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Número Interno do Documento:
AC‐2645‐39/14‐P
Colegiado:
Plenário
Relator:
BENJAMIN ZYMLER
Processo:
011.011/2014‐9
Sumário:
FISCALIZAÇÃO DE ORIENTAÇÃO CENTRALIZADA IMPLEMENTADA EM NOVE ESTADOS, TENDO POR OBJETO O
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA. AUDITORIA REALIZADA NO ESTADO DO
TOCANTINS. FALHAS DETECTADAS. DETERMINAÇÕES. RECOMENDAÇÕES. MONITORAMENTO PELA SECEX (PA).
ARQUIVAMENTO DOS AUTOS
Assunto:
Relatório de Auditoria
Número do acórdão:
2645
Ano do acórdão:
2014
Número da ata:
39/2014
Relatório:
1 ‐ Apresentação
A presente auditoria, na modalidade de Fiscalização de Orientação Centralizada ‐ FOC, foi concebida com o
objetivo de avaliar o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, especialmente no que diz
respeito aos aspectos relacionados ao armazenamento, distribuição e dispensação dos medicamentos deste
Componente, conforme consignado na proposta de fiscalização contida no TC nº 010.255/2014‐1.
2. Foram desenvolvidos trabalhos em Goiás, no Mato Grosso do Sul, no Pará, na Paraíba, no Rio Grande do
Norte, no Rio Grande do Sul, em Roraima, em Santa Catarina e no Tocantins, sob a coordenação da Secretaria
de Controle Externo no Estado de Goiás.
3. O presente Relatório de Fiscalização se refere à auditoria realizada no Estado do Tocantins pela Secex (PA).
4. De acordo com a Resolução nº 338, de 6/5/2004, do Conselho Nacional de Saúde, que aprovou a Política
Nacional de Assistência Farmacêutica ‐ PNAF:
"Assistência Farmacêutica é o conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto
individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso
racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem
como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e
serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e
da melhoria da qualidade de vida da população."
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número de seis, a saber: Atenção Básica; Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar;
Vigilância em Saúde; Assistência Farmacêutica; Gestão do SUS e Investimentos na Rede de Serviços de Saúde.
7. A Portaria GM/MS nº 204/2007 regulamentou a forma de transferência dos recursos financeiros federais,
estabelecendo, entre outros, o bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica, constituído por três
componentes: básico, estratégico e especializado.
2 ‐ Introdução
10. Ademais, assegurar o acesso a medicamentos é uma das questões cruciais no SUS, constituindo‐se no eixo
norteador das políticas públicas estabelecidas na área da Assistência Farmacêutica. Cumpre destacar que esses
insumos são muito utilizados e, por via de consequência, impactam diretamente a resolubilidade das ações de
saúde.
11. Nesta área, em especial após a publicação da Política Nacional de Medicamentos e da Política Nacional de
Assistência Farmacêutica, muitos foram os avanços e as conquistas, inclusive no que concerne ao acesso a
medicamentos que integram os Componentes Básico e no Estratégico. Também foram identificadas melhoras
no acesso ao tratamento de doenças cujas linhas de cuidado estão estabelecidas em Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas, que estão relacionadas ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
12. Considerando que na Assistência Farmacêutica o insumo desempenha papel importante, o armazenamento,
a distribuição e a dispensação de medicamentos têm especial relevância. Assim sendo, além de analisar a
adequação dos procedimentos às recomendações das Boas Práticas, é importante avaliar de forma permanente
a estrutura física, a capacidade instalada, os equipamentos e os sistemas de informação, ampliando‐os e
modernizando‐os de modo a que atendam ao desenvolvimento das atividades da Assistência Farmacêutica.
13. O transporte dos medicamentos deve ser feito de forma segura, em meios de transporte que possuam
condições adequadas.
15. A dispensação foi definida na Política Nacional de Medicamentos como sendo "o ato profissional
farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta a
apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o farmacêutico informa e
orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre
outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros
medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos."
16. Além de uma estrutura adequada, é imprescindível que exista um fluxo administrativo ágil, simplificado e
racional dos processos, conhecido por todos os trabalhadores envolvidos, sendo as competências e as atribuições
de todas as atividades padronizadas por meio da implantação de Procedimentos Operacionais Padrão (POP).
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17. O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica tem como principal característica a busca da
garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, de agravos cujas abordagens
terapêuticas estão estabelecidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados pelo
Ministério da Saúde. Estes PCDT estabelecem quais são os medicamentos disponibilizados para o tratamento
das patologias contempladas e a instância gestora responsável por seu financiamento.
18. A Portaria GM/MS nº 2.577/2006, atualizada pelas Portarias GM/MS nº 2.981/2009 e nº 1.554/2013, define
claramente os objetivos e as responsabilidades dos estados e da União em relação ao Componente
Especializado da Assistência Farmacêutica ‐ CEAF e explicita que este Componente destina‐se à
disponibilização de medicamentos no âmbito do SUS para tratamento de agravos que atendam aos seguintes
critérios:
a) doença rara ou de baixa prevalência, com indicação de uso de medicamento de alto valor unitário ou que,
em caso de uso crônico ou prolongado, seja um tratamento de custo elevado;
b) doença prevalente, com uso de medicamento de alto custo unitário ou que, em caso de uso crônico ou
prolongado, seja um tratamento de custo elevado, desde que:
‐ haja tratamento previsto para o agravo no nível da Atenção Básica, ao qual o paciente apresentou
necessariamente intolerância, refratariedade ou evolução para quadro clínico de maior gravidade;
19. Os medicamentos padronizados nas linhas de cuidado estão divididos em três grupos com características,
responsabilidades e formas de organização distintas, a saber:
‐ Grupo 1 B: medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e adquiridos pelas secretarias estaduais de
saúde. Seus custos de aquisição são ressarcidos mediante a apresentação e aprovação das Autorizações de
Procedimento de Alta Complexidade ‐ APAC correspondentes. Estão relacionados no Anexo I da Portaria GM/MS
nº 1.554/2013;
‐ Grupo 2: medicamentos cuja responsabilidade pelo financiamento e aquisição é das Secretarias Estaduais da
Saúde. Estão relacionados no Anexo II da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
20. O Governo Federal é o principal financiador do Componente Especializado, pois adquire centralizadamente
os medicamentos do Grupo 1A que serão distribuídos às Secretarias Estaduais de Saúde e reembolsa essas
secretarias pelos recursos gastos nos medicamentos que compõem o Grupo 1B.
21. O Gráfico seguinte demonstra a evolução desses gastos ao longo dos últimos anos. Percebe‐se que, no
período de 2003 a 2013, estes gastos se multiplicaram por dez.
