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Edição no 21 | Abril-Maio-Junho de 2010

Gestão 2010-2013
Conheça os 18 novos
Conselheiros que estarão à
frente do CRN-2 no próximo
triênio
Pág. 07

Técnico em
Nutrição e Dietética
Saiba um pouco mais
sobre essa profissão e
sua importância
Pág. 09
Editorial

Novos desafios
Iniciar uma gestão é sempre algo desafiador, Podemos afirmar que a missão é árdua, porém
instigante e de extrema responsabilidade. prazerosa. Não tenham dúvidas de que é imensa
A responsabilidade aumenta ao assumir o Conselho a vontade política de dirigir o CRN2, avançar em
em um ano em que o CRN 2 completa 30 anos de movimentos de luta, trilhar novos caminhos, consolidando
existência e de participação representativa e atuante em conquistas, eliminando ressentimentos, priorizando a
nossa sociedade. união, a integração, a articulação entre todos os atores
Tão importante como relembrar os avanços responsáveis pela formação e exercício profissional.
da profissão é reconhecer o dinamismo e o papel Nesta edição apresentamos cada um dos conselheiros
fundamental de todos os nutricionistas que estiveram na que compõem a atual gestão e algumas das propostas
condição de gestores, à frente do regional na busca pela que pretendemos implementar em parceria com vocês,
regulamentação e reconhecimento da profissão. nutricionistas e técnico em nutrição e dietética, bem como
Sabíamos que, ao assumir o CRN2, três objetivos a AGAN, SINURGS, de acordo com as necessidades
estariam postos: manter acesa a história da entidade, dos profissionais e da sociedade.
dar prosseguimento a projetos e ações de êxitos e Para finalizar, parabenizamos todos os Técnicos
materializar as propostas apontadas na plataforma de em Nutrição e Dietética do nosso Estado e as Escolas
gestão. Técnicas, pelo importante papel que desempenham na
As nossas ações estão pautadas no respeito à formação desses profissionais.
diversidade da Ciência da Nutrição, na união, articulação
e fortalecimento da identidade do Nutricionista e Cleusa Maria de Almeida Mendes
das entidades de Nutrição, e a descentralização, CRN-2 0187
transparência e eficiência da Gestão. Presidente CRN-2

Expediente
GESTÃO 2010-2013
Conselho Regional de Nutricionistas - 2ª Região Sandra dos Reis Pinho
Av. Taquara, 586/503, Porto Alegre, RS Conselheiros Suplentes
CEP 90460-210 - Fone/Fax: (51) 3330-9324 Cristina Fabian Gregoletto
E-mail: crn2@crn2.org.br / www.crn2.org.br Eliziane Ruiz
Janaina Sbroglio
Diretoria
Kátia Ronise Rospide
Presidente: Cleusa Maria de Almeida Mendes
Luciano Lepper
Vice-Presidente: Sandra dos Reis Pinho
Nícia Maria Romano Bastos
Diretora-Tesoureira: Carmem Kieling Franco
Rosângela Lengler
Diretora-Secretária: Luisa Rihl Castro
Rosângela Parmigiani da Silva
Conselheiros Efetivos
Samanta Winck Madruga
Carla Elizabeth Vencato
Conselho Editorial: Carla Elizabeth Vencato, Cleusa
Carlos Antônio da Silva
Maria de Almeida Mendes, Gabriel Carvalho, Luísa Rihl
Carmem Franco
Castro e Rosângela Lengler
Caroline Ayres
Jornalista Responsável: Flávia Lima Moreira
Cleusa Maria de Almeida Mendes
Fotos: Stock Photo, Flávia Lima Moreira e arquivo CRN-2
Gabriel de Carvalho
Impressão: Gráfica RJR
Lúcia Helena de Lima Carraro
Tiragem: 6.500 exemplares
Luísa Rihl Castro
CRN-2 em Ação
Gestão 2010-2013 assume o
plenário do CRN-2

Gestão 2010-2013 assumiu em 1o de junho o Plenário do CRN-2 e trabalhará no próximo triênio à frente da autarquia

O novo plenário do CRN-2 tomou para a consolidação de conquistas e Sustentável)


posse no dia 1º de junho, em cerimônia o fortalecimento político da categoria. Carmem Kieling Franco - Docência e
realizada na Sede do Regional. A ceri- Devemos criar estratégias e lutar sem- Clínica
mônia contou com a participação da pre por ações que visem à defesa das Caroline Ayres - Nutrição Esportiva,
Clínica e Pesquisa
presidente do Conselho Federal de Nu- prerrogativas da profissão e a melhoria
Cleusa Maria Mendes - Gestão e Saú-
tricionistas, Rosane Nascimento; da pre- da saúde da população. A plataforma de Coletiva
sidente do Sindicato dos Nutricionistas de trabalho traçada por nós apresenta Gabriel de Carvalho - Docência e Clí-
do Rio Grande do Sul (SINURGS) e da como princípios: a união e a articulação nica (Nutrição Funcional)
Federação Nacional dos Nutricionistas política como estratégias de fortaleci- Lúcia Helena de Lima Carraro - Ali-
(FNN), Maria Terezinha Oscar Govinat- mento da identidade do Nutricionista e mentação Coletiva
zki; da presidente da Associação Gaú- das entidades de Nutrição e a descen- Luísa Rihl Castro - Docência e Ali-
cha de Nutrição, Jacira dos Santos; de tralização, a transparência e eficiência mentação Coletiva
Sandra dos Reis Pinho - Alimentação
representantes de diversos conselhos da Gestão. Além desses princípios, acre-
Escolar
profissionais, do CONSEA, do Conselho ditamos serem fundamentais o respeito
Cristina Fabian - Saúde Coletiva (Se-
Municipal de Saúde, entre outros. à diversidade da ciência da Nutrição e a gurança Alimentar e Nutricional Sus-
Na posse do novo plenário, foi rea- transparência e eficiência na gestão”. tentável)
firmado o compromisso do CRN-2 com O plenário é composto por 18 profis- Eliziane N. Francescato Ruiz - Ali-
seus profissionais e com a sociedade. sionais experientes cuja diversidade é mentação Escolar e Saúde Coletiva
Segundo a presidente do Conselho, observada em aspectos como tempo de Janaína Sbroglio - Saúde Coletiva
Cleusa Maria de Almeida Mendes,“O exercício e área de atuação profissional, Kátia Rospide - Saúde Coletiva
momento aponta para a necessidade experiência prévia de gestão do CRN Luciano Kepper - Docência e Política
de Alimentação e Nutrição
de parcerias entre as entidades que e CFN e participação na construção da
Nícia Maria Bastos - Docência, Hospi-
nos representam e com os diversos Nutrição, em cenário estadual e nacio-
talar e Clínica
segmentos responsáveis pelo enfrenta- nal. Confira a seguir cada um dos novos Rosângela Lengler - Educação Ali-
mento das demandas sociais da saúde. conselheiros e sua área de atuação: mentar
As ações conjuntas entre as entidades, Carla Elizabeth Heuser Vencato - Clí- Rosângela da Silva - Saúde Coletiva
respeitando as finalidades e especifici- nica Hospitalar; e Hospitalar
dades de cada, na busca de uma dire- Carlos Antônio da Silva - Saúde Cole- Samanta Winck Madruga - Saúde Co-
tiva (Segurança Alimentar e Nutricional
ção única, são os melhores caminhos letiva e Epidemiologia

