no global WT = 1,1 *10-5*LT3,04,
com um índice de alometria praticamente igual a 3, ou seja, crescimento isométrico. Como é
possível observar os índices dos sexos separados é maior que o índice global, pois os
indivíduos adultos normalmente diminuem suas taxas de crescimento em comprimento e
alocam recursos energéticos para a produção de gametas, ganhando assim, mais massa;
enquanto os indivíduos sexualmente imaturos alocam a maioria dos seus recursos energéticos
para o crescimento somático. Relacionando-se ao coeficiente de alometria, populações de
peixes de maior estrutura de tamanho, normalmente apresentam menor coeficiente de
235
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alometria quando comparadas com populações de menor estrutura de tamanho, uma vez que
estes últimos ainda estão alocando energia para crescer (SANTOS, 2004).
Resultados similares foram encontrados por Santos et al. (2004), onde o mesmo
analisou a relação peso-comprimento da espécie Orthopristis ruber, para machos e fêmeas,
obtendo coeficiente de alometria para machos equivalente a b = 3,1368 e para fêmeas b =
3,1403, caracterizando alometria do tipo positiva. Segundo o autor, os altos valores para o
coeficiente de alometria indicam alto investimento no crescimento, que pode ser devido ao
pequeno tamanho relativo dos espécimes da população analisada, ou ser um mecanismo para
suportar as condições de estresse da área.
236
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237
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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índice hepatossomático e suas relações com o ciclo reprodutivo em Rhinelepis aspera (Agassis, 1829)
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238
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Sertanópolis. In: MEDRI, M.E. et al. (Ed.). A Bacia do Rio Tibagi. Londrina: Eduel, 2002, cap. 23, p.
425-432.
239
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Henrique José de Oliveira¹, Iraquely Pereira dos Santos¹, Maria Amélia Guimarães do Passo
Gondolo¹, Guilherme Fernandez Gondolo¹
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi determinar a relação peso-comprimento das espécies
Steindachnerina notonota e Curimata macrops, ambas da família Curimatidae, coletadas no
Rio Surubim, em Campo Maior-PI. Os indivíduos foram coletados entre Novembro de 2013 e
Junho de 2014. Para determinar a relação peso-comprimento foi aplicada a fórmula Wt=aLtb.
Foram aferidos os comprimentos totais em milímetros e pesos em gramas de 140 indivíduos
de Steindachnerina notonota com comprimento total variando de 67 mm a 102 mm e peso
total variando de 4,39 g a 16,85 g; e 302 exemplares da espécie Curimata macrops com
comprimento total variando de 68 mm a 105 mm peso total de 4,76 g a 19,72 g. As duas
espécies apresentaram crescimento do tipo alométrico positivo (b>3), significando assim que
ganham um incremento maior em peso do que em comprimento.
PALAVRAS-CHAVE: Hábitat. Curimata macrops. Steindachnerina notonota.
ABSTRACT
The objective of this study was to determine the length-weight relationship of
Steindachnerina notonota and Curimata macrops, both of Curimatidae familie. They were
collected in Rio Surubim, Campo Maior-PI. Individuals were collected between November
2013 and June 2014. To determine the length-weight relationship was applied to Wt=aLTb
formula. Total lengths were measured in millimeters and weights in grams. Has been sampled
140 individuals of Steindachnerina notonota with total length ranging from 67 mm to 102
mm and total weight ranged from 4.39 g to 16.85 g; and 302 specimens of Curimata macrops
with total length ranging from 68 mm to 105 mm total weight of 4.76 g to 19.72 g. The two
species showed positive allometric growth (b> 3), meaning thereby earning a greater increase
in weight than in length.
KEY-WORDS: Habitat. Curimata macrops. Steindachnerina notonota.
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INTRODUÇÃO
241
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MATERIAIS E MÉTODOS
O rio Surubim tem sua nascente no município de Altos – PI, e juntamente com o rio
Maratoã desembocam pela margem esquerda no rio Longá e pela margem direita, os rios
Jenipapo, Corrente, dos Matos, Caldeirão, e o rio Piracuruca. As nascentes do rio Longá estão
situadas no Município de Alto Longá e recebem contribuições oriundas dos Municípios de
Altos e Campo Maior. Trata-se de um rio perene no médio e baixo curso e alimenta inúmeras
lagoas de pequeno porte (BRASIL, 2006).