22. Para solicitar os medicamentos deste Componente, o paciente ou seu responsável deve apresentar nas
unidades vários documentos relacionados pelos gestores estaduais para cadastrar sua solicitação. Tais
documentos incluem
‐ prescrição médica;
‐ cópia dos laudos ou outros documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e nas Diretrizes Terapêuticas.
23. A solicitação deve ser tecnicamente avaliada e, quando adequada, deverá ser autorizada.
24. O Estado do Tocantins é o mais novo estado brasileiro, pois foi criado pela Constituição Federal de 1988.
Possui uma extensão territorial de 277.720,520 km² e uma população de 1.383.445 habitantes (estimada em
2013 pelo IBGE), que está distribuída em 139 (cento e trinta e nove) municípios.
25. A Secretaria de Estado de Saúde do Tocantins ‐ SESAU‐TO, dividiu o estado em oito Regiões de Saúde.
Especificamente para executar as ações relativas ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
foram criadas quatro Unidades de Dispensação: uma na Capital (Palmas) e três no Interior (Araguaína, Porto
Nacional e Gurupi).
26. Durante o exercício de 2013, foram executados 1.340.230 procedimentos de Apac em todo o Estado. Para
se ter uma visão abrangente da distribuição desses medicamentos, procedeu‐se a uma seleção de três unidades
(Palmas, Araguaína e Porto Nacional), as quais correspondem a 88% (oitenta e oito por cento) de todas as APAC
emitidas no período estudado, conforme demonstrado no quadro seguinte:
27. Durante o exercício de 2013, a SESAU‐TO atendeu 5.460 pacientes em todo o estado, conforme se verifica
no quadro abaixo:
Total 5.460
28. As cidades visitadas no interior e suas respectivas distâncias da capital foram: Porto Nacional (59 km) e
Araguaína (385 km).
29. Em 2013, a SESAU‐TO adquiriu com recursos próprios e transferidos pela União medicamentos do
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica no valor de R$ 2.248.145,00 (dois milhões, duzentos e
quarenta e oito mil, cento e quarenta e cinco reais) e recebeu do Ministério da Saúde medicamentos
pertencentes ao Grupo 1A desse mesmo Componente no valor de R$ 5.630.433,32 (cinco milhões, seiscentos e
trinta mil, quatrocentos e trinta e três reais e trinta e dois centavos).
30. Durante o exercício de 2013, todos os medicamentos enviados pelos fornecedores foram recebidos nas
dependências da SESAU‐TO destinadas à armazenagem e distribuição. Cabe destacar que os medicamentos
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31. Cabe à SESAU‐TO distribuir os medicamentos, insumos, materiais e equipamentos para as Unidades de
Dispensação, utilizando para isso veículos próprios.
32. Para executar as diversas tarefas relacionadas com CEAF, a SESAU‐TO utiliza, em todas as suas Unidades, o
Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica ‐ HORUS. As principais funcionalidades desse sistema
são as seguintes: controle de estoque, rastreabilidade dos medicamentos distribuídos e dispensados,
agendamento das dispensações, conhecimento do perfil de consumo, acompanhamento do uso dos
medicamentos e geração de dados para o desenvolvimento de indicadores de assistência farmacêutica, os quais
auxiliaram no planejamento, na avaliação e no monitoramento das ações nessa área.
33. Durante esta Auditoria, a equipe percebeu uma grande instabilidade desse sistema, que seria causada pela
dificuldade de acesso à Internet e por deficiências do próprio sistema. Esse quadro dificulta a dispensação
célere de medicamentos.
34. A fim de avaliar em que medida os recursos públicos estão sendo aplicados de acordo com a legislação
pertinente, formularam‐se as questões adiante indicadas:
8) A Secretaria Estadual de Saúde oferta os medicamentos cuja responsabilidade pelo fornecimento está a seu
encargo?
11) A Secretaria Estadual de Saúde utiliza sistema de informação que dê suporte à qualificação da gestão da
dispensação do medicamento?
12) A dispensação do medicamento é realizada de forma a assegurar seu uso racional e sua eficiência
terapêutica?
35. No presente trabalho, foram utilizadas as seguintes técnicas de auditoria: análise documental,
cotejamento de dados e observação direta (inspeção in loco). A partir de informações disponibilizadas pelo
DATASUS (TABNET), obteve‐se a produção ambulatorial por local de atendimento em 2013 no estado do
Tocantins, inclusive no que concerne à quantidade e aos valores aprovados para cada componente
contemplado.
36. A partir dos dados pesquisados, elaborou‐se a curva ABC para os fármacos que integram os grupos 1A e 1B,
tendo sido destacados os respectivos quantitativos para cada uma das regiões visitadas pela equipe: Palmas,
Araguaína, Gurupi e Porto Nacional.
37. Em 2013, o valor dos medicamentos pertencentes ao grupo 1A atingiu R$ 5.630.433,32 (cinco milhões,
seiscentos e trinta mil, quatrocentos e trinta e três reais e trinta e dois centavos). Constatou‐se que Palmas
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concentrou 52% da demanda estatal, Araguaína 23%, Gurupi 19% e Porto Nacional 6%.
38. Nesse mesmo ano, o valor dos remédios pertencentes ao grupo 1B alcançou R$ 1.841.686,65 (um milhão,
oitocentos e quarenta e um mil, seiscentos e oitenta e seis reais e sessenta e cinco centavos). Palmas
respondeu por 62% desse montante, Araguaína por 31% e o restante foi dividido entre Gurupi e Porto Nacional.
39. A partir de listagem fornecida pelo Ministério da Saúde contendo informações acerca das Autorizações de
Procedimento de Alta Complexidade (APAC) emitidas em 2013 nas Unidades de Dispensação de Medicamento
Excepcional (UDME) do Estado do Tocantins, foram selecionados Cartões Nacionais de Saúde (CNS) com maior
quantidade de APAC.
40. Em seguida, para cada conjunto de APAC referente a determinado CNS observou‐se a aderência da
execução do componente especializado (solicitação, avaliação, autorização, dispensação e renovação da
continuidade do tratamento) aos ditames da Portaria GM/MS nº 1.554/2013, sendo as observações pertinentes
tabuladas em arquivo específico.
41. A equipe de auditoria destacou que os trabalhos foram realizados em conformidade com as Normas de
Auditoria do Tribunal de Contas da União e com observância dos Padrões de Auditoria de Conformidade
estabelecidos pelo TCU. Nenhuma restrição foi imposta aos exames.
42. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 7.878.607,86 (sete milhões, oitocentos e
setenta e oito mil, seiscentos e sete reais e oitenta e seis centavos). O volume de recursos fiscalizados,
referente ao financiamento do CEAF (grupos 1A e 1B) pelo Ministério da Saúde no ano de 2013 para o estado do
Tocantins, dividiu‐se em R$ 5.630.433,32 (cinco milhões, seiscentos e trinta mil, quatrocentos e trinta e três
reais e trinta e dois centavos) para o grupo 1A e R$ 1.841.686,65 (um milhão, oitocentos e quarenta e um mil,
seiscentos e oitenta e seis reais e sessenta e cinco centavos) para o grupo 1B. Além disso, o valor dos
medicamentos integrantes do grupo 2, que foram custeados com recursos estaduais, alcançou o montante de
R$ 406.487,89 (quatrocentos e seis mil, quatrocentos e oitenta e sete reais e oitenta e nove centavos).
3 ‐ Achados de auditoria
43. O Centro de Distribuição (CD) situado em Palmas não possui certificado de conformidade emitido pelo
Corpo de Bombeiros, o que ofende o disposto no art. 1º‐A da Lei nº 1.787, de 15/05/2007, que dispõe sobre a
segurança contra incêndio e pânico em edificações e áreas de risco no estado do Tocantins. Tampouco possui
licença expedida pelo órgão sanitário competente.
44. A ausência de Certificado de Conformidade emitido pelo Corpo de Bombeiro impede que a unidade
armazenadora obtenha o "habite‐se" da Prefeitura de Palmas e a licença de funcionamento de que trata o art.
21 da Lei nº 5.999/1973.
a) embora tenham sido apresentados o projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e o habite‐se do Centro de
Distribuição, o que afasta parcialmente a irregularidade em tela, a Secretaria de Saúde não trouxe aos autos a
licença expedida pelo órgão sanitário competente;
b) assim sendo, cabe determinar à Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins (SESAU‐TO) que, no prazo de 90
dias, apresente a licença do Centro de Distribuição de Palmas, expedida pelo órgão sanitário competente, nos
termos do art. 21 da Lei nº 5.999/1973.
3.2 ‐ A unidade de dispensação possui estrutura física inadequada para o seu funcionamento.
47. A Unidade de Dispensação de Porto Nacional não possui espaço físico adequado para realizar suas
atividades, nem gerador de energia ou segurança (peça "arquivo fotográfico TO", foto 16).
48. A Unidade de Araguaína, além da falta de espaço, gerador e segurança, encontra‐se em situação precária
de conservação (peça "arquivo fotográfico TO", fotos 24 e 25). Um dos aparelhos de ar‐condicionado não
funciona (peça "arquivo fotográfico TO", foto 26), o que resulta em temperatura inadequada para o
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armazenamento e para a dispensação. Por fim, essa Unidade não oferece proteção contra a entrada de
roedores, uma vez que a porta de entrada apresenta fresta considerável e dá acesso ao ambiente externo (peça
"arquivo fotográfico TO", fotos 21 e 23).
49. A falta de espaço adequado para o funcionamento das Unidades de Dispensação acarreta ausência de
conforto para os pacientes e segurança reduzida na guarda do medicamento. Ademais, a temperatura
inadequada pode comprometer a utilidade dos medicamentos.
50. Em resposta ao ofício de requisição TCU nº 2/2014, a Secretaria de Saúde informou que providências estão
sendo adotadas para transferir a unidade de Araguaína e para dotar as unidades de geradores de energia.
a) o espaço físico insuficiente verificado nas unidades de Porto Nacional e Araguaína compromete o conforto
dos pacientes que aguardam atendimento;
b) a falta de refrigeração na Unidade de Araguaína, além de afetar o conforto dos usuários, pode comprometer
as propriedades físico‐químicas dos medicamentos e até inutiliza‐los;
c) a possível presença de roedores, haja vista a ausência de proteção contra a entrada deles, é indesejável e
pode comprometer a integridade dos medicamentos;
d) os esclarecimentos prestados, embora indiquem que a administração está tomando providências, ainda não
são suficientes para afastar as irregularidades. Desse modo, deve‐se determinar à Secretaria Estadual de Saúde
que, no prazo de 180 dias, adeque as unidades de dispensação de Porto Nacional e Araguaína, dotando‐as de
um espaço maior para acomodar os pacientes, de aparelhos de ar‐condicionado, de uma equipe de segurança e
de proteção contra a entrada de roedores, a fim de que a dispensação seja segura e adequada, nos termos dos
arts. 15 e 40, § 1º, da Resolução da Diretoria Colegiada nº 44/2009 da ANVISA;
e) cabe ainda recomendar à Secretaria de Saúde de Tocantins que instale geradores de energia nas unidades de
dispensação de Porto Nacional e Araguaína, conforme sugere o item 15.7 do Manual de Boas Práticas para
Estocagem de Medicamentos.
3.3 ‐ A unidade de dispensação possui estrutura física inadequada para arquivar a documentação
52. Em Porto Nacional, verificou‐se que os processos referentes aos pacientes inativos não se encontram
devidamente acondicionados e organizados. Ademais, a Unidade carece de um espaço maior, dotado de
mobiliário adequado para a disposição dos documentos (foto 20 da peça "relatório fotográfico TO").
53. Em situação mais crítica se encontrava o arquivo morto da unidade de dispensação de Araguaína, que
estava localizado em um banheiro próximo à sala de dispensação, sem condições higiênicas nem mobiliário
adequado (foto 32 da peça "relatório fotográfico TO").
a) a falta de espaço físico adequado, dotado de mobiliário apropriado para acondicionar os processos gera a
desorganização da documentação e, por via de consequência, dificulta ou inviabiliza a recuperação dos dados
referentes aos pacientes inativos;
c) a existência de local adequado, dotado de mobiliário específico para a guarda da documentação referente
aos pacientes, é condição indispensável para que os arquivos possam ser mantidos seguros e sejam recuperados
com rapidez. Embora providências estejam sendo adotadas para sanar a irregularidade constatada, deve‐se
determinar à Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins (SESAU‐TO) que, no prazo de 90 dias, apresente os
resultados do processo nº 3.493/2013, no sentido de garantir a segurança e a organização dos arquivos mortos
das unidades dispensadoras de Porto Nacional e Araguaína, em observância ao disposto no art. 40 da Portaria
GM/MS nº 1.554/2013;
55. O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica visa garantir, no âmbito do SUS, o acesso ao
tratamento medicamentoso de doenças raras, de baixa prevalência ou que demandam o uso crônico prolongado
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de remédios com alto custo unitário, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas ‐ PCDT, publicados pelo Ministério da Saúde ‐ MS. Para que estes medicamentos sejam
dispensados é necessário que seja aberto um processo administrativo em uma Unidade Dispensadora da
Secretaria Estadual de Saúde, cujas principais peças são as seguintes:
b) documentos que o paciente deve levar: cópias do RG, CPF, comprovante de residência e Cartão Nacional de
Saúde (SUS) e número de telefone (mesmo que seja para recado).
56. Os documentos deverão ser entregues pelo paciente na unidade de saúde, para que seja dado início ao
processo, que será submetido a uma auditoria. A partir da aprovação do processo, o paciente passa a receber o
medicamento mensalmente (durante três meses).