03
CRN-2 em Ação

Propostas para próximo triênio


incluem descentralização,
integração e articulação
Pautada pela transparência, a nova sadores, trabalhando na perspectiva na gestão administrativa, orçamen-
Gestão do CRN-2 apresenta, a seguir, as de construir referências técnicas para a tária, fiscalizatória e de comunicação
metas e compromissos assumidos com atuação profissional qualificada; visando:
cada um dos profissionais do CRN-2. • Proposições a Projetos de Lei que • A reestruturação, redimensiona-
Unir, integrar e elaborar propos- reforcem a inserção e a atuação do Nu- mento e adequação de área física,
tas conjuntas com as entidades pro- tricionista e do Técnico em Nutrição em disponibilizando um espaço adequado
fissionais, estudantis e Instituições Dietética; e com infra-estrutura para atender às
ligadas à Nutrição visando: • A formação de movimentos contra necessidades do Conselho e acolher
• A criação de Fórum Permanente projetos que ameacem o exercício profis- as demandas do profissional;
das Entidades de Nutrição; sional e a regulamentação da profissão; • Mais agilidade e qualificação das
• O fortalecimento da profissão e a • Ampliar a interloução com as ope- informações, emissão de relatórios e
valorização do Nutricionista frente à so- radoras dos Planos de Saúde, revendo documentos;
ciedade; as restrições impostas e propondo no- • A otimização da gestão dos recur-
• A ampliação e normatização da vas cláusulas de contrato, tais como: o sos financeiros;
participação do Técnico em Nutrição e valor da consulta, número de sessões, • A potencialização das atividades
Dietética no Conselho; atendimento do Nutricionista vinculado de fiscalização: priorizar a orientação e
• A criação de cargos e abertura de ao encaminhamento do Médico e o rol respaldo à atuação do profissional e de
vagas nas esferas estaduais e munici- de procedimentos. Pessoas Jurídicas registrados, além de
pais, através de concursos públicos; Descentralizar as ações do Con- coibir rigorosamente o exercício ilegal;
• A inserção do Nutricionista na Es- selho visando: • A revisão, atualização e elabora-
tratégia de Saúde da Família e Políticas • A criação de Representações ou ção de resoluções, portarias, atos téc-
Públicas nas áreas da educação, saúde Delegacias nas regiões do Estado: Me- nicos e administrativos, que regem o
e segurança alimentar e nutricional sus- tropolitana, Sul, Serra e Vales; exercício profissional;
tentável; • A constituição de Fórum Regional • Maior investimento na inscrição e
• Maior empregabilidade e reconhe- formado por entidades, Instituições de fiscalização de Pessoas Jurídicas e me
cimento profissional. Ensino, Grupo de Estudos e Pesquisas, projetos de divulgação da atuação do
Articular o Conselho com o Nu- representantes acadêmicos da Nutrição. Nutricionista junto às empresas;
tricionista e o Técnico em Nutrição Respeitar a diversidade, conhe- • O projeto piloto de certificação de
e Dietética, Instituições de Ensino cer, discutir e experimentar novas padrões de qualidade de restaurantes
Superior (IES) e Escolas Técnicas áreas de atuação em franco desen- comerciais por serviços oferecidos e
de Nutrição, Conselhos Profissio- volvimento, visando: supervisionados por Nutricionistas;
nais, órgãos do governo, instâncias • A promoção de Fóruns de partici- • A realização de estudos georeferen-
de controle social e organizações da pação do Nutricionista em áreas pouco ciados sobre a atuação do Nutricionista;
sociedade civil visando: exploradas e novos pontos de conexão • O fortalecimento da atuação da
• Relação de proximidade e de entre teorias e práticas da Nutrição; Coordenadoria Técnica, intensificando
maior compromisso do Nutricionista • A garantia de espaços no Con- e qualificando a representação do Con-
e do Técnico em Nutrição e Dietética selho para a troca de experiências de selho junto ao Parlamento, Fóruns e
com a construção conjunta de Políticas profissionais em campos ainda desco- instâncias de controle social;
Públicas, programas estratégicos de ali- nhecidos para a Nutrição; • A implementação de novas ferra-
mentação e nutrição e ações de institu- • O estímulo à formação de Grupos mentas de interatividade, modernização
cionalização da profissão; de Trabalho e Câmaras Técnicas para e democratização dos canais de comu-
• Diálogo permanente com os estu- estudos e emissão de pareceres; nicação existentes, investimento na pu-
dantes, residentes, docentes e pesqui- Adotar transparência e eficiência blicidade, campanhas de divulgação.

04
CRN-2 em Ação
Inauguradas as novas instalações da sede
do CRN-2
No dia 31 de maio foram
inauguradas as novas instalações
da sede do CRN-2, em Porto Alegre.
A reforma, iniciada em janeiro de
2010, após realização de processos
licitatórios, tem como objetivo principal
a funcionalidade de atendimento e o
bem-estar dos funcionários do CRN-
2, dos profissionais cadastrados no
Regional e de todos aqueles que
passam pelo CRN-2. Estiveram
presentes à inauguração autoridades e
representantes de diversas entidades.
Além disso, os ex-presidentes do A inauguração das reformas da sede do CRN-2 teve a participação de diversas representatividades

CRN-2 foram homenageadas com a


reinauguração da Galeria de Fotos no Rio Grande do Sul, Maria de Hirschland, símbolo de força e
dos Presidentes do CRN-2. Outra Lourdes Hirschland. A nova sala do pioneirismo, como um gesto de
importante homenagem foi feita plenário do CRN-2 recebe o nome reconhecimento e de agradecimento
a uma das pioneiras da Nutrição da nutricionista, Maria de Lourdes da categoria e Conselho.

