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ETAPA 3

VALIDAÇÃO CIENTÍFICA DE
PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS
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APRESENTAÇÃO
Este material aborda aspectos relevantes a serem considerados quanto
à validação científica de plantas medicinais e fitoterápicos, envolvendo
os estudos etnobotânicos, etnofarmacológicos, pré-clínicos, clínicos e
químicos. Trata-se de um processo fundamental para avaliar a eficácia
e a segurança terapêuticas desses medicamentos, em parte já
validadas pelos conhecimentos popular e tradicional.
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BREVE HISTÓRICO

O uso de plantas medicinais é registrado desde civilizações antigas


da China, Índia, Grécia e Egito até a atualidade.
No Brasil, destacam-se tanto os jesuítas, no que se refere ao uso e
manipulação de plantas medicinais com suas boticas, quanto as
contribuições das práticas ritualísticas de matriz africana, além dos
costumes indígenas.
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VALIDAÇÃO CIENTÍFICA
O objetivo da validação científica é avaliar a eficácia e a segurança
terapêuticas das plantas medicinais e fitoterápicos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização de
levantamentos regionais e a identificação científica das plantas usadas
nas medicinas popular e tradicional.
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Processos de validação científica


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ESTUDOS ETNOBOTÂNICOS
E ETNOFARMACOLÓGICOS
O processo de levantamento das plantas utilizadas com fins medicinais em
uma comunidade inclui:
Realização de entrevistas e preenchimento de formulários adequados.
Consulta a informantes (raizeiros, benzedeiras, parteiras, avós e mães).
Uso do lema: “O entrevistador nada sabe. O entrevistado sabe tudo”.
Preenchimento de um formulário com informações sobre a planta:
nome vulgar, outros nomes usados, parte da planta, para quem, para o que
e como é utilizada.
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ESTUDOS ETNOBOTÂNICOS
E ETNOFARMACOLÓGICOS
A determinação da frequência e coerência de uso das plantas envolve:
Separação das plantas de acordo com suas classes terapêuticas e
nomes populares e científico.
Seleção de 50% ou mais de indicações coerentes.

Elaboração de um glossário de termos adotados.


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ESTUDOS ETNOBOTÂNICOS
E ETNOFARMACOLÓGICOS
Após esses processos, é feita a identificação das plantas mencionadas
nas entrevistas. Abrange:
Fitotaxonomia: identificação e classificação botânicas.
A planta deve ser colhida durante o período de floração e
frutificação (preparação de 3 a 5 exsicatas).
Anotações: data, local de coleta, nome vulgar no local da
ocorrência, a sua condição (silvestre ou cultivada), seu hábito (árvore,
arbusto, erva, trepadeira), cor da flor e do fruto, ambiente onde ocorre
(mata, capoeira, jardim, etc.).
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ESTUDOS FARMACOLÓGICOS
PRÉ-CLÍNICOS
Têm como objetivo comprovar a eficácia do produto estudado.
As propriedades farmacológicas da planta são determinadas por
meio do uso de vários modelos experimentais, na maioria “in vivo”, de
modo a estabelecer o espectro farmacológico pré-clínico e obter bases
para seu estudo clínico posterior, objetivando, em última análise, a
validação da planta como medicinal.
Os estudos de toxicidade aguda, crônica, entre outros, devem ser
realizados para evidenciar a segurança da espécie medicinal.
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ESTUDOS FARMACOLÓGICOS
PRÉ-CLÍNICOS
Exemplos de Modelos Experimentais:
Inflamação aguda: edema de pata em ratos, induzido por
carragenina.
Atividade antiúlcera: úlcera gástrica induzida por estresse e por
histamina.
Atividade analgésica: contrações abdominais induzidas por
ácidos.
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ESTUDOS FARMACOLÓGICOS
PRÉ-CLÍNICOS
Exemplos de Modelos Experimentais:
Atividade antipirética em ratos hipertérmicos: indução da febre
por meio de injeção subcutânea de levedura de cerveja a 15% (grupo
padrão fenilbutasona).
Atividade antidiarreica: indução por meio da administração de
óleo rícino.
Atividade cicatrizante: modelo de ferida aberta.
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ESTUDOS CLÍNICOS
Os estudos clínicos verificam se a planta é dotada realmente da
atividade terapêutica que lhe é atribuída, devendo-se determinar em
que dose e sob que forma deve ser empregada, bem como elaborar
um formulário utilizado para o registro da história clínica do paciente
em exames laboratoriais.
Para a realização do estudo clínico é necessário ter um protocolo
experimental com aprovação no comitê de ética.
Antes da inclusão em um estudo clínico, os pacientes (voluntários)
elegíveis devem concordar em participar por meio da assinatura de um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que é um documento
que descreve o estudo em linguagem de fácil entendimento.
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ESTUDOS CLÍNICOS
Fases:
Os estudos clínicos são divididos em quatro fases:
As fases I, II e III são referentes a estudos controlados.
A fase IV consta da farmacovigilância.
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Fase I