57. O paciente recebe a quantidade de medicamento necessária para o primeiro mês e fica com dois jogos de
receitas (2 vias) para as duas próximas retiradas, que ocorrerão na unidade de saúde onde houve a entrega
anterior dos remédios. O fornecimento é automaticamente cancelado se o paciente não receber seus fármacos
em um dos meses.
58. Após o primeiro trimestre, a continuidade do processo depende da apresentação de novo LME, que deve ser
assinado pelo médico prescritor, acompanhado dos três jogos de receitas e dos exames porventura necessários.
Esse procedimento, denominado Renovação, deve se repetir a cada três meses para não haver interrupção no
fornecimento dos medicamentos.
59. O LME compõe‐se de três partes bem distintas que devem ser executadas por diferentes profissionais, quais
sejam:
‐ Solicitação: preenchida pelo médico prescritor. Contém a identificação do paciente e do médico, a descrição
dos medicamentos solicitados e a identificação de possível responsável pelo paciente;
‐ Avaliação: preenchido por um profissional da saúde de nível superior que avalia e aprova ou não os
medicamentos previstos, de acordo com o PCDT e a Classificação Internacional da Doença ‐ CID;
‐ Autorização: preenchida por um profissional de curso superior, preferencialmente da área da saúde, indicado
pela Secretaria Estadual de Saúde ‐ SES. Esse profissional averigua a disponibilidade do medicamento nos
estoques da SES ou da Unidade Dispensadora e, caso seja possível, autoriza seu fornecimento ao paciente
solicitante. Quando ele assina essa autorização, o sistema emite automaticamente um número de Autorização
de Procedimento de Alta Complexidade ‐ APAC, que é o mesmo do LME. Esse número será informado quando a
SES prestar contas ao Ministério da Saúde.
60. A equipe de auditoria analisou esses processos no âmbito das Unidades Dispensadoras durante o exercício
de 2013. O Ministério da Saúde cedeu um arquivo com todas as APAC emitidas pelo Estado do Tocantins em
2013 e com a relação dos números do Cartão Nacional de Saúde ‐ CNS dos pacientes que receberam tais
remédios.
61. A equipe selecionou os pacientes que receberam a maior quantidade de APAC. Cabe destacar que, como se
observa na tabela a seguir, cada paciente deve possuir somente um Cartão Nacional de Saúde, mas pode
receber diversas APAC, se os medicamentos se enquadrarem em mais de uma CID ou se o seu tratamento for
continuado.
CEAF Palmas 4 47
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TOTAL 32 294
62. Na tabela a seguir, estão relacionadas as irregularidades detectadas pela equipe de auditoria nos LME
avaliados:
Constam medicamentos com duas CID diferentes numa mesma APAC 4 Solicitação
Não foram anexadas cópias do documento de identidade, comprovante de residência ou Cartão SUS 23
Autorização
a) das 294 APAC analisadas, em 101 (34,3%) foram detectadas irregularidades de cunho formal, mas que
prejudicam o bom desempenho das atividades sob comento. Ouvidos a respeito, os farmacêuticos alegaram que
os procedimentos não são mais executados nos formulários apresentados nos anexos da Portaria nº 1.554/2013,
mas que toda a operação é feita via sistema Horus. Consequentemente, por exemplo, as assinaturas do
autorizador e do avaliador em papel impresso tornam‐se desnecessárias;
b) os atestados de capacidade constam do sistema, até porque muitas vezes eles foram lançados quando de
solicitações anteriores;
c) eventuais divergências entre autorização, avaliação e quantidade dispensada muitas vezes devem‐se ao fato
de terem sido promovidas adequações no sistema que não foram impressas. O próprio sistema não deixa
dispensar medicamentos que não tenham sido solicitados, avaliados e autorizados por profissionais que
detenham o perfil apropriado;
d) grande parte das irregularidades (77%) foram observadas no preenchimento dos campos relativos à
Solicitação, que são de preenchimento obrigatório pelo médico prescritor. Ocorre que muitos médicos não
gostam de preencher formulários, talvez porque atendam a um volume muito grande de pacientes e precisem
lidar com várias documentações e prontuários. Talvez porque entendam que sua obrigação é ser competente e
dispensar tratamento humanitário em seu consultório, deixando as tarefas burocráticas para farmacêuticos e
auxiliares;
e) a versão do LME eletrônico busca facilitar o preenchimento do Laudo pelo médico assistente e pelos demais
profissionais envolvidos, não substituindo em nenhum momento o fluxo normal de solicitação e dispensação de
medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica ‐ CEAF. Após o preenchimento de
todos os campos desse formulário, ele deverá ser impresso, carimbado e assinado para compor a lista de
documentos necessários para solicitar os medicamentos. O preenchimento eletrônico não possui relação com o
envio ou a submissão online, ou seja, a apresentação dos documentos nos locais designados para solicitação ou
renovação de medicamentos do CEAF é, em princípio, necessária, conforme prescrito na Portaria GM/MS nº
1.554/2013;
f) as falhas acima analisadas, apesar de seu caráter formal, contribuem para aumentar o risco de desvio de
medicamentos.
a) o uso do formulário eletrônico de LME, via sistema Horus, em substituição àquele encontrado no Anexo da
Portaria GM/MS nº 1.554/2013 agiliza o processo de trabalho. Porém, quando o sistema fica inoperante, por
falta de acesso à Internet ou devido à instabilidade do próprio sistema, ocorrem falhas como a ausência de
assinatura dos diferentes agentes envolvidos no processo;
b) os gestores encontram dificuldades para fazer com que os médicos prescritores preencham corretamente os
campos de Solicitação do LME sob sua responsabilidade.
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a) o risco de desvio de medicamentos causado por irregularidades nessa fase do processo de dispensação é
mínimo, tendo em vista os múltiplos e diferentes agentes envolvidos. As irregularidades destacadas devem‐se
mais a aspectos formais do que a má‐fé dos envolvidos;
b) cabe recomendar à Secretaria de Estado de Saúde do Tocantins que promova ações com vistas a garantir o
cumprimento da execução do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) nos termos
dispostos pelos artigos 27 a 35 da Portaria nº 1.554/2013.
66. Concluído o processamento da autorização concedida no formulário LME, o sistema gera automaticamente
um número sequencial para a APAC, o que permite a dispensação do medicamento solicitado pelo paciente.
Quando do atendimento a esse paciente, será juntado àquela APAC o Recibo de Medicamento ‐ RME, que
deverá ser assinado pelo farmacêutico dispensador e pelo paciente ou por seu representante.
67. Após analisar 294 APAC, a equipe constatou que dois RME não foram assinados pelo farmacêutico
dispensador e 5 foram assinados por pessoa não identificada no processo. Assim sendo, pode‐se dizer que a
incidência de irregularidades averiguadas nos processos são insignificantes (2%).