CRN-2 assina
CRN-2 investirá
convênio com
em ações de
Ministério Público
comunicação no
Federal
interior do Estado No dia 25 de
ARQUIVO CRN2

maio, a então pre-


Uma das primeiras ações do atual Plenário do
sidente do CRN-
CRN-2 é o investimento em ações de comunicação
2, Ivete Regina
voltadas às cidades do interior do Estado do
Ciconet Dornel-
Rio Grande do Sul. Algumas ideias estão sendo
les, assinou um
discutidas e no início do segundo semestre
Termo de Mútua
devem ser implantadas. As novidades incluem
Cooperação Téc-
diversos tipos de mídia, com ênfase em rádios e Convênio foi assinado em maio
nica, Científica e
jornais. Segundo a nova Diretoria do CRN-2, as
Operacional entre o CRN-2 e o Ministério Público Federal. A
ideias surgem da necessidade de valorização
cooperação envolverá questões relacionadas aos programas
dos profissionais e da sua afirmação na região
federais que abrangem a atuação do nutricionista, como o
em que atuam. Dessa forma, o CRN-2 cumpre
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Pro-
uma de suas missões: valorizar o profissional.
grama de Alimentação do Trabalhador (PAT). Na assinatura
E o faz não só em datas específicas, mas com
do Termo, estiveram presentes o Procurador-chefe do MP, Dr.
um amplo plano de ações a serem desenvolvidas
Antônio Carlos Welter, a então Presidente do CRN-2, Ivete
anualmente. Aguardem novidades!
Regina Ciconet Dornelles, e a Coordenadora de Fiscalização
do CRN-2, Vanícia Molin.

05
CRN-2 em Ação

CONBRAN 2010 debate importantes


temas em Joinville
De 26 a 29 de maio, em Joinville (SC), carga horária mínima. no atendimento em saúde como argu-
aconteceu o XXI Congresso Brasileiro de Nelcy fez, ainda, um resgate que mentos que sustentam a manutenção
Nutrição (CONBRAN), promovido pela mostrou aos presentes a ação do Con- das 4.000 horas. Ela falou, também, da
ASBRAN. O CRN-2 participou ativamen- selho Nacional de Educação (CNE) na inserção dos nutricionistas nos Núcle-
te das atividades científicas e políticas homologação das 3.200 horas como os de Apoio à Saúde da Família (hoje
do Congresso e do estande do Sistema carga horária mínima para a formação com índice de 70%), falou dos novos
CFN/CRN, disponibilizando materiais ins- de nutricionistas. Segundo a profes- paradigmas para a formação, apontou
titucionais e de divulgação da entidade e sora, a decisão vai de encontro ao re- as ameaças da manutenção das 3.200
da profissão. Escolhemos dois dos princi- conhecimento e à importância destes horas mínimas e sugeriu, ao final, a re-
pais assuntos apresentados no evento e profissionais, que aumentam, a cada visão do parecer da CNE. “Precisamos
os apresentamos a seguir. dia, sua representatividade em diver- voltar às 4.000 horas, sem dúvida algu-
sas frentes (PNAE, PAT, ANS, PSF, ma”, defendeu.
3.200 horas mínimas LOSAN...). Lídice Maria Silva de Araújo, do
Outro dado importante trazido pela Ministério da Saúde, reiterou o que as
No dia 27 de maio, na mesa redon- conferencista, diz respeito à diver- nutricionistas apresentaram e acres-
da Formação do Nutricionista: 3.200 gência entre o Conselho Nacional de centou que é preciso repensar o papel
horas é o suficiente?, três conferen- Saúde (CNS) e o CNE. Enquanto o do Sistema Único de Saúde (SUS) na
cistas defenderam as 4.000 horas mí- CNS defende as 4.000 horas, o CNE formação dos profissionais de saúde,
nimas para os curso de graduação de não respeitou os argumentos técnicos e é preciso, também, identificar os de-
Nutrição. A professora Nelcy Ferreira apresentados e impôs sua decisão. safios para a formação de recursos hu-
abriu a mesa e falou sobre o aumento Nesse sentido, a professora Semíra- manos em saúde.
significativo do número de nutricionis- mis Domene lembrou que há diferença Para Lídice, há uma cisão entre a
tas no Brasil. “Esse número, porém, entre qualidade de ensino e carga ho- produção de conhecimento e o que a
ainda não atende às necessidades que rária mínima. Mas ela também defende sociedade realmente necessita. Ela
temos”, salientou. Para ela, os critérios as 4.000 horas, pois o nutricionista é apresentou outros aspectos a serem
para abertura de novos cursos de Nu- protagonista na promoção da saúde. repensados: especialização X profis-
trição precisam ser melhores definidos. Semíramis destacou as diretrizes do sionais generalistas, ênfase no tra-
E a definição desses critérios passa, ensino, o avanço no conhecimento, a tamento de doenças, financiamento
necessariamente, pela definição da competência e habilidade, e a dinâmica público para a formação de profissio-
nais que atuam no mercado privado.
“É preciso aprofundar o diálogo com o
Ministério da Educação e, além disso,
incentivar e valorizar a formação de
técnicos”, declarou.
Todos são unânimes: 4.000 horas
é a carga horária mínima para uma
boa formação. E a luta não pode parar.

O nutricionista e a
alimentação como direito

Com a nova redação do artigo sex-


to da nossa Constituição - “São direitos
sociais a educação, a saúde, a alimen-
tação, o trabalho, a moradia, o lazer,
a segurança, a previdência social, a