Foram realizadas oito amostras mensais, entre Novembro de 2013 e Junho de 2014 os
peixes pescados foram capturados usando redes de espera. Foram acondicionados em caixas
de isopor com gelo, em seguida foram levados ao laboratório de ictiologia (LABICTIO) da
Universidade Estadual do Piauí-UESPI/Campo Maior para serem triados, de cada exemplar,
depois de identificado, foi registrado o peso total ( ) em gramas com balança de precisão e
comprimento total ( ) em milímetros com auxílio de Ictiômetro.
A partir das informações de comprimento citadas, pode-se relacioná-lo com o peso e
determinar-se uma equação para cada espécie, de tal maneira que torne-se possível inferir um
peso a partir de um comprimento desejado ou vice-versa (ORSI et al, 2002). Para determinar
b
a relação peso-comprimento foi aplicada a fórmula: (LE CREN 1951), onde ( )
corresponde ao peso total, ( ), ao comprimento total, a, é o coeficiente linear e b, ao
coeficiente angular. (ORSI et al, 2002). Assim, quando (b) é = 3,0 a espécie pode ter um
crescimento isométrico, isto é, o peso aumenta proporcionalmente com o comprimento. No
entanto, quando o (b) é menor que 3,0 o crescimento é alométrico negativo, ou seja, o
incremento é devido ao peso e quando o (b) é maior que 3,0 o crescimento é alométrico
positivo, com o incremento em comprimento mais acentuado que o peso. (JÚNIOR et.al.,
2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
242
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243
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244
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Para ambas as espécies o valor do coeficiente de alometria , foi maior que 3, isso
demonstra que o crescimento foi do tipo alométrico positivo; que de acordo com Orsi et al,
(2002) significa que há um incremento em peso maior do que em comprimento.
(MONTENEGRO et al., 2011) obteve um crescimento do tipo alométrico negativo para S.
notonota, sendo assim podemos dizer que crescer mais em peso do que em comprimento pode
não ser uma característica da família Curimatidae, mas sim estar relacionado com a
disponibilidade de alimento do local em estudo.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
246
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BRASIL; Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Caderno da Região
Hidrográfica do Parnaíba / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos. –
Brasília: MMA, 184 p., 2006.
JÚNIOR, M. T. S. et. al. Relação peso – comprimento de espécies de peixes do Estuário do Rio
Paciência da Ilha do Maranhão, Brasil. Boletim do Laboratório de Hidrobiologia, 20: 31 – 38, 2007.
LE CREN, E.D. The length–weight relationship and seasonal cycle in gonad weight and condition
in the perch Perca fluviatilis. J. Anim. Ecol., Oxford, v. 20, p. 201-219, 1951.
ORSI, M. L. et. al. Caracterização biológica de populações de peixes do rio Tibagi, localidade de
Sertanópolis. p 425-432. In: M.E. Medri (Ed). A bacia do Rio Tibagi. Londrina, Universidade
Estadual de Londrina, 595p, 2002.
RAMOS, T.P.A., Icthyofauna of the Parnaíba river Basin, Northeastern Brazil. Biota Neotropica
12(1): 1-8, 2014.
247
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José Rafael da Silva Araújo 1, Wallace Baldez Oliveira1, Maria Wlly da Silva Costa1,
Reginaldo Roris Cavalcante2, Francielle Alline Martins1
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade do látex de Jatropha gossypiifolia e
Jatropha curcas contra larvas de Aedes aegypti L, vetor transmissor da dengue. As
concentrações utilizadas (50, 25, 12,5, 10 e 5 mg.L -1) foram obtidas pela diluição do látex in
natura em água mineral. Para cada tratamento, larvas foram colocadas em placas de Petri
contendo 20 mL de solução e avaliadas a cada 24h quanto à taxa de sobrevivência. Observou-
se que o látex de J. curcas (CL50 9,38 mg.L-1) foi mais tóxico que o de J. gossypiifolia (CL50
11,93 mg.L-1). Os resultados indicam que o látex das plantas avaliadas é tão tóxico quanto o
Diflubenzuron, desta forma pode ser utilizado também no controle do vetor Aedes aegypti,
para tanto estudos de avaliação do risco ambiental ainda são necessários.
PALAVRAS-CHAVE: Dengue. Bioinseticida. Pinhão.
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the toxicity of the latex of Jatropha curcas and
J. gossypiifolia against larvae of Aedes aegypti L., transmission vector of dengue. The
concentrations used (50, 25, 12.5, 10, and 5 mg.L-1) were obtained by diluting the latex in
nature in mineral water. For each treatment, the larvae were placed in Petri dishes containing
20 ml of solution every 24 hours and evaluated regarding survival larvaes. It was observed
that the latex of J. curcas (LC50 9.38 mg.L-1) was more toxic than J. gossypiifolia (LC50 11.93
____________________________
1
Universidade Estadual do Piauí, Campus Torquato Neto/ Teresina – PI [jrafaelquadros@hotmail.com;
wallacebo.89@hotmail.com; wlly_silva@hotmail.com; francielle@uespi.br]
2
Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Petrônio Portela/ Teresina – PI.