‐ o uso de formulário eletrônico de RME, por meio do sistema Horus, em substituição àquele encontrado no
Anexo da Portaria GM/MS nº 1.554/2013, agiliza o processo de dispensação. Porém, quando o sistema fica
inoperante, por falta de acesso à Internet ou devido à instabilidade do próprio sistema, ocorrem falhas como a
ausência de assinatura do recebedor de medicamentos ou do próprio dispensador;
‐ o gestor enfrenta dificuldades para fazer com que os médicos prescritores preencham corretamente o campo
13 do LME (Atestado de capacidade).
a) valem para esta irregularidade as mesmas observações feitas anteriormente quanto ao dever de os médicos
prescritores preencherem corretamente todos os campos do formulário LME;
b) a versão do RME eletrônico é um instrumento para agilizar o processo de dispensação, não substituindo em
nenhum momento o fluxo normal de dispensação de medicamentos do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica. Após o preenchimento de todos os campos do formulário RME, ele deverá ser
impresso, carimbado e assinado para compor a lista de documentos necessários para a elaboração da prestação
de contas que será encaminhada ao Ministério da Saúde, por meio do processamento das respectivas APAC no
sistema Horus;
c) o preenchimento eletrônico não possui relação com o envio ou a submissão online. Logo, o processamento
das APAC no sistema só se realiza se estiverem presentes as assinaturas do dispensador e do paciente no RME,
conforme prescrito na Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
‐ um profissional da área de saúde que avalia e aprova toda a documentação apresentada pelo paciente;
e) sem a atuação de qualquer um desses agentes no processo, ele não pode ser validado e a operação de
entrega do medicamento não se concretiza. Conclui‐se que o risco de haver desvio de medicamento nessa fase
é mínimo, pois demandaria um conluio envolvendo múltiplos atores;
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g) tais falhas contribuem para o incremento do risco de desvio de medicamentos que compõem o Componente
Especializado, o qual é minimizado pela participação de múltiplos atores no processo de dispensação;
h) deve ser recomendado à Secretaria de Estado de Saúde do Tocantins que promova ações com vistas a
garantir o cumprimento da execução do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) nos
termos dispostos pelos artigos 36 a 39 da Portaria nº 1.554/2013.
3.6 ‐ Medicamentos do grupo 1A financiados, adquiridos e fornecidos pela União aos estados não estão sendo
ofertados
70. A partir do cotejamento dos dados sobre medicamentos constantes do anexo I da Portaria GM/MS nº
1.554/2013 com as informações insertas no documento enviado pela Secretaria Estadual sobre os
medicamentos regularmente disponibilizados aos pacientes (peça "palmas atendimento ofício 888" ‐ pp. 10 a
13), a equipe de auditoria elaborou uma relação de medicamentos pertencentes ao grupo 1A que não estão
sendo disponibilizados pelo Estado do Tocantins (peça "medicamentos não ofertados TO", p. 1).
71. Por meio do Ofício nº 6.756/2014 ‐ SESAU e conforme esclarecimento verbal prestado pela Farmacêutica
supervisora Jéssica Laísa, os responsáveis afirmaram que os medicamentos apontados pela equipe do TCU não
são disponibilizados porque não há demanda para eles nas Unidades Dispensadoras.
72. A equipe de auditoria destacou que a não oferta de medicamentos do grupo 1A poderia em tese acarretar a
falta de tratamento dos pacientes que deles necessitassem. Contudo, considerando que tais remédios não são
disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde porque não há demanda para eles, essa equipe concluiu que
não há prejuízo para o tratamento dos pacientes do Estado do Tocantins, de modo que o esclarecimento
prestado sana a suposta irregularidade.
3.7 ‐ Medicamentos do grupo 1B financiados pela União e adquiridos pelos estados não estão sendo ofertados
73. A partir do cotejamento dos dados sobre medicamentos constantes do anexo I da Portaria GM/MS nº
1.554/2013 (peça "anexos 1554" ‐ pp. 3 e 4) com as informações insertas no documento enviado pela Secretaria
Estadual sobre os medicamentos regularmente disponibilizados aos pacientes (peça "palmas atendimento ofício
888" ‐ pp. 10 a 13), a equipe de auditoria elaborou uma relação de medicamentos pertencentes ao grupo 1B
que não estão sendo disponibilizados pelo Estado do Tocantins (peça "medicamentos não ofertados TO", pp. 1 e
2).
74. Por meio do Ofício nº 6.756/2014‐SESAU e conforme esclarecimento verbal prestado pela Farmacêutica
supervisora Jéssica Laísa, os responsáveis afirmaram que os medicamentos apontados pela equipe do TCU não
são disponibilizados porque não há demanda para eles nas Unidades Dispensadoras.
75. A equipe de auditoria destacou que a não oferta de medicamentos do grupo 1B poderia em tese acarretar a
falta de tratamento dos pacientes que deles necessitassem. Contudo, considerando que tais remédios não são
disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde porque não há demanda para eles, essa equipe concluiu que
não há prejuízo para o tratamento dos pacientes do Estado do Tocantins, de modo que o esclarecimento
prestado sana a suposta irregularidade.
3.8 ‐ Medicamentos do grupo 2 financiados e adquiridos pelos estados não estão sendo ofertados
76. A partir do cotejamento dos dados sobre medicamentos constantes do anexo II da Portaria GM/MS nº
1.554/2013 (peça "anexos 1554" ‐ pp. 5 a 7) com as informações insertas no documento enviado pela Secretaria
Estadual sobre os medicamentos regularmente disponibilizados aos pacientes (peça "palmas atendimento ofício
888" ‐ pp. 10 a 13), a equipe de auditoria elaborou uma relação de medicamentos pertencentes ao grupo 2 que
não estão sendo disponibilizados pelo Estado do Tocantins (peça "medicamentos não ofertados TO", pp. 2 a 4).
77. Por meio do Ofício nº 6.756/2014‐SESAU e conforme esclarecimento verbal prestado pela Farmacêutica
supervisora Jéssica Laísa, os responsáveis afirmaram que os medicamentos apontados pela equipe do TCU não
são disponibilizados porque não há demanda para eles nas Unidades Dispensadoras.
78. A equipe de auditoria destacou que a não oferta de medicamentos do grupo 2 poderia em tese acarretar a
falta de tratamento dos pacientes que deles necessitassem. Contudo, considerando que tais remédios não são
disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde porque não há demanda para eles, essa equipe concluiu que
não há prejuízo para o tratamento dos pacientes do Estado do Tocantins, de modo que o esclarecimento
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79. As unidades dispensadoras de Palmas, Porto Nacional e Araguaína não possuem vigilância eletrônica ou
orgânica (armada ou desarmada), o que torna o ambiente de dispensação vulnerável a desvios de
medicamentos.