06
CRN-2 em Ação
proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados, na
forma da constituição” - o nutricionista
passa a ter um papel fundamental na
garantia desse direito. Esse foi o tema
principal do debate que encerrou a tar-
de da sexta-feira (28), no Congresso
Brasileiro de Nutrição (CONBRAN).
O presidente da república promul-
gou no início deste ano, uma Emenda
à Constituição que inclui o direito à
alimentação como um direito consti-
tucional. “A partir de agora, o Estado
é responsável pela alimentação do
povo. Esta medida traz mais confiança
na luta contra a fome, já que políticas A presidente do CFN, Rosane Nascimento, presidiu a mesa que debateu o DHAA
públicas voltadas para esta causa se
tornam mais freqüentes a partir deste Direito Humano à Alimentação Ade- * Participar de mobilizações e articu-
ponto”, destaca a presidente do Con- quada - DHAA) é nossa, dos nutricio- lações políticas;
selho Federal de Nutricionistas, Rosa- nistas”, enfatizou ela. * Divulgar dados de estudos e pes-
ne Nascimento. A nutricionista Regina Maria de quisas vinculados ao DHAA;
Segundo as conferencistas, ainda Vasconcellos Carvalhaes de Oliveira * Contribuir com o planejamento de
há um longo caminho pela frente e a (representando o CFN/CONSEA RJ) estudos e pesquisas na área;
promulgação da lei é o primeiro passo. lembrou a importância dos princípios da * Consolidar, analisar e avaliar os da-
Para a promotora Alexandra Buerlen universalidade, equidade, não discrimi- dos do Sistema de Vigilância Alimen-
(representante do CONSEA), é preciso nação, dignidade e autonomia. “Nossa tar e Nutricional;
evoluir e trabalhar muito para que esse responsabilidade é não deixar que es- * Orientar pacientes e familiares que
direito se efetive no dia a dia. “A popu- ses conceitos sejam abstratos”, falou. não têm acesso aos alimentos;
lação precisa da garantia de que terá Nutricionista em ação - Cabe ao * Participar do controle de qualidade
alimento em quantidade e qualidade nutricionista um papel importante para e gêneros e alimentos;
amanhã, depois de amanhã, na próxi- fazer valer esse direito. Confira a se- * Orientar nutrizes sobre seus direi-
ma semana, mês...”, defendeu ela. guir algumas ações que este profissio- tos trabalhistas, para a garantia do
A conferencista Lucieny Burlandy nal pode e deve desenvolver: aleitamento materno;
Campos de Alcantara (representante * Fortalecer a parceria do governo * Promover a educação e a orienta-
do CONSEA) lembrou o histórico da com a sociedade; ção nutricional para a coletividade e
Segurança Alimentar e do combate à * Criar e fortalecer mecanismos le- para o indivíduo em instituições pú-
fome e explicou como são desenvol- gais, administrativos e sociais contra blicas e privadas;
vidas as políticas públicas que podem a violação do DHAA; * Atuar na manutenção da saúde e
ajudar a garantir a implementação * Revisar planos de ação, programas da prevenção de doenças;
deste novo direito. “Essa bandeira (do e projetos; * Integrar equipes multiprofissionais.

Dica do CRN -2
Algumas dúvidas são muito comuns aos nossos profis- anuidade. Para que isso aconteça, a solicitação deverá ser
sionais. Nesta edição, esclarecemos questões operacionais enviada até o dia 31 de março de cada ano.
e legais quanto à Baixa Temporária. Quando o profissional Atenção! A Baixa Temporária não pode ser solicitada por e-
não estiver exercendo atividades profissionais na área da Nu- mail. Para solicitá-la, é preciso enviar ao CRN-2 os seguintes
trição, poderá solicitar sua Baixa Temporária de Inscrição. A documentos:
baixa terá validade de cinco anos, podendo ser prorrogada - Formulário de Baixa de Inscrição, preenchido e assinado;
por mais cinco anos, mediante requerimento do interessado. - Carteira de Nutricionista ou Técnico em Nutrição e Dietéti-
Durante este período o profissional ficará isento de pagar ca (CI) juntamente com a CIP (carteira de capa dura).

07
CRN-2 em Ação

Atualização de cadastro
O CRN-2 segue atualizando seu Adriane Siemioko Jesinki Maria de F. Alves Vieira
mailing. Por isso, os profissionais que Alexandrina Vedoy Maria Eliete Rodrigues Miranda
trocaram seu e-mail, telefone ou en- Carla Cristina Zaltron Martha de Araújo B. Fontoura
dereço devem informar o Conselho Cleide Viviane Taborda Michelle Guimaraes dos Santos
através do e-mail impresa@crn2. Cristina Valentini Nascimento Michelle Roos Viegas
org.br, indicando a alteração, o seu Cristine Boelter Mirian Wegener
nome completo e o seu número de Daiana Villanova dos Santos Natalia Freitas da Silva
registro. Deizy Gandolfi Duarte Nevia Aparecida Giumelli Goncalves
Lembramos, ainda, que se você Denise Tentardini Bainy Nidia Suzana de Almeida Pontes
não registrou seu e-mail em nosso Doris R. Ladeira Monterosso Raquel da Luz Dias
cadastro, atualize esse dado, pois Elaine Marcia Ribeiro Raitez Rita de Cassia Seibel Lemos
semanalmente enviamos notícias do Gislane Hart Rosane de Jesus da Rosa
Conselho e de áreas afins pela nos- Glaucia Mara Lobo Garcia Sabrina Fleischmann da Silva
sa newsletter. Abaixo, apresentamos Ilaine Schuch Sergio Leonardo de Abreu Merino
uma lista de profissionais que estão Ivana Lago de Azeredo Silmara de Albuquerque Cunha
com seu endereço cadastrado errado Joelma Silveira Martins Tania Regina Gorgen
em nosso sistema. Solicitamos a es- Leilane Costa Geisswein Tatiana Golin
tas profissionais que informem seus Margarete Mielke Tatiane Gomes da Costa
endereços atualizados através do e- Margareth Zambom Gomes Tatiane Marques Machado
mail imprensa@crn2.org.br ou pelo Maria Cirila Palomino Molina Theresa Christina Uberti Pinheiro
Fale Conosco, no nosso site. Maria Cristina Dametto Kras Borges Zuleica Maria Menegaz

Título de
Vem aí o III Prêmio Maria de Lourdes especialista
Mais cinco nutricionistas registra-
das no CRN-2 receberam o Título de
O CRN-2, em busca da promoção da produção científica da área,
Especialista concedido pela Associa-
promove em 2010 o III Prêmio Maria de Lourdes Hirschland. A
iniciativa visa premiar o profissional que se dedica à pesquisa em ção Brasileira de Nutrição.
três categorias: O CRN-2 parabeniza os novos es-
Nutrição Clínica: estudos de intervenção (estudos de relação pecialistas e convida-os a comparecer
causa-efeito, todos aqueles estudos voltados para dietas específi- ao Conselho para fazer o registro no
cas, sejam patologias, tipos de alimentos, atleta). prontuário e carteira profissional. Mais
Saúde Coletiva: estudos de prevalência, incidência, políticas pú- informações sobre o Título podem
blicas. ser obtidas no site www.asbran.org.
Alimentos e outros: estudos de desenvolvimento de produtos, br. Abaixo os nutricionistas que rece-
análise sensorial, higiene e segurança de alimentos e outros rela- beram o titulo de Especialista:
cionados. - Ana Maria Keller Jochims (CRN-2
O vencedor em cada área rece- 2002)
berá um troféu e um prêmio no valor - Ivete de Deos Fontoura (CRN-2
de R$ 1.500,00. 0854)
As informações completas so- - Margareth Druzian de Castro
bre o Prêmio, regulamento, prazos, (CRN-2 0031)
critérios de avaliação, entre outras, - Miriam Isabel Souza dos Santos
estão no site do Conselho: www. Simon (CRN-2 2535)
crn2.org.br. - Tatiana Maraschin (CRN-2 2309)