248
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mg.L-1). The results indicate that the latex of the plants is assessed as toxic as Diflubenzuron
so it can be used to control Aedes aegypti, for this, studies of environmental risk assessment
are still needed.
KEY WORDS: Dengue. Biopesticide. Pinion.
INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
Larvas de Aedes aegypti foram coletadas em Teresina/PI nos bairros onde tinham
maior foco do mosquito. Em seguida foram levados ao Núcleo de Entomologia da
Universidade Federal do Piauí (NEPI) para triagem e estabelecimento da população do
mosquito. Os ovos foram coletados da colônia e postos para eclodir em água mineral, a
28±5ºC, com fotoperíodo de 12h e alimentadas com ração para gato triturada autoclavada, até
250
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Bioensaio
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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Tamires de Sousa Silva 11, Pedro Marcos Almeida2, Francielle Alline Martins1
RESUMO
O objetivo desse estudo foi apresentar aos alunos do curso de Licenciatura em
Biologia da UESPI a mosca Drosophila melanogaster como um modelo biológico eficiente e
atrativo para ser utilizado no ensino de genética como forma de fixação dos conteúdos
ensinados em aula teórica. Para tanto, os alunos foram divididos em equipes e realizaram
cruzamentos entre linhagens de drosófila disponíveis Laboratório de Genética da UESPI. No
decorrer dos 20 dias seguintes, as proles da geração F1 e F2 foram avaliadas fenotipicamente.
Ao final, as equipes apresentaram os resultados de seus experimentos e responderam a um
questionário avaliativo acerca das dificuldades e as vantagens encontradas. Observou-se que
além das drosófilas serem um modelo biológico eficiente para o ensino de genética a
metodologia adotada permitiu o aluno verificar todas as etapas de construção do método
científico.
PALAVRAS-CHAVES: Modelo biológico. Mosca das frutas. Herança genética.
ABSTRACT
The aim of this study was to introduce the students of Biology of the Universidade
Estadual do Piauí (UESPI) the Drosophila melanogaster fly as an efficient and attractive
biological model for use in teaching genetics as a way of fixing the content taught in teory on
class lessons. For this, the students were divided into teams and made crosses between strains
of Drosophila available on Genetics Laboratory of UESPI. Over the following 20 days, the
offspring of the F1 and F2 were evaluated phenotypically. At the end, the teams presented the
results of their experiments and completed an evaluation questionnaire about the difficulties
1
Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto - CCN/ Teresina – PI [silva-
tamires@yahoo.com.br; profafrancielle@yahoo.com.br].
2 Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto - CCS/ Teresina – PI
[pedromarcosalmeida@yahoo.com.br].
255
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and advantages found. It was observed that fruit flies besides being an efficient biological
model for teaching genetics the adopted methodology allowed the students checking each step
of building the scientific method.
KEY-WORDS: Biological model. Fruit fly. Genetic inheritance.
INTRODUÇÃO
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A escolha de D. melanogaster como modelo biológico deve-se ao fato deste inseto ter
um ciclo de vida curto (10-11 dias, a 25ºc); um genoma simples (apenas quatro pares de
cromossomas, três autossômicos e um sexual); um tamanho reduzido (0,8-1,5 mm e 2-3 mm,
macho e fêmea respectivamente); simples manuseamento em laboratório e cruzamento; a sua
fácil manutenção em cultura; a sua abundância; rápida reprodução de descendentes férteis; e a
existência de um grande número de mutantes naturais e artificiais (MANNING, 2008).
No seu estado selvagem apresenta olhos vermelhos e coloração do corpo amarelo-
acastanhado. Normalmente possui segmentos intercalares em tons distintos na região
abdominal. O macho diferencia-se da fêmea pelos segmentos finais do abdômen, que são
fundidos apresentando a região escura, tal como estruturas no primeiro par de patas chamado
“pente sexual”, e o seu menor porte (MOURA et al., 2013).
Considerando as vantagens de se trabalhar com modelos biológicos no ensino e
necessidade de capacitação de professores para utilizá-lo o objetivo deste estudo foi
apresentar aos alunos do curso de Licenciatura em Biologia da Universidade Estadual do
Piauí D. melanogaster como um modelo biológico eficiente e atrativo para ser utilizado no
ensino de genética e vivenciar todas as etapas da prática-experimental, desde a formulação de
hipóteses até a validação estatística das mesmas.