80. Em resposta ao Ofício de requisição TCU nº 2/2014, a SESAU‐TO enviou o Ofício nº 6.756 e respectivo
anexo, por meio do qual:
a) foi informado que o Pregão Eletrônico nº 3/2013 visou à contratação de empresa especializada na prestação
de serviço de segurança;
c) foi asseverado que na unidade de Palmas a segurança era realizada por um serviço de monitoramento
eletrônico com cobertura de seguro;
d) foi afirmado que uma ata de registro de preços prevê a instalação de guarda armada na Diretoria da
Assistência Farmacêutica.
b) as justificativas apresentadas foram pouco esclarecedoras, uma vez que mencionaram que a Secretaria de
Saúde estava adotando providências para prover as unidades de dispensação de vigilância adequada, sem, no
entanto, apresentar resultados concretos acerca da contratação prevista. Assim sendo, cabe determinar à
Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins que, no prazo de 90 dias, apresente solução definitiva para a falta
de segurança eletrônica e orgânica (armada e desarmada) verificada nas unidades de dispensação de Palmas,
Porto Nacional e Araguaína, em observância ao disposto no art. 6º, III, do anexo II da Portaria SVS/MS nº
802/1998.
3.10 ‐ O veículo utilizado no transporte dos medicamentos não oferece condições sanitárias adequadas
82. A partir da unidade armazenadora central de medicamentos, denominada Estoque Regulador Anexo VI da
Secretaria Estadual de Saúde, localizada em Palmas/TO, o atendimento às requisições de medicamentos
formuladas pelas Unidades Dispensadoras do CEAF é feito em veículos daquela Secretaria que não são
climatizados.
83. A distância de Palmas a Gurupi é de 244 km e de Palmas a Araguaína é de 385 km, o que demanda uma
viagem de quatro horas no primeiro caso e de seis horas no segundo caso. A temperatura média gira em torno
de 38ºC, com altas de até 45ºC, segundo informações prestadas pelo Núcleo Estadual de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Nemet/RH) da Fundação Universidade de Tocantins (Unitins).
84. Os medicamentos termolábeis são transportados em caixas de isopor com Gelox, as quais mantêm uma
temperatura média de 2º C a 8º C. Outros medicamentos que são transportados a temperatura ambiente
deveriam permanecer a temperatura entre 15 e 30º C, segundo estabelece a Comissão Permanente de Revisão
da Farmacopéia Brasileira (CPRFB). Contudo, durante a sua visita ao CEAF de Araguaína, a equipe de auditoria
foi informada que os medicamentos transportados a temperatura ambiente certamente suportam nível de calor
superior a 40ºC.
85. Cabe destacar que as temperaturas elevadas são contraindicadas para os medicamentos porque podem
acelerar a indução de reações químicas e biológicas, ocasionando a decomposição dos produtos e alterando os
prazos de validade. O farmacêutico responsável pelo recebimento desses medicamentos não pode informar com
absoluta certeza sobre o estado físico‐químico dos produtos que ali aportam, apenas fez conjeturas, visto que
não possui equipamentos suficientes para fazer uma análise mais profunda.
86. Em resposta ao Ofício de pedido de esclarecimentos encaminhado pela equipe de auditoria, a SESAU‐TO
explicou que a logística de transporte é realizada por um setor específico daquela Secretaria. Aduziu que já foi
apresentada proposta de adequação.
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b) assim sendo, cabe determinar à Secretaria de Estado de Saúde do Tocantins que, no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, transporte os medicamentos destinados às suas Unidades de Dispensação em veículos
devidamente climatizados, como preconizado na Portaria SVS/MS nº 802, de 8/10/1998.
3.11 ‐ Funcionamento insatisfatório do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) para a
gestão do CEAF (módulo especializado)
88. As Unidades de Dispensação de Palmas, Porto Nacional e Araguaína relataram dificuldades observadas no
funcionamento do sistema Hórus. Nesse sentido, por exemplo, diversas anotações do livro de ocorrências da
Unidade de Porto Nacional revelam problemas de acesso ao Hórus nos meses de fevereiro a julho de 2014,
devido a falhas de conexão com a internet ou do próprio sistema. Quando isso ocorre, a dispensação é feita de
modo manual e o respectivo registro é realizado posteriormente, após o sistema voltar a funcionar (peça "porto
nac memo ocorr CRT dedet contr temp", pp. 8 a 23).
89. Conforme relatado pelos farmacêuticos responsáveis e verificado in loco pela equipe de auditoria, a
Unidade de Araguaína também apresenta problemas devido à falta de acesso ao sistema Hórus.
90. Os efeitos negativos desse mau funcionamento são potencializados em relação aos pacientes que residem
em cidades vizinhas e despendem tempo e dinheiro no deslocamento até a Unidade. Quando o sistema não está
funcionando, ocorre a dispensação manual ou o paciente retorna para casa sem o medicamento.
91. Mensagem enviada pela Coordenação Geral do CEAF, em 9/7/2014, revelou que devido à lentidão e à
instabilidade ocorridas no Hórus durante o fim de junho de 2014, o DATASUS retroagiu a versão do sistema, o
que provocou erro no relatório de posição de estoque (peça "palmas problema horus 2", p. 1).
92. No Ofício Circular nº 12/2014/DAF/SCTIE/MS, enviado pelo Ministério da Saúde no dia 17/7/2014,
constata‐se que, além do Tocantins, outros 13 Estados sofrem os efeitos do mau funcionamento do Hórus.
Diante disso, o Ministério da Saúde instituiu uma força tarefa, que conta com a colaboração de uma consultoria
externa e está sendo coordenada pelo DATASUS, com o objetivo de diagnosticar e resolver os problemas que
estão provocando instabilidade e reduzindo a performance do sistema.
93. O ofício em tela contém recomendações para o atendimento dos pacientes do CEAF quando o sistema
estiver inoperante. Basicamente, indica que o atendimento deve ser manual. Alternativamente, sugere a
utilização do aplicativo APAC Magnético. Por fim, ressalta que o atendimento aos pacientes não deverá ser
descontinuado quando o acesso ao Hórus estiver limitado (peça "palmas problema horus", pp. 1 a 3).
a) embora o Ministério da Saúde esteja adotando providências com o objetivo de diagnosticar e resolver os
problemas que estão provocando instabilidade e redução da performance do sistema, devido à importância da
questão e aos transtornos que resultam da não dispensação ou da dispensação manual, faz‐se necessário
acompanhar essa questão;
b) nesse sentido, cabe determinar ao Ministério da Saúde que, no prazo de 30 dias, regularize o funcionamento
do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) para a gestão do CEAF (módulo
especializado), em observância ao disposto no art. 74 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013.