08
Especial

DIVULGAÇÃO
Uma profissão com ação
no presente e olhar no futuro
“Prometo exercer com lealdade e No ano de 1953 aconteceu novo é bastante importante, pois regulamen-
dedicação as funções de Técnico em desmembramento: cursos de Auxi- ta, através da legislação, a atuação
Nutrição e Dietética, respeitando em liares em Alimentação passaram a profissional e estabelece parâmetros
qualquer circunstância a ética profis- ser curso de Formação de Profissio- que darão suporte a todas as reivindi-
sional, em benefício da saúde do ho- nais de Economia Doméstica e Ar- cações julgadas necessárias.
mem, sem discriminação de qualquer tes Manuais e curso de Dietistas. Já É preciso união de esforços. Mais
natureza.” Este é o juramento dos em 27 de junho de 1961 (Decreto no ainda, é preciso traçar objetivos para
Técnicos em Nutrição e Dietética. 38.643/1961), teve início a criação do que os trabalhos e ações sejam pau-
A profissão tem seu marco inicial cursos Técnicos Industriais e de Eco- tadas. Essa é uma profissão do pre-
em 1933, quando da publicação do nomia Doméstica e Artes Aplicadas. sente, que está se consolidando. Mas
Decreto no 10.003 que estabeleceu Em 1999 foi definida a Habilitação é preciso voltar o olhar de todos para
o desmembramento do Curso de do Técnico em Nutrição e Dietética o futuro pela importância do trabalho
Educação Doméstica nas seguintes como subárea da Saúde e estes pro- que desempenha cada Técnico em
áreas: fissionais foram aceitos nos Conse- Nutrição e Dietética.
- Curso de dietética para donas de lhos Regionais de Nutricionistas (Re-
casa; solução CFN no 227/1999). Dados
- Auxiliares técnicas nos serviço de Além dos cursos Técnicos, estão Hoje, no Rio Grande do Sul, existem
alimentação; surgindo novos cursos de Tecnólogos 439 Técnicos em Nutrição registrados
- Direção de lactários e cozinhas de e é preciso que a categoria esteja bem no CRN-2. Destes, 242 estão em Porto
distribuição de alimentos a adultos informada sobre cada uma dessas no- Alegre e 197 atuam no interior do Es-
sadios; vas áreas de formação para que sejam tado. Existem nove Escolas Técnicas.
- Professores de Escolas Profissio- estabelecidos critérios e regras de atu- Nestas escolas estão estudando 1349
nais do Estado. ação. Nesse sentido, a atuação política alunos.

09
Especial
Audiência pública promove luta pela
contratação de Técnicos em Nutrição
e Dietética nas escolas
cantinas escolares ficou com Angelisa encontrar uma solução”, diz ela.

STOCK.XCHNG
Silveira, Carla Nunes, Carla Silvana e Lúcia Helena Franzen Friebig, uma
Priscila Soares. O primeiro grupo fez das fundadoras da Escola Técnica em
uma extensa pesquisa bibliográfica Saúde do Hospital de Clínicas de Porto
sobre a influência negativa da publici- Alegre, acompanhou a pesquisa quando
dade na alimentação dos pequenos. O já estava na fase do contato com a Câ-
segundo fez uma pesquisa de campo, mara de Vereadores e ressalta a impor-
visitando escolas e suas cantinas – tância da Audiência. “Nossas crianças
eles tinham como base a Lei Municipal estão consumindo alimentos inapropria-
10.167/2007, que regulamenta regras dos e isso gera essa epidemia de obe-
para cantinas e bares de escolas pú- sidade infantil, de hipertensão arterial e
blicas e particulares comercializarem Diabetes do tipo 2 em crianças. Com a
produtos oferecendo uma alimenta- pesquisa, reforçamos a necessidade das
ção mais nutritiva e saudável para os escolas terem um Técnico em Nutrição
alunos, que já está em vigor. Segundo nas suas cantinas, abrindo espaços de
a lei, as escolas públicas e privadas mercado”. Lúcia relembra que, de acor-
No dia 25 de maio, o trabalho de um deveriam oferecer maior disponibiliza- do com a Resolução CFN nº 312/2003,
ano desenvolvido por alunos da Escola ção e exposição de produtos naturais uma das atribuições do Técnico em Nu-
Técnica em Saúde do Hospital de Clíni- e de lanches saudáveis como frutas, trição é justamente a supervisão de can-
cas de Porto Alegre recebeu o reconhe- sanduíches e sucos, além de proibir a tinas escolares e, por isso, a Audiência
cimento e a atenção merecida em uma veiculação e exposição de materiais de foi importante para demonstrar a impor-
Audiência Pública promovida na Câma- propaganda dos produtos industrializa- tância da abertura de um Concurso para
ra de Vereadores de Porto Alegre. Na dos, que têm excessos de açúcares e a contratação destes profissionais – em
ocasião, os vereadores que compõem conservantes e não contêm nutrientes. Porto Alegre, este concurso não aconte-
a Comissão de Educação, Cultura, Es- A pesquisa dos alunos envolveu ce há mais de 20 anos.
porte e Juventude (Cece) da Câmara de uma entrevista com a autora da lei, Na Audiência, além dos membros
Vereadores - Juliana Brizola, Haroldo de Sofia Cavedon. Os resultados do levan- da Comissão de Educação, Cultura,
Souza, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha tamento foram alarmantes: 71% das Esporte e Juventude, estavam repre-
Negra e Fernanda Melchionna - assis- escolas comercializam salgados e gu- sentados o CRN-2, o Sindicato dos
tiram à apresentação de uma pesquisa loseimas; 83,4 % possuem publicidade Nutricionistas, a Secretaria Municipal
que envolvia dois temas: as cantinas das de alimentos ditos “perigosos”; 83,4 % de Educação (SMED), a Fundação
escolas e a influência da publicidade na não declaram as informações nutricio- Instituto de Cardiologia, a Escola Téc-
alimentação das crianças. nais dos alimentos; e 83,4% não estão nica em Saúde do Hospital de Clínicas
Tudo começou março em 2009, nas dentro dos padrões higiênico-sanitários. e alguns de seus alunos. E o resulta-
aulas da professora Maria Luisa Correa Somente uma escola, dentre as que do do encontro é promissor: foi criado
Colombo, na Escola Técnica em Saúde permitiram a visita, atendia a todas as um Grupo de Trabalho que discutirá o
do Hospital de Clínicas, que propôs a exigências da Lei: a Escola Marista tema e apontará alternativas e possí-
pesquisa para turmas de duas discipli- Ipanema. Segundo Maria Luisa Correa veis soluções. Ou seja, mais uma vez
nas. A meta era analisar as cantinas Colombo, o problema maior é a falta de fica comprovado que cidadania, política
escolares e o modo como a publicidade fiscalização. “A Lei existe, mas ainda é e identidade profissional andam sempre
influencia o consumo das crianças. Os frágil, e daí surgiu essa necessidade juntas e são aliadas na constante busca
alunos que participaram do trabalho da de uma Audiência Pública com a Co- por melhorias e, na área da Nutrição, na
publicidade foram Arthur Milech, Bruna missão de Educação, para expor esta manutenção da segurança alimentar e
Pedroso e Diovana Ourique; e o das questão para eles e tentarmos, juntos, nutricional.