Essa fase é realizada com um número reduzido de voluntários sadios


para a obtenção de dados relativos a:
Farmacodinâmica (efeitos em função da dose)
Farmacocinética (vias de absorção, vida média, metabolização e
excreção)
Alterações no local da aplicação
Biodisponibilidade (na administração oral)
Posologia
Na Fase I, é possível ainda confirmar a toxicidade prevista nos testes
pré-clínicos, relacionada - ou não - ao efeito principal desejado.
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Fase II

Essa fase acontece com um número reduzido de pacientes (10 a


15), em tratamento de curta duração, para testar a efetividade do
medicamento na patologia para a qual ele é proposto.
Esses estudos permitem avaliar, também, a efetividade e a
toxicidade do novo medicamento em relação às alterações
introduzidas pela doença ou, eventualmente, originadas da interação
com outros medicamentos de uso simultâneo.
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Fase III

Essa fase envolve um número maior de pacientes e tratamentos


mais prolongados, visando à comprovação da segurança e da
efetividade do tratamento, à determinação da menor dose eficaz e à
utilidade do medicamento em comparação a um placebo e a uma
substância de referência com atividade semelhante.
As conclusões devem ser baseadas em comparações estatísticas.
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Fase IV

Por fim, nessa fase, conta-se com um grande número de pacientes


para comprovação clínica da indicação terapêutica do novo fármaco e
das doses definidas anteriormente.
Esses estudos devem ser realizados simultaneamente com um
grupo placebo e um grupo tratado com substância de referência
(controle positivo).
Pelo número de pacientes envolvidos, sua execução é cara e difícil.
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ESTUDO QUÍMICO
COM
MONITORAÇÃO FARMACOLÓGICA
(BIOGUIADO)
Deve ser feito com o objetivo de isolar o princípio ativo (marcador
químico ativo) contido na planta, o que exige uma estreita
cooperação entre químicos e farmacologistas.
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ESTUDO QUÍMICO
COM
MONITORAÇÃO FARMACOLÓGICA
(BIOGUIADO)
Etapas do estudo químico:
Preparação do extrato bruto

Purificação dos extratos e frações


Isolamento do princípio/marcador químico ativo
Análises cromatográficas
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ESTUDO QUÍMICO
COM
MONITORAÇÃO FARMACOLÓGICA
(BIOGUIADO)
Etapas do estudo químico:
Algumas técnicas de determinação estrutural do princípio ativo:
Infravermelho (IV) e Ultravioleta (UV)
Ressonância Magnética Nuclear de 1H (RMN 1H)
Ressonância Magnética Nuclear de 13C (RMN 13H)
Espectro de Massa
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ESTUDO QUÍMICO
COM
MONITORAÇÃO FARMACOLÓGICA
(BIOGUIADO)
O farmacologista examina as frações separadas pelo químico, a
fim de informar em qual delas está a atividade. Já o químico procura,
progressivamente, isolar, das frações ativas, a substância
responsável pela atividade.
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PARA FINALIZAR
“Nunca subestime o saber popular sobre as plantas medicinais,
também nunca os repasse de volta ao povo sem saber,
cientificamente, se a atividade atribuída à planta realmente existe
e se seu grau de toxicidade não irá submeter o usuário a riscos
desnecessários”.
Prof. Francisco José de Abreu Matos
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REFERÊNCIAS E
BIBLIOGRAFIACONSULTADA
CARVALHO, A. C. B et al. Aspectos da legislação no controle dos medicamentos fitoterápicos. T&C
Amazônia, Ano V, n. 11, p. 26-32, 2007. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/fitoterapicos/aspectos_legislacao.pdf>. Acesso em: 25
nov. 2016.
DEVIENNE, K. F.; RADDI, M. S. G.; POZETTI, G. L. Das plantas medicinais aos fitofármacos. Revista
Brasileira de Plantas Medicinais, v.6, n.3, p.11-14, 2004.

SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Florianópolis, SC: EdUFSC;


Porto Alegre: EdUFRGS, 2003.
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CRÉDITOS DO CURSO

Estes slides integram os recursos didáticos elaborados para o Curso de Qualificação em Plantas
Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica, concebido, desenvolvido e ofertado pela parceria entre
o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade Federal do Pará.