3.12 ‐ Falta de medicamentos dos grupos 1A, 1B e 2 na Central de Abastecimento Farmacêutica e nas unidades
de dispensação
a) há falta de medicamentos na unidade de dispensação de Araguaína (peça "araguaína falta componente", pp.
1 a 24). A requisição ao almoxarifado nº 4.061 (peça "araguaína falta componente", pp. 1 a 14) foi atendida
parcialmente, pois não foram entregues os seguintes medicamentos: Acitretina 10 mg (200 unidades),
Cabergolina 0,5 mg (160 unidades), Ciprofibrato 100 mg (120 unidades), Hidroxiuréia 500 mg (1500 unidades),
Mesalazina 400 mg (2000 unidades), Mesalazina 500 mg (120 unidades), Risperidona 2 mg (3500 unidades),
Sildenafila 20 mg (540 unidades), Topiramato 100 mg (360 unidades) e Topiramato 25 mg (120 unidades).
Analogamente, não foram entregues os seguintes medicamentos constantes da requisição nº 5.171 (peça
https://contas.tcu.gov.br/juris/SvlHighLightConteudo?key=41434f5244414f2d4c454741444f2d313232363534&texto=50524f43253341313130313132303134… 13/17
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"araguaína falta componente", pp. 15 a 24): Acitretina 25 mg (250 unidades), Budesonida 200 mcg (1200
unidades), Ciprofibrato 100 mg (30 unidades), hidroxiuréia 500 mg (3500 unidades), Metotrexato 2,5 mg (600
unidades), Pancreatina 25.000 UI (120 unidades), Penicilamina 250 mg (120 unidades), Risperidona 2 mg (3600
unidades) e Toxina Botulínica (4 unidades).
b) na unidade de Porto Nacional, houve a entrega de medicamentos em quantidade inferior à solicitada pela
farmacêutica responsável (peça "porto nac memo ocorr crt dedet contr temp", p. 22).
96. Em resposta ao Ofício de requisição TCU nº 2/2014, a Secretaria de Saúde informou que:
a) as empresas vencedoras do pregão eletrônico atrasaram a entrega de parte dos itens questionados pela
auditoria;
d) não houve prejuízo para o atendimento aos usuários, pois para cada medicamento havia substitutos previstos
no protocolo clínico.
a) a ausência de medicamentos na unidade de dispensação pode prejudicar o tratamento dos pacientes. Além
disso, resulta em considerável dispêndio de tempo e recursos, uma vez que muitos residem em locais distantes
das unidades em tela;
b) a resposta fornecida demonstra que a Secretaria de Saúde vem enfrentando dificuldades para adquirir e
receber medicamentos dos fornecedores;
c) desse modo, cabe determinar à Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins que, no prazo de 90 dias,
regularize a oferta de medicamentos do CEAF nas unidades de dispensação da capital e do interior, em
observância ao disposto nos artigos 4º, II; 8; 14 e 23 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013.
4 ‐ CONCLUSÃO
b) o Centro de Distribuição de Palmas ainda não possui a licença de funcionamento expedida pelo órgão
sanitário competente;
c) são necessárias melhorias na estrutura física das unidades de Porto Nacional e Araguaína, em especial no
que concerne ao espaço disponível e ao mobiliário para alojar o arquivo morto, além da aquisição de gerador
de energia para garantir o armazenamento adequado dos medicamentos termolábeis;
d) as falhas identificadas no preenchimento das solicitações, dos laudos, dos receituários e dos recibos devem
ser corrigidas a fim de se adequarem às disposições da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
f) no que diz respeito ao funcionamento deficiente do Hórus, o relatório consolidador deverá conter
determinação ao Ministério da Saúde no sentido de solucionar esse problema;
g) as questões que merecem correções, adaptações ou providências adicionais foram tratadas por meio de
determinações ou recomendações.
5 ‐ PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
a) determinar à Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins (SESAU‐TO), nos termos do item 165 das Normas
de Auditoria do Tribunal de Contas da União aprovadas pela Portaria TCU nº 280, de 8/12/2010, que, no prazo
de:
a.1) 90 dias, apresente os resultados do Processo nº 3.493/2013 e torne seguro e organizado o arquivo morto
das unidades dispensadoras de Porto Nacional e Araguaína, em observância ao disposto no art. 40 da Portaria
GM/MS nº 1.554/2013;
a.2) 180 dias, adeque as unidades de dispensação de Porto Nacional e Araguaína, dotando‐as de espaço maior
para a acomodação dos pacientes, ar‐condicionado, segurança e proteção contra a entrada de roedores, a fim
de que a dispensação seja segura e adequada, nos termos dos arts. 15 e 40, § 1º, da Resolução da Diretoria
Colegiada nº 44/2009 da ANVISA;
a.3) 180 (cento e oitenta) dias, transporte os medicamentos destinados às suas Unidades de Dispensação em
veículos devidamente climatizados, em consonância como o disposto na Portaria SVS/MS nº 802, de 8/10/1998;
a.4) 90 dias, regularize a oferta de medicamentos do CEAF nas unidades de dispensação da capital e do
interior, em observância ao disposto nos arts. 4º, II; 8; 14 e 23 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
a.5) 90 dias, apresente a licença do Centro de Distribuição de Palmas, expedida pelo órgão sanitário
competente, nos termos do art. 21 da Lei nº 5.999/1973;
a.6) 90 dias, apresente solução definitiva para a falta de segurança eletrônica e orgânica (armada e
desarmada) verificada nas unidades de dispensação de Palmas, Porto Nacional e Araguaína, em observância ao
disposto no art. 6º, III, do anexo II da Portaria SVS/MS nº 802/1998;
b) recomendar à Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins (SESAU‐TO), nos termos do item 165 das Normas
de Auditoria do Tribunal de Contas da União aprovadas pela Portaria TCU nº 280, de 8/12/2010, que:
b.1) instale geradores de energia nas unidades de dispensação de Porto Nacional e Araguaína, conforme sugere
o item 15.7 do Manual de Boas Práticas para a Estocagem de Medicamentos do Ministério da Saúde;
b.2) promova ações com vistas a garantir o cumprimento da execução do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF) nos termos dispostos pelos artigos 27 a 35 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
b.3) promova ações com vistas a garantir o cumprimento da execução do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF) nos termos dispostos pelos artigos 36 a 39 da Portaria nº 1.554/2013;
c) inserir no relatório consolidador determinação ao Ministério da Saúde (MS) para que, no prazo de 30 dias,
regularize o funcionamento do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) para a gestão
do CEAF (módulo especializado), em observância ao disposto no art. 74 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
100. O supervisor desta auditoria e o titular da Secex (PA) manifestaram sua concordância com essa proposta
(peças 27 e 28).