10
Especial

O mercado de trabalho em pauta


No dia 26 de maio, véspera do dia do gação entre as áreas e os profissionais,

DIVULGAÇÃO
Técnico em Nutrição e Dietética, acon- fundamental para o êxito das ações.
teceu o III Encontro Debate “O Mercado As palestras – O evento abordou
dos Técnicos em Nutrição”. O evento, os temas mais atuais da área. A análise
promovido pela Escola Profissional da e o planejamento, por exemplo, foram
Fundação Universitária de Cardiologia abordados pela Nutricionista Luciana
(EPFUC ) e pela Escola Técnica Esta- Meneghetti Gerke, que falou sobre a
dual Senador Ernesto Dornelles (ETE- importância do manual de boas práticas
SED), reuniu profissionais e estudantes de fabricação nos estabelecimentos
para debater as boas práticas na área. comerciais e industriais. Ela destacou, dos fatores externos na estabilidade de
Para os promotores do evento, o também, a importância do papel do custos dos materiais e dos alimentos,
mercado de trabalho do Técnico em Técnico na implementação, treinamen- os critérios e as normas gerais para o
Nutrição e Dietética anda a passos to e fiscalização do mesmo. O Técnico armazenamento, o seu fluxo desde o
largos e é impulsionado pela preocu- pode assumir o papel de Responsável recebimento, a programação, os prin-
pação crescente com a saúde, a qua- Técnico em estabelecimentos comer- cipais cálculos utilizados na logística
lidade de vida e, principalmente, com ciais como restaurantes e bares. do produto até o produto final quando
as questões relacionadas à segurança Outro tema discutido foi o espaço é recebido nas lojas dos grandes esta-
alimentar e nutricional. Por esses moti- aberto para o mercado de trabalho. A belecimentos.
vos, o campo para quem pretende se Nutricionista Alda Tâmara falou sobre Em outro momento, a Nutricionista
dedicar à atividade é amplo e está em o amplo campo de atuação em que o Lídia Maria Garib falou sobre gestão
pleno crescimento. Restaurantes, hos- Técnico pode se inserir, com ênfase e segurança nas boas práticas nas
pitais, empresas de eventos, hotéis e especial no segmento das confeita- Unidades de Alimentação e Nutrição
cozinhas industriais são alguns dos rias. Além disso, foi a Nutricionista que (UAN), citou a importância do cumpri-
espaços que requerem a presença de lembrou o quanto uma técnica bem mento e do estímulo ao cumprimento
profissionais capacitados. Mas existem, preparada pode contribuir para o bom das normas de boas práticas, dos pro-
ainda, outras áreas: empresas especia- funcionamento das empresas, auxilian- cedimentos definitivos no manual de
lizadas em catering – alimentação para do no gerenciamento e treinamento dos boas práticas, do controle de recebi-
transportes aéreos -, indústrias e bares, funcionários, planejando planilhas de mento e da estocagem de mercadorias
entre outros. controle, estabelecendo contato com conforme as técnicas administrativas
Na solenidade de abertura, a dire- clientes e, ainda, atuando na seleção e legais especificam controle de prazo
tora da EPFUC, Liliana F. Cavalheiro de funcionários. de validades, bem como a separação
Boll, a Diretora da ETESED, Irene Lon- Em seguida foi a vez da Técnica em de alimentos dos produtos químicos e
gui, e a Nutricionista e Vice-Presidente Nutrição e Dietética Cátia Guimaraens material de limpeza. Lídia lembrou, ain-
do CRN-2 Sandra Pinho, agradeceram que abordou os principais objetivos da da, a questão dos procedimentos de hi-
a presença de todos os participantes. logística de um produto light, salien- giene que impedem a contaminação ou
Sandra ressaltou a necessidade de tra- tando a programação os principais cri- retardam a deterioração de alimentos.
balhar em equipe e o compromisso de térios, a importância da padronização A Nutricionista Daniela Santos, fa-
todos com um objetivo comum: a interli- para garantia da qualidade, a influência lou sobre o atendimento como uma

11
Especial
dinâmica e pró-ativa, visualizando uma Dietética, lembrando a possibilidade
estrutura em que todos se ajudam na de promoção de cursos e apoio técnico
busca de atingir um objetivo comum. aos profissionais.
Ela salientou, ainda, que o importante Ao final do evento, as alunas pre-
é o resultado e que, portanto, o Técnico sentes fizeram um relato de experiên-
em Nutrição e Dietética é um profissio- cias no seu campo de atuação. Nesse
nal qualificado e capacitado para liderar momento, ficou clara a importância de
uma equipe. uma equipe para o êxito da suas fun-
tendência do mercado. Segundo ela, é A Nutricionista Jacira Santos, pre- ções. Segundo a apresentação delas,
importante todos caminharem na mes- sidente da Associação Gaúcha de ainda há muito a ser conquistado, há
ma direção. Isso faz com que os alunos Nutrição (AGAN) também participou muito que ser feito, porém o campo é
reflitam sobre sua atuação na organiza- do evento e colocou a entidade à dis- novo e é fértil, ou seja, permite amplo
ção enquanto parte de uma estrutura posição dos Técnicos em Nutrição e crescimento.