O curso completo pode ser acessado em: www.avasus.ufrn.br


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CRÉDITOS DO CURSO

Concepção e Desenvolvimento
Departamento de Atenção Básica - Ministério da Saúde
Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde - Fundação Oswaldo Cruz
Assessoria de Educação a Distância - Universidade Federal do Pará
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CRÉDITOS DO CURSO
Coordenação Geral Coordenação Pedagógica em EaD
Daniel Mieli Amado - DAB | MS Maria Ataide Malcher
Joseane Carvalho Costa - VPAAPS | Fiocruz Marianne Kogut Eliasquevici
José Miguel Martins Veloso - AEDi | UFPA Sônia Nazaré Fernandes Resque

Coordenação Administrativa Concepção e Avaliação de Recursos Multimídia em EaD


Lairton Bueno Martins Fernanda Chocron Miranda
Paulo Roberto Sousa Rocha Suzana Cunha Lopes
Coordenação de Conteúdo Concepção e Comunicação Visual
Silvana Cappelleti Nagai Rose Pepe
Roberto Eliasquevici
Coordenação Pedagógica
Andrea Cristina Lovato Ribeiro
Nilva Lúcia Rech Stedile
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CRÉDITOS DESTE RECURSO DIDÁTICO


Consultoria e Produção de Conteúdo Consultoria e Revisão em EaD
Daniel Miele Amado Maria Ataide Malcher
Lairton Bueno Martins Marianne Kogut Eliasquevici
Mary Anne Medeiros Bandeira Sônia Nazaré Fernandes Resque
Paulo Roberto Sousa Rocha Suzana Cunha Lopes
Silvana Cappelleti Nagai
Direção de Arte
Revisão de Conteúdo Acquerello Design
Andrea Cristina Lovato Ribeiro
Daniel Miele Amado Ilustração e Grafismos
Joseane Carvalho Costa Andreza Jackson de Vasconcelos
Lairton Bueno Martins Douglas Cavendish
Paulo Roberto Sousa Rocha Weverton Raiol Gomes de Souza
Silvana Cappelleti Nagai
Diagramação e Editoração Eletrônica
Andreza Jackson de Vasconcelos
Weverton Raiol Gomes de Souza
William Teixeira Gonçalves
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CRÉDITOS DO CURSO
DISTRIBUIÇÃO DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


Secretaria de Atenção à Saúde Vice-Presidência de Ambiente, Assessoria de Educação a Distância
Departamento de Atenção Básica Atenção e Promoção da Saúde Av. Augusto Corrêa, 01, Guamá
Edifício Premium, SAF Sul, Quadra 2 Av. Brasil 4365, Castelo Mourisco, CEP: 66075-110 – Belém/PA
Lotes 5/6, Bloco II, Subsolo sala 18, Manguinhos Fone: (91) 3201-8699/3201-8700
CEP: 70070-600 – Brasília/DF CEP: 21040-900 – Rio de Janeiro/RJ Site: www.aedi.ufpa.br
Fone: (61) 3315-9034/3315-9030 Fone: (21) 3885-1838 E-mail:
Site: http://dab.saude.gov.br Site: http://portal.fiocruz.br/pt- labmultimidia.aedi@gmail.com
E-mail: pics@saude.gov.br br/vpaaps
E-mail: vpaaps@fiocruz.br Este conteúdo está disponível em:
Este conteúdo está disponível em: www.multimidia.ufpa.br
www.bvsms.saude.gov.br Este conteúdo está disponível em:
www.retisfito.org.br
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CRÉDITOS DO CURSO
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Atenção à Saúde

Departamento de Atenção Básica

Coordenação Geral de Áreas Técnicas

Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde

Departamento de Gestão da Educação na Saúde


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CRÉDITOS DO CURSO
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Presidência Assessoria de Promoção da Saúde


Paulo Ernani Gadelha Vieira Annibal Coelho de Amorim

Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Coordenação Geral


Saúde Joseane Carvalho Costa
Valcler Rangel Fernandes
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CRÉDITOS DO CURSO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Reitoria Coordenação de Meios e Ambientes de Aprendizagem


Emmanuel Zagury Tourinho Dionne Cavalcante Monteiro

Vice-Reitoria Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Multimídia


Gilmar Pereira da Silva Maria Ataide Malcher

Pró-Reitoria de Extensão Editora


Nelson José de Souza Júnior Presidência
José Miguel Martins Veloso
Assessoria de Educação a Distância
José Miguel Martins Veloso Diretoria
Cristina Lúcia Dias Vaz
Coordenação Administrativa
Ivanete Guedes Pampolha Conselho Editorial
Ana Lygia Almeida Cunha
Coordenação Pedagógica Dionne Cavalcante Monteiro
Marianne Kogut Eliasquevici Maria Ataide Malcher
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Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição –


Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida
a reprodução parcial ou total desta obra em qualquer suporte ou formato, desde que
citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde [www.bvsms.saude.gov.br]. Todo o
material do curso também está disponível na RetisFito [www.retisfito.org.br] e no
repositório institucional UFPA Multimídia [www.multimidia.ufpa.br].

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