É o Relatório
Voto:
VOTO
O presente trabalho insere‐se no âmbito de Fiscalização de Orientação Centralizada (FOC), cuja realização foi
determinada por meio do meu Despacho de 28/4/2014, exarado no TC nº 010.255/2014‐1. Os trabalhos da
FOC em tela foram desenvolvidos, de forma concomitante, nas seguintes unidades federadas: Roraima, Pará,
Tocantins, Rio Grande de Norte, Paraíba, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
2. Esta auditoria tem por objetivo avaliar a aderência da atuação dos gestores estaduais aos normativos que
regulam os processos e as atividades atinentes às etapas de armazenagem, distribuição e dispensação dos
medicamentos integrantes do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) no Estado do
Tocantins. Ressalto que, em virtude da implantação do modelo de especialização das secretarias de controle
externo nos estados, esta fiscalização foi realizada pela Secex (PA).
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4. Aduzo que a distribuição desses remédios integra a estratégia estabelecida pela Política Nacional de
Medicamentos, prevista na Portaria nº 3.916 do Ministério da Saúde, de 30/10/1998, a qual busca possibilitar o
pleno acesso da população a esses insumos essenciais à saúde.
5. A equipe de auditoria apontou falhas que podem ser corrigidas por meio das determinações e
recomendações por ela propostas, não havendo necessidade de apurar responsabilidades com vistas à aplicação
de multa. Acrescento que essa equipe não identificou ocorrências que tenham gerado prejuízos para o erário
federal.
6. Após compulsar os autos, firmei convicção no sentido de que a proposta formulada pela unidade técnica
deve ser acolhida por este Colegiado, exceto no que concerne a uma determinação específica, como se verá a
seguir.
7. A Secex (PA) propôs determinar à Secretaria de Saúde do Estado de Tocantins que apresente a licença do
Centro de Distribuição de Palmas, expedida pelo órgão sanitário competente, nos termos do art. 21 da Lei nº
5.999/1973. Ocorre que o art. 9º da Lei nº 6.360/1976 expressamente eximiu os órgãos públicos do
licenciamento obrigatório de suas unidades pela Vigilância Sanitária.
8. Por outro lado, cabe frisar que, em conformidade com o disposto na Lei acima mencionada, tal isenção não
desonera as administrações públicas de cumprirem todas as normas técnicas relacionadas à estocagem e ao
transporte dos medicamentos.
9. Aduzo que a exigência do referido licenciamento foi mantida em alguns estados, por força de legislação
própria. Esse é o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul, mas não o de Tocantins.
10. Com fulcro nessas considerações, deixo de acolher a proposta de determinação em tela, devido à falta de
uma base legal para sua expedição.
11. Friso que, num segundo momento, quando da análise do processo que consolidará os nove relatórios
elaborados pelas secretarias estaduais de controle externo que atuaram no âmbito desta FOC, será possível
avaliar a execução da Política Nacional de Medicamentos. Nesse instante, tecerei considerações sobre esse
relevante tema.
Diante do acima exposto, VOTO por que seja adotada a deliberação que ora submeto à apreciação deste
Colegiado.
TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 8 de outubro de 2014.
BENJAMIN ZYMLER
Relator
Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de auditoria realizada, no âmbito de uma Fiscalização de Orientação
Centralizada, com o objetivo de avaliar a aderência da atuação dos gestores estaduais aos normativos que
regulam os processos e as atividades atinentes às etapas de armazenagem, distribuição e dispensação dos
medicamentos integrantes do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) no Estado do
Tocantins.
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, diante das razões expostas
pelo Relator, em:
9.1. determinar à Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins que apresente a este Tribunal:
9.1.1. no prazo de 90 (noventa) dias, as medidas adotadas com vistas a tornar seguro e organizado o arquivo
morto das unidades dispensadoras de Porto Nacional (TO) e Araguaína (TO), em observância ao disposto no art.
40 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013. Deverá ser dado destaque aos resultados que o Processo nº 3.493/2013,
instaurado pela SESAU‐TO com essa finalidade, já tiver alcançado;
9.1.2. no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, as medidas adotadas visando adequar as instalações físicas das
unidades de dispensação de Porto Nacional (TO) e Araguaína (TO), dotando‐as de um espaço maior para
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9.1.3. no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, as medidas adotadas visando transportar os medicamentos
destinados às suas Unidades de Dispensação em veículos devidamente climatizados, em consonância como o
disposto na Portaria SVS/MS nº 802, de 8/10/1998;
9.1.4. no prazo de 90 (noventa) dias, as medidas adotadas visando regularizar a oferta de medicamentos do
CEAF nas unidades de dispensação da capital e do interior, em observância ao disposto nos arts. 4º, II; 8; 14 e
23 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
9.1.5. no prazo de 90 (noventa) dias, as medidas adotadas com vistas a encontrar uma solução definitiva para
a falta de segurança eletrônica e orgânica (armada e desarmada) verificada nas unidades de dispensação de
Palmas (TO), Porto Nacional (TO) e Araguaína (TO), em observância ao disposto no art. 6º, III, do anexo II da
Portaria SVS/MS nº 802/1998;
9.2.1. instale geradores de energia nas unidades de dispensação de Porto Nacional (TO) e Araguaína (TO),
conforme sugere o item 15.7 do Manual de Boas Práticas para a Estocagem de Medicamentos do Ministério da
Saúde;
9.2.2. promova ações com vistas a garantir o cumprimento da execução do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF) nos termos dispostos pelos artigos 27 a 39 da Portaria GM/MS nº 1.554/2013;
9.3. determinar à Secex‐PA que monitore o cumprimento das determinações constantes do item 9.1. e
respectivos subitens deste Acórdão;
9.3. encaminhar cópia deste Acórdão, bem como do Relatório e Voto que o fundamentaram, ao Ministério da
Saúde, à Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins, ao Conselho Estadual de Saúde de Tocantins, ao
Departamento Nacional de Auditoria do SUS ‐ DENASUS, ao Tribunal de Contas do Estado do Tocantins e à
Secretaria de Controle Externo da Saúde;
Entidade:
Órgãos: Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins ‐ SESAU‐TO e Ministério da Saúde
Interessado:
Responsável: Luiz Antonio da Silva Ferreira (Secretário Estadual de Saúde de Tocantins)
Representante do MP:
não atuou
Unidade técnica:
Secretaria de Controle Externo no Estado do Pará (SECEX‐PA)
Advogado:
não há
Quórum:
13.1. Ministros presentes: Aroldo Cedraz (na Presidência), Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler
(Relator), Raimundo Carreiro, José Jorge, José Múcio Monteiro e Bruno Dantas.
Data da sessão:
08/10/2014
https://contas.tcu.gov.br/juris/SvlHighLightConteudo?key=41434f5244414f2d4c454741444f2d313232363534&texto=50524f43253341313130313132303134… 17/17