ARQUIVO PESSOAL
Bate-papo
A atuação em equipe é uma das ção em um hospital, fiquei sabendo
grandes ferramentas para que os pro- sobre o curso e, como me identifiquei
fissionais que atuam na área da Nutri- com ele resolvi fazer. Foi amor à pri-
ção tenham sucesso e obtenham os meira vista.
melhores resultados. Em muitos casos,
a parceria entre o Técnicos em Nutri- Quais são os principais desafios do
ção e Dietética e os Nutricionistas tor- teu exercício profissional?
na-se essencial. É sobre isso que fala Trabalhar com pessoas, pois cada
a Técnica Jadna Souza, que atua em uma tem seu jeito. O resto a gente vai
Caxias do Sul em uma empresa de re- aprendendo com o tempo.
feições coletivas (gastronomia empre-
sarial). As perspectivas de Jadna, uma Descreve um pouco tua rotina de
Jadna Souza
apaixonada pela profissão, são muito trabalho, teu cotidiano...
boas, mas elas dependem da efetiva- Faço revisão de cardápio, pedidos que precisa avançar?
ção da parceria Técnico-Nutricionista. do mesmo, acompanho os preparos, a Vejo o mercado com bons olhos,
Confira um bate-papo com a Técncica organização, a limpeza, os treinamen- está muito bom. Temos, apenas, que
abaixo. tos, o preenchimento de planilhas, os aumentar o número de oportunidade
faturamentos e outros. e o número de profissionais atuando,
CRN-2 - Há quanto tempo atuas pois nosso trabalho é muito importante.
como Técnica em Nutrição e Dieté- O que mais gostas na tua área?
tica? Qual a tua formação? Tudo! Eu amo o que faço. E quan- Qual a importância da parceria en-
Jadna – Atuo desde 2007, quando do a gente gosta do que faz, é muito tre o Técnico em Nutrição e Dietéti-
fiquei um ano como estagiária; depois gratificante. ca e o Nutricionista?
atuei por seis meses em uma empre- Temos que caminhar juntos e ter
sa de refeição coletiva e mais seis Qual a importância dos Técnicos uma parceria, pois aprendemos muito
meses no hospital Geral de Caxias do em Nutrição e Dietética para a ga- com os Nutricionistas e estes profis-
Sul. Me formei em 2008 e estou atu- rantia da Segurança Alimentar? sionais aprendem muito com a gente
ando na área há dois anos em uma Precisamos ter um bom conheci- também. Os Nutricionistas podem re-
empresa de refeição coletiva, aqui em mento e passar o mesmo para a equi- passar atividades que fazem para nós
Caxias do Sul. pe em que atuamos. e, assim, não ficam tão sobrecarre-
gadas, podendo desempenhar novas
Como escolheste esta profissão? Como vês o mercado para os Técni- atividades, melhorando a qualidade
Já atuava como auxiliar de nutri- cos em Nutrição e Dietética hoje? O do serviço prestado.

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Notícias

Semana da Alimentação 2010:


“Unidos contra a fome” é o tema
definido pela FAO para o
Dia Mundial da Alimentação
A alimentação adequada é, hoje, do apetite. Atualmente, fome é a fal- tribuição de renda.
um direito fundamental do ser huma- ta de quaisquer dos quarenta ou mais Brasil - Dados do IBGE indicam
no e um direito constitucional dos ci- elementos nutritivos indispensáveis que no Brasil, país classificado entre
dadãos brasileiros. O Direito Humano à manutenção da saúde. Essa falta os 10 maiores produtores mundiais
à Alimentação Adequada (DHAA) é ocasiona morte prematura, embora de grãos, há 72 milhões de pessoas
inerente à dignidade da pessoa huma- não acarrete, necessariamente, a ina- em situação de “insegurança alimen-
na e indispensável à realização dos nição por falta absoluta de alimento. tar” (leve, moderada ou grave). Outro
direitos consagrados na Constituição De acordo com a definição atual, dois dado importante diz respeito à pre-
Federal, por isso, todas as políticas e terços da população mundial passa valência de insegurança alimentar
ações da sociedade e dos órgãos go- fome. E esse tipo de fome é encontra- moderada ou grave, que significa limi-
vernamentais são fundamentais para do tanto em países ricos, desenvolvi- tação de acesso quantitativo aos ali-
a sua garantia. dos, com excedentes agrícolas, como mentos, com ou sem o convívio com
O ano de 2010 traz, portanto, a nos países pobres. Ou seja, a fome situação de fome: ela é maior nos do-
união como chave para tentarmos pode ser quantitativa ou qualitativa, micílios das áreas rurais do que nos
modificar a realidade em que vivemos pois além da disponibilidade de ali- das áreas urbanas. Enquanto na área
hoje em todo o mundo. Essa união tem mentos é preciso analisar se volumes urbana 11,4% e 6% dos domicílios
como objetivo atingir diversas áreas, semelhantes de alimentos fornecem estavam em condição de insegurança
incluindo o meio ambiente, cultura e os nutrientes necessários à popula- alimentar moderada e grave, respec-
economia. Assim, unem-se pessoas ção. Mais do que isso, a fome é um tivamente, no meio rural eram 17,0%
e unem-se entidades com um mesmo problema de todos nós. e 9,0%.
objetivo: reduzir as desigualdades, Polêmica antiga - Há alguns anos Políticas sociais - Segundo Oli-
promovendo crescimento sustentável. há indicações de que o problema da vier de Schutter, Relator Especial das
O Dia Mundial da Saúde, come- fome pode estar mais relacionado Nações Unidas sobre o Direito à Ali-
morado anualmente em 16 de outu- com a forma de utilização das terras mentação, “eliminar a fome no Brasil
bro, traz mais um desafio aos mais de agrícolas do que com a área cultiva- exigirá a consolidação de políticas so-
150 países que realizam ações, sem- da. Isto é, enquanto em alguns países ciais, maior igualdade na distribuição
pre lideradas pela FAO (Organização é cultivado um hectare de terra por da terra, apoio contínuo à agricultura
das Nações Unidas para a Agricultura habitante e ainda assim a população familiar e uma reforma tributária pro-
e a Alimentação): garantir a mais de passa fome, em outros, metade des- gressiva”. Ou seja, é preciso investir
STOCK.XCHNG

um bilhão de pessoas que passam sa área é cultivada por habitante e a muito nas políticas sociais. Assim, ga-
fome em todo o mundo o acesso aos maior parte da população não passa rante-se o número de brasileiros que
alimentos, ou seja, o acesso a um di- fome. Além disso, é importante des- hoje vivem a insegurança alimentar
reito seu. tacar que a produção mundial de ali- consigam ultrapassar essa barreira.
Conceito - Antigamente, empre- mentos é suficiente para alimentar Mas é preciso unir esforços: gover-
gava-se a palavra fome para exprimir toda a população do planeta. O gran- nos, entidades e sociedade civil orga-
a falta de alimentos para satisfação de problema continua sendo a má dis- nizada: todos juntos contra a fome.