MATERIAL E MÉTODOS
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moscas da geração F1. Diariamente, por 10 dias, as moscas F1 foram eterizadas, contadas e
classificadas de acordo com o fenótipo.
Cinco casais F1, de cada um dos cruzamentos, foram transferidos para um novo frasco
preparado com meio de cultura. Após 10 dias a partir da preparação, os casais foram
eliminados e aguardou-se a eclosão da população F2, que também foi avaliada diariamente,
conforme já descrito.
Os dados de contagem para cada fenótipo foram anotados em uma planilha e avaliados
ao final do experimento por meio do teste de χ2 e auxílio do programa GENES (Cruz, 2006)
para que fosse verificado o modo de herança de cada um dos caracteres envolvidos, de acordo
com as hipóteses previamente formuladas baseando-se na revisão de literatura de cada equipe.
Ao final, as equipes apresentaram os resultados de seus experimentos para a turma e
confeccionaram um relatório escrito em forma de monografia. Concluída a atividade os
alunos responderam a um questionário avaliativo com sete questões objetivas acerca das
dificuldades e as vantagens sobre o uso das drosófilas no processo de ensino-aprendizagem
em Genética.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Foram observadas 264 fêmeas e 256 machos em média nos cruzamentos, evidenciando
a ocorrência da proporção 1:1 (p-valor = 32,14%) dentre os sexos, assim como esperado no
cruzamento entre espécies diploides cuja determinação do sexo é dada por meio dos
cromossomos sexuais XX/XY (CRUZ et al., 2011)
As avaliações fenotípicas da geração F2 permitiram os alunos determinar o modo de
herança para cada uma das características em estudo. Nos cruzamentos Sépia x Selvagem, foi
observado o padrão de herança monogênica autossômica, sendo o fenótipo selvagem o
dominante. Visto que na F1 foram observadas apenas moscas selvagens e na F2 observou-se a
proporção 3:1 (selvagem:sépia) (Tabela 2).
O padrão de herança observado foi o esperado, visto que de acordo com CRUZ
(2006), o gene que determina a cor dos olhos sépia está localizado no cromossomo 3, sendo
portanto autossômico.
Em relação à cor do corpo, nos cruzamentos Ebony x Selvagem observou-se o padrão
de herança autossômica, sendo o fenótipo selvagem o dominante (Tabela 3). No entanto, a
segregação fenotípica na F2 esperada de 3:1 (Selvagem:Ebony) não foi observada.
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XV Semana de Biologia e II Simpósio Regional de Diversidade Biológica – UESPI
ISBN: 978-85-8320-064-2 v.1, n.1, 2014
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Tabela 6. Questionário de perguntas objetivas aplicado aos alunos que cursaram Genética
Básica em 2013.1
Questão % de sim % de não
1. Gostaram do uso de drosófilas no Ensino? 100 -
2. Os experimentos contribuíram para o Ensino? 100 -
3. Houve dificuldade em relação à disponibilização de tem tempo
33,3 66,6
extraclasse para a realização do experimento?
4. Os monitores contribuíram para as atividades? 75 25
5. Dificuldades na confecção do relatório? 95,84 4,16
6. A metodologia deve ser novamente adotada? 100 -
7. Enquanto professor, você adotaria esta metodologia? 91,67 8,33
Por meio deste questionário, foi possível verificar as contribuições do uso desta
metodologia de ensino de genética com drosófilas na formação de futuros professores.
Mesmo com as dificuldades evidenciadas, os alunos foram unânimes ao responder que os
cruzamentos com drosófilas devem ser usados nos próximos semestres.
A prática com drosófilas permitiu a assimilação dos conteúdos e um melhor
entendimento dos conceitos abordados na disciplina de Genética Básica, bem como uma
maior interação entre professor e aluno, trazendo contribuições significantes para o processo
de ensino-aprendizagem.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ, C. D. Programa Genes: Biometria. Editora UFV. Viçosa (MG). 382p. 2006.
CRUZ, C. D. et al. Genética - Volume 2 - GBOL – 2 ed. Viçosa: MG, 2011. 326p.
MANNING, G. 2008. “A quick and simple introduction to Drosophila melanogaster” (On-line), The
Virtual Library. Disponível em: http://ceolas.org/VL/fly/intro.html
SINNOTT, E. W.; DUNN, L. C.; DOBZHANSKY, T. Principles of Genetics. 5.ed. New York:
McGraw-Hill, 1958. 459p.
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