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Notícias

CRN-2 defende aprovação do Projeto de


Lei das Anuidades em Brasília
Na agenda de votação da Comis- adequada, qualificada
são de Trabalho (6 de maio) e da Co- e segura, por exemplo.
missão de Constituição e Justiça (30 Essa segurança é ga-
de junho) da Câmara dos Deputados rantida pela atuação dos
estava em pauta e votação o Projeto órgãos de fiscalização.
de Lei 3507, de autoria do Deputado Por isso, o Conselho Re-
Tarcísio Zimmermann, apensado ao gional de Nutricionistas
PL 6463/09. O PL trata da fixação de do Rio Grande do Sul é
limites máximos para os valores das a favor da cobrança re-
anuidades, multas, taxas e emolu- gulamentada e fixada
mentos devidos às entidades de fis- dos itens constantes no
calização do exercício de profissões texto do PL. Os valores
regulamentadas. devem, além de permi- favorável ao PL, para que seja esta-
Nas duas ocasiões, o CRN-2 en- tir o pagamento acessível a todos os belecida e regulamentada a cobrança
viou aos deputados que fazem parte profissionais, garantir, ainda, o exer- das taxas, visando sempre à saúde
das Comissões uma correspondência cício da fiscalização para que o mer- do cidadão que depende da atuação
defendendo a aprovação do PL. Se- cado de trabalho seja constituído por de profissionais capacitados e regu-
gundo o texto, os órgãos de fiscaliza- profissionais competentes, éticos e lamentados. Assim, garante-se, tam-
ção são de extrema importância para que pautem sua atuação pela moral bém, a cobrança justa aos profissio-
que se garanta a cada cidadão brasi- e pelo código de ética de cada profis- nais e empresas, coibindo cobranças
leiro o direito à assistência de saúde são. O CRN-2 solicitou, assim o voto exacerbadas.

O impacto dos alimentos contra o câncer


No dia 17 de abril, o Caderno Vida, medida em que estes foram ingeridos redução de 2,5% dos casos de câncer
do jornal Zero Hora, publicou um texto em maior quantidade. A diminuição no mundo é significativa e muito mais
que relatando uma pesquisa america- de 2,5% na ocorrência de câncer, em quando este consumo de frutas e ve-
na publicada no Journal of the National média, se deu naqueles indivíduos que getais for superior a 400g/dia. Portanto,
Cancer Institute sobre o impacto dos consumiram até 226g de frutas e vege- a recomendação de uma dieta rica em
alimentos no câncer. Segundo texto, a tais/dia e também indicou que a inges- frutas e vegetais deve ser sempre esti-
pesquisa mostrou que houve uma mo- tão destes alimentos acima de 400g/ mulada”, afirmam.
desta associação entre o consumo de dia diminuiu em até 12% a ocorrência Embora a análise estatística do es-
frutas e vegetais e redução do risco de da doença”, explicam. tudo tenha sido ajustada para fatores
câncer. Ainda segundo as nutricionistas, a de risco para o câncer como fumo, ál-
Sobre o tema, o CRN-2 conversou Organização Mundial da Saúde preco- cool e sedentarismo e outros, não se
com as nutricionistas do Hospital de niza a ingestão de cinco porções diá- podem excluir a possibilidade de uma
Clínicas de Porto Alegre, Luciana Ka- rias de frutas e vegetais (em torno de confusão residual devido à exposição
ercher Jonh dos Santos e Léa Guerra. 400g/dia) para a prevenção do câncer destas variáveis e a incapacidade dos
Para elas, “a relação das quantidades e outras doenças crônicas. modelos estatísticos de capturar as
destes alimentos consumidos de- “Apesar da relação entre dieta e complexas relações entre as variáveis
monstrou que a proteção aumentou na câncer não estar totalmente clara, uma de exposição.

www.crn2.org.br
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Fiscalização

Fiscalização:
dicas e conceitos

Registro e Cadastro de O responsável


Pessoa Jurídica técnico
O registro e cadastro de pessoas Entre as exigências
jurídicas nos Conselhos Regionais para o registro e ca-
de Nutricionistas, conforme o dis- dastro de pessoas jurí-
posto na Lei Federal 6839/09, na dicas nos CRN-2, está
Lei 6583/78 e no Decreto 84. 444/08 a apresentação de nu-
estão regulamentados atualmente tricionista responsável
pela Resolução CFN 378/05. técnico pela empresa.
A assunção da respon-
Registro ou cadastro sabilidade técnica é
A pessoa jurídica cujo objeto so- analisada conforme Re-
cial ou atividades estejam ligadas à solução CFN 380/05 e
alimentação e nutrição humanas de- Resolução CFN 419/08.
verá registrar-se nos CRN: Baixa e cancelamento
• Empresas que fabricam alimen- do registro e cadastro. empresa, emissão dos documentos e
tos para fins especiais; A pessoa jurídica que deixar de assinatura da presidente. Este tempo
• Empresas que exploram servi- exercer atividades que envolvam a pode variar dependendo do volume
ços de alimentação; alimentação e nutrição poderá soli- de documentos de cada empresa.
• Empresas que produzem pre- citar cancelamento ou baixa do re-
parações, refeições ou dietas espe- gistro. Atualização de dados
ciais para indivíduos ou coletivida- As pessoas jurídicas registradas
des; Certidões e cadastradas no CRN-2 deverão
• Empresas prestadoras de ser- A empresa Registrada no CRN-2 manter seus dados atualizados, in-
viços de informação em nutrição e poderá solicitar a emissão da Certi- formando qualquer alteração que
dietética ao consumidor; dão de Registro e Quitação - CRQ, envolva principalmente: dados do
• Empresas que desenvolvam au- documento que atesta a regularida- contrato social, endereço, nutricio-
ditoria, consultoria e planejamento de da empresa perante o CRN-2. nista responsável técnico, nutricio-
nas áreas de alimentação e nutrição; Já e empresa cadastrada, pode- nistas componentes do quadro téc-
• Empresas que compõem e co- rá solicitar ao CRN-2 a emissão da nico e atividades desenvolvidas.
mercializam cestas de alimentos, Certidão de Cadastro e a Certidão A atualização de dados é requi-
vinculadas ao PAT e; de Regularidade. sito para a renovação da CRQ, por
• Empresas de refeição ou ali- As certidões supracitadas, assim isso a manutenção dos dados da
mentação convênio. como a averbação de atestados de empresa sempre atualizados tor-
A pessoa jurídica que disponha aptidão de desempenho e emissão nará o processo de emissão do do-
de serviço de alimentação e nutrição, de atestados de responsabilidade cumento mais rápido. Em 2010, até
não sendo esta sua atividade fim, técnica, devem ser solicitadas ao o início do mês de junho, 18% das
não fica obrigada ao registro, mas CRN-2 em formulário próprio dispo- pessoas jurídicas registradas no
fica sujeita ao cadastramento, como nível no site do CRN-2. Lembramos CRN-2 tiveram seus dados atualiza-
é o caso de hospitais, escolas e pre- que o CRN-2 necessita de tempo há- dos, assim como também atualiza-
feituras, entre outros. bil para análise da documentação da ram sua CRQ